25.6.04



Por falar nisso...

Fiz um amigo americano na pensão em Veneza. Estávamos ambos viajando sozinhos e tomávamos café da manhã em mesas vizinhas; juntar as xícaras foi um pulo. Ele é diretor de arte de uma editora em Nova York, e uma das primeiras coisas que fez foi me pedir desculpas pelo seu país.

Alguns dias depois, quando fomos ao restaurante do meu coração, encontramos, absolutamente por acaso, um casal de amigos de São Paulo. Jantamos com eles e, claro, a primeira coisa que Frank fez foi me pedir para dizer a eles o quanto estava encabulado pelas atitudes que as autoridades do seu país estão tomando.

Tenho pena dos meus amigos americanos do bem, que não têm nada a ver com Bush, mas têm suficiente sensibilidade para saber como estão sendo vistos pelo resto do mundo. Os coitados são verdadeiros reféns de um regime que enche de vergonha a humanidade.

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