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31.10.01
 28.07.1945O Tom Taborda, que � uma dessas pessoas incr�veis que sabem rigorosamente TUDO, me mandou a seguinte mensagem: Desde o 911, eu sabia ter em algum dos meus livros uma imagem do Empire State com o rombo causado qdo um avi�o se chocou contra o pr�dio. Achei-a finalmente em "Great News Photos", by John Faber, Dover Publications NY 1978. A foto � (c) do N.Y. Times, foi tirada pelo fot�grafo Ernie Sisto.
Eis a hist�ria:
Na manh� de 28/jul/1945, havia uma densa neblina cobrindo tudo. �s 09:45, uma explos�o sacudiu o arranha-c�u de 102 andares. Um bombardeiro B-25, com tr�s tripulantes, deveria pousar no aeroporto de La Guardia, NY; pela m� visibilidade, ele rumava para New Jersey, p/ o aeroporto de Newark. O bimotor voava baixo, numa velocidade acima de 300 mph (~480 km/h); quando o piloto viu-se diante do pr�dio, tentou desviar, mas atingiu os 78� e 79� andares. Ap�s o impacto, um dos motores caiu no po�o do elevador, iniciando um inc�ndio no por�o. Onze pessoas que estavam nos andares atingidos morreram, nove outros sofreram graves queimaduras, causadas pelo combust�vel.
Ernie Sisto, o fot�grafo, pediu que dois colegas segurassem suas pernas e pendurou-se no parapeito, esticando nos bra�os a imensa c�mera 4x5 Speed Graphic, e tirou a dram�tica foto usando uma lente grande-angular.
Abra�os fotojornal�sticos,
TomEste cara n�o tinha que come�ar a fazer um blog imediatamente? Hein, Tom? � com voc�, amigo! Tem tudo a ver... :-) 06:13
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 Ponte a�reaGente, voc�s n�o t�m ID�IA do que eu estou cansada hoje! N�o consegui ler quase nada; escrever ent�o, que � bom, nem pensar... Estive em Sampa pro PDA Show e Conference (muito legal, not�cias detalhadas amanh�), voltei, fui jantar �s carreiras (nem tive tempo de ver a Mami, que est� no Rio, e conferir o cabelo novo da Manoela -- mas a foto ficou show, gatinha, thnxs!), vim pra casa (onde a turma est� numa car�ncia impressionante, parece at� que esqueceram que foram deuses no Antigo Egito) e acabo de separar umas coisas porque amanh� (isto �, hoje, logo mais), depois de fazer exerc�cio e ir pro jornal, pego a Ponte A�rea novamente, pra dar uma entrevista pro Marcelo T�s no Vitrine, da TV Cultura. Portanto deixo voc�s com esta foto que fiz hoje do avi�o, e que saiu at� legal, apesar de certa bruma e de eu s� ter conseguido um assento com asa, que sempre atrapalha muito (o ideal � ir bem na frente ou bem atr�s, mas sempre do lado direito); pe�o desculpas � gALLera que me mandou e-mail por estes dias (n�o � m� vontade n�o, � falta de tempo mesmo -- mas prometo responder); e, sem mais, VOU DORMIR. 05:11
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M�dia, terrorismo e guerraAcabei de ler o relat�rio da Federa��o Internacional de Jornalistas sobre a m�dia, o terrorismo e a guerra. � um documento importante, sobretudo considerando-se que, neste momento, o livre exerc�cio da profiss�o est� amea�ado de todos os lados. Nos Estados Unidos -- pa�s que, diga-se o que se disser, tem uma s�lida tradi��o de liberdade de express�o -- as coisas est�o particularmente embaralhadas porque, entre censura e patriotismo, as fronteiras andam extremamente fr�geis. Diz o relat�rio: "Numerosas tentativas de manipular a m�dia t�m sido levadas a efeitos por diversos governos, criando, sobre os jornalistas, uma press�o que pode ser potencialmente danosa � qualidade da cobertura do conflito. Os jornalistas devem ter liberdade para trabalhar sem se sentirem obrigados a defender o que o governo chama de "patriotismo"ou "seguran�a nacional"'A FIJ condena sobretudo os governos que est�o sendo excessivamente r�pidos na cria��o de legisla��o anti-terrorismo: "No Canad�, nos EUA, na Gr�-Bretanha, na Austr�lia, na Fran�a, na R�ssia e dentro da Uni�o Europ�ia h� uma pressa inquietante em se legislar a respeito de grampos telef�nicos, vigil�ncia policial, tecnologias criptogr�ficas, deten��o de imigrantes, controle da Internet e liberdade de movimentos."Isso, � claro, do lado de c�. Porque do lado de l�, como sabemos todos, liberdade de imprensa � coisa da qual sequer se ouviu falar. Liberdade? Imprensa? Eu, hein: da� pra pedirem uma cervejinha gelada � um pulo... 03:55
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30.10.01
Este blog estar� transmitindo hoje de Sampa, caso encontre m�quina e tempo dispon�veis. Caso contr�rio, como vou numa asa e volto na outra, logo mais tou de volta, no mesmo canal e bat-hor�rio de sempre.11:57
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Precisa-se de gatinho, urgente!PessoalALL, algu�m aqui do Rio tem, ou sabe de quem tenha, um gatinho novo, de dois ou tr�s meses e bom temperamento, que possa dar para o Chico S�, saxofonista amigo meu muito gente fina? Sexo, cor ou modelo n�o importam. � que ele pegou dois gatinhos irm�os, um morreu e o outro est� sentindo muito a falta de companhia. Isso pra n�o falar do pr�prio Chico, que adorava ver os dois brincando juntos e agora est� na maior tristeza. 05:53
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Pret�rito perfeitoConsegui ainda agora, pela primeira vez, entrar no sensacional web.archive.org, um site maravilhoso que dedica-se, �nica e exclusivamente, a guardar as p�ginas da web como eram, antigamente. Quem me avisou desta maravilha foi a Scarlett, que tem um olho cl�nico fant�stico -- mas como o site havia entrado no ar justamente naquele dia, n�o consegui chegar nem perto. No fim de semana, cheguei, a custo, a uma p�gina que explicava que, por n�mero excessivo de hits, eles estavam fechados para manuten��o. Pediam paci�ncia aos internautas e vinham com uma frase genial: You'll be able to see the past in the future -- s�o bons os caras, ou o qu�?! E, por falar em passado, em algum lugar dos meus backups devo ter uma cole��o consider�vel de p�ginas. Durante muito tempo salvei home-pages que me chamavam a aten��o ou pela extraordin�ria compet�ncia ou pela incompet�ncia mais completa. Pelo Cardiff Movie Database, que mais tarde se tornaria o imdb, eu me apaixonei de sa�da, assim como por umas p�ginas sobre Portugal desenvolvidas pelo pessoal da Universidade de Coimbra. Em compensa��o, detestei poucas coisas na rede com o fervor que dediquei ao Pathfinder, uma daqueles burrices t�o grandiosas, mas t�o grandiosas, que s� podem mesmo sair de um grupo de trabalho. O que era esse estupor? Era a id�ia de g�nio dos executivos da Time-Life, que completamente ignorantes do sentido da vida, reuniram, num �nico site, todas as revistas do grupo. Era um desastre! O site era pesado demais, feio demais e, pequeno detalhe em que eles nunca repararam, nenhum leitor jamais teve ou ter� a menor id�ia do grupo que publica essa ou aquela revista... Resultado: um fracasso milion�rio que, durante um bom tempo, foi case estudado em universidade e tudo o mais. Fui procurar um exemplo deste monstrengo para trazer um link para c�, mas a m�quina do archive est� congestionada novamente; a frase do dia �, por�m, mais alentadora: Access to our past will be available in the near future...05:08
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 Weird!A Amazon.co.uk � a irm�zinha inglesa da Amazon.com. As bases de dados de clientes das duas livrarias s�o iguais, e se voc� � cadastrado numa ver� que est� automaticamente cadastrado na outra. A diferen�a est� nos livros. De acordo com a legisla��o, livros editados nos EUA n�o podem ser vendidos no Reino Unido, e vice-versa; al�m disso a Amazon.co.uk tem um invent�rio consideravelmente maior de livros estrangeiros do que a ponto.com americana. Por exemplo: na semana passada, um e-mail que circulou entre os usu�rios ingleses deu um baita susto na galera. Nele havia um link que levava direto � p�gina do livro da foto. Recuerdos do atentado? Que nada, simples coincid�ncia; o livro em quest�o chama-se Minhas aventuras com o arranha-c�u Alwaleed Bin Talal, e � a inocente mem�ria arquitet�nica de um edif�cio em constru��o em Riad, na Ar�bia Saudita, cujo topo tem o formato do buraco de uma agulha -- suponho que o avi�o da ilustra��o seja s� uma analogia moderna para o camelo da lenda. Curiosidade especial para os que gostam de teorias conspirat�rias: o pr�dio est� sendo financiado pelo pr�ncipe Alwaleed, aquele mesmo que ofereceu dez milh�es de d�lares ao fundo de emerg�ncia das v�timas do 911, e depois saiu dando li��es de pol�tica externa aos Estados Unidos. Pelo sim pelo n�o, a Amazon.co.uk tirou a foto pol�mica do cat�logo; o livro, por�m, continua � venda, embora nada indique, at� o momento, que ser� um grande best-seller. 02:27
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29.10.01
 Pronto, J�, ta� a Net na cadeira proc� conferir... que olho, hein?! 23:29
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 Lar, doce larEnfim, a pedidos, ta� a famosa parede mostarda!!! Ela est� meio puxada pro amarelo na foto, mas na vida real poderia ter nascido em Dijon. A bagun�a come�a, aos poucos, a se desbagun�ar, mas ainda vai levar muuuuuiiiito tempo at� que isso aqui fique nos trinques... .
18:55
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Como desonrar uma linda profiss�oDica para quem est� com espinha de peixe entalada na garganta, bola de pelo na barriga ou precisa, por qualquer outro motivo, vomitar urgentemente: leiam as �ltimas colunas do famigerado David Coursey sobre o seu jantar com Bill Gates. Tudo bem, eu sei que ningu�m precisa ter necessariamente a minha opini�o em rela��o � M$, e at� acredito que tanto a empresa quanto Gates tenham seus genu�nos admiradores; mas jornalista de tecnologia deslumbrado e puxa-saco eu n�o admito. Jornalista �, por defini��o, um profissional em busca da verdade, seja l� essa verdade qual for; a sua obriga��o � questionar a autoridade e a vers�o oficial, e n�o fazer com que esta ou aquela celebridade n�o se sinta incomodada pela imprensa. Eu j� entrevistei Bill Gates algumas vezes, desde a �poca em que ele ainda n�o era Bill Gates. E foi SEMPRE uma perda de tempo, porque ele fala apenas o que quer. Voc� pergunta qual a estrat�gia da M$ em rela��o ao processo do DoJ (da �ltima vez est�vamos na era pr�-Bush e havia um processo s�rio rolando) e ele tem a cara de pau de responder "Que processo? N�o h� processo algum!". Demorei, mas aprendi: eu n�o entrevisto mais Bill Gates, simples assim. Sei que o tempo dele vale infinitamente mais do que o meu mas, para mim, por raz�es �bvias, o meu vale mais do que o dele. Prefiro ler blogs, onde a gente encontra gente de verdade dizendo coisas legais, a perder meu precioso tempo com o Senhor do Universo (Steve Ballmer � outra hist�ria; � engra�ado, inteligent�ssimo e um grande desafio intelectual). Mas David Coursey, obviamente, se acha um privilegiado. Est� iluminado pela oportunidade que teve de levar uns coices do homem mais rico do planeta. E diz: "A raz�o pela qual Bill desafia as perguntas �, acredito, porque ele vive num mundo quase que inteiramente dominado por fatos e intelig�ncia. Ent�o se irrita com coisas que n�o sejam factuais, inteligentes, ou ambos". A primeira pergunta do l�dimo representante da ZDNet foi: "Como vai a fam�lia?". Desculpem, mas como diz Ivan Lessa, tenho que ir l� dentro vomitar um pouco. E nao estou nem com espinha de peixe entalada na garganta nem com bola de p�lo na barriga... 16:13
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Tecnologia de pontaQuando a NASA come�ou a enviar astronautas para o espa�o, percebeu que as canetas esferogr�ficas comuns n�o funcionavam em condi��es de gravidade zero. Para resolver o problema, p�s um time de cientistas para trabalhar. Eles realizaram estudos or�ados em cerca de 12 bilh�es de d�lares e, em menos de dez anos, desenvolveram uma caneta especial, capaz de escrever em gravidade zero, de de cabe�a pra baixo, debaixo d'�gua e a temperaturas que v�o dos 20 graus negativos at� os 180 positivos, e em praticamente todas as superf�cies, inclusive vidro. Uma vers�o mais modesta desta caneta, ali�s, � a tal Space Pen que volta e meia a gente v� anunciada em canais de telecompras. J� os russos nunca tiveram este problema. Eles usam l�pis. 14:58
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Dois grandes absurdosEu sei: eu deveria falar do XP, mas confesso que me falta conhecimento de causa. Com os computadores daqui de casa desativados por causa da obra, estou reduzida ao Thinkpad 560Z, m�quina deliciosa mas irremediavelmente defasada para um sistema operacional que s� roda confortavelmente em 256Mb RAM. Mas sobre uma coisa, por�m, tenho que falar � e n�o, n�o � sobre a ativa��o obrigat�ria. � um pequeno trecho da licen�a de uso da mais recente vers�o do Windows Media Player, aquele aparentemente inofensivo programeto que a gente baixa de gra�a para ouvir m�sica, ver filmes e outros que tais. A licen�a de uso �, como todos sabem, aquela lengalenga que acompanha cada instala��o, e que a gente deveria, em tese, ler cuidadosamente antes de clicar na caixinha que diz �Aceito�. Bom. O colunista Dan Gillmor, do SF Gate (disparado o meu colunista de tecnologia americano favorito), se deu ao trabalho de fazer o que n�s todos dever�amos fazer e, l� para as tantas, descobriu este par�grafo: �Voc� concorda que, para proteger a integridade de conte�do e software protegidos por gerenciamento de direitos digitais (Secure Content), a Microsoft pode realizar updates relativos a seguran�a em componentes do sistema operacional que ser�o automaticamente baixados para o seu computador. Esses updates podem desabilitar a sua capacidade de copiar e/ou tocar Secure Content, e usar outro software em seu computador. Se fizermos algum update de seguran�a, envidaremos esfor�os razo�veis para postar avisos num website explicando o update�. Leram direitinho? Entenderam o que significa? Cliquem naquele �Aceito� e, daqui para a frente, corram o risco de ter a M$ dentro de suas m�quinas, fu�ando a configura��o e estragando programas a seu bel-prazer. Isso, se feito pelo garoto do vizinho, � crime cibern�tico, e o garoto vai em cana como perigoso hacker. Feito pela Microsoft, � uma tentativa absolutamente leg�tima de defender direitos autorais, seus e dos outros. Ent�o t�. Escreve o leitor M�rio Ara�jo sobre outro assunto muito s�rio: Cora, n�o sei se voc� conhece ou j� ouviu falar nos jogos de RPG (Role Playing Game). Caso n�o conhe�a, apenas para resumir, s�o jogos em que uma pessoa (geralmente chamada de �mestre�) narra uma hist�ria para os jogadores. Cada jogador monta uma ficha do seu personagem, onde define atributos f�sicos, mentais, o que faz, quais s�o suas habilidades, e assim por diante. Baseado nisso, o mestre conta uma aventura em determinado cen�rio, seja ele contempor�neo, medieval, sci-fi, western, por a� vai.
Algum tempo atr�s, uma pessoa foi assassinada brutalmente em Teres�polis, e o jornal �O Dia�, que cobriu o caso, disse que foram achados livros de RPG no local, descrevendo-os como �livros de magia negra e satanismo�. Isso porque os livros em quest�o eram de um RPG chamado �Vampire: The Masquerade� � que, obviamente, fala de magias, sangue e vampiros, como qualquer outro livro de vampiro.
Esse fato causou revolta geral na �poca, principalmente pela falta de objetividade e de informa��o da reportagem. Agora, na semana passada, assistindo ao �Jornal da Globo�, nova decep��o com a imprensa: uma menina foi assassinada em Ouro Preto, e foram encontrados livros do jogo �Advanced Dungeons & Dragons� perto dela. Esse RPG � um jogo de fantasia medieval com elfos, drag�es e seres mitol�gicos.
Pois o delegado de Ouro Preto, que � no m�nimo um desavisado, deu a seguinte declara��o: �Estamos investigando, pois esse � um jogo onde tem de haver uma defini��o, e a defini��o pode ser a morte�.
Ora, isso prova a total falta de preparo dessa pessoa! Algu�m que entendesse ingl�s poderia pelo menos se dar ao trabalho de traduzir os livros para que ele os lesse antes de falar tamanha bobagem. E, obviamente, o �Jornal da Globo� usou chamadas do tipo �o jogo imita a morte�.
O pior disso tudo � que sa�ram reportagens no in�cio da semana afirmando que o sr. Fernando de Almeida Martins (Procurador da Rep�blica!) foi para Ouro Preto acompanhar as investiga��es... Caso voc� n�o se lembre, foi esse procurador quem, depois do acontecido naquele cinema em S�o Paulo, onde um homem matou v�rias pessoas, proibiu diversos games do tipo �mire e atire�, como, por exemplo, o �Duke Nukem�. Ele j� disse que, se forem mostradas evid�ncias de que o jogo levou ao crime, vai tomar provid�ncias para proibir o jogo. Pode?!
O que realmente me entristece � a total falta de conhecimento da m�dia em rela��o ao RPG. Ningu�m explica como � o jogo, ningu�m procura ningu�m que jogue para ao menos explicar a mec�nica do jogo...
Um amigo fez um site em que h� links para as reportagens e explica��es sobre o que � o RPG. Quem sabe assim, com tudo mastigadinho, m�dia e autoridades evitem cair em rid�culo.(O Globo, 29.10.01)05:09
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Domingo! Almo�o em fam�lia; com meu tio Am�rico. Foto by Laura.  Dia irresist�vel! Peguei a Sony P1 e fui dar uma voltinha na Lagoa.  Havia uma competi��o de vela muito fotog�nica em cartaz.  Bom, essa n�o tem nada a ver nem com o domingo nem com a Lagoa; mas o Joseph n�o � um dos beb�s mais bonitinhos que voc�s j� viram?! Nem digo isso como av�; apenas constato o fato, bastante �bvio na foto... 04:09
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Agrade�am � RIAAOl� Cora!
Venho lhe escrever esse email para extravasar minha revolta com certos sites de hospedagem. Vou come�ar a hist�ria do in�cio: tenho uma banda de Punk Rock Sci Fi, algo como Ramones falando apenas de fic��o cient�fica. Terminamos de gravar um CD independente e, enquanto n�o temos aquela grana pra fazer c�pias pra enviar pra deus e o mundo (ainda devemos a grava��o!! 120 pratas!!) quer�amos disponibilizar no nosso site MP3 com algumas m�sicas da banda.
Agora, com toda a palha�ada de napster+riaa, o geocities (nosso hospedeiro) n�o aceita MP3.... temos de zipar o arquivo e fazer uma artimanha (verifique, por favor) para allgu�m ter o MP3... � triste isso, ser banda independente, e ter o maior galho pra passar sua m�sica pra frente! SDS Rafael Fran�a, o cap. Cal HordaSem coment�rios. 01:07
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Dentro de cada Larry King h� um Cid MoreiraTudo bem, eu at� entendo que o Larry King, como habitante de Nova York, esteja profundamente traumatizado com o ataque ao WTC. Mas o que eu n�o entendo de jeito nenhum � como um dos jornalistas mais preparados da TV americana adota, de repente, todos os v�cios da Escola Televisa de Manipula��o de Audi�ncia: m�sicas "patri�ticas", "confortadoras" ou pura e simplesmente rid�culas; suspiros profundos; entrevistas com parentes que at� hoje esperam encontrar seus entes queridos vivos e bem; l�grimas, muitas l�grimas!; entrevistas com bombeiros, policiais, enfermeiras; perguntas do tipo "voc� se considera um cara de sorte por ter escapado?" ou "como voc� explicou o que aconteceu para as crian�as?"... YIKES!!! A impress�o que eu tenho � que, enquanto ele n�o entrevistar cada sobrevivente e cada parente de desaparecido n�o vai sossegar. Que coisa mais doentia! 00:57
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28.10.01
Por falar em caixas de som, o que rola no Winamp: Billy Bragg, Tom Paxton e Leonard Cohen. E, claro, J. S. Bach.05:38
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Ligue as caixas de som da sua m�quina e clique aqui.05:16
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electrohippies collectiveLiberdade n�o � a liberdade de comprar e vender produtos, ou trabalhar em um pr�dio alto, ou voar em avi�es. Liberdade � a capacidade de dizer pacificamente �n�o concordo�, sem temer qualquer ato de repress�o. Isso � o que vemos hoje, com essas leis que relacionam o terrorismo e a internet. O enfoque � t�o abrangente que mesmo pessoas n�o envolvidas em qualquer atividade violenta podem ser enquadradas como malfeitoras. Quem diz essas s�bias palavras � Paul Mobbs, do grupo electrohippies collective, em excelente entrevista para a rets, revista do terceiro setor (o que esse pessoal se amarra numa min�scula...). O ec se especializa em hacktivism, uma esp�cie de ativismo eletr�nico que usa, em vez de coquet�is molotov, as ferramentas da internet. "Uma das formas de protesto utilizada por eles � o envio em massa de mensagens a um determinado alvo simultaneamente, gra�as � a��o organizada de volunt�rios de todo o mundo", explica a rets. "Foi assim que os electrohippies conseguiram tirar do ar o site da Organiza��o Mundial do Com�rcio, recentemente." 05:07
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Turma de valorOntem, s�bado, participei de uma cerim�nia simp�tica e emocionante: a formatura da turma Ebiz6 da Funda��o Get�lio Vargas, que me escolheu, vejam voc�s, como Patrona. (Os tempos est�o mesmo mudados -- antigamente, o pessoal escolhia gente s�ria para essas coisas...!)Mas imaginem que a valente galera passou um ano e meio ralando para tirar este MBA em e-business: um ano e meio de s�bados, das 8h �s 18h30, freq�entemente depois de uma semana inteira de trabalho; um ano e meio de s�bados sem praia e sem chope, sem fam�lia e sem papo pro ar. Fiquei muito impressionada com essa determina��o e essa dedica��o aos estudos, e de fato honrada em ter sido convidada por uma turma de tanta garra. Meninos, do fundo do cora��o: sejam todos muito felizes e bem-sucedidos! Voc�s merecem. 04:35
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Concordata.comE l� se vai mais uma ponto.com! Meu Deus, assim n�o � poss�vel, n�o vai sobrar id�ia sobre id�ia... Agora � a Clickrewards, cujo website est� aparentemente bem e vivo, mas que acaba de me mandar um e-mail informando que a Netcentives, empresa � qual pertence, acaba de pedir concordata. Recebi o e-mail, esclarecem eles, por ordem judicial, j� que, como feliz propriet�ria de 632 pontos, sou considerada sua credora. O Clickrewards era (ou ainda �, mas sabe-se l� por quanto tempo) um programa de milhagem por compras, aquela coisa estranha chamada fideliza��o, n�o � isso? Fazendo compras em estabelecimentos filiados ao site, recebiam-se pontos que podiam ser trocados por mercadoria ou por milhagem em algumas companhias a�reas. Mas 632 pontos, infelizmente, n�o d�o para nada... 04:17
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Apostando nos apostadoresAinda n�o li nada -- not�cia, estat�stica, post -- sobre o assunto, mas tenho certeza de que a vida dos cassinos on-line n�o anda nada f�cil. Digo isso porque, h� coisa de um ano, resolvi escrever uma mat�ria a respeito dos cassinos, me inscrevi numa batelada deles, joguei (e, milagre! ganhei uma nota legal, que chegou direitinho �s minhas m�os em cheque, pelo correio) e, desde ent�o, n�o consigo mais sair da lista de mala direta deles, apesar de ter feito reiterados pedidos a todos e ter desinstalado os seus softwares assim que terminei a reportagem. Pois desde o 911 os cassinos andam simplesmente desesperados, fazendo ofertas de todos os tipos aos antigos usu�rios. � normal que, assim que a gente abra uma conta, eles ofere�am uma percentagem do que a gente depositou como oferta da casa; mas agora muitos convidam a gente para fazer uma visitinha e jogar com o dinheiro deles (tipicamente, algo em torno de US$ 20). � claro que os convites t�m seus truques: antes de pegar essas vinte pratas, o n�mero do cart�o de cr�dito do usu�rio tem que estar devidamente registrado. O fato � que todos os cassinos est�o apostando na compuls�o universal do jogo, que � um sentimento real -- se eu n�o tivesse desinstalado os programinhas da m�quina, a essa altura j� estava vendendo tangerina naquele sinal em frente ao Meng�o. 03:54
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27.10.01
(Peguei na Marina)03:24
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ZZZZZZZZZZZZZZAmanh� (quer dizer, logo mais) eu posto algumas coisinhas legais, OK? Agora estou t�o cansada e com tanto sono, que n�o consigo nem ficar de olho aberto... e olhem que tenho ins�nia e o meu problema, em geral, � justamente o contr�rio... Int�! P.S. -- Logo mais eu devolvo o t�tulo, viu, Mosca?02:18
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26.10.01
Filha de peixeP�, t� explicado porque a HyperLia faz aquele blog elegante e bem-transado -- � de fam�lia! Acabo de descobrir l� mesmo que ela � filha do Juca Martins, um daqueles fot�grafos cujo trabalho acompanho h� s�culos, babando nas fotos (e com vontade de rasgar todos os �lbuns dos gatos...). Na ter�a-feira foi anivers�rio dele. Parab�ns aos dois! 04:55
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Do Inform�tica etc. para o internETC.Uma confiss�o: adoro os leitores do Info etc! J� fiz muita coisa em jornal, j� trabalhei em �reas pol�micas (para ficar num s� exemplo, fiz cr�tica de televis�o durante anos no JB) mas nunca encontrei leitores mais motivados e envolvidos com o jornal do que a galera que l� o caderninho. Aquela coisa que a gente sempre diz teoricamente -- o jornal � do leitor -- � profundamente verdadeira no Info etc, em que os leitores n�o se consideram apenas "propriet�rios", mas tamb�m, e basicamente, co-autores. Eles t�m enorme intimidade com a equipe, se metem nas mat�rias, elogiam, xingam, d�o palpites e sugest�es; �s vezes, acabam at� saindo no pau uns com os outros. A �rea, j� se viu, presta-se a isso: com exce��o de alguns grupos fundamentalistas isl�micos, conhe�o poucos setores mais visceralmente ideol�gicos hoje em dia do que o da tecnologia de informa��o. Coisa, ali�s, plenamente justific�vel: a nossa vida depende cada vez mais da tecnologia, e quem n�o presta aten��o ao que acontece a� est� abdicando do seu dever de cidad�o. Quando n�o est�o empenhados em descascar algum de n�s ou em defender o Linux, o Mac ou -- acreditem, at� outro dia ainda havia fan�ticos da esp�cie -- o MSX, eles descobrem coisas muito interessantes, que compartilham com os outros atrav�s do jornal, que passa a funcionar, assim, como uma esp�cie de hub de uma rede mista de papel e cabos. De vez em quando, vou arrastar algum leitor do Info etc. para c�. Afinal, quanto mais variada a rede, melhor. Hoje aproveitem a dica do Paulo Maur�cio Ribeiro, que encontrou um site util�ssimo que eu ainda n�o conhecia. Fui l�, fiz um teste buscando uma mem�ria para o meu notebook, que n�o � propriamente uma coisa f�cil de achar, e n�o � que em poucos instantes eu estava com a informa��o certa na tela? Muito bom! Prezad�ssima Cora R�nai,
D� pra impressionar. Havia visitado o site americano da Kingston -- fabricante de mem�rias de todos os tipos imagin�veis -- de onde fiz o download de um manual sobre mem�rias, j� que queria fazer um upgrade no meu micro e estava um pouco desatualizado sobre as tecnologias atuais. Com as informa��es apresentadas, consegui comprar exatamente o que queria e j� estou utilizando meu micro com mais mem�ria. Se parasse por a� j� estaria bom.
Observando o site, vi que havia um link para um site brasileiro da Kingston. Fui ver. O site � t�o completo quanto o americano e tamb�m oferece uma vers�o em portugu�s do manual sobre mem�rias, em PDF. O manual N�O � uma propaganda das mem�rias Kingston (embora fale, claro, da qualidade delas) mas sim uma descri��o tecnicamente segura dos tipos de mem�rias existentes e como identific�-las. Um download util�ssimo. Al�m disso o visitante pode comprar diretamente dos distribuidores o tipo de mem�ria que desejar. Fiz um teste e solicitei o or�amento para duas mem�rias tipo Flashcard para a minha c�mera digital. Em apenas 24 horas o revendedor respondeu informando os pre�os e os prazos de entrega.
Vale a pena divulgar um site destes: www.kingston.com.br
Paulo Maur�cio Ribeiro
P.S. -- Juro que n�o tenho nadica de nada com a Kingston!04:15
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25.10.01
Mill�r: "O mal da ONU � que s� tem estrangeiro."22:33
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Por outro lado...Comemorando o formidando lan�amento da M$, nasce, em algum vago lugar do ciberespa�o, um util�ssimo site chamado Living Without Microsoft! Desde cedo estou encontrando esta dica nos blogs desses mo�os antenados, mas a ficha demorou muito a cair -- � que eu achei que a turma estava falando do forum do Dan Gillmor, o Freedom From Microsoft, que eu j� conhecia de outros carnavais. Bom, de qualquer forma, antes tarde do que nunca: corram l�, � bom, � importante e � a ess�ncia daquilo que eu acho que a M$ nunca vai conseguir entender direito: a internet. 21:42
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XP: t� na ruaE, finalmente, depois de uma cerim�nia em Nova York em que Bill Gates e o prefeito Ruddy Giuliani apareceram juntinhos, ao vivo e a cores para uma plat�ia de cerca de 1.500 convidados, entre analistas de mercado, heavy-users e imprensa, o Windows XP est� oficialmente lan�ado. J� n�o era sem tempo, porque ningu�m ag�entava mais ouvir falar no novo sistema operacional da Microsoft. Eu ainda n�o eXPerimentei, e na verdade nem sei se pretendo faz�-lo -- tenho ser�ssimas restri��es ao sistema de registro obrigat�rio inventado pela M$ -- mas, a julgar pelas resenhas e opini�es de gente que j� o vem usando h� algum tempo, o XP �, de fato, um bom sistema, talvez o melhor que a empresa tenha feito at� agora (o que, convenhamos, n�o � dizer grande coisa: at� aqui todos os Windows n�o passaram de cascas mais ou menos -- mais menos do que mais -- bem sucedidas para o DOS, um sistema antiqu�ssimo e cheio de limita��es, considerando-se a realidade da atual computa��o). Desta vez, ningu�m fez fila de madrugada em porta de loja, como na �poca do lan�amento do Windows 95; e, provavelmente, a festa ser� bem menor do que a M$ espera (ou gostaria que fosse). Em parte pela recess�o, mas em n�o menor parte pela indigna��o com uma licen�a obrigat�ria que, mais uma vez, vai penalizar o usu�rio honesto. Os piratas, que j� rodam, felizes, seus XP limpinhos da silva, sem licen�a nem nada, mandam lembran�as. 19:00
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Gatos!De alguma mesa pr�xima aqui na reda��o, n�o sei bem onde, o coleguinha blogueiro Samuel acaba de me mandar esta msg: "Este link est� no super blog do Nicholas Frota; ele escaneou uma HQ de gatos!" E olha, gente, n�o � qualquer HQ n�o! � uma HQ muito engra�ada, a cara da Fam�lia Gato... Ali�s, a cara de qualquer fam�lia gato. Confiram! 18:26
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Tecendo a redeHernani Dimantas sobre Mario AV (o craque respons�vel pelo look cinco estrelas deste blog) -- n�o � por nada n�o, gente, mas como � bom encontrar pessoas que sabem do que est�o falando, que sabem das coisas que sabem. Em suma, vida inteligente � bom, e a gente gosta... "Mario AV mandou bem: Esse neg�cio de glorificar a "vida virtual" como sin�nimo de escapismo � coisa de quem n�o entendeu porr�ssima nenhuma do que � a Internet. At� pode usar todo santo dia, mas n�o entendeu mesmo. Internet n�o � uma coisa de computadores; � uma extens�o tecno-natural das rela��es humanas, assim como o carro � uma extens�o tecno-natural de nossas pernas. Hoje todo mundo anda de carro sem pensar duas vezes sobre isso, e em breve todo mundo usar� a Web sem pensar duas vezes sobre isso... NADA mais..." 13:59
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No Paran�, estava resolvido...Jantando com Jaime Lerner, perguntei a ele o que faria com o espa�o do World Trade Center. A sugest�o do Jaime (que tem filha, genro e um futuro netinho morando em Nova York) n�o � arquitet�nica mas, exatamente como eu esperava, humana: -- Eu reconstru�ria a �rea. N�o as mesmas torres, naquela altura, evidentemente; mas faria um c�lculo. Quantas pessoas se podem p�r ali? 50? 500? 5000? Ent�o, este n�mero seria igualmente dividido por todas as etnias, religi�es, nacionalidades -- enfim, todas as tribos que comp�em Nova York. E essas tribos teriam que conviver entre si e, a partir da�, come�ar a se integrar umas com as outras, e se aceitarem umas �s outras. Jaime tamb�m faria l� o que � uma das suas marcas registradas como planejador urbano: nada de fronteiras entre �reas comerciais e habitacionais. As pessoas podem perfeitamente viver nas mesmas �reas onde trabalham. Com isso, ali�s, se resolvem dois dos maiores problemas das grandes cidades, o tr�nsito e a seguran�a. N�o h� nada mais triste e in�spito do que uma �rea comercial, como o centro do Rio, por exemplo, depois das sete ou oito da noite, quando todo mundo j� foi para casa. Ai de quem tenha que sair mais tarde do trabalho... 02:49
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Problemas no RebloggerO Reblogger est� com problemas e, pelo visto, sobrou pra c� tamb�m: de repente sumiram do blog todos os comentes feitos antes da noite do dia 24. O sistema mudou de servidor, eu fiz a mudan�a recomendada, mas nada. J� mandei um e-mail pro Jesse (autor do Reblogger) pra ver se ele encontra os textos por l�, mas n�o estou pondo muita f�... Algu�m tem alguma sugest�o? Id�ia? Rem�dio? Reza forte? :-( 02:25
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24.10.01
SecurityNewsPortal fechado Acabo de saber disso pelo sempre ligado Cat, e fiquei muito triste:"Ontem, dia 23, um engra�adinho resolveu desfigurar o site SecurityNewsPortal para provar que era um hacker fera. Ele o fez como protesto pelo fato de o site ser (na cabe�a dele) comercial e n�o ter fechado um buraco de seguran�a exposto em fevereiro de 2001. Diante disso, Marq, o webmaster, simplesmente decidiu fechar o site definitivamente. Mas a resposta que deu na p�gina principal merece ser lida, especialmente pelo imbecil que vandalizou o site. Ali�s, o espertinho deve estar rangendo os dentes neste momento. O SecurityNewsPortal era um dos melhores sites sobre seguran�a de sistemas. N�o tinha anunciantes pagos, ali�s, o �nico anunciante era uma empresa sediada em Malta, que n�o pagava nada pelo espa�o. O site n�o tinha apoio financeiro de nenhuma empresa de seguran�a nem de nenhum fabricante de produtos do ramo. N�o vendia sua lista de emails de assinantes nem nunca cobrou nada dos mais de 2.700 sites que ostentavam o newsticker gratuito do site. N�o recebia grana nem do governo, nem de universidades, e era o Marq sozinho trabalhando 18 horas por dia para manter as not�cias fresquinhas no ar, com o apoio de um jornalista freelancer que dava um toque aqui e ali, tamb�m de m�o beijada. Todos os gastos do site eram pagos do bolso do Marq: registro do dom�nio, provedor anfitri�o do site e linha privada. Al�m disso, n�o houve m�rito algum em desfigurar a p�gina principal, pois o servidor invadido n�o estava sob a responsabilidade t�cnica do Marq, que apenas comprava o servi�o de provimento de um fornecedor comum. Uma pena que esta excelente fonte tenha deixado de existir. S� nos resta torcer para que o webmaster se comova diante da montanha de emails que certamente j� est� recebendo e volte atr�s em sua decis�o." (Carlos Alberto Teixeira)16:13
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03:33
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Quem tamb�m est� empolgad�ssimo com o Tourist Guy � o simp�tico coleguinha Jean, que bloga direto de NY: ele j� fez diversas varia��es sobre o tema.02:54
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Show de netPor falar em New York Times -- a cobertura online que o jornal�o est� fazendo da "guerra" � mesmo de tirar o chap�u. Rodando por l� acabo de descobrir o trabalho do fot�grafo Vincent Laforet, que est� no Paquist�o. Suas fotos s�o excelentes, mas o melhor de tudo � a forma como est�o apresentadas, num book virtual, digamos assim, acompanhadas de arquivos de som em que ele conta detalhes do trabalho. De alto risco, diga-se: numa das seq��ncias, clicada por uma colega, ele e um outro fot�grafo s�o violentamente atacados pela pol�cia. Alto impacto. Ali�s, sempre que vejo essas magn�ficas fotos da mis�ria humana, me lembro de um poemeu do Mill�r: Viol�ncia, terremoto, Fome e promiscuidade D�o cada foto!Ah, sim: Sebasti�o Salgado j� deu not�cias? 02:15
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Aos anglo-parlantes que quiserem ter uma id�ia do que � o Paquist�o, este blog recomenda a leitura da reportagem de Peter Maass publicada pela revista de domingo do New York Times. Perto dos miser�veis de Peshawar, os milh�es de miser�veis brasileiros t�m uma vida relativamente boa -- n�o por qualquer acerto do governo, diga-se, mas por generosidade da natureza. Aqui n�o h� inverno. 01:05
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23.10.01
Lar, doce larNovidades: o ch�o da sala est� pronto; a mesa da sala voltou pro lugar; e a pr�pria sala j� come�ou a ser pintada. Ufa! N�o � que h� mesmo uma luz no fim do t�nel? (oops... me enganei -- n�o � luz n�o, � s� a lanterna do gerente do Bradesco me procurando...)22:48
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 A ilustra��o ao lado d� uma vaga -- mas apenas vaga -- id�ia da sensacional capa com que o New Yorker circulou logo depois do 911. Impresso em preto sobre preto, o fantasma das torres, que ainda peguei numa banca em Los Angeles quando fui para Seul, era, disparado, a capa de maior impacto da semana. Todas as outras imagens (a explos�o, as torres caindo, os bombeiros, as pessoas cobertas de p�) n�s j� hav�amos visto � exaust�o; diferente, mesmo, era a capa preta, na qual s� era poss�vel distinguir as torres depois de pegar a revista na m�o. Pois agora encontrei um texto de Art Spiegelman, o autor desta capa chocante (em todos os sentidos), explicando como ela nasceu. Vale a pena ler, mesmo porque ele n�o � apenas um artista gr�fico da pesada, mas tamb�m um �timo escritor. Quem leu seu inesquec�vel Maus sabe do que estou falando. 21:42
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Como � que ningu�m pensou nisso antes?!Andr� Breitman explica como encontrar Osama Bin Landen: 1. Jogue c�pias do Windows XP sobre o Afeganist�o; 2. Espere o Bin Laden fazer o registro obrigat�rio; 3. Trace the call. 19:25
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Da janela v�-se o Corcovado...06:26
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Not�cias da frente financeiraComo se n�o bastasse a brutal queda de anunciantes que j� vinha acontecendo desde o come�o do ano, e que selou o destino de publica��es t�o diferentes como a Industry Standard e a Lingua Franca, os jornais, revistas e emissoras de TV nos Estados Unidos enfrentam, agora, um problema adicional: os custos da cobertura de guerra que, segundo analistas financeiros, considerando toda a m�dia, j� alcan�am os US$ 100 milh�es. S� o New York Times j� teria gasto cerca de US$ 4 milh�es em edi��es especiais, viagens, comunica��es e material editorial, o que � um rombo e tanto no seu or�amento. Para quem vive de olho na m�dia, este � um momento cr�tico, em que a imprensa vai ter que se decidir entre o bem dos seus leitores e espectadores, e o bem dos seus acionistas. Diga-se a bem das empresas de comunica��o que, at� aqui, vem prevalecendo a informa��o sobre os lucros. Resta apenas saber por quanto tempo lhes ser� poss�vel manter esta correta atitude sem afundar o barco. 05:09
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L� (?!) como c�O que � que brasileiros e sui�os t�m em comum? Mania de Tourist Guy! A revela��o foi feita pelo administrador do site Touristguy.com, uma cole��o de montagens pondo o misterioso indiv�duo fotografado no alto do WTC nos mais diversos lugares, da �ltima Ceia de Da Vinci � capa de Sargent Pepper's. Diz o an�nimo, mas muito simp�tico, webmaster que a febre pegou brabo nos dois pa�ses, igualmente doidos: a maioria dos 600 e-mails que o camarada recebe por dia vem ou de l� ou de c�. Os brasileiros, eu at� entendo. Mas... os sui�os?! Eu, hein. 03:18
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Uma farm�cia muito doenteCom o notici�rio sobre a guerra contra o terrorismo dominando as paradas, est� dif�cil a gente sequer se lembrar de que outras coisas continuam acontecendo pelo mundo. Por exemplo: as ponto.com continuam fechando! Agora � a vez da WebRX, antiga e simp�tica farm�cia online, que est� enviando e-mails � clientela anunciando a queima total do estoque. A �ltima a sair por favor desligue a m�quina... 02:56
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E se o v�o 93 foi abatido?Esta � especial para quem � chegado a uma teoria conspirat�ria da hist�ria -- mas o pior � que a especula��o do colunista Harley Sorensen, do SF Gate, ainda que improv�vel (em todos os sentidos), n�o � totalmente imposs�vel: "O NOSSO GOVERNO MENTIRIA PARA N�S?" -- perguntou ele na edi��o de ontem do jornal. -- "Imagine, apenas imagine, que o v�o 93 da United, o dos her�is, que ia de Newark para S�o Francisco, n�o tenha se espatifado na Pennsylvania por causa dos seq�estradores mas tenha, em vez disso, sido abatido por ca�as americanos. Fogo amigo. "O nosso governo admitiria uma trag�dia dessas ou tentaria acobert�-la?" Sorensen alinha as d�vidas que deram origem � sua desconfian�a: 1) Os avi�es de combate, naquele momento convocados h� mais de uma hora, j� estavam na �rea, com a miss�o de defender a Casa Branca "a todo custo", e sabemos que um dos poss�veis alvos deste avi�o era, justamente, a Casa Branca; 2) A caixa preta do avi�o foi encontrada logo, mas at� agora o governo n�o divulgou o seu conte�do; 3) O governo tamb�m n�o divulgou os nomes dos pilotos dos ca�as que participaram da miss�o, o que torna imposs�vel entrevist�-los. Se n�o fizeram nada demais, por que n�o dizer quem s�o? 4) O homem que assumiu o comando do dia, o vice Dick Cheney, est� sumido desde ent�o. Dizem que � por raz�es de seguran�a -- mas se �, porque o presidente George W. Bush n�o sai da m�dia? 02:40
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Pula a palavra no colo. Confiss�o de afeto em dialeto de gato.(escrito por Sara Fazib, descoberto pelo Fabio -- cujo blog, ali�s, tamb�m est� de {linda} roupa nova, by Nancy)00:51
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22.10.01
Mais um Tourist Guy chique, este � la Warhol, feito pelo Mario AV -- �, exatamente, o craque que fez o novo layout deste blog que vos tecla!18:13
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"Ai, voc� n�o vai acreditar! Tive que interromper o papo agora mesmo porque acabamos de ter um pequeno terremoto aqui em Los Angeles. Que susto! O apto. (em Westwood, tr�s quadras de Century City) tremeu por uns sete segundos, o centro da tremedeira muito perto daqui, em Beverly Hills, mediu 2.9. Mas a conex�o internet n�o caiu!" (Trecho de um e-mail que acabo de receber da minha amiga Scarlett)17:39
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A guerra contra o terror foi perdida h� muito tempo"N�o se trata de uma nova ordem mundial, ainda n�o, e n�o � a guerra de Deus. Antes, trata-se de uma opera��o de pol�cia atroz, necess�ria, degradante, visando a compensar a fal�ncia dos nossos servi�os de informa��o e a cegueira pol�tica com a qual armamos e utilizamos os fundamentalistas isl�micos para que eles lutassem contra o invasor sovi�tico, para abandon�-los em seguida num pa�s devastado e sem governo. Em conseq��ncia, cabe a n�s, infelizmente, encurralar e punir um bando de fan�ticos religiosos neomedievais que obter�o dessa morte com a qual os amea�amos uma dimens�o m�tica." um artigo imperd�vel de JOHN LE CARR�; �ntegra AQUI!04:42
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A RIAA mostra a que veioEntre os seres mais desprez�veis da face da terra est�o aqueles tipos pestilentos que se aproveitam da mis�ria alheia para faturar algum: o cr�pula que tira a carteira do bolso do sujeito que acabou de morrer no meio da rua, por exemplo, ou o biltre que saqueia o apartamento de v�timas de terremoto. Ou a RIAA, a famigerada Recording Industry Association of America, que, sem qualquer esp�cie de escr�pulo, tentou se aproveitar da legisla��o antiterrorismo em tr�mite no congresso americano para se garantir, por lei, o direito de hackear nossos computadores e apagar arquivos. Para quem vem acompanhando a atua��o desta abjeta associa��o, isso n�o chega a ser surpresa. Em todas as etapas do caso Napster ela sempre jogou da forma mais suja poss�vel, sempre brandindo o l�baro dos direitos autorais para se passar por ilibada defensora da classe art�stica. Mas para quem achava que os usu�rios de MP3 eram � como a RIAA sempre fez quest�o de pregar � um bando de piratas sem no��o de bem ou de mal, a �ltima manobra de Hilary Rosen & Cia. foi um choque. At� David Coursey, o AnchorDesk da ZDNet (com quem nunca simpatizei e a quem parei de ler depois do 911 para n�o me irritar al�m do estritamente necess�rio) ficou abalado. E olhem que ele � pr�-establishment, pr�-Microsoft, anti-Napster e anti-PGP: �Num momento em que a nossa na��o precisa tomar s�rias decis�es em rela��o � restri��o das liberdades civis no combate ao mal, a RIAA devia ter tido o bom senso de ficar quieta�, escreveu ele na quinta-feira passada. �O Napster e similares, ainda que fora da lei, sa�ram da pauta de preocupa��es. Usar esta dram�tica mudan�a de prioridades como ocasi�o para inserir par�grafos ego�stas na lei antiterrorismo chega a ser inacredit�vel�. Sorry, baby, mas s� � inacredit�vel para voc�, que sempre acreditou nas boas inten��es n�o s� da RIAA, mas de toda a parafern�lia legal que vem se armando nos EUA contra os usu�rios e a internet, em nome de �boas causas� (como o combate � pedofilia ou a defesa dos direitos autorais), mas servindo, na verdade, a interesses totalmente escusos. Nisso � que d� n�o usar a cabe�a para pensar, e achar que tudo o que � legal � legal. Sinto, mas n�o � n�o. O AI-5 era legal; o apartheid foi lei nos EUA e na �frica do Sul at� outro dia; e o pr�prio Holocausto estava solidamente amparado pela legisla��o nazista. Claro que quem levantou a bola das m�s inten��es da RIAA n�o foi David Coursey, mas sim Declan McCullagh, da Wired. Ele saiu com a not�cia bomb�stica na segunda-feira, apoiado numa c�pia da emenda que a RIAA queria, assim como quem n�o quer nada, atochar no USA Act. De acordo com a emenda, detentores de direitos autorais (a� inclu�dos filmes e e-books) sequer poderiam ser responsabilizados civil ou criminalmente pelos danos que viessem a causar em equipamentos alheios ao hacke�-los, ou invad�-los de qualquer outra forma, no intuito de �razoavelmente impedir ou prevenir a pirataria eletr�nica�. N�o � o suprassumo do mau-caratismo, para me ater a uma express�o permitida em casas de fam�lia?! Possivelmente inspiradas em 007, que tinha licen�a para matar (ainda que errasse o alvo e liquidasse a pessoa errada) a RIAA, a MPAA e outras institui��es mals�s passariam a ter licen�a legal para invadir nossas m�quinas, delas apagando todos os MP3 e/ou outros arquivos que porventura lhes desagradassem. Se com isso mandassem para o espa�o a tese de doutoramento ou a planilha da empresa, bom, que diabos, isso seria, apenas � para usar o jarg�o do momento � collateral damage. Afinal, n�o se faz uma omelete sem quebrar uns ovos. (O Globo, 22.10.01)01:32
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21.10.01
08:00
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"O pre�o da sabedoria � detestar tudo"(mas eu ADORO ele!)07:57
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O passado joga pedras no futuro, E todas elas caem no presente.07:46
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20.10.01
 Caramba!Geeeeente, a coisa t� ficando cada vez mais sofisticada... Olhem s� que Tourist Guy MARAVILHOSO o Marcos Fontes fez: n�o est� o m�ximo? (Acho que este o pr�prio Escher assinaria embaixo!) 23:47
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Echelon Jam: � hoje! <==(j� foi)Eu ia comentar este assunto, mas o Cat, que � o teclado mais r�pido do Oeste, saiu na minha frente -- e, como sempre, mandou muito bem:O dia 21 de outubro foi escolhido como dia internacional para congestionamento do Echelon, um sistema que at� h� poucos anos era considerado secreto e cuja fun��o era, ou ainda �, interceptar todas as comunica��es eletromagn�ticas do planeta, incluindo r�dio, TV, pager, telefone, celular, email, sat�lite, microonda, telex e cabo submarino. Os grupos ativistas pr�-privacidade obviamente lutam ferozmente contra a exist�ncia do Echelon e, uma vez que o sistema se baseia na filtragem de palavras-chave, tiveram a id�ia de anualmente congestion�-lo com milh�es de emails contendo palavras as mais cabeludas poss�veis, daquelas que certamente chamariam a aten��o de um programa de grande porte para detec��o e captura de informa��es suspeitas. Quem quiser participar sem grande trabalheira, basta acessar uma p�gina da Cipherwar/Echelon-Jam onde se pode enviar email para qualquer pessoa com texto escolhido numa biblioteca de mensagens propositalmente suspeitas. No entanto, para os que preferem uma atua��o mais efetiva, recomenda-se baixar uma das v�rias listas de palavras echelon�veis e enviar seus pr�prios emails para amigos e conhecidos. Qualquer dia em que voc� decida mandar essas mensagens, j� servir� ao prop�sito da Cipherware, mas se puder ser no dia 21 de outubro, ainda melhor. (Carlos Alberto Teixeira)21:25
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Querem ver uma outra LINDA fam�lia gato? Cliquem aqui! Achei l� no blog da Lu.20:47
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Outro departamentoCoisa muito bonita e comovente: tatuadores trabalhando de gra�a, dia e noite, perto do Ground Zero, fazendo tatuagens "patri�ticas" nos bombeiros para quem levar o 911 s� na cabe�a, at� o fim da vida, n�o basta. Na BBC, � l�gico. Se voc�s quiserem assistir ao programa todo -- um �timo trabalho do correspondente Robert Nisbet -- ele est� dispon�vel online, em duas partes, aqui e aqui. 05:51
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Quem viu essa foto primeiro foi a Dominique...03:26
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Bioterrorismo da pesadaSabe o que � pa�s civilizado? � pa�s onde o sistema p�blico de sa�de d� Reductil de gra�a pros gordinhos necessitados! Enquanto isso a gente, aqui, gastando meio sal�rio m�nimo por m�s na poderosa droga (que ali�s, no meu caso, nem se mostrou assim t�o poderosa...). Pensando bem: os Estados Unidos est�o em polvorosa (vale o trocadilho) por causa do anthrax (ou antraz; ou carb�nculo -- um nome mais feio do que o outro!) que, at� agora, contaminou exatamente sete pessoas numa popula��o de 276,2 milh�es de habitantes. Mas -- e aquela epidemia de obesidade que eles t�m por l�, e que afeta mais de 39 milh�es de americanos, n�o � muit�ssimo pior? Bioterrorismo por bioterrorismo, o anthrax (que, pelo menos, responde a antibi�ticos), me parece menos letal, a m�dio e longo prazo, do que um Big Mac. A diferen�a, honra seja feita, � que o Big Mac se identifica. 02:22
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A roupa nova do blog acaba de repercutir... na Alemanha! Eu avisei, gente, vou acabar insuport�vel...00:33
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 Buda 2.0Todo mundo lembra, � claro, daquele gigantesco Buda que os Talib�s detonaram: se mais n�o tivessem feito, ali o mundo devia ter posto as barbas de molho, mandando alguma organiza��o supra-partid�ria, digamos assim (at� podia ser a ONU, por que n�o?), ter uma conversa s�ria com os barbudinhos. Mas isso s�o �guas (e pedras) passadas. Agora, o interessante � que Bernard Weber, da New 7 Wonders Society, est� propondo a reconstru��o da est�tua em tr�s etapas: a primeira, virtual, a partir de um conjunto de imagens 3D que, no momento � tudo o que sobra do Buda; depois, seria feito um modelo em escala 1/10, com quase seis metros de altura, a partir do qual seriam estudados materiais e m�todos para possibilitar, finalmente, a reconstru��o, in loco, dos 53,4m de arte que aqueles fan�ticos ensandecidos mandaram pelos ares. 00:19
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19.10.01
T�, mas quem embrulha o peixe?Imaginem isso: algumas centenas de p�ginas de papel eletr�nico, com um chip separado em cada p�gina e, embutidos na lombada, chips de mem�ria suficientes para arquivar o equivalente a toda uma Library of Congress... Esta vis�o do Livro Final � um sonho de Joseph Jacobson, do MIT e da E Ink, que trabalha no desenvolvimento de papel eletr�nico, um projeto futurista que pode chegar antes do que se pensa e se tornar realidade dentro de alguns anos. Eu adoro este tema! Gosto muito de imaginar as mil possibilidades oferecidas por um papel assim, embora, por enquanto, ainda n�o acredite que o fim dos jornais ou dos livros esteja t�o pr�ximo. H� dois grandes pontos a se considerar em rela��o a isso. O primeiro � o aspecto econ�mico: o papel impresso ainda � a forma mais barata de armazenar dados (e, eventualmente, transport�-los por a�). O jornal � a m�dia descart�vel por excel�ncia. N�o sei quando teremos um papel eletr�nico t�o simples de levar para a praia quanto um jornal. O outro ponto diz respeito � anatomia do olho humano. Para ele (olho) ainda n�o h� uma tecnologia de informa��o t�o calma quanto a palavra ou a imagem impressas. De prefer�ncia, preto no branco. Qualquer outra forma de informa��o, do melhor dos monitores � tela do cinema, passando pela televis�o, pelo neon, pelos luminosos � la Times Square -- voc�s escolhem -- � cansativa, e pouco convidativa a um olhar demorado. Ah, sim, quase esque�o: comecei a escrever este post para avisar que o papel eletr�nico � um dos protagonistas da edi��o de novembro da Scientific American, que publica a seu respeito um daqueles artigos maravilhosos, gigantescos, que esgotam o assunto. Se voc� prefere tecnologia calma, corra para as bancas. Se n�o se incomoda com p�ginas eletr�nicas, clique aqui. Mas prepare-se, porque a vers�o online da revista usa o equivalente digital daqueles zilh�es de papeluchos que caem hoje de qualquer revista anal�gica que a gente abra, arghhh. 07:43
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Tecendo a redeUm blog que acho sensacional � o da GT (Grande Tecel�) Jackie Miller. Pra come�o de conversa, a id�ia que ela teve foi �tima; mas n�o ficou s� nisso. A Jackie virou refer�ncia no mundo blog porque, al�m de ralar pra caramba, tem estilo pr�prio, e um senso de humor afinado e impec�vel. A verdade � que, gra�as �quela peneirada pr�via, todos n�s acabamos economizando um temp�o nas nossas blog-vidas... 06:47
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 Lar, doce larFazemos progressos! O ch�o da sala j� est� todo colocado, agora � s� rejuntar as cer�micas e cuidar da pintura. Amanh� eu tiro uma foto proc�s conferirem; por hoje, fiquem com a Tutu, fiscalizando o que anda acontecendo l� no alto... 06:07
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18.10.01
A trama se adensa!19:09
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Ponto finalA autora deste texto, Ivone C Benedetti, � uma das maiores autoridades em tradu��o no Brasil. Acho que, com estas observa��es, enviadas para uma lista de tradutores, ela resolve, de uma vez por todas, a d�vida ling��stica do momento: antraz ou carb�nculo?"Na verdade j� estamos convencidos de que, cientificamente, � melhor usar carb�nculo, mas existem outros dados, outras realidades que precisam ser considerados numa lista de tradutores de ci�ncias humanas e literatura. O que deu origem � confus�o n�o � exatamente uma quest�o m�dica. Quem trabalha com medicina sabe direitinho do que est� falando, e diz que os jornais est�o "errando". Do ponto de vista da hist�ria da medicina, por�m, os jornais n�o est�o "errando" no sentido de confundirem sentidos de "cognatos", como quem traduz eventually por eventualmente. Eles est�o apenas perpetuando uma ambig�idade que j� vem de longu�ssima data, ou seja: a isso que se d� o nome de carb�nculo tamb�m se d� tradicionalmente o nome de antraz. Quer dizer, tradicionalmente sempre houve dois nomes para uma mesma doen�a (a provocada pelo tal Bacillus anthracis): carb�nculo e antraz. No entanto, existe s� um nome para a doen�a provocada pelo tal Staphylococcus aureus: antraz. Logo, existem tr�s nomes para duas doen�as, e um desses nomes � comum �s duas, sempre segundo a tradi��o (cheguei a enviar � lista o t�tulo de um livro de 1811 que ensina como curar o "carb�nculo ou antraz"). A distin��o clara e cient�fica, n�o sei por qu� (j� que � antiga), nunca se imp�s para valer em termos ling��sticos. Provavelmente porque foram doen�as surgidas e "catalogadas" em meios populares, antes de chegarem aos laborat�rios; provavelmente porque houve grande intera��o entre os termos (fatores de imigra��o etc. etc.); provavelmente porque "anthracis" � "do antraz". � interessante notar que essa ambig�idade n�o existe s� em portugu�s. Ela existe tamb�m em italiano e em franc�s. Em suma, n�o se pode deixar de constat�-la. Por que n�o? Porque n�o podemos chamar de "ignorantes" aqueles que nela incorrem. A� a quest�o se p�e em termos de optar de vez por transferir para o plano ling��stico a distin��o que parece j� estar consolidada no plano cient�fico. S� que, embora ela esteja clara no plano cient�fico, n�o est� clara no plano ling��stico. Vai dar trabalho convencer os jornais de que n�o devem usar a palavra antraz se ela � encontrada em v�rios comp�ndios respeit�veis como sin�nimo de carb�nculo. Considerando-se ent�o que a palavra antraz � bem mais curta... est� feita a festa". (Ivone C Benedetti)19:01
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Deu no New York TimesAcabo de ler no venerando matutino que uma das minhas publica��es favoritas, a Lingua Franca, m�-rreu. A revista, que existia h� 11 anos, cobria essencialmente o mundo acad�mico, mas de uma forma totalmente diferente daquela que a gente est� acostumada a encontrar em revistas universit�rias: era s�ria, engra�ada, provocante e, sobretudo, jornal�stica. Tinha uma tiragem de 15 mil exemplares, com nove edi��es ao ano, e nunca chegou a dar lucro. Agora, infelizmente, os patrocinadores tiraram o time de campo e Jeffrey Kittay, o editor, se viu obrigado a tir�-la de cena. Mas ele avisa que sua outra empreitada, o excelente Arts & Letters Daily, continua no ar. 17:05
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Audiogalaxies, � com voc�s...Ah, sim, s� mais uma coisinha -- acabo de receber um e-mail muito interessante, voc�s v�o gostar: Esse site funciona como um assistente pro Audiogalaxy. Ao inv�s de ter aquele trabalho porco, de selecionar m�sica por m�sica de um disco, voc� s� coloca o nome do disco no search do site e ele adiciona todas as m�sicas referentes ao disco na sua lista de downloads. Nota 10. Era tudo o que eu precisava!Aviso: o site n�o estava no ar quando tentei ir at� l�, mas vou deixar o post por aqui mesmo. Vai que ele esteja em manuten��o, ou o qu�, e a gente perde essa chance... 06:29
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H� um excelente post, cheio de links muito instrutivos, no 8080, chamado Wireless Freenets - steal this bandwidth. Eu, que queria ir dormir cedo hoje... Bom, fica para amanh�. 06:22
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Help!Um vizinho deste blog me mandou uma mensagem gracinha. Ele � muito t�mido e nem queria sair da concha, mas est� com um problema estranho -- e eu n�o tenho a menor id�ia do que pode estar acontecendo! Ser� que algum de voc�s pode ajudar? Diz ele: Eu n�o consigo abrir os coment�rios dos seus posts. � agoniante n�o poder participar daquela conversa gostosa que os coment�rios produzem. Ser� que voc� poderia me dar uma ajuda com isso? Toda vez que tento acessar o coment�rio recebo de volta a mensgem "Cannot Find Server -- The page cannot be displayed". 05:37
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Confiss�es �ntimas: eu e o v�rusS� a Lu j� deve ter perguntado umas tr�s vezes a� pelos comentes, isso pra n�o falar no povo l� da reda��o, na fam�lia e nos gatos: como foi que eu peguei este v�rus?! A resposta oficial �: Hoje em dia, ningu�m est� livre de ataques inesperados. Vide o WTC!A resposta honesta e sincera �: Marquei bobeira.Acontece que, nas duas m�quinas "de verdade", tenho uma conex�o banda larga. Elas s�o m�quinas vivas, que ficam no ar 24 horas por dia e, assim, podem ter sua rotininhas de atualiza��o autom�ticas. Eu n�o me preocupo com antivirais h� s�culos, no m�ximo clico um yes quando o NAV me pergunta qualquer coisa. No notebook a que estou reduzida por causa das obras, por�m, preciso me lembrar de baixar as novas defini��es de v�rus j� que, em geral, tou sempre �s carreiras e em conex�es discadas. O NAV bem que me avisa, coitado, mas eu sempre digo "ah, daqui a pouco": afinal, uso Eudora, e essas pragas em geral v�o em cima de quem usa Outlook, certo? Errado. O W32.Magistr.39921@mm � uma variante do W32.Magistr.24876@mm, que ataca Eudoras tamb�m. Al�m disso, fiz uma besteira de todo tamanho: abri um execut�vel atachado, vindo de um amigo. Cuja m�quina est� bichada... mas eu n�o sabia! O pior � que sempre vou repetir essa besteira (que, por obriga��o profissional, recomendo calorosamente a todos que evitem): eu n�o resisto �s gracinhas que os amigos me mandam. Quanto ao progresso na remo��o do biltre, sinto dizer que vou mal. In�meros arquivos (os do sistema) t�m que ser overwritados, mas pra isso preciso do drive de CD-ROM externo pra rodar o Windows. Mas... eu l� sei onde est� este drive, no meio dessa confus�o?! Por outro lado, encontrei o Zip Drive, que vai me permitir, pelo menos, fazer backup dos zilh�es de fotos e dados que est�o aqui. Para isso s� me faltam agora os zips -- que, naturalmente, n�o estou conseguindo encontrar. Mas isso � o de menos. Logo mais clico pro Jairo e encomendo uns dois ou tr�s. E � isso. A� t�m voc�s o relato de uma sucess�o de asneiras digna de um CEO de multinacional. A diferen�a � que ele pode jogar a culpa no gerente de TI. 05:18
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 Olhelea�, gente!Capturei esta imagem l� no Gato Bandini, que tem um blog �timo. (N�o, � claro que eu n�o estou dizendo isso s� por causa do nome dele, que id�ia...!) Adendo em 19.10.01: O Alexandre d'Albergaria, respons�vel por um dos blogs mais originais do peda�o, informa: o touristguy da idade da pedra � de autoria da Ana Pow, do Flor de Obsess�o, um outro blog da pesada. Valeu a dica, Calvin! 03:17
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Tecendo a redeQuer saber o que � internet, como � internet, como se faz internet? Simples: leia o que o Hernani Dimantas escreve e/ou recomenda. He gets it.02:17
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17.10.01
E a�, que tal?!Eu n�o disse a voc�s que ia valer a espera? N�o est� simplesmente LINDA a minha roupa nova? Tamb�m, � o seguinte: foi feita por um craque de primeiro time, o Super Mario AV, a quem este blog jamais conseguir� agradecer o suficiente pela trabalheira e pelo carinho. Valeu mesmo, M�rio, voc� � um amor. 19:00
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W32.Magistr.39921@mmContabilidade: 39 arquivos bichados, muitos deles no C:\Windows\System; uma m�quina mais inst�vel e estressada do que qualquer dos gatos (eles, pelo menos, n�o t�m tela azul); meia hora de choro, mas choro mesmo, ao descobrir a m�o de obra que vou ter pra consertar o estrago. Detalhe: o Thinkpad 560Z, valente maquininha a que estou reduzida por causa da obra, usa um drive de CD-ROM externo... que, por causa da obra, eu n�o sei onde est�. � pra chorar ou n�o �? 07:49
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Tecendo a redeO Estraviz descobriu uma forma muito curiosa de catalogar os seus (dele) links; onde esta cronista que vos tecla exausta e � beira de um ataque de nervos a (ainda) essas horas (por causa da m�quina bichada) entra como sinarca. N�o sabem o que �? Eu tamb�m n�o sabia, mas agora que sei vou ficar insuport�vel. � muuuiiito chique! 07:24
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Nunca houve jogo como o Pac-ManEsque�am o Tetris, o M�rio e o Doom. O game mais jogado � e, posso garantir, mais viciante � de todos os tempos chama-se Pac-Man. Isso n�o � a afirma��o leviana de uma jogadora apaixonada; � um fato. Nos seus vinte anos de vida, a pizza gulosa da Namco abocanhou US$ 100 milh�es, acumulados em moedinhas de 25 centavos ao longo de mais de dez bilh�es de jogadas. S� em 1981, ano do seu lan�amento, foram vendidas mais de cem mil m�quinas de Pac-Man. E, ainda assim, como podem testemunhar, ainda hoje, os antigos aficionados, nunca havia m�quinas suficientes para todos nos fliperamas. Eu mesma devo ter passado mais tempo esperando a minha vez do que jogando � pelo menos no come�o, at� pegar o jeitinho. Mais tarde, naturalmente, era eu quem chateava a fila. Apesar desta quantidade de jogadas e de jogadores, o Pac-Man j� era quase maior de idade quando, finalmente, algu�m conseguiu fazer o n�mero m�ximo de pontos: 3.333.360. O autor desta invej�vel fa�anha foi Billy Mitchell, da Fl�rida. Para atravessar as 256 telas comendo todos os pontinhos, frutas e fantasmas com uma �nica vida, gastou um quarter ... e seis horas consecutivas de concentra��o e ast�cia. Na �poca (julho de 1999), assim que soube da not�cia, imaginei que ele fosse um adolescente desocupado; fiquei espantada quando descobri que tinha 34 anos e todo um neg�cio para cuidar. Ele � o presidente da empresa da fam�lia, Rickey's Hot Sauce, que fabrica molhos e, aparentemente, � tamb�m muito bem sucedido neste lado �s�rio� da vida. Tanto que, h� uns dois anos, instituiu um pr�mio de US$ 100 mil para o jogador que consiga ultrapassar a tela dividida que aparece depois da famosa tela 256. Esta tela � um dos grandes mist�rios do Pac-Man: enquanto um dos lados do monitor continua mostrando o labirinto, o outro desaparece e, em seu lugar, entram cubos coloridos e n�meros sem sentido. Alguns jogadores se gabam de ter ultrapassado esta tela, mas Billy Mitchell � categ�rico ao falar sobre o assunto: � Eu alcancei a tela 256 centenas de vezes e nunca consegui passar dela, � declarou numa entrevista � revista Twin Galaxies, afirmando que os jogadores que alegam ter truques para ultrapass�-la nunca conseguiram demonstrar os tais truques. � O primeiro que aparecer com uma estrat�gia que funcione leva os US$ 100 mil. Tim Balderranos, que foi campe�o mundial de Pac-Man em 1983, diz que vai ser dif�cil algu�m levar a grana, j� que o que acontece depois da indigitada tela � que a ROM acaba. Quando o jogo estava sendo escrito em finais do anos 70, mem�ria era coisa cara e escassa, e n�o passou pela cabe�a de ningu�m que algu�m pudesse chegar t�o longe. O que n�o impediu que, em 1982, o presidente Ronald Reagan mandasse um telegrama de congratula��es a um garoto de oito anos, de S�o Francisco, que alegava ter feito mais de 5 milh�es de pontos � uma impossibilidade te�rica, ao menos, j� que para isso ele teria que ter ido bem al�m da tela 256. A m�goa que este telegrama suscitou nos meios Pac-Man at� hoje n�o passou de todo. Mas Billy, que tem esp�rito esportivo e, j� se viu, ama games (ele � o recordista mundial de Donkey Kong, tamb�m), instituiu outros pr�mios de US$ 10 mil para jogadores que consigam alcan�ar um milh�o de pontos nos jogos Ms. Pac-Man, Tutankham, Donkey Kong, Frogger, Rally-X, Berzerk, Hypersports e Carnival, e mais pr�mios de mil d�lares para quem consiga bater os recordes mundiais de quinze diferentes games. Isso sim, � apoiar a categoria! ( O Globo, 15.10.01) 04:31
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Pique-escondeDesde que a Al Jazeera divulgou o v�deo do bin Laden fazendo a sua prega��o de Paz & Amor de algum vago lugar do Afganist�o, os ge�logos perderam o sono: est�o todos tentando, desesperadamente, descobrir, atrav�s daquelas rochas que aparecem como pano de fundo, qu� vago lugar no Afganist�o ser� aquele. O mais seguro de todos os que se manifestaram at� agora foi John Shroder Jr., da Universidade de Nebraska, em Omaha. Shroder trabalhou em campo no Afganist�o nos anos 70 quando, com uma bolsa do Departamento de Estado americano, levantou um mapa da regi�o. Para variar, foi dado por espi�o pelo governo local, que o trancafiou por tr�s meses. Ele garante que, pela cara das pedras, o famigerado bin Laden est� numa ravina em Paktia, uma prov�ncia no Sudeste do pa�s, e territ�rio tribal Pushtun. Mais preciso do que isso, s� mesmo olhando uma foto batida ali na esquina e lendo as placas Avenida Visconde de Piraj� e Rua Vin�cius de Moraes. O �nico problema � que nem todos os ge�logos concordam com essa "leitura", e o pau est� comendo solto entre a categoria: -- Como, Vin�cius?! T� na cara que � Farme! -- Voc�s est�o doidos. Isso a� n�o � Ipanema, � o Baixo G�vea, n�o enxergam? -- Arghhhh, mas que burros s�o voc�s todos, n�o?! � �bvio que o homem est� na Avenida Atl�ntica, esquina com Presidente Vargas!!! Enquanto isso, na d�vida, os avi�es continuam bombardeando a Tijuca e o Andara�. 03:49
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16.10.01
 A Em�lia tem um irm�ozinho...Pessoal, este blog orgulhosamente apresenta � comunidade o min�sculo b�pede Joseph, irm�o da Em�lia, filho do Paulinho e da Kelyndra, bisneto da Nonna, sobrinho da Bia, sobrinho-neto da Laura (ha!), primo da Julia e da Manoela e... meu neto! (Pois �, essas coisas acontecem nas melhores fam�lias...).Ele nasceu ontem, �s 22h49, com 49,5cm e 3,400 quilos, em Austin, no Texas. Como diz o Mill�r, mais um interneto, que, por enquanto, a gente s� conhece pela rede! Esta � uma das primeiras fotos dele e, conforme vcs podem ver, ele j� se porta com extraordin�ria naturalidade perante as c�meras: em suma, um artista nato. 13:13
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  Lar, doce larPelo menos j� d� pra ver que vai ficar bem bonito, n�? Jantando ontem com a Danuza (Le�o), fiquei muito impressionada com uma coisa que ela disse: ela a-do-ra obra! Pode?! Gosta de tu-do, da bagun�a, do cheiro de cimento, da renovada geral. Contei pros gatos e eles est�o chocados at� agora - e mortos de medo de que isso seja contagioso! 05:38
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O que � que voc� estava procurando, hein?Como todo mundo que tem blog, eu tamb�m fico muito intrigada com algumas pesquisas que levam as pessoas a dar com os costados neste internETC. Tudo bem que o povo chegue at� aqui quando vai ao Google e digita Cora, internet, jornalismo, gato -- por exemplo, h� tr�s dias algu�m queria "gato pulando torto gifs", e a m�quina de busca indicou este blog. Isso � o que se espera, embora n�o, sinto muito, aqui n�o haja (por enquanto!) gifs de gatos pulando torto. Mas bater aqui procurando... "� o tchan"?! Que decep��o, n�o? Outras p�rolas que capturei no meu contador nos �ltimos dias: antrax cut�nea processo decis�rio adolescentes de 14 a 18 anos zero hora (imagens dos atentados) escandalo ribeirao fotos url fotos de corpos no WTC perguntas e respostas feitas em pesquisas sobre a privatiza��o windows media player nao funciona no msn explorer. cart�o virtual- terrorismo Uma galera anglo-parlante criou at� um blog dedicado a pedidos de pesquisa esquisitos; � um blog coletivo, de modo que se algu�m tiver alguma coisa suficientemente bizarra em ingl�s pode postar l�. Mas at� que era uma algu�m fazer um para as buscas em portugu�s. 02:07
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15.10.01
Enquanto isso, no Brasil...Vamos reconhecer: desde o dia 11 de setembro, s� pensamos nos problemas dos Estados Unidos, do Afganist�o, da Palestina, dos Talib�s... enquanto isso, a vida continua � nossa volta, e nem sempre �s mil maravilhas. Leiam a carta que recebi do meu amigo Rodrigo Belchior, ele mesmo uma pessoa que muito lutou (e ainda luta) para viver com dignidade: "Conheci o Marquinhos, hoje com 13 anos, mais uma crian�a pobre na favela Dona Marta, morando com sua av� t�o velha quanto doente. O que me chamou a aten��o naquele moleque foi a sua alegria, a meiguice daquele olhar grande e puro, tudo isso numa crian�a �rf� e ainda tendo a responsabilidade de cuidar de sua �nica fam�lia -- a av�.
Perguntei-lhe, um dia, se gostaria de tocar flauta. E a� come�a a hist�ria.
Como, naquela �poca, eu estudava nos Semin�rios de M�sica Pr�-Arte, em Laranjeiras, n�o foi dif�cil conseguir uma bolsa de estudos para ele. � claro que isso s� n�o bastava, ent�o, durante algum tempo, junto com uma amiga que se prontificou a me ajudar, paguei seus estudos em uma escola particular. Com o passar do tempo percebi que, al�m de estar ficando com o bolso vazio, pois tinha todos os meus compromissos financeiros para arcar, a escola deixava muito a desejar. Com esta mesma determina��o que me leva a escrever esta carta, levei Marquinhos para fazer prova para o col�gio Pedro II, e, com a ajuda de Papai do C�u, Marquinhos estuda at� hoje nesse col�gio. Na Pr�-Arte? Vai muito bem, j� toca flauta transversa e come�a a estudar trompete, com o professor Nailson Sim�es, fazendo parte dos Flautistas da Pr�-Arte, cuja apresenta��o de fim de ano aconteceu dia 12 deste m�s de Outubro no Teatro Villa-lobos, e durante os pr�ximos dois meses v�o apresentar-se ainda por outros teatros do Rio.
O que me leva a escrever?
� que esse menino com tanto talento e tanta dedica��o mora num barraco de madeira, sem cozinha, sem banheiro, sem janela, sem televis�o. Foi l� que o encontrei esta semana, sem TV, sem aparelho de som, como qualquer garoto normal de sua idade teria, estudando sua flauta e seu trompete (doados por amigos) com o afinco e a seriedade de sempre. Revolta? Nenhuma, ao contr�rio, leva sua vida no morro com a mesma simplicidade com que convive com adolescentes de classe m�dia com os quais estuda na escola de m�sica.
Foi diante desse quadro que me veio a id�ia de mobilizar pessoas que de alguma forma se sintam sensibilizadas e motivadas a ajudar outras menos favorecidas a crescerem e se tornarem cidad�os de bem. Sonho ver esse menino morando num lugar decente, onde ele possa ter seu espa�o para guardar seus livros, partituras, etc, e estudar com privacidade. Espero id�ias que, de alguma forma, fa�am este sonho ficar pr�ximo da realidade.
Desde j� agrade�o a simples leitura desta carta e a divulga��o da mesma.
Abra�os do amigo Rodrigo Belchior (Cel. 021 9956-0475)" 23:54
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Tsk, tsk, tskMais duas v�timas da falecida Nova Economia: a Brill's Content, uma esp�cie de Revista Imprensa americana, e o Inside.com, site de fofocas e not�cias sobre a m�dia. Acontece que o casamento entre Steven Brill, propriet�rio dos ve�culos, e a Primedia, feito para teoricamente garantir a sua sobreviv�ncia (da revista e do site,claro!; o Brill � daqueles que se garantem de qualquer jeito) n�o funcionou. N�o vou sentir muita saudade da Brill's Content, de que nunca gostei, mas o Inside.com vai fazer falta. 21:03
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14.10.01
 Eyes wide open"Na primavera de 2001, fotografei campos minados em Mo�ambique e, no ver�o, viajei com a minha filha, durante cinco semanas, pelo Sul da India. Ao longo das duas viagens, vi apenas um ou dois americanos. H� 25 anos, havia muitos americanos viajando pela �frica e pela �sia Central. Como � que os EUA podem dar conta das inevit�veis responsabilidades do poder se o seu povo n�o viaja e aprende o que est� de fato acontecendo no mundo l� fora?"Esta observa��o foi feita pelo fot�grafo americano Luke Powell, autor de algumas fotos simplesmente deslumbrantes de um mundo hoje provavelmente desaparecido: o Afganist�o dos anos 70, ainda poupado dos piores ataques russos e do vandalismo dos Talib�s, ainda aberto a estrangeiros que podiam ir at� l� e, bem, voltar com os tesouros que Powell trouxe consigo. Imperd�vel!
20:04
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 Lar, doce larN�o, a Keaton, conforme se pode nitidamente observar na foto, n�o est� achando a menor gra�a. Ali�s, nenhum dos membros da Fam�lia Gato est� apreciando as obras; eles continuam conferindo os trabalhos diariamente, mas num estado de esp�rito semelhante �quele com que o prefeito Ruddy Giuliani confere os trabalhos de remo��o de entulho do WTC: Mas por que aqui?! Por que conosco?! Todos est�o extremamente irritadi�os, vomitando e perdendo p�lo a mais n�o poder; e est�o, todos, mais carentes do que nunca. Tirando isso, aqui em casa vamos todos muito bem, obrigado. 04:17
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 03:58
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Mundo blogEstou tentando (sem qualquer sucesso, diga-se) botar a correspond�ncia em dia. Entre a mailbox do jornal e a daqui de casa h� msgs demais, e entre uma e outra h�, ainda, aquela coisa que se chama por a� de vida normal, isto �, trabalhar, almo�ar e jantar, tomar banho, escovar os dentes, encontrar os amigos, namorar, ouvir m�sica, brincar com os gatos, ler... (n�o necessariamente nessa ordem). E isso para n�o falar na OBRA!!! Resultado: s� agora encontrei uma msg super gracinha da Yasmin Li, enviada logo depois que o Roda Viva com o Steve Ballmer foi ao ar (e que, ali�s, eu perdi, n�o tendo, portanto, a m�nima id�ia de como foi). Escreve ela: "Acabei de assistir a entrevista do presidente da Microsoft, na TV Cultura. Engra�ado esse neg�cio de blog, quando vi voc� entre os entrevistadores senti o maior orgulho e fiquei o tempo todo torcendo para que tudo desse certo. Era como se fosse alguma amiga minha, apresentando-se no meio de tanta gente importante. A �nica representante feminina!"Ela tem toda a raz�o: o lance dos blogs � mesmo curioso. H� uma sensa��o de intimidade ou, no m�nimo, de comunidade entre n�s. Para um blogueiro, um outro blogueiro a quem ele l� n�o � apenas um nome, mas, de fato, uma pessoa. A rela��o � completamente diferente da que existe entre os leitores e colunistas de um jornal, por exemplo (que conhe�o das duas pontas) mas, como devem se lembrar os mais antigos, bem parecida com a que existia entre os membros de um BBS ou de um grupo de discuss�o da Usenet (que nada mais era do que um gigantesco BBS universal). Afinidades eletivas se estabelecem rapidamente, e logo temos a nossa turma, os nossos amigos. (Por exemplo: um querido amigo designer, de quem eu nunca tinha ouvido falar at� come�ar este blog, e que ainda nem conhe�o em pessoa, est� tendo um trabalh�o danado para fazer um layout personalizado para o internETC... tchan-tchan-tchan-tchan! Ainda n�o sei quando vou estrear a "roupa" nova, mas posso adiantar uma coisa: � show!) De qualquer forma, este blog fica feliz em reportar � comunidade que n�o desapontou a amiga Yasmin: Voc� estava bonitinha e suas perguntas eram feitas de uma maneira doce mas afiadas como uma l�mina. Valeu, obrigada! 02:26
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O Eduardo Etcheverry, de Porto Alegre, me mandou uma msg t�o boa, e t�o cheia de boas dicas, que achei que seria um grande ego�smo mant�-la s� para mim. Portanto, meninos, cliquem aqui e aproveitem. 01:16
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13.10.01
Tecendo a redeAchei esta msg da Mila Ramos no blog do F�bio Marchioro: Eu tamb�m choro quando vejo essa imagem de gente como n�s, de olhos fundos de fome, de ossos expostos e de barriga t�mida! Mas eu preciso perguntar uma coisa: onde est�o as fortunas dos orientais, do petr�leo, das t�maras e dos gr�os mais caros do mundo? Onde est� o dinheiro que eles multiplicam nos mercados ocidentais? O que fazem com os petrod�lares? Ser� que n�o daria pra mudar um pouquinho que fosse, o quadro da indig�ncia de seus irm�os, criar alguma forma de trabalho, mesmo as mais rudimentares, para que os mais pobres tivessem como sustentar seus filhos de olhos fundos e barrigas famintas, que tanto nos comovem? Ser� que a eles, aos donos das maiores fortunas do mundo, n�o comove? Ser� que a heran�a deixada pelo pai de bim Lader, t�o potencializada nas bolsas dos pa�ses ricos, somada �s doa��es dos magnatas escusos do terrorismo, n�o daria para mudar um pouco o cen�rio que nos est� sendo exposto, buscando nossa piedade, provocando nosso �dio, como se os EE.UU e n�s, ocidentais, f�ssemos os �nicos respons�veis por esse quadro..? E eles? O que fazem pelo seu pr�prio povo, segundo eles, em nome de Allah? Deus deve estar muito chateado por causa disso! A riqueza deles serve para derrubar torres. Matar a fome e salvar vidas � assunto nosso. (Mila Ramos)16:59
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Quesito emo��oNo New York Times come�a a aparecer, aos poucos, uma tocante colcha de retalhos sobre os mortos do 911. Ela est� num site chamado Remembering the Victims, para o qual as pessoas podem mandar fotos e textos sobre os seus entes queridos. L� est�o os pequenos detalhes das vidas interrompidas, as pequens manias, gracinhas e gestos que fazem, de cada um de n�s, um b�pede especial. Pobres pessoas. Todas: as mortas e, sobretudo, as vivas. 07:05
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Morituri te salutantH� poucas coisas mais tristes no universo dos atentados do que ouvir os recados que as pessoas que estavam nos avi�es ou no WTC deixaram nas secret�rias eletr�nicas de maridos, mulheres, pais, amigos. Com a cobertura ass�ptica que a m�dia optou por dar aos ataques, eles s�o os raros vislumbres de humanidade que temos, mais ou menos como os pat�ticos cartazinhos espalhados por Nova Iorque com os retratos dos desaparecidos; mas os cartazinhos s�o vistos apenas en passant, como pano de fundo de mat�rias mais ou menos gen�ricas. Numa �nsia hip�crita de n�o chocar o p�blico ("somos decentes, n�o estamos faturando em cima da mis�ria alheia"), as redes de televis�o e mesmo os jornais furtaram-se de mostrar os resultados mais grotescos e pungentes do massacre, o sangue, os corpos despeda�ados. Se a m�dia popular sempre exagerou na vulgaridade, ao exibir detalhes m�rbidos dos piores crimes e acidentes, desta vez a chamada grande imprensa exagerou na... eleg�ncia. Foi uma decis�o question�vel, que deixou ao espectador ou leitor a dif�cil tarefa de chegar ao varejo atrav�s do atacado: tivemos que extrair da vis�o espetacular das torres moribundas os milhares de trag�dias individuais que aconteciam naquele exato instante. Ficamos chocados com o horror e perplexos com as dimens�es da grande trag�dia, mas s� nos sentimos genuinamente emocionados e tocados como seres humanos quando vimos ou ouvimos as pequenas trag�dias, quando conseguimos identificar, em meio aos escombros, os nossos semelhantes, os nossos irm�os. Esta foi, tamb�m, uma decis�o que pode custar muito aos Estados Unidos em termos de apoio emotivo, digamos assim. Neste momento, pela primeira vez desde o dia 11 de setembro, o Taliban convida a imprensa estrangeira a entrar no Afganist�o. O Guardian estima que 19 equipes de TV estejam a caminho de Karam, uma aldeia a 80 quil�metros de Kabul, onde o bombardeio americano teria matado cerca de 200 pessoas; nenhum representante da m�dia impressa foi autorizado a entrar no pa�s. Esta �, claramente, uma guerra de imagens e de rela��es p�blicas. N�o h� nada sequer remotamente parecido com o WTC em Karam; o que as c�meras v�o encontrar desta vez ser�o as ru�nas de casas paup�rrimas e, com certeza, pelo menos algumas criancinhas mortas ou mutiladas. Sem escolha, as emissoras ser�o obrigadas a nos mostrar cenas que v�o cortar nossos cora��es, que v�o nos ferir a alma de forma mais dolorosa do que um Boeing cinematogr�fico atingindo um dos edif�cios mais altos do mundo. E o que � que a CNN ou a NBC v�o fazer quando o estrago estiver feito? Tirar do arquivo as imagens verdadeiramente chocantes do ataque? Esque�am. Ou eu muito me engano, ou estamos a ponto de ver mais um gigantesco gol contra dos EUA nessa guerra suja, em que s� h� bandidos e perdedores. 06:29
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 Pronto, Bia!Foi assim: num comente, a Bia perguntou se j� havia foto do Tourist Guy em frente ao Corcovado. Pois prontamente o Jo�o Marcos Turnbull fez com que houvesse. A� est� o resultado. Que eu saiba, � a primeira apari��o do Tourist Guy em solo (virtual) brasileiro. Valeu, Jo�o Marcos, ficou muito legal! 05:16
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Um grupeto bizarro se diverte no Rio... e faz umas fotos �timas!02:57
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Sonhar n�o custa nadaO Relat�rio Alfa chama a aten��o para o lan�amento, no pr�ximo dia 26, de um carro movido a ar comprimido, super econ�mico e, melhor ainda, absolutamente n�o-poluente. Ele � um projeto da francesa Motor Development International, MDI, com sede em Luxemburgo e representa��o em toda a Am�rica Latina (baseada em Barcelona), que procura s�cios no Brasil. N�o, n�o � hoax; mas voc�s acham que as empresas de petr�leo v�o deixar uma maravilha dessas dar certo? Ou que as montadoras de ve�culos tradicionais v�o ficar quietinhas enquanto ele conquista o mercado, a 130km por hora? � ruim! 02:06
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12.10.01
 Imperd�vel!N�s est�vamos nos divertin... digo, trabalhando, aqui na reda��o, quando a Mariana descobriu uma galeria sensacional na Poynter.org, com as capas dos principais jornais do mundo nos dias 11 e 12 de setembro. � imperd�vel para qualquer jornalista, l�gico, mas muito interessante tamb�m para qualquer um que goste de ver varia��es sobre um mesmo tema. Agora estou fechando o caderno de segunda e n�o tive tempo de ver metade delas, mas acho que vai ser dif�cil encontrar uma t�o eloquente quanto a do San Francisco Examiner -- at� aqui a minha favorita, disparado. 21:42
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Dinheiro f�cil, mas...Se voc� fala �rabe, farsi ou pashto, esta pode ser a sua grande chance! O FBI est� procurando linguistas experientes nesses idiomas, pagando entre US$ 27 e US$ 38 por hora. Mucha plata! � claro que o Bureau tem l� as suas exig�ncias: o elemento deve ser cidad�o americano com resid�ncia permanente nos Estados Unidos; deve estar disposto a fazer um teste de pol�grafo e permitir investiga��o completa da sua vida nos �ltimos dez anos. Que pena que para o cargo de presidente n�o se fazem tantas exig�ncias! PS -- Aproveite a ida at� a p�gina do FBI para ver quais s�o as caracter�sticas de uma correspond�ncia suspeita. Eu fiquei impressionada, h� detalhes que nunca teriam chamado a minha aten��o. O problema � que, no fundo, somos todos muito inocentes. 21:01
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Bia, olha s�: n�o � que j� fizeram at� uma p�gina?!06:11
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Ent�o beleza n�o p�e mesa, �? T�, vai nessa.06:07
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Sonhos desfeitosEstou odiando o notici�rio. Qualquer notici�rio de guerra me irrita ao extremo, por lembrar que animal idiota � o ser humano, que criatura primitiva e desprovida de compaix�o e sensibilidade social. Mas o notici�rio desta guerra, particularmente, est� tendo um efeito delet�rio sobre uma parte fundamental dos meus sonhos: Islamabad, Kendahar, Kabul -- desde crian�a, esses sempre foram nomes m�gicos para mim, cidades de mist�rio e intriga, onde aconteciam os melhores enredos do mundo. Passei muitas e muitas horas refugiada em romances de aventura onde cada uma delas era mais bonita e resplandescente do que a outra, todas cheias de metaf�sica, tapetes, t�maras e objetos de cobre, numa sensa��o n�o muito diferente da que tomou �lvaro de Campos, aka Fernando Pessoa: (....) Uma folha de mim lan�a para o Norte, Onde est�o as cidades de Hoje que eu tanto amei; Outra folha de mim lan�a para o Sul, Onde est�o os mares que os Navegadores abriram; Outra folha minha atira ao Ocidente, Onde arde ao rubro tudo o que talvez seja o Futuro, Que eu sem conhecer adoro; E a outra, as outras, o resto de mim Atira ao Oriente, Ao Oriente donde vem tudo, o dia e a f�, Ao Oriente pomposo e fan�tico e quente, Ao Oriente excessivo que eu nunca verei, Ao Oriente budista, bram�nico, sinto�sta, Ao Oriente que tudo o que n�s n�o temos, Que tudo o que n�s n�o somos, Ao Oriente onde � quem sabe? � Cristo talvez ainda hoje viva, Onde Deus talvez exista realmente e mandando tudo... (....) Ou ainda este outro eco do Oriente ex�tico e altamente refinado de Baudelaire: (....) Des meubles luisants, Polis par les ans, D�coreraient notre chambre ; Les plus rares fleurs M�lant leurs odeurs Aux vagues senteurs de l'ambre, Les riches plafonds, Les miroirs profonds, La splendeur orientale, Tout y parlerait � l'�me en secret Sa douce langue natale. L�, tout n'est qu'ordre et beaut�, Luxe, calme et volupt�. (....) Pois �. As minhas cidades m�gicas nunca mais ser�o poss�veis. PS -- Aos n�o-franc�fonos, perd�o pela cita��o, mas n�o achei nenhuma tradu��o do poema. E n�o, n�o se preocupem, este blog n�o tem a menor inten��o de fazer cita��es em grego, latim ou farsi. Digamos que o Baudelaire foi uma extravag�ncia ditada pela melancolia. Pronto. J� passou. 02:13
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A Sabena, companhia a�rea da B�lgica, est� sendo o grande assunto econ�mico da BBC esta noite. Fico aqui ouvindo essas not�cias s�rias a respeito de uma pobre empresa moribunda, e tudo o que consigo pensar � no que significa Sabena: Such A Bloody Experience Never Again.02:05
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11.10.01
 N�o h� de ser uma guerrinha l� na esquina que vai desviar a Amazon.com do seu poderoso mix de criatividade, servi�o e maus neg�cios, certo? A nova novidade da melhor livraria online do (ainda) planeta � o livro folhe�vel, ou seja: em vez de comprar um livro de arte ou figurinhas no escuro, apenas pela capa, o cliente pode agora ver tamb�m um certo n�mero de p�ginas da obra em quest�o. Para quem tem banda larga e/ou est� na captura de livros ilustrados, � uma grande pedida. 23:08
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Anthrax ou Antraz?Uma mensagem enviada pelo tradutor Guilherme Bas�lio esclarece um ponto importante. Escreve ele: "ANTHRAX (ingl�s) n�o � ANTRAZ, e sim CARB�NCULO em portugu�s; para complicar, ANTRAZ (portugu�s) n�o � ANTHRAX. �, imagine, CARBUNCLE em ingl�s.Como disse o esquartejador, vamos por partes: ANTRAZ � portugu�s (em ingl�s, a doen�a chama-se CARBUNCLE): uma furunculose, infec��o cut�nea normalmente por Stafilococus aureus caracterizada pela presen�a de v�rios fur�nculos no mesmo ponto da pele. Como qualquer fur�nculo, � inc�modo mas de evolu��o benigna. ANTHRAX � ingl�s (em portugu�s, a doen�a chama-se CARB�NCULO): doen�a infecciosa bacteriana zoon�tica causada pelo Bacillus anthracis ou seus esporos que, ocasionalmente, se transmite ao homem por contato acidental com a pele, por ingest�o ou por inala��o. A infec��o humana mais comum � o carb�nculo cut�neo (pele) que geralmente se cura de forma espont�nea embora, raramente, possa progredir para um acomentimento sist�mico, comprometendo as meninges com alto �ndice de letalidade. A forma gastrintestinal adquire-se pela ingest�o de carne contaminada mal cozida, e tamb�m tem letalidade importante. Por fim, a infec��o pulmonar, adquirida pela inala��o, que rapidamente evolui para uma infec��o sist�mica que quase sempre � fatal. O CARB�NCULO, tradicionalmente, � doen�a ocupacional, posto que praticamente s� � contra�do por quem manipula carca�as, peles ou couros de animais contaminados. Em ingl�s, al�m de ANTHRAX, tem os nomes de WOOL SORTER ou RAG SORTER DISEASE - doen�a do separador de l� (wool) ou doen�a do separador de couros (rag). � este �ltimo, o Bacillus anthracis, que vem sendo modificado em laborat�rio para fins de guerra bacteriol�gica, visando � dissemina��o pand�mica do CARB�NCULO. Lamentavelmente, at� o Aur�lio errou e define o verbete ANTRAZ como a infec��o causada pelo Bacillus anthracis, o que � frontalmente desmentido pela literatura m�dica. A palavra ANTRAX n�o existe em portugu�s." Fontes: Dicion�rio M�dico Dorland, Editora Manole (18a edi��o) Dicion�rio M�dico Stedman, Editora Koogan20:25
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Um Nobel para Sir VidiaV(idiadhar) S(urajprasad) Naipaul, ou Sir Vidia para todo o establishment liter�rio ingl�s, levou o Nobel de literatura deste ano. De fam�lia indiana, mas nascido em Trinidad (aquela ilhota do Caribe que fica ao lado de Tobago), ele �, disparado, um dos grandes escritores de livros de viagem deste s�culo, digo, do s�culo passado -- neste, acho que ainda n�o publicou nada do g�nero -- talvez um dos maiores de todos os tempos. Por outro lado, dizem (mais especificamente: diz Paul Theroux, que escreveu um livro chamado Sir Vidia's Shadow, com o �nico prop�sito de esculhamb�-lo -- e muita gente concorda com o dito livro) ele � um osso duro de roer, uma pessoa dif�cil, metida, cheia de n�o-me-toques. Pode se dar a esse luxo, porque escreve bem pra caramba -- mas, sobretudo agora, depois do Nobel e do seu nada desprez�vel milh�o de d�lares, pode fazer o que bem entender. Ele � um chato insuport�vel? Who cares? A gente n�o tem mesmo que conviver com ele... Segundo Per Wastberg, o membro da Academia sueca que normalmente d� essas not�cias � imprensa, Naipaul "considera a religi�o o flagelo da humanidade, que acaba com as nossas fantasias e o nosso desejo de pensar e experimentar". T� certo. E ta� o recado pol�tico deste ano da Academia. Bota pol�tico nisso: um dos livros de Naipaul dispon�veis aqui no Brasil � "Entre os fi�is", lan�ado pela Companhia das Letras -- uma vis�o do islamismo a partir da Teer� dos aiatol�s. Eu n�o li este livro, especificamente, mas li alguns outros, e in�meros artigos e ensaios do Naipaul. Recomendo A Bend in the River, que descobri no in�cio dos anos 80 e me causou, ent�o, uma fort�ssima impress�o: nada acontece na hist�ria, mas o clima de tens�o s� � compar�vel, a meu ver, ao de "Under the Volcano", de Malcolm Lowry. 19:09
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 Flagrante de uma tarde amena nas colinas do Afganist�o, onde um membro do esquadr�o t�cnico tenta, pacientemente, desmontar uma bomba americana n�o explodida. 06:44
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Ich bin ein link!O mundo � vasto e variado e coisas curiosas nele acontecem todos os dias. Por exemplo: este blog tem um leitor alem�o -- que faz, ali�s, um excelente blog, o Schockwellenreiter (pelo menos assim me parece: o meu alem�o n�o d� nem para a sa�da, mas o Kantel salpica uns posts em ingl�s e fala de assuntos caros ao meu cora��o, tudo isso dentro de um layout clean e inteligente). E como � que eu sei que ele me l�? Ah, porque ele acaba de me linkar pela segunda vez! Ali�s, recomendo fortemente essa lista de links: h� maravilhas, e boa parte em ingl�s. Agora eu pergunto: tem coisa mais chique do que a gente ser linkada numa l�ngua que nem fala? Ha! 06:37
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Oops, sorry...Sabem aquele encontro secreto da RIAA com grupo de altos executivos da ind�stria e pol�ticos americanos noticiado pelo The Register ontem, para o qual chamei a aten��o de voc�s aqui? Pois pasmem: n�o passou de um hoax! A turma espert�ssima do Register caindo num... hoax?! Mas foi isso mesmo: hoje Tony Smith, que soltou a mat�ria acreditando no conte�do de um e-mail que recebeu, reconhece, contrafeito, o tamanho da mosca que comeu, e pede desculpas aos leitores. Eu as repasso a voc�s e, de quebra, acrescento as minhas. 02:37
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Um dos meus sites favoritos � o Arts & Letters Daily, que traz um pequeno resumo dos principais artigos do dia no mundo angl�fono. Mistura de clipping eletr�nico com cole��o de links, ele � muito bem feito, e � um dos meus pontos de parada di�rios.01:40
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10.10.01
(Revolutionary Association of the Women of Afghanistan)
Sem coment�rios.19:42
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Tecendo a redeCito o Hernani, citando o Estraviz: O Estraviz mandou muito bem no tipuri -- "n�o quero ser conivente nem c�mplice. n�o admito que um governo estabele�a a morte de forma institucional. n�o concordo, soycontra um governo assim. seria o mesmo que a espanha destruir o pa�s vasco porque l� tem terrorista. ou a irlanda ser dizimada porque o ira fica l�. terrorismo � uma grande e fedida merda. mas s�o alguns loucos outsiders, chagas de um sistema estranho. uma dura realidade moderna, que mostra que admir�velmundonovo nem � novo nem � admir�vel. quando um governo declara guerra, estabelece um contrato onde a cl�usula �: aceitamos a morte por vingan�a. quando uma sociedade � favor�vel, o ciclo vicioso se amplia, transformando a vida em migalha, a morte em piada. quando a m�dia broadcast se posiciona, mostrando umas coisas e outras n�o, est� incitando o circo, ampliando o v�cio do ciclo." e continua aqui. 19:02
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Globaliza��oEsta foi o Marcelinho quem mandou: "Globaliza��o � uma princesa inglesa, que estava com um playboy eg�pcio, num carro alem�o com motor holand�s, dirigido por um motorista belga embriagado com u�sque escoc�s, capotando num t�nel franc�s, perseguida por paparazzi italianos, e socorrida por um m�dico americano com medicamentos portugueses. No que � que deu? M�-rreu..." 18:49
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Internauta que n�o l� o Pedro Doria diariamente n�o sabe das coisas. Literalmente.06:55
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O bom combateA gente sempre pode confiar nos hackers alem�es! Desde que o saudoso Wau Holland criou o ccc eles demonstram ter uma das mais saud�veis intera��es com m�quinas do planeta. Agora fiquei sabendo, por exemplo, de um cara chamado Kim "Kimble" Schmitz que teve uma grande id�ia: criar um �ber time de hackers para separar os terroristas do mundo todo (a� compreendidos IRA, ETA & Cia.) do seu rico dinheirinho, rastreando contas e fazendo o servi�o do qual, provavelmente, dar�o cabo muito melhor do que o FBI. Ta�: neste tipo de combate eu ponho f�. O Kimble � um pouco radical demais pro meu gosto, sobretudo quando prega apoio ao governo (embora esta seja uma defesa a priori que ele faz bem em usar), mas a miss�o e as regras que ele criou para a YIHAT (Young Intelligent Hackers Against Terror) est�o corretas. Pode ser uma! 06:37
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 Make love, not warN�o sei se � m� vontade da minha parte, mas tenho sentido, na imprensa americana em geral, um movimento constante e sutil para desmoralizar os movimentos pacifistas nativos. Que os estrangeiros (sobretudo mu�ulmanos) se manifestem contra os ataques ao Afganist�o e � Doutrina Bush, ainda v� l�; mas que um americano fa�a isso, s� sendo doido, socialista ou desajustado -- o que, pensando bem, sob a �tica l� deles, d� na mesma. Eu por acaso participei de uma passeata pela paz em Los Angeles, h� cerca de dez dias. Esta passeata, em que havia gente de todas as idades, credos e nacionalidades unida em torno do mesmo ideal, com o mesmo entusiasmo, foi um dos momentos emocionantes da minha vida. De certa maneira ela fez, no meu cora��o, as pazes com um pa�s que sempre olhei com ambival�ncia e, desde as �ltimas "elei��es", com francas reservas. Pois este movimento bonito e gentil, no qual encontrei tantas pessoas do bem, foi descrito, nos jornais do dia seguinte, como uma marcha de radicais, malucos e hippies velhos, que nunca sa�ram dos anos 70. OK, eu talvez me enquadre nessas tr�s categorias, mas ainda assim, juro que o que presenciei n�o tinha nada, mas rigorosamente nada, a ver com o que disse a imprensa. Fiquei me sentindo tra�da como participante da passeata, e envergonhada como jornalista. Estou falando nisso agora porque, remexendo nos pap�is que trouxe da viagem, encontrei uma filipeta conclamando as pessoas a um novo encontro, no pr�ximo s�bado, dia 13, na praia de Santa M�nica, quando ser� formado um grande s�mbolo da paz humano. Pelo que vi e pelas conversas que tive, vai ter muita gente e vai ser muito legal, mas n�s possivelmente nem vamos ficar sabendo. Se voc� est� lendo esta nota em Los Angeles (na internet, tudo � poss�vel) n�o deixe de ir: a manifesta��o est� marcada para as 13hs, no Ocean Park Blvd. Para maiores informa��es, ligue para (310) 392-8558, e fale com a Marsha Straubing. PS -- Ah, sim: eu subi as fotos que fiz do protesto para o Photo Island. Para v�-las, entre com o username cronai e a password antiwar. PPS -- O Eduardo, arquiteto l� em Porto Alegre, mandou uma �tima cole��o de links de sites pacifistas. Todos merecem pelo menos uma visita; e, se voc� quiser se manter bem informado(a), v�rias visitas. Flora.orgRuckusHuman Rights WatchWar ResistersAntiWarNon-Violence05:11
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Apenas uma fotografia na parede...Desde que a fotografia digital se popularizou, a Polaroid se viu em maus len��is. Seu grande apelo de consumo nunca foi a qualidade das fotos, na melhor das hip�teses med�ocre, mas o fato de elas serem instant�neas, dando a fot�grafos e fotografados satisfa��o imediata. Isso, por�m, as digitais de hoje fazem melhor e, no final das contas, mais barato. H� dois anos, a velha pioneira do clic miojo ainda tentou sair pela tangente, lan�ando uma c�mera digital; mas nunca chegou a ser firmar neste campo, onde a concorr�ncia � assustadora (para eles) e deslumbrante (para n�s). Pois o inevit�vel, pelo visto, est� para acontecer. Segundo o Wall Street Journal de hoje, a Polaroid deve entrar com um pedido de concordata (Chapter Eleven) para se proteger da fal�ncia: est� no vermelho em mais de US$ 900 milh�es. Analistas consultados pelo jornal acreditam que a empresa n�o ter� grandes dificuldades em ser vendida. 04:37
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Torres de LuzUm �timo artigo de Robert Knafo na Slate comenta as v�rias alternativas para o espa�o do WTC, inclusive a id�ia, inteiramente descabida a meu (e dele, e de mais um monte de gente, com exce��o dos 63% de nova-iorquinos consultados pela Quinnipiac) ver, de reconstru��o das torres, tais como eram. J� existem in�meras propostas, naturalmente, mas o que veremos mais cedo no local, possivelmente, � o belo projeto Towers of Light, dos artistas Julian LaVerdiere e Paul Myoda, e dos arquitetos John Bennett e Gustavo Bonevardi: substituindo as torres falecidas, dois fachos de luz intensa, apontando para o alto como espectros. A id�ia do projeto, que j� tem o apoio da Sociedade de Arte Municipal e da Creative Time, uma esp�cie de ONG art�stica local, � funcionar como uma ponte entre o presente de ru�nas e o futuro espa�o, seja ele qual for. 04:12
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Programa�o!Estou assistindo na RAI ao document�rio (agora percebo, antiqu�ssimo: R�veillon de 2000!) gravado por um casal de turistas de meia-idade descobrindo a China. Eles s�o muito engra�ados, gente! Chegando a Shangai, ele fica besta diante da quantidade de n�ons, l�mpadas, lampi�es e lamparinas: "Meu Deus! Nunca vi tantas luzes na vida! Esses caras passaram direto do culto ao Grande Timoneiro pro culto ao Grande Eletricista!" A RAI � um acontecimento. � caseira e gostosa como uma excelente macarronada, e igualmente enganadora na sua aparente simplicidade. Alguns dos melhores coment�rios sobre a atual conjuntura, digamos assim, ouvi aqui desses italianos, que tanto falam, tanto gesticulam e... tanto sabem. Auguri! 03:37
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Novidade do dia: a pedidos, este blog agora tem um comente: depois de cada nota. Chique, n�o? Ali�s: comentem!03:10
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9.10.01
  Lar, doce larMam�e me disse que toda obra acaba um dia. N�o sei por que, estou com certa dificuldade em acreditar nisso, sobretudo quando tomo coragem de ir at� o lugar onde antigamente ficava a sala. 04:29
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Consumidor � pra consumir. Bem caladinho.Tony Smith, do The Register, escreve que, na semana passada, a RIAA (Recording Industry Association of America) organizou um encontro secreto em Washington para estudar leis mais severas contra os sistemas de troca de arquivos digitais, provedores de acesso, usu�rios e quaisquer outros elementos inconvenientes que estejam no seu caminho para a distribui��o de m�sica enlatada. Teriam estado presentes a este encontro os pesos-pesados Andy Grove (Intel), Lou Gerstner (IBM), Michael Eisner (Disney), Jack Valenti (MPAA), Edgar Bronfman (Vivendi Universal), Gerald Levin (AOL Time-Warner), Ken Berry (EMI), Steve Heckler (Sony) e Strauss Zelnick (Bertelsmann), mais os CEOs da Toshiba e da Matsushita e os senadores Fritz Hollings e Ted Stevens. Liderando os trabalhos, a indefect�vel Hillary Rosen, da RIAA. E qual era o seu objetivo ao reunir toda essa gente? Simples: convencer a ind�stria a instalar em todas as m�quinas mecanismos que impe�am os usu�rios de transpor o conte�do de CDs, ainda que legitimamente comprados, para seus discos r�gidos (ou tocadores de MP3), os provedores a impedir o livre tr�fego de arquivos pela rede, os legisladores a criar dispositivos legais que n�o s� penalizem de forma mais severa os usu�rios porventura acusados de pirataria, mas tamb�m os provedores que os servem y otras cositas m�s. H� algumas semanas, esta seria uma batalha dura de encarar; agora, com os Estados Unidos paran�icos e distra�dos pela guerra, pode ser uma moleza. Duas frases da reportagem do Register s�o particularmente sinistras. Uma, de Michael Eisner, que reclama do desagrad�vel fato de, entre a ind�stria e o contr�le total do que os consumidores poder�o ou n�o fazer com suas m�sicas, estar o problema da privacidade; e outra do CEO da Sony, que diz que, uma vez que n�o possam mais obter m�sica de gra�a, os usu�rios ter�o de compr�-la "nos formatos que n�s decidirmos". Ei, voc� -- p�re de reclamar e v� passando a grana. 03:30
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Numa �tima Parab�lica do Cat (ei, cara, n�o era proc�s estarem em lua-de-mel? ou hoje em dia isso n�o se usa mais?) o site do departamento de engenharia civil da Universidade de Sydney, onde a galera destrincha, em pormenores, a queda das torres do WTC.00:35
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8.10.01
As pessoas inventam cada coisa... Aqui h� fotos dos dez finalistas para o concurso de sof� mais feio dos Estados Unidos. S� posso dizer que o p�reo � duro, muito duro. (Achei esta dica no blog da Nancy.) 23:20
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Angloparlantes, aten��o: n�o deixem de ler o que o Dan Gillmor escreveu hoje! � da maior import�ncia.
05:43
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 Um pa�s chamado SamsungQuando algu�m nos pergunta se o Brasil n�o � aquele pa�s da Am�rica Central cuja capital � Buenos Aires, ficamos indignados e, sobretudo, estarrecidos com o n�vel da ignor�ncia alheia. Mas como � que algu�m pode desconhecer fatos t�o elementares?! A nossa pr�pria cultura geogr�fica, no entanto, quando posta � prova, n�o se revela l� muito superior. At� vir para Seul, capital da Cor�ia do Sul, eu n�o sabia muita coisa sobre o pa�s. Continuo n�o sabendo, mas pelo menos j� consigo avaliar as dimens�es abissais da minha ignor�ncia. E consegui, at�, perceber algumas coisas muito interessantes. A mais inesperada, para mim, foi constatar que os coreanos s�o, guardadas as devidas propor��es, os latinos do Extremo Oriente. Eles s�o simp�ticos, af�veis e tranq�ilos, e lidam com o tempo de uma forma el�stica, quase baiana. Quando marcam alguma coisa para as nove, por exemplo, isso n�o quer dizer que, necessariamente, vamos nos encontrar no exato momento em que os rel�gios estiverem marcando a hora, mas apenas que esta talvez seja uma boa base inicial de trabalho. N�o cheguei a discutir a teoria a fundo com nenhum dos meus novos amigos coreanos, mas suponho que o encontro real dos corpos n�o seja t�o importante, dado que, em esp�rito, estaremos mesmo juntos quando constatarmos que horas s�o. E, afinal, somos todos esp�rito � exceto, naturalmente, quando somos todos eletr�nica. O que, l�, acontece com razo�vel freq��ncia. Como seus vizinhos japoneses (com quem, por sinal, pouco t�m a ver) os coreanos s�o fascinados por gadgets de todos os tipos. Se um aparelho tem pilha ou tomada, pisca, canta ou se movimenta, far� sucesso certo. E embora os cartazes comerciais das fachadas de Seul ainda sejam, em sua maioria, simples ideogramas pintados, sem os exageros de luz e movimento dos n�ons de Hong Kong, o cen�rio quase constante da vida coreana � um monitor � ou, de prefer�ncia, uma cole��o de monitores � em permanente a��o. Isso vale do taxi, passando pelo �nibus e pelas lojas de roupas �ntimas, aos bons hot�is, onde, me parece, uma TV de 20� daquelas que consideramos normais � t�o inaceit�vel quanto um travesseiro de espuma.  Quando se fala em monitores, em qualquer parte do mundo, o nome Samsung vem imediatamente � cabe�a. Mas imaginem na Cor�ia! Sendo que, l�, tudo � Samsung, de monitores e eletrodom�sticos dos mais variados a autom�veis � hoje fabricados pela Renault, mas sempre conservando a marca que � sin�nimo do pa�s. A Samsung � uma presen�a t�o constante na vida coreana quanto a Nokia na Finl�ndia. As duas s�o as principais empresas de seus respectivos pa�ses, e motivos de orgulho nacional. Curiosamente, ambas disputam, neste momento, cora��es, mentes e fundos dos pa�ses latino-americanos, cujas operadoras de telefonia celular ter�o de optar, em breve, pelos equipamentos que as conduzir�o � 3G, famosa terceira gera��o de telefonia m�vel que, at� aqui, tem sido mais papo do que realidade. Outro paralelo curioso � que tanto a Cor�ia quanto a Finl�ndia s�o pa�ses modelo para a apresenta��o de sistemas desta nova etapa; mas enquanto na Finl�ndia defende-se o GSM, utilizado principalmente nos pa�ses europeus, na Cor�ia prega-se a cartilha do CDMA, campe�o na �sia e nos EUA. Os dois lados t�m vantagens, e ambos levam, essencialmente, ao mesmo lugar � um ponto qualquer do futuro em que estaremos todos nos conectando � internet, em banda larga, atrav�s dos nossos celulares. Se depender da Samsung, por�m, eles ser�o bem mais do que simples telefones. Park Sang Jin, vice-presidente da empresa e seu diretor geral de marketing, lembra que, hoje, o relacionamento entre o usu�rio e o celular � extremamente pessoal, e vai bem al�m do gesto utilit�rio de se pegar o aparelho para falar com algu�m. Seu papel n�o � inteiramente diferente daquele dos rel�gios, que h� muito deixaram de ser reles marcadores de horas. � Quando a gente acorda, toma banho, se veste, bota o rel�gio no pulso e pega o celular, � diz Park Sang Jin. � Este � um aparelho que vai nos fazer companhia durante o dia inteiro, est� integrado � nossa rotina e faz parte de toda uma imagem que criamos. Verdade. Os celulares s�o brinquedinhos com que nos divertimos, objetos que gostamos de olhar e de tocar. E isso quando somos adultos! No mundo infantil e adolescente, eles t�m papel ainda mais relevante. Esta percep��o orienta o design dos Samsungs mais avan�ados que, na Cor�ia, s�o mesmo de dar �gua na boca: h� telefones que tocam MP3, funcionam como PDAs, tiram fotos digitais (e podem envi�-las imediatamente), captam sinais de emissoras de TV e exibem programas em telinhas supreendentemente claras. Perfeitos objetos de desejo, simplesmente irresist�veis. Mesmo para os mais radicais, que acham que telefone � apenas um instrumento de comunica��o, h� uma margem incr�vel de escolha, de aparelhos t�o leves e pequenos que podem ser carregados no pesco�o, como j�ias eletr�nicas, a outros t�o fininhos que podem ser guardados na carteira sem fazer muito volume.  Mas tamb�m em Seul, como no resto do mundo, � dif�cil manter uma conversa sem cair no assunto do momento. Para a ind�stria de celulares, como um todo, o ataque terrorista aos EUA teve um efeito positivo nos neg�cios. As vendas dispararam depois do papel dram�tico desempenhado pelos aparelhinhos, cuja imagem como elo de liga��o familiar e dispositivo de seguran�a foi consideravelmente refor�ada. Nem preciso dizer, claro, que este n�o � assunto f�cil de se discutir por aqui: o tema � extremamente delicado, e qualquer palavra mal traduzida pode gerar grande constrangimento. Park Sang Jin confessa, quase consternado, que as vendas de celulares deram, de fato, um grande salto. Mas ele n�o gosta de falar em n�meros e, de qualquer forma, acha o quadro todo ainda muito confuso para que se possa chegar a qualquer conclus�o definitiva. O Globo, 8.10.01As fotos que fiz durante a viagem est�o no Photo Island. Se voc�s quiserem dar uma olhada, � s� clicar aqui e entrar com a senha samsung .04:36
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N�o percam o Mill�r de hoje.04:29
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 Enfim, uma grande not�cia!Ontem, os amigos do Cat e da Laiz comemoraram o casamento deles, realizado na �ltima sexta-feira pela incans�vel ju�za Maria Vit�ria. A unidade de carbono respons�vel por este blog n�o pode, infelizmente, comparecer -- mas isso n�o significa que n�o esteja festejando, do fundo do cora��o. Acontece que o Cat (Carlos Alberto Teixeira, para os �ntimos) � uma das pessoas de quem mais gosto no mundo. Ele � engra�ado, curioso e surpreendentemente criativo, um dos rar�ssimos originais verdadeiros que jamais encontrei; mas, acima de tudo, � uma criatura cem por cento do bem. J� a Laiz, que conhe�o h� pouco tempo, tem, obviamente, as duas qualidades essenciais para fazer a felicidade do Cat: � uma do�ura, com um esp�rito de aventura � toda prova. Olhem para a cara deles: n�o � �bvio que v�o ser super felizes juntos? 03:08
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Chamando todos os CompaqSe voc� � o feliz propriet�rio de um notebook Compaq, aten��o: est� em curso um gigantesco recall para substitui��o de 1.400.000 adaptadores AC (aquelas caixinhas pretas com um fio de cada lado, que conectam o computador � corrente el�trica). A iniciativa foi tomada depois do superaquecimento de cinco desses adaptadores; a Compaq, sabiamente, tomou a decis�o certa, e est� cuidando do problema antes que atinja maiores propor��es. O recall envolve adaptadores para os notebooks Armada M300, 110, M700, E500s, E500, V300, 100s e 3500, e Prosignia 170 e 190. Nem todos eles, por�m, est�o defeituosos. Os que devem ser trocados podem ser identificados pelo n�mero de s�rie e modelo que est� na etiqueta, abaixo do nome Compaq Computer Corporation: PPP003SD, PPP003 e PP2012 (apenas para o Armada 3500). A troca ser� feita, � claro, sem nenhum �nus para os propriet�rios. Na nota distribu�da ontem � imprensa, a Compaq recomenda aos clientes que suspendam o uso dos adaptadores AC sujeitos ao recall, e que solicitem sua pronta substitui��o. Para maiores informa��es, ligue para a Compaq nos telefones 11 3046-7400 (Grande S�o Paulo) ou 0800-55-6404 (outras localidades), ou consulte o website especialmente criado para o caso. 01:31
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7.10.01
Sacudindo o esqueletoNa �ltima quarta-feira, John Perry Barlow, um dos ciber-cidad�os mais ativos do planeta, comemorou 54 anos com uma das suas famosas Barlowfests, desta vez no Granite Room, clube de jazz em pleno Ground Zero, em Nova York. Convencido de que n�o se pode negar a vida aos que (ainda) est�o vivos, e de que os comerciantes da �rea est�o mais do que precisados de uma for�a, ele conseguiu reunir 200 almas roqueiras e destemidas que comemoraram at� altas horas. V�rias coisas curiosas aconteceram, inclusive a presen�a de meia d�zia de bombeiros, loucos para dar um tempo no funesto trabalho que v�m fazendo, sem parar, h� quase um m�s. Foram recebidos como her�is e, garante Barlow, se deram bem. Mas, diz ele, � imposs�vel esquecer o horror -- at� porque, no Ground Zero e em suas imedia��es, n�o se pode fugir do cheiro: "Depois de alguns dias de calor e de excava��es intensas nos escombros, aquele cheiro enorme e triste se tornou t�o pungente que, �s vezes, fica dif�cil respirar at� no meu apartamento, na esquina de Grand e Mott, tr�s vezes mais longe do Ground Zero do que o lugar da festa. L�, � tudo. A imprensa n�o consegue transmitir este odor, porisso fala t�o pouco nele, embora -- tirando o luto em Nova York, a histeria no resto do pa�s e uma altera��o de paisagem que, em Manhattan, � como se os Tetons desaparecessem de Jackson Hole -- o cheiro seja a lembran�a mais constante e emocionalmente penetrante do massacre. Eu tamb�m n�o vou conseguir descrev�-lo. Ele � uma mistura, em partes iguais, do pior com que a qu�mica e a biologia podem atingir o seu nariz. Do lado qu�mico, podem-se detectar os gases que os pl�sticos liberam quando queimam, vapor de merc�rio, poeira de asbestos e, provavelmente, a maior variedade de mol�culas inorg�nicas jamais reunida. E o componente biol�gico �, bem... a bio-massa aquecida e morta h� vinte dias de uns seis mil dos nossos semelhantes". Ugh. A �ntegra da carta de John Perry Barlow (em ingl�s) est� aqui. 19:28
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Quanto pior, melhorEm poucos ramos da atividade humana o velho axioma "quanto pior melhor" funciona t�o bem quanto no tele-jornalismo. O ser humano � uma esp�cie esquisita que, aparentemente, n�o gosta de boas not�cias; quando o mundo est� relativamente calmo, os telejornais t�m que disputar a audi�ncia ponto a ponto com qualquer filmeco ou novela em cartaz. Em tempos agitados como os que estamos vivendo, por�m, n�o h� not�cia que baste -- e nem a gente quer outra coisa. Desde o ataque aos Estados Unidos, a humanidade (ou, pelo menos, aquela parcela da humanidade que tem televis�o) n�o consegue se afastar das not�cias. Ningu�m ag�enta mais ouvir falar sobre o assunto mas, paradoxalmente, ningu�m consegue mais falar sobre outra coisa. Para a CNN, que andava mal das pernas e chegou a apelar para o redesenho do seu visual e a contrata��o de uma modelo como �ncora, o 911 foi uma inje��o de �nimo: de repente, o mundo inteiro estava novamente interessado em not�cias, apenas not�cias. Mas, entre as emissoras estrangeiras, a grande vitoriosa na Am�rica Latina est� sendo a BBC que, com correspondentes permanentes espalhados pelo mundo inteiro (s�o 58 sucursais internacionais, com um total de 250 jornalistas), est� dando um show de bola na cobertura. Do dia 11 para c�, a emissora estima que novos 300 mil espectadores latino-americanos passaram a assistir regularmente ao BBC World, seu notici�rio 24 horas, e principal concorrente dos notici�rios da CNN. 17:57
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6.10.01
 Trof�u de viagemQuando um v�o da gente � cancelado em Los Angeles, o que � que a gente faz? Vai �s compras, � l�gico: o destino n�o pode ter outro prop�sito ao nos dar, ao mesmo tempo, um dia � toa nos EUA e alguns cart�es ainda n�o detonados na bolsa... Fui para a 3rd St. Promenade em Santa Monica, comprei uma quantidade de incensos de diversos tipos e origens e este sapato que achei a minha cara. Ou p�. Ele estava de bobeira na Anthropologie, uma das minhas lojas favoritas. N�o � uma gracinha? 05:45
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Recado � Central de Boatos: chega!Daqui a cinco dias, os ataques terroristas ao WTC e ao Pent�gono fazem um m�s -- e a internet continua fervendo com bobagens a respeito do assunto. A falsa profecia de Nostradamus (em tempo: existe alguma profecia verdadeira? De Nostradamus, ou de quem quer que seja?) parece ter sa�do, felizmente, de circula��o; mas n�o h� dia que se passe sem que eu n�o receba ainda pelo menos meia d�zia de e-mails estarrecidos com os acontecimentos "sobrenaturais" cercando a trag�dia, da sinistra mensagem oculta dos wingdings ao rosto de Sat� vis�vel na fuma�a e na poeira dos escombros das torres, para n�o falar na foto do turista desavisado no alto do WTC exatamente no momento em que um avi�o se aproxima do edif�cio. Bom, galera, para tentar acabar de vez com esses papos (at� porque eles j� est�o ficando chatos demais!), sugiro uma visita � p�gina das lendas urbanas, que fez um especial com todas essas hist�rias, falsas ou verdadeiras. E vamos em frente. Pode ser? 01:18
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5.10.01
� elementar, meu caro WatsonE, por falar em criptografia, o Register traz uma materinha com Phil Zimmermann em que, mais uma vez, ele comenta o absurdo que seria criar um sistema criptogr�fico com uma backdoor que permitisse aos agentes da lei acesso ao texto aberto. O argumento de Zimmermann � simples: n�o h� usu�rio mal-intencionado que, sabendo disso, use um sistema assim. Ponto. Ali�s, se a gente pensar bem, vai ver que, neste momento, os EUA & Cia. s� n�o conseguem descobrir onde est� Wally bin Laden porque o homem, que � louco mas talvez n�o seja burro, voltou � idade da pedra e nem telefone est� usando mais. 05:07
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Escrevam em h�ngaro!O Kuja cantou esta pedra ontem no Samizdat: as msgs de e-mail trocadas entre os autores do 911 (como est� sendo chamado o ataque terrorista pelos �ntimos, isto �, os americanos) n�o estavam criptografadas. Elas foram, em sua maioria, enviadas de m�quinas p�blicas localizadas em lojas Kinko's, e estavam escritas parte em ingl�s, parte em �rabe -- o que, num pa�s radicalmente monoglota, como os Estados Unidos, equivale a usar criptografia forte. Isso, por�m, n�o impede que a linha dura continue uivando contra os programas que oferecem a n�s, usu�rios inofensivos e tementes a Deus, as ferramentas de que precisamos para nos defendermos do olho grande do Big Brother. 04:23
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 Lar, doce larEsta foi a cena desoladora que me recebeu assim que cheguei de viagem. Tinta, cali�a, cheiros fort�ssimos de coisas t�xicas pra todo lado... uma loucura! O que seria de mim sem leite e sem polaramine? E o que est� sendo dos meus quadrupes queridos? Pobres gatos! Em compensa��o, j� d� para se ter uma id�ia de como vai ficar quando estiver pronto, e a minha impress�o (modesta, �a va sans dire) � que vai ficar o m�ximo. S�. 03:41
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4.10.01
Sexo seguroSe ser uma ponto.com antes do fat�dico dia 11 de setembro j� era dif�cil, imaginem agora: at� empresas relativamente s�lidas e bem estabelecidas, como Expedia e Travelocity, est�o sentindo o tranco, e torcem, fervorosamente, para que este per�odo de turbul�ncia acabe antes de acabar com elas. Mas h� um setor da vida online que prospera sem traumas e vai muito bem, obrigado: � o porn�, que, aparentemente, resiste a tudo. No Brasil, o campe�o da modalidade � o sexyclube.com.br que, em um ano de vida, conseguiu atingir a invej�vel marca dos 153 mil assinantes -- e que, a cada semana, emplaca mil novos usu�rios. Sei n�o, mas ou t� faltando mulher ou t� sobrando tempo, n� n�o? Adendo do coleguinha Nelson Vasconcelos: "Cora, eu diria que, � medida que falta mulher, sobra tempo."20:31
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Efeito AOLQuem levanta a bola � o rep�rter John Lippman, do Wall Street Journal: desde que foram incorporados pela AOL na monumental fus�o AOL-Time Warner, os tradicional�ssimos est�dios Warner Bros. n�o s�o mais os mesmos: eles est�o deixando de investir diretamente nos filmes que fazem, terceirizando a produ��o e indo no popular. S� este ano ser�o lan�ados 26 filmes pelo que agora � pouco mais do que uma griffe, ou quase o dobro da produ��o dos outros est�dios. Mas, se a quantidade � animadora, a qualidade deixa muit�ssimo a desejar. Em suma: � a velha mentalidade AOL chegando a um cinema perto de voc�. 19:17
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Hoje � anivers�rio da Em�lia!!! Ela n�o est� uma coisa linda?! (pergunta a av�-coruja)05:07
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�taca Por incr�vel que pare�a, estou de volta. A viagem foi �tima e, na etapa americana, em Los Angeles (com direito a v�o cancelado e tudo), teve at� passeata contra Bush, racismo e guerra. Acabei enturmada com um grupo de chilenos mais ou menos da minha idade, e l� �amos n�s, pelas ruas de Westwood, aos brados de El Pueblo, Unido, Jam�s Ser� Vencido! Na minha cabe�a, naturalmente, a trilha sonora era Volver a los 17, de Violeta Parra... Depois encontrei um grupo de estudantes �rabes e comprei uns buttons pra ajudar na luta. Dizem: Being Arab is Not a Crime. Sugeri que eles colem um pequeno adesivo complementando a frase: YET... Agora, de volta, descobri que s� n�o sou uma sem-teto porque sou uma sem-ch�o. Meu lar doce lar j� era; a reforma est� no auge, a Fam�lia Gato est� estressad�ssima e soltando p�lo furiosamente e, se n�o bastasse, ainda recebi um e-mail do grande Naum Alves de Souza, repassado pelo n�o menos grande Jo�o Ubaldo Ribeiro, a cuja mailbox chegou gra�as ao empenho da Olivinha Byington para quem, depois que come�ou a correr e virou aquela coisa n�o s� magra como definida, me recuso a ter adjetivos. Mas, enfim, antes desta frase enorme que mal consigo acabar, dizia eu que recebi um e-mail do Naum, que me deixou simplesmente arrasada. Este pa�s nunca vai ter jeito enquanto aquela politicalha de Bras�lia estiver se esbaldando com o nosso dinheiro e um homem com o talento e a sensibilidade do Naum estiver numa pior dessas! Leiam por voc�s mesmos: S�o Paulo, 2 de outubro de 2001
CAROS AMIGOS;
Pode parecer estranho mas isto � um pedido de ajuda. Para mim. Aos 59 anos me encontro numa situa��o financeira extremamente dif�cil. N�o estive parado todo esse tempo. Trabalho sem parar.
Ano passado, no final de outubro, fui procurado por uma professora do MAE, Museu de Arqueologia e Etnologia da USP e convidado por sua diretora para conceber e realizar uma exposi��o denominada BRASIL - 50.000 ANOS que, pelo contrato assinado por mim e pela dita diretora, deveria ter sido inaugurada dia 20 de mar�o de 2001, em Bras�lia, no Superior Tribunal de Justi�a. Fui, portanto, contatado em final de outubro de 2000, n�o aceitei nenhum trabalho a partir do in�cio de novembro e utilizei esse per�odo para realizar pesquisas de materiais, estudos, compra de livros, visita a um s�tio arqueol�gico, reuni�es e assist�ncia a palestras de pesquisadores do referido museu. O contrato foi assinado apenas dia 21 de dezembro e a primeira parcela foi paga com 35 dias de atraso. Em um texto que estou anexando a esta mensagem est� bem descrita a forma de pagamento que foi efetuada. Breve estarei pondo em circula��o um site com tudo que realmente aconteceu. Esse projeto foi inaugurado em vers�o simplificada no mesmo Superior Tribunal de Justi�a no dia 3 de setembro �ltimo. J� me perguntaram: 1 � POR QUE O CONTRATO FOI ASSINADO T�O TARDE ? 2 � POR QUE VOC� N�O PAROU NA OCASI�O DO ATRASO DO PAGAMENTO DA PRIMEIRA PARCELA UMA VEZ QUE SEU CONTRATO ? Respondo: PORQUE SOU INFANTILMENTE AVESSO A COISAS PR�TICAS E ME ENTUSIASMO F�CIL COM CERTOS PROJETOS. EU GOSTAVA MUITO DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA, COMO MUITA GENTE. FAZER ESSA MOSTRA PARECIA BRASILEIRAMENTE IMPORTANTE.
Quem leu a mensagem at� aqui, por favor, tenha paci�ncia e leia mais um pouquinho.
1 � Vendi um quarto de meu apartamento a um amigo. Mais ou menos 35.000 reais. 2 � Devo a colaboradores que n�o puderam ser pagos porque n�o recebi o que me devem. 3 � Devo 7 meses a minha analista que tem tido compreens�o e paci�ncia. 4 � Devo 7.500 reais ao Cart�o Visa. 5 � Devo por volta de 10.000 reais ao RealMaster e ao Real parcelado. 6 � Tenho que pagar 7.000 � advogada que contratei para mover uma a��o judicial contra a AMAE (Associa��o de Amigos do Museu de Arqueologia e Etnologia). O F�rum de S�o Paulo est� em greve h� meses. Com muita boa vontade, em 7 anos receberei com certeza o que me devem. Tenho quase 60 anos. 7 � Trabalhei quase inutilmente para v�rios projetos este ano; todos dependiam das leis de incentivo � cultura; muitos foram adiados ou cancelados e eu fiquei a ver navios.
Meu apartamento cont�m livros, cds, mobili�rio b�sico - nada realmente vend�vel. S� posso vender meu talento e � isso que pretendo oferecer. Vou fazer desenhos e vend�-los: R$ 60 cada. Pap�is, l�pis, aquarelas, guaches, crayons da melhor qualidade.
Pe�o-lhes um favor: passem esta mensagem para o maior n�mero de pessoas que puderem. Pe�am que a repassem para todos que constam de suas agendas.
Muito obrigado pela aten��o e um grande abra�o
Naum Alves de SouzaN�o � revoltante?! Comprem os desenhos do Naum, voc�s v�o estar fazendo um �timo investimento, garanto. � s� clicar no nome dele, onde criei um "Mail to:". (Por falar nisso: quando � que sai mesmo o pr�ximo v�o para Seul?) 04:47
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Salman Rushdie, o expertJohn Perry Barlow chama a aten��o dos amigos para um artigo simplesmente imperd�vel de Salman Rushdie, publicado pelo Washington Post. Se h� algu�m que entende de fundamentalismo isl�mico e de conv�vio di�rio com o terror � Rushdie, condenado � morte pelo aiatol� Khomeini por seu livro "Vers�culos Sat�nicos". Desde 1989, data da fatwah do aiatol� conclamando os mu�ulmanos a mat�-lo, Rushdie vive uma vida incerta entre sombras e seguran�as. Angloparlantes, cliquem aqui; e voc�s outros, que n�o falam ingl�s, cliquem aqui. Ou, de prefer�ncia, aqui. 04:04
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2.10.01
Confiss�oEste blog confessa, humilhado, a sua incapacidade de atualiza��o moment�nea. A unidade de carbono repons�vel por tal atualiza��o continua perdida em um vago ponto do mapa mundi, v�tima de v�o cancelado e extremo cansa�o. 06:04
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