25.6.04



Vida Nova II

Cá estou eu de volta à Estação do Corpo, o clube que comecei a frequentar (prefiro esta palavra, "clube", já que academia tem ressonâncias psicológicas horríveis para mim: passei por umas dez delas, sem qualquer sucesso...)

O dia começou com um grande estresse: perdi a hora da avaliação médica. Cheguei com meia hora de atraso, coisa totalmente normal pelos padrões cariocas, mas os responsáveis pela avaliação já tinham ido embora. Até aí tudo bem; mas ninguém me avisou que, para remarcar a tal avaliação, eu teria que pagar uma taxa de R$ 27,50.

Fala-se, no formulário, em "não comparecimento". Chegar com meia hora de atraso, na cultura carioca, não é "não comparecer". Acho que o clube tem todo direito de funcionar de acordo com a cultura suiça, mas isso precisa ficar muito claro para os associados.

Não basta estar escrito -- até porque, numa academia, quase todo mundo anda sem óculos. O funcionário tem que avisar ao marinheiro de primeira viagem que é para chegar na hora, sob pena de multa.

Resultado: todo o contentamento que eu estava sentindo ontem de ter chegado a um cantinho legal onde, talvez, quem sabe, eu conseguisse fazer uma ginástica, está abalado.

Estou me sentindo assaltada e envenenada pela desconfiança, tentando imaginar qual será a próxima desculpa que vão inventar para me arrancar mais dinheiro.

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