18.9.02



Rinocerontes

A Flávia fez uma ilustração muito bonita para mim no seu lindo Blog das Cores -- valeu, gatinha! Fui conferir e, passeando pelo que ela escreveu, encontrei este post que publicou a respeito dos ataques ao World Trade Center. Disse -- e pintou -- tudo.



As Torres, preto, branco e cinzas

Só sumindo pra escapar do interminável replay macabro, como disse, em outras palavras Cora Rónai.

Cheguei a pensar em trabalhar em uma foto das torres. Desisti a tempo. Motivo: reli “O Rinoceronte” de Ionesco. Então fiz um rinoceronte: preto, branco e cinza.

Neste ano tenho me sentido meio Bérenger, não no heroísmo mas na perplexidade. Vejo rinocerontes chegando, da direita e da esquerda, enquanto gente boa vai virando rinoceronte... O personagem de Ionesco, na última fala, já só, em meio a um mundo de rinocerontes, lamenta: -- “Infeliz daquele que quer conservar a sua originalidade!”

Mas finaliza reagindo: -- “ Sou o último homem, hei de sê-lo até o fim! Não me rendo!"

É preciso menos radicalismo pois é ele que cega a direita, a esquerda, o ocidente, o oriente, e vão todos achando que os rinocerontes até são belos... (Flávia)

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