14.12.05



Por que no Brasil não há terrorismo

Recebi por email, sem crédito. Achei ótimo! Alguém sabe quem é o autor? O Truda e a Daniela Abade informam que é do coleguinha Ruy Paneiro.
Documentos mantidos em sigilo pela Polícia Federal revelam que a Al Qaeda, organização terrorista de Osama Bin Laden, ordenou a execução de atentado no Brasil. O alvo da ação seria a estátua do Cristo Redentor,localizada no alto do morro do Corcovado e um dos símbolos mais conhecidos do Rio de Janeiro, tanto no Brasil quanto no exterior.

De acordo com informações obtidas em Brasília, a ordem de Bin Laden decorreu do ódio que o saudita nutre por festas monumentais, como o carnaval carioca, para ele "um simbolo da globalização da sem-vergonhice". Demolidor de ídolos e iconoclasta como os talibãs que explodiram estátuas de Buda no Afeganistão, ele destacou dois Mujahedins para seqüestro e uso de avião que seria lançado contra a estátua, a seu ver "símbolo dos infiéis".

Os registros da Polícia Federal dão conta de que os dois terroristas chegaram ao Aeroporto Internacional Tom Jobim em 22 de setembro, domingo, às 21h47m, no vôo da Air Canadá procedente de Montreal, com escala em Miami. A missão começou a sofrer embaraços já no desembarque, quando a bagagem dos muçulmanos foi extraviada. Após quase seis horas de peregrinação por diversos guichês e dificuldade de comunicação em virtude do Inglês fortemente marcado por sotaque árabe, os dois saíram do aeroporto, aconselhados por funcionários da Infraero a voltar no dia seguinte, com intérprete.

A Polícia Federal investiga a possibilidade de eles terem apanhado um táxi pirata na saída do aeroporto, pois o motorista percebeu que eram estrangeiros e rodou uma hora e meia dando voltas com eles pela cidade, até abandoná-los em lugar ermo da Baixada Fluminense. No trajeto, ele parou o carro e três cúmplices os assaltaram e espancaram. Eles conseguiram ficar com alguns dólares que tinham escondido em cintos próprios para transportar dinheiro e pegaram carona num caminhão que entregava gás.

Na segunda-feira, às 7h33m, graças ao treinamento de guerrilha que receberam nas cavernas do Afeganistão e nos campos minados da Somália, os dois terroristas conseguiram chegar a um hotel de Copacabana. Alugaram um carro na Hertz e voltaram ao aeroporto, determinados a seqüestrar logo um avião e jogá-lo bem no meio dos braços abertos do Cristo Redentor. Enfrentaram um congestionamento monstro por causa de uma manifestação de estudantes e professores em greve e ficaram três horas parados na Avenida Brasil, na altura de Manguinhos, onde seus relógios foram roubados em um arrastão.

Às 12h30m, resolveram ir para o Centro da cidade e procuraram uma casa de câmbio para trocar o pouco que sobrou de dólares. Receberam notas de R$ 100 falsas. Por fim, às 15h45m chegaram ao Tom Jobim para praticar o seqüestro. Os pilotos da Varig estão em greve por mais salário e menos horas de trabalho. Os controladores de vôo também pararam (querem equiparação com os pilotos). O único avião na pista é da Vasp, mas está sem combustível. Foi fretado pela Soletur. Aeroviários e passageiros estão acantonados na sala de espera e nos corredores do aeroporto, tocando pagode e gritando slogans contra o governo. O Batalhão de Choque da PM chega batendo em todos, inclusive nos terroristas.

Os árabes são conduzidos à delegacia da Polícia Federal no Aeroporto, acusados de tráfico de drogas, em face de flagrante forjado pelos policiais, que plantaram papelotes de cocaína nos bolsos dos dois. Às 18 horas, aproveitando o resgate de presos feito por um esquadrão de bandidos do Comando Vermelho, eles conseguem fugir da delegacia em meio à confusão e ao tiroteio. Às 19h05m, os muçulmanos, ainda ensangüentados, se dirigem ao balcão da Vasp para comprar as passagens. Mas o funcionário que lhes vende os bilhetes omite a informação de que os vôos da companhia estão suspensos por tempo indeterminado. Eles, então, discutem entre si: começam a ficar em dúvida se destruir o Rio de Janeiro, no fim das contas, é um ato terrorista ou uma obra de caridade.

Às 23h30m, sujos, doloridos e mortos de fome, decidem comer alguma coisa no restaurante do aeroporto. Pedem sanduíches de churrasco com queijo e limonadas. Só na terça-feira, às 4h35m, conseguem se recuperar da intoxicação alimentar de proporções eqüinas, decorrente da ingestão de carne estragada usada nos sanduíches. Eles foram levados para o Hospital Miguel Couto, depois de terem esperado três horas para que o socorro chegasse e percorresse diversos hospitais da rede pública até encontrar vaga. No HMC, foram atendidos por uma enfermeira feia e mal-humorada. Eles teriam de esperar dois dias para serem examinados, se não fosse pelo cólera causado pela limonada feita com água contaminada por coliforme fecal. Debilitados, só terão alta hospitalar no domingo.

Domingo, 18h20h: os homens de Bin Laden saem do hospital e chegam perto do estádio do Maracanã. O Vasco acabara de perder para o Bangu, por 6x0. A torcida cruzmaltina confunde os terroristas com integrantes da galera adversária e lhes dá uma surra sem precedentes. O chefe da torcida é um tal de "Pé de Mesa", que abusa sexualmente deles. Às 19h45m, finalmente, são deixados em paz, com dores terríveis pelo corpo, em especial na área mais delicada. Ao verem uma barraca de venda de bebida nas proximidades, decidem se embriagar uma vez na vida, mesmo que seja pecado. Tomam cachaça adulterada com metanol e precisam voltar ao Miguel Couto.

Segunda-feira, 23h42m: os dois terroristas fogem do Rio escondidos na traseira de um caminhão de eletrodomésticos, assaltado horas depois na Serra das Araras. Desnorteados, famintos, sem poder andar e sentar, eles são levados pela van de uma ONG ligada a direitos humanos para São Paulo.

Viajam deitados de lado.

Na capital, perambulam o dia todo à cata de comida e por volta das 20 horas acabam adormecendo debaixo da marquise de uma loja na Rua Aurora, Centro. A Polícia Federal não revelou o hospital onde os dois foram internados em estado grave, depois de espancados quase até a morte por um grupo de mata-mendigos...

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