Oi, gente!
Desculpem o sumiço escrito, mas, para variar, cada vez falta mais tempo na ponta do meu dia.Ontem fui para Colônia cedo, e fiquei lá direto; mandei menos fotinhas do que teria gostado porque acabou a carga do Fodafone e eu não achava uma loja para comprar outro cartão. Agora descobri uma máquina de venda de cartões para todas as operadoras na estação, e meus problemas se acabaram -- exceto pelo custo da brincadeira, mas o que é de gosto regala a vida.
Foi um dia atípico porque os alemães estavam jogando -- e foi aí que aproveitei para ir à Catedral, caso contrário teria sido impossível. Há muita gente na cidade, mas a maioria foi para as "fan fests" ver o jogo.
As fan fests são áreas públicas com telões, barraquinhas de lembranças da Copa e cerveja, muita cerveja. Como aqui é raro o uso de copos plásticos para não poluir o meio-ambiente, o que havia de vidro reciclado no chão no fim da noite era uma grandeza: a gente andava e o pé fazia crec-crec em restos de copos e garrafas.
A Catedral é muito impressionante: é uma das maiores construções góticas existentes e, tendo sido construída ao longo de 632 anos, acaba sendo uma verdadeira aula sobre o estilo, especialmente sobre o Gótico Flamejante (do início da sua construção) e o Neo-Gótico (do final, há 200 anos).
Passei boa parte do dia rodando por lá, conferindo cada canto, altar, escultura. De tanto tê-la visto em fotos ao longo do tempo, já conhecia muito do que vi, e foi emocionante estar lá ao vivo.
Apesar disso, não achei a construção bonita. Sei que provavelmente estou cometendo uma heresia arquitetônica, mas o conjunto me pareceu pesado e pouco harmonioso, ou seja, exatamente o contrário da proposta "filosófica" do Gótico, que era criar espaços de grande leveza e luminosidade, para que o homem pudesse se sentir perto de Deus.
Pois achei o interior soturno e opressivo, de uma severidade assustadora.
Fiquei imaginando aquela pobre gente da Idade Média, que levava a sério suas obrigações religiosas, tendo que freqüentar este templo de madrugada, no auge do inverno -- e conclui que ir à praia no Rio, num dia de semana, nem quente nem frio, é uma experiência mística infinitamente superior.
Tendo dito isso, dou um resumo da vida por aqui:
E agora vou cumprir uma parte chata da vida na bolha, que é lavar a roupa que é possível lavar no quarto. As tinturarias dos hotéis não são apenas caras, são também assassinas: em Königstein conseguiram manchar camisas brancas do Verissimo e quebrar a fivela de metal de uma das minhas calças compridas.
Beijinhos para todos, muitas saudades!
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