6.10.03









Fotolog da semana

Karin Faulkner é loura, solteira, americana: tudo, em suma, que os chineses estranham. Está há quatro anos na China, dando aulas de inglês em Xiamem, cuidando de Carney (um gato que por pouco não virou comida) e registrando suas impressões sobre o país. Está escrevendo um livro, e faz um dos fotologs mais interessantes que conheço, sobretudo para quem fala inglês e pode ler as suas ótimas legendas.

Karin não tem câmera digital, suas fotos poderiam ter sido feitas por qualquer um de nós, mas lá está a China que a gente não vê no noticiário nem encontra na National Geographic: um país diferente mas nem tanto, onde até a geladeira da vendinha é familiar. Em www.fotolog.net/roomwithaview .

Píxeis no papel

Preparem-se: uma nova espécie de produto promete tomar conta do mercado. São as pequenas impressoras termais feitas exclusivamente para imprimir fotos, que podem trabalhar diretamente conectadas a câmeras digitais, dispensam intermediação do computador e produzem cópias 10 x 15 perfeitas — iguais, se não melhores, como qualidade e durabilidade, às cópias em papel fotográfico.

Do tamanho de um livro grosso, essas impressorinhas são simplíssimas de usar, e trabalham com papel e tinta vendidos em kits, conjuntos de páginas e cartucho com tinta suficiente para aquelas páginas. Nos EUA, o preço de um kit de 40 páginas da Canon, por exemplo, está em cerca de U$ 25. É caro, mas permite calcular exatamente quanto custa cada foto, coisa impossível com as jatos de tinta a que estamos acostumados.

Estive usando uma Canon CP 300, que tem inclusive bateria para poder ser utilizada longe de fontes de eletricidade. Embora tenha gostado do efeito Polaroid criado pela câmera diretamente acoplada a ela, confesso que o que me conquistou mesmo foi a sua versatilidade quando conectada ao PC. Mais simples de instalar e usar, impossível; se eu fosse californiana, diria que essa foi a melhor “experiência” de impressão que tive em muito tempo.

Para isso contribui o software da Canon, que tem uma infinidade de molduras, recortes e bossas que podem ser aplicadas às fotos (que vão levar adolescentes à loucura e pais à ruína). Uma vez impressas, elas recebem a camada de filme protetor característica das termais, que as torna à prova d’água, ou seja: à prova de crianças, cães, gatos e adultos desastrados. E o verso do papel ainda tem uma gracinha a mais: marcas de cartão postal, para que a gente possa levar as cópias direto ao correio mais próximo.

Como a maioria das novas impressoras do gênero, a CP 300 e sua irmã menor CP 200 (sem bateria) usam o padrão de indústria PictBridge, que permite a câmeras de diversos fabricantes utilizarem impressoras de outros. Os seus preços (entre U$ 150 e U$ 300 nos EUA) são, como costuma acontecer nesse ramo, relativamente baratos: como sabemos, é nos kits de papel e tinta que está a nossa perdição — e o lucro dos fabricantes.

Fotos ‘alternativas’

Criei dois pequenos fotologs para quem quiser ver como funcionam fotos “alternativas”. Em www.fotolog.net/palm
estão exemplos das que venho fazendo com o Palm Zire 71; em www.fotolog.net/nokia7650
as que saem de um Nokia 7650 da Tim. Em ambos, links para vários outros fotologs “móveis”.

(O Globo, Infoetc., 6.10.2003)

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