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31.3.03
Num adesivo de carro, nos EUA:Who buried OUR oil under THEIR sand?! 22:15
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2 + 2 = 5?Acabo de conversar com o Paulinho, que mora em Michigan e est� acompanhando a guerra como pode, ou seja, basicamente por r�dio e internet, j� que jornais e emissoras de televis�o americanas est�o, a essa altura, completamente desacreditados entre as cabe�as pensantes nos EUA. Ele fez uma associa��o interessante: ontem, pela primeira vez, a coletiva habitual da Casa Branca mostrou certa tens�o entre o porta-voz Ari Fleischer e os rep�rteres, que come�am -- afinal! -- a questionar seriamente o governo. Pouco depois, o Peter Arnett foi demitido pela NBC. N�o � uma associa��o muito �bvia; o Peter Arnett de fato extrapolou ao dar uma entrevista � TV iraquiana, o que pode, sem exagero, ser considerado motivo para demiss�o por muita gente. Eu n�o vi a entrevista, n�o sei exatamente o que ele disse; mas, de repente, junta-se a fome � vontade de comer, e fica dado o recado: "Olha�, mo�ada, vamos tratar de manter a cabe�a abaixadinha..." Fazer sentido, faz. Update: YESSSSS!!!20:07
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Cuspida e escarradaH� uma super gripe matando gente na �sia e, agora, Europa e Canad�. Come�ou na China, e vai se propagando pelo mundo atrav�s de gente que viaja de l� pra c�, e vice-versa, como sempre acontece com as epidemias. Depois de ir a Shangai, e ver como o povo cospe na rua despreocupadamente, n�o estranho mais que todas as Grandes Gripes venham daquelas bandas. Os chineses acreditam que os maus fluidos devem ser expelidos do corpo, e o fazem com extraordin�ria freq��ncia; o ch�o dos mercados � uma gosma s�. 18:58
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Provas? Que provas?!A BBC mostra soldados brit�nicos e americanos encontrando m�scaras e uniformes contra armas qu�micas no Iraque, e fazendo um certo fuzu� com isso. Nada mais normal, a meu ver: se voc� tem um inimigo do tamanho dos EUA, que n�o tem qualquer problema de consci�ncia para usar Napalm, voc� n�o teria toda a prote��o poss�vel contra isso tamb�m? E agora uma das figuras mais antip�ticas dessa hist�ria (em que n�o h� ningu�m simp�tico, ou pelo menos humano, com exce��o, talvez, do Colin Powell), uma loura estupidamente gelada do Pent�gono, cujo nome sempre me escapa, est� novamente reclamando que os iraquianos n�o respeitam a Conven��o de Genebra, e afirmando, peremptoriamente, que "our humanity contrasts sharply with their inhumanity". Ent�o, t�. Give me a break. 16:39
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Show de webPedro Doria est� fazendo a melhor web-cobertura da guerra. 15:46
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FotologsCopiado, na maior cara de pau, da Angela, do Tempo Imagin�rio: "Muitos fotologs est�o publicando fotografias das manifesta��es anti-guerra nos EUA. Esse a�, o Uttlog, de S�o Francisco, tem v�rias. Outros fotologs com fotos sobre os protestos: KDunk, bunnyrivera`s California, dogseat`s anti-war, sk8rsherman, factoid, Einstein Was Right, Where the planet makes fun of g.w.."
Copy&Paste descarado do Contexto da Descoberta. :)
update: "Oi, tem mais um: O mundo � contra a guerra. Estou reunindo nele as fotos que saem nos jornais sobre os protestos anti-guerra. Abra�os, Chris."
Valeu Chris, bem vinda : ))" 15:09
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01:05
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30.3.03
 Ontem eu estava na casa do Chico e da Eliana mexendo com o computador enquanto o Chico e o Mill�r assistiam a um futebol e a Eliana, como sempre, fazia mil coisas ao mesmo tempo, e achei este desenho. � de 14 de dezembro de 1998, quando a gente ainda achava que o Bush era s� um bobo alegre. 15:06
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29.3.03
18:30
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Eu hein!O JB online traz esta pesquisa: A advogada de Fernandinho Beira-Mar, Cec�lia Machado, deve ser punida pela OAB por ter admitido que recebe dinheiro do tr�fico? Desculpe, mas � a pergunta errada. A pergunta certa � quantos anos de cadeia ela deve pegar por isso! Como diz o Janj�o, o mundo vai acabar. Ah: Dora Kramer manda ver... 15:23
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Enquanto isso, no IraqueA BBC acaba de informar que cinco soldados americanos foram mortos num ataque suicida; mas o Rumsfeld ainda acha que o povo vai receber os invasores de bra�os abertos. 07:54
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  I-LawTerminou ontem � tarde o I-Law, semin�rio sobre internet e legisla��o promovido pelo Berkman Center da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard e pela Escola de Direito da Funda��o Get�lio Vargas. Foi um dos eventos mais interessantes de que j� participei, tanto pelo que se discutiu quanto pela qualidade dos participantes; achei sensacional ver os grandes problemas da rede destrinchados, um por um, pelas pessoas que est�o tentando resolv�-los. Afinal, a rede � formada por tecnologia e por legisla��o -- e, se boa parte dos problemas tecnol�gicos j� est� resolvida, os abacaxis legais mal e mal est�o come�ando. * * *Eu j� conhecia de nome esses professores do Berkman Center, e tinha lido pelo menos alguma coisa de cada um, j� que n�o h� processo importante na �rea de que um ou outro n�o participe; mas o �nico cujo trabalho posso dizer que conhe�o a fundo � Lawrence Lessig, at� porque � o mais "popular" deles. Lessig escreve regularmente no New York Times, na Wired e na falecida Industry Standard, e � autor de um dos livros mais importantes que li ultimamente, The Future of Ideas. "In the realm of Internet politics and law, no one even approaches Lessig's stature. He is the chief theorist, the most respected mind, the most passionate speechifier. He is cyberlaw." (Wired 10.10) Em pessoa � t�mido na primeira meia hora, e depois muito simp�tico e af�vel; �, al�m disso, o �nico -- mas realmente �nico -- bom usu�rio de Power Point que j� vi. Explico. Eu ODEIO Power Point. Acho uma das piores inven��es de todos os tempos, uma receita infal�vel para acabar com qualquer palestra. A maioria das pessoas simplesmente repete o que est� dizendo na tela; outros inventam gracinhas de matar. Em todos os casos, o Power Point engessa o que est� sendo dito: o camarada vem com aquilo pronto, e vai seguir a ordem dos benditos quadros at� o fim, independentemente da rea��o da plat�ia. Mas Larry Lessig inventou um jeito muito pessoal de usar Power Point, que funciona como um sublinhado das id�ias. Um pouco antes de falar, enquanto arruma na cabe�a o que vai dizer, ajeita meia d�zia de palavras no notebook, e pronto: o efeito � excelente. * * *Adorei Charles Nesson, que viaja na mesma freq��ncia do Barlow e � a mais amistosa das criaturas, e sua mulher Fern, um cap�tulo � parte. Depois de passar 20 anos na �rea legal, ela voltou � universidade e fez matem�tica e hist�ria. Matem�tica para tirar o trauma de inf�ncia; hist�ria porque gosta. Hoje � professora das duas disciplinas. Ela � inteligente, engra�ada, extremamente antenada, um �timo papo; ficamos amigas. * * *Uma das coisas que me deixou mais contente foi conhecer alguns dos jovens advogados que participaram do encontro. Se eles n�o dissessem que s�o advogados, poderiam perfeitamente passar por geeks. � muito bom saber que h� uma leva de garotos t�o preparados e t�o bem dispostos no pa�s: n�s vamos precisar deles para preservar a internetBR do que vem por a�. * * *Ah, sim: o I-Law foi todo blogado ao vivo no Copyfight, de Donna Wentworth. 05:17
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 Ontem fui patrona desta turma da Gama Filho, os primeiros formandos do Curso Superior de Tecnologia em Desenvolvimento de Websites. Parab�ns, meninos! 05:00
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Portal da Cidadania: confiram!00:00
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28.3.03
 N�o � bonitinho? Ganhei da Zel... 22:30
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David e GoliasA BBC acaba de dar enorme destaque ao blog do Salam Pax. Isso � genial: um blogueiro desconhecido, que posta sob pseud�nimo, ocupando um dos espa�os mais disputados da comunica��o mundial -- simplesmente porque sabemos que existe, porque v�rios de n�s t�m raz�es para acreditar que � uma pessoa de verdade, desvinculada de interesses de propaganda de quem quer que seja e, portanto, uma das vozes mais confi�veis de Bagd�. � o homem certo no lugar certo errado na hora certa errada. Mas a BBC n�o est� comunicando uma descoberta sua. Na verdade, est� se pautando pelos milhares de vozes blogueiras que, mundo afora, repetem o que o Salam diz, preocupam-se quando n�o posta, ficam felizes quando reaparece e criam links para o seu blog, numa grande conversa mundial. A BBC, aquela fenomenal m�quina de not�cias, percebe que n�o pode ignorar o que vai pela blogosfera, essa esp�cie de "consciente coletivo conectado". 03:00
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Car�coles! Como sobrevivemos tanto tempo sem isso?! Um estudante da Universidade de Brunel, na Gr�-Bretanha, Robin Southgate, desenvolveu, como um trabalho de fim de ano, uma torradeira capaz de se conectar � Internet para saber a previs�o do tempo.
Ele se inspirou em um programa de pesquisas que procura transformar objetos cotidianos em condutores de informa��o.
O eletrodom�stico imprime na torrada (acima) as informa��es da meteorologia, atrav�s de imagens de sol, nuvens ou chuva. Vers�es mais sofisticadas da torradeira poder�o incluir mapas e at� mesmo textos sobre a previs�o do tempo. A Bia Badaud me mandou. Ela achou aqui. 01:53
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27.3.03
 Roubei do Matusca! Ao que eu saiba, esta � a primeira super-produ��o luso- brasileira da blogosfera... 04:16
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03:16
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Michael Moore: o v�deoPara quem perdeu o nosso her�i na noite do Oscar. Ali�s, News from Babylon, um dos sites que hospeda o v�deo, merece uma visita. 03:01
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Pra c� de Bagd�Tr�s �timas reportagens publicadas na Inglaterra e nos Estados Unidos mostram que parte da imprensa come�a, enfim, a acordar para a realidade: atacar o Iraque n�o est� sendo o piquenique prometido por Bush & Co. E um excelente artigo publicado pelo meu querid�ssimo amigo Jos� Paulo Cavalcanti Filho no Jornal do Commercio, no Recife -- que, por acaso, achei no Palavras Tortas. 02:30
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26.3.03
Um (poss�vel) ponto positivo do ataque Ao gerar a maior onda de antiamericanismo jamais vista, Bush pode ter liberado a cultura mundialPoucas coisas perturbam tanto Jack Valenti, eterno presidente da MPAA (Motion Pictures Association of America, entidade que devota boa parte do seu tempo e energia a combater qualquer inova��o tecnol�gica), quanto uma nova descoberta: -- A crescente amea�a representada por essa nova tecnologia p�e em perigo a vitalidade econ�mica e a seguran�a futura de toda a nossa ind�stria -- afirmou, em depoimento ao congresso americano. -- Para o produtor de cinema e o p�blico americano, ela � equivalente ao estrangulador de Boston diante de uma mulher sozinha. Corria o ano de 1982, e ele queria porque queria que o congresso banisse uma coisa terr�vel chamada videocassete, que permitia aos usu�rios gravarem programas e filmes direto da televis�o. Felizmente os tempos eram outros, e os legisladores entenderam que o p�blico seria prejudicado se os interesses da MPAA fossem atendidos. Ironicamente, Hollywood tamb�m saiu ganhando com a sua derrota. N�o fossem os videocassetes e toda a ind�stria de venda e aluguel de filmes que geraram, os est�dios estariam, hoje, numa situa��o assaz complicada. * * *T�, mas isso foi h� mais de duas d�cadas. Por que tocar no assunto agora? Simples: porque, nos �ltimos anos, a MPAA e o indefect�vel Jack Valenti voltaram a atacar, dessa vez opondo-se � internet e aos formatos digitais que permitem a transmiss�o de m�sicas e v�deos pela rede. Gra�as ao poderoso lobby da ind�stria de entretenimento, os EUA aprovaram, em 1998, o DMCA (Digital MIllenium Copyright Act), que disp�e sobre direitos autorais no mundo digital. Inicialmente destinado a coibir a pirataria, o DMCA representou um gigantesco retrocesso legislativo: atrav�s dele, os direitos dos us�rios t�m sido postos em xeque, e a pesquisa cient�fica, a liberdade de express�o e a livre concorr�ncia v�m sendo sistematicamente amea�adas. Ainda assim, Mr. Valenti n�o est� contente. Quer mais - e, para isso, acaba de descobrir uma palavra m�gica: terrorismo. Assim, a pirataria internacional estaria n�o apenas amea�ando a ind�stria, mas tamb�m financiando o terrorismo. O governo l� de cima, que n�o precisa de est�mulo para ser truculento, j� mandou avisar ao mundo que se cuide. Enquanto isso, a MPAA uniu-se � RIAA (Recording Industry Association of America - aquela, que matou o Napster) para convencer governos estrangeiros a adotarem legisla��o t�o daninha quanto a sua. N�o surpreendentemente, a uni�o atende por "Coalis�o da ind�stria do entretenimento pelo livre com�rcio", Entertainment Industry Coalition for Free Trade, ou seja: mais um daqueles free-alguma-coisa em que eles, para variar, t�m todos os direitos e n�s, todos os deveres. * * *E aqui, enfim, eu chego onde queria. Desde que Bush & Co tomaram o poder e, sobretudo, desde que come�aram o ataque ao Iraque, o mundo mudou muito - sobretudo em rela��o aos EUA, que se tornaram a na��o mais detestada do planeta. Ser antiamericano passou a ser um trunfo pol�tico t�o forte que at� o senador Jos� Sarney passou a ser antiamericano desde criancinha. Por complicada e eventualmente injusta que seja esta situa��o, ela n�o deixa de ter pelo menos um ponto positivo: daqui em diante, vai ser bem mais dif�cil, para qualquer parlamento da Terra, aprovar leis para agrado das megacorpora��es americanas. Paralelamente, contando com o apoio do p�blico, ser� mais simples promover os v�rios sabores das muitas culturas regionais. Posso estar sendo excessivamente otimista - mas n�o seria curioso ver Jack Valenti e suas gangues de Hollywood como collateral damage do ataque ao Iraque? * * *A delicada quest�o dos direitos autorais est� na ordem do dia aqui no Rio: at� amanh�, est�o reunidos no M�ridien alguns dos principais estudiosos do assunto, num semin�rio promovido pela Funda��o Get�lio Vargas e pelo Berkman Center da Universidade de Harvard. Aberto por Lawrence Lessig, ciber-jurista com status de popstar no mundo conectado, o primeiro dia do encontro terminou com John Perry Barlow -- de quem j� falei aqui -- e Gilberto Gil conversando sobre m�sica online. Para ficar de acordo com o programa, eu deveria dizer "debatendo", mas seria o verbo errado, j� que Barlow e Gil, f�s um do outro, praticamente n�o t�m diverg�ncias em rela��o ao assunto. � claro que, enquanto Barlow p�de se dar ao luxo de pregar o fim sum�rio de todos os intermedi�rios entre o artista e seu p�blico, Gil, como ministro, teve de ser mais cauteloso. Mas n�o se apertou: leu um manifesto do pr�prio Barlow a favor da livre circula��o de m�sica e de id�ias, que traduziu - e interpretou - �s mil maravilhas. Para bons entendedores, foi suficiente. Tenho a impress�o de que vamos ver coisas muito interessantes acontecendo na cultura brasileira. * * *Ser� que a CNN realmente acredita que est� conseguindo enganar algu�m? (O Globo, Segundo Caderno, 26.3.03)23:52
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14:04
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   Esses s�o os meus favoritos; mas aqui tem mais. 05:48
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A caravana passaAcho que �lio Gaspari -- com quem mais concordo do que discordo -- pisou na bola ao comentar o " Caso Michelle" -- uma tempestade em copo d'�gua causada pela ida da cadelinha do presidente da Granja do Torto para o Alvorada numa Kombi do governo. �lio condena o fato, e tece considera��es em rela��o aos custos de alimenta��o de um c�o num pa�s com tantos esfomeados. N�o � por a�. H� v�rias coisas de que n�o gosto no atual governo, mas um animal de estima��o no Pal�cio certamente n�o � uma delas; pelo contr�rio. Acho que ao demonstrar afeto por sua cadelinha, Lula d� um excelente exemplo para todo mundo. A vida de uma pessoa que ama animais � muit�ssimo mais rica do que a de quem acha que bicho � luxo. Rica num sentido que o Gaspari, que passou anos implicando com as al�quotas para a importa��o de ra��o para gatos, jamais vai entender -- mas que qualquer mendigo acompanhado do seu vira-lata conhece muito bem. Ainda agora bateu na minha mailbox do Globo uma excelente carta a respeito do assunto, dirigida ao ministro Jos� Dirceu por Ana Maria Pinheiro, militante ambientalista h� mais de 30 anos e presidente da entidade zo�fila Uni�o em Defesa da Natureza, que faz parte do Forum de Prote��o Animal. Vejam alguns dados que ela aponta: Gostaria de lembrar a V. Exa. que o chamado "pet business", neg�cio de produtos voltados para animais de estima��o, segundo o jornal O Estado de S�o Paulo, de 24.10.2002, movimenta um mercado de R$ 5 bilh�es. A reportagem informou: "O aquecimento dos neg�cios tem chamado a aten��o at� mesmo de grupos internacionais que resolveram investir na realiza��o da primeira edi��o da Pet South America, feira que come�a hoje, no Transam�rica Expo Center, em S�o Paulo, e vai reunir mais de 200 expositores." A mesma reportagem informou que o setor "pet" cresceu 21% em 2001. No final de 2001, existiam no Brasil 8.000 lojas especializadas em animais de estima��o, com um total de 40.000 pontos de venda em lojas em geral. Segundo a revista Veja S�o Paulo de 7.8.2002, um em cada dois lares de S�o Paulo tem seu cachorro de estima��o. S�o Paulo possuia na ocasi�o 4.700 "pet shops", para 4.000 farm�cias e 3.200 padarias. Em 2001 foram abertas em S�o Paulo aproximadamente 1.000 "pet shops". Pesquisa Ibope de 2000 informa que em 59% dos domic�lios brasileiros existe um animal de estima��o, 16% dos brasileiros com mais de 16 anos possuem gatos, 44% possuem cachorros e 15% possuem outros bichos, como p�ssaros e peixes. Se considerarmos que em cada loja especializada trabalhem aproximadamente 5 pessoas, para a limpeza, venda de produtos, presta��o de servi�os como banho, corte de pelo, incluindo um veterin�rio respons�vel, vemos que apenas as "pet shops" empregam 40.000 pessoas, sem contarmos os trabalhadores empregados nas ind�strias que produzem toda sorte de artigos, desde alimenta��o a roupas, coleiras, produtos de limpeza, rem�dios, servi�os de diagn�stico e cl�nicas veterin�rias que n�o possuem lojas anexas. S�o empregos de todos os n�veis de especializa��o, muitos n�o requerendo especializa��o nenhuma. Para brasileiros que chegam �s grandes cidades, oriundos do meio rural, onde adquirem experi�ncia "lidando com cria��o", como dizem, tais empregos s�o preciosos e v�m de encontro ao que essa m�o-de-obra sabe e aprecia fazer. N�o ser� dif�cil para o Minist�rio do Trabalho calcular exatamente o n�mero de empregos criados pelos animais de estima��o. As "pet shops" informatizaram-se para melhor atender ao mercado, indicando a demanda tamb�m por produtos de inform�tica. Os rem�dios veterin�rios movimentaram em 1998 nos Estados Unidos US$ 3,6 bilh�es. H� condom�nios de luxo que oferecem instala��es de hotelaria para animais, existindo ainda hot�is espec�ficos para sua hospedagem, quando seus donos n�o os podem ter em casa por um curto per�odo. Isto tudo representa maior movimenta��o de dinheiro e mais empregos. A produ��o nacional de ra��o para c�es e gatos saltou de 220.000 toneladas em 1994 para 1.170 .000 em 2001. Segundo dados da Anfal-Pet, apenas 35% dos animais de estima��o no Brasil consomem ra��o. O objetivo das empresas do setor � atingir um consumo de 50% no pa�s, com um aumento substancial de faturamento, de recolhimento de tributos e de cria��o de empregos. Um dos tr�s centros de pesquisa da Royal-Canin, empresa l�der do mercado de alimentos secos para animais na Europa situa-se em Descalvado, interior do estado de S�o Paulo. Portanto, condenar o presidente da Rep�blica e dona Marisa Let�cia por servirem de exemplo de amor aos animais � atitude anacr�nica, � caminhar na contram�o do sentimento nacional e do desenvolvimento de um neg�cio que s� traz vantagens para o pa�s. Estou totalmente de acordo. 05:08
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CottonQuando o Paulinho voltou de viagem, escreveu uma coisa t�o bonitinha pra mim e pra Bia: Fiquei triste com a morte do Cotton. Apesar de ele nunca ter ido com a minha cara, era bonit�o e cuidava bem de voc�s. Merecia meu respeito. Agora t� l�, nariz empinado, peludo e macio no c�u dos gatos. Tocando cravo. 04:54
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internETC. hackeadoOntem � noite o blog foi hackeado: algu�m entrou aqui e trocou um dos banners do template. Foi uma hackeada elegante, que n�o causou maiores dist�rbios. O timing � que foi p�ssimo, porque eu estava justamente escrevendo a minha coluna para o Segundo Caderno. Entre o blog e o jornal acabei me enrolando, e s� consegui sair da reda��o depois das duas da matina. De qualquer forma, hacker, seja voc� quem for, muito obrigada por n�o ter feito nenhum estrago no blog. 04:46
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Elei��oO Pulso �nico est� concorrendo ao pr�mio do kit.net. Vamos l� votar nele? 01:09
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25.3.03
21:27
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Suipa pede socorroAcabo de receber este email do Carlos, da Suipa: "Ol� amigos, a SUIPA (Soc.Uni�o Internacional Protetora dos Animais) est� precisando muito da sua ajuda. O abrigo est� superlotado de animais que foram abandonados.
Participe do programa Adote um focinho carente, que ser� reiniciado no Clube Boqueir�o do Passeio, junto ao MAM -- Museu de Arte Moderna -- pr�ximo ao Aeroporto Santos Dumont, no Aterro do Flamengo. Ser� aos s�bados, das 10 �s 16 horas nos seguintes dias: 12 e 26 de abril, 10 e 31 de maio, 14 e 28 de junho, 12 e 26 de julho, 9 e 30 de agosto, 13 e 27 de setembro, 4 e 18 de outubro e 8 e 22 de novembro. Al�m desses dias, voc�s podem adotar de segunda a segunda na sede, em Benfica.
Os "sobrinhos" adultos, j� esterilizados, precisam muito de um lar, de um cantinho em suas casas. Eles s�o d�ceis, t�m olhares de tristeza e, quando saem do abrigo para um novo lar, se transformam em c�es e gatos alegres, felizes. Pensem nisso!
Para adotar � muito f�cil, basta gostar de animais, ser morador do Estado do Rio de Janeiro, apresentar c�pias de comprovante de resid�ncia, identidade e CPF. N�o se gasta nada!!!
Voc� tamb�m pode ajudar de outras formas, como, por exemplo, tornando-se s�cio e/ou fazendo doa��es. Para se informar melhor entre no site da Suipa, que foi desenvolvido por volunt�rios e est� muito legal, vale a pena conferir. 21:13
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 Product Info Qatar (Arabic) PAL & NTSC 90 Minutes SubTitles: English, French
A closer look at the Saudi businessman Osama Bin Laden, one of the CIA's most wanted man, blamed by the U.S for the september 11 attacks (and others) and a hero to many young people in the Arab world. Exclusive interviews and testimonials with the man who provoked worldwide polemics.  Product Info Directed By Al Jazeera Channel Lebanon (Arabic) NTSC 120 min Zone 1
In commemoration of the September 11 attacks, Al Jazeera has taken up a scoop by broadcasting an exclusive interview with two Tanzim Al-Qaeda terrorist leaders who had a focal role in planning of Washington in New York attacks. The first announcement of the two men � wanted by the FBI against a 25 million-dollar reward for each � was a direct confession of Al-Qaeda�s involvement. This was during two special episodes-titled �The Road to 11 September� a top-secret program that uncovers the background of the Tanzim, (the organization) and tracks its steps since the early nineties. As the first episode ends, Yussry Fouda -presenter and editor of the program -unvells the identity of the two individuals. The program was shot in different locations such as Hamburg, London, Paris, Tragutta, Cairo, Kfar Cheikh, Beirut, Marj Bekaa, Dubai, Doha, Islam Abad, Kabul, Kandaher, Washington, and New York, and held therefore special interviews with parents of the attackers, representatives from the Ministry of Foreign Affairs of America, the CIA, and the Muslim community in Europe, as well as writers and other interested persons. Throughout the program a question is raised: �Was AL-Qaeda nothing but the cutting edge of a sword that some bigger force somewhere was manipulating?� Duas amostras do estoque da Sabbah.com, uma esp�cie de Amazon.com do L�bano. Para quem fala �rabe e tem uma f� inabal�vel nos servi�os postais do mundo, pode ser um prato cheio... Para mim, o detalhe mais estranho � ver algu�m se referindo a Bin Laden como "o executivo saudita Osama Bin Laden". Ah, sim: mudando de assunto, mas ficando no mesmo lugar -- hackers americanos atacaram o site da Al Jazeera com uma chuva de DDOS. Demorou. 19:26
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16:58
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Durma-se com um barulho dessesQuando a gente trabalha em editoria de inform�tica, acaba esquecendo que existe uma coisa chamada carta -- escrita em papel, postada na ag�ncia de correios mais pr�xima. No Segundo Caderno, nem todos os leitores s�o conectados � rede, e �s vezes chegam, ainda, cartas � reda��o. Esta � uma delas: veio na semana passada, mas eu n�o tive tempo de digitar. Agora acabei instalando a nova vers�o do OmniPage Pro -- que est� �tima, por sinal -- s� para post�-la aqui. "Senhores editores
Achei lament�vel e profundamente hip�crita o artigo de Cora R�nai dando guarida aos argumentos facciosos do hippie John Perry Barlow, comparando a trag�dia do World Trade Center ao inc�ndio do Reichstag. � sabido que noventa por cento da m�dia brasileira � marxista e anti-americana, como a pr�pria Cora. Com exce��o do pobre Olavo Carvalho, ningu�m defende aqui os pontos de vista da economia de mercado. N�o h� direita no Brasil, nem nas elei��es nem nos partidos pol�ticos. At� ACM e Z� Sarney, estas raposas tradicionais, viraram caudat�rios do Lula. At� os socialites lularam, como acaba de proclamar Hildegarde Angel. Ent�o, que hist�ria � essa de que a opini�o p�blica est� dormindo, anestesiada pelo pensamento americano? Muito pelo contr�rio. Gra�as � nossa imprensa fanaticamente esquerdista a opini�o p�blica brasileira virou anti-americana fan�tica, pronta para defender qualquer Saddam Hussein assassino que apare�a contra os Estados Unidos. Nem na R�ssia Sovi�tica existiu um jornal�o t�o parcial, t�o comuna como O Globo de hoje. At� nas cartas dos leitores o patrulhamento � pior do que nos tempos da KGB. Valha-nos Deus.
Sauda��es
Maria Azevedo" Esta carta � aut�ntica. Juro: eu n�o tenho talento para inventar um texto desses. Agrade�o, de cora��o, � dona Maria, que se lembrou de nos distrair um pouco, nos afastando da televis�o e do computador. 15:15
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24.3.03
Byrd rides againPodem dizer o que quiserem do homem, mas ele est� falando bem. 05:59
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Gatinhos em CampinasMais uma sensacional p�gina felina: o Adote um gato!, de Campinas. Confiram! 05:49
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A noite americanaValeu assistir ao Oscar para ver Michael Moore receber o pr�mio de melhor document�rio por Bowling for Columbine. Ele subiu ao palco acompanhado de uma quantidade de documentaristas e fez o melhor e mais direto protesto de uma noite de protestos sutis e amedrontados. Explicou que tinha convidado os colegas porque, como documentaristas, preferem fatos reais a fic��o -- e assim, protestavam por estarem vivendo num mundo fict�cio, onde um presidente que se elege de forma fict�cia faz uma guerra por motivos fict�cios. Mandou muito bem! A pl�teia se dividiu entre vaias e aplausos, e se uniu numa baita saia justa: foi pat�tico ver a pusilanimidade de atores que n�o tinham id�ia do que fazer. Grande Moore! Almod�var, que ganhou o Oscar por melhor roteiro, tamb�m fez um �timo protesto, recebido com um sil�ncio constrangido -- como � estrangeiro, ningu�m se sentiu obrigado a tomar partido. E passaram todos rapidinho ao pr�ximo item. 05:41
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 Tenha medo. Tenha muito medo. Ta�, essa foto eu ainda n�o tinha visto: o intr�pido senador Walter Jones no dia em que contribuiu para o esfor�o de guerra americano trocando o nome das batatinhas... Seria c�mico se n�o fosse assustador: � esta gente que est� dando as cartas. 04:38
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23.3.03
 Parece que foi ontemPeter Turnley cobriu a primeira Guerra do Golfo. Fez fotos impressionantes, que publicou num ensaio chamado, apropriadamente, The Unseen Gulf War. S�o 44 fotos que valem mais do que uma semana de notici�rio da CNN. Que, ali�s, est� inassist�vel. John Simpson, meu her�i, est� dando um show na BBC; e quem tamb�m est� batendo um bol�o � o pessoal da RTP Ah, sim: se voc� l� ingl�s, n�o perca o Robert Fisk, do Independent, de Londres.. PS -- Desculpem o blog estar meio solto, mas � que estou fora do ar este fim-de-semana.06:27
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21.3.03
Uma coisa que o Paul Boutin n�o diz, mas que eu sei de experi�ncia pr�pria na China: o Blogspot (que hospeda os blogs) pode estar censurado, e o Blogger (onde se escrevem os blogs) n�o. Em Shangai eu conseguia postar, mas n�o ver o meu blog. Tenho a impress�o que a censura de governos totalit�rios como os da China e do Iraque diz mais respeito a consumo interno do que externo. Eles n�o se preocupam com o que os cidad�os t�m a dizer, mas sim com o que l�em e ficam sabendo. 23:22
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Planeta Di�rioPara ver como a imprensa est� tratando do ataque ao Iraque, v� ao Newseum, util�ssimo site que exibe as capas dos principais jornais do mundo. 22:32
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*sigh*A CNN mandou o Kevin Sites parar com o blog. 19:18
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Que filhos da puta!!! Desculpa, gente, mas tem hora em que s� palavr�o, mesmo. 19:03
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 Oh, que del�cia de guerra! D� pra acreditar nisso?! O pior � que d�, sim. Como diria o Ivan Lessa, desculpem, que vou l� dentro vomitar. Update: Algu�m deve ter dado um toque neste capitalista selvagem. Ele mudou a p�gina. Mantenho o link para quem quiser trocar umas palavrinhas com ele. 15:32
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Multishow, hojeLogo mais, �s 21h45, rola uma entrevista comigo num programa sobre blogs no Multishow. 15:21
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Estamos perdidos...A Bia recebeu pela internet e me passou: Voc� sabe que o mundo vai acabar quando o melhor rapper � branco, o melhor golfista � preto, a Fran�a acusa os Estados Unidos de arrog�ncia e a Alemanha n�o quer ir � guerra. 14:59
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Emerg�ncia felina!Hoje, no Globo, o drama dos gatinhos de Botafogo: Gatos em teto de zinco quenteDesde outubro morando no pr�dio 344 da Rua Sorocaba, em Botafogo, a psic�loga Solange Wertman se arrepende cada vez que inspira o ar de sua casa. A origem do mau cheiro que toma conta dos corredores do edif�cio est� num apartamento ao lado. L�, h� quase uma d�cada, o advogado aposentado Alfredo de Lemos, de 73 anos, d� abrigo a uma superpopula��o de gatos. Sem ter culpa de nada, muitos dos felinos acabaram envenenados por vizinhos que tentaram uma solu��o dr�stica para o problema.
Ap�s ver sua filha de 6 anos ter uma asma agravada pela vizinhan�a dos gatos, Solange acionou o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que notificou o aposentado: ele teria que vacinar os animais e deixar seu apartamento em condi��es aceit�veis de higiene. Como nada fez, Lemos foi multado. De posse da avalia��o negativa do CCZ, Solange recorreu � Justi�a. No dia 20 do m�s passado, o juiz Eduardo Oberg, do IV Juizado Especial C�vel, concedeu liminar estabelecendo multa di�ria de R$ 50 at� que Lemos se desfa�a dos animais.
� Para os pr�prios gatos a situa��o � ruim, j� que eles s�o muitos e ficam num ambiente fechado. Alguns moradores do pr�dio se mudaram � diz Solange.
Preocupado com o destino dos gatos, o casal de estudantes Luiz Aucar e Bianca de Lena, que mora num edif�cio vizinho, na Rua Volunt�rios da P�tria, vem ajudando o aposentado. Os dois passaram a abrigar em seu apartamento mais de 20 dos cerca de 40 gatos de Lemos e agora tentam encaminh�-los para ado��o. Cinco gatos j� encontraram uma fam�lia. Muitos est�o doentes e v�m recebendo tratamento da veterin�ria Andrea Lambert, que vem castrando os animais adultos. Assim como Andrea, outros volunt�rios se juntaram � causa e tentam encontrar um lugar seguro para os bichos.
O engajamento de Luiz e Bianca, que j� criavam 12 gatos e um cachorro, come�ou quando eles flagraram vizinhos dando chumbinho para os bichanos do aposentado. Eles chegaram a registrar queixa na delegacia denunciando a matan�a dos gatos. O casal criou uma p�gina na internet para contar o drama dos bichanos (www.gatosbotafogo.hpg.ig.com.br) e p�s seu telefone � disposi��o para quem quiser ajudar: 2527-0431.
Luiz acredita que Solange exagerou ao entrar na Justi�a. Para ele, o advogado Lemos precisa de orienta��o para cuidar dos animais, e n�o de puni��o:
� Ele n�o conhecia t�cnicas de controle populacional � sugere Luiz, que se mostrou preocupado com a decis�o judicial, especialmente porque o gatil do CCZ j� est� lotado.
A diretora do CCZ, Claudia Magalh�es, confirmou n�o ter condi��es de receber mais gatos. Ela disse apoiar o trabalho feito por Luiz e Bianca.
� Na �poca, oferecemos castra��o e vacina��o gratuita, mas ele (Lemos) n�o se pronunciou � afirma a diretora do CCZ, lembrando que no Rio n�o � mais permitido o sacrif�cio de animais para controle populacional.
Lemos se defende dizendo ter sido muito maltratado por causa dos seus bichos de estima��o:
� Sou meio relaxado, n�o pensei que eles proliferassem com essa rapidez. (Jorge Eduardo Machado)
Por mim, quem tinha de ir pro CCZ era este senhor. Adotar e/ou recolher animais � uma responsabilidade muito s�ria. Felizmente, neste mundo de loucos em que estamos vivendo, ainda h� gente como a Andrea, o Luiz e a Bianca. Fica aqui o apelo aos gateiros cariocas que l�em este blog para que ajudem a divulgar o site e o telefone desse pessoal do bem: vamos ver se arranjamos lar para os gatinhos antes que o CCZ os recolha! 05:28
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Salve-se quem puder! Como agir em casos de ataque de terrorismo? O governo americano explica, algu�m interpreta e o Cat traduz.02:45
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Quebrando not�ciasA reda��o est� vazia, com exce��o do pessoal da Internacional, que est� ligado direto na guerra. Acaba de chegar a not�cia de que caiu um helic�ptero matando v�rios soldados ingleses e americanos; a CNN a recebeu ao mesmo tempo, acaba de ir ao ar. A primeira tend�ncia � dizer "Ah�! Bem feito!" -- depois a gente pensa melhor e se d� conta de que eles s�o pessoas tamb�m, coitados, inteiramente manipulados pelos seus governos. Fizeram a escolha errada ao se alistar, � �bvio; mas mesmo assim. O que me impressiona, contudo, � a capacidade que os americanos t�m de perder soldados em acidentes. Chego a achar que perdem mais gente em barbeiragens do que em combate. N�o deixa de ser preocupante -- extremamente preocupante -- saber que o maior arsenal do mundo est� nas m�os desses caras. Ah, sim: enquanto isso, mais de mil pessoas j� foram presas em S�o Francisco em manifesta��es pela paz. 00:30
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B(log)BC�tima iniciativa da BBC: um blog dos seus correspondentes no Oriente M�dio. Muito bom. Faz uma dobradinha das mais interessantes com o di�rio do Kevin Sites, da CNN. 00:16
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20.3.03
 Vi a dica na Luciana, e corri l�:uma coliga��o de blogs pela paz, em contraposi��o aos "warblogs" hidr�fobos que andam se espalhando pelo mundo anglo-parlante. A iniciativa est� sendo um sucesso: nas primeiras 60 horas de vida do site, o PeaceBlogs arregimentou cerca de 200 blogs de 17 diferentes pa�ses. A id�ia � fazer conex�es entre bloggers que se op�em ao ataque ao Iraque Se voc� � a favor da paz, conecte-se! A associa��o � supra-partid�ria, n�o faz distin��o entre l�ngua, nacionalidade ou religi�o... e j� est� cheia de bandeirinhas brasileiras! 23:49
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21:17
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Collateral profitAlgu�m devia fazer essa conta. Quanto ser� que est�o lucrando os laborat�rios farmac�uticos que fabricam coisas como Lexotan, Prozac e Dormonid desde que come�ou essa confus�o? 05:25
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A marcha da insensatezPronto: c� estamos n�s, mais uma vez ref�ns da nossa pr�pria estupidez, imperfeitos que somos, incapazes de tirar da Hist�ria as li��es mais elementares; c� estamos n�s, mais uma vez empenhados em nos matarmos uns aos outros e em cultivar o �dio como se fosse uma flor rara, porque, em �ltima inst�ncia, � ele que justifica a barb�rie. Digo �n�s�, naturalmente, como coletivo planet�rio, como b�pedes invi�veis que somos, incapazes de enxergar um palmo diante do nariz; mas � claro que quero dizer �eles�, pondo nisso uma indisfar��vel carga de ressentimento. Provando, portanto, que pertencemos de fato � mesma esp�cie. Dick Cheney, Condoleeza Rice, John Ashcroft, Colin Powell, Saddam Hussein, Donald Rumsfeld � todos s�o seres humanos, como qualquer um de n�s. At� George W. Bush, dizem, � humano. Como Michael Jackson, ou Fernandinho Beira-Mar. Deprimente? Bota deprimente nisso! Sei que a esses exemplos se poderiam facilmente contrapor outros tantos do que a esp�cie tem de melhor: Bach nos redimiu, e ainda vai redimir, por muitos e muitos s�culos, como Shakespeare, Giotto ou Fernando Pessoa. Mas, neste espec�fico momento do tempo registrado, s� encontro motivos para ter uma profunda e inerradic�vel vergonha de ser humana. * * * Independentemente do resultado �oficial�, os americanos j� perderam a guerra. Podem acabar com o Iraque, reduzir Bagd�, N�neve e Samarra a cinzas, liquidar Saddam Hussein, sua fam�lia, amigos e animais de estima��o, varrer a popula��o civil do mapa e, de lambuja, trazer Bin Laden vestido de odalisca e preso por uma coleira no pesco�o para um tour amplamente televisado do Ground Zero; podem at� ter um surto tardio de consci�ncia e recolher todas as tropas do Golfo P�rsico � mas, a esta altura, nada do que fa�am ou deixem de fazer poder� alterar o resultado do placar. Em apenas dois anos, como j� observaram tantos comentaristas internacionais, George Bush e o cartel que representa conseguiram transformar a gigantesca onda de simpatia e solidariedade que se formou em torno dos EUA logo ap�s o atentado numa tsunami de antiamericanismo de propor��es nunca vistas. Conseguiram tamb�m transformar uma imprensa antes forte, independente e admir�vel numa massa t�o amorfa e subserviente que Art Spiegelman, o melhor desenhista da �The New Yorker�, ainda uma das melhores revistas americanas, n�o ag�entou o clima e pediu o bon�, depois de dez anos de magn�ficos servi�os prestados. Diretamente, ali�s, � pr�pria mulher, a diretora de arte Fran�oise Moulay � que permanece a bordo como, diz, �uma esp�cie de ref�m�. Resultado? O americano m�dio est�, hoje, mais alienado e desvinculado do resto do mundo do que jamais esteve. Ele n�o tem id�ia de como o resto da Humanidade v� o seu pa�s e os seus governantes e n�o se sente mais seguro em lugar algum do planeta � exceto, talvez, no por�o de casa. Onde, com seu consentimento, � vigiado dia e noite pelo governo, enquanto maldiz a R�ssia, muda o nome das batatinhas e joga fora o champanhe que ainda poderia lhe trazer um pouco de alegria. * * * A verdade � que nem s� em sangue e constru��es demolidas se contam as derrotas. Ser� preciso muito tempo, muita paci�ncia e muita diplomacia para romper o medo, o isolamento e a inseguran�a em que vivem os Estados Unidos de Bush. * * * Isso n�o significa, logicamente, que se viva melhor no Iraque de Saddam Hussein � ou, de resto, em qualquer pa�s do mundo �rabe, pelo contr�rio. Mas que derrota se pode inflingir a quem j� est� derrotado? A mis�ria n�o � boa conselheira; as condi��es de vida da popula��o iraquiana s�o t�o prec�rias que qualquer carga extra de desgra�a que se lhe lance por cima pode ter conseq��ncias imprevis�veis. N�o h� poder igual ao de quem n�o tem nada a perder, nem loja de lou�as t�o delicada quanto a explosiva regi�o que est� na mira de Bush. � uma ironia do acaso que o animal que representa seu partido seja um elefante. (O Globo, Segundo Caderno, 20.3.03)04:52
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19.3.03
Emerg�ncia felina!Os Gatinhos de Botafogo est�o amea�ados: o CCZ est� querendo extermin�-los, mesmo sabendo que j� foram vacinados e castrados, e que h� gente cuidando deles, alimentando-os e arranjando lares para que sejam adotados. O que passa na cabe�a desses caras?! Que esp�cie de gente � essa?! A hist�ria completa est� aqui, no Causa Felina. 20:57
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Direto do Iraque:Where is Raed? � o blog de um rapaz de Bagd�, que escreve do olho do furac�o: "O pior � ver e sentir a cidade parar. Nada. Nada de compra, nada de venda, nada de gente correndo atr�s dos �nibus. Voltamos correndo para casa. Do lado de dentro, pelo menos, n�o � t�o triste." Est� em ingl�s -- �timo ingl�s, ali�s. A ep�grafe que ele escolheu, de Samuel Huntington, n�o podia ser mais adequada: "O Ocidente conquistou o mundo n�o pela superioridade das suas id�ias ou princ�pios ou religi�o, mas sim pela sua superioridade no uso da viol�ncia organizada. Os ocidentais freq�entemente se esquecem disso. Os n�o-ocidentais n�o se esquecem disso nunca." 20:48
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.   Fam�lia Gato: updateTati est� melhorando, muito devagarzinho. Hoje n�o pude passar tanto tempo com ela, e acho que est� um pouco caidinha. Ainda n�o se alimenta sozinha, mas bebe bastante �gua e, pelo menos, demonstra interesse pela comida. Morde uns dois ou tr�s pedacinhos de ra��o, fica olhando o prato, depois vai embora. J� est� suficientemente forte para subir em cima da escrivaninha e pular para o computador, o que � um avan�o: h� alguns dias, n�o conseguia sequer subir na cama. Estamos dando a ela �gua de coco e uma ra��o especial chamada A/D, super-cal�rica, que salvou a Pipoca. O curioso � que todos os gatos detestam esta ra��o... com exce��o, justamente, da Pipoca, que passou quase um m�s sem comer outra coisa a n�o ser este pat�, que lhe empurr�vamos goela abaixo. Agora, quando a gente abre a lata, ela vem correndo e pede um pouco. N�o sei se pegou gosto pela coisa, ou se instintivamente percebe que aquela porcaria, que os outros desprezam, lhe fez bem. A Fam�lia Gato continua abalada. O fato da Tati n�o estar bem de todo � motivo de estresse para eles, que ainda n�o retomaram as suas rotininhas e implic�ncias. Mas vamos levando a vida todos, b�pedes e quadr�pedes, e aos poucos tudo voltar� ao normal. 07:23
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 A hist�ria de um cartumVejam como s�o interessantes as voltas que internet d�! Aos que n�o l�em O Globo impresso, esclare�o: na coluna de segunda-feira, publiquei tr�s charges sobre a guerra que est�o rodando pela rede, entre as quais essa a� em cima; agora, o Mariano deixou este coment�rio aqui no blog: "O cartum que abre a sua coluna no Globo desta semana, foi a capa da Charge Online em 21/09/2001. � do cartunista L�cio, na �poca chargista da Tribuna do Norte (PR), e originalmente n�o tinha bal�o (muito menos em ingl�s), como pode ainda ser visto: aqui A sele��o completa de charges que publicamos naquele ano sobre o 11 de setembro est� no Charge Online.
H� sete anos no ar, com atualiza��o di�ria (sem uma �nica falha), a gente mostra cerca de 50 charges dos principais jornais do Brasil inteiro, al�m de trabalhos de muitos chargistas independentes.
Temos hoje uma m�dia de 1,5 milh�o de page views mensais, e cerca de 10 mil charges/m�s s�o enviadas por email, atrav�s do mecanismo de envio do site. Somos com certeza a fonte da maioria absoluta das charges que circulam na Internet brasileira. E, pelo, visto, l� fora tamb�m.
Como a Tribuna do Norte n�o tem edi��o online, o original do cartum foi necess�riamente obtido no nosso site para a adapta��o que voc� publicou. O que nos deixa lisonjeados, � claro, mas tamb�m ansiosos por uma cita��o da fonte.
Grande abra�o.
P.S.: � interessante como a Internet possibilita essa recria��o de charges, por intera��o com internautas criativos. Na sele��o que citei acima, tem um exemplo engra�ad�ssimo, de um cartum do Arionauro, feito muito antes do 11 de setembro, e que foi um dos que mais circulou na �poca, ganhando uma nova leitura com o ataque ao WTC. O pr�prio Arionauro, coitado, sob o clima de intensa como��o transmitido pela m�dia na �poca, chegou a me pedir desesperado que explicasse que o seu cartum n�o tinha nada a ver com o atentado, e coisa e tal... 06:56
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 Clique na imagem acima e fa�a o seu pr�prio discurso do Bush! (via Cat)06:21
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Hoje, em Bras�liaProtesto contra a demiss�o de TT Catal�o do Correio Braziliense. Se voc� estiver na �rea, d� uma for�a! 06:12
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18.3.03
�timo site: dica do Ricky, que tamb�m recomenda o Poets Against the War. Enquanto isso, Janj�o me manda um email do Marcos Arruda, propondo uma greve de fome contra a guerra. Acho bonita essa mobiliza��o, tenho reproduzido aqui o que me parece mais interessante, mas a verdade � que � medida em que a amea�a vai se concretizando, o meu sentimento predominante � de frustra��o e impot�ncia. A escumalha que tomou o poder nos EUA n�o est� ligando a m�nima para a opini�o p�blica, nem mesmo na America, quem dir� no resto do mundo. De que adianta fazer passeata, acender ou apagar as luzes, deixar de beber Coca-Cola ou passar fome, cantar, escrever poemas, divulgar slogans e charges, bater panelas, usar camisetas ou adesivos nos carros, mandar emails e dar telefonemas para congressistas em Bras�lia e em Washington? De que adianta Robin Cook renunciar ou Art Spiegelman se demitir do New Yorker? Tudo � in�til. Esta guerra estava prometida aos fabricantes de armas e � ind�stria petroleira desde 1991; era s� quest�o de tempo. George W. Bush est� pat�tico no papel de Homem Mais Poderoso do Mundo, � mat�ria prima de primeira para anedotas, mas n�o vamos nos iludir: ele n�o tem a menor import�ncia na ordem natural das coisas. Se amanh� for eliminado, a pol�tica americana n�o vai mudar rigorosamente nada. As pessoas deixaram de ter import�ncia. O mundo � das megacorpora��es e dos cart�is -- como, ali�s, sempre foi. A �nica diferen�a � que hoje, apesar da conduta vergonhosa da imprensa americana, estamos mais bem informados -- e, eventualmente, mais inconformados. S� isso. N�o h� nada, rigorosamente nada, que qualquer um de n�s possa fazer para mudar o curso da Hist�ria. Update: Desculpa, gente, este n�o foi um post feliz, sob nenhum aspecto. Al�m da ang�stia gerada por esta insensatez inomin�vel, tenho andado muito triste com a perda do meu Gatinho, e muito aflita pela Tati. Ontem, por�m, vendo um replay do Bush na BBC, me bateu uma depress�o que nem conto: uma tsunami de des�nimo e frustra��o. � dif�cil a gente conservar, j� nem digo a esportiva ou o bom humor, mas a simples objetividade, diante disso tudo. 04:49
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 At� que ficou bonito! O Helv�cio Mafra tentou ler o blog e apareceu isso. Logo depois as coisas se normalizaram, mas ele foi r�pido no gatilho e capturou a tela. Muito obrigada, Helv�cio, at� que gostei dessa vers�o... 03:48
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(Indica��o da infal�vel Marina W.)02:39
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Estranho, muito estranho!Esta n�o � a formiga original, que estava aqui ontem. Tive que subir o desenho novamente. N�o tenho id�ia do que possa ter acontecido; � poss�vel que eu estivesse com duas janelas de Blogger abertas, com a formiga na janela de edi��o e, sem querer, a tenha mandado pro espa�o. Mas n�o lembro como ou quando isso aconteceu: trabalho com um monte de janelas abertas, �s vezes me perco completamente na minha pr�pria m�quina. Os 16 coment�rios, por�m, que s�o o que importa, est�o l� no YACCS, direitinho. Ontem postei a formiga porque me pareceu uma imagem muito emblem�tica. Para come�o de conversa, estou com uma invas�o de formigas aqui em casa que � uma loucura. A menor coisinha que caia no ch�o � imediatamente coberta por milh�es delas, seja na cozinha, na sala, no escrit�rio -- n�o h� canto da casa que n�o esteja infestado. Depois, houve todo aquele epis�dio do rep�rter da Globo se portando mal numa exposi��o onde havia uma instala��o com formigas e, sinceramente, me identifiquei com as formigas. Mas, na seq��ncia, pensei: "Coitado, afinal ele tamb�m � uma formiga, ainda que uma formiga mal educada, e sob uma carga de estresse miser�vel". Da� a nos ver a todos como formigas sendo esmagadas pela Marcha da Insensatez foi um pulo. Procurei ent�o uma formiga que exprimisse e sintetizasse tudo o que eu estava pensando, e pronto. Foi uma viagem meio louca, mesmo. Juro que n�o bebi nem fumei nada. 01:53
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17.3.03
Uai...A formiga sumiu. 20:58
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20:34
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Gato numa hora dessas?!Pois �: mas tenho not�cias legais! A Tati come�a a se interessar pelo mundo novamente: j� d� umas beliscadas na ra��o, anda pela casa e fica atenta aos barulhos da casa. Ainda n�o est� criando caso com ningu�m, ainda n�o tentou me morder quando for�o comida pela garganta dela, mas tenho a impress�o de que, em breve, voltar� a ficar bem, isto �, mal-humorada como sempre... :-))) 20:32
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- J� perderam at� a no��o de rid�culo... 19:55
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O Maur�cio me mandou; valeu, amigo.06:38
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A Cultura acorda. Ufa!Confesso que, quando Lula indicou Gilberto Gil para o Minist�rio da Cultura, achei a escolha p�ssima. Para que pegar um artista excepcional como Gil e acorrent�-lo a um cargo burocr�tico que, em �ltima inst�ncia, com suas verbas min�sculas, pode ser exercido por qualquer um � como foi � sem qualquer altera��o percept�vel da realidade?! Para mim, a contribui��o de Gil � cultura brasileira seria sempre muito mais relevante no palco, at� porque talento � dom, n�o � cargo e � ao contr�rio do MC � n�o � para qualquer um. Bom, errei na mosca. Estou descobrindo que um minist�rio tem exatamente o tamanho do ministro que o ocupa. Assim, enquanto Ci�ncia e Tecnologia (que � hoje o verdadeiro Minist�rio da Defesa, ao contr�rio do que sup�e o jur�ssico PCdoB, que o recusou) literalmente sumiu � apesar da excelente estrutura deixada pelo ex-ministro Ronaldo Sardenberg � o Minist�rio da Cultura adquiriu uma dimens�o inesperada. E, o que � mais interessante: come�a, afinal, a se voltar para alguns dos temas mais palpitantes do setor. N�o querendo desmerecer a cer�mica do Vale do Jequitinhonha ou as figureiras de Taubat�, os principais desafios da cultura est�o, no momento, em esferas bem mais complexas e delicadas � ainda que n�o necessariamente restritas � �rea espec�fica de atua��o da pasta. A� est� a internet, com sua c�fila de problemas; a� est�o os formatos de multim�dia abertos, que as gravadoras e a ind�stria cinematogr�fica querem matar a qualquer custo; a� est� a intermin�vel quest�o dos direitos autorais num mundo em que a tecnologia evoluiu, e evolui, com velocidade incomparavelmente superior � da legisla��o. Essas s�o quest�es importantes demais para serem deixadas � solta, ao alcance do lobby das mega-corpora��es americanas e/ou da primeira deputada despreparada disposta a legislar sobre o que n�o entende. S�o quest�es em aberto, intimamente ligadas � cultura, que t�m que ser pensadas conjuntamente pela sociedade e pelo governo. E � espanto! � o Brasil tem finalmente um ministro da cultura que se deu conta disso. Eu, por�m, s� me dei conta disso quando Gil convidou John Perry Barlow para vir ao Brasil. � �bvio que um convite ao Barlow tinha mesmo que partir do MC � mas h� tantos anos a cultura oficial ignora que h� uma revolu��o tecnol�gica acontecendo que eu cheguei a me espantar: u�, o Gil vai trazer o Barlow? Faz o maior sentido, � claro. Gil desde sempre esteve antenado com a internet e com a cultura hi-tech; chamou para assessor�-lo Hermano Vianna, uma das belas cabe�as ciber-pensantes do pa�s; e, na semana que vem, vai participar do I-Law, que tem tudo para ser um dos mais importantes semin�rios j� realizados no Brasil sobre o futuro das id�ias � para citar o seu participante mais conhecido, Lawrence Lessig (um dos ciber-her�is deste blog), �inventor� do direito de internet e autor, justamente, de � The future of ideas�, um livro fundamental para quem quiser saber a quantas anda a liberdade de express�o. Cultura com C mai�sculo � por a�, mesmo. * * *Organizado pela Escola de Direito da FGV e pelo Berkman Center for Internet & Society da Universidade de Harvard, este semin�rio vai reunir, al�m de Lessig e Barlow, feras como Jonathan Zittrain (do caso Micro$oft � banda boa, � l�gico!), Charles Nesson (fundador do Berkman Center e valente defensor do direito de express�o na rede), Yochai Benker (estudioso dos problemas da exclus�o digital) e William Fisher (especialista em propriedade intelectual, ultimamente �s voltas com a regulamenta��o das r�dios online, a respeito das quais prestou depoimentos para o congresso americano). Definir um encontro como o I-Law como um simples debate sobre direito � desconhecer o que est� em jogo. A discuss�o sobre o futuro dos direitos autorais, por exemplo, � cultura profunda e filosofia de alta densidade at�mica. H� um mundo a ser redefinido e, a menos que a sociedade se organize como um todo, ele acabar� nas m�os de meia d�zia de conglomerados de m�dia. Leia mais: O Andr� Machado fez uma �tima entrevista com Ronaldo Lemos, o jovem coordenador de Direito e Tecnologia da Escola de Direito da Funda��o Get�lio Vargas. Update: Acabo de receber o jornal impresso e, por coincid�ncia, a capa do Segundo Caderno traz uma manchete diametralmente oposta ao t�tulo da minha coluna: P�nico na Cultura, assinada pelo Arnaldo Bloch e pelo Jaime Biaggio. O povo da �rea est�, parece, bem apreensivo em rela��o � escassez de verbas. (O GLOBO, Info etc., 17.3.03)06:05
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BrasileirinhoDesde a semana passada, o Semente, l� na Lapa, parou de vender Coca ou Pepsi em sinal de protesto contra a guerra. Quem n�o quiser chope, que v� de guaran�. 03:34
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Mist�rioPor que diabos as emissoras de televis�o fazem quest�o que seus correspondentes internacionais mandem as not�cias do meio da rua, chova ou fa�a sol, vente ou chova canivete, caia granizo ou neve? Eu at� entendo que John Simpson, l� no fim do mundo, mande a melhor cobertura da guerra do meio do deserto; ele est� l�, no centro dos acontecimentos. Mas por que a rep�rter da BBC que fala sobre uma discuss�o no Parlamento Europeu, reunido num pr�dio com calefa��o central e todos os confortos da civiliza��o, tem que enfrentar a nevasca do lado de fora para mandar a mat�ria? Ou por que um rep�rter da Globo, falando de Londres sobre um atentado no Oriente M�dio, tem que se apresentar do lado de fora, de capa, luva e echarpe, agasalhado da cabe�a aos p�s? Eu hein. 02:57
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Cut & PasteN�o resisti, e roubei este excelente post da Elis: Que civilidade? Que moral?
Cena 1: a p�ria namorada de um certo rapaz muito do esperto � tra�da em cadeia nacional de televis�o. Cena 2: Os babacas aqui assistem a tudo isso, em vez de estarem lendo coisas boas ou vendo filmes edificantes. Cena 3: a outra "namorada" dele � expulsa do programa do qual participava. Ele exulta, feliz por ter vencido a "amada". Cena 4: a outra "namorada" chega no local onde um monte de p�rias esperam o momento de recepcion�-la. Cena 5: a p�ria namorada "oficial", vestida com uma camiseta na qual se l� "eu te amo, Fulano", vai abra�ar a "outra", com quem seu namorado, aquele com quem divide problemas e alegrias, passou quase dois meses se agarrando em cadeia nacional de televis�o; Cena 6: as duas se abra�am, como velhas conhecidas Cena 7: o apresentador do programa grita "QUE CIVILIZA��O!!!" Cena 8: os p�rias aqui continuam vendo isso...
Moral da hist�ria: caro Bial, n�o � civiliza��o, ou civilidade, ou cordialidade. Isso se chama abomina��o. Agora, respondam: voc�s venderiam seus namorados, amigos, amantes, parentes, por R$ 500 mil? Venderiam sua dignidade, em cadeia nacional de televis�o?
Que mundo � esse em que a fidelidade, aquela pura e cristalina, gerada por um sentimento maior que a gan�ncia ou a possess�o, deixou de ser natural e se tornou objeto de compra e venda?
Que mundo � esse em que se estimula o jogo sujo, em nome de uma suposta fama e de um dinheiro que nasceu de relacionamentos falidos, sujeiras nacionais, sacanagem expl�cita?
Tenho d� de voc�, Bial, por deixar que as pessoas pensem que vender umas �s outras � natural.
Tenho d� da nossa sociedade, que perde seu tempo assistindo a monstruosidades desse tipo.
Tenho d� daqueles que passam a ver em atitudes como essas tend�ncias de comportamento. Assino embaixo. 02:43
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16.3.03
Mill�r, quem diria, defende o Papa"Mensagem ao Te�logo Frei Boffe e a Marcos Arruda, do Instituto Pol�ticas Alternativas para o Cone Sul -- PACS. Economist and educator, Member of the Movement Faith and Politics." Clique aqui. 07:08
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 Fam�lia Gato: updateTati continua na mesma. Hoje preparamos f�gado picadinho, pequenos bocados de carne mo�da e outras guloseimas felinas, e ela mal toca a comida. Mas est� bebendo �gua e, ao longo do dia, aceitou dois bocadinhos de carne que lhe ofereci na m�o. Est� muito carente, mia fraquinho quando a gente sai de perto dela e pede carinho o tempo todo. Estamos obedecendo. 06:45
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M�rcia Peltier, do JB, copiou palavra por palavra um texto do Pedro Doria, do no.minimo. N�o devia ter feito isso. Mas digamos que, distraidamente, tivesse dado um cut & paste no artigo do Pedro, para ler depois e, sem querer, o tivesse baixado com a sua coluna; ou que o tivesse lido e, inconscientemente, o tivesse decorado e transcrito; deveria ter, ent�o, pedido desculpas no dia seguinte, atribuindo ao verdadeiro autor o texto publicado como seu. O que ela fez, por�m, foi inacreditavel: num texto carregado de m� f�, tentou atribuir ao Pedro o pl�gio de um terceiro texto. Conhe�o a M�rcia, que acho uma pessoa delicada e simp�tica. A imagem que tenho dela n�o combina, de jeito nenhum, com a baixaria publicada pelo JB. Prefiro imaginar que esta emenda, t�o pior que o soneto, tenha sido escrita por algu�m menos educado, menos sens�vel, menos digno. Isso n�o a exime, por�m, de prestar aten��o e de se responsabilizar pelo que sai no jornal em seu nome. P.S. -- Essa hist�ria j� vem rolando h� alguns dias; eu ia falar sobre o caso na hora, n�o tive tempo e, com a confus�o reinante aqui em casa, esqueci. Agora, um email da lista do sempre atento Cat voltou a me lembrar o assunto. 06:37
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15.3.03
Diplomacia � americanaRecebi isso do Cat: Eis uma lista dos paises que foram bombardeados pelos Estados Unidos, ap�s o fim da 2� Guerra Mundial:
China 1945-46
Cor�ia 1950-53
China 1950-53
Guatemala 1954
Indon�sia 1958
Cuba 1959-60
Guatemala 1960
Congo 1964
Laos 1964-73
Peru 1965
Vietnam 1961-73
Cambodja 1969-70
Guatemala 1967-69
Granada 1983
L�bia 1986
El Salvador anos 80
Nicar�gua anos 80
Panam� 1989
Iraque 1991-__
Sud�o 1998
Afeganist�o 1998
Yugosl�via 1999
Afeganist�o 2001
PERGUNTA:
Em quantos destes pa�ses, os bombardeios e outras a��es militares fizeram emergir um governo democr�tico e respeitador dos Direitos Humanos ?
ESCOLHA uma resposta :
(a) 0
(b) zero
(c) nenhum
(d) nem um s�
(e) o numero inteiro que fica entre -1 e +1 Pois. 14:40
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Cala a boca, jornalista!Meu amigo TT Catal�o foi demitido por motivos pol�ticos do Correio Braziliense, hoje nas m�os do governador Joaquim Roriz, uma esp�cie de Ros�ngela Matheus piorada (se � que isso � poss�vel). Os detalhes est�o aqui; e a Xenia fez uma p�gina de protesto aqui. Que nojo. Pescado dos coment�rios: "Chamar o Roriz de Rosinha Piorada � um elogio. O cara � um Qu�rcia misturado com coronel nordestino. Nem a Rosinha merece (ainda) ser comparada a isto. Mas se deixarem ela chega l�." (Alexandre Boechat) 06:10
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Tem at� uma trilha sonora klezmer. Update: Eu adoro klezmer e fui ver se descobria alguma coisa a respeito do compositor e do povo que toca a musiquinha. Achei a p�gina do grupo, o Jontef (na foto, o compositor Joachim G�nther, clarinetista da trilha, � o do acorde�o.) Tamb�m fui atr�s de Theodore Ushev, o autor do filme. Ele � b�lgaro e mora em Montreal. Quando vi esta p�gina do Animation Express, descobri que j� conhecia coisas dele do Anima Mundi. Puxei o post pra cima porque n�o me canso de olhar a anima��o. 02:31
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14.3.03
Retrato de fam�liaOs (lindos!) gatinhos do Marcus Borelli. 21:28
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20:08
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16:57
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10:32
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Fam�lia GatoDesde que o Cotton foi internado, s�bado passado, a Tati, m�e dele, parou de se alimentar. N�s brincamos com ela, demos aten��o redobrada e comidinhas especiais, mas n�o conseguimos tir�-la da apatia em que mergulhou. Ontem de manh� teve que ser internada. Perdeu muito peso, est� fraquinha demais e tem que tomar soro e alguns rem�dios. Estou extremamente apreensiva. Os outros est�o bem abalados, e muito desarvorados "socialmente", digamos: a sua pequena hierarquia foi toda mexida. N�o sei se sabem exatamente que o Cotton morreu, mas tenho certeza de que sentem a grande tristeza que h� na casa, complicada ainda pelas obras intermin�veis do banheiro e pela falta da empregada a quem estavam habituados. Os dias t�m sido muito duros e confusos. 05:06
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13.3.03
19:12
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16:46
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 HOJE! Noite felina em IpanemaHelo�sa Seixas lan�a logo mais, a partir das 20hs, na Livraria da Travessa, uma del�cia de livro: Sete Vidas, reuni�o tem�tica de contos m�nimos. Adorei este livro, por tudo. Ganha dez como conjunto de obra, do texto �s ilustra��es e projeto gr�fico lind�ssimos do Iran do Esp�rito Santo, passando pela edi��o primorosa (as usual) da Cosac & Naify. Hel�, em cujo est�dio -- vizinho ao do Mill�r -- mora uma das gatinhas mais lindas de Ipanema, vive com seis gatos e com o Ruy Castro, outro b�pede esclarecido que sabe a Ordem Natural das Coisas e p�e os felinos no seu devido lugar, isto �: l� em cima. Vejam o que diz a Hel� a respeito deles: "Tenho certeza de que os gatos t�m poderes especiais. Tenho tido in�meras provas disso. Meus gatos sabem quando vou viajar, sabem muito bem que o veterin�rio est� chegando, muito antes de tocar o interfone. N�o � nada de sobrenatural, � apenas um poder fant�stico de observa��o, uma sintonia fina que talvez ainda seja remanescente dos tempos de vida selvagem. O cachorro j� perdeu um pouco isso, embora n�o completamente. Os gatos t�m uma liga��o mais forte com seus ancestrais selvagens. H� um tigre ou uma pantera dentro de cada um deles e isso traz �s vezes um comportamento que nos parece fora do comum." � isso mesmo. Borges costumava dizer que Deus fez os gatos para que os homens pudessem acariciar os tigres; Neruda os descreveu como m�nimos tigres de sal�o, num dos mais lindos poemas que escreveu, a Ode ao Gato. (Se voc� ainda n�o a conhece, n�o deixe de l�-la, em espanhol ou portugu�s. Para quem gosta de comparar tradu��es, encontrei tamb�m essas vers�es em italiano, ingl�s e... esperanto!) Para ler uma �tima entrevista com a Helo�sa, ter mais detalhes sobre o livro e at� compr�-lo com desconto, clique aqui. Livraria da Travessa: Rua Visconde de Piraj� 572, tel. 3205-9002(Estou sentindo tanta falta do meu tigrinho cinza...) 04:22
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Novo leil�o na campanhaLuciana Barrichelo, que mora nos Estados Unidos e � amiga de meio mundo blog.BR, doou uma aquarela linda para ser leiloada na campanha para o Lucas. Sobretudo, n�o deixe de visitar o Wumanity. O lado negro da hist�ria come�a a aparecer: � vida em estado puro, contada com emo��o e intensidade pela R�. Ta� uma pessoa admir�vel. 03:07
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 John Perry Barlow: um ianque contra a guerraNo dia 11 de setembro de 2001, quando a BBC ainda estava se dando ao trabalho de informar aos telespectadores que as cenas do World Trade Center n�o eram trailer de filme, um e-mail de John Perry Barlow bateu nas caixas de correio eletr�nico dos seus 897 amigos mais chegados. Barlow � um dos maiores ativistas do ciberespa�o, respons�vel, inclusive, pelo uso da palavra �ciberespa�o� para designar... bem, o ciberespa�o � previa, j� naquele momento, o que, em pouco tempo, se provaria realidade: o ataque dos terroristas dava � linha dura americana a desculpa que estava querendo, h� tempos, para controlar a m�dia do pa�s e a vida dos seus cidad�os. �Como muitos de voc�s sabem, acredito que, ao longo dos �ltimos 30 anos, os Estados Unidos v�m se tornando, de forma gradual, sutil e invis�vel � maioria de n�s, um estado policial�, escreveu ent�o. �Os acontecimentos desta manh� s�o, de modo geral, equivalentes ao inc�ndio do Reichstag, que deu, aos nazistas, a desculpa social para se apossarem da Alemanha. N�o estou dizendo que, como os nazistas, as for�as autorit�rias da Am�rica tenham participado diretamente desta trag�dia inconceb�vel (...). No entanto, nada poderia servir melhor �queles que acham que a �seguran�a� americana � mais importante do que a liberdade americana.� O barata-voa s� n�o foi maior porque, convenhamos, o que voou de barata naquele momento n�o foi brincadeira; ainda assim, Barlow foi apedrejado com igual vigor pela direita e pela esquerda. Quem manda pensar com a pr�pria cabe�a? Porque � nisso, afinal, que ele se especializa � e � por isso que � t�o dif�cil encontrar um r�tulo para defini-lo. Filho e neto de senadores republicanos, republicano ele mesmo at� o dia em que Bush tomou o poder, Barlow nasceu numa fazenda no interior do Wyoming (�, pleonasmo, esse!), formou-se em teologia, criou gado at� meados dos anos 80, foi letrista do Grateful Dead, ajudou a deslanchar a �Wired� (revista que marcou �poca na cultura com tomada) e foi um dos fundadores da Electronic Frontier Foundation, organiza��o que defende com galhardia os direitos civis no ciberespa�o. Viajante incans�vel e zeloso evangelista da internet, n�o raro junta essas duas voca��es em alguma aventura improv�vel. Uma vez, por exemplo, foi ao Mali, na �frica, s� para instalar o primeiro provedor de internet da regi�o � e isso numa �poca em que a metade dos EUA ainda n�o havia sequer ouvido a palavra internet. Quando perguntei o porqu� daquela m�o-de-obra, a explica��o foi simples: � Porque quero poder chegar para as pessoas e dizer: �Como � que voc�s ainda n�o t�m internet? J� existe internet at� em Timbuktu!� Desde o come�o de mar�o, Barlow est� no Brasil. Foi convidado por Gilberto Gil para ver o carnaval e um pouco do pa�s junto com Jack Lang, o ex-ministro da cultura franc�s; quando a agenda oficial acabou, decidiu esticar por conta pr�pria. Neste momento, est� na Praia do Forte, que considera a melhor imita��o de para�so que j� viu na vida. Est� impressionado e feliz com o pa�s (que visitou pela primeira vez em 1998), com a m�sica, com a energia que sente em toda a parte e, sobretudo, com a cordialidade das pessoas, artigo cada vez mais raro nos EUA. John Perry sinceramente acha a alegria uma arma fundamental para a sobreviv�ncia da esp�cie, e luta como pode contra o clima de medo e pessimismo vendido pela m�dia americana � que, na sua opini�o, criou uma esp�cie de hipnose coletiva movida a futilidades. � O que eu acho que est� acontecendo na Am�rica � que estamos nos fartando de p�o e circo � diz. � S� temos reality shows , a��car e televis�o, e muitos de n�s ca�mos num torpor induzido por essa obesidade social. As coisas que aconteceram foram demais para muita gente; agora, est� todo mundo fazendo de conta que est� dormindo. Acontece que, quando as pessoas fazem de conta que est�o dormindo, � imposs�vel acord�-las. Voc� entende? N�o h� como chamar a sua aten��o, porque elas est�o fazendo de conta que n�o t�m aten��o alguma... � um c�rculo vicioso. A m�dia simplesmente torna coletivo o sonho dos que fazem de conta que est�o dormindo. Ela n�o pensa em ningu�m, especificamente; apenas expressa o que se tornou lugar-comum � por estar na m�dia � e refor�a isso. Faz o que sempre fez, ou seja, tenta segurar um p�blico desatento com uma dieta crescente de medo, sexualidade e viol�ncia. Se isso nos parece familiar, � porque � familiar mesmo. Para Barlow, h� uma tend�ncia mundial de se aceitar sem discutir o que vem da televis�o � que passou a ser a ferramenta universal de interpreta��o dos fatos. � Uma das minhas principais preocupa��es neste momento � a possibilidade de um totalitarismo privado � que, ali�s, acho que j� est� acontecendo. A massa est� cada vez mais imperme�vel � realidade, e a internet n�o est� conseguindo contrabalan�ar isso. H� um bom n�vel de dissid�ncia na rede, mas ele n�o chega a fazer a menor diferen�a. Se fizesse, a esta altura eu j� estava preso. (O GLOBO, Segundo Caderno, 13.3.03)02:08
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12.3.03
O P� Sujo est� de sapato novo.19:20
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Enquanto isso...Outra piadinha que recebi por email: Saddam e Bush se encontram pela primeira vez, em Washington, para discutir a paz.
Quando Saddam sentou na poltrona destinada a ele, notou que havia tr�s bot�es na cadeira de Bush. Depois de cinco minutos de conversa, Bush apertou o primeiro bot�o e uma luva de boxe saiu do bra�o direito da cadeira de Saddam e socou o ditador iraquiano na cara. Confuso, Saddam continuou falando sobre paz enquanto Bush ria.
Alguns minutos depois, Bush apertou o segundo bot�o e uma bota acertou o traseiro de Saddam. Bush achou t�o engra�ado que apertou o terceiro bot�o, e um balde de �gua caiu na cabe�a do iraquiano, enquanto o presidente americano rolava no ch�o de tanto rir.
Finalmente, Saddam se tocou de que o processo de paz havia fracassado e voltou a Bagd�.
Duas semanas depois, as negocia��es recome�aram, e foi a vez de Bush ir ao Iraque. Quando o americano chegou � sala do iraquiano, percebeu que na cadeira de Saddam tamb�m havia tr�s bot�es, e ficou preparado para a revanche do ditador.
Os dois come�aram a conversar e Saddam apertou o primeiro bot�o. Bush se encolheu todo, mas nada aconteceu. Saddam caiu na risada. A conversa continuou e, alguns minutos depois, o ditador apertou o segundo bot�o. Bush deu um pulo na cadeira, mas de novo nada aconteceu... e Saddam caiu na gargalhada. Poucos segundos depois, Saddam apertou o terceiro bot�o. Bush arregalou os olhos, mas novamente nada. Agora era Saddam quem rolava no ch�o de tanto rir.
Bush, irritado com aquela bobagem, levantou-se e disse:
-- Esque�a a paz! Estou voltando para Washington!
E Saddam, chorando de rir:
-- Que Washington...??? 18:58
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06:20
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A guerra, vista de l�"Se voc�s estivessem por aqui nesta terra, se lessem os jornais locais, se ouvissem as televis�es regionais, se sintonizassem as r�dios tocando raps e pops est�pidos, e no meio de tudo isso escutassem as palavras de Bush, soltas e desengon�adas, n�o s� aquelas no teleprompter, em cadeia nacional, mas ouvissem tamb�m as entrevistas coletivas, as risadas sarc�sticas, a arrog�ncia em cada resposta, o olhar pretensioso, a obsess�o messi�nica, a falta de cortesia, a escassez de racioc�nio, o argumento tosco, a resposta pronta e repetida, se ouvissem tudo isso, dia ap�s dia, pela manh�, � tarde e tamb�m no fim da noite, e, de quebra, vissem tamb�m a desfa�atez das cadeias de televis�o, que ignoram solenemente a voz das ruas, locais e estrangeiras, como n�o houvesse sen�o um grito, aquela voz berrante da Casa Branca, estariam, como estou agora, bem p. da vida." O resto est� aqui, no excelente Amarar, do Danilo Amaral -- indiscutivelmente um dos grandes talentos da nossa blogosfera. 06:13
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Desmandos de Ros�ngelaDora Kramer, no JB, fala sobre o desgoverno do Rio. Est� imperd�vel, sobretudo para n�s, cariocas. 03:44
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11.3.03
 A valente turma do S.O.S. Gatinhos avisa que n�o s� est� de p�gina nova, lojinha redesenhada e reabastecida como, ainda por cima... sim, claro: v�rios novos gatinhos precisando de ajuda e de afeto! S� para voc�s verem que diferen�a faz o carinho na vida de uma criatura: o gatinho da foto apareceu pela primeira vez neste blog em maio do ano passado, na foto � esquerda, � procura de algu�m que o adotasse. Poucos dias antes da foto ser feita, ele estava no Campo de S�o Bento, em Niter�i, com a pata quebrada, sangrando, quando teve a sorte de ser recolhido pela Susana Barbagelata, que o levou a um vet e pagou o tratamento, mas n�o podia ficar com ele. A� entraram em cena a Marta e o Arli, que o levaram para viver com seus outros Felindos. Hoje o Curau est� perfeitamente integrado � fam�lia, � o xod� da casa e, aparentemente, n�o teve qualquer problema com o pino fixado � patinha. Diz o Arli, a respeito da foto � direita: Curau, um segundo antes de pular sobre a m�quina! Ali�s, uma das caracter�sticas marcantes dele � a rapidez quando quer pegar algo. � incr�vel! N�o � uma linda hist�ria? Eu n�o resisto a um happy end... 23:28
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 Achei aqui. 20:50
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O internETC. informa: nosso Forum est� no ar novamente. 06:40
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Muito importante: d� a sua opini�o!A presid�ncia da Uni�o Europ�ia est� promovendo uma pesquisa para saber a opini�o do mundo conectado a respeito de um ataque ao Iraque. A pesquisa est� aberta a gente de todos os continentes, e pode ser preenchida aqui. Participe, � importante -- ainda que a gente ache que os Estados Unidos v�o mesmo fazer o que lhes der na telha, � bom que fique registrado o que a opini�o p�blica mundial pensa disso. 03:03
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 Parab�ns, Bia!Este n�o vai ser dos anivers�rios mais felizes da fam�lia, mas a tristeza n�o vai impedir a gente de comemorar devidamente a Bia. Na verdade, eu nem preciso de data especial para isso. Como boa m�e coruja (sobretudo no fuso hor�rio...) passo 365 dias por ano encantada com o meu b�pede, cheia de orgulho por ser m�e de uma pessoa t�o atenta, t�o generosa e t�o interessante. Muitas felicidades, Bipe! Voc� merece tudo de bom que h� na sua vida, e tudo o que ainda vai acontecer de extraordin�rio e maravilhoso. 02:52
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Pesadelo no ValeUm dos leitores do Info etc. recebeu uma carta de um amigo que mora en San Jose, Calif�rnia, cora��o do Vale do Sil�cio. A coisa n�o est� nada boa para aqueles lados. O retrato que o amigo do Wang Yu tra�a � triste � e, pelo que sei, muito verdadeiro: �Aqui vai um instant�neo do vale mais triste dos EUA. Dizem que o �ndice de desemprego est� em 8%... mas anda mais pr�ximo a 20%, se o n�mero de pais desempregados nas reuni�es da escola servir de indicativo. A taxa de im�veis comerciais desocupados anda em torno dos 60% a 70%. Muitos desses im�veis ainda t�m contratos vigentes, de modo que os n�meros oficiais falam em �apenas� 30% de desocupa��o. H� uma rua em Milpitas que liga a estrada 237 com a Montague Expressway, chamada McCarthy Boulevard. Na verdade, � o Boulevard das Startups Quebradas. Tem cerca de 30 pr�dios constru�dos ao longo de um percurso de uns quatro quil�metros, dos quais todos, com exce��o de cinco, est�o vazios... Acho que todos os lucros reportados na �rea s�o uma inven��o, j� que ningu�m precisa mais de nada; as empresas est�o gastando o que ainda sobra do que receberam dos investidores, e fazendo de conta que tudo vai bem. H� material estocado nos almoxarifados para durar anos. As pessoas tentam parecer ocupadas no trabalho, mas a maior parte dos empregados hi-tech daria conta do que tem a fazer em uma ou duas horas de servi�o por dia. Eu sei: passei por tr�s empresas diferentes nos �ltimos tr�s anos. Nos pr�ximos anos, as �ltimas companhias que ainda conseguiram levantar dinheiro entre 1998 e 2000 v�o chegar ao fim das suas reservas, fechar as portas e acrescentar mais alguns milhares de indiv�duos �s hordas de desempregados. Uma manchete do Mercury News dizia, no outro domingo, que a economia vai se recuperar em... 2011! Sinistro!� Para mim, o pior n�o � que as coisas estejam assim; � que ningu�m tenha previsto que, como estavam, n�o podia dar certo. Sempre fiquei chocada com o desperd�cio que via durante a bolha: empresas rec�m-nascidas mudando-se para edif�cios de luxo, equipamentos praticamente novos postos no lixo apenas porque havia um novo modelo na pra�a, casas e carros de pre�os estratosf�ricos. Algumas vezes perguntei a amigos que estavam nessa se n�o era melhor uma empresa se consolidar primeiro e come�ar a ganhar dinheiro para, depois, quem sabe, se mudar para a �rea mais rica da cidade, mas invariavelmente ouvia a mesma resposta: a apar�ncia fazia parte do jogo. Como eles estavam (e em alguns casos ainda est�o) ricos e eu n�o, s� me restava meter a viola no saco � muito assombrada com aquilo tudo. Houve uma �poca, por exemplo, em que, em vez das canetinhas e camisetas de costume, o pessoal distribu�a coisas inteiramente extravagantes na Comdex, de discos voadores de brinquedo a mini ventiladores de pilha: coisas relativamente caras, de que ningu�m precisava e cujo destino �bvio era a lata de lixo, num futuro mais ou menos pr�ximo � gr�tis, aos milhares, para quem quisesse. As embalagens de alguns press-kits, ent�o, me afligiam demais: caixas extravagantes, lindas... que n�o podiam ser recicladas para nada. Isso, ali�s, me deixa perturbada at� hoje: o que � que justifica tanto desperd�cio? O Wang, que me mandou a carta do amigo, pergunta o que acho disso, querendo saber se, como consumidores, seremos prejudicados pela atual situa��o do Vale. Sinceramente, n�o sei. � poss�vel que a turma da bolha precisasse mesmo deste choque de realidade para virar gente; � quase certo que as grandes extravag�ncias sejam coisa do passado. Mas para as boas id�ias e para os conceitos verdadeiramente revolucion�rios, acho que sempre haver� futuro. (O Globo, Info etc., 10.3.2003)02:45
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 O que h� de errado com a internet?N�o costumo puxar aqui para as mat�rias do Info etc., porque me parece meio cabotino, mas desta vez n�o d� para deixar de chamar a aten��o para a reportagem que a Cris De Luca fez a respeito da zorra geral que impera na internet BR. � uma leitura muito importante, que explica o que est� por tr�s das confus�es que temos visto entre os provedores e que alerta para os riscos que estamos correndo. 02:38
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10.3.03
Como ter um relacionamento perfeitoBia Badaud mandou um textinho para me fazer rir. Conseguiu: 1. � importante encontrar um homem que trabalhe em casa, eventualmente cozinhe e limpe, e que tenha um bom emprego;
2. � importante encontrar um homem que fa�a voc� rir;
3. � importante encontrar um homem que seja respons�vel e n�o minta;
4. � importante encontrar um homem bom de cama e que adore fazer sexo com voc�;
5. � extremamente importante, mas extremamente importante que estes quatro homens nunca se encontrem. 16:15
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 Cotton.BAK 1994 - 2003Ontem, assim que eu terminei de subir as fotos do desfile, telefonaram do veterin�rio para avisar que o Cotton estava morto. Ele havia sido internado no s�bado, muito fraco e com todo o jeito de gato que comeu uma barata detetizada, mas nunca imaginei que pudesse estar correndo risco t�o s�rio. Fui para o carnaval relativamente despreocupada. Insetos envenenados j� aconteceram antes na Fam�lia Gato, e foram tirados mais ou menos de letra, com alguns dias de soro e tratamento adequado. Al�m disso, depois do que aconteceu com a Pipoca, passei a acreditar piamente em milagres felinos. Mas o meu Gatinho querido, coitado, n�o teve a mesma sorte. Foi embora t�o r�pido que nem deu tempo ao dr. Jaime de tentar fazer alguma coisa por ele. A Bia resumiu a nossa perplexidade: -- Mas o que foi isso, bala perdida?! Estamos todos, b�pedes e quadr�pedes, tristes demais. O Cotton era o mais carinhoso dos gatos, um eterno filhote carente que vivia pedindo colo; da�, ali�s, seu apelido de Gatinho. Gostava de ficar em cima da escrivaninha fazendo concorr�ncia ao mouse pad ou, quando eu ia dormir, espichado na cama, bem ao lado da minha cabe�a. Eu brincava com ele: -- O que � que voc� acha que �, um travesseiro anti-al�rgico? Ele se fazia de desentendido. Afinal, aquela era a cama dele que, por excepcional gentileza, a dividia comigo, com a Keaton e com algum outro gato que, durante a noite, resolvesse tirar um cochilo -- em geral a Tati, que adorava. Os dois nunca perderam a rela��o m�e e filho, e estavam sempre juntos. Tati detesta gatos, mas para ela o Cotton pertencia, evidentemente, a uma outra esp�cie. Agora ela est� aqui na escrivaninha, ao meu lado, t�o �rf� do Gatinho quanto eu. 05:30
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9.3.03
Direto da Sapuca�Hoje vim com a Bia ver o desfile, j� que, na segunda, cumprimos apenas o nosso ritual habitual de carnaval, que � encontrar os amigos no quintal do camarote da Brahma para conversar e ver a fauna de modo geral -- da qual, possivelmente, somos n�s mesmos os esp�cimes mais esquisitos nessa �poca do ano e nesse quadrante do globo. Gra�as � Bia, que tem todas as manhas que faltam � m�e dela, sa� do Camarote da Brahma para fazer umas fotos mais pr�ximas dos desfiles. No meio do caminho encontrei uma sala de imprensa, deduzi que aqui haveria um micro ou dois (h� cinco) e entrei para dar um al� (e tomar uma prise de ar refrigerado). Fotos depois! 02:01
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8.3.03
Papa em Bagd�Mais um te�logo brasileiro entra em contato com o Papa pedindo-lhe que v� para Bagd� para evitar a guerra. Conforme j� escrevi l� embaixo, acho �tima essa id�ia. Ainda que Bush & Co. n�o sejam cat�licos, o Papa � o l�der espiritual de uma parcela da popula��o americana que eles n�o podem ignorar. Para a popula��o mundial est�o andando, conforme a gente sabe, mas quando Cheney fizer uma variante da cl�ssica pergunta -- "Afinal, quantos votos tem esse Papa?" -- pode se surpreender... Al Papa Giovanni Paolo II,
La Santit� Vostra ha intrapeso un gran lavoro in favore della Pace, nei suoi discorsi, preghiere, nella nota sull'attegiamento della Santa Sede rilasciata a tutti gli ambasciatori accreditatti presso la medesima Santa Sede, coll'invio del Cardinale Etchegaray a Bagdad e del Cardinale Pio Laghi a Washington, con l'invito ad una giornata di digiuno per la pace, in questo mercoled� delle cenere.
Pare che niente di questo ha potuto cambiare l'intransigenza del Presidente Bush e di Tony Blair.
La presenza del Papa in Bagdad non porrebbe un obice morale intrasponibile a questa guerra che si annuncia come un vero genocidio?
Tutte le persone amanti della pace sarebbero di cuore e mente con Lei e l'umanit� li sar� eternamente gradita per aver ritardata e, speriamo, allontanatta questa sciagura troppo annunciata.
Pe. Jos� Oscar Beozzo 22:12
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 Antigo LeblonRog�rio Barbosa Lima fez um site que � pra matar qualquer carioca de saudade e tristeza: Antigo Leblon, uma aldeia encantada. S�o depoimentos, cr�nicas, fotos e at� filipetas dos tempos em que Copacabana era o centro da a��o, o Cinema Miramar ainda existia e o Leblon n�o passava de um areal muito distante. 14:04
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Em off -- de verdadeKevin Sites, correspondente da CNN no Kuwait, d� uma informa��o interessant�ssima aos leitores do Boing Boing: aparentemente, os americanos t�m uma arma secreta pronta para ser usada contra os iraquianos. Ela emite um sinal em micro-ondas que literalmente frita qualquer aparelho ou objeto eletr�nico no seu caminho. Voando sobre uma cidade, pode detonar tudo, de sistemas de comunica��o por r�dio a celulares, passando por marcapassos e c�meras digitais. B�pedes e quadr�pedes que n�o dependam de nenhuma ajuda eletro-eletr�nica para sobreviver, escapam (n�o totalmente ilesos, por�m, conforme esta mat�ria do Guardian). Sites diz que o efeito seria semelhante a desligar uma tomada gigantesca. Os jornalistas que est�o l� equipad�ssimos para fazerem suas transmiss�es em tempo real com antenas, notebooks e aparelhos de toda a sorte est�o ligeiramente apreensivos. Se o boato for verdade, ter�o que voltar aos rolos de filme e ao papel e l�pis. 06:43
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World of endsDoc Searls e David Weinberger, do Cluetrain Manifesto, explicam a internet de forma t�o simples que at� um executivo da ind�stria fonogr�fica � capaz de entender. Desde que seja anglo-parlante (por enquanto; mas este � o tipo de texto que logo encontra almas caridosas dispostas a traduzi-lo). Update:Como o Pedro Doria informa nos coment�rios, j� encontrou: o Rainer mandou uma mensagem ontem avisando que j� est� l� no site dele. Curiosamente, ela entalou num servidor solto a� pelo espa�o e s� bateu na minha mailbox de manh�. 06:25
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 Poesia numa hora dessas?Indeed. Estava eu procurando informa��es sobre a guerra de uma forma meio aleat�ria quando esbarrei num verdadeiro tesouro: um website sobre os Poetas da Primeira Guerra, com boas notas bibliogr�ficas, �timo material iconogr�fico e links. Est� em ingl�s, mas vale a visita, nem que seja pelas figurinhas e pela nostalgia de visitar um tempo ainda mais louco do que o nosso. 04:29
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7.3.03
Matusca ensina como fazer um gif animado, passo a passo -- quer dizer, osso a osso... 18:05
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A �ltima do papagaioEssa piada � possivelmente a mais velha de todas as piadas de papagaio, mas s� me contaram agora, e eu achei muito engra�adinha...Um dia um homem passou por uma loja de animais, e um papagaio que estava na porta chamou a sua aten��o. O bicho dava bom-dia para todo mundo na maior cortesia, cantava o Hino do Vasco e j� tinha decorado metade do samba-enr�do da Mangueira. O homem n�o pensou duas vezes e comprou o papagaio, no ato. Mal chegou em casa, por�m, o louro, antes t�o simp�tico, desandou a resmungar, dizendo palavr�o e mandando as visitas cometerem atos reprovados pela Igreja.
Muito desapontado, o homem tentou de tudo para reconquistar a sua simpatia. Comprou frutas importadas fora de esta��o, instalou um som legal e um ventilador ao lado do poleiro... e nada. Quanto mais o tempo passava, mais o humor do papagaio azedava. O homem tentou recorrer � for�a bruta: gritou, xingou, amea�ou torcer o pesco�o do papagaio. E o papagaio cada vez pior..
O homem j� n�o sabia mais o que fazer, at� que, um dia, depois de uma briga particularmente desagrad�vel, pegou o papagaio e fechou-o no freezer, para ver se esfriava as suas id�ias. Nunca o papagaio gritou tanto e disse tantos palavr�es.
At� que, subitamente, calou-se, no meio de um improp�rio.
O homem abriu o freezer alarmado, achando que tinha matado o bichinho. Que saiu de l� todo meigo e obsequioso:
-- Sei que meu linguajar tem sido mais do que inapropriado a este ambiente familiar e que a minha atitude n�o condiz com a aten��o que o senhor tem me dado. Gostaria de apresentar minhas sinceras desculpas e prometer que, daqui em diante, me portarei adequadamente.
O homem ficou estarrecido. Estava prestes a perguntar ao louro o que o fizera mudar de tal maneira, quando o papagaio, cheio de ternura, quis saber:
-- S� por curiosidade: o que foi que o frango fez? 05:24
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FrilaAcho que h� trabalho para os Carneiros Pretos l� nos coment�rios dos Melhores Blogs do no minimo... 02:45
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Pela PazLeonardo Boff mandou esta carta para o Papa, endossando uma id�ia de Marcos Arruda. Os dois partem do pressuposto de que o Papa � a �nica pessoa que pode parar a guerra. Como? Simples: dirigindo-se a Bagd�, e l� permanecendo, como "vit�ma inocente e pura" (palavras de Boff). N�o � que � uma �tima id�ia?! Acho muito dif�cil que o Cartel de Washington tivesse coragem de bombardear a cidade sabendo que poderia acertar o l�der espiritual de todos os cat�licos do mundo... "Santit�, Padre nella fede de tutti i credenti, Voglio fare anche mia la carta del carissimo amico Marcos Arruda, un cristiano de grande trasparencia e impegno per la pace.
In questo momento sono convinto che solamente Lei potr� bloccare la guerra dislocandose como vitima innocente e pura a Baghdad. Questo lo farebbe securamente Maathma Gandhi si vivo fosse. Santit�, faccia questo gesto profetico e messianico per amore a l'umanit�, a la pace e a gli vitime de Iraq e comme servizio che la fede pu� prestare a Dio e a tutti quelli che cercano la pace.
Con le mie preguiere dinanzi a Quello che � l'unico Signore della storia.
Leonardo Boff teologo brasiliano Caixa Postal 92144 25741-970 Petropolis, RJ, Brasile"
"His Holiness John Paul II "Father, why has thou forsaken me?" Your Holiness:
I write to you today out of a sense of great urgency. As you know the United States of America is on the verge of launching what may be one of the most cataclysmic wars in history using weapons of mass destruction upon the Iraqi people, fifty percent of whom are less than 15 years of age.
Conservative estimates are that such a war will result in the death of 500,000 Iraqis. It seems clear that, at this time, you are the only person on Earth who can stop this war. Indeed, your physical presence in Baghdad, will prevent the impending slaughter of hundreds of thousands of human beings, and force the international community of nations to identify and implement a truly peaceful resolution to this unprecedented, preemptive aggression.
I implore you to travel to Baghdad and to remain there until a peaceful solution to this crisis has been implemented. The lives of the people of Iraq rest in your hands -- as does the fate of the world.
With hope, Marcos Arruda Instituto Pol�ticas Alternativas para o Cone Sul - PACS Rio de Janeiro - Brazil Economist and educator Member of the Movement Faith and Politics" Ta�: se aceitasse a sugest�o, o Papa adquiriria uma dimens�o hist�rica e moral inigual�vel. 01:41
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 Hoje o Globo On deu esta foto do Palocci debaixo da manchete Acordo com o FMI n�o deve mudar. 00:08
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6.3.03
Land of the freeDemorou: em Albany j� levaram em cana um advogado s� por estar usando uma camiseta a favor da paz dentro de um shopping center. Li na Luciana, vizinha do Paulinho. 17:07
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Fala s�rio... Parece que est� para sair do forno um acordo entre a Apple e as principais gravadoras americanas para distribui��o (paga, claro!) de m�sica. Em tese, os usu�rios poder�o baixar m�sicas dos sites das gravadoras num formato propriet�rio para os seus iPods, mas n�o poder�o copiar essas m�sicas de m�quina para m�quina, como acontece hoje com o MP3. Se for assim mesmo, n�o vai dar certo. Ser� que esse povo n�o percebe que a beleza da coisa est� nos formatos abertos?! 06:37
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5.3.03
Deus e as gangues: viva o povo brasileiro! Certos filmes n�o s�o compar�veis, mas a gente compara mesmo assimNo domingo de carnaval fui assistir novamente a � Deus � brasileiro�. Desta vez, j� escolada pela primeira experi�ncia, fiquei repetindo com os meus bot�es imagin�rios: �N�o vou chorar, n�o vou chorar, n�o vou chorar� Adiantou? Que nada! No final, l� estava eu pagando mico no cinema, de novo comovida com aquela associa��o de palavras, m�sica e imagens -- e de novo pensando em que ponto da minha cabe�a ou do meu cora��o bateu o filme, de onde vem ou onde est� essa qu�mica que fez com que eu e tantos espectadores tenhamos deixado o cinema em estado de gra�a, enquanto outros, no mesmo dia e hor�rio, nas mesmas condi��es clim�ticas e geogr�ficas, tenham sa�do reclamando disso ou daquilo, obviamente intocados pelo que haviam visto. Fiquei com vontade de pegar os insatisfeitos todos, um por um, e levar para tomar um caf� comigo no Clipper ali do lado, s� para ver se descobria como � poss�vel uma tal diferen�a de sintonia entre as gentes. Assim, tipo... um estudo antropol�gico, sabem como �? Ent�o. * * * Acontece que, na semana passada, vi � Gangues de Nova York�, que metade da humanidade acha um filme extraordin�rio -- e detestei! Achei quase tudo rid�culo, a come�ar pelo come�o, ou seja, duas turmas de gangsteres bem-comportadinhos esperando o fim do falat�rio infantil dos seus chefes para -- s� ent�o, e obedecendo � Nobre Arte de Eliminar a Concorr�ncia! -- ca�rem de pau uns sobre os outros. Para mim, nenhum personagem conseguiu, em momento algum, ser mais do que uma caricatura tosca; odiei o roteiro, que me pareceu um amontoado de lugares comuns salpicado com umas tiradinhas anti-Bush muito prim�rias; e me decepcionei demais com o trabalho dos atores, sobretudo Daniel Day-Lewis, de quem esperava bem mais do que uma imita��o de Robert De Niro. Tudo isso, paradoxalmente, com uma cenografia interessante, uma trilha sonora espetacular e uma dire��o maravilhosa. Se Scorsese ganhar o Oscar de melhor diretor n�o se estar� cometendo nenhuma injusti�a, pelo contr�rio. � impressionante que algu�m consiga p�r aquilo tudo de p� e movimentar, de forma t�o fluente, tantas engrenagens. Mas quando o filme acaba e rolam os cr�ditos, a sensa��o de vazio � acachapante. O que quer dizer toda aquela confus�o? O que � que fica com a gente, al�m da sensa��o de que as �ltimas tr�s horas poderiam ter sido mais bem aproveitadas? Ali h� apenas uma hist�ria contada por um �timo diretor, cheia de som e f�ria, significando nada. Ou, em outras palavras do mesmo autor, muito barulho por nada. Na verdade, �Gangues� � um exemplo mal sucedido de um g�nero que cada vez me irrita mais, mesmo quando d� certo: a super-produ��o hollywoodiana cheia de atores, extras, efeitos especiais, lutas, o diabo a quatro. N�o ag�ento mais nem aquele vidro cenogr�fico que sempre se estilha�a de forma t�o espetacular e ruidosa: parece condi��o sine qua non do cinema americano a exig�ncia de que, em cada filme, haja pelo menos uma janela ou vidra�a quebrada violentamente. * * * No dia seguinte eu estava de novo no cinema, vendo �Deus � brasileiro� pela primeira vez. Obviamente, � imposs�vel comparar esses dois filmes, que s�o animais t�o distintos quanto um c�o e um gato. Ao contr�rio de �Gangues�, o filme de Cac� Diegues � simples e �pequeno�, um road movie sem uma fra��o da complexa cinematografia que envolve o Scorsese. Mas o roteiro � uma del�cia, com �timos personagens e excelentes atores. Quando a gente sai do cinema, o filme vem junto, no cora��o -- trazendo, de quebra, uma das cenas finais mais bonitas de todos os tempos. O mundo � mesmo vasto, variado e misterioso. Como � que algu�m pode n�o gostar disso? Como � que algu�m pode n�o gostar de gatos? * * * . Volta ao palco, esta semana, �Novas diretrizes em tempos de paz�, pe�a de Bosco Brasil que lotou uma temporada no Laura Alvim, no ano passado e revelou, ao Rio, a exist�ncia deste extraordin�rio autor, at� ent�o �escondido� em S�o Paulo. Para mim, al�m de ser o melhor espet�culo que vi em 2002, �Novas diretrizes� teve um apelo sentimental especial�ssimo: � que para criar Clausewitz, o imigrante cujo destino est� nas m�os de um ex-torturador, Bosco inspirou-se em Ziembinski e no meu pai, Paulo R�nai. Como Ziembinski, Clausewitz � ator e vem da Pol�nia; como papai, aprendeu portugu�s antes de chegar aqui. Quando explica ao inspetor Segismundo (Tony Ramos, perfeito) porque fala portugu�s e o que pensa da l�ngua, Clausewitz usa as palavras que papai escreveu em �Como aprendi o portugu�s e outras aventuras�, que tantas vezes ouvi ao longo da vida. Dan Stulbach faz este personagem t�o bem que chegou a me surpreender com as semelhan�as entre ele e papai � semelhan�as que, a rigor, nem existem, exceto pelas m�os expressivas, por um certo jeito de bondade e delicadeza e por algumas inflex�es no sotaque observadas pela Bia, minha filha -- mas que eu n�o saberia reconhecer. Na vida real, nunca reparei neste sotaque, que o teatro, afinal, me trouxe de volta. A arte tem dessas coisas. * * * Todo poder a Yvonne Kassu! (O Globo, Segundo Caderno, 6.3.03)23:36
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4.3.03
 T� com o som ligado? Ent�o clique na imagem: � muito legal! (Valeu, Maur�cio!)06:52
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3.3.03
 Fernando e Marina Caruso, com Bia. A foto, se n�o me engano feita pela Eliana, � do s�culo passado. 12:24
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Doze anos amanh�Quando publicamos a s�rie 4 x 4, em dezembro passado, com ensaios de quatro veteranos do Info etc. (B. Piropo, Cat, Cristina De Luca e Ricardo Rangel) descrevendo suas trajet�rias tecnol�gicas, alguns leitores escreveram reclamando a minha presen�a. Mas, como respondi na ocasi�o, minha coluna tem sido, ao longo dos anos, uma esp�cie de di�rio digital: aqui escrevo sobre o que me acontece com programas e computadores, e descrevo a minha experi�ncia com os mais diversos tipos de equipamento � do banho involunt�rio de Veja Multiuso que dei num teclado ainda no pr�-Cambriano � minha satisfa��o com o Sony Cli� (atualmente em banho-maria, j� que n�o estou conseguindo fazer com que o bichinho conecte-se com o Windows XP de jeito nenhum). De modo que me pareceu redundante falar sobre tudo isso novamente. Amanh�, por�m, o Info etc. faz 12 anos, e achei que valia gastar um pouco desta segunda de carnaval relembrando o passado. Houve um tempo, por incr�vel que isso possa nos parecer hoje, em que n�o us�vamos internet. � dif�cil descrever o que era fazer um caderno de inform�tica sem internet, ainda por cima num pa�s que vivia em plena reserva de mercado. Escrev�amos sobre miragens, sonhos de consumo que chegavam aqui (quando chegavam) debaixo dos panos, nas malas de contrabandistas bem situados com a Receita Federal. Por causa dessa reserva, os jornalistas brasileiros eram solenemente ignorados pela vasta maioria dos desenvolvedores de hardware e software: de que adiantava mandar material para um pa�s onde ningu�m podia comprar nada? Nossos pedidos de entrevista eram ignorados, ningu�m mandava as fotos que solicit�vamos (pelo correio!), ningu�m nos dizia nada a respeito do que estava no forno. A salva��o da lavoura eram as feiras de inform�tica, sobretudo a Comdex Fall, em Las Vegas, que reunia todo mundo da �rea. L�, cada produto lan�ado, cada tend�ncia anunciada e cada mudan�a de diretoria de empresa correspondiam a uma pastinha ou um folder com informa��es que n�o obter�amos em outro lugar � e, freq�entemente, fotos. Meu Deus, como gost�vamos de material com fotos! Uma boa temporada nos rendia o suficiente para ilustrar uma quantidade imensa de edi��es. Havia tantos press releases e press kits em Las Vegas que a sala de imprensa da Comdex era dividida em duas partes: uma exclusivamente para as pilhas de pastas e folders, e a outra com mesas, cadeiras, computadores e caf� para que trabalh�ssemos. Al�m de poltronas e sof�s, j� que parte do trabalho era juntar todos os kits � e mais o que n�o chegava � sala de imprensa e nos era entregue na exposi��o � e separar o joio do trigo. Esta rotina n�o era exclusividade nossa; os jornalistas de outros ve�culos, inclusive de alguns jornais americanos menores, gastavam boa parte do tempo abrindo pastas, olhando t�tulos e aberturas de releases, conferindo a exist�ncia ou n�o de fotos, e jogando fora o que n�o prestava. A qualquer hora que se entrasse na sala de imprensa, l� estavam dezenas de jornalistas, cercados, cada qual, das suas pastas e caixotes � um para o lixo, outro para o material que interessava. O desperd�cio de papel sempre me impressionou muito. (Os rep�rteres da grande imprensa americana n�o passavam por isso: a verba dos seus ve�culos permitia que juntassem rigorosamente tudo e despachassem para casa. Gastavam centenas de d�lares com isso.) Faltavam caixotes para todos. Uma vez, a IBM conquistou muitos cora��es e mentes com um gesto da maior simplicidade: a oferta de grandes caixas de papel�o com al�as de pl�stico, f�ceis de fechar e de levar ao correio. De outra feita, a HP fez a alegria dos jornalistas americanos e canadenses despachando gratuitamente o material de todos a partir da pr�pria sala de imprensa. Quer dizer: ningu�m precisava mais carregar as suas toneladas de papel at� o posto dos correios! Os jornalistas do resto do mundo quase morreram de inveja, e maldiziam os colegas afortunados enquanto arrastavam caixas pelos corredores. J� aqui, separ�vamos as pastas mais uma vez. Traz�amos uma fra��o do que nos ca�a em m�os durante a feira; mas na reda��o �ramos confrontados com o tamanho imut�vel do arm�rio. Come�ava a� a ang�stia de decidir que parte do material antigo ficava ou n�o. E come�avam a� meses de estresse para a Luiza, que tinha a ingrata tarefa de manter aquela papelada dentro dos limites do administr�vel. Pensando bem, durante aqueles anos pr�-internet, a Luiza foi uma esp�cie de Google do Info etc., catalogando e buscando informa��es na nossa �base de dados�. Complicada ainda pelo fato de que cartas, artigos e releases de produtos brasileiros chegavam em papel. Algumas cartas vinham escritas � m�o: em geral, reclama��es de usu�rios com problemas com impressoras, ou que nos pediam orienta��o em rela��o � compra de impressoras, ent�o ainda um equipamento caro. E a� chegou a internet. Acho que hoje nem a Luiza se lembra mais de quando foi a �ltima vez em que recebemos uma carta manuscrita... (O Globo, Info etc., 03.03.03)10:56
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03.03.03!!!Foi a Flavinha quem lembrou. 10:51
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Momento musicalVale a espera... mas aviso: � em ingl�s, com legendas em franc�s. Aqui.06:18
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2.3.03
 Agora imaginem s� a decep��o do dono do bichinho quando acendeu o cigarro de... catnip!!! 17:50
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Nada AVH� algo estranho acontecendo com o blog do Mario AV! Quando a gente aponta browser pra l�, aparece o blog de um certo John Ellis. Eu hein... Update: Ufa! T� de volta. 15:30
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 Por que me ufano do meu pa�sRecebi este email, que resolvi subir como p�gina. Acho que o simples fato de as pessoas o estarem passando adiante j� � motivo de orgulho; al�m do que, o MIDI do Hino est� muito legal. Portanto, crian�as, inflem o peito e... cliquem aqui! 03:00
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Como � que � isso...?Eu j� exaltei aqui v�rias vezes o denodo com que o Jo�o Ubaldo enfrenta as vagas procelosas da internet, de l� voltando sempre com algo interessante; a tal ponto que, volta e meia, ele acaba sendo meio que co-autor do blog. Pois hoje ele mandou isso para os amigos: Entrem no endere�o abaixo e sigam as instru��es. Eu sou c�tico e, claro, ainda tenho certeza de que � um truque, s� que eu n�o sei qual �. J� matei diversos desses "milagres" na Internet, mas n�o saquei este ainda, embora ele seja bastante semelhante a um que desmascarei uma vez, mas n�o consigo lembrar quase nada. Se voc�s sacarem, me digam. O endere�o � este: http://mr-31238.mr.valuehost.co.uk/assets/Flash/psychic.swf
Se n�o abrir direto para o navegador, marque (selecione) o endere�o, copie-o e cole-o na linha de endere�o do navegador. E s� para algu�m n�o dizer que n�o acertou somente porque n�o sabe ingl�s (acho que todos voc�s sabem ingl�s suficiente para entender de sobra as instru��es), o neg�cio � pensar em um n�mero de mais de um algarismo, somar os ditos dois algarismos, subtrair este �ltimo resultado do primeiro n�mero e associar o resultado a seu s�mbolo respectivo, que est� na tabela � direita. Por exemplo, pense em 38. 3 mais 8 d� 11. 38 menos 11 d� 27. O s�mbolo, neste caso, � o que est� junto ao n�mero 27. Fac�limo. Vejam a�. Beijos gerais de
Jo�o Ubaldo Update: Santa Tabuada, Batman! Mal publiquei isso aqui, j� o F�bio e o Raphael tinham a resposta. �ta n�is! 02:08
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1.3.03
 Say, what?Este gato extremamente contrariado (por justa causa, ali�s!) foi v�tima de uma confus�o de pron�ncia; a dona pediu um line cut, ou seja, aquela aparada b�sica que a gente manda dar na barriguinha deles quando o pelo fica muito embara�ado, e o pessoal da tosa entendeu lion cut... Quem me mandou o link para esta dram�tica hist�ria foi o Rainer, l� de BH. 00:30
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