Com a Keaton finalmente em casa, terminar 2007 foi fácil; difícil mesmo foi começar 2008. Não há nada no mundo que seja fácil fazer de muletas, mas dar comprimidos e injeções num gato, sobretudo um gato inteligente como ela, é quase impossível.
Ela descobriu muito rapidamente que, quando me aproximo dela com uma muleta só, é mau sinal. E foge. Mas, como descobriu também que me movimento muito devagar, "fugir", no caso, é andar dois metros pra cá, três metros pra lá, e ficar olhando, com ar cínico, o meu progresso -- se é que se pode chamá-lo assim -- em sua direção.
Fiquei, portanto, muito preocupada com a eficácia da minha administração dos remédios e da insulina, até porque de madrugada ela vomitou um pouco e passou o dia sem apetite.
Mandei-a de novo para a clínica hoje à tarde para ver se estava tudo OK; lá foram feitos exames e, felizmente, tudo está nos conformes. Ela não perdeu peso, não está desidratada e se mostra muito contrariada com tantas futucações. O enjôo era do antibiótico, que foi suspenso. O problema da alimentação continua, mas agora ela está tomando um remédio para abrir o apetite.
Com tudo isso, é lógico que não tive tempo nem disposição para pôr a perna para cima, fazer os exercícios, pôr gelo no joelho como devia.
Agora estamos as duas aqui na sala, exaustas, cada qual caída para o seu lado.
Ufa.
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