Um cão velho e de olhar cansado vinha pela rua quando viu a porta do jardim aberta e entrou. Percebi, pela coleira e pelo pêlo brilhante, que era bem cuidado e bem alimentado.
Ele veio calmamente em minha direção abanando o rabo, fiz-lhe um agrado e, quando entrei, ele me seguiu. Passou pela sala, entrou no corredor, deitou-se num cantinho e dormiu.
Uma hora depois, foi para a porta e o deixei sair.
No dia seguinte, ele voltou do mesmo jeito, fez festinha pra mim no jardim, entrou novamente em casa e foi direto pro cantinho do corredor, onde dormiu uma hora antes de pedir para sair de novo.
Isso se repetiu por várias semanas.
Um dia, curioso, pus um bilhete na coleira:
"Gostaria de saber quem é o dono dessa simpatia de cachorro. Você sabe que ele vem à minha casa todas as tardes para tirar uma soneca?"
No dia seguinte, quando o cão chegou para a sua soneca habitual, trazia outro bilhete na coleira:
"Ele mora numa casa com seis crianças, duas das quais com menos de três anos -- deve estar tentando descansar um pouco. Posso ir com ele amanhã???"
10.3.10
Um sábio de quatro patas
A Molly postou essa historinha nos comentários. Achei uma delícia:
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