31.3.02









Sábado

O Rio fica uma delícia no feriado, vazio assim: dá pra ir à praia prum mergulho básico (com lugar de sobra pra instalar as cadeiras), dá pra estacionar em qualquer lugar e dá até pra JANTAR no Shirley... sem fila! Camarões GIGANTES, hmmmmm... muito bom.

Mais tarde, numa volta pelos blogs amigos, li o sábado da Marina W., passado na Barra: uma experiência radicalmente diferente, um outro mundo, um belíssimo texto. Confiram!





30.3.02





Seja um cyborg você também!






Dica de feriado

Você odeia feriado? Tá sentado aí na frente da máquina sem saber pronde ir? No problema: clique aqui e vá em frente. Trip garantida. É a página de links da revista Play, disparado uma das melhores publicações sobre vida digital a aparecerem por aqui. Tenho restrições ao visual, que acho um pouco confuso demais (na linha "Sindrome Wired") -- mas os meninos, inquestionavelmente, sabem das coisas. Quando você sair de casa, vá até a banca mais próxima e veja se não é verdade.






iBeach








29.3.02


A Bia está de volta! :-)







Álbuns antigos: 1999

MOSCOU



A casa de Tolstoi


Uma estação do metrô


Numa das igrejas do Kremlin


Na Rua Arbat


Tati, a minha queridinha



NOVA YORK



Da janela do hotel


Chegando a Times Square


De uma outra janela





28.3.02


"People copy, people steal. Most of the pictures they make nowadays are loaded down with special effects. I couldn't do that. I quit smoking because I couldn't reload my Zippo."

Billy Wilder (1906 -- 2002)







Coisa de gênio!

Mas não fique só nessa amostra não; aproveite o feriado para clicar pelo site todo, que é um dos mais interessantes, e garante muito tempo de diversão -- e de especulação sobre interfaces e o potencial da rede. Esta é mais uma grande dica do Cat.






La sueño una perla encendida sobre la mar? Pois sim...
(Post integral e descaradamente roubado do Repórter Mosca)






Alô alô

Liguei do táxi pro Geraldinho Carneiro.
Ele -- Ah, eu sabia que era mulher!
Eu -- Sabia, como? Você anda tão requisitado assim?
Ele -- Pobre de mim! É que está tendo um jogo...
Eu -- Um jogo? Que jogo?
Ele -- Um jogo da seleção...
Eu -- Ah, então fica aí assistindo, eu ligo depois...
Motorista, desesperado -- Minha senhora, minha senhora, por favor... meu rádio está quebrado... pergunta aí quanto está o jogo?
Eu -- Carneirinho, o motorista aqui do táxi quer saber quanto está o jogo?
Ele -- Zero a zero...
Eu -- Zero a zero...
Ele -- ...mas nós estamos jogando muito bem...
Eu -- ...mas nós estamos jogando muito bem...
Ele -- ...nós estamos esgotando o nosso estoque de falta de sorte, já perdemos três gols prontinhos...
Eu -- ...nós estamos esgotando o nosso estoque de falta de sorte, já perdemos três gols prontinhos...
Ele -- ...o Ronaldinho está comendo a bola, aliás o Ronaldinho Gaúcho também...
Eu -- ...o Ronaldinho está comendo a bola, aliás o Ronaldinho Gaúcho também...
Motorista, aliviado -- Ah, graças a Deus! Minha senhora, agradeça ao seu amigo. Ele é um locutor nato.






Especial de Páscoa II


Atendimento automático


Obrigado por ligar para o Céu.
Para ouvir essa mensagem em inglês, tecle 1. Para ouvir em espanhol, tecle 2. Para qualquer outra língua, tecle 0.

Por favor, escolha uma das seguintes opções:
Tecle 1 para Pedidos. Tecle 2 para Yom Kippur. Tecle 3 para o Natal. Tecle 4 para Reclamações. Tecle 5 para qualquer outra questão.

No momento, todos os nossos anjos estão ocupados atendendo a outros pecadores. Por favor, não desligue: a sua prece é importante para nós, e será atendida na ordem em que foi recebida.

Se você quiser falar com:
Deus, tecle 1. Jesus, tecle 2. Moisés, tecle 3. O Espírito Santo, tecle 4. Se você quiser escutar o Rei Davi entoar um salmo enquanto aguarda, tecle 5.

Para encontrar um ente querido transferido para o Céu, tecle 6; em seguida, tecle o número do CPF dele ou dela, seguido da tecla *asterisco*. Se você receber uma resposta negativa, por favor desligue e tente novamente usando o código de área 666.

Para reservas no Céu, por favor ligue para 1-800-K-A-D-I-S-H ou tecle J-O-A-0, seguido dos números 3-1-6.

Para respostas a perguntas inquietantes sobre dinossauros, evolução das espécies, idade da terra e vida em outros planetas, por favor aguarde até o momento da sua chegada.

Nossos computadores mostram que você já rezou hoje. Por favor desligue, e tente novamente amanhã.

Nossos horários de funcionamento vão de segunda a sexta, das 6hs às 18hs. Se você está ligando fora desses horários e precisa de atendimento de emergência queira, por favor, entrar em contato com o seu padre, pastor ou rabino.

Deus agradece a sua ligação.

(Para Meg e Selma, com muito carinho)






Especial de Páscoa


SAD (Serviço de Atendimento ao Devoto)


Deus agradece a sua convicção e devoção.
Para melhor atender às suas necessidades e melhorar a qualidade do atendimento, Deus gostaria de pedir alguns minutos do seu tempo para responder a este questionário:

1. Como você descobriu Deus?
__Jornal
__Bíblia
__Torah
__Alcorão
__Televisão
__Livro dos Mórmons
__Inspiração divina
__Manuscritos do Mar Morto
__Sua mãe contou
__Experiência de quase morte
__Experiência de quase vida
__Rádio
__Tablóide
__Violência em Meu nome
__Babaquice em Meu nome
__Outro (especifique): ____________

2. Qual foi o modelo que você adquiriu?
__Jeovah
__Jesus
__Krishna
__Buda
__Pai, Filho & Espírito Santo [Kit-Trindade]
__Zeus & Cia [Kit-Olimpo]
__Odin & Cia [Kit-Valhala]
__Alá
__Satanás
__Mãe Natureza/Terra/Gaia
__Nenhum dos anteriores, eu adquiri outro modelo.

3. Você ficou satisfeito com seu modelo, ele veio com todos os atributos completos, sem problemas ou partes faltando?
__ Sim
__ Não

3a. Se não, indique quais foram os problemas encontrados:
__Não era eterno
__Era finito
__Não era onisciente
__Não era onipotente
__Permitia sexo fora do matrimônio
__Proibia sexo fora do matrimônio
__Cometia erros
__Permitia que coisas ruins acontecessem com pessoas boas
__Permitia que coisas boas acontecessem com pessoas ruins
__Requeria sacrifícios na fogueira
__Requeria sacrifícios de virgens

4. Quais foram os fatores determinates na hora de escolher seu modelo?
__Doutrinação dos pais
__Necessidade de uma razão para viver
__Doutrinação da sociedade
__Conhecer garotos(as) na igreja
__Medo da morte
__Contrariar os pais
__Agradar aos pais
__Um dia longe da escola ou do trabalho
__Necessidade desesperada de ter uma certeza na vida
__Gosto por música de órgão e corais
__Necessidade de se sentir moralmente superior
__Outro motivo (especifique): ____________

5. Você já havia adquirido algum outro modelo antes?
__Sim
__Não

5a. Se sim, por qual falso deus você foi enganado?
__Baal
__O dólar
__A esquerda liberal
__A direita radical
__Amon-Ra
__Bill Gates
__O Santo Daime
__O Grande Espírito
__A Grande Abóbora
__O Sol
__A Lua
__A Força
__Tiazinha
__Elvis
__Um baseado
__Um psiquiatra
__Outro (especifique): ____________

6. Você tem alguma fonte auxiliar de inspiração? Se sim, qual:
__Tarô
__Loteria
__Astrologia
__Televisão
__Mãe de Santo
__Quiromancia
__Revista Playboy
__Livros de auto-ajuda
__Sexo, drogas & rock'n'roll
__Biorritmo
__Álcool
__Maconha
__MST
__Folhas de Chá
__Amway
__Terapia
__AOL
__Mantras
__Cristais
__Gnomos
__Paulo Coelho
__Pirâmides
__Outro (especifique): ____________

7. Deus emprega um grau limitado de intervenção divina para assegurar a eficiência, comodidade e qualidade de seus serviços. Você acha que deveria haver alguma alteração no grau de intervenção?
__É necessário mais intervenção
__É necessário menos intervenção
__O nível atual de intervenção está legal
__Não sei
__O que é intervenção divina?

8. Deus trabalha para que seja mantido um nivel equilibrado de desastres e milagres no mundo. Por favor dê uma nota de 1 a 5 para a qualidade da manipulação dos seguintes fatores:
a. Desastres:
1 2 3 4 5 inundação
1 2 3 4 5 escassez
1 2 3 4 5 terremoto
1 2 3 4 5 guerras & holocaustos
1 2 3 4 5 Windows
1 2 3 4 5 spam
1 2 3 4 5 sarneys
b. Milagres:
1 2 3 4 5 salvamentos
1 2 3 4 5 Giselle Bundchen
1 2 3 4 5 estrelas que pairam sobre cidades minúsculas
1 2 3 4 5 Brad Pitt
1 2 3 4 5 Mega sena
1 2 3 4 5 coincidências de qualquer tipo
1 2 3 4 5 conexões rápidas e estáveis

9. Eventualmente Deus disponibiliza os nomes e endereços de seus seguidores e devotos para que seus representantes providenciem serviços de qualidade e intercessões performáticas. Você estaria interessado em receber gratuitamente um resumo das ofertas listadas?
__Sim, por favor inunde-me com seus devotos para o bem da minha alma
__Não, eu não quero ser aborrecido por fanáticos religiosos querendo tomar o meu dinheiro

10. Você tem qualquer comentário adicional ou sugestões para melhorar a qualidade dos serviços de Deus? (Prencha uma folha adicional, e envie em anexo)

(Recebi isso da Laura, que recebeu isso da Lilian; não é o máximo?!)





27.3.02


Dica de site


Cuidado: este coelho doido agarra o cursor do mouse e não larga mais, só se você conseguir derrubá-lo. Mesmo assim, atenção, porque ele fica de olho, e ataca novamente à menor bobeada sua! Quem achou esta maluquice foi, claro, o Eduardo Stuart, especialista em descobrir coisas divertidas.






Ponto sem nó

Andam confusas, para dizer o mínimo, as coisas lá no no-ponto-com, a melhor publicação on-line que já apareceu neste país -- e, pelo menos para esta leitora, uma das melhores publicações brasileiras de todos os tempos, ponto. Dentro ou fora da rede.

Vejam o que eles dizem:

O que será de nós?

Leitores nos tem endereçado mensagens com perguntas sobre o futuro de no.. Muitos pedem notas explicativas. Como temos o hábito de só escrever a respeito do que achamos que sabemos, não temos o que dizer. Quando tivermos, os leitores saberão imediatamente.







MP3

Meninos, vocês têm passeado lá pros lados do WinMX? Tá bom que tá... mas sejam bonzinhos, por favor, e não baixem músicas do Metallica ou do Dr. Dre. Eles não merecem.

Aliás, este é um assunto a respeito do qual já estou precisando falar novamente. Há coisas interessantes na área; a morte do Napster foi decretada na segunda (grande coisa; ele já estava morto há tempos -- agora é um sistema do sistema) e, surpreendentemente, um juiz federal americano pediu às gravadoras que provem que detém legalmente o copyright de tudo o que dizem lhes pertencer. Vou escrever sobre isso em breve, prometo -- mas é que o meu dia está curto demais, tem só 24 horas, e elas estão sendo mais ou menos insuficientes pra que eu dê conta do recado todo; ainda mais com tanta música pra baixar...






Por falar em gato...


(Um achado da Nancy)





26.3.02


Especial pra quem veio lá das Parabólicas:



Adendo, em 27.03.02, madrugada: Ontem, quando voltei para casa, tarde da noite, encontrei a minha gatinha branca queridinha no portão do prédio, como de costume. Mas, desta vez, ela não veio fazer festa pra mim; estava muito entretida com alguma coisa.

Fui lá ver o que era e... YIKES!!!... era uma rolinha, que ela caçou, e estava DEVORANDO. É, a palavra é essa: já tinha comido a cabeça e estava dando conta do resto. Ela olhou pra mim, fez um miau de reconhecimento, e continuou às voltas com a refeição.

Fiquei em estado de choque. Eu gosto muito de pássaros, também, e não gosto de ver essas cenas tipo Planeta Selvagem ao vivo (ou, digamos, meio ao vivo/meio ao morto); aliás, não gosto de ver nem no Animal Planet. Acho lindo quando ela caça ratos -- embora eu não assista às execuções -- mas passarinhos, francamente...

Por outro lado, é verdade que eu como frango assado na maior, e adoro arroz de pato... *sigh*








Flo, a Gata

Para quem se amarrou na história de Frank, o Gato, informo: ele não é o único felino a se tornar web-celebridade ao ajudar um bípede a testar sistemas. Uma outra gatinha, Flo, trabalha testando os algoritmos de reconhecimento de imagem desenvolvidos por seu companheiro Boris, da Quantum Picture. A história de Flo, porém, não é tão dramática quanto a de Frank, que quase morreu atropelado antes de ir parar na gaiola vigiada pelas webcams que o tornaram famoso. O problema de Flo (na verdade, o problema dos seus bípedes) é que Flo, como todo gato que entra e sai de casa, tinha mania de trazer ratos e pássaros agonizantes para a sala, de presente para a família. Suas intenções eram as melhores possíveis, mas não foram bem compreendidas. (Reparem nesse focinho pintado dela, que coisa mais bonitinha...!)

Solução? Desenvolver um algoritmo que soubesse distinguir, pelo perfil de Flo, se ela estava voltando sozinha ou trazendo alguma coisa na boca; e instalar uma tranca, controlada por este algoritmo, na portinhola que ela usa nas suas idas e vindas. Parece complicado... e é mesmo! Mas é, também, extremamente engenhoso.



A teoria:

Uma imagem é composta por um determinado número de atributos: num rosto, por exemplo, a gente pode distinguir, e descrever, formato, nariz, orelhas, olhos, boca, sobrancelhas... por aí vai. O desafio é fazer com que um algoritmo seja capaz de identificar esses atributos, de forma que, numa pesquisa na web, ao "mostrar" um rosto para a máquina de busca, ela possa encontrar todas as fotos em que aquele rosto aparece na rede.

A prática:

Uma câmera instalada do lado de fora da portinhola, conectada a um computador, observa constantemente um espelho iluminado. Quando Flo aparece, a imagem escurece. Se os contornos desta área escurecida correspondem aos parâmetros definidos no algoritmo, o computador destrava a portinhola e Flo entra; o sistema tem cerca de um segundo -- tempo transcorrido entre o momento em que ela passa diante do espelho até chegar à portinhola -- para processar tudo isso. Quando os contornos estão alterados, ou seja, quando há obviamente alguma coisa não identificada na boca de Flo, o computador não destrava a portinhola. Ela então faz duas ou três tentativas de entrar em casa, fracassa e, para alívio geral, vai terminar a matança longe da família e das visitas.

No website da Quantum Picture, tudo está explicado em detalhes -- fascinantes, por sinal. Tecnologicamente, tudo faz sentido, funciona às mil maravilhas e está descrito de forma perfeitamente compreensível. Saí de lá com a sensação de ter visto algo genial na sua paradoxal complexidade/simplicidade. É óbvio que este é um sistema que está, sem trocadilhos, engatinhando, mas tem um futuro brilhante em mil diferentes aplicações.

Minha única dúvida não satisfeita não tem a nada a ver com tecnologia, mas sim com comportamento animal. Com o tempo, Flo vai perceber que, cada vez que traz um bicho pra casa, não consegue entrar; e logo estará deixando de trazer as suas vítimas para compartilhar com a família. Pelo que percebi no site da Quantum, já há outros gatos na jogada (Squirrel e Ellipse). A pergunta (que, aliás, já encaminhei ao Boris) é: quanto tempo um gato leva para perceber o jogo do sistema? E de quantos auxiliares quadrúpedes ele ainda vai precisar para deixar pelo menos este sistema em ponto de bala?

Visitem a Quantum. É um lugar interessantíssimo, cheio de boas fotos e informações.





25.3.02


(Achei no Claudio)







(Laerte, é claro)






Um homem chega no bar, depois de um dia exaustivo de trabalho e muitos aborrecimentos. Pede uma cerveja e desabafa:
-- Todos os advogados são idiotas.
-- Peralá, disse outro, vamos com calma. Assim você me ofende...
-- Por que, o senhor é advogado?
-- Não, sou idiota.

Capturei essa lá na Marina. Como ela, repito: nada pessoal... :-)






Paisagens Mineiras



No post em que recomendo o texto do Marcos Sá Corrêa (que recomendo novamente), prometi falar mais a respeito da imagem que usei como ilustração. Ela é irmã desta que aqui está; e ambas fazem parte de Paisagens Mineiras, belíssimo conjunto de aquarelas de Mário Zavagli, feito à maneira de antigos viajantes que retrataram o Brasil, como Thomas Ender (1793-1875), Frans Post (1612-1680), Albert Eckhout (1610-1664).

Eu nunca tinha ouvido falar em Mário Zavagli até encontrar na redação, um dia desses, um catálogo da exposição, que fica em cartaz no Instituto Moreira Salles de amanhã (26 de março, para os mais distraídos) a 16 de junho. Fiquei deslumbrada com a obra deste mineiro de Guaxupé, que nasceu em 1956 e que, até hoje, continua em Minas, onde é professor de pintura e desenho na Escola de Belas Artes da UFMG.

Tudo o que eu posso dizer é: que sorte têm esses alunos...!






Oscar

Do que gostei:

1) Do Woody Allen e do clip sobre NY feito por Nora Ephron;
2) Dos homenageados, sobretudo Robert Redford, que deu lugar a uma nova estética com Sundance;
3) Do Auditório Kodak;
4) Do show do Cirque du Soleil;
5) Do vestido da Cameron Diaz;
6) Do vestido da Nicole Kidman -- aliás, há algo para não se gostar em Nicole Kidman?
7) Do Oscar para Halle Berry;
8) Do Oscar para For the Birds;
9) Do Oscar para Terra de Ninguém;
10) Da Whoopi Goldberg. Ela fez algumas piadas ótimas. Ri demais com a da Sharon Stone ("Que mulher no mundo não gostaria de deixar o marido trancado numa jaula com um dragão de Comodo?").

Do que não gostei:

1) Da entrada da Whoopi Goldberg, fazendo o ato da saracura louca;
2) Do Oscar de alguma coisa para Pearl Harbor -- este é um filme que já devia ter caído em esquecimento;
3) Do momento de silêncio pelas vítimas de 11 de setembro, completa mistura de alhos com bugalhos;
4) Das patriotadas dos vencedores dos Oscars (som e montagem) de Falcão Negro em Perigo (idem);
5) De não haver um só trechinho de Rachel Portman na colcha de trilhas sonoras (é dela a música de Chocolat, por exemplo, e de Regras da Vida);
6) Do Tom Cruise (detesto Tom Cruise -- ideologicamente);
7) Do Ron Howard ganhar o Oscar que devia ter sido de Robert Altman;
8) Do começo do discurso da Halle Berry. Pensei: Oh não, Gwyneth Paltrow II, a Missão!!! (Depois melhorou, e ficou até bonito);
9) Do vestido da Gwyneth Paltrow;
10) Do cabelo da Jennifer Lopez -- aliás: há algo para se gostar em Jennifer Lopez? (Não, rapazes, esta é apenas uma pergunta retórica, não precisam responder).





24.3.02


Ache os bichos:



(Presente do Rogério)






VitriBlog

A turma do Vitrine está com um blog novo (bem, quase novo -- é que eu ainda não tinha visto) na praça. Muito legal! E, claro, já mega-hit das paradas, com aquele auxílio luxuoso das ondas da TV Cultura: quando fui entrevistada por eles, os contadores deste internETC. dispararam que foi uma beleza!

O Marcelo Tas, aliás, pergunta, e talvez algum de vocês saiba responder (eu não faço idéia):

Alguém aí no "saiber-ispeice" sabe me dizer se existe no mundo outro programa de TV que tem um blog? Será que só a gente teve esta idéia?






Emergência felina no Rio!

O Álvaro, que volta e meia tem lindos gatinhos, avisa: está com quatro filhotes em casa, duas fêmeas branquinhas e dois machos, um todo preto e outro tigrado. Se alguém estiver precisando de gatos, é só falar com ele...






Delicadeza



E, mais uma vez, estou em São Paulo, teclando da máquina da Fafá -- que, fazendo jus ao nome, está em Belém. A Mariana, porém, está aqui -- e a Lucy também que, lá do sofá, fica me olhando daquele jeito gozado dela, como se estivesse perguntando a que horas, afinal de contas, vamos dormir?!

Os gatos lá de casa já estão acostumados com os meus hábitos noturnos, mas a Lucy (apesar de morar com a Fafá!) ainda estranha um pouco.

Vim num pé e volto no outro, só para ver o espetáculo (ou show? ou apresentação?) que a Fernanda Montenegro faz no CCBB daqui (atenção, turma de Sampa!). Maravilhoso -- para variar: é a Fernanda, pois não? -- mas difícil de enquadrar dentro do que a gente está acostumada a ver. O show (ou apresentação? ou espetáculo?) chama-se Encontro com Fernanda, e é exatamente isso, um encontro com Fernanda, despida de qualquer personagem, exceto a maior e melhor de todas, que é ela própria.

O tema é a delicadeza, assunto de que entende como pouca gente: Fernanda é extremamente delicada, no melhor sentido da palavra, uma das pessoas mais WYSIWYG que conheço. Fala da sua experiência, lê textos de Clarice Lispector, Hilda Hilst, Cornélio Pena e Simone de Beauvoir, e conversa com a platéia do pequeno teatro. No misto de entrevista coletiva e terapia de grupo, a participação e as perguntas do público são às vezes estranhas e muito interessantes.

É curioso que, com qualquer outra pessoa no palco, este é o tipo de coisa que me causaria pavor, porque pode ser facilmente dominada pelo eterno chato de plantão ou, eventualmente, não terminar nunca. Fernanda, porém, tem um jeito gozado, ao mesmo tempo severo e terno, de pôr o ponto final na história.

Adorei.

Aliás, adorei toda esta minha aventura paulista, do embarque no Rio -- onde encontrei com Chico e Eliana, esbarrei no Augusto Nunes quase perdendo o avião dele e ainda vim ao lado do meu amigo Jefferson Lessa, o Jeff (um dos editores da Rio Show) -- à ida para o CCBB, passando pelo velho Centro de SP, deserto e estranhamente iluminado na noite de sábado, e ao nosso jantar num árabe ótimo onde, inteiramente de surpresa, apareceram Fernandinha Torres e o Andrucha, com um monte de amigos com quem tinham acabado de demolir um Maverick, na Bienal, numa instalação que vai virar curta da Conspiração.

Pode ser muito divertida, São Paulo.

Adendo, às 20h30: Depois do toró habitual que atrasou a Ponte uma meia hora, aqui estou, sã e salva. A espera foi ótima, porque encontrei com o Márcio Montarroyos, que tinha ido tocar em Sampa, e ficamos no maior papo. Ele acaba de tirar carteira de Arrais Amador: achei chique demais, Arrais Amador.

Começo a descobrir que as salas de embarque do Stos Dumont e do Congonhas, no fim de semana, são ótimos lugares pra se encontrar os amigos; pra mim, que só vou a SP a trabalho, essas duas últimas idas foram, de fato, viagens.

Ótimas viagens!






O horror, o horror

Todo mundo sabe que um conto puxa outro; com casos de horror não é diferente. Depois do apavorante relato do Ricardo Abude E. Silva sobre sua detenção em Los Angeles, aparece uma nova história de maus-tratos sofridos por brasileiros (no caso brasileiras) nos Estados Unidos. Transcrevo a carta tal como a recebi, com pequenas correções editoriais. É importante esclarecer que, ao contrário do que faria no jornal, não verifiquei pessoalmente os fatos; considerando, porém, a quantidade de casos semelhantes que me têm chegado ao conhecimento, não tenho por que duvidar deles.

"Meu nome é Roberta Damasceno, sou curitibana e tenho 26 anos. Assim como Ricardo A. E. Silva, eu também fui deportada quando viajei a passeio para Nova York, no dia 28 de janeiro. Fiquei 14 horas presa numa casa de detenção para imigrantes, também numa cela de 2x2. Lá havia imigrantes do mundo inteiro. Não tive direito a dar um telefonema.

Fui interrogada e torturada psicologicamente por três horas. Ouvia comentários racistas e arrogantes sobre brasileiros. Sendo mulher, fui submetida a comentários obscenos e a um exame médico detalhadíssimo. Não comi nada o dia todo e, além do mais, confiscaram todos os meus pertences, me fazendo trocar a roupa por um uniforme de presidiária.

Passei pela pior das humilhações de minha vida. Fui carregada junto com outra brasileira de Vitória (companheira de cela) pelo saguão do aeroporto. algemada com uma corrente que envolvia meus pés, cintura e mãos. Na hora de embarcar, ficamos sentadas na sala de espera do aeroporto por mais ou menos uma hora esperando o nosso vôo, ainda algemadas e acompanhadas de dois agentes da imigração, armados. Enquanto isso, todos nos miravam como se fossemos terroristas ou qualquer outra coisa do gênero.

Foi a pior experiência da minha vida. Tive um tratamento que não se é dado nem ao pior dos bandidos. Eu estava indo a passeio! No Brasil tenho poder aquisitivo razoável, sou Estilista de Moda e nunca imaginei passar por tal experiência, presa, interrogada, tratada como bicho. Eles alegaram que eu estava indo para residir nos Estados Unidos.

Eu já havia visitado amigos e familiares lá fora, mas nunca fui submetida a tal interrogatório. Após três dias de pesadelo, entre 20 horas de vôo e 14 de cárcere, já no Brasil, tive que ir diretamente à Polícia Federal do aeroporto de Guarulhos (São Paulo). Tive que assinar uma declaração de deportação. Quer dizer, até no meu próprio país fiquei fichada. Na Polícia Federal fiquei sabendo que diariamente cinco brasileiros, em média, são deportados dos Estados Unidos. São inúmeros os casos. Inclusive o de um casal que foi deportado quando viajava em lua-de-mel.

Agora eu queria saber se nós brasileiros seríamos capazes de tratá-los com tanta crueldade. Sub-raça!?

Não sou anti-americana, mas não posso negar a antipatia que tomei por aquele país e, principalmente, por seus dirigentes, após ter vivido na pele o que vivi. Não aconselho nenhun brasileiro a ir gastar seus dólares nos Estados Unidos. Sinto muito por nós brasileiros, e por toda a América Latina, por estarmos sendo controlados economicamente por essa nação de racistas e arrogantes. Eles podem até ser líderes economicos mundiais, mas não deixam de estar longe de ser um povo humano e solidário.

Sinto pena deles..."

Confesso que, diante de relatos como o do Ricardo ou o da Roberta, não é bem pena o que sinto dessa gente. É nojo, mesmo.





23.3.02



Mais um gato, mais um teste...

Que tag de HTML eu seria? Fiz o teste, e deu Font: You're the FONT tag -- some people ignore you, some people adore you. When you like someone, you like them a lot, but when you don't like them -- watch out. Hmmm... achei meio radical, também não é tanto assim... MAS o mais interessante é que peguei este teste, sabem onde? no Mario AV, cujo blog está, literalmente, uma viagem: não deixem de passar por , está lindo mesmo.

Aproveito para informar, aliás, que o referido Mario não apenas se rendeu aos testes, como também aos gatos: vide exemplo acima.

E, tendo postado essa gracinha, só me resta dar boa noite e ir dormir, desejando a todos um ótimo fim-de-semana.







Notícias do bom Brasil

Eu sei, está ficando monótono: cada vez que ele escreve lá, eu planto um post aqui -- mas o que é que vou fazer diante de tal show de bola?! Mais uma vez, Marcos Sá Corrêa tem que ser lido: ele fala de um Brasil do bem, que não tem nada a ver com essa nojeira geral que a televisão nos empurra goela abaixo, entre Big Brothers e Sarneys, fêmeas ou machos. Para quem desconfia que há um país melhor do que o que nos vem sendo mostrado, a prova está aqui.

(Da ilustração lá de cima eu falo depois: taí outra parada imperdível...)






UAAAUUUUUUUUU!!!

Como dar uma volta de montanha russa sem sair do lugar, daí mesmo, onde você está? Simples: clique aqui, e vá rolando a tela devagarinho. Não é o máximo? Grande idéia, Renato! :-)





22.3.02


Frank the Cat



Vocês, que ainda estão gastando o seu precioso tempo assistindo Casa dos Artistas e Big Brother, não sabem o que estão perdendo... Bom de ver, mesmo, tem sido o Cat Hospital, onde Frank, o Gato, está -- finalmente! -- se recuperando às mil maravilhas das suas fraturas.

Como... vocês não sabem quem é Frank, o Gato? Céus, mas em que internet vocês vivem?! Frank, um lindo SRD acinzentado, tem sido a maior celebridade felina da web desde que foi atropelado, no dia 29 de janeiro, perto de Cambridge, na Inglaterra; salvou-se graças a um casal que passava de carro e viu um estranho animal se arrastando pela estrada. Pois era ele, com a bacia quebrada, tentando voltar para casa. As fraturas eram complicadas, e o prognóstico não era bom: mas Frank foi operado, e todo mundo ficou torcendo pela sua recuperação.

A sua meteórica ascenção como web-celebridade, porém, só aconteceu dez dias depois, quando pode voltar para casa e seu bípede David Donnan resolveu testar uns programas que desenvolvia instalando duas webcams numa gaiola, onde Frank passava a maior parte do tempo dormindo. Donnan é um bípede da melhor qualidade e um excelente webdesigner. Cheio de informações sobre Frank -- de seus hábitos alimentares aos raios-x das suas fraturas --, com updates freqüentes e interessantes, o Cat Hospital virou uma dessas coqueluches tão comuns na rede.

Frank, o Gato, passou a receber milhares de visitantes diariamente: há cerca de dez dias, a marca dos 250 mil já havia sido batida. Cartões desejando-lhe pronto restabelecimento inundam a sua mailbox, assim como retratos de gatos que o cumprimentam através dos seus respectivos bípedes. Ele foi matéria na BBC, na Wired, no Washington Post, no Guardian e em jornais cujos nomes a gente nem sabe pronunciar; apareceu na televisão, e virou assunto para emissoras de rádio no mundo inteiro.

No começo, confesso, eu detestava o site. É que estava me afeiçoando ao Frank e, sinceramente, ele não parecia melhorar NUNCA! Sempre que eu ia lá dar uma espiada ele estava dormindo.

Tá, eu sei: ele é um gato, e gatos dormem 28 horas por dia. Mas era preocupante. Só passei a gostar mesmo quando as webcams começaram a mostrar ele acordado, se lambendo, brincando com as coisinhas que punham na gaiola.

Hoje Frank, o Gato está quase bom, e passa boa parte do dia andando pela casa. A celebridade não o afetou em nada: segundo Donnan, ele continua sendo o felino amável e gentil que sempre foi. Ainda agora, dei um pulinho lá para capturar aquela imagem lá de cima para vocês. Havia outros 364 desocupados no site, conferindo a saúde do quadrupinho...





21.3.02


Trinta horas de terror em Los Angeles


Mais uma que eu roubo do Cat... A Meg tinha me mandado um email apontando para este relatório na própria sexta, mas a vossa blogueira, afogada que estava entre os livros que debalde tentava arrumar, separou o link num cantinho onde ele prontamente sumiu. A ineternet, felizmente, também escreve certo por linhas tortas... Hoje já temos, enfim, um diplomata brasileiro correndo atrás do caso (não que adiante muito: desde quando eles dão bola pra quem quer que seja?!) mas, sobretudo, vocês pegam um caprichadésimo texto da lavra do Cat, ficam bem informados e eu... bom, eu, meninos, vou ao supermercado, de carro, ali na esquina, comprar o que não havia na Casa Nelson...

No dia 25 de fevereiro passado, o engenheiro Ricardo Abude E. Silva passou por um sufoco medonho ao tentar entrar legalmente nos Estados Unidos pelo aeroporto de Los Angeles. Visto e papelada OK, foi maltratado, ameaçado de agressão e confinado num cubículo. Em seguida, foi transferido para uma saleta fétida e já apinhada com cerca de 20 pessoas detidas nas mesmas condições. Ficou preso por 30 horas. Sem receber nenhuma explicação sobre o motivo de sua detenção, foi coagido a assinar um documento cancelando seu visto e metido num vôo de volta. Caso não tivesse assinado, teria sido mantido preso por tempo indeterminado.

Uma cópia do estarrecedor relato detalhado do incidente, escrito pelo próprio Ricardo, chegou ao conhecimento do consulado brasileiro em Los Angeles na sexta-feira passada. Após checar a veracidade, o embaixador José Vicente Pimentel marcou para hoje, dia 21, uma reunião com o pessoal da imigração no aeroporto, de modo a obter esclarecimentos.

Se há alguma ordem oficial americana no sentido de agigantar ainda mais a antipatia que o Governo daquele país desperta em muitos povos, então temos aqui um exemplo ímpar, dado pelo setor de imigração em Los Angeles, de imaculada competência no cumprimento de uma determinação superior.
(Carlos Alberto Teixeira)






Dica de site


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e-commerce à brasileira



Há simplesmente duas horas (é, isso mesmo: DUAS horas) estou tentando fazer aquela coisa moderna, simples e rápida: compras de supermercado pela internet. Excesso de escolha? Indecisão diante das mil opções da sociedade de consumo? Conexão lenta? Pois sim! Simplesmente não consigo passar das telas de abertura de nenhum dos dois supermercados online que freqüento -- e, estranhamente, pelo mesmo motivo. Os dois mudaram de interface e de sistema e, nessa, as senhas dançaram. "Esqueceu sua senha?", pergunta, solícito, o Pão de Açúcar. "Clique aqui!".

Ato contínuo, aparece uma janela para digitar-se o email, após o que, em tese, a senha é enviada para o dito email. Obediente, digito cronai@well.com. A próxima tela diz:

A página a qual você esta tentando acessar esta indisponível neste momento. Por favor, "clique" no botão voltar do seu navegador Internet e tente novamente. Caso ainda necessite de ajuda, entre em contato com nossa Central de Atendimento pelo telefone 0800-906767.

Tá. Esqueço o português de quinta e "clico" (mas por que entre aspas?!) no botão voltar do meu navegador internet e tento novamente. Mesma resposta. Tento uma terceira vez, agora com o email alternativo; idem.

Ah, que diabos, penso com minhas teclas; me cadastro de novo, e pronto. Abre-se, então, um questionário enorme; felizmente, não pediram o CPF da Mamãe, porque isso eu não saberia responder e, a essa hora, ela está dormindo. Mas o resto, pediram -- e eu, pacientemente, preenchi todos os quadrinhos. Claro que precisei voltar atrás duas vezes, porque o número de telefone não pode ser digitado com traço, ao passo que o CEP não pode ser digitado sem. Finalmente, tudo OK, dou ENTER... e sou jogada de volta à página anterior, aquela que pede login e senha. Volto à tela do cadastro onde, felizmente, ainda está tudo o que digitei, e tento de novo por lá: o sistema me informa que já existe um usuário cadastrado com este nome. Grande novidade! Ainda assim, insistente, tento de novo. Mesmo resultado. Tento então ligar para o 0800, onde uma voz mecânica me informa que o horário de atendimento é de seis a meia-noite. Azar o meu, que estou tentando fazer compras às três, quando qualquer ser humano civilizado já tinha que estar na cama.

Nisso, surprise!, chega um email do Amélia (o site-mãe do Pão de Açúcar). O por quê da demora de um processo supostamente automático, nem desconfio. Mas ele traz boas notícias:

Olá, Cora Ronai,

Atendendo à sua solicitação, aqui está sua senha: 321247.

Obrigado por comprar no www.paodeacucar.com.br. Se você precisar entrar em contato conosco, escreva para falecom@amelia.com.br e continue nos visitando no endereço www.paodeacucar.com.br.


Toda feliz, pego o número, vou para o Pão de Açúcar, e o que acontece?

O nome e/ou senha digitados estão incorretos. Por favor tentar novamente.

Eu, idiota que sou, tento. E tento.

Nisso, chega um outro email do Amélia, com uma senha diferente. Minhas esperanças se reacendem. Recorto o novo número... mas qual. Eles não querem mesmo saber de mim, e resolvo ir pro Zona Sul que, afinal, sempre me serviu tão bem, e que agora está todo esperto, com abertura em Flash e o escambau. Digito o meu login e a minha senha e...

Acesso Inválido, verifique seu Login e Senha e tente novamente.

Tentar novamente?! Sem chance, agora sou uma mulher escolada, e vou direto pro Esqueci minha senha. Aqui é diferente, eles são sérios, pedem o meu CPF. Digito cuidadosamente, número por número.

Seu email não foi encontrado. Por favor, entre em contato conosco pelo telefone 0800-237070 ou 563-2727. Você pode ainda utilizar o fale conosco em nosso site.

Como sou de internet e não de telefone, tento, é claro, o tal Fale Conosco. Abre-se uma janelinha que me diz o seguinte:

Error Diagnostic Information
An error has occurred.
HTTP/1.0 404 Object Not Found


O 563-2727 está ocupado. Vou tentar o 0800. De qualquer forma, já são 5h32, e daqui a pouquinho o 0800 do Pão de Açúcar entra no ar. Se não entrar... bom, aí eu vou dormir, deixo um dinheiro e um bilhete pra Miriam, que assim que acordar liga pro armazém da esquina (vulgo Casa Nelson) e, em meia hora, um rapaz estará aqui, lépido e fagueiro, com tudo o que precisamos.

Depois o pessoal reclama que brasileiro é desconfiado e não tem audácia pra se aventurar pelo comércio eletrônico.

Então tá, né?






Tutty Vasquez comenta o verão: imperdível!






19.3.02


Jogos de guerra







As fotos acima foram feitas pela Flávia Faustini. Na última, o céu estava totalmente negro; resolvi "puxar" a luminosidade ao máximo para ver a extensão da fumaça brilhante, e nisso achei ainda um pouco das luzes. Preferi deixar assim, achei mais... esquisito, sei lá.

Agora, a explicação para as fotos: como vocês sabem, este blog, que é muito chique, tem mais correspondentes estrangeiros do que muito jornal de respeito. Pois vejam só o que acaba de chegar, direto de Los Angeles, enviado pela Flávia Faustini:


Seguem umas fotos tiradas na última sexta-feira, 15 de março, da janela do meu apartamento em West LA. Eram mais ou menos umas seis da tarde e eu estava andando na rua. O sol estava se pondo, e não tinha nuvens no céu. Inicialmente, eu vi um "rastro de avião" estranhíssimo, que parecia brilhar por conta própria, sem refletir a luz do sol. Esse risco no céu começou a ficar parecido com um eletrocardiograma, e ainda brilhando sozinho. À medida que o tempo foi passando, o céu foi ficando mais escuro, e ele foi se "enrolando", como se fosse um barbante que você deixa cair no chão, e criou uns reflexos nas cores do arco-íris. Na hora eu me lembrei de fotos que eu vi de auroras boreais. No entanto, eu sabia que isso era impossível de estar acontecendo em Los Angeles!

O detalhe é que junto com tudo isso, ainda havia uma luz que parecia um farol de avião (o que aqui no meu bairro é extremamente comum, por causa do aeroporto de Santa Mônica, onde descem dezenas de jatinhos e aviõezinhos pequenos por minuto), só que era uma luz "soft", ao contrário de quando você olha pra uma lâmpada brilhante e vê uma luz "dura". Repito: NÃO tinha nuvens no céu! Isso durou poucos segundos, e a luz simplesmente "fechou" o seu espectro e se apagou.

Pena que nas fotos eu não peguei a tal "luz", só as "nuvens" -- quando entrei em casa, elas ainda estavam lá, e eu consegui fotografar da janela. Repare como as demais nuvens estão escuras na foto em que o céu ainda está claro, e como a "fumaça" continua brilhando sozinha, mesmo com o céu escuro.

Esse tipo de fenômeno mexe com a imaginação da gente. Mas, infelizmente, achei a explicação para o ocorrido: foi um teste militar de míssil de defesa. É o Tio Bullsh mostrando a grossura do arsenal dele (com licença freudiana).

Onde mais no mundo eu poderia ver um negócio desses?!
(Flávia Faustini)

Hmmm... breve, no Iraque?






Unindo o inútil ao agradável

Esta eu roubei, descaradamente, do gentil coleguinha Nelson Vasconcelos, lá nas Parabólicas:

Não dá para contestar que esta curiosa historinha tem a ver com a Nova Economia. Tem circulado pela rede:

1. Se você tivesse comprado, em janeiro de 2000, US$ 1 mil em ações da Nortel Networks, um dos gigantes da área de telecomunicações, hoje teria US$ 59.

2. Se você tivesse comprado, em janeiro de 2000, US$ 1 mil em ações da Lucent, outro gigante da área de telecomunicações, hoje teria US$ 79 -- se tanto, se tanto.

3. Agora, se você tivesse comprado, em janeiro de 2000, US$ 1 mil em Skol (em cerveja, não em ações), tivesse bebido tudo e vendido as latinhas vazias, hoje teria US$ 80.

Conclusão: No cenário econômico atual, você perde menos dinheiro ficando parado e bebendo cerveja.
(Nelson Vasconcelos)






Questão de infra

E aqui estamos todos nós, conectados e felizes, clicando a torto e a direito, indo aonde nos levam os links encontrados pelo caminho. Às vezes, mas muito de vez em quando, paramos, ligeiramente embatucados diante da rede: Que coisa espantosa!... e vamos em frente, porque o espanto é uma emoção que foi abolida nas últimas décadas do século passado. Pouca gente quer entender o que está por trás da rede; aliás, pouquíssimas pessoas entendem, de verdade, como funciona a coisa.

Uma delas é o Carlos Affonso, a quem devemos o primeiro ISP brasileiro, o AlterNex. Um dos fundadores do Ibase (com Betinho e Marcos Arruda), ele é um homem a quem admiro e respeito, um brasileiro digno, que sonha por um país melhor e vai em frente e briga por isso. Já tivemos nossas divergências no Pleistoceno, mas devo reconhecer que eu estava (como sempre estive; e ainda estou) numa posição bem mais cômoda do que a dele: eu era uma pedra que insistia em voar em todas as vidraças e, numa época, o AlterNex calhou de ser uma delas. Mas disso se fazem as histórias e, eventualmente, as amizades.

Pois ontem o Carlos Affonso me mandou um documento que preparou para a Fundação Friedrich Ebert: Internet: quem governa a infra-estrutura?. Ele será publicado pela fundação, mas já está disponível online na RITS. Se você quer saber em que pé está a gestão da internet lá fora mas, sobretudo, como anda ela por aqui, prepare a sua impressora e mande ver. O assunto é da maior importância para todos nós, usuários e (ainda) não-usuários, e está admiravelmente bem explicado pelo Carlos Affonso. Devia ser leitura obrigatória nas faculdades de informática.

Eu concordo inteiramente com ele em relação à Fapesp e ao Comitê Gestor: falta transparência a ambos, sobretudo no que diz respeito aos recursos arrecadados pela Fapesp com o registro de domínios. Por outro lado acho que, de alguma maneira. ainda conseguimos (milagre!) criar aqui no Brasil uma estrutura menos esculhambada do que a americana, talvez até pelo nosso apego congênito à burocracia.

Nos EUA, qualquer um se registra com o domínio que bem entender, com as óbvias exceções de mil, gov e edu. Aqui, registrar uma org.br é coisa complicada; e se alguém quiser ser um com.br deve ser pessoa jurídica, com firma registrada, CGC e tudo o mais.

(Eu, que sou uma simples pessoa física, não posso, por exemplo, ser coraronai.com.br; volto a isso logo mais).

A nossa é, certamente, uma forma mais civilizada de distribuir domínios, e tem dado conta, um pouco melhor, da complicadíssima questão dos cyber-squatters, isto é, do pessoal que sai registrando tudo o que é nome que vê pela frente para depois vender pelo que conseguir na praça: cyber.cambistas.com.

O problema do sistema é, justamente, o de casos como o meu. Não é segredo para ninguém que este é um país recordista em economia informal, digamos assim; e, até segunda ordem, o nosso domínio clássico ainda é o com.br. Inúmeras empresinhas de fundo de quintal, que não têm CGC mas precisam da internet para tocar os seus negócios, acabam se registrando nos Estados Unidos, e virando ponto.coms; e inúmeros brasileiros que gostariam de ser fulanosdosanzóis.com.br são obrigados a optar por domínios que os definem profissionalmente (como bio, eng, med, mus) mas que, possivelmente, ainda vão demorar a pegar.

Ou alguém acha alguma graça em www.coraronai.jor.br?!








(Agradecimentos ao Cat)





18.3.02


A garota da capa



Sharbat Gula não sabe quantos anos tem. Devia ter uns seis quando seus pais foram mortos pelos soviéticos, e uns doze quando foi fotografada em 1984, num campo de refugiados afegães no Paquistão, por Steve McCurry, da National Geographic. Hoje terá no máximo 30.

Durante todo esse tempo, nem lhe passou pela cabeça que pudesse ser um dos rostos mais conhecidos do planeta. Escondida por trás de uma burka, mudando de um campo de refugiados para outro, Sharbat Gula está mais preocupada em sobreviver -- sua principal atividade, junto com o marido e as três filhas, numa aldeia perdida perto das montanhas de Tora Bora.

Depois de circular na capa da National Geographic de junho de 1985, a foto de Sharbat Gula foi reproduzida pelo mundo inteiro, em cartazes, pins, tatuagens e até tapetes. Há pouco tempo voltou a ser mais uma capa da National Geographic, desta vez num livro lançado pela revista com cem das melhores fotos publicadas em suas páginas.

Ela estará novamente na capa, na próxima edição de abril, ilustrando a reportagem que conta como Steve McCurry conseguiu reencontrá-la. Desta vez, no lugar da menina assustada, quem estará nos olhando de todas as bancas será a mulher castigada pelo tempo, e por uma guerra que não acaba nunca.





17.3.02


Time waits for no one

Estou eu aqui a arrumar os livros no escritório, quando resolvo ligar a televisão para ver se há algum aditivo no ar pra ajudar na tarefa; clic nada clic nada clic nada clic... peraí, que esquisito... um senhor de meia idade, muito bem arrumado, completamente chocho, cantando para uma platéia gigantesca, nórdica, ainda mais arrumada e chocha do que ele, cuja idade média deve andar aí pelos 70; todos empolgadíssimos, quer dizer: batendo palmas, e quando a câmera dá closes, vê-se que estão na maior pilha, porque dão aqueles sorrisinhos cúmplices uns pros outros, tipo "Uau, que balada!" Um ou outro, mais atirado, até sacode os ombros.

O artista é... putz! ... Paul McCartney! O espetáculo é, descubro, o finzinho de algo chamado Nobel Peace Concert, em homenagem a Kofi Annan e às Nações Unidas. E a platéia é... bem, exatamente a platéia que a Academia Sueca convidaria para tal evento (que acontece, porém, em Oslo, na Noruega). Só há uma palavra para descrever este espetáculo: PATÉTICO.

Vai pra casa, Paul!

Volta, Roger Waters! Por onde andas, Neil Young? Mick... oi, Mick, cadê você?!

(Aviso, mas não digam que eu não avisei, se é que vocês me entendem: há um repeteco daqui a pouco, às 22h30, no canal 38 da Net aqui no Rio.)







TUDO sobre o mouse!
(Dica de João Ubaldo)






A aol.com cresce... encolhendo

Há, em Wall Street, uma ligeira suspeita de que o universo americano de usuários internet por acesso discado, em geral, e a AOL, em particular, bateram com a cabeça no teto. Motivo da suspeita? Cada vez mais gente usa o serviço da aol.com... de graça. Atualmente com 34 milhões de usuários, e cobrando US$ 23,90 por mes, ela só está conseguindo mostrar uma renda, por usuário, entre US$ 17 e US$ 18 mensais.

A matemática por trás desses números não significa, necessariamente, que 30% deles naveguem nas águas plácidas e bem patrulhadas da aol.com de graça -- há sistemas de preço especiais para quem compra certas marcas de computadores, por exemplo -- mas há outros indicadores incômodos no pedaço: os kits que tradicionalmente ofereciam 30 dias gratuitos para os novos usuários hoje oferecem 45 dias; e usuários que cancelam suas contas aol.com têm se surpreendido ao verificar que elas continuam ativas meses depois de supostamente canceladas.

Mais ou menos como aquelas revistas mensais cuja assinatura a gente cancela mas que, ainda assim, continuam fielmente batendo às nossas portas, como cães esfomeados que, uma vez alimentados, não querem ir embora de jeito nenhum. É que, nessa escala, o indivíduo vale mais pelo volume que faz junto com outros indivíduos, e que pode ser usado para seduzir os anunciantes ("temos
um milhão de leitores!"), do que pelo que paga pela assinatura.

A moral da história, em qualquer dos casos, é a mesma: desconfie dos números.





16.3.02


Wish you were here





































14.3.02


Blogs & Imprensa

The weblog revolution just might change journalism for the better. TV talking-heads, beware.

(Jonathan V. Last, Daily Standard)

Não é de hoje que eu venho dizendo isso...






PINK FLOYD RULES!

Crianças, desculpem, mas até amanhã possivelmente não teremos novos posts. Vossa blogueira parte, em algumas horas, para São Paulo, para assistir ao show do Roger Waters: Dapieve assistiu de joelhos, os meus amigos que foram estão arrepiados até agora... e eu vou deixar de ver? NO WAY. Fui.

PS -- Por que estou indo pra Sampa se eles tocaram aqui também? Longa história, depois explico.

PPS -- O PFL pensa que está enganando a quem?! E a Roseana, acha que vamos engolir a sua carinha amuada, a sua indignação ridícula e prepotente, as suas desculpas esfarrapadas e o seu marido ladrão?! Que prático, né, ter um marido pra roubar pela gente...

E, antes que eu me esqueça, e o Sarney?! Vai dizer que não sabia o que estava rolando na familia?! Vai se recolher novamente aos seus latifúndios para se dedicar à literatura, em vez de dizer a que veio, como fez durante o caso ACM X Barbalho?! Como senador, ainda que eleito pelo Amapá, ele é pago (e regiamente pago) com o nosso dinheiro para se manifestar politicamente, não para continuar poluindo livrarias e bibliotecas com o que ele pensa que é literatura.

Eu não estava querendo falar sobre isso: há gente bem mais qualificada do que eu pondo os pingos nos ii. Mas tem hora que a gente não agüenta.

QUE NOJO DESSA CORJA!!!






Cartoon Bank



O Cartoon Bank é uma espécie de agência on-line que o New Yorker criou para vender os trabalhos dos seus colaboradores. Lá você pode comprar gravuras das capas (US$ 350 com moldura, e US$ 250 sem) e dos cartuns (US$ 195 e US$ 125, respectivamente), eventualmente assinados e em edições limitadas (a partir, pelo que andei vendo, de US$ 280, sem moldura); ou partir pro jogo bruto e comprar o original (mas se você não tiver pelo menos US$ 2 mil sobrando, nem pense no assunto; e estou falando dos cartuns, em PB, não das capas...).

(Pobres sofisticados podem se consolar comprando camisetas com seus cartuns favoritos a US$ 30, caríssimo: mais jogo é partir pruma hering básica e pro bom e velho silk screen em produção doméstica, mas cala-te boca, se não vão achar que eu estou estimulando a pirataria.)


O Cartoon Bank, que começou devagar e sem graça, está se transformando numa ótima galeria de arte, talvez a melhor que já encontrei on-line, não só pela interface e pela navegação, mas, sobretudo, pelo conteúdo: de modo geral, acho os cartuns do New Yorker muito bons, e as capas ótimas. Há bastante coisa para se fazer lá de graça, também; apenas folhear as capas já é uma felicidade.

Mas há entrevistas com os desenhistas (e até fotos de alguns deles!), artigos sobre cartuns e caricaturas e, além de tudo, você pode mandar cartões eletrônicos gratuitos: há séries de desenhos nas velhas categorias de sempre (amor, amizade, parabéns, por aí) e uma especialidade da casa -- cartões personalizáveis, em que se podem preencher os claros das legendas de alguns cartuns com o nome de conhecidos. É bem engraçadinho mas, nem preciso dizer, é tudo em inglês.


Outra coisa de que gosto no Cartoon Bank: o usuário pode colecionar os seus cartuns e capas favoritos no seu próprio álbum virtual. Eu adoro isso, porque volta e meia encontro por lá desenhos que não quero perder de vista, e no álbum posso mantê-los todos juntos. Geralmente, são cartuns de gatos... (curiosidade: há 21 páginas de cartuns de gatos contra 38 de cães).

Neste momento, o CB está fazendo uma pesquisa entre os usuários para a próxima tiragem de gravuras especiais das capas. Há 19 capas mais ou menos recentes em exibição, e eles pedem que a gente dê notas para elas. Eu dei 10 para essa aí, de Christoph Niemann, chamada "Prêt-à-Porter"; por acaso, é a da edição que está nas bancas essa semana.





13.3.02


Mostre-me o seu batom e te direi quem és...

A Rossana, do Wumanity, descobriu um teste muito legal! Mas só serve para mulheres (ou, claro, homens que usem batom, mas esses são mais raros, né?). Não é que o meu até que deu certinho?

Sharp-angled, but curved tip

Creative / Enthusiastic / Energetic / Talkative / Loves attention / Falls in love easily / Helpful / Needs schedule, but dislikes one









Boa viagem, Bipe...


Dentro de poucas horas, a Bia volta pros Estados Unidos pra resolver umas pendências, digamos assim. A Meg, que é o ser mais gentil do planeta web, quiça do planeta como um todo, conectado ou não, a cobriu de mimos pelo aniversário, entre os quais essas duas fitinhas do Bonfim. E eu, adaptando uma tradição americana ao nosso jeito brazuca de ser, as amarrei em torno da vela de um dos castiçais aqui de casa (herança do racionamento); elas estão torcendo, pela casa inteira, e pelos amigos todos, para que a Bia vá bem, mas volte melhor ainda.

Aliás: Lula, acho que um toque nos Orixás teus amigos caia bem, você não quer dar uma palavrinha lá?






Pedro, um brasileiro


Quando a gente trabalha num jornal de grande circulação, como é O Globo, e, especialmente, quando a gente trabalha na mesma área há tanto tempo, é normal receber uma quantidade ligeiramente inflacionada de e-mails: alguns simpáticos, outros desaforados, muitos pedindo help... por aí vai. Mais difícil é a gente receber e-mails que mexem mesmo com a gente, como este, do Pedro Gadelha, que mostra como o mundo vai dando as suas voltas. Ele não me mandou a mensagem para publicação, naturalmente, mas acho que não vai ficar chateado se eu dividí-la com um pequeno grupo de amigos (sobretudo considerando-se o PS...).



Cara Cora,

Que rídiculo começar um e-mail assim, parecendo uma brincadeira de fonemas, mas não resistí -- fica bem bonitinho, e para mim você é cara, no sentido mais profundo da palavra que brinca com seu nome.

Eu sou o Pedro Gadelha que escreveu uma matéria de capa pra esse jornal de informática que até hoje é o mais simpático e atual entre tantos, inclusive um que pretendo editar aqui na região onde estou morando atualmente. Lembra daquela matéria sobre fotografia digital quando a Kodak lançou a primeira câmera, a qual eu comprei apesar do meu minúsculo salário de funcionário da fotografia (laboratório) simplesmente pelo fato de ser um deslumbrado com o assunto como sou até hoje? Fiz um paralelo com as câmeras com filme que nem se comparavam com o que existe hoje. Isto foi em 22 de julho de 1996, uma eternidade em matéria de informática.

Pois é, faz tempo mesmo, ao menos pra mim, para quem tanta coisa mudou nesse pequeno espaço de tempo cronológico. Hoje me encontro num segundo casamento, morando no interior do Mato Grosso (interior mesmo, mas tem um provedor ufa!), longe da Cidade Maravilhosa, mas tentando fazer maravilhosa minha vida noutra cidade, e longe do Pedro Gabriel e da Giulia (meus filhotes).

Escrevo agora em meio a uma solidão desurbana (se é que existe essa palavra), perdido no meio do quase nada, mas convicto da importância que a informática teve na minha vida, e nessa importância você tem um espaço todo especial.

O que vem agora é apenas uma historinha, que já está se tornando comum nesse meio.

Conheci a minha atual mulher numa sala de chat, depois icq, depois telefone e finalmente nos vimos pela primeira vez, e aqui estamos, ela uma médica cheia de coragem que quis praticar a verdadeira medicina no interior, depois de pouco mais de um ano nos casamos e cá estamos, longe de todos que amamos, encarando o nomadismo que existe no ser humano, tentando existir e conseguindo, nessa sociedade cosmopolita e pós-industrial, que tem aflorado após a informática ter deixado de ser uma ciência quase oculta.

Pretendo montar nessa pequena cidade chamada Barra do Bugres, que fica a Noroeste de Cuiabá, acredite se quiser, um pequeno Cybercafé, com serviços de informática pra quem não tem micro em casa, e parece, pela receptividade que tenho tido, que talvez dê certo, no mínimo será mais uma viagem desse internauta das antigas.

Estou tendo um recomeço de vida, entrei pra faculdade de informática local, tem um Campus da Universidade Estadual do Mato Grosso aqui, até rasparam minha cabeça num trote, com 40 anos na cara.

Leio o Caderninho, voluptuosamente toda a semana, pela Internet, quase como um vício que me dá um alívio e um pequeno extase, em saber que posso me atualizar tão facilmente, mesmo sem ter o papel jornal a sujar minhas mãos.

Desculpe se escrevi demais, mas é apenas pra parabenizar o caderninho pelos 11 anos de existência e dar um beijinho bem carinhoso no seu ego e na pessoa linda que você é, e pela continuidade da qualidade editorial que você, a Cris (um beijo bem carinhoso pra ela) e toda a G'all'era do caderno conseguem manter mesmo nesse rítmo frenético do Globo.

Agora vou tomar meu café da manhã na rede (daquelas de tecido, que se amarra de uma árvore á outra, lembra?), em baixo do meu pé de mexerica aqui no quintal.

Um grande parabéns para todos....

Pedro Gadelha

PS -- Me responda se puder, receber e-mails aqui é uma dádiva... rs...








(Tutu, especial para a Ruth, a pedido do Mosca)






Como dar um comprimido pro seu gato

Da primeira vez em que li este texto, ele era em inglês, se chamava "How to Give Your Cat a Pill" e tinha dez tópicos. Quase morri de rir. Passaram-se uns dois anos, e agora recebi da Vânia esta versão em português, com quatorze tópicos. Quase morri de rir.

1. Pegue o gato e aninhe-o no braço esquerdo, como se estivesse segurando um bebê. Posicione o dedo indicador e o polegar da mão esquerda em cada canto da boca do gato. Pressione levemente para que ele abra a boca. Tão logo isto aconteça, coloque o comprimido em sua boca. Permita que o gato feche a boca e engula a pílula.

2. Pegue a pílula do chão e o gato de trás do sofá. Encaixe-o no seu braço esquerdo e repita o processo.

3. Apanhe o gato no quarto e jogue fora os restos do comprimido que ficaram grudados no seu cabelo.

4. Pegue um novo comprimido, coloque o gato no braço esquerdo e segure as suas patas traseiras com a mão esquerda. Force-o a abrir a boca e empurre o comprimido até a garganta com o indicador. Feche a sua boca imediatamente e conte até 10 antes de soltá-lo.

5. Tire o comprimido de dentro do aquário antes que envenene os peixes e o gato de cima do guarda-roupa. Peça ajuda a um amigo.

6. Ajoelhe-se no chão com o gato preso firmemente entre os joelhos, segurando suas quatro patas. Ignore os grunhidos emitidos pelo gato. Peça ao amigo que segure com firmeza a cabeça enquanto você abre a boca. Empurre uma espátula de madeira o mais fundo que puder na goela do gato. Deixe o comprimido escorregar pela espátula e esfregue a garganta do bicho vigorosamente.

7. Apanhe o gato que está grudado no trilho da cortina e pegue outro comprimido. Lembre-se de comprar uma nova espátula e remendar a cortina. Cuidadosamente enrole o gato numa toalha de modo que apenas sua cabeça fique de fora. Peça para o amigo mantê-lo assim. Dissolva o comprimido num pouco de água, abra a boca do gato com o auxílio de um lápis e, com o auxílio de um canudinho, sopre o líquido lá dentro.

8. Veja na bula do remédio se ele é nocivo para seres humanos. Beba um pouco de água para se acalmar. Faça um curativo no braço do amigo e limpe o sangue do tapete com água morna e sabão.

9. Busque o gato no vizinho. Pegue um novo comprimido. Bote o gato dentro do armário da cozinha e feche a porta, mantendo apenas a cabeça do gato do lado de fora. Abra sua boca com o auxílio de uma colher de sobremesa. Tente acertar o comprimido na boca do bichinho com o auxílio de um estilingue.

10. Vá até a garagem e apanhe uma chave de fenda para colocar a porta do armário no lugar. Coloque uma compressa fria nos arranhões do seu rosto e cheque quando tomou pela última vez a vacina antitetânica. Jogue a camiseta fora e apanhe outra em seu quarto.

11. Chame o corpo de bombeiros para apanhar o gato do alto da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que se machucou tentando desviar-se do gato. Pegue o último comprimido do frasco.

12. Amarre as patas dianteiras nas traseiras com uma corda do varal e prenda o gato no pé da mesa de jantar. Coloque luvas de jardinagem. Abra a boca do gato com uma pequena chave inglesa. Coloque o comprimido seguido de um pedacinho de filé mignon.

13. Peça ao seu amigo para levá-lo ao pronto socorro mais próximo. Tente tranqüilizar-se enquanto o médico sutura seus dedos e braços e remove partes do comprimido que ficaram encravadas no seu olho direito. Páre na primeira loja de móveis no caminho de casa e encomende uma nova mesa de jantar.

14. Procure um veterinário que faça atendimento a domicílio.

Agora, falando sério: Nunca, mas nunca mesmo, entendi qual é o critério que os laboratórios usam para fabricar comprimidos para gatos! Umas pílulas ENORMES que, como vocês leram acima, eles têm certa relutância em engolir... A impressão que a gente tem é que o povo que faz estes remédios nunca sequer viu um gato de perto. Se há algum farmacêutico na casa, por favor, eu gostaria que este estranho fenômeno nos fosse explicado. Obrigada!





12.3.02


Dia da lembrança

A menos que haja um "Dia do Banqueiro" ou um "Dia do Homem Branco" e eu ainda não esteja sabendo, acho uma empulhação essas efemérides (gostaram?) tipo "Dia da Mulher", "Dia do Índio", "Dia do Jornalista"... tudo uma espécie de cala-boca cívico/social para as categorias, gêneros, espécies, profissões ou que mais divisões a sociedade não esteja tratando como deve -- se é que a "sociedade", essa coisa abstrata, trata alguém, ainda por cima como deve.


A única vantagem que vejo nesses dias é que, aqui e ali, alguém faz um gesto bonito, ou traz à tona uma memória, uma lembrança esquecida. Agora mesmo eu estava ali no blog da Paula (que por acaso tem a mesma opinião que eu tenho a respeito do assunto), e encontrei este poema da Adélia Prado. É um lindo poema mas, para mim, o que ele tem de especial é a lembrança da Fernanda Montenegro dizendo os seus versos no "Dona Doida", naquele notável jeito Fernanda de ser:

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, acredito em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
(Adélia Prado)






Esquentando os motores



E aí, já cansou do fusquinha da HP, que tanto trabalho deu para aprender a dirigir? Entendo, e tenho boas notícias: aquelas suas horas de treinamento todas não foram em vão! Há um novo joguinho de carro na rede, com percursos diferentes e, melhor ainda, uma "paisagem" bem mais bonita...

De quebra, o brinquedinho é um impressionante show de Flash. Divirta-se!






Fale-se com um barulho desses...

E, mais uma vez, na maior cara de pau, roubo uma nota inteirinha do meu amigo Cat: o problema é que ela é simplesmente irresistível. Vejam só:

A situação de roubos de celulares na Inglaterra está chegando a extremos. Segundo The Inquirer, a cada 30 segundos um aparelho é roubado. Só de celulares Samsung foram relatados 26 mil roubos na Grã-Bretanha nos últimos dez dias, número que abrange os surrupiados diretamente de usuários e os afanados às pencas nos depósitos da empresa e de atacadistas. A opinião pública inglesa está fervendo no tema, especialmente depois que uma menina recentemente levou um tiro ao resistir a um desses roubos.

Com 470 lojas espalhadas no país, a Carphone Warehouse tentará contribuir de algum modo numa campanha anti-roubo, instituindo a semana de combate aos crimes de roubo de celulares (Combat Mobile Phone Crime Week). O primeiro passo será escrever nos celulares vendidos o código postal em que mora ou trabalha o dono, usando uma marca ultravioleta. Além disso, em paralelo ao seguro que a empresa oferece contra perda do aparelho, esta rede varejista estará dando desconto de £5.00 (R$ 16,71) em seus sistemas de viva-voz para automóveis, de modo que os assaltantes sejam incapazes de facilmente selecionar suas vítimas a partir da marca de celular que estejam usando. Obviamente, se o indivíduo estiver mexendo a boquinha enquanto fala discretamente usando o viva-voz, com o fiozinho característico brotando do alto-falante intra-auricular e estiver envergando um terno Gucci e ostentando um Rolex ao volante de um carro caro, o lalau não vai pensar duas vezes antes de abordar o janota.

Especialistas sarcásticos acham que melhor seria promover mais intensamente o padrão Bluetooth, que permite viva-voz sem-fio, com a vantagem adicional de proporcionar certa diversão à vítima, ao ver o gatuno procurando feito louco o celular que teria sido antes escondido em algum bolso bem malocado ou numa pasta ou bolsa perto de si.

Ah, esses ingleses não sabem o que é um assaltante de verdade... (- c.a.t.)






11.3.02


Hoje é
aniversário
da BIA!
:-)





















Surfando

Ontem, acredite quem quiser, fui... à praia! A santa responsável pelo milagre chama-se Bia, mas é tão óbvio que esta é uma atividade rara na minha vida que, assim que chegamos, o camaradinha que aluga cadeiras logo me ofereceu uma barraca -- grátis! Acho que há tempos ele não via nada tão branco por aquelas bandas, tirando a areia, naturalmente.


O pior (ou melhor, não sei bem) é que adorei. A água estava uma delícia, mas eu fui devagarinho como convém a um bípede operado há apenas um mês e meio. O surfe, por exemplo, deixei para depois, aqui em casa, no conforto da rede. Visitei alguns sites interessantes; por exemplo, o do Trinity, lembram? o spaghetti western mais engraçado de todos os tempos, com Bud Spencer (Bambino, o gordão) e Terence Hill (Trinity, o lourão abobalhado e bom de mira). Foi uma viagem, literalmente: não vejo este filme (que adoro) há séculos...


Outro site: o da Absolut. Chega a ser irritante de tão bom, porque a gente perde horas lá dentro. Passei um tempo enorme vendo as novas produções da casa, principalmente Absolut Truth, que eu ainda não conhecia, e se divide em cinco clips fantásticos: Time, Water, Seed, Perfection e Passion. Mas tem fotos do Helmut Newton, aqueles anúncios maravilhosos feitos por artistas do mundo inteiro, joguinhos, filmes e até a possibilidade de cada um fazer o seu próprio filme. Este continua sendo, indiscutivelmente, um dos meus sites favoritos. E olhem que eu nem bebo...

Mas o Ministério da Saúde adverte: só vá até lá se você tiver banda larga, tiver muito tempo sobrando ou, claro, estiver acessando do trabalho. Se o chefe reclamar, diga que este é um case study da maior importância, porque, para efeitos de marketing e de internet, é mesmo.


Depois deste verdadeiro porre virtual, resolvi ver websites de águas minerais.

A minha favorita, San Pellegrino, tem um site que tenta ser bacana mas é caidíssimo, desatualizado e desinteressante; vale por algumas propagandas antigas e pelas fotos do Spa (vocês sabiam que ela vem de um Spa? pois é, nem eu...) e olhe lá. É quase uma aula de como não se fazer um site, apesar de toda a tentativa de mudernidade da imagem.

A Perrier, em compensação, dá um show de bola, com um website simpático e borbulhante, atualizado, cheio de coisinhas para ver e descobrir. É muito legal!





10.3.02




A Angélica, também conhecida como Pipoca (dependendo do porteiro que está de serviço), gatinha do nosso prédio, é uma das minhas grandes paixões felinas: um dos animais mais dóceis e carinhosos que já conheci. Temos uma relação muito curiosa: a vontade dela subir no meu colo é sempre proporcional à formalidade da minha roupa. Quando saio de qualquer jeito, para dar uma caminhada, ela me cumprimenta e conversa um pouco comigo, mas fica por isso mesmo; quando estou toda arrumada, de preferência de preto, mia, se esfrega nas minhas pernas e faz um tal escarcéu que acabo me comovendo e pegando-a no colo.

É por isso que ando sempre com um daqueles rolinhos de tirar pêlo da roupa dentro da bolsa...








Tutu, uma gatinha que a Bia trouxe da rua, era tão pequena quando chegou aqui que, até hoje, acha que é minha filha. Conseguiu me domesticar tão bem que a primeira coisa que faço quando chego em casa é ir até meu quarto pra fazer carinho nela. Não, ela não vive lá: é que fica miando desesperada no corredor até me convencer a ir lá pra dentro. Carinho tem que ser no meu quarto, e estamos conversadas. Por que no quarto? E eu sei?! Apenas obedeço...

É uma ciumenta dissimulada: cada vez que um gato vem pra perto de mim, ela dá um jeitinho de se colocar entre nós dois. É a pessoa de quem o Mosca mais gosta na vida, e vice-versa. A cena da foto abaixo é uma constante aqui em casa: os dois estão sempre juntos, e vivem dormindo abraçadinhos.








9.3.02


Emergência felina em SP!

PessoALL, estou pra dar este recado há dias, desculpe o mau jeito, Marília -- mas há alguém aí em Sampa que possa adotar um gatinho? Lindo, como todos os gatinhos, e muito precisado de um lar? A história completa está AQUI.






I THINK THIS POEM IS HILARIOUS...



Tenuous and Precarious

Tenuous and Precarious
Were my guardians,
Precarious and Tenuous,
Two Romans.

My father was Hazardous,
Hazardous,
Dear old man,
Three Romans.

There was my brother Spurious,
Spurious Posthumous
Spurious was spurious
Was four Romans.

My husband was Perfidious
He was perfidious,
Five Romans.

Surreptitious, our son,
Was surreptitious
He was six Romans.

Our cat Tedious
Still lives,
Count not Tedious
Yet.

My name is Finis,
Finis, Finis,
I am Finis,
Six, five, four, three, two,
One Roman,
Finis

Stevie Smith

(Roubei este poema delicioso lá da Laura, com imagem e tudo; peço perdão aos lusófonos, mas não resisti...)







D+

MARAVILHOSA a recomendação do Emerson, feita num dos comentários de ontem: não deixem de conferir!






CAMPANHA PELO YACCS

Bom, o Fala Sério, nem preciso dizer, está fora do ar novamente. Viva o YACCS, que está segurando lindamente a peteca. Portanto, galera, por favor: vamos contribuir com o Hossein Sharifi, que desenvolveu e mantém o serviço? Please? E vamos começar a espalhar essa campanha por aí? Acho que podemos dar uma bela demonstração de espírito web-comunitário -- a partir do Brasil.

É só pegar o seu cartão de crédito, clicar AQUI e dar uma contribuição (a partir de US$ 1,70 caramba, menos de cinco reais!) ao rapaz.

Todo mundo está usando o YACCS, todo mundo está achando o YACCS muito bacana, mas até agora só cinco (é, eu disse CINCO) pessoas compareceram com algum... Fala sério!






zzzzzzzzzzzzzzzzz

Não, não temos tiradas geniais. Não trabalhamos com secos e molhados. Não fazemos qualquer negócio. Não aceitamos o seu usado em troca. Não estamos à procura, embora às vezes a gente ache.
Sim, somos humanamente medíocres.
E, por favor, não use repelente neste recinto.

Obrigado.
A gerência.

Um dia eu fui lá no Repórter Mosca, um dos meus blogs favoritos, e encontrei isso aí: não é o máximo?!






Encontre as nove pessoas:




Há nove pessoas nessa imagem... e todas à vista, nenhuma feito o(s) pássaro(s) na foto do bichano!





7.3.02


Tá explicado...

David Pogue, do NYT, descobriu uma pista certeira para a falta de respeito que os fabricantes de software demonstram ter pela gente:

Apenas traficantes de drogas e fabricantes de software chamam os seus consumidores de "usuários".

(Valeu a dica, Breitman!)






Samsung: virando a casaca?

O Register, como toda publicação escrita e editada por seres humanos, também é sujeito a falhas. Mas, se o furo que os meus inglesinhos favoritos deram hoje for verdade, o mundo da telefonia celular está ainda mais interessante do que a gente imagina.

Não sei até que ponto vocês estão a par do que acontece na área; em linhas gerais, basta lembrar que, há coisa de duas semanas, durante uma conferência GSM realizada em Cannes, Micro$oft e Intel anunciaram, com enorme estardalhaço, a criação do SmartPhone, padrão desenvolvido pelas duas, em conjunto, para as futuras gerações de celulares.

Concorrência direta, pois, para a turma do Symbian, o sistema aberto desenvolvido pela aliança formada por Nokia, Ericsson, Motorola, Panasonic e Psion, mas licenciado também por outros pesos pesados da indústria, como Kenwood, Philips, Sanyo, Siemens e Sony -- e, de longe, predominante no mundo wireless europeu.

Apesar do barulho feito pela dupla, dos grandes fabricantes, apenas a Samsung gostou do jeito Wintel de ser. Mas apenas, neste caso, não é pouca porcaria: uma simples conferida nas vitrines de lojas de celulares mostra como o jogo da coreana é bruto. Samsung fechando com Micro$oft e Intel não é, definitivamente, um trio para se desconsiderar.

Bom. Mas aqui é que entra a parte interessante da história, a se crer no Register: apesar
do interesse manifestado na plataforma SmartPhone, a Samsung teria acabado de assinar um contrato de licenciamento com a Nokia para uso da sua interface, a Series 60, que, logicamente, roda em... Symbian! Com o que M$ e Intel ficariam a ver navios, tentando vender o seu sistema para empresinhas de segundo ou terceiro time. Em suma: uma virada sensacional!!!

Eu sei que este papo de Symbian, wireless e telefonia celular é chatíssimo para os 99,99% da humanidade que querem apenas usar seus telefones em paz, sem precisar se aborrecer com detalhes técnicos. Mas para os outros 0,01% este é um assunto da máxima relevância, que vai definir o futuro deste objeto que carregamos para cima e para baixo continuamente, que volta e meia esquecemos de desligar no cinema ou no teatro e com o qual, possivelmente, convivemos ainda mais do que com os nossos computadores -- onde já há Windows demais, thanks a lot.

Ah, sim: parece que nenhuma das empresas, consultadas, disse palavra.





6.3.02


Encontre o pássaro nesta foto:




(Achei aqui, por recomendação do Cassio)






Fala sério & YACCS

O mundo não só é vasto e variado como, felizmente, trabalha em vários turnos. Assim é que, hoje, vocês podem encontrar neste blog duas linhas de comentários: a do YACCS e a do Fala Sério, que ontem voltou ao ar para gáudio de tantos e tantos blogs & blogueiros. Sei que isso pode confundir todo mundo, mas foi a única maneira de não perder os comentários do Fala Sério -- onde, puxa vida! a gente quase bate um recorde mundial com 92 comentes naquele lance do teste.

Agora, vocês acham que sou eu o gênio quem consegue dar jeito nessas coisas? Quem dera! A minha sorte é que o internETC. tem um monte de anjos-da-guarda -- e, até, um anjo-coruja-da-guarda, o Eduardo Stuart, do Pulso Único, que funciona no mesmo horário que eu; de modo que aqui estávamos os dois, às 4h30 da matina, animadamente trocando e-mails para resolver a parada. Melhor dizendo, eu mandando os abacaxis daqui, e ele os devolvendo de lá, bem bonitinhos e descascados... num replay do que, freqüentemente, acontece nos bastidores deste blog que vos fala.

Sinceramente, Eduardo, nem tenho como agradecer.

Voltando às duas linhas de comentários, fica a dúvida: qual delas usar? Preferencialmente o YACCS -- a primeira delas -- que tem dado menos problemas e que, não desmerecendo o sistema do Ernani, tem uma grande vantagem para os comentadores assíduos: um cookie que deixa preenchidos, automaticamente, nome, e-mail e URL.

Enquanto isso, seguindo os sábios conselhos da Meg, eu vou fazendo backups, na base do cut-and-paste, dos comentários antigos.

Ah, sim: lendo a página do YACCS, vi que o Hossein Sharifi, seu criador, pede contribuições aos usuários que estejam satisfeitos com o sistema. Acho que clicar aqui e dar algum para o rapaz é o mínimo que a gente pode fazer para garantir o serviço e, afinal, remunerá-lo por um bom trabalho. Podem ir na confiança: o pagamento é feito através da Amazon.com. Cada um entra com o que quiser, a partir de US$ 3. Vamos lá, gente -- isso não é nada, mas com um pouquinho daqui e um pouquinho dali, pode ser que a rede ganhe o sistema estável dos nossos sonhos. E que pessoas criativas e trabalhadoras como o Sharifi se sintam estimuladas a inventar novidades e lançá-las no mercado por conta própria, em vez de ir trabalhar para uma microsoft qualquer da vida.






Falou e disse

"Num tempo de louras artificiais, a beleza está careca. Num espaço geralmente reservado aos canastrões da vida pública, foi preciso que aparecesse uma atriz para defender a verdade. Num regime civil inaugurado por Tancredo Neves, o presidente que morreu antes da posse por malversação de esperteza, aplicando doses cavalares de dissimulação no tratamento de uma infecção, uma candidata a primeira-dama mostra que doença também se deve carregar em público com altivez". (Marcos Sá Corrêa, no no.)








Crise? Que crise?

Esta é para machucar o coração de qualquer cineasta brasileiro: John Lippman, do WSJ, informa que Hollywood está comemorando o fato de ter conseguido baixar o custo dos seus filmes em 13%. Agora, a média está em apenas US$ 47,7 milhões por filme, em vez dos US$ 54,8 milhões do ano passado...

A má notícia é que os custos de marketing subiram quase na mesma proporção (14%), alcançando a espantosa média de US$ 31 milhões por lançamento. Perguntar não ofende: se os filmes fossem bons, precisariam mesmo de todo este marketing?





5.3.02


E, por falar em cidadania...

A Vania, uma das co-autoras deste blog, de tantos e tão bons comentários que tem feito, deixou um desabafo da maior importância em relação à nota que dei sobre o meu amigo Coley:

"O Rio Transplante faz e muito bem a parte dele. Trabalho com pacientes que usam órgãos captados por ele, e é serviço de primeiro mundo. Exigir bom uso do dinheiro público, nesse caso, não é a primeira coisa hoje: era pra ter sido feita ONTEM.

Trabalho com pacientes queimados, a gente cansa de sair pra captar pele de cadáver pra cobertura de grandes queimados, e a gente chega lá e tem várias outras equipes em cima, captando avidamente córneas, coração, fígado, ossos, tudo o que for possível. Temos equipes de médicos, enfermeiros, ambulância, noite e dia prontos a sair em caso de surgimento de doador.

Temos pacientes, todos seres humanos, com queimaduras extensas, e temos um banco de pele de primeiro mundo... vazio. Porque não aparecem os tais montes de doadores por mês. As pessoas morrem, mas poucos são doadores potenciais, e desses poucos, a maioria se perde na burocracia, na inoperância, na desinformação, no despreparo material e de pessoal das unidades hospitalares onde ocorrem estes óbitos.

Não é que o pessoal das unidades seja burro e preguiçoso. É que saúde não dá lucro, então não é prioridade de político nenhum, a não ser aqueles de fachada. Então o sistema todo é cheio de buracos, e só funciona bem em alguns núcleos privilegiados. A prioridade teria que ser nossa, e enquanto não agirmos de acordo com isso, patéticos seremos nós, pagantes mudos de impostos.

Todos estes pacientes aguardando transplantes são seres humanos com problemas sérios, ok, natural querer ajudar um amigo, mas, se você mesma não der seu fígado pra ele (no caso de ser compatível), pouco vai adiantar gritar no ouvido do diretor do Rio Transplante. Pouco vai adiantar gritar pra quem quer que seja, se não exigirmos ONTEM o nosso direito."

Você tem toda a razão, Vania, e -- apesar da pequena edição -- não mudo uma vírgula do que diz. Concordo absolutamente com você: salvo raras exceções, não temos o hábito de vigiar nossos políticos, e de lhes tomar satisfações. Mas também é verdade que uma das formas que a gente tem de exercer a cidadania é fazendo alguma pressão -- neste caso (que nunca devia ter chegado onde chegou, como não deveriam ter chegado os tantos milhares de casos de que não tomamos conhecimento), enviando e-mails para a autoridade responsável. Nem que seja para lhe dar munição para, por sua vez, ir a Brasília com alguns milhares de cartas em mãos, para mostrar aos canalhas de lá que há gente indignada gritando aqui.

Não é muito, eu sei, mas pode ser um começo.







Lobo em pele de cordeiro



Querem ver uma animação bacaninha? É só clicar aqui. E não é só a animação que é boa: o propósito com o qual ela foi feita também é. A Philip Morris, fabricante de cigarros, decidiu mudar de nome: vai se chamar Altria.

Até aí tudo bem. Se o meu nome estivesse tão sujo na praça eu faria o mesmo. A questão é que, diga-se o que se disser do país, nos EUA a consciência da cidadania funciona bem melhor do que aqui -- e o povo que está lutando contra o fumo não está a fim de deixar essa mudança no barato.

A associação que criou o filminho chama-se Campaign for Tobaco-free Kids, e seu objetivo é impedir que crianças e jovens tornem-se fumantes graças às artimanhas da indústria do fumo. Seu website é uma boa forma de contra-ataque às mentiras marqueteiras dos fabricantes de cigarros, e merece uma visita.






NOVIDADE!

Atendendo a pedidos, este blog, cada vez mais cada vez, agora tem uma autêntica máquina de busca! Está aí à esquerda, logo abaixo da pesquisa, e foi implementada graças à ajuda e aos palpites dos meus queridos amigos Eduardo, Hernani, Bicarato, Claudio e Tip; isso para não falar no indispensável Edney & seu FAQ maravilhoso. A máquina é, lógico, dedicada à Meg.

DICA: Sei que isso é praticamente chover no molhado, mas se você está começando a sua blogventura, não deixe de ir até o FAQ do interNEY, e de marcá-lo entre os seus favoritos, como fonte de referência. Não há uma blog-dúvida que ele não responda.






Apelo

Geraldo Jordão Pereira, o Coley, é uma das pessoas especiais que conheço. Editor de nascença (é filho de José Olympio, criador da Salamandra e dono da Sextante, que publicou um dos livros mais simpáticos dos últimos tempos, Um Dia Daqueles), carioca amantíssimo da Muy Leal e Heróica, batalhador incansável pelas suas belezas, Jardim Botânico mais que tudo, ele é, principalmente, muito gente boa. E está precisando de um favor de todos nós. Leiam a mensagem que recebi da Regina, mulher dele, e por favor mandem e-mails às nossas autoridades (in)competentes:

Queridos amigos:

Venho lhes fazer um apelo.

Estamos saindo do Hospital Samaritano, onde o Geraldo se internou pela terceira vez neste ano. Seu estado ainda é bom, mas vai inevitavelmente declinando, exigindo que o transplante de fígado se faça com urgência.

Apesar de o Geraldo ser o primeiro da fila, o Rio Transplante, órgão da Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela coleta de órgãos, é da maior inoperância. Num Estado em que, diariamente, morrem dezenas de doadores potenciais, há um mês nenhum fígado foi coletado. Peço-lhes então que passem o seguinte e-mail para o Rio Transplante (rj-tx@lampada.uerj.br) e, se possível, que peçam a outras pessoas para fazerem o mesmo:

Sr. Jorge Aquino

Como amigos de Geraldo Jordão Pereira, primeiro na lista estadual no grupo sangüíneo O positivo para transplante de fígado, e tendo em vista o agravamento de sua situação de saúde, pedimos suas providências urgentes no sentido da coleta de um órgão que possa salvar sua vida.

Agradeço desde já o seu empenho.


Meu Deus, que país patético este, em que a gente é obrigada a recorrer a listas de e-mails para salvar uma vida!





4.3.02


Ninguém merece

A situação da minha mailbox aqui no jornal é mais ou menos desesperadora. Há horas não faço outra coisa a não ser capinar o terreno, detonando SPAMs e respondendo a algumas consultas mais ou menos urgentes.

Agora, 19h30, o placar está assim: 1918 itens, 524 não lidos. E, no meio, a gente ainda encontra coisas assim:

"Prezada Cora Rónai,

Apreciei bastante o seu texto mais recente publicado no jornal O Globo. Por isso, gostaria que, se pudesse, me enviasse textos, artigos, dicas de sites, monografias etc. sobre o tema. Meu projeto de final de curso é sobre o tema e anseio avidamente por material. Grato."

Não publico o nome da criatura por piedade. Mas eu posso com isso?!






DVD: que zona!

O Nelson Luis Waissman escreve, de Paris, pondo alguns pingos nos ii da bizarra divisão do mundo pela MPAA:

Em adição a esse exdrúxulo sistema artificial de "ZONAGEM" do mundo, existe uma segunda dificuldade para a utilização de DVDs importados: o sistema de video, nossos velhos amigos PAL, NTSC, SECAM

É, eu também fiquei estupefato quando descobri isso, afinal de contas, DVD é MPEG-2, totalmente digital, e não tem nada a ver com o sistema de video utilizado em cada país. Mas têm!

Os DVDs, além das informações de zonagem, podem ser codificados (digitalizados se vc preferir) usando um de dois standards:

1) NTSC 525 / 30 , ou seja, 525 linhas com 30 quadros por segundo (a imagem digitalizada, na verdade, tem 720 X 480)
2) PAL 625 / 25 , ou seja, 625 linhas com 25 quadros por segundo (a imagem digitalizada, na verdade, tem 720 X 576)

Existem também diferenças na codificação do AUDIO surround.

Basicamente, para os players modernos (muitos dos quais multi-zonáveis por hardware ou software ) isso tem algumas implicações. O meu DVD europeu, multi-zone, me permite assistir aos DVDs europeus (PAL) em formato PAL, e aos DVDs americanos em formato NTSC. Tem também um conversor, que me permite assistir aos DVDs americanos em formato PSEUDO-PAL, ou seja, ele gera uma imagem PAL a partir da resolução original, mas a 30 quadros por segundo em vez 25. Felizmente, a maioria das TVs modernas suporta essa variação de frame-rate.

Já em DVD players americanos (e brasileiros, imagino), não é possível assistir a DVDs PAL. Isso porque a maioria deles não consegue "reduzir" a resolução dos DVDs PAL para encaixar num sinal NTSC (ou PAL-M).

Evidentemente, em micro-computadores, ambos os sistemas podem ser usados.Este FAQ de DVDs explica isso tudo (e muito mais) bem direitinho.
(Nelson Luiz Waissman)

Outra explicação complementar, esta do Marcio Eugenio:

Informo que qualquer aparelho de DVD pode ser transformado num "code free" por códigos numéricos, pelo controle remoto. Basta entrar em contato com o SAC do fabricante que eles informam qual a combinação.

Quanto aos DVDs europeus, o problema ocorre por questões de sistema de geração de imagens. Mesmo um aparelho "code free", que tenha sido fabricado para o sistema NTSC, não funcionará corretamente com um disquinho que seja do sistema PAL ou SECAM (a cor não entra). O problema não é só com a ganância dos produtores americanos...
(Márcio Eugenio)

Está explicado então um mistério que me fez passar uma informação errada para o Tom Taborda (sorry, Tom!): todos os DVDs europeus que eu tenho funcionam perfeitamente no meu sistema; eu achava que era por causa da TV multi-sistema mas, pelo visto, a razão é mais prosaica: os DVDs europeus que eu tenho são todos em P&B...








Esta é a imagem de março do lindíssimo site do Amador Perez: um daqueles "cyberespaços" que valem tanto pela forma quanto pelo conteúdo. Confiram!




Outra dica, esta descaradamente roubada do Pulso Único: The Double Yolker, a sensacional saga de um ovo que tem três minutos, o seu tempo ideal de cozimento, para viver com intensidade.

A animação é maravilhosa, descendente direta do Monty Python.







Novo sistema de comentários

E lá se vai este blog pro quarto sistema de comentários de sua curta existência!

Mandei um e-mail pro Ernani, do Fala Sério, perguntando o que está acontecendo com eles; como ainda não obtive resposta, instalei o YACCS, pelo menos até o Fala Sério se definir... e até eu tomar coragem pra carregar o blog todo para uma casa própria.

É muito chata esta perpétua perda de comentários: eles são o que há de melhor no blog, o ponto de encontro, a caixa de ressonância, o diálogo. Triste.

No mais, Meg, você tem toda a razão (como sempre, aliás!): a gente não pode vacilar, e tem que fazer backup dos comentes. Em alguns casos fiz isso, noutros não; pela própria dinâmica deles, é complicado a gente fazer isso sempre. Quanto a uma máquina de busca aqui, acho a idéia ótima... mas como é que eu faço? Vi que você tem uma, mas o seu blog é chique, e já está funcionando em sítio próprio. Vou ver se descubro alguma que dê certo com o Blogger.

Isto é: mais trabalho pro Eduardo, coitado, que tem sido o mecânico de Javascript do internETC. a cada vírgula que eu mudo no template...





2.3.02


O que há com os comentes?!
Fala sério!


Warning: Can't connect to MySQL server on '66.31.180.188' (113) in /home/pontoflash.com.br/www/festival/falaserio/conexaofs.php on line 12

Isso lá é resposta que se dê?!

Já baixei os HTMLs do YACCS, mas ainda tenho a vaga... muito vaga!... esperança de que isso seja problema passageiro e o Fala Sério volte ao ar. E sim, eu sei, eu sei, eu tenho que mudar tudo pro Greymatter... {SIGH}







Helsinki






Ontem à tarde o Gilberto Scofield me disse que estava indo para Helsinki hoje e, de repente, fiquei com muita saudade desta cidade austera, mas de gente calorosa e simpática, onde passei tão pouco tempo.

O mundo é mesmo vasto e variado: tantos lugares, tão pouco tempo.

(estou precisando organizar minhas fotos)






Usuário de Mac e Linux
também paga imposto!

Carlos Laviola informa:

A turma do CIPSGA está organizando um abaixo assinado sugerindo que o software de declaração do imposto de renda seja portado para outras plataformas. Para assinar, basta acessar o site e seguir as instruções.

Vamos lá, gente. É um absurdo que o governo apenas disponibilize este software para quem usa Windows. Por que temos, sempre, que fazer o jogo da M$?!






Gatos, é claro...




Esta é Tibita, do Carlos Afonso, a gatinha mais bem conectada da rede.



A foto da Sissi, que mora com a Maria Beatriz, estava no notebook e entrou depois: não valeu a espera?



Hitchcock, o quadrupinho que adotou o Xexéo há poucas semanas, mas já manda na casa.






1.3.02


Sexta à tarde, na redação

Recebo um e-mail do Nelson Vasconcelos, a caminho de virar notinha nas Parabólicas:

RIO -- Aproxima-se o fim de semana e começa a aparecer de tudo nas redações. Agora mesmo recebi um e-mail decantando a presença da cachaça em uma feira de alimentação e birita no Japão. Trata-se, mais especificamente, da Food and Beverage Exhibition. Que também atende por uma simpática sigla: Foodex.
Pode? Não, não pode.
OBS: a quem interessar, a Foodex acontecerá de 12 a 15 de março, em Tóquio.
(Nelson Vasconcelos)







Doze perdidos numa noite suja

Aliás, por falar nisso, a Marina, do elegantíssimo Blowg, mandou extremamente bem ao falar da Joana Prado:

"Não faço parte das pessoas que vibram com a derrubada geral que estão fazendo com ela. É típico da mulher sentir um prazer oculto numa hora dessas e eu não estou dizendo que sou uma exceção. Ela não é mais gostosa. Mas ela não sabe disso. Ela é apenas uma vítima num jogo cruel que se faz com a mulher. Ela está desesperadamente tentando manter seu corpo, que é seu ganha pão. Ela não sabe que exagerou. Ela só quer que as celulites sumam. Ela só quer fazer o que se espera dela -- manter o corpo, o silicone, a bunda. Ela tem medo que despenque tudo, o que é um crime dos mais graves. Ela está presa a uma imagem. Sim, ela deve estar tomando bomba e isso é triste. Ela é uma vítima e eu, que nunca fui com a cara dela, nem acho graça nas toneladas de montagens que andam fazendo na internet. Pobre Feiticeira."






Enfim, uma boa notícia!

Não, crianças, o mundo não precisa, necessariamente, se nivelar por baixo, e se vulgarizar além de qualquer medida, como se vê hoje na nossa televisão. O exemplo, pasmem! vem do México, onde a Pepsi e cerca de outros vinte anunciantes de peso estão se recusando a patrocinar o Big Brother do grupo Televisa, por discordarem do seu conteúdo. As empresas pertencem a uma associação que se opõe à violência e ao sexo na televisão.

-- Esses programas abusam da intimidade e da dignidade humana para uso comercial, -- afirmou Francisco González Garza, presidente da A Favor de lo Mejor, que possui três mil membros no México. -- Este tipo de lixo na televisão não ajuda a população.

A notícia, dada pela Bloomberg, foi pescada pelo Mario AV.