11.9.05



O Brasil manda notícias

Bia e eu passamos um dia melancólico, tristíssimas com o assassinato do Cesar, o porteiro da noite que tantas e tantas vezes abriu a porta para nós, sempre gentil, apesar dos nossos horários bizarros.

Uma vez ele passou pela capivara, atirou-lhe uma pedra e teve a (péssima) idéia de comentar comigo o acontecido. Perguntei por que tinha feito aquilo. Ora, porque ela estava lá.

Não fez por mal, claro; fez porque assim foi criado, porque nunca ninguém lhe explicou que a finalidade dos bichos sobre a terra não é ser alvo de pedradas.

Tratei de corrigir esta falha na sua educacão.

Alguns meses depois, vendo a capivara passear perigosamente próxima a avenida, reuniu outros porteiros e vigias e foram todos enxotá-la para perto d'água, para que ficasse segura.

Depois do Zé, era o maior amigo da Pipoca, sua companheira de madrugadas.

Era um rapaz bom, humilde e trabalhador.

Vamos sentir falta dele.

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