Passei o primeiro tempo da final andando de bicicleta -- as ruas de Berlim estavam completamente vazias, o dia estava lindo, a bicicleta era ótima.
Como é que eu podia perder essa chance?!
No segundo tempo, fui me encontrar com a Lucinha. E, como pude constatar quando a turma se reuniu mais tarde no hotel, ficamos meio que na contramão da História -- todos os experts odiaram o jogo, mas nós duas gostamos muito. Só aqueles italianos lindos correndo pra cá e pra lá já eram uma alegria... :-D
Apesar disso -- de ter gostado do jogo -- fiquei horrorizada com a cabeçada maldosa que o Zidane deu no italiano. Ainda que o outro tenha provocado, é de se imaginar que, em futebol, ninguém chegue ao topo da profissão se não souber ignorar provocações; mas ele agiu como um principiante boçal, encerrando de forma patética uma atuação até aqui impecável.
Pior ainda foi a absoluta falta de espírito esportivo demonstrada por alguns atletas e pelo técnico (!) do time francês, que mal receberam a medalha de segundo lugar a arrancaram do peito, como se não valesse nada. Que atitude cretina e arrogante, francamente!
Em contrapartida, deu gosto a alegria dos italianos, por quem eu estava torcendo, e ver, ainda hoje, os alemães contentes da vida com o seu terceiro lugar, todos vestindo a camisa da sua seleção, enrolados na bandeira e usando, cada qual, um adereço de cabeça mais estapafúrdio que o outro.
Acho que, se fossem baianos, o resultado da Copa era caso para uma semana de comemoração, no barato.
Outra coisa que gostei de ver: a quantidade de brasileiros que, apesar do vexame dado pela seleção, continuou vestindo a camisa do Brasil e agitando a nossa bandeira. Confesso que fiquei com vergonha de ter guardado a minha camisa -- afinal, o país está acima do time chinfrim que veio disputar este mundial.
Amanhã ainda é dia de sair com a camisa da Itália, já que algo me diz que não vai pegar bem fazer isso em Paris. Mas depois, voltam as nossas cores.
Sou brasileira e não desisto nunca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário