3.11.04



Oremos, irmãos!

O pessoal da Internacional diz que tudo depende agora de Ohio -- mas não sinto qualquer otimismo neles.

Para o Brasil, Bush ou Kerry dão na mesma. Pessoalmente, acho os dois igualmente insuportáveis -- com a diferença que, como já escrevi aqui uma vez, consigo ouvir o Kerry falar sem ter ânsias de vômito.

No Palácio do Planalto, a torcida (não declarada em alto e bom som, por motivos óbvios, mas sabida de todos em Brasília) é por Bush; em tese porque o Kerry seria ainda mais protecionista do que o Bush.

Acontece que o Brasil não é uma ilha solta no mundo, como os americanos acreditam que (eles) são. Acho uma (provável) vitória de Bush um desastre mundial, nem tanto pelos que os Estados Unidos venham ou não a fazer -- e que Kerry não faria ou deixaria de fazer muito diferente -- mas por causa do recado que o eleitor americano dá ao mundo, e que é simples, muito simples: Dane-se, mundo.

Uma vitória de Bush significa que os Estados Unidos estão contentes em ser o que são: um país arrogante, totalitário e paranóico, isolado da comunidade mundial, detonando o meio ambiente sem remorsos -- isso quando não o ambiente inteiro, que o diga o Iraque.

Uma vitória de Bush é o triunfo do terrorismo, tanto o propriamente dito quanto o de estado; é o cerco cada vez maior às liberdades civis, às diferenças de pensamento, a uma existência mais esclarecida, mais entrosada, mais consciente.

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