internETC.

A lei do cão

O Fred me cobrou um post a respeito da polêmica em torno dos pitbulls. Estou no atraso em relação ao assunto, mas confesso que não me sinto muito segura em relação ao caso. Acho um completo absurdo os bichinhos serem proibidos de sair durante o dia, isso nem se discute; mas sou a favor de guia e enforcador.

Achei absurda a liminar que permite àquela moça do Leblon sair com o pitbull solto, só assim.

Não tenho certeza se sou a favor de focinheira; de modo geral não, mas... o problema é que, sinceramente, não acredito em pitbulls mansos, ou, melhor dizendo, mansos com todo mundo. A quantidade de incidentes envolvendo pitbulls que, até aquele momento, eram muito bonzinhos, me faz desconfiar disso.

Além do quê, tenho bronca com a quantidade de donos de pitbulls que, obviamente, criam os animais como armas. Não é justo que todos os pitbulls paguem por causa de alguns donos imbecis, mas também não está certo que pessoas sejam atacadas sem mais nem menos e gatos e cachorros pequenos sejam mortos por cães sem limites de comportamento.

Não entendo suficientemente de cachorro, tenho ouvido opiniões contra, a favor e pelo contrário. De modo geral, acho que qualquer animal doméstico feroz presta um desserviço à causa animal como um todo: cada vez que sai notícia de ataque de pitbull no jornal, isso reforça, na cabeça das pessoas que não gostam de animal, a idéia de que bichos não são bons para conviver com humanos.

Tenho mais dúvidas do que certezas em relação aos pitbulls -- a minha única certeza, absoluta, é que não se pode privar uma criatura de tomar sol. Os pobres bichinhos em casa, condicionados aos seus passeios na rua, de repente tidos como marginais... não, isso não se faz e, a meu ver, é simplesmente criminoso.

O Rio melhoraria muito se os pitbulls fossem para a rua durante o dia e os governadores acasalados só pudessem circular à noite.

Ah: e sou a favor de castração, sim. Se é para acabar com a raça, é melhor que seja assim do que matando os coitados que não têm culpa de terem nascido.

Sou também a favor da castração de gatos (a Família Gato é toda castrada), de modo que não há parcialidade minha nisso.

12:18 link

Brasil Rural

22:40 link

cronai.com temporariamente fora do ar

Resolvido!

Pessoas, os endereços cronai.com e www.cronai.com estão temporariamente fora do ar (a validade do registro venceu).

Para acessar o internETC. o link em vigor é cora.blogspot.com

Desculpem o transtorno!

Update: Este blog tem a honra e a felicidade de ter uma fada madrinha chamada Meg. Foi ela quem resgatou o cronai.com do limbo e agora, mais uma vez, pôs tudo nos eixos.

O que seria de mim sem a Meg?!

Aliás: o que seria da blogosfera brasileira sem a Meg?!

Muito obrigada, Meguita, de coração.

22:38 link

A caminho

16:41 link

Uma pausa na crise

15:22 link

Janio, Millor, Jaguar

14:02 link

Pipoca aproveitando o sol

13:52 link

Não, o meu país não é o dos delúbios e valérios

Política é uma coisa; Brasil é outra, bem diferente

Desde o domingo retrasado não consigo tirar da cabeça as imagens do presidente, tão calmo e tranqüilo, dando entrevista para a jornalista amestrada nos jardins de Maria Antonieta. Nem as imagens posteriores do presidente colérico, bradando ora contra a índole nacional, ora contra as ?elites?, conseguiram apagar da minha mente aquela aprazível cena de fausto real.

Quem leu esta coluna na semana passada sabe que eu fiz um valente esforço para ver o lado positivo da crise; mas, infelizmente, a crise é mais rápida do que o meu poder de auto-ajuda. A vontade que eu tenho, de verdade, é de me sentar no chão ao lado dos gatos e chorar, chorar muito.

Sim, eu detesto o PT, e não, nunca esperei nada do Lula, mas isso não é consolo. No máximo, evita com que eu me sinta ainda mais traída do que estou me sentindo, ou que tenha a sensação de que os meus sonhos se evaporaram. Há tempos não tenho sonhos em relação a governos, só pesadelos.

Mas este é o meu país, a terra que eu amo.

O Brasil não merecia isso, e não adianta tentarmos racionalizar e dizer que os políticos nos representam, porque isso definitivamente não é verdade.

Eles nos representariam se, no cardápio de candidatos à nossa escolha, houvessem bons nomes; se a representação estadual no congresso não fosse tão deformada; e se a política não fosse o jogo sujo e viciado que é.

O meu país não tem nada a ver com esta podridão; o espetáculo nojento a que estamos assistindo não é um espelho do Brasil, onde a maioria das pessoas, ao contrário da maioria dos políticos, é gente de bem, gente trabalhadora, que dá duro para sobreviver e não cai na gandaia com delúbios e valérios.

Olhem em torno e me digam se não é verdade: vejam as suas famílias, os seus amigos e os seus vizinhos, os seus colegas, os porteiros, as balconistas das lojas, os jornaleiros, os gerentes dos bancos. Ninguém é santo, não somos, graças a Deus, uma população de anjos, mas somos, no atacado, gente boa e solidária, cumpridora dos seus deveres e das suas obrigações, numa eterna corda bamba para chegar ao fim do mês.

O que anda me matando de tristeza é ver o pouco caso com que é tratada a nossa gente, o uso perverso que se dá ao seu suado dinheirinho, o nada absoluto que, desde os tempos da colônia, recebe dos poderosos.

Será que esses grão-senhores não têm pena dos que estão espoliando?! Será que não têm compaixão dos que ficam sem escola, sem saúde e sem comida por causa da sua sede insaciável de poder e dinheiro?! Será possível que nunca, jamais, em tempo algum, este país venha a ter um governo e uma elite econômica que sintam ternura pelos brasileiros, que se comovam com a sua sorte, que ponham os interesses do povo acima dos seus próprios e mesquinhos interesses?!

* * *

Há coisa de duas semanas, pensei em escrever sobre a eficiência da polícia inglesa, que descobriu num tempo que me pareceu recorde quem eram os terroristas do Metrô. Isso, claro, foi antes do assassinato covarde do brasileirinho que cometeu o tríplice crime de não ser louro, de usar jaqueta e de correr de pessoas que vinham ao seu encalço com a pior das intenções.

O destino deste pobre rapaz me encheu de amargura. Todos conhecemos a história dele, todos conhecemos alguém que deixou o país, suportando a cidadania de segunda classe do exílio em troca de um empreguinho razoável.

Há uma ironia horrorosa nisso, de sair do Brasil, tão violento, para ser morto num país supostamente seguro, como a Inglaterra -- afinal, é aqui que a polícia mata antes e pergunta depois, é aqui que a vida humana não vale nada, não é mesmo?

Por outro lado, o erro fatal da polícia inglesa só ficou claro porque o morto, além de brasileiro, se chamava Jean Charles de Menezes; duvido que o engano teria sido assumido, ou sequer descoberto, se, brasileiro ou não, ele se chamasse Ali, Salim ou Osama.

* * *

Para o prefeito de Londres, os culpados pela morte de Jean Charles de Menezes foram os terroristas, que transformaram a Inglaterra num país de paranóicos.

Ele errou.

Os verdadeiros culpados por esta tragédia são os mesmos culpados pelos mortos nossos de cada dia, que tombam pelas esquinas sem alarde, vítimas de balas perdidas, de traficantes, de policiais equivocados. Os verdadeiros culpados são os nossos políticos, gerações deles, que nunca se preocuparam em criar um país mais justo, com educação e oportunidade para todos.

Falar é fácil, falar bobagem é mais fácil ainda. Mas fazer, que é bom, ninguém faz.

É indamissível que, num país do tamanho do Brasil, com tanta riqueza e tanto por construir, com tanto dinheiro saindo pelo ladrão, tantos Jean Charles ainda tenham que deixar sonhos e família para trás em busca de trabalho e de esperança.

(O Globo, Segundo Caderno, 28.7.2005)

01:27 link

Esclarecendo o mistério do MMS

Para quem está querendo saber o que diabos é este MMS que aparece em algumas fotinhas: este é o título que o Nokia 6681 põe automaticamente nas mensagens multimídia.

Estou certa de que é possível trocá-lo, mas ainda não descobri como. Não achei a informação no manual, que obviamente tenho que ler melhor; até que eu destrinche esta charada, porém, vamos ter que conviver com as letrinhas...

01:04 link

Que situação!

Não falta mais nada: agora até sumiço de blog já está acontecendo! Imaginem que simplesmente desapareceu, sumiu, evaporou, o excelente Cinzas de Batalha, do Marcelo Batalha.

Começar de Novo

Queridos visitantes do meu humilde blog "Cinzas de Batalha", que desde novembro de 2004 migrou para o Blogger/Blogspot...

O Cinzas desapareceu!

Mais ou menos às 18h do dia 25 de julho de 2005, o Cinzas sumiu. Puft, desapareceu, sem explicações, sem deixar nem um bilhete... não por minha vontade, nem por minha culpa. Acho que o endereço http://cinzasdebatalha.blogspot.com foi "sequestrado".

Sério!

Coincidência ou não, eu atingi 2.500 posts, e justamente o post de número 2.500 falava sobre essa marca. Postei, vi que estava tudo OK e saí. Quando voltei pra casa, ao tentar acessar, nada. Nada de Cinzas. Apenas uma tela de erro.

Pior: fui tentar me logar e nada! Não aceitou login, nem senha, como se eu nunca tivesse sido cadastrado... Já mandei mensagens pro pessoal do Blogger, em inglês, em português, sem sucesso. Não tenho nem como recuperar.

Várias pessoas já me escreveram a respeito, algumas confirmando até essa teoria do "sequestro" via spammers. De fato, a partir das 20h do mesmo dia, começou a aparecer uma tela louca, que nada tem a ver com o blog. Um redirecionamento. Sabe-se lá qual o motivo.

Já recomecei tudo do zero, mas com muita tristeza. Perder 2500 posts, mesmo sendo passado, é triste, desanimador, principalmente sem entender o porquê. Estou arrasado. Mas obrigado pela força. Assim que tiver alguma explicação, tentarei postar. Como endereço alternativo, estarei por enquanto postando em marcelobatalha.blogspot.com.

O template é novo, com alguns links desatualizados, do que consegui recuperar de caches, mas aos poucos tentarei arrumar tudo. Pra piorar, estou de férias, então em banda discada não dá pra fazer muita coisa.

Agradeço a compreensão.

Um abraço,

Marcelo Batalha
26 de julho de 2005

PS. Alguém por acaso já ouviu falar em limite de 2.500 posts no Blogger internacional? Procurei em tudo que é canto, nunca ouvi falar nisso! Mas não é muita coincidência?! Ou um grande bug?! Ou uma grande burrice (minha, provavelmente)?!

PPS. Apesar de profundamente chateado com o que aconteceu (o Cinzas para mim é como se fosse um filho, uma extensão do meu dia-a-dia, algo que levo muito a sério), não vou baixar a cabeça: ninguém me segura. Eu caio, seja por tropeções ou por rasteiras, mas levanto melhor ainda, e com a humildade de sempre vou dizendo (e fazendo), quantas vezes for necessário: ninguém me segura. Lá vou eu.

Caramba, Marcelo! Aceite toda a solidariedade e compreensão do internETC.

Alguém tem idéia do que possa ter acontecido?!

20:08 link

Mais um dia

16:55 link

Mulher de corrupto pra mim é homem

Vocês já repararam como é cômoda a posição de mulher de corrupto? O corrupto se arrisca, corrompe, é corrompido, sofre assédio da imprensa... e ela lá, impávida, numa boa, indo à academia e fazendo plástica, comprando jóias e jantando com a Hebe, sem uma preocupação no mundo.

Dona Sílvia que o diga.

Quando o corrupto vai preso, a mulher fica solta. Não só isso: fica também com a grana. Então lá fica o marido atrás das grades (por pouco tempo, é claro, mas ainda assim...) e ela livre, leve, solta. E rica, muito rica.

Que o diga o casal Lalau.

Às vezes o corrupto tem que fugir correndo, coitado, na calada da noite, levando uma malinha de mão. Mas a mulher do corrupto não, pode arrumar com calma as dez malas Vuitton para ir chorar no ombro do marido em Paris; depois volta para continuar curtindo as delícias propiciadas pela corrupção do marido.

A mulher do Cacciola deve sentir muitas saudades do marido quando está sozinha naquela linda mansão em Angra.

Chato mesmo, para a mulher do corrupto, é quando um partido inteiro o pega para Cristo. Aí ela, coitada, que nunca teve nada a ver com isso, é chamada para depor em CPI e, vejam vocês que violência, obrigada a aturar desaforo de deputado.

Mulher de corrupto, quando a barra pesa, pode chorar e comover a nação. Os homens ficam indignados -- Coitada, é só uma mulher de corrupto! -- e a sessão é encerrada.

Mas isso passa.

O mundo e o país estão cheios de mulheres de corruptos, finíssimas senhoras da alta sociedade, bem recebidas nos melhores salões, sem preocupações, sem má consciência e sem rugas.

Ao que se saiba, até hoje só uma mulher de corrupto se deu mal.

Mas isso foi em Alagoas, há muitos e muitos anos.

02:09 link

Capturado no Noblat

Era o último post, peguei antes de ir pros arquivos:

A ex-juíza e deputada Denise Frossard (PPS-RJ) acuou Renilda sem perder a elegância:

-- A senhora está aqui porque é sócia de Marcos Valério, só por isso. E devo reconhecer que a senhora é mais brilhante, perspicaz e articulada do que ele. Suas empresas teriam sido melhor administradas se tivessem sido entregues à senhora. Eu até balancei, quase acreditando no que a senhora está dizendo. Seu depoimento parece verdadeiro, mas não é.

Fez um intervalo e continuou:

-- É impossível que a senhora não conversasse com seu marido. Não se desse conta do crescimento da riqueza de vocês -- a compra do primeiro carro importado, do primeiro cavalo... Nunca lhe ocorreu conversar com ele sobre a evolução de suas empresas? Ali, na intimidade, na cama?

E disparou:

-- A prova aqui produzida cairá no colo de um juiz. E o que está sendo provado até agora é que suas empresas e do seu marido são uma grande lavanderia. Isso me aflige, dona Renilda. A melhor defesa é a verdade. A senhora tem consciência de que lá fora, mais tarde, lhe espera um juiz criminal? Tem consciência da extensão disso?

E Renilda respondeu que sim, que tinha consciência. E voltou a repetir que não sabia de nada, que seu marido cuidava de tudo, etc e tal.

Faz bem a juíza em lembrar a essa gente que, em tese, há uma Justiça lá fora. E, acho eu, de lembrar também à população, já cheia do blá-blá-blá de uma CPI que, como tantas outras, cada vez mais vai tomando uma forma circular, achatada e extremamente familiar.

00:36 link

Incrível, fantástico, extraordinário!

O Anônimo Covarde concordou comigo!!!

Este momento insólito aconteceu lá embaixo, num post que está para cair fora da página; trago, pois, o diálogo histórico para cá:

Anônimo Covarde: Engraçado é que o PFL/PSDB possuem 234 chances de dar errado.Todo ano são os partidos com mais políticos presos.E não vejo ninguém dizendo "PFL nunca mais", "PSDB acabou". O PT ganha uma eleição,faz um governo melhor do que o anterior em todos os quesitos(menos o da corrupção,nesses o PSDB sabe fazer melhor) e aí já vem gente dizendo que o PT acabou, que nunca mais, etc. etc. Dois pesos, duas medidas.

Cora: A questão, AC, é que nenhum dos outros é um partido no sentido real da palavra; são agrupamentos de caciques com uns poucos índios na cola. Ninguém é PSDB ou PFL como alguém é, digamos, Flamengo, católico ou petista.

Este é o ponto positivo do PT, mas também, a meu ver, a raiz de todos os seus males. Daí que você ainda vai ouvir muito isso, tanto de petistas que estão se sentindo traídos, quanto de não-petistas que já foram humilhados, esnobados ou patrulhados por petistas que se achavam (acham?) o sal da terra.

Simples assim.

Anônimo Covarde: Concordo contigo Cora (fogos por favor, o AC concordou com a Cora)

Para que vocês não fiquem muito assustados, esclareço que discordo do AC em relação à suposta qualidade do governo do PT.

Há governo?!

22:24 link

Perda de tempo

Dona Renilda não sabe de nada, nunca viu nada, não tem noção de nada, não sabe informar, jamais suspeitou do que quer que fosse, desconhece, foi surpreendida pelo noticiário.

Igualzinho ao Lula.

Tenho mais o que fazer, sinceramente.

Fui!

Cobertura completa lá no Noblat -- que teve que tirar os comentários do ar depois de uma invasão de trolls.

13:12 link

Argh!!!!!!!!!

Acabo de ouvir o Alvaro Dias, um senador da república, dizer CD-ROOM.

Bando de analfabetos.

13:01 link

Cria cuervos

Deu no Globo:

"Coordenador nacional do Movimento dos Sem Terra (MST), João Pedro Stédile criticou duramente ontem o PT. Segundo ele, que participou em Curitiba de uma das manifestações organizadas pela Central dos Movimentos Sociais (CMS) em comemoração ao Dia do Trabalhador Rural, o PT acabou adotando os mesmos métodos contra os quais sempre lutou.

Ao ser perguntado se o movimento social poderia ajudar o governo Lula a criar um novo modelo de desenvolvimento, Stédile disse que isso não será possível neste governo do PT.

-- Este governo já acabou -- disse, às gargalhadas."

Os ratos já abandonam o navio.

04:36 link

Táxi!

Ontem à noite, saindo do restaurante, pegamos um táxi completamente diferente: um táxi que quer ser O Táxi dos 101 Dálmatas.

Por enquanto, é apenas O Táxi dos 52 Dálmatas.

Cada dálmata, desses que balançam a cabecinha com o movimento do carro, custa R$ 5, mas o taxista tem um fornecedor amigo que consegue para ele por R$ 3.

O espaço para os cachorrinhos já está meio apertado, mas ele garante que cabem 101 -- e ainda sobra para os passageiros, o que é importante.

Se alguém quiser dar uma volta, aí estão os telefones: 9313-4668 e 9459-7032.

O nome do simpático e criativo motorista é Sérgio.

03:45 link

Que flagra...

16:27 link

Orkut: a máquina de conhecer gente

Na semana passada, o Orkut ficou mal na fita: a Polícia Civil descobriu uma rede de traficantes vendendo drogas tranqüilamente através de algumas comunidades. Resultado: a essa altura, pais e mães preocupados estão subindo parede de costas ao ver os filhos adolescentes colados na familiar telinha azul clara.

Mas, se posso dar um conselho a esses pais, o conselho é: sosseguem. Como o resto da internet, o Orkut é um espelho do mundo real. Há de tudo lá, bom e mau, exatamente como aqui fora. Mas há duas características do Orkut que, bem utilizadas, podem transformá-lo na melhor máquina de conhecer filho jamais inventada, depois da boa e velha atenção cuidadosa.

Estou falando das listas de amigos e de comunidades, a partir das quais se pode chegar a um retrato bastante fiel das companhias e gostos pessoais de cada um.

* * *

Além de ler os perfis dos amigos, entrem nas comunidades e tentem ficar em dia com o que seus filhos têm escrito naquelas das quais participam. Vale lembrar, porém, que freqüentemente elas funcionam apenas como referência de hábitos e de preferências; nem sempre são, necessariamente, locais de encontro ou de bate-papo.

A idéia geral por trás dessa aparente contradição é compor um mosaico virtual da personalidade, uma colcha de afinidades que sinaliza, para outros orkuteiros, o tipo de pessoa que se é -- ou, pelo menos, que se gostaria de ser.

Eu mesma quase não participo da vida das inúmeras comunidades às quais pertenço, por exemplo, mas uma visita à minha lista revela muito a meu respeito. Através delas, é possível saber que sou jornalista de tecnologia, que mantenho um blog, que tenho insônia, que esqueço tudo, torço pelo touro (nas touradas), acho software livre fundamental, nasci no dia 31 de julho, moro na Lagoa, amo o Rio, os gatos e uma certa capivara, faço foto digital e, até, que adoro o milkshake de Ovomaltine do Bob's.

Sim, pasmem, até sobre isso existe comunidade no Orkut. Aliás, comunidades, no plural -- mais especificamente oito, sendo que a mais populosa tinha, até a noite de sexta-feira, exatos 191.608 participantes.

Êta milkshake popular, hein?

* * *

Quando conheço alguém, uma das minhas primeiras providências é ver se este alguém está no Orkut. Não para saber com quem estou falando, porque isso ainda se descobre mais facilmente em pessoa, mas para cortar uma quantidade de atalhos que, na "vida real", eu levaria meses para cobrir.

O que lê o meu novo amigo, do que gosta, quais são seus principais interesses, como se sente em relação a coisa que considero importantes? Em geral, podem apostar: está tudo lá.

* * *

Esta quantidade de informações pode ser uma mão na roda para aproximar pais e filhos ou, no mínimo, para deixar os pais mais conscientes do que vai pela cabeça dos filhos.

Se antigamente era comum crianças e adolescentes com pouco diálogo com a família escreverem diários na esperança de que os pais os "descobrissem", hoje este papel cabe aos blogs e ao Orkut.

A seleção de comunidades fala por si só; mas, para que dê seu recado, é preciso que seja vista, acompanhada e, discutida. Às vezes as comunidades funcionam como um sinal de alerta; e, quase sempre, dão ótimas dicas aos pais a respeito das atividades que os jovens gostam ou não de exercer, de quem são seus ídolos, do que admiram ou cobiçam.

O Orkut, como a internet, não é má companhia por si mesmo, nem leva ninguém para o mau caminho. Mais uma vez, vale o conselho de sempre: conversem com seus filhos, fiquem tão atentos ao que estão fazendo no computador quanto na rua e eles estarão a salvo ? na medida em que é possível se estar a salvo no mundo de hoje.

Nova safra

Começam a chegar ao mercado os celulares que foram apresentados na última Telexpo. A maioria vem com câmeras digitais, mas o cálice sagrado da nova geração de aparelhos é o som. Memória de sobra, espaço para cartões e players de MP3 são padrão nos mais avançados.

Todos querem um naco do bolo milionário do iPod...

(O Globo, Info etc., 25.7.2005)

03:48 link

Meu herói!

Gente, eu pergunto: o que seria de mim sem o Tom Taborda?!

Vejam o comentário que ele deixou aqui enquanto eu me dedicava aos ritos do Parganismo (*):

Corinha, fui estudar atentamente a imagem que mostra a traseira do seu micro:

No primeiro slot parece ter uma Placa de Video, com portas RGB e DVI...

Será que, ao "organizar" seus cabos vc não se confundiu e plugou o monitor na -- desativada -- porta RBG da placa on-board, quando vc deveria ter plugado ali no primeiro slot?

BINGO!

Não é que foi isso, exatamente, o que aconteceu?! A tonta aqui, no desespero da hora, nem reparou neste detalhe.

Ficam, do episódio, duas lições:

O Tom sabe tudo; e

Na dúvida, consulte o Tom.

YESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!

(*) Parganismo: nova religião recém-fundada durante o almoço/jantar de hoje, na Laura, em que devoramos um pargo gigante e delicioso, que alimentou folgadamente oito pessoas esfomeadas, deu para duas quentinhas para duas outras pessoas cada e ainda sobrou para a Família Gato.

Santo Pargo!

01:17 link

Chez Laura

20:13 link

Valeu, Tom!

Pronto, taí: é a placa.

Com licença que eu vou lá dentro chorar um pouco antes de ir pra Laura.

:,-(((((

16:39 link

Inútil paisagem

16:20 link

ARGHHHHHHHHHHHHHH!!!

Passei a madrugada inteira arrumando a espaguetilândia de fios e cabos do meu computador; comprei novas caixas de som e um monte de braçadeiras para prender todos os fios, arrumei a maçaroca toda direitinho, ficou parecendo até o computador de uma pessoa organizada... e agora, quando liguei, o monitor não entra no ar.

O led pisca, mas nada além disso.

Não sei se é problema dele ou da placa e estou com uma preguiça enorme de testar. O diabo é que é um ótimo monitor, um Syncmaster TFT, que nunca me deu nada além de alegria.

Tsk.

05:22 link

O que há num nome

Há coisa de uma semana, pensei em escrever um post sobre a eficiência da polícia inglesa, que descobriu num tempo que me pareceu recorde quem eram os terroristas do Metrô.

Agora, ficamos sabendo que o suposto terrorista morto há dois dias era um brasileiro.

O destino deste pobre rapaz me deu uma tristeza enorme. Todos nós conhecemos a história dele, todos nós conhecemos alguém que deixou o país em busca de uma vida melhor, mais digna, mais cheia de esperança.

Há uma ironia horrorosa nisso, de sair do Brasil, tão violento, para ser morto num país supostamente seguro, como a Inglaterra: afinal, é aqui que a polícia mata antes e pergunta depois, é aqui que a vida humana não vale nada, não é?

Por outro lado, o erro fatal da polícia inglesa só ficou claro porque o morto é um brasileirinho chamado Jean Charles de Menezes; mas fico me perguntando se este erro seria assumido, ou sequer descoberto, se ele se chamasse Ali, Salim ou Osama.

02:24 link

Apagão

Quando voltei para casa, a Lagoa estava inteiramente no escuro -- isto é, quase inteiramente.

Por pura sorte, a minha casa fica no "quase"...

01:23 link

Partimpim

19:30 link

Partimpim

19:13 link

Bianco e Millor

14:26 link

Chez Bianco

13:58 link

Para Lucas e Van

13:09 link

Irresistivel!

13:04 link

"As CPIs têm que funcionarem, têm que apurarem..."

* longo suspiro *

Eu, por acaso, não sou filha de pais analfabetos...

20:39 link

Deu no Globo Online:

Lula: "Está para nascer alguém neste país para discutir ética comigo"

Deu no Noblat:

18:53 link

Emergência canina!

Recebi da Eleonora:

Apareceu um casal holandês na Clínica de Patricia e Thomas Becker, levando um pastor alemão de oito anos, saudável e super educado, querendo que eles o sacrificassem, porque estão de mudança no dia 8 de agosto e não podem levar o cachorro.

Os veterinários procurados se negaram a sacrificá-lo e se dispuseram a tentar arrumar um dono ou um lugar onde ele possa ficar temporariamente, até se arrumar um lugar definitivo.

Se vocês souberem de alguém que possa fazer essa caridade, por favor se comuniquem com Thomas ou Patricia: thomasbecker@aol.com ou 2512-3694.

Como pode uma barbaridade dessas?!

Millôr tem razão, o ser humano não falha.

15:14 link

Casório

O mundo gira, a Lusitana roda e eu acabo de levar um susto: o Jampa vai se casar!

Jampa, vocês sabem, é o intrépido blogueiro Jean Boechat. E a noiva -- linda, por sinal -- é a Carolina, que eu ainda não conheço.

Para dizer a verdade, eu nem sabia que eles estavam namorando...!

Bom, o que eu sei é que desejo todas as felicidades do mundo a este casal: apesar de a gente se falar pouco, tenho um enorme carinho pelo Jampa, meu irmãozinho de web.

03:06 link

Enquanto isso, na vida real...

Passei um tempo estudando que tipo de plano de celular seria melhor para mim. Até as pedras da rua sabem que sou heavy user de celulares, mas só conheço os aparelhinhos; em relação às tarifas, até hoje não consegui chegar a qualquer conclusão definitiva.

O problema é que falo relativamente pouco, mas uso muito internet e mando muitas fotinhas. Isso sai caro às pampas; e não, o jornal não paga as minhas contas de telefone.

Pois ontem resolvi mudar para um desses novos planos da Tim, que me dá direito a 120 minutos e 60 MMS, ou seja, duas fotinhas por dia aqui no blog, por cerca de R$ 80. Acho que, mesmo que estoure, vai sair mais barato do que o plano antigo, sobretudó no que diz respeito ao MMS.

Pessoas com boas cabeças matemáticas, help! Alguém já chegou a alguma conclusão a respeito de tarifas de celulares?

22:50 link

Corrupto é corrupto, ponto.

Que o PFL é o que há de podre ninguém duvida; mas o que está se vendo nesses dias assombrosos é que mesmo o que há de podre pode ultrapassar as nossas piores expectativas.

Que o deputado Roberto Brant tenha recebido cem milhões ninguém estranha a essa altura, sobretudo nesse partido; mas que o presidente Bornhausen o elogie por "dizer a verdade" também já é demais.

A que ponto chega o cinismo dessa gente?!

E a mulher do Valério, querendo sacar dois milhões na boca do caixa?! Dois milhões, aliás, descritos pelo Jornal Nacional como "uma pequena fortuna" -- pequena???!!!

E a espantosa revelação do Pedro Simon, no outro dia, que passou em brancas nuvens, de que a pessoa mais próxima a Lula, o verdadeiro irmão camarada, é o inefável José Sarney?!

E este Banco Rural, ninguém vai investigar? Como se explica que toda a grana da roubalheira passe por lá?!

E o Lula, fazendo discurso de oposição, como se não fosse com ele?!

E o massacre a sangue frio da Língua Portuguesa?! Além de canalhas, todos são também analfabetos.

Que cansaço, sinceramente.

22:10 link

La vou eu...

16:02 link

O que funciona

Pelo que vejo na tela do celular o envio de textos funciona legal. O problema e mandar fotos ao mesmo tempo.

12:07 link

No batente

Coletiva da Sony

11:12 link

Keaton, pensando nas alternativas políticas da pátria

Fotinhas

Niomar, aí estão as fotinhas de gato que você pediu!

("Põe umas fotos de gatos aí pra gente relaxar")

Não consegui flagrar nenhuma delas rindo, porque a televisão estava ligada na CPI.

As fotinhas dos celulares são para o Lucas, para a Suely e para a Vanessa, que estavam interessados neles. O dobrável é o badaladíssimo Samsung Evolution, da Vivo; o candy bar é o recém-chegado Nokia 6681, que recebi hoje à tarde.

Primeiras impressões:

Samsung Evolution -- Apesar da câmera de 1.3 megapixels, o Evolution não é bom de foto. É muito rápido, em áreas 3G o acesso à internet é perfeito, mas deixa a desejar em alguns pontos. Acho que não tem suficiente memória para um topo de linha e não tem Bluetooth, pecado comum do mundo CDMA, que não é chegado ao Bluetooth; mas, em compensação é muito bom de joguinhos.

Nokia 6681 -- Grandão, mas cheio de qualidades. Tem Bluetooth, espaço para cartão MMC, ótimo som e uma câmera, de 1.3 megapixels, que, pelo que pude ver até aqui, é bastante boa.

Os dois têm telas claríssimas, muito boas. Têm conceitos diferentes, visando diferentes públicos; mas estou mais para o Nokia, pelo motivo óbvio das imagens, que são o meu fraco. Imaginem que ele tem até um editorzinho que permite acrescentar texto e moldurinhas, cortar, clarear ou escurecer as fotos -- e enviá-las direto para impressoras que disponham do dente azul.

00:29 link

Em Sampa

21:21 link

Para Sampa

19:55 link

teste

Teste

18:19 link

Blá blá blá

As excelências estão abusando do direito de torrar a paciência do povo brasileiro.

17:47 link

Heloísa Helena para presidente!

E eu para almoçar: estou correndo, depois a gente conversa.

13:00 link

Dia do amigo

Vejam que lindo texto recebi do querido Raphael Perret:

"A amizade é algo tão intocável, tão sublime, tão importante que nem a voraz sociedade de consumo em que vivemos conseguiu macular o seu dia comemorativo, ao contrário do que ocorre em outras datas importantes, como o Natal, dias das mães e dos pais, namorados etc. Nessas épocas, somos estimulados a comprar, comprar, comprar e comprar, deixando de lado o significado real da data.

Esse mundinho perigoso e doente não conseguiu ainda banalizar o dia 20 de julho, o dia do amigo. A única desvantagem é que a ausência de
propaganda, infelizmente, ajuda as pessoas a esquecerem a data.

Mas eu não esqueço.

Feliz dia do amigo!"

Eu faço minhas as palavras dele: adoro vocês. E mando um beijo especial para outra querida: a Vanessa Ornella, que faz anos hoje.

Um abraço,

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Malditos, todos

As imagens do presidente, dando entrevista tranqüilinho em Paris, obviamente mancomunado com dois tipos da pior espécie, não me saem da cabeça; e acabo de ler os jornais.

Estou tentando manter o meu lado Poliana em alta mas, infelizmente, a crise é mais rápida do que o meu poder de auto-ajuda; a vontade que eu tenho, mesmo, é de sentar no chão com os gatos e chorar, chorar muito.

Sim, eu detesto o PT, e não, nunca esperei nada do Lula, mas isso não é consolo. No máximo, evita com que me sinta ainda mais traída do que estou me sentindo, ou que tenha a sensação de que os meus sonhos se evaporaram -- não tenho sonhos em relação a governos há milênios, só pesadelos.

Mas é o meu país, a terra que eu amo.

O Brasil não merecia isso, e não adianta a gente racionalizar e dizer que os políticos nos representam, porque isso não é verdade. Eles nos representariam se no cardápio de candidatos à nossa escolha houvessem bons nomes, se a representação estadual no congresso não fosse tão deformada, se a política não fosse o jogo sujo e viciado que é.

O meu país não tem nada a ver com esta podridão; o espetáculo nojento a que estamos assistindo não é um espelho do Brasil, onde a maioria das pessoas, ao contrário da maioria dos políticos, é gente de bem, gente trabalhadora, que dá duro para sobreviver e não cai na gandaia com delúbios e valérios.

Olhem em torno e me digam se não é verdade: vejam as suas famílias, os seus amigos e vizinhos, os seus colegas, os porteiros, as balconistas das lojas, os jornaleiros, os gerentes dos bancos...

O que me mata de tristeza é ver o pouco caso com que é tratada a nossa gente, o uso perverso que se dá ao seu suado dinheirinho, o nada absoluto que recebe dos poderosos.

Será que esses grão-senhores não têm pena dos que estão espoliando?! Será que não têm compaixão dos que ficam sem escola, saúde e comida por causa da sua sede insaciável de poder e dinheiro?!

Será possível que nunca, jamais, este país venha a ter um governo e uma elite econômica que sintam ternura pelos brasileiros, que se comovam com a sua sorte, que ponham os interesses do povo acima dos seus interesses espúrios?!

Que tristeza.

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Palestra

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Palestra

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Keaton, esperando o sol

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Tutu, meditando

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E chove!

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E chove...

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Papo ao vivo, hoje, no Globo!

Logo mais, às 19hs, como parte das comemorações dos 80 anos do jornal, vossa blogueira estará participando do debate "O colunismo e a cidade".

Estarei em ótima companhia, vejam só: Ancelmo Góis, Arthur Dapieve, Joaquim Ferreira dos Santos e Artur Xexéo. Não se pode querer mais, né? :-)

A entrada é franca; quem estiver pelo Centro apareça, será um grande prazer! O Globo fica na Rua Irineu Marinho 35, na Cidade Nova -- ali perto dos Correios, do Balança-mas-não-cai e da prefeitura.

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Atenção: Pedro Simon no Jô!

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* suspiro *

Mais um que foge da raia: agora é o Gushiken, dando entrevista ao Jornal da Globo.

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Mesma cena, três lentes

Há muito tempo eu vinha querendo fazer isso; finalmente, na semana passada, me enchi de coragem, peguei minhas duas câmeras digitais e o telefone celular que estava testando e fui fotografar na Lagoa, por volta das 16hs -- um horário especial por causa da luz de inverno, que faz um monte de efeitos especiais para a gente.

Fui, vi, venci, ou seja: consegui voltar para casa sã e salva com todos os equipamentos. E, confesso, fiquei surpreendida com os resultados: mesmo sendo fã de carteirinha de celulares com câmera, não esperava um resultado tão bom.

A primeira foto, com 5 megapixels, foi feita com Panasonic Lumix FZ20, lente Leica. A meu ver, é a melhor e mais fiel das imagens, tanto em detalhes quanto reprodução de cor.

Logo depois, foto de 7,2 megapixels da Sony Cybershot P200, lente Zeiss. A foto é nítida mas as cores são um pouco saturadas e ligeiramente puxadas para o vermelho.

Por fim, o resultado capturado pelo Samsung D500, com 1.3 megapixels. As cores são muito saturadas, faltam detalhes às folhinhas de primeiro plano, a luz invade a área mais escura do tronco ? mas, se a gente não tivesse as duas outras para comparar, não é que a imagem do valente aparelhinho poderia ser considerada uma boa foto?

Se vocês clicarem nas fotos podem conferir as fotos em tamanho original -- vantagens da web! Mas é preciso ter paciência, sobretudo com a da Sony, que é imensa...)

* * *

Como em qualquer digital, há mais do que lentes e megapixels no caminho das fotos de celular. Um dos detalhes mais importantes é a usabilidade, ou seja, a forma de usar.

Se você está pensando em comprar um, preste atenção em alguns pontos: a câmera deve ser fácil de ligar, assim como rever as fotos tiradas e apagá-las. Também é importante que possam ser passadas para um computador, já que enviá-las pelo telefone sai caro.

Não fique sem graça de experimentar o aparelho na loja; ele deve ficar confortável na mão. Dependendo da forma como você pega o celular, às vezes pode existir incompatibilidade entre a posição da lente e a posição dos dedos. Isso acontece principalmente com telefones dobráveis com lentes próximas à dobra.

Preste atenção também à interface, isto é, o conjunto de menus e funções. Quando a interface é ruim, fotografar acaba sendo uma mão de obra tão grande que você corre o risco de nem curtir o seu brinquedinho...

(O Globo, Info etc., 18.7.2005)

17:43 link

Síndrome de Poliana, ou:
Sim, há um lado bom na crise

Ontem de tarde li, de uma vez, os jornais dos três últimos dias -- que só tinha lido em pedaços, online ou lá no jornal mesmo. Tudo é deprimente, a começar pelo fato de que fica difícil saber se o que se está lendo é política ou polícia. Em vez dos grandes temas que deveriam nos preocupar, como a educação ou a saúde, tome Delúbio, Marcos Valério, Zé Dirceu...

Mas para algumas coisas, pelo menos, a crise está servindo.

A primeira, e mais evidente, é mudar o PT e, quem sabe, mudar a mentalidade petista. Confrontado com o fato inegável de que não é o dono da moral e da ética, pode ser que o partido deixe de ser tão arrogante e autoritário.

Também é possível que, descobrindo que seus dirigentes são políticos como os demais, os petistas passem a ser mais tolerantes com o pensamento alheio, e mais desconfiados em relação a si próprios. Não acredito que isso venha a acontecer, embora torça para que aconteça: uma mudança assim faria bem a todo mundo.

Outro aspecto positivo da crise tem sido revelar à nação a verdadeira natureza das pessoas. Zé Dirceu nunca enganou os que tinham olhos para ver -- e, sobretudo, para ler. Não faltam sinais na sua biografia indicando a pessoa nefasta que é. Se o resultado de todo este imbroglio for única e exclusivamente o seu afastamento do poder, a crise já terá tido a sua utilidade.

Mas nada como os holofotes da TV Senado em tempos interessantes para nos mostrar quem são, de fato, os políticos que achávamos que conhecíamos. Acredito que os vídeos mostrando os piores momentos de cada um servirão lindamente ao longo dos anos a seus adversários; e acho que, neste fogo cruzado, muito poucos vão se salvar.

Nas próximas eleições vamos ter repeteco de todo o festival de baixarias, de Jorge Bittar espezinhando a secretária a Arthur Virgílio xingando o presidente. Afinal, uma coisa é o que a gente acha e diz dele numa mesa de bar, numa charge de jornal, num forum na internet; outra é a tribuna do Senado.

Por pior que seja o presidente, há um simbolismo no cargo que não pode ser desrespeitado nas altas esferas. Se um senador da república não tem educação e não entende este princío básico, o que se pode esperar dele?!

Mas há mais coisas boas nisso tudo que aí está. Ao escancarar a maneira como se financiam campanhas e jogar no ventilador as cifras monumentais da corrupção, o deputado Roberto Jefferson prestou um grande serviço ao país.

Que corrupção existe no Brasil desde sempre todos nós já sabíamos; o que ignorávamos é como acontecia, por quais desvãos se infiltrava. De repente, o país está tendo uma Aula Magna sobre o assunto, dada por um de seus principais expoentes.

Não é pouco não.

Ficamos todos mais espertos, mais atentos, mais desconfiados.

Este poderia até ser o primeiro passo para um processo de moralização do país; mas, infelizmente, a crise revelou também que há um enorme vazio no governo. Lula pode ser um sucesso na França, mas até hoje não descobriu que o papel de um presidente não é rodar o mundo numa nuvem de glória, e sim pisar na lama para tirar o país do atoleiro.

Com exceção do caso da Gamecorp, que não podia ignorar por estar dentro da sua própria casa, acho que ele de fato não sabia o que estava acontecendo. Ou, por outra: sabia fazendo não saber, como tanta gente faz na sua vida amorosa -- e não sabia, portanto, a real extensão do estrago.

A verdade é que enquanto a gente faz de conta que ignora, não precisa tomar providências; mas, por outro lado, fica refém de suposições que nem sempre refletem a realidade. Esta é uma posição cômoda, mas muito perigosa. Uma mulher fiel que desconfia que está sendo traída mas prefere não tomar conhecimento de nada corre o risco de só descobrir a verdade quando pegar Aids do marido -- e aí já é tarde.

O que nos resta é torcer para que, com o susto, Lula ponha os pés no chão, tome uma atitude e comece a governar o país como prometeu fazer. E que todos nós, agora devidamente alertados, passemos a exigir mais clareza, mais serviço e menos lero lero daqueles que, afinal, são nossos funcionários.

00:33 link

Show na Toca do Vinicius

19:47 link

Praca da Paz, Ipanema

18:12 link

Ju esperando a tia atrasada

18:01 link

Pessoas, estes bichinhos ainda não foram adotados...

Por favor espalhem a notícia, quem sabe há alguém aí precisando justamente de um lindo cachorrinho?

Eles precisam de um lar

Focinhos carentes

Um dia, apareceu uma cadelinha grávida na rua da Rosana Monteiro...

Ela a acolheu, cuidou dos filhotinhos quando nasceram e aí estão eles hoje, lindos, simpáticos, um mais inteligente do que o outro.

O email da Rosana é viva_mais_feliz@yahoo.com.br.

Mandem um telefone para contato e ela atenderá prontamente.

17:00 link

Mesma vista, outro fone

15:28 link

Que dia lindo!

13:56 link

Boas notícias!

A linda gatinha branca que se ajeita tão bem no colo da Telinha é aquela que foi abandonada no Jockey na semana passada, lembram?

Postei o apelo da incansável Ana Yates, Telinha ficou sensibilizada e levou a bichinha para casa. Ela agora tem uma família completa: um casal de bípedes para domesticar e dois irmãos gatos para pôr na linha, o Atum e a Muriel.

Como foi adotada no dia 14 de julho, e é uma pequena jóia, passou a se chamar Bijoux.

Já a minha xará Cora, aquela tricolor super-charmosa cujas fotos encantaram a todos, foi rapidamente adotada pela Sônia; dois irmãozinhos seus, não menos charmosos, foram para a casa da Vânia; e a Lilian não resistiu e acabou ficando com a Amelie.

Ainda não tenho notícias dos cãezinhos, mas é claro que assim que souber de alguma coisa venho contar correndo.

Bom fim-de-semana para todos, e que os bípedes e quadrúpedes desta história sejam felizes juntos por muitos e muitos anos!

03:42 link

Imagina se perdessem...

Só agora estou vendo as imagens dos hooligans paulistas.

É o fim do mundo, mesmo.

02:50 link

Novela nacional

21:01 link

Luis Inácio falou:

"O Brasil não merece o que está acontecendo."

Ufa!

Finalmente eu concordo com alguma coisa que ele diz.

19:05 link

Copacabana

16:33 link

Copacabana

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A caminho

13:34 link

Uma carta de verdade, com selo e tudo... e que selo!

A real utilidade dos correios

Todos os dias, recebo de dez a quinze emails de leitores lá no jornal. Às segundas e quintas, dias de coluna, este número dá um salto.

Problemas envolvendo animais são quase sempre os campeões de correspondência, mas quando escrevo sobre política ou sobre alguma coisa que incomoda -- como, digamos, a prefeitura do Rio -- a resposta é sempre grande.

Tenho muita sorte.

Há invariavelmente duas ou três pessoas que acham que eu devia me recolher à minha insignificância e só dar palpite sobre tecnologia e/ou capivara, e uma ou outra que baixa o nível, usando linguajar digno do Congresso Nacional -- mas, em geral, os leitores que me mandam emails são extremamente gentis e carinhosos.

Às vezes recebo até cartas de verdade!

Cartas são emails primitivos que se escreviam à mão ou com máquina de escrever em folhas de papel, que depois eram dobradas, protegidas por envelopes, seladas e entregues aos correios.

Pois ontem recebi uma das cartas mais simpáticas de todos os tempos!

Uma leitora de Belo Horizonte foi passar férias no Panamá, empolgada com a minha descrição do país. Adorou a viagem e, na volta, mandou um postal e um lindo guia de pássaros panamenhos para agradecer a dica.

Agora vejam a gentileza da Maria Alice: não só fez isso, como, ainda por cima, selou a carta com uma coleção de bichos encantadores... entre eles a capivara aumentada no destaque.

Taí: se esta não é a melhor profissão do mundo, não sei qual é.

:-)

03:22 link

Hmmmmm...

22:52 link

Cinema é a maior diversão

A última moda, pelo visto, é corrente em blog: depois daquela dos livros, chegou a vez da dos filmes. E quem me passou as perguntas foi o Lucas, aquele anjinho... grrrrrrrrrrrrrr!

Qual o seu filme favorito?

La Nuit de Varennes, em português Casanova e a Revolução.

Qual o último DVD que você comprou?

Em Nome do Pai.

Quais os cinco últimos filmes que você viu?

Brilho eterno de uma mente sem lembranças
A pessoa é para o que nasce
Desconstruindo Harry
Feitiço do tempo (este não sai do nosso player)
O alfaiate do Panamá

Qual o melhor filme brasileiro de todos os tempos?

Tudo bem

Qual o seu diretor/ator/atriz e o seu gênero favoritos?

Diretor: páreo duro entre Ettore Scola e Woody Allen, Stanley Kubrick e David Lean

Ator: Jeremy Irons, Albert Finney, Gerard Depardieu... nossa, são muitos!

Atriz: Katherine Hepburn, Judi Dench, Fernanda Montenegro

Gênero: Todos, desde que o filme seja bom.

Escolha 5 pessoas para passar a corrente?

Ah, não! Isso é maldade. Mas abro os comentários para quem quiser participar espontaneamente, OK?

20:04 link

Foto feita com o Sony Ericsson K750i: publiquei no jornal tal e qual saiu do telefone

Uma república de bananas

Entrei no táxi que é meu conhecido e, antes mesmo que pudesse dizer boa noite, ele pediu: "Dona Cora, a senhora me faz um favor, vamos conversar sobre a sua mãe". O taxista conhece Mamãe e é fã dos seus feitos esportivos, mas ainda assim estranhei e perguntei por quê. "Porque eu acho que ela é uma lição de vida e fico feliz quando falo em gente assim; mas há uma semana, todo mundo que entra neste táxi só quer falar da roubalheira do governo, e eu não agüento mais falar nisso, perco o humor, chego em casa e saio gritando com os meninos." Achei o pedido perfeitamente compreensível e, dessa forma, conversando sobre a minha Mãe, campeã de natação aos 81 anos, pessoa sob todos os aspectos admirável e exemplar, percorremos, reconfortados, o trajeto entre o jornal e a Lagoa.

A verdade é que ninguém agüenta mais o noticiário político. Ninguém agüenta mais tanta sujeira, tanta pouca vergonha, tão pouco caso com o dinheiro e a inteligência dos contribuintes. Até os aspectos cômicos da chanchada são nojentos. Habeas corpus preventivo, cem mil dólares na cueca, empresa de games a cinco milhões, malas de dinheiro que a polícia federal leva onze horas (onze horas!!!) para contar -- mas que mundo é esse?! Que gente é essa?! Como é que consegue se olhar no espelho, dormir, encarar os familiares?!

Como é que ainda estão soltos?!

* * *

Parte do problema, acho eu, está em Brasília. Não a metáfora política, mas o ponto geográfico: para convencer o funcionalismo a se mudar para a então inóspita capital, Juscelino Kubistchek corrompeu toda a estrutura do serviço público. Quem estivesse disposto a fazer o sacrifício da mudança ganhava casa, ajuda de custo e salário em dobro. A partir daí, a cidade perdeu qualquer noção real de dinheiro ? aquele dinheirinho honesto e suado, com o qual temos que viver você, eu e o taxista revoltado. Daqueles tempos para cá Brasília recebeu muita gente direita, que foi para lá de livre e espontânea vontade e vive, a duras penas, à sombra dos palácios milionários; mas aí o estrago moral já estava feito.

Nunca mais político algum precisou pôr a mão no bolso para pagar o que quer que fosse. Todos têm habitação de alto luxo, comida e roupa lavada. Nós, contribuintes otários, trabalhamos para pagar aluguel ou prestação da casa, contas de água, luz e telefone, empregada, escola, roupa, comida, médico, dentista, viagens, transporte; eles trabalham para... para que mesmo, hein?

A casa e as contas deles são pagas por nós; no congresso há ótimo atendimento médico e odontológico, na cidade há clubes grátis para todos e cada deputado ou senador tem mais empregados do que ocupação para eles. No primeiro escalão, despesas de todo e qualquer tipo podem ser debitadas na famigerada "representação", de lençóis de linho egípcio a sites pornô.

Além disso, como Brasília é longe de tudo, todos têm direito a passagens, correio, telefone e transporte, para não falar naquelas férias obscenas conhecidas por "recesso parlamentar".

* * *

Qualquer um que seja alguém em Brasília perdeu, há tempos, a idéia do que é viver do seu próprio dinheiro. Para a politicalha, a cidade é uma espécie de jogo de monopólio, bancado por terceiros, onde circula uma moeda sem qualquer lastro na realidade.

É por isso que eles falam em milhões com tamanha desfaçatez, por isso não se envergonham de ganhar mensalões ou de andar com alguns trocados na cueca; por isso o presidente Lula acha perfeitamente normal o filho receber cinco milhões de reais da Telemar a título de parceria numa empresa de games que nem página na internet tem. Afinal, o que é isso, cinco milhões de reais?

Eu confesso que não sei: minha imaginação de assalariada não chega até lá. Mas em Brasília, pelo visto, não é nada, apenas uma abstração, tão irrelevante para efeitos práticos e morais quanto os R$ 300 do salário mínimo ou os 27,5% de imposto descontados em folha dos ricaços que, neste país, ousam ganhar mais de R$ 2.326 (ou seja: menos de um décimo de mensalão).

* * *

Enquanto escrevo, terça-feira à noite, as últimas notícias dão conta de que o deputado João Batista Ramos da Silva, aquele que foi pego com dez milhões (quase duas Gamecorps!), teria sido expulso do PFL por "sujar a imagem do Partido".

Como é que é?! Sujar a imagem do PFL?!

Mas não estou dizendo?!

Brasília vive, definitivamente, numa realidade paralela.

Só pode ter sido lá, nesta outra realidade, que a CNT/Sensus fez a pesquisa que indica que a popularidade do presidente Lula não foi afetada pela crise.

O pior é que ele é capaz de acreditar.

(O Globo, Segundo Caderno, 14.7.2005)

16:01 link

Keaton e as comadres

15:26 link

Roupa nova

Elis, a minha queridinha, mudou de template: o blog está com um look que só vendo!

Em tempo: não acreditem no nome, blogs mentem muito... ;-)

04:43 link

Do Zérramos, especial pro internETC.

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Terrorismo e tecnologia

Quando o World Trade Center veio abaixo há quatro anos, os blogs, que até então eram conhecidos por meia dúzia de pessoas e, ainda por cima, tinham pecha de diários de adolescente, vieram para a luz da ribalta. O atentado permitiu ao grande público descobrir o extraordinário poder de comunicação da ferramenta singela mas versátil; e, de lá para cá, a blogosfera nunca mais foi a mesma.

Centenas de milhões de adolescentes continuam a fazer blogs, mas hoje também é através deles que circulam as notícias mais quentes. Os principais jornais do mundo os adotaram, e já há até jornalistas independentes conseguindo sobreviver graças a blogs que mantém sozinhos, o que é uma reviravolta extraordinária no mundo das comunicações -- onde, até outro dia, a informação era produto exclusivo de grandes empresas.

Em linhas semelhantes, o atentado de Londres acaba de consolidar uma outra tecnologia: a das câmeras e filmadoras de telefones celulares, com todos os seus defeitos e sua falta de definição.

As imagens captadas pelos usuários que viveram a tragédia não têm o foco, a resolução e o enquadramento que teriam sido obtidos com equipamentos profissionais, mas têm a emoção da hora, e nos mostram o que, de outra forma, não poderíamos ver.

Elas não são imagens estéticamente perfeitas -- sim, há imagens de horror perfeitas esteticamente -- mas são informação em estado bruto. A tal ponto que muitas ganharam inéditas primeiras páginas dos jornais no dia seguinte, e vários minutos filmados em celulares foram exibidos por emissoras do mundo inteiro, a começar pela BBC.

Respostas difíceis: Sony responde

O Serviço de Atendimento ao Consumidor da Sony Brasil respondeu à queixa que fiz em nome do leitor Lucio Wandeck, cuja câmera P52 faleceu prematuramente:

A Sony Brasil, que tem como política principal manter a qualidade de seus produtos e serviços, esclarece ao Sr. Lucio Wandeck que sua câmera adquirida em Nova Iorque, há dois anos, não possui garantia assegurada pela empresa, pois se trata de um equipamento importado.

O SAC Sony, no entanto, orientou o consumidor, no dia seguinte de seu contato, que seu produto poderia ser reparado pela rede autorizada da marca. Por isso foi enviado o link leitor.notlong.com, por meio do qual o Sr. Lucio Wandeck poderia escolher uma oficina mais próxima de sua residência. A Sony Brasil se coloca à disposição para mais esclarecimentos, caso seja necessário.

(O Globo, Info etc., 11.7.2005)

Uma das razões pelas quais os fabricantes não oferecem assistência técnica a produtos importados é que a carga tributária no Brasil é tão grande que o único "atrativo" que eles têm a oferecer a quem compra o produto aqui é, justamente, a garantia de assistência.

Por causa dos impostos, a mesma máquina que custa US$ 300 nos EUA sai a quase R$ 3 mil no mercado nacional.

Isso, para variar, nos põe à margem do desenvolvimento sob inúmeros aspectos: não só deixamos de ter acesso ao que há de mais moderno, como acabamos freqüentemente lesados como consumidores.

No caso desta P52, a Sony fez trocas de aparelhos defeituosos por outros modelos Cybershot na Ásia e nos Estados Unidos; mas os brasileiros que compraram a máquina no exterior ficaram a ver navios.

Isso não acontece só com a Sony, mas com todas as empresas de tecnologia que trabalham no Brasil.

A alternativa do Lucio (e de quem mais teve problemas com a P52) seria enviar a máquina para o exterior -- mas aí, além dos custos de transporte, ele teria que pagar mais 60% à aduana.

Em suma: o consumidor de tecnologia tem duas alternativas no Brasil. Ou é assaltado na fonte, pagando impostos escorchantes, ou paga lá fora o preço justo -- abrindo mão de qualquer garantia.

00:09 link

A tomada da Daslu

Mais uma vez, Gabeira mandou muito bem.

19:53 link

Schincariol II, a Missão

Pronto, agora prenderam a dona da Daslu, por suspeita de sonegação. Se isso não é manobra do governo para desviar as atenções do escândalo político, alguém me explique o que é pois, ao que eu saiba, ninguém pode ser preso só assim, porque a polícia suspeita de sonegação.

Eu não suspeito não, tenho certeza: os impostos neste país são tão absurdos que não há quem já não tenha feito uma sonegaçãozinha básica, seja indo ao dentista sem recibo, seja trazendo uma câmera digital da viagem; imagina então uma loja como a Daslu, que vive de importados.

Mas isso sou eu, com os meus achismos; seria de se esperar que a polícia trabalhasse com fatos mais consistentes.

Por acaso, a outra proprietária da loja é casada com Nizan Guanaes, que fez a campanha do Serra (tão mal, aliás, que sempre achei que estava a soldo do PT); e uma das gerentes é filha do Geraldo Alckmin. Mas isso, naturalmente, é, como eu disse, acaso.

Sinceramente? Não acho um crime ser dona da Daslu; acho um crime ser cliente.

Faria muito mais sentido a polícia investigar a clientela do que as proprietárias. Mas isso daria muito mais trabalho, poderia chatear pessoas não-chateáveis e, claro, teria muito menos impacto popular.

Em suma: o circo está armado.

A polícia prende, o jornal noticia, o Lula faz um discurso sobre a eficiência do governo, todo mundo fica impressionado e a justiça solta.

E continua tudo como dantes no Quartel de Abrantes.

15:13 link

Tangos e Tragédias

Já esta foto foi feita com um Samsung Evolution, o novo aparelho 3G da Vivo.

05:58 link

Tangos e Tragédias

Mandei esta foto direto do Canecão por um Razr V3 da Motorola. Não ficou boa, mas o pobre telefone não teve culpa, já que as condições de luz estavam ruins.

Já o show estava o máximo: casa lotada de fãs que, naturalmente, cantavam junto todas as músicas. Gosto muito do Hique Gómez e do Nico Nicolaiewsky, e gostei mais ainda de ver como é possível a uma boa proposta artística se consolidar e encontrar seu público mesmo fora da mídia.

O espetáculo de ontem teve um toque todo especial: a presença dos rapazes do Paralamas, que também são fãs do Tangos & Tragédias, vestidos a caráter, com barbas e bigodes postiços, figurinos da Sbórnia e tudo o mais.

Para quem não faz idéia do que eu estou falando: há 20 anos, Hique e Nico criaram dois personagens, Kraunus Sang e o Maestro Pletskaya, vindos de um país chamado Sbórnia.

De acordo com as canções, a Sbornia é uma ilha -- mas olhando assim de fora e ouvindo o violino do Hique e o acordeão do Nico, a gente jura que esta ilha fica em algum lugar da Europa Central.

No repertório do show, que tem um humor musical totalmente cult'e não faria feio num cabaret europeu dos anos 30, Vicente Celestino, Alvarenga e Ranchinho, Roxanne e uma versão gozadíssima do Trem das Onze, The Eleven's Train.

Enfim, tudo o que eu posso dizer é: da próxima vez que eles estiverem por aqui, não percam!

Em tempo: o Hique é pai da Clarah Averbuck e, como se isso não bastasse, tem 47 gatos.

YESSSSSSSSSSSS!!!

23:36 link

Mais um apaixonado saudoso

Julio Preuss também está caído de amores pelo D500, e fez um teste super-completo do bichinho: aqui.

19:12 link

Vocês acreditam nisso?

Deu no Globo: pesquisa indica que os escândalos não afetam Lula ou o PT.

Eu só queria saber onde foi que eles fizeram a pesquisa:

Na casa do Lula?

No Congresso Nacional?

Em Bangu I?

Todas as respostas acima?

18:55 link

Ciao, bello: o D500 vai embora... :-(

14:52 link

Mais focinhos carentes

Esta aí é a minha xará Cora: ela e seus irmãos foram encontrados dentro de um saco plástico fechado. Tinham uns dez dias, estavam abrindo os olhinhos. Foram recolhidos pela Lilian, que os cuidou e alimentou até ficarem as bolinhas fofas e saudáveis que são hoje.

Acontece que a Família Gato da Lilian é maior do que a daqui de casa; não têm vagas. Ela agora procura donos para as belezinhas que salvou mas, como bípede cuidadosa, só aceita gente que vá gostar deles mais do que ela; e só quer doá-los em duplas, pois perderam a mãe muito pequeninos e seria bom que ficassem com pelo menos um irmãozinho para não se sentirem muito perdidos no mundo.

Interessados? Mandem emails para a Lilian, em lilqueiroz@globo.com.

Outro focinho carente é a gatinha branca, do mesmo tamanho da Cora (bom nome para um gato!): igual à Pipoca, mas de pelo mais longo, lindinha e ronronante. Ela está com a Ana, em gatyates@yahoo.com.br.

22:17 link

Tou chegando...

15:20 link

Boa tarde!

15:07 link

Final Feliz

As duas lindezas da foto são a Theodora e a Silvinha, recém-adotada na feirinha da Suipa; foi para a Theodora que eu pedi um gatinho laranja no outro dia.

Silvinha tem este nome porque, em se tratando desta cor, todos na casa esperavam um macho, e já se tinham decidido pelo nome Silva.

Pois eis que apareceu esta pequena fêmea, roubou atenções e corações e pronto, lá está, feliz da vida, num belo pedaço de paraíso tropical -- nada tropical neste fim-de-semana gelado, por supuesto, mas nem por isso menos paradisíaco.

Boa segunda-feira para todos.

02:49 link

Lá está ele...

A GloboNews está dando um repeteco da entrevista do Miguel de Sousa Tavares: acabou de começar. Liguem lá!

18:34 link

O vizinho

Eu guardei o link durante a semana e só agora fui lá; muito legal! Visitem: é o vizinho do Roberto Jefferson.

05:56 link

Melhor é impossível

RIDING GIANTS -- NO LIMITE DA EMOÇÃO

Bonequinho aplaude de pé, empolgado

Vocês já podem ter visto filmes com ondas grandes e grandes surfistas, mas duvido que tenham visto combinação tão eletrizante de umas e outros. O título ambivalente em inglês, "Riding giants", em que não se sabe ao certo se a idéia é surfar gigantes ou gigantes que surfam, dá uma pista ausente no título brasileiro: mais importantes do que as ondas arrepiantes são os homens que foram até lá, reverenciados pelo diretor Stacy Peralta como os semideuses que de fato são.

O documentário é, pura e simplesmente, um primor, juntando depoimentos atuais dos seus principais personagens a trechos de filmes caseiros de 50 anos, que mal imaginamos como foram filmados, mostrando as lendas do surfe em ação. Lá estão, entre outros, o magnífico Greg Noll e o invencível Jeff Clark, que durante 15 anos surfou sozinho as ondas mais perigosas da Califórnia. O filme termina com Laird Hamilton, que reiventou o esporte com os jet-skis, atravessando a mais espantosa parede de água que já se viu.

Ninguém precisa ser surfista ou ter noção do que é surfe para se emocionar com esses homens maravilhosos e suas pranchas voadoras.

(O Globo, Rio Show, 8.7.2005)

02:36 link

Ora, pois

Miguel de Sousa Tavares, o autor do extraordinário Equador, está dando uma entrevista na GloboNews.

De vez em quando lê trechos dos seus contos.

Bonito como está nesta foto o gajo não é; mas tem um jeito de falar tão lindo, mas tão lindo, que valha-me Deus...

Update: Gostei muito do que ele disse; e gostei sobretudo de ter se referido ao Jorge de Sena, um dos meus poetas portugueses favoritos.

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Tem pai que é cego

A essa altura até as pedras da rua sabem que a Telemar pagou cinco milhões de reais à empresa que, apenas um mês antes, os filhos de Lula e Jacó Bittar haviam fundado.

O capital da empresa, antes do aporte de cinco milhões da Telemar, era de R$ 5,2 milhões.

Pois queria que alguém me explicasse isso: de onde vem este dinheiro?! Como é que uma empresa que não pertence a algum grande conglomerado ou a milionários pode ter um capital deste tamanho?

Digamos: se eu me juntasse a algum amigo e fundasse uma empresa, poderia alegar o capital que quisesse? Poderia criar uma empresa de cinco milhões?

Ainda que isso seja possível, porém, a compra da Telemar é indefensável; a Gamecorp, que se diz produtora de conteúdo para games e TV fechada, havia sido fundada apenas um mês antes, e é uma firma tão marca barbante que não tem sequer webpage.

Alguém concebe isso, uma empresa de games sem presença na web?!

Uma googlada básica no Brasil (no exterior há outras com o mesmo nome) revela apenas 19 referências, mais de metade das quais referência ao escândalo em curso. Entrem Mforma, por outro lado -- uma empresa de games para celulares de verdade -- e encontrarão 66.300 referências.

Tem mais. Qualquer pessoa que conheça um mínimo do mercado de games e de celulares sabe que o que mais existe por aí é startup de fornecedor de conteúdo. As incubadoras das universidades estão cheias de jovens talentosos tentando fazer decolar suas pequenas empresas -- mas, como não são filhos do presidente, na maioria das vezes sequer conseguem mostrar o que estão fazendo às operadoras.

Acontece que o mercado está saturado. A oferta excede em muito a procura, ainda que faltem killer aps e que os grandes sucessos da área sejam variantes da primeira grande leva de games desenvolvidos para PC -- as limitações das telinhas e das teclas é similar às limitações dos monitores e teclados de então.

O que acontece num mercado saturado? Rola pouco dinheiro para desenvolvedores, naturalmente. A área é rica, mas de burra ou ingênua não tem nada. Não há operadoras torrando seus milhões só assim, apostando em talentos ocultos, como faziam os VCs nos tempos da bolha.

Hoje, pelo contrário, anda todo mundo com a carteira fechada e com as barbas de molho.

Exceto, claro, a generosa Telemar, que pelo visto aposta alto em talentos desconhecidos -- e que tem a cara de pau de dizer que não sabia que o Fulano de Tal Lula da Silva (Fábio Luiz, para ser mais precisa) era filho do presidente.

Dito isso, ponham-se no papel do pai amoroso.

Um dia seu filho funda uma empresa com o amigo de infância; tudo perfeito, você acha ótimo -- e, talvez, nem saiba o capital da dita firma, porque tem outras preocupações e porque detalhes assim filhos nem sempre contam pros pais.

Mas, um mes depois, ele faz um negócio de cinco milhões com a Telemar... e não é um disk-droga.

Ora, por mais que você goste do seu filho e ache que ele é um gênio, você vai achar isso normal?! Vai aceitar que cinco milhões caiam no colo do garoto sem quê nem porque?! Vai achar que o mundo das telecomunicações é assim mesmo, uma mina de dinheiro?!

* suspiro *

Ai, que cansaço.

Update: A Veja dessa semana traz uma matéria que explica melhor esta negociata. A coisa é ainda mais esquisita, e em essência é a seguinte: em vez de ser criada com cinco milhões inexistentes, a Gamecorp foi criada com apenas R$ 200 mil inexistentes. Pois aí vai a Telemar e compra, por cinco milhões, uma parceria nesta empresa virgem.

Aos que ainda acham que se trata apenas de duas empresas fazendo business as usual, explico (mas ainda é necessário?!): estaria tudo bem se a Telemar fosse uma empresa de capital 100% privado, e a Gamecorp uma empresa de verdade.

Acontece que há dinheiro do BNDES e dos fundos de pensão no capital da Telemar, ou seja, dinheiro nosso. Quanto à Gamecorp... ah, deixa pra lá.

Quem quiser que acredite no talento prodigioso de seus fundadores.

22:30 link

A trama se adensa

Era só o que faltava: depois de habeas-corpus preventivo, dólar na cueca.

Como é que se anda com US$ 100 mil na cueca?

Que modelo de cueca é esse que acomoda US$ 100 mil?

Cofrinho? Samba-canção?

Ou será assim tipo um fraldão?

E será que não incomoda?

O que mais nos aguarda nesta chanchada?!

* suspiro *

Taí. Eu não tinha dúvida de que o PT faria um governo incompetente, não tinha dúvida de que aparelharia o estado de alto a baixo e que levaríamos muitos anos, se não décadas, para nos livrarmos dos aparatchiks em cargos técnicos e dos sindicalistas substituindo especialistas; mas, sinceramente, nunca pensei que o PT fosse se afundar num mar de lama dessas proporções e, sobretudo, deste nível de ridículo.

Custava perguntar aos bons aliados Maluf, ACM ou Sarney como é que se faz?!

Aliás -- alguém tem visto o comissário Zé Dirceu? Ou ela a essa altura já está em Havana?

Que país, caramba, que país.

Ah, sim: Cadê dona Marisa, que era a própria sombra do presidente e, de repente, desapareceu do mapa? E cadê Duda Mendonça?

20:59 link

Piso molhado

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Piso molhado

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London, London... :,-(

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Horror

No Flickr, londrinos horrorizados postam flagrantes dos atentados; no Boing-Boing, excelente coleção de links sobre o assunto.

15:59 link

Estava escrito nas estrelas

Lembranças do PT e uma notícia do mundo cão

O ano de 1989 foi um dos piores da minha vida. Nas eleições, na contra-mão da maioria dos meus amigos, escolhi votar em Covas, que julgava um homem de bem, comprometido com o Brasil, ao contrário de Lula, que me parecia no máximo pitoresco, e de Collor, evidentemente doido. O problema é que decidi não só votar em Covas, mas também ajudar sua candidatura. Distribuía folhetos e santinhos, e usava, nas janelas do meu carro, uns bonitos adesivos de propaganda, feitos pelo Millôr.

Pois nunca me senti tão discriminada e tão só quanto então. Num instante nossos amigos deixaram de ser amigos e viraram petistas full-time, soltando fogo sagrado pelas narinas ideológicas. Praticamente cortaram relações comigo e os que pensavam como eu. Um ou outro ligava, mas não conseguia disfarçar a superioridade autocongratulatória, de quem dá uma esmola ou visita uma comunidade carente.

Eram visivelmente superiores àquelas pessoas que tinham o impudor de pensar diferente, e que mereciam, no mínimo, o ostracismo social. Estavam sendo ideologicamente magnânimos. Vivi desde situações bizarras, como a discussão com um casal de milionários consumistas defendendo o pseudo-proletariado no sofá da sala repleta de peças art-nouveau, às constrangedoras, como o dedo espetado no meu peito por uma estagiária do "Jornal do Brasil" que, no elevador, me cobrava não estar usando um button do PT, Pureza Total.

O pior era voltar para casa. Meu caminho passava pelo Garota de Ipanema, que se transformara em point. Petista, claro: não havia outros. O mundo era petista. Entrar na Vinicius com o sinal fechado virou pesadelo. Meu pobre Fiat atravessava um corredor polonês em que levava murros e era chutado pelos democratas alcoolizados. Quando eu finalmente estacionava na garagem, antes de desabar em prantos, ainda tinha que tirar os lulalás que haviam sido colados na lataria. O que me esperava lá em cima não era melhor: ofensas e ameaças nojentas na secretária eletrônica.

* * *

Atravessei a ditadura mais ou menos incólume, apesar de ser jornalista, como tantos, abertamente contra o regime. A questão é que, dos militares, não se esperava outra coisa senão antagonismo e "pau neles!" (nós). Aquela era a ordem natural das coisas, a lei e a ordem, eles de lá, nós de cá. Mas como lidar com amigos e companheiros de idéias subitamente transformados em inimigos encapuzados com a máscara da ideologia? Como lidar com a indiferença e a descrença, ou, no máximo, com a "infinita paciência", com que os amigos recebiam meus desabafos?

A questão é que, para eles, não havia partido mais democrático do que o PT, santamente mergulhado em eternas reuniões para decidir as menores coisas. O que acontecia lá fora eles não sabiam, nem queriam saber. Ignorância é poder!

A violência na secretária eletrônica e na lataria do automóvel era excesso natural de uns poucos "radicais"; meu sufoco dentro do carro sacudido pela turma da Vinicius era bobagem de boneca intelectual, coisa de mulherzinha.

Perdi alguns amigos, perdi toda a confiança em outros. Mudei de trajeto, desliguei a secretária e, decisão pequeno burguesa, jurei que jamais votaria no PT. Quando Covas perdeu no primeiro turno, passei a defender o voto nulo. A vida do carro, do qual tirei os adesivos, melhorou muito; já a minha não.

Pouca gente entende o voto nulo como manifestação política. Não passava pela cabeça de ninguém que uma pessoa razoavelmente letrada e medianamente civilizada pudesse optar por anular o voto. Para mim, que considero o voto uma procuração que passo a alguém para exercer meu direito de cidadania, não havia outra saída.

Meus ex-amigos petistas estavam convencidos de que, não sendo Lula, eu era, inevitavelmente, Collor. Collor envergonhada, sem coragem de declarar. Para eles era mais fácil "raciocinar" assim. É curioso, e ao mesmo tempo assustador, que não tenha ocorrido a nenhum deles que pudesse haver algo profundamente errado com a premissa de que, numa eleição livre, alguém precisasse esconder seu voto. Mais curioso (e igualmente assustador) era observar o pequeno número de carros que circulavam com adesivos do Collor. Qualquer pesquisa de opinião pública feita a partir de adesivos de vidros de automóveis daria vitória esmagadora para o PT.

Até hoje me pergunto quantos votos o PT não perdeu naquele ano por causa da sua falta de vocação para o diálogo, ou melhor, sua falta de desconfiômetro -- e da truculência da sua militância. Sempre que ousei tocar nesse assunto com petistas, nenhum jamais reconheceu que houve ali qualquer coisa errada. Tudo mero exagero de xiitas exaltados.

Exatamente como hoje, exceto que a violência deu lugar à roubalheira. Não sei o que é pior.

* * *

Mas nem tudo são más notícias. Na semana passada, em Pelotas, os psicopatas Fernando Siqueira Carvalho, Marcelo Ortiz Schuch e Alberto Conceição da Cunha Neto, que assassinaram a cadelinha Preta arrastando-a pelas ruas amarrada a um carro, aceitaram a transação penal proposta pelo Ministério Público.

Isso, em linhas gerais, significa que não foram condenados, mas receberam penas: multa de R$ 5 mil para cada um, e prestação de serviços à comunidade, no canil municipal, por oito horas diárias, durante um ano.

É muito, mas muito menos do que mereciam, mas já é um começo.

Há alguns anos, nada lhes teria acontecido.

(O Globo, Segundo Caderno, 7.7.2005)

01:44 link

Pergunta básica

Pois é, hoje estou cheia de perguntas básicas. Agora é o seguinte:

Vocês gostam das fotinhas de celular? De modo geral, acham divertido, ou acham que não fedem nem cheiram?

Não precisam ter medo de me magoar: a pergunta é de cunho prático, mesmo.

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Backstage

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Backstage

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Concerto

19:41 link

Concerto

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Publicitário! Careca!
Envolvido com malas!
O interrogatório é hoje, 19h!

Mas não é quem vocês estão pensando não; é o meu querido Ricardo Freire, do Viaje na Viagem, que participa de um chat já já lá no UOL.

18:06 link

Leblon

Atenção: este mosaico é formado automaticamente pelo celular!

16:07 link

Chove...

15:22 link

Outra pergunta básica

Em quem vocês acreditam: no Roberto Jefferson ou no Marcos Valério?

14:54 link

Pergunta básica

Vocês não acham que todo mundo do governo deveria ter sigilo bancário aberto automaticamente?

Eu não entendo por que uma pessoa que recebe apenas o que lhe é devido faça tanta questão de manter sigilo bancário.

14:15 link

Problemas no blog

Dois amigos se queixaram nos últimos dias de problemas com os comentários. O Fábio (autor do sistema) testou, não achou nada errado por lá; e nem achei aqui, do meu lado.

Mas há alguém mais por aí que não esteja conseguindo comentar? Respostas -- caso a caixa dos comentárias não se abra, é claro -- para cronai@well.com.

Obrigada!

Servimos bem para servir sempre.

13:19 link

Pessoas! Há um ótimo, mas realmente ótimo programa, di grátis, hoje, às 19hs: um concerto do Sin Nomine, grupo barroco composto por Luis Carlos Justi (oboé), Aloysio Fagerlande (fagote), Sula Kossatz (cravo) e Laura, a Rónai (flauta).

No cardápio: Corrette, Marais, Léclair e Hotteterre.

Segundo a Laura, "o Léclair é uma peça linda, chamada Deuxième Récreation de Musique (d'une éxecution facile)... e é uma das peças de câmara mais difíceis de todo o período barroco! O cara só podia estar sacaneando os colegas. O Marais são variações sobre o tema das Folias de Espanha, um espetáculo."

Acho que nem preciso dizer que este trecho não é das notas de programa, mas sim de um email que ela me mandou.

Enfim, recapitulando: hoje, dia 6, no anexo do Theatro Municipal, às 19hs.

Se puderem ir, não percam, porque está especial mesmo; e, se forem, tentem chegar um pouco antes, pois a entrada será por distribuição de senhas, OK?

05:20 link

Dois perdidos numa noite suja

Há muito tempo eu não via uma entrevista tão surrealista e, vamos usar a palavra certa, desrespeitosa, quanto a do deputado Roberto Jefferson ao Jô, ontem à noite.

Desrespeitosa não com o nobre deputado, mas conosco, idiotas que sustentamos o governo, achamos que política talvez seja uma coisa séria, pagamos o salário dos parlamentares e, last but not least, assistimos ao Jô.

Roberto Jefferson é, indiscutivelmente, o personagem do momento. Por causa de suas declarações, o governo está vindo abaixo e o país está paralisado. Seria de se esperar dele um mínimo de compostura, e do Jô um mínimo de profissionalismo e respeito com o momento político, bem como com o espaço privilegiado que ocupa na televisão.

Em vez disso, sobre o que ficaram conversando os dois compadres, às gargalhadas, a maior parte do tempo?

Sobre as dificuldades enfrentadas pelos gordos nos banheiros de avião.

Francamente.

A chanchada terminou com o deputado cantando -- extremamente mal, diga-se -- o seu hit do momento.

Lupicínio não merecia isso, nós não merecíamos isso e o Brasil, apesar dos pesares, também não merecia.

Enquanto isso, em outro canal, o senador Eduardo Suplicy entregava prêmio Multishow tentando se enturmar com o Marcelo D2, que deu-lhe um corta.

Agiu bem; alguém tem que manter a dignidade, caramba!

04:09 link

Aos amigos, tudo; aos inimigos...

Novidade: nos computadores da nossa democrática e republicana Polícia Federal está proibido o acesso a blogs.

Com isso, efetivamente proíbe-se aos agentes que não têm computador em casa, e que não devem ser poucos, o acesso aos blogs de dissidentes como o delegado Antônio Rayol -- aquele mesmo, que ousou pôr as mãos no impoluto Duda Mendonça.

O indigitado marqueteiro, por sinal, esteve ontem nas manchetes na Bahia:

Um processo penal contra o publicitário Duda Mendonça estará sendo aberto nos próximos dias no Juizado Criminal. Ele não compareceu à audiência marcada para ontem na Promotoria do Meio Ambiente de Salvador, onde ficou confirmada a sua participação em práticas de maus-tratos a animais.

Ora, para que é que ele vai perder tempo com uma bobagem dessas, não é mesmo? Ele já provou que tem as costas quentes, e que pode fazer o que quiser que seus cupinchas do governo o tiram do aperto rapidinho.

Já os delegados Antônio Rayol e Lourenço Pompilho Hora, que não podem se dar ao luxo de simplesmente não comparecer quando convocados, começaram a responder à sexta sindicância na Polícia Federal.

Segundo o noticiário, desta vez são responsabilizados por divulgar informações sigilosas ao Sindicato dos Servidores da PF no Rio. Além disso, respondem a procedimentos internos por investigação direcionada e exposição excessiva na imprensa. Se forem considerados culpados, poderão ser suspensos por até 30 dias, sem direito a salário.

Moral da história: exponha um amigo do Lula, e prepare-se para o pior; mas exponha qualquer outra pessoa -- como, por exemplo, os donos da Schincariol -- e seja considerado um grande exemplo, sobretudo se conseguir desviar as atenções do público da sujeirada que rola em Brasília.

Que corja, sinceramente.

03:37 link

Deu no Tutty

Ô, raça!

Bons tempos aqueles em que publicitários do PT eram presos em rinha de galo. Hoje em dia, a gente percebe claramente que, perto de Marcos Valério, Duda Mendonça é pinto.

22:40 link

Blog também é cultura

Sabe aqueles compositores que você acha que são só seus, que só você conhece? Pois acabo de descobrir lá no blog do Pontual, ligeiramente chocada, que Nick Drake, um dos *meus*, é cult em Nova York.

É dele uma das minhas músicas favoritas, e uma das mais sentidas que conheço, Day is Done; o Pontual a subiu para cá, onde pode ser ouvida na íntegra.

Muita música boa, aliás: o New York on Time está excelente. Fui lá rapidinho só para dar os parabéns ao autor pela entrevista com Thomas Cahill, na Globo News, e acabei ficando um tempão.

Uma das coisas que me prendeu foi a tradução que o Jorge Pontual fez de L'Invitation au Voyage, meu Baudelaire favorito (bom: meu e da torcida do Flamengo, mas fazer o quê? o poema é lindo mesmo):

O Convite à viagem

Sonha, alma irmã,
A loucura sã
De termos lá nosso leito!
Amar sem correr,
Amar e morrer
No país que é do teu jeito!
O sol desses céus
Cintila entre véus
E tem pra mim o encanto
Do olhar de luz
Que trai e seduz
Brilhando através do pranto.

Lá, tudo é ordem, beleza,
Luxo, calma e prazer.

Móveis ancestrais,
Polidos metais
Emolduram nossa cama;
A mais rara flor
Casa seu odor
Ao leve aroma do âmbar;
Tetos de cetim,
Espelhos sem fim,
Esplendores do Oriente,
Tudo fala então
Rente ao coração
Na doce língua da gente.

Lá, tudo é ordem, beleza,
Luxo, calma e prazer.

Vês neste canal
Dormir esta nau
De coração vagabundo?
É para atender
Teu menor querer
Que ela vem do fim do mundo!
Ao entardecer,
O sol ao morrer
Tinge cais, cidade, nave
De ouro e açafrão.
Os dias se vão
Numa luz quente e suave.

Lá, tudo é ordem, beleza,
Luxo, calma e prazer.

Gostei muito da tradução, mas não fiquei feliz com o refrão (é refrão, pois não?); além do ritmo exato, Baudelaire rima beauté (beleza) com volupté (volúpia, prazer) e eu amo esta rima.

Senti falta dela na tradução, de resto ótima.

Agora estou dando tratos à bola para imaginar qual seria a saída para o dilema, já que a tradução do Ivan Junqueira, mais rigorosa, também não me satisfaz:

Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e langor.

Não, não.

Là, tout n'est qu'ordre et beauté,
Luxe, calme et volupté.

Tou pensando.

04:42 link

Pergunta

Pessoas, alguém conhece um bom site grátis, ou pelo menos bem baratinho, de hospedagem e download de filminhos?

Explico: volta e meia recebo ótimas coisas pela internet que gostaria de mostrar para vocês, mas que vêm como anexos. Até aqui não achei nenhum site que seja simples de usar, tanto por mim quanto por quem vai fazer o download: uns exigem cadastros complicados, outros são demoradíssimos, outros ainda abrem mil pop-ups perigosos.

Agradeço antecipadamente qualquer sugestão!

04:01 link

Mais uma emergência felina

Será que alguém tem um filhote tigrado todo laranja para a minha querida Olívia Byington?

A filha dela pediu um gatinho assim de presente.

Ela já entrou em contato com um site de adoção, mas lá -- apesar de ter sido imediatamente identificada por um fã -- queriam tantas informações e nada-constas que desistiu.

Assim, pois, para todos os efeitos, garanto e dou fé: Olivinha é ótima dona de quadrúpedes, tem dois cachorrinhos maravilhosos e, além do mais, mora numa casa que é o verdadeiro paraíso felino -- e bípede também. Até já me ofereci para ser adotada, mas o que ela quer mesmo é um gatinho laranja e eu, infelizmente, não me enquadro nessa definição.

02:29 link

Perguntas difíceis

Uma pergunta difícil:

-- Você conhece alguém que possa dar um jeito no meu computador?

Outra pergunta difícil:

-- Qual é a máquina que você recomenda?

No primeiro caso, volta e meia sei de estudantes competentes que ganham uns trocados consertando micros e ensinando a arte a novos usuários; mas quanto melhores são, mais rapidamente conseguem um bom emprego... e deixam de prestar assistência técnica a domicílio. Ou então arrumam tantos clientes que logo não dão mais conta do recado.

No segundo caso -- entendendo-se por "máquina" qualquer coisa que tenha baterias e um circuito integrado -- além das que eventualmente conheço em pessoa, tenho um ótimo termômetro à disposição: a quantidade de queixas de consumidores insatisfeitos que chegam ao jornal.

O raciocínio é: quanto menos queixas, melhor o produto. Mas, às vezes, mesmo bons produtos, nos quais a gente confia, acabam sendo protagonistas de histórias de horror.

Por acaso, recebi emails relatando duas dessas histórias inesperadas na semana passada. Afonso Gappo comprou um Dell Dimension 4700 em maio passado, a máquina nunca funcionou e, entre outras misérias, um técnico da Dell que esteve na sua casa tentando resolver o problema conseguiu destruir o CD do Sims 2, jogo favorito da sua filha.

Ele aguarda uma resposta qualquer da Dell desde 27 de maio, e é hoje um consumidor à beira de um ataque de nervos, mandando para a empresa emails em caixa alta (equivale dizer, aos gritos), com cópia para jornais e revistas.

Já Lucio Wandeck comprou em julho de 2003 uma Sony Cybershot 52 que, em abril de 2005, veio a falecer enquanto ele tentava apagar fotos já transferidas para o PC:

"Escrevi para a Sony e, até hoje, 28 de junho de 2005, apesar de haver reiterado o pedido mais de uma vez, tudo o que a empresa fez foi enviar respostas automáticas acusando o recebimento do email. Com o desplante de dizer Sua pergunta à Sony é muito importante para nós, responderemos o mais rápido possível."

O que é que a gente pode dizer a esses usuários? Eu me sinto parcialmente responsável: sempre recomendei máquinas Dell e sou usuária de Cybershots desde o primeiro modelo da série, o P1. Acho que ambos deram azar com as máquinas; mas o que está acontecendo entre eles e as assistências técnicas realmente não tem justificativa.

(O Globo, Info etc., 4.7.2005)

20:44 link

A que ponto chegamos...

Aldo Rebello ministeriável???!!!

Delfim Netto sendo levado a sério, como homem de bem???!!!

20:35 link

A Deusa das Mil Mãos

Recebi simultaneamente do Cat e do João Ubaldo um ótimo antídoto para as notícias do dia: um vídeo deslumbrante, em que 21 dançarinos chineses interpretam a Deusa das Mil Mãos.

É uma das coisas mais lindas que já vi.

Detalhe: eles são todos surdos! Fazem parte de uma troupe de artistas com deficiências, e obedecem às instruções de pessoas que usam linguagem de sinais, postadas nos quatro cantos do palco.

06:27 link

E ainda dizem que o crime não compensa...

Está lá no Globo Online: a liberdade da Richthofen pode ter custado R$ 500 mil, ou perto disso. O advogado que conseguiu tirar a pobre órfã da cadeia é o mesmo que soltou o Pimenta Neves, editor do Estadão que matou a namorada. Naturalmente, ele alega que não faz isso pelo dinheiro.

Então tá.

Apesar dos ótimos comentários postados aqui no blog a respeito do caso, não consigo me conformar com essa história; prefiro ficar com o promotor Tardelli, que também é do ramo, e que disse o que todos nós sabemos:

-- Para pobre existe a lei; para ricos, jurisprudência.

05:46 link

Apaixonado por
Cuba -- ao longe

Vivendo no Canadá e escrevendo em inglês, o cubano José Latour traz da terra distante o cenário e a inspiração para seus romances

Uma das estrelas da 3 Festa Literária de Paraty é José Latour, autor de um dos melhores policiais lançados no Brasil este ano, "Mundos sujos" (Record). No sábado, dia 9, ele conversa sobre literatura policial com o carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza e o italiano Marcello Fois. Nascido em Havana há 65 anos, vivendo há três em Toronto com a mulher, os filhos e a nora, Latour deve o sucesso deste seu primeiro romance escrito em inglês a um mix particularmente interessante de ingredientes, em que a uma trama original e movimentada junta-se a observação sensível de dois universos opostos. De um lado, a Havana miserável dos cubanos comuns, sem amigos poderosos, sem comida, sem fé no futuro; de outro, a Miami sem lei e sem privações, em que o consumismo alucinado tenta se impor como uma espécie de felicidade.

O autor, que já lançou mais um livro em inglês, Havana Best Friends, promete, até o fim do ano, a continuação de "Mundos sujos" -- alegria garantida para quem acompanhou as aventuras do professor Elliot Steil. No forno, tem ainda um ensaio sobre os problemas que seu país enfrentará depois do comunismo, e um romance histórico ambientado na Havana do Século XIX.

José Latour, que não consegue se afastar emocionalmente da Cuba natal, escolheu o Canadá para viver por lhe parecer o melhor dos países que conhece -- uma democracia solidamente estabelecida, onde os direitos humanos são respeitados:

-- Não há nações perfeitas -- disse, por email, para esta entrevista. -- Em toda parte há crime, corrupção e outras doenças sociais. A grande questão é descobrir com quanta imperfeição se pode viver.

Para ler a entrevista, clique AQUI

(O Globo, Segundo Caderno, 3.7.2005)

03:55 link

Boa noite!

Desde que ficou doente, Keaton quer paz e sossego quando vai dormir. Escolheu uma caminha no meu quarto, e todas as noites, por volta das duas, se recolhe sozinha.

Às vezes Tutu ou Netcat vão junto, e se deitam num colchonetezinho ao lado.

Mais tarde, quando vou dormir, sobe na cama e brinca um pouco comigo, mas logo volta para o seu cantinho; quando acordo, está dormindo a sono solto... no meu travesseiro!

Nem desconfio a que horas decide me fazer companhia.

Outra mudança na nossa rotina: como ainda está precisando fazer uma dieta reforçada, mas menos gordurosa, Keaton ganha pedacinhos de frango ou de peru todos os dias.

Sustentar a Família Gato inteira com essa dieta, porém, é impraticável; assim, me tranco com ela no banheiro da Bia, onde faz suas refeições particulares, e onde, ainda por cima, pode se divertir com o chuveirinho.

Os outros, que não são bobos nem nada, já descobriram que ali funciona um autêntico Gero Felino.

Resultado: filas diárias na porta, e mais uma função para mim -- leão de chácara.

Mas, como sou uma leoa de bom coração, no fim todos ganham pelo menos um gostinho do serviço à la carte.

03:43 link

Lindo!

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Espetacular!

A casa, vista de longe

Aqui, agora

Hoje, às 10h, na Record...

Que editoria e' essa?

80 anos do jornal

Outra...

Tarde

Passarim

A lei do cão

Brasil Rural

cronai.com temporariamente fora do arResolvido!

Ralando

...

A caminho

Uma pausa na crise

Janio, Millor, Jaguar

Pipoca aproveitando o sol

MMS

MMS

Pipoca

Não, o meu país não é o dos delúbios e valérios

* * *

* * *

Esclarecendo o mistério do MMS

MMS

Que situação!

Teaser

MMS

Mais um dia

Mulher de corrupto pra mim é homem

Capturado no Noblat

Incrível, fantástico, extraordinário!

MMS

MMS

MMS

Perda de tempo

Argh!!!!!!!!!

Cria cuervos

Táxi!

Que flagra...

Orkut: a máquina de conhecer gente

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* * *

* * *

Meu herói!

Pipoca

Chez Laura

Hmmm...

Valeu, Tom!

Inútil paisagem

ARGHHHHHHHHHHHHHH!!!

O que há num nome

Apagão

Partimpim

Partimpim

ZZZZZ

Bianco e Millor

Chez Bianco

Flores!

Para Lucas e Van

Irresistivel!

MMS

Fui!

Deu no Globo Online:

Deu no Noblat:

Emergência canina!

Casório

Enquanto isso, na vida real...

Corrupto é corrupto, ponto.

MMS

MMS

La vou eu...

MMS

O que funciona

No batente

Sampa

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cronai.com temporariamente fora do ar

Resolvido!

Síndrome de Poliana, ou:
Sim, há um lado bom na crise