Hoje, na festa da embaixada brasileira em Nova Delhi, fiquei emocionada com o cuidado, o capricho e a elegância presentes nos mínimos detalhes, das rosas amarelas sobre toalhas verdes aos pães de queijo quentinhos e deliciosos: tudo perfeito, sem ostentação ou luxos desnecessários, mas com aquele jeito caloroso que é tão nosso.
É bacana ver o país bem representado, mostrando ao mundo o seu melhor.
Aqui na Índia comemora-se a Proclamação da República como data nacional. É que o 7 de setembro cai na época de calor infernal, quando a vida social pára e todos se recolhem feito lagartixas extenuadas, à espera das monções.
Aliás, o santo do Brasil é tão forte que a festa acabou meia hora antes de despencar sobre a cidade um toró totalmente inesperado, que teria acabado com aquela alegria ao ar livre num piscar de olhos... Já estou deitada e ouço trovões tenebrosos lá fora; torço para que esteja chovendo assim também no Rajastão, onde a seca, como vocês viram, está séria.
Os convidados foram um espetáculo à parte. Como é costume nas festas das embaixadas, usam-se, além dos habituais ternos e modelitos elegantes, uniformes e trajes nacionais. Pois havia tanto pano exótico que em alguns momentos me senti como se estivesse num baile do Copa ou numa cena de Casablanca: saris de Varanasi, túnicas de todos os tipos, militares cheios de medalhas, longas roupas africanas.
O pessoal daqui já está tão acostumado que nem repara, mas, para mim, tudo é novo e fascinante.
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