Quero meus morangos de volta!
Nosso hotel em Leverkusen fica dentro de um estádio de futebol. Do ponto de vista dos colegas que precisam acompanhar a Seleção, a locação não poderia ser melhor -- se este campo estivesse sendo utilizado para qualquer coisa remotamente relacionada à Copa.Mas não está.
Os quartos são amplos, confortáveis e cheios de tomadas e slots para espetar cabos. Do ponto de vista de quem tem que enviar matérias e fotos para o jornal, não poderia ser melhor -- se os slots servissem para alguma coisa.
Mas não servem.
A "banda larga", pela qual nos cobram 20 euros por dia, não existe. Ontem não consegui subir três míseras fotos de menos de 200K cada; o Maia e o Ivo, coitados, que tinham pelo menos uma dúzia de fotos para mandar para o jornal, estavam indo à loucura.
Temos, entre nós, três placas de conexão T-Mobile, parecidas com o Vivo Zap. Só que o Vivo Zap funciona que é uma beleza, e as placas da T-Mobile nem dão sinal de vida no hotel.
Consegui mandar a coluna por CONEXÃO DISCADA, mas quem diz que as fotos subiam?
Xexéo não conseguiu mandar nem o texto.
Saímos desesperados do hotel às onze da noite, sem jantar, correndo atrás de um cibercafé ou de algum lugar em que as placas funcionassem. Encontramos uma rua, perto da estação, onde conseguimos enviar o material, por FTP, à patética taxa de transferência de 3.4Kbps.
Quando voltamos, não havia mais restaurante aberto.
Estamos virtualmente ilhados num lugar ridículo, onde nem ao menos há um campo de morangos para nos distrair; vamos passar os próximos DEZ DIAS aqui.
Agora vou lá no Walmart que o Maria encontrou a seis quilômetros daqui npra comprar água mineral pro cabelo e gilete pros pulsos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário