25.2.06



O golpe do acidente

O telefone tocou ainda agora.
-- É a dona da casa?
-- É.
-- Aqui é o tenente Jorge Roberto, do 14 Batalhão da Polícia de Trânsito, e um familiar seu sofreu um acidente...
-- Cara, você acha que eu vou cair neste golpe a essa hora da noite? Vai trabalhar, vagabundo!
Plóft (daqui).
Triiiiiiiiiiiiiiiiiim.
-- Minha senhora, a senhora acha que eu ia brincar com uma coisa séria dessas?
-- Acho sim. Mas se você não está agindo de má fé, diga o nome do familiar meu que se envolveu nesse tal acidente.
-- Minha senhora, isso não sei dizer, porque a pessoa está desacordada e a ambulância do Corpo de Bombeiros só nos passou este telefone...
-- Seu vagabundo fdp, você não tem vergonha de viver de golpe, palhaço? Pilantra!
Plóft (de lá).

Ora, faz sentido um socorro que descobre um número de telefone e não tem o nome da pessoa desacordada?! Quer dizer que agora as pessoas deixam o documento em casa mas andam com um providencial papelzinho no bolso com o telefone dos familiares?

Já é a segunda vez que tentam isso comigo. Da próxima vou dar corda para ver qual é o esquema. Que canalhas! Imaginem agora uma pessoa ingênua sendo acordada a essa hora com um telefonema desses...

Nenhum comentário: