15.3.08
O cliente número 9 e o assassino número 1
Charge de Kevin Kallaugher, do The Economist
(Obrigada, Eugenio!)
Acho muito deprimente o escândalo envolvendo o ex-governador de Nova York, basicamente por dois motivos. O primeiro é inveja, mesmo: no Brasil, onde se usa cartão corporativo para pagar até tapioca, nunca jamais se viu um político prevaricando do próprio bolso. Já nem falo em ver políticos castigados pelos seus atos, porque surrealismo tem limite.
Depois, pela hipocrisia americana, que cada vez acho mais nojenta. Ainda que prostituição seja crime (o que, em si, já é uma definição hipócrita, porque a profissão existe desde que o mundo é mundo), perto do Bush o Spitzer é, sem exagero, um santo homem.
E lá, no entanto, continua o assassino endeusado, enquanto o adúltero (ainda se usa essa palavra?) é escorraçado. Ora, na minha cabeça, isso não faz nenhum sentido.
Acho que não há Obama que salve aquele país.
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