O que há num nome

Há coisa de uma semana, pensei em escrever um post sobre a eficiência da polícia inglesa, que descobriu num tempo que me pareceu recorde quem eram os terroristas do Metrô.

Agora, ficamos sabendo que o suposto terrorista morto há dois dias era um brasileiro.

O destino deste pobre rapaz me deu uma tristeza enorme. Todos nós conhecemos a história dele, todos nós conhecemos alguém que deixou o país em busca de uma vida melhor, mais digna, mais cheia de esperança.

Há uma ironia horrorosa nisso, de sair do Brasil, tão violento, para ser morto num país supostamente seguro, como a Inglaterra: afinal, é aqui que a polícia mata antes e pergunta depois, é aqui que a vida humana não vale nada, não é?

Por outro lado, o erro fatal da polícia inglesa só ficou claro porque o morto é um brasileirinho chamado Jean Charles de Menezes; mas fico me perguntando se este erro seria assumido, ou sequer descoberto, se ele se chamasse Ali, Salim ou Osama.