15.2.08

PARABÉNS, PAULINHO!

Os meus filhotes, coitados, têm que conviver com o fato de ter a mãe mais fora do ar do mundo: quando me lembro de postar os parabéns aqui no blog, já é dia seguinte...

Mas, dessa vez, como o Paulinho está quatro horas atrás no fuso horário, para ele ainda é 14 de fevereiro.

Vale!

Ele acaba de fazer 37 anos.

Tenho visto este filhote bem menos do que gostaria. Ele está longe, o tempo é escasso, as passagens são caras.

Quando nos encontramos, estamos, cada um de nós, um tiquinho diferentes um para o outro. Estamos mais velhos, é claro, e percebemos melhor a passagem do tempo do que pessoas que convivem com freqüência.

Mas também prestamos mais atenção um no outro, seja porque já se passou muito tempo desde que nos vimos pela última vez, seja porque sabemos que mais um bom tempo vai se passar até que possamos nos abraçar novamente.

Pois, de cada vez, fico mais e mais impressionada com o que ele tem de inteligência, maturidade, criatividade, responsabilidade, retidão, perspicácia, senso de humor e, principalmente, bondade, a meu ver a maior qualidade de um ser humano.

Se morassemos na mesma cidade, eu provavelmente nem repararia nisso tudo -- acharia normal, tipo "o Paulinho é assim mesmo". Essa é, talvez, a única vantagem da distância: a possibilidade de olhar para um filho como quem olha de fora, sem a familiaridade do dia-a-dia.

Sempre que vejo o Paulinho, sinto um orgulho enorme em perceber a extraordinária pessoa que ele é; e fico maravilhada quando constato que, apesar de todas as minhas falhas como mãe, ele conseguiu se transformar num bípede como poucos.

Enfim: estou escrevendo tudo isso porque, quando a gente tem a sorte de ter um filho assim, quer, é lógico, contar para todo mundo.

(Mas o que eu queria mesmo, de verdade, era estar ao lado dele e da sua família tão linda e querida, cantando "Parabéns!", comendo bolo e abraçando o meu Paulinho bem apertado.)

Que a vida continue bela para você, meu querido.

Você sabe melhor do que eu que as trombadas que a gente leva são o pedágio para a felicidade que tem, e para o muito que recebe.

O mano da Jamaica tinha razão: you are blessed.

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