9.12.04



Dos comentários

Honra seja feita: este blog tem os melhores leitores do mundo! Vejam só que comentário interessante fez o Wilson Cavalcanti no post sobre o avião da Embraer:
Sou piloto militar da reserva e engenheiro aeronáutico ativo. Trabalho atualmente na Embraer, onde cuido do suporte técnico à sua aeronave executiva, o Legacy.

Quanto eu ainda era novinho na FAB o Bandeirante foi projetado. Depois, cursando o ITA, pilotei os dois primeiros protótipos e o primeiro avião de série. Depois, o Bandeirante passou a ser o ?workhorse? da FAB e pilotei vários outros modelos de série mais avançada. Posso, pois, falar com algum conhecimento técnico e operacional: o Bandeirante foi, é e será um grande avião.

O problema é que cada avião, como todo veículo, é projetado com uma finalidade. No caso do Bandeirante, talvez porque fosse o único modelo nacional de transporte turboélice então existente, ele teve seu emprego estendido a muitas funções para as quais não fora exatamente projetado. E depois, quando ficou mais velhinho, como ocorre em geral com todo avião, passou a ser operado por gente nem tão preparada.

Houve acidentes, criou-se uma imagem ruim que está longe, entretanto, de ser fidedigna. Fale com qualquer piloto da FAB ou de empresas regionais que tenha operado o Bandeirante de forma adequada e você não ouvirá ninguém falar mal desse grande avião.

A Embraer depois projetou e produziu grandes aviões que foram e continuam a ser sucesso mundial: o Brasília, a família 145 e agora a nova geração de aviões comerciais (170 /175 e 190 / 195 que já se definem como grandes aviões. Mas o velho Bandeirante está na gênese de todos! (Wilson Cavalcanti)
Confesso que me surpreendi com este depoimento. Eu também estava enganada a respeito do Bandeirante, sobre o qual sempre ouvi horrores. Voei de Bandeirante algumas vezes, sem sustos ou problemas, mas sempre muito apreensiva por causa da sua má fama.

Muito obrigada pelas informações, Wilson!

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