2.12.09

Shashi Tharoor e o soft power indiano



Conheci Shashi Tharoor, que veio ao jantar do Luis Filipe e da Margarida. É um homem bonito, carismático e, como podem verificar os anglo-parlantes através dessa palestra, extremamente inteligente e bem articulado.

O curioso é que muito do que ele diz a respeito da Índia se aplica ao Brasil, em especial a questão da telefonia. Aqui também telefone era artigo de super luxo até a chegada dos celulares. Hoje, vendem-se na Índia 15 milhões de celulares por mes.

(O país tem tarifas baratíssimas, de fato ao alcance de quase todos, e o preço dos aparelhos entry-level é muito baixo. Com isso, o país está incrivelmente conectado, ao contrário do Brasil, onde as tarifas astronômicas impedem que as pessoas usem seus aparelhos com tranquilidade, como devem ser usados. Por onde andei vi celulares, às vezes de um jeito até anacrônico, como nas mãos de pastores no sertão do Rajastão, que conduzem suas cabras de telefone colado ao ouvido, esbarrando no turbante.)

Ah, adorei a piadinha sobre Bollywood:

Duas cabras estão revirando o lixo em Bombaim atrás de comida, e dão com umas tiras de celulóide descartadas.

-- Hmmm... -- diz a primeira cabra. -- Este filme não está ruim.

E a segunda cabra responde:

-- Gostei mais do livro!

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