I-Law
Terminou ontem à tarde o I-Law, seminário sobre internet e legislação promovido pelo Berkman Center da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard e pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas. Foi um dos eventos mais interessantes de que já participei, tanto pelo que se discutiu quanto pela qualidade dos participantes; achei sensacional ver os grandes problemas da rede destrinchados, um por um, pelas pessoas que estão tentando resolvê-los. Afinal, a rede é formada por tecnologia e por legislação -- e, se boa parte dos problemas tecnológicos já está resolvida, os abacaxis legais mal e mal estão começando.* * *
"In the realm of Internet politics and law, no one even approaches Lessig's stature. He is the chief theorist, the most respected mind, the most passionate speechifier. He is cyberlaw." (Wired 10.10)Em pessoa é tímido na primeira meia hora, e depois muito simpático e afável; é, além disso, o único -- mas realmente único -- bom usuário de Power Point que já vi.
Explico. Eu ODEIO Power Point. Acho uma das piores invenções de todos os tempos, uma receita infalível para acabar com qualquer palestra. A maioria das pessoas simplesmente repete o que está dizendo na tela; outros inventam gracinhas de matar. Em todos os casos, o Power Point engessa o que está sendo dito: o camarada vem com aquilo pronto, e vai seguir a ordem dos benditos quadros até o fim, independentemente da reação da platéia.
Mas Larry Lessig inventou um jeito muito pessoal de usar Power Point, que funciona como um sublinhado das idéias. Um pouco antes de falar, enquanto arruma na cabeça o que vai dizer, ajeita meia dúzia de palavras no notebook, e pronto: o efeito é excelente.
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