Quero meu jeton!
Pois é. Em vez de sair para fotografar os quero-queridos, vou sair para fazer o trabalho que os congressistas deveriam ter feito, mas deixaram para nós, ao custo aproximado de R$ 300 milhões.Ódio, ódio. Raiva, raiva.
GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!
O dinheiro gasto neste referendo teria sido muito mais bem empregado se o governo, que se diz tão preocupado com as mortes acidentais causadas por armas de fogo, deixasse a hipocrisia de lado e fizesse uma campanha educativa a respeito do seu uso.
Isso evitaria muito mais mortes do que proibir o seu comércio legal.
Se há campanhas que ensinam a fazer soro caseiro, usar camisinha e cinto de segurança e evitar a proliferação de mosquitos, e se de fato há armas em números preocupantes nas mãos dos cidadãos, pergunto: por que não ensiná-los a lidar corretamente com elas?!
Há muitas formas de se fazer isso sem estimular o uso de armas, apenas EDUCANDO; mas o diabo é que falar nisso é reconhecer a falência do Estado na área da segurança. De modo que, podem apostar, vamos continuar a ouvir pérolas do marketing superfaturado, como a que proclama que "O melhor do Brasil é o brasileiro".
Dããããããã.
* * *
Só para dar uma idéia da necessidade de uma campanha dessas. Li este trecho de notícia no Globo:"O acidente que quase matou Maria Vitória aconteceu há 17 anos. Durante um churrasco, a tia dela, que era major do Exército, chamou Anselmo para ver uma pistola nova. Achando que estava sem balas, Anselmo atirou em direção à mulher.Não sei onde o cidadão em questão fez o curso de tiro, mas NÃO, ele definitivamente não errou por ter confiado na palavra da tia; errou por desconhecer a primeiríssima regra de quem maneja arma de fogo.
-- O tiro passou ao meu lado, por pouco não morri -- relembra Maria Vitória.
-- Errei porque não poderia ter confiado na palavra da tia. Mas tenho curso de tiro e cabeça fria para ter uma arma e saber quando posso reagir ou não. Quero continuar tendo o direito de defender minha família -- diz ele."
A menos que se queira dar cabo de alguém, JAMAIS, em circunstância alguma, aponta-se arma, descarregada ou não, para outra pessoa.
Ponto.
A ignorância é mais perigosa do que qualquer arma -- sobretudo quando há armas em jogo.
E não se iludam, amigos do SIM: acabar com o comércio legal de armas não tiraria as armas de um sujeito desses, apenas o empuraria para a ilegalidade.
O SIM é, aliás, um grande reforço para a ilegalidade -- que é, repito, onde está a grande violência. Se o comércio de drogas fosse legalizado e controlado como é hoje o comércio de armas, os traficantes não teriam um milésimo do poder que têm; vencendo o SIM, terão mais uma fonte de lucro.
Enfim.
A essa altura as coisas já devem estar quase decididas, e eu tenho mais é que correr pra pegar a minha ZE aberta.
ARGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
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