Salão de humor. É?
Pois é. Eu ia escrever sobre o XV Salão Carioca de Humor, mas acontece que não fui.Ou por outra: fui mas não fui.
Quando chegamos à Laura Alvim, as portas estavam fechadas. Do lado de fora, uma quantidade enorme de pessoas inteiramente perplexas: não só o convite era indispensável como, ainda por cima, precisava estar endereçado. Se fosse um convite qualquer, sem o nome do portador, nada feito. Acontece que nunca jamais pediram convites para qualquer evento na Laura Alvim, casa tradicionalmente amigável e hospitaleira e, sobretudo, em nenhum lugar do convite isso estava escrito.
Mesmo que estivesse, quem vai se lembrar de levar convite para Salão Carioca de Humor?!
Ficamos um pouco por lá, na calçada, conversando com amigos que também ficaram de fora. A certa altura o Helinho Fernandes veio chamar o Millôr, mas o Millôr, naturalmente, não quis entrar sozinho. Ou se abriam as portas para todos, ou nada feito. Como estava tudo muito confuso e enrolado, fomos jantar no Gibo, ali perto.
O pior é que o salão foi organizado por amigos nossos.
Este tipo de exclusão social em locais públicos já é chato quando acontece por obra da burocracia anônima; mas quando parte de amigos é um horror. Eu sei que a minha visão do mundo é meio panglossiana, mas, para mim, os meus amigos são perfeitos e nunca fazem nada errado. Constatar que nem sempre é assim é muito triste.
Bom.
Também não é o fim do mundo.
É só uma tentativa de criar ordem no caos no momento errado, no lugar errado, com o público errado.
Da próxima vez o pessoal acerta...
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