Finalmente tive tempo para estrear meu brinquedo novo. Fiz um set com as primeiras fotos que tirei com a Nikon D60; está aqui. Não tem nada de muito especial; eu não estava exatamente atrás de fotos, mas de familiaridade com a máquina. Afinal, desde 2002 eu praticamente só fotografo com celulares, salvo uma digital aqui e outra ali.
Câmera de verdade, SLR, eu não pego desde que parei de usar a Olympus OM1 -- digamos, uns 20 anos. Desaprendi muita coisa mas, por outro lado, acho que também aprendi um bocado. E acho, aliás, que o que aprendi é mais importante: o fato de que o equipamento é menos importante do que o olho ou o instante.
Isso, claro, eu sempre soube racionalmente; apesar disso, nos velhos tempos, eu fazia uma questão absoluta de foco, enquadramento, exposição.
Era tão xiita que não admitia cortes nas fotos.
Continuo xiita sob alguns aspectos: não altero a realidade e muito menos a imagem.
Mas já não levo o resto tão a sério, e adotei, de vez, a grande frase do Cartier-Bresson:
"O foco é um conceito pequeno-burguês".
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