iPHONE
Um mundo de aplicativos divertidos
Confesso: eu não saio mais de casa sem ele. Continuo usando o Nokia N95 como celular, câmera, agenda, player de MP3 e ferramenta de trabalho em geral, mas o iPhone virou o meu playground. O que mudou da primeira edição, que mandei vir dos Estados Unidos e abri aqui — e que passou a vida quase toda na gaveta — para esta, em versão Vivo? Em primeiro lugar, sem dúvida, o plano da operadora, de uso de dados ilimitado. Não gosto do iPhone como telefone, mas ele é maravilhoso como maquineta web. Como o wi-fi está longe de ser realidade universal, no plano anterior eu usava a internet a conta-gotas, para não ir à falência. Ora, com isso, o iPhone perde 80% do seu encanto, até porque boa parte dos seus aplicativos faz uso intenso de conexão com a rede. Além disso, a versão 3G está bem mais rápida que a anterior.
O número de aplicativos aumentou de lá para cá, também, e essa é uma tendência que não vai mudar tão cedo. Isso é bom e mau ao mesmo tempo. Bom, porque a criatividade humana não conhece limites, e a cada dia aparecem novos e interessantíssimos programas. E mau porque a AppStore, que deveria zelar por um mínimo de qualidade do material oferecido, não está cumprindo o seu papel. Resta ao usuário, portanto, garimpar em meio à tralha — e, ainda por cima, na maioria dos casos, pagando para ver.
Por isso toma força entre desenvolvedores e usuários o caminho alternativo do Cydia e da AppShare, uma loja, digamos, “alternativa”, de onde se baixam os aplicativos para, depois de um gostinho, comprá-los, como mandam a lei e os bons costumes. Ou não, como dita o mercado.
HÁ INCONTÁVEIS maneiras de perder tempo com o iPhone. O Koi Pond e o iZen Garden foram feitos sob medida para quem tem tempo de sobra para contemplar o nada. No laguinho de carpas virtuais pode-se mexer na água com o dedo para espantar os peixinhos e fazer marola; já a caixa de areia promete momentos de relax total, com sons new age e elementos diversos para cultivar um jardim oriental. Há areias de cores diferentes, pedras e folhas, e pode-se até calibrar o ancinho.
À DIREITA, alguns dos programas mais úteis para o usuário safo, a começar pelo indispensável Cydia. Recomendo uma googlada básica nele, no Installer, no Appshare e no Installo.us, para que se possa perceber a vastidão dos horizontes que se abrem à frente de quem quer curtir plenamente seu iPhone. À direita, uma tela onde os jogos estão separados na sua própria pasta (ou categoria). As categorias facilitam a vida de quem tem muita coisa instalada.
HÁ UMA QUANTIDADE de réguas de prumo entre os utilitários da Appstore. O Bubble Level é não só o mais bonito, como o mais prático, por funcionar também deitado em superfícies planas: beleza para acertar mesas.
PARA QUEM curte um barulhim na hora de dormir, o aSleep é um sonho. Tem barulho de chuva, trovoada, cachoeira, grilo e até turbina de avião (!). A variedade de combinações é inesgotável, e muito interessante.
O aMAZE É um joguinho muito, muito viciante: a idéia é fazer a esfera chegar ao buraco com os raios azuis sem cair nos outros. Isso se faz inclinando o celular, como se fosse uma tabuinha com um bola de gude em cima.
(O Globo, Revista Digital, 3.10.2008)
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