Uma das coisas chatas da minha atual conjuntura é que um dia não é, necessariamente, melhor do que o outro; ontem, por exemplo, tive um dia péssimo, talvez até por ter tido um dia ótimo ante-ontem.
O que é um dia péssimo? É, basicamente, um dia de dor. Na esteira vêm impaciência, mau-humor, tédio. A gente não quer ver ninguém, não quer falar, não consegue ler, se aborrece com tudo.
Não bom.
Hoje, por outro lado, estou bem.
Li o jornal e, milagre!, consegui terminar o John Le Carré que me acompanhava desde o hospital. Chama-se "The Mission Song" e, sinto dizer, deixa a desejar. A trama é bem construída e plausível, mas o protagonista é de uma ingenuidade que chega a irritar. Para piorar, a primeira voz que Le Carré usa para a narrativa é muito ruim.
Ainda assim, é capaz de dar um bom filme. O livro leva todo o jeito de já ter nascido com algum contrato hollywoodiano milionário acalentando-lhe as páginas.
Não estou conseguindo usar computador. Não há nem hipótese de me sentar à escrivaninha; e o notebook pesa na perna, ainda que eu use uma daquelas bandejinhas de café da manhã.
Laura já voltou para a estrada; Bia e Paulinho continuam firmes ao lado da Pobre, Velha e Manquitolante Mãe Doente.
O médico disse que passa aqui hoje para começar a tirar os pontos.
E, como de cosume, os gatos são pequenas felicidades de quatro patas.
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