31.10.05


Chove










Rupee Rupee










Gostei da vitrine...










Tentações










Eta diazinho feio...










A Grande Pajelança

Para mim, a Futurecom é uma espécie de Grande Pajelança das Telecomunições. Durante três ou quatro dias reúnem-se em Florianópolis todos os executivos de operadoras, fabricantes de equipamentos, altos funcionários do governo, jornalistas da área.

Há palestras básicas, ao alcance da compreensão de qualquer interessado; há coisas cabeludas que só interessam, e só são compreensíveis, a engenheiros de telecom com uns três títulos de pós-graduação. Há muito ôba-ôba, algumas festas e, sobretudo, há uma ótima oportunidade para se encontrar as pessoas do setor, ver o que vai ser lançado ao longo dos próximos meses e conferir para que lado sopram os ventos.

Há muitos fabricantes de produtos pesados, muitos negócios de infra-estrutura mas, para nós, usuários, o que interessa, em última instância, é o que vai chegar às nossas mãos, e por quanto.

Há poucas coisas mais pessoais, hoje, do que um celular -- o aparelho que está sempre ao lado do dono, mesmo quando ele deixa todo o resto do seu arsenal tecnológico em casa. Isso explica a imensa variedade de modelos e desenhos em que os fabricantes estão apostando.

A Motorola, consciente do poder de atração do Razr (o mais fino dos aparelhos e, para mim, o mais lindo de todos), apresentou um sem número de variantes em torno do seu design, de um modelo CDMA -- para acabar com a inveja dos usuários Vivo -- a um modelo pink, desconcertante para quem está habituado aos discretos pretos e pratas do mercado.

Os usuários Vivo, por sinal, terão boas surpresas.

Depois de um ano de vacas magras, em que pouquíssimos telefones realmente interessantes foram lançados no mundo CDMA, há uma fartura de aparelhos poderosos e bem desenhados chegando às lojas do bonequinho transparente. O 6265, da Nokia, um slide de linhas limpas e elegantes, tem não só uma câmera de 2Megapixels como, ainda por cima, tela com 262 mil cores, o que oferece uma definição assustadora. Ele é um objeto de desejo até para os mais mimados usuários de celulares GSM, que sempre têm uma escolha maior à sua disposição.

Ninguém quer falar em preços. A concorrência anda claramente cabreira com a Claro, que tem vendido celulares a preços de fato baratíssimos; é ela quem vai dar o tom das vendas do Natal que se aproxima.

E, pelas esquinas, descobrem-se segredinhos úteis e interessantes: o limite de cem músicas do Razr, imposto pela Apple para evitar a concorrência com seu próprio iPod, não é nada que um hacker com um mínimo de know-how não resolva.

Ah, essa garotada incorrigível...!!!

(O Globo, Info etc, 31.10.2005)

PS pro blog: as fotos vocês já viram todas. Ilustrei a matérias com as próprias fotos de celular que mandava de lá. Me pareceu mais interessante cobrir uma feira de telefonia com telefones do que usando as câmeras "comuns", né?






Mosca










Emergência geral!

Pessoas, o CCZ está LOTADO de cães e gatos abandonados; a única esperança para eles é a adoção. Há bichos de todas as cores, sexo, idade e temperamento.

Todos estão vacinados e bem cuidados, mas o CCZ, como vocês sabem, é o fim da linha para os bichinhos abandonados, como esses das fotos.

Os melhores dias para adoção são as segundas, terças e sextas, quando os drs. George e Veronica estão no local. O CCZ fica no Largo do Bodegão 150, em Santa Cruz, RJ; os telefones são 3395-2142 e 3395-1595.






Keaton









30.10.05


Estão servidos?










Tintin

Esta foto é pro Ribondi, prometi lá embaixo: é a minha estatuazinha do Tintin... :-)






A vista do quarto






Ein-taum (com sotaque paulistano): antes de me mudar para este prédio, eu já morava aqui na Lagoa há um tempão, dois prédios mais para lá, na direção do Corte.

O antigo, na ponta de um desses grupos de edifícios de pilotis, tinha quatro apartamentos por andar. Eu morava na melhor coluna, a que fazia esquina. Tinha vista de frente pra Lagoa na sala, e vista lateral pra dita cuja nos dois quartos.

Eu vivia de olho neste prédio onde moro hoje, por ser então um dos poucos viáveis para mim; os vizinhos todos são um por andar, impraticáveis. Hoje este seria impraticável também; mas na época ainda não existiam os quiosques, a Lagoa era um lugar perigoso, havia mortandade de peixes, etc. etc. etc. E este tem dois apartamentos por andar e não tem garagem, só uma espécie de pátio comum de estacionamento.

Foi um longo namoro. Quando aparecia um apartamento legal eu não tinha grana, quando eu achava que tinha grana não aparecia apartamento nenhum... enfim, ao cabo de uns dez anos, fez-se uma conjunção astrológica favorável e pude vir pra cá.

A vista da pedra e do mato foi uma revelação, e uma novidade tão grande que passei muitos meses praticamente sem olhar pela janela da sala. Eu punha uma cadeira no quarto virada para a janela e ficava namorando o morro, que os gatos também adoram.

Os três quartos -- o escritório, o quarto da Bia e o meu -- têm essa vista.

De uns tempos para cá, uns pombos se estabeleceram numa das fendas da pedra, e ficam arrulhando. Os gatos estão convencidos de que é uma provocação. Se não houvesse a tela nas janelas, eles com certeza iam lá mostrar para aqueles bichos com quantos paus se faz uma canoa.

Antes iam se esborrachar lá embaixo, coitadinhos, Deus me livre -- mas não digo isso a eles não.

Digo apenas que é claro, que é lógico que ensinariam duas ou três coisas àqueles pombos safados.






Para começar o domingo de bom humor

Pondo a leitura da semana em dia, topei com essa história maravilhosa do Ribondi nos seus tempos de funcionário da Embaixada de Trinidad e Tobago em Brasília.

Fiquei aqui rindo sozinha, feito uma idiota.

E os gatos olhando de banda, cabreiros, sem entender a piada.






Quem vai ao ar perde o lugar...









29.10.05


No jardim III







No jardim II










No jardim I










Lá fora










Lá fora










Boechat e Danuza










Amigas










Quantos somos?

Pessoas, temos um novo contador instalado aí no cantinho. Visualmente é igual ao anterior, mas foi feito pelo Rafael Cotta, que jura de pés juntos que jamais porá nele popups ou anúncios insidiosos; tudo o que ele quer é um modesto link pra o seu ótimo site de música Cifradas na Web.

Valeu, Rafael!





28.10.05


Missão cumprida










Precisa-se desesperadamente: quem saiba dar comprimidos a gatos e possa hospedar uma gatinha linda por duas semanas

Escreve o querido Truda:
"Tenho que ir a Angra dos Reis semana que vem para trabalhar na Festa Internacional de Teatro de Angra. Ocorre que a Preta contraiu uma rinite que a deixou com o nariz maior que o do Pinóquio e precisa tomar 1/4 de comprimido de Cetoconazol duas vezes por dia durante dois meses.

O problema é que as mulheres da casa, embora gostem das bichanas, têm ataques de nervos quando as gatas ousam subir no sofá ao mesmo tempo em que elas. Imagine pegar no colo e dar um comprimido! De modo que eu preciso achar uma amiga ou amigo dos gatos que possa ficar com a Preta por uns dez a quinze dias e dar-lhe o remédio. Se alguém puder ajudar, prometo uma camiseta da festa além de toda gratidão."






Identificado o vilão dos popups!!!

Escreve Eduardo Stuart:
"Se lembra da queixa da Marcela sobre o surgimento de popups durante o acesso ao internETC? Naquela ocasião cheguei a imaginar que a máquina dela estava infectada com algum tipo de spyware e não dei muita atenção ao caso, exceto recomendar a instalação do Spybot Search and Destroy. Mas relendo alguns comentários antigos, ví que outra pessoa também se queixou e fui investigar para ver se realmente algum serviço agregado estava exibindo popups, mesmo que esporadicamente.

E não é que está?

Pelo Opera, desativei o bloqueio de popups e acessei normalmente o site. Nada de estranho aconteceu nas três primeiras tentativas, mas na quarta surgiu um banner. Recarreguei o blog mais algumas vezes e a cada 3 ou 4 tentativas o banner aparecia novamente. Algo estava errado.

Fiz uma varredura nos serviços que estão instalados no blog e acabei descobrindo o vilão da história: é o Fast Online Users, que conta a quantidade de visitantes que estão no site naquele momento. Na seção de termos do serviço, existe a seguinte cláusula: "If this service is abused or have to many hits per hour, banners or popups could appear". Considero essa cláusula abusiva e traiçoeira, principalmente levando em consideração a popularidade do seu blog.

Como a maioria dos leitores deve ter algum tipo de proteção contra popups, é capaz que boa parte deles sequer viu um popup ou banner. Mas mesmo assim acho uma boa idéia retirar esse serviço do blog para evitar maiores dores de cabeça."
De modo que sai o número de usuários online, um feature engraçadinho mas safado, que estava infernizando a vida de tanta gente.

Então: não digo que o Eduardo é o máximo?! :-)






Ao lado de um pó compacto, um HD Seagate portátil de... 2,5 Gb!










A caminho










Pipoca, pensando










Deu na BBC

Deu na BBC Brasil. Se for verdade, é uma bela notícia! Amanhã, quando eu estiver mais descansada, vou procurar uma fonte confiável na imprensa italiana.
Roma vai multar quem não levar cão para passear

Roma -- A cidade de Roma decidiu cobrar multas de donos de cães que não os levarem para caminhadas regulares. Quem cortar rabo e orelhas de cães também terá de pagar uma multa mínima equivalente a R$ 1,37 mil.

Será ilegal deixar animais de estimação trancados dentro de veículos no verão, colocá-los em vitrines de lojas, o uso de coleiras elétricas e com pontas e a oferta de animais como prêmio em festivais e feiras.

Aquários redondos que, acredita-se, cegam os peixes, também serão proibidos sob a nova legislação.

As normas têm o objetivo de proteger centenas de milhares de gatos, cães e outros animais que vivem na capital italiana.

-- A civilização de uma cidade também pode ser medida por isto, -- disse Monica Cirinna, vereadora que apresentou as propostas, ao jornal italiano Il Messaggero. -- É bom nós fazermos o que pudermos por nossos animais de estimação que, em troca de um pouco de amor, preenchem nossa vida com sua afeição.

Estima-se que existam 150 mil cachorros e 300 mil gatos na cidade, segundo a imprensa local.

As autoridades romanas também reconheceram oficialmente o papel de gente que alimenta colônias de gatos de rua.

Ainda não foi esclarecido como a nova legislação será implementada. Um setor da administração pública que cuida dos direitos dos animais prometeu divulgar as novas normas através de campanhas em escolas e consultórios veterinários.

Também serão recrutados novos funcionários para trabalhar com a polícia municipal.
Por enquanto proponho o seguinte: vamos fazer um bolão? Quanto tempo levará o senhor Victor Fasano para arrancar da falida prefeitura carioca a verba para uma agradável temporada em Roma, estudando in loco a nova legislação?

O senhor Fasano, talvez alguns ainda se lembrem, é aquele ator de "América" que, nas horas de folga, exerce o cargo de Secretário Municipal de Promoção e Defesa dos Animais.






Enquanto isso, no Irã...

Não é só o Estado de Israel que está na mira dos repulsivos dirigentes iranianos. Qualquer cidadão que ouse expor sua opinião paga caro por isso; entre eles, naturalmente, estão os blogueiros.

O Emerson resumiu a situação:
-- No Irã dos aiatolás os blogueiros continuam sendo presos. Presos, são torturados. Um deles foi condenado por um daqueles "tribunais" islâmicos e, entre outros mimos -- pois continua preso -- levou 30 chibatadas.

-- Seus terríveis crimes foram a criação e manutenção de blogs como esse da Cora e os nossos.

-- Blogs onde prisões de outros blogueiros foram denunciadas, levaram, por sua vez, os denunciantes à prisão. Outros foram presos por "ofensas" aos governantes. Ah, se lessem um centésimo do que falamos aqui sobre governantes, eles mesmos, inclusive... Creio que iríamos direto pro paredão.

-- O Committee to Protect Bloggers continua ativo.





27.10.05


o jardim da leila

do post sobre assombrações; foi a leila quem contou:
"eu estava no meu apartamento novo. o ap tinha vista para a floresta, era em laranjeiras. Os moradores antigos jogavam lixo pela janela e fizeram um semi círculo de nojo na floresta. eu limpei tudo, deu um trabalho insano.

depois fui ao parque lage, lá estavam refazendo os jardins e muitas plantas foram arrancadas e iam morrer. eu catei quantas eu pude, maria sem vergonha, tinhorão, levei para onde tinha limpado e plantei lá as plantas que consegui salvar.

à noite veio em casa um amigo jornalista, ateu e comunista. Isso é importante para a história.

a gente não fumou nem bebeu nada... lá pelas tantas comecei a ver vagalumes vindos de direções diferentes. chamei o meu amigo, fomos pra varanda. os vagalumes eram muuuuitos e vinham de todos os cantos e se juntavam sobre o jardinzinho que eu tinha feito. ficaram um tempo rodopiando por lá e depois foram embora.

Meu amigo jornalista, ateu e comunista viu, ficou pasmo e nunca mais quis falar disso comigo! eu fiquei muito feliz :)

quando mudei de lá fiz um tesourinho, colares, um cabo de bengala de prata em forma e cisne, rendas e enterrei no jardim."






Keaton abre a porta para mim





A foto deixa muito a desejar, mas foi feita com o telefone e seu minúsculo flash; não deu tempo de pegar a máquina quando a vi de prontidão diante da porta...






Os quero-queridos prontos pra briga

A saga dos quero-queros

Constituir família entre humanos? Impossível...


Há três ou quatro anos, um casal de quero-queros estabeleceu-se na minha vizinhança. Nos primeiros tempos, assim que avistavam alguém, davam gritos alarmados e voavam para longe, espantados com os estranhos; mas, aos poucos, foram se acostumando com pessoas, sobretudo com os habitués da casa. Mantiveram sua natural desconfiança dos cães, porém, e nunca foram com a cara da capivara. Sempre que ela aparecia, entravam em alerta máximo.

Com isso, aliás, me proporcionaram diversos encontros com a popstar da Lagoa, que entre meia-noite e uma da manhã costumava aparecer para beber água em frente de casa. Eu ouvia a alaúza lá de cima, descia, e dito e feito -- lá estava ela, imponente, com seu olhar altivo, como se perguntasse o que diabos havia de errado com aquele casal barulhento.

* * *

Como todo casal, aliás, os meus quero-queridos também sonham constituir família -- mas não têm dado sorte. Da primeira vez que notei um ninho seu, há dois anos, ele estava perigosamente próximo da Lagoa, e foi levado pelas águas nas primeiras chuvas.

O segundo ninho que vi teve o mesmo destino.

Quando observei um terceiro ninho, achei que estavam progredindo: afinal, abandonaram a margem e foram para um cantinho mais alto, no campo de beisebol. Puseram três ovos e tudo ia muito bem, até que chegou o Natal e, com ele, a festa da árvore da Lagoa. Quando os operários começaram a erguer os palanques, ainda pedi a um dos responsáveis que tomasse cuidado com o ninho; mas, no dia seguinte, lá estava a construção, plantada sobre os restos do lar dos quero-queros.

Em agosto passado, novo ninho. O campo de beisebol está, como o resto da cidade, completamente detonado; e eu achei que, com os jogadores impossibilitados de treinar e o Natal ainda longe, eles tinham, enfim, uma boa chance de procriar. Puseram dois ovinhos. A essa altura, já eram vigiados por vários vizinhos. Um dia, quando desci para ver se tudo ia bem, encontrei um dos passarinhos machucado, se arrastando pelo campo com o que parecia ser uma asa partida ou uma perna quebrada.

Fiquei horrorizada. Quem teria feito aquela maldade?! Um senhor que passava parou também e lá ficamos, tecendo considerações sobre a insensibilidade humana.

Tirei várias fotos do meu quero-querido para enviá-las a um veterinário e pedir conselho. Ampliadas no computador, no entanto, as fotos não revelaram nada errado. Tudo estava no lugar. Intrigada com o mistério, peneirei a internet atrás de mais imagens de quero-queros -- para descobrir que era tudo fingimento! Os quero-queros desviam a atenção de possíveis predadores fazendo-se de feridos, e afastando-se cada vez mais do ninho, num desempenho digno de Oscar.

Mas isso não salvou os ovinhos, que um dia apareceram quebrados no ninho, como se uma bola houvesse rolado por cima deles (foto pequena, acima). Foi uma tristeza enorme para todos nós que estávamos na torcida; mas eis que, em setembro, ainda no mesmo ninho, eles puseram mais dois ovos, lindos, todos pintados.

Como os quero-querinhos levam cerca de 30 dias para se formarem, havia tempo de os filhotes nascerem antes da habitual confusão natalina. Enquanto eu estava na Europa, amigos me mandaram fotos e notícias do ninho: os pais finalmente estavam tomando tenência e, agora, reagiam com rasantes furiosos à aproximação de qualquer bicho ou pessoa.

Assim que cheguei fui visitá-los. Encontrei-os em pleno choco. Gritaram comigo e me ameaçaram, abrindo as asas e mostrando o poderoso esporão que trazem escondido; depois me deram uns rasantes ferozes. Fiquei encantada: com essa atitude, talvez conseguissem chegar ao fim da missão. Os filhotes são nidífugos, isto é, nascem prontos e logo fogem do ninho, como pintos ou patos; assim, talvez estivessem até a salvo dos cachorros que passeiam por lá.

Pelos meus cálculos, os passarinhos nasceriam esta semana; mas não tiveram esta chance. Foram assassinados no sábado à tarde. Quando fui conferir o ninho no domingo, encontrei-o vazio e cercado de pedras, como se alguém tivesse apedrejado os quero-queridos. De um dos ovos não havia sinal; o outro estava ali perto, quebrado, com um pedaço de pau ao lado. Dentro, o que restava de um miniquero-quero, com penas e tudo, prontinho para a vida.

Só não estava pronto, o pobrezinho, para o ser humano. Não há notícias dos pais.

(O Globo, Segundo Caderno, 27.10.2005)







Emergência felina!

Escreve a Aline:
Há algumas semanas procurei dono para esta gatinha, de seis meses, que foi abandonada no lixo do Ceasa em São Gonçalo. Além de linda, ela é um doce, adora um colo e é muito carinhosa e tranqüila. Mas após duas adoções frustradas descobri que ela escolhe uma das pessoas da casa para dono e não deixa mais ninguém chegar perto. Passa a implicar com todos os outros integrantes da casa, sejam eles cães, gatos ou humanos.

Tenho até quinta-feira (27/10) para conseguir outro bom dono para ela. Só que precisa ser alguém que more sozinho e sem animais! Sei que é difícil, mas vai ser horrível ter que devolvê-la à Ceasa depois dela ter tido dois meses de abrigo, comida e carinho...

Agradeço a todos.

Aline
9104-3001
Aos solteiros da praça: pessoas, esta é uma autêntica sialata! Sialatas, como vocês sabem, estão entre os gatos mais bonzinhos (e ciumentos) do mundo; são carentes e ótima companhia -- no caso desta gatinha, pelo visto, excelente companhia, desde que a casa seja só dela e do seu bípede...






Quase velhos tempos: *suspiro*










Lar doce lar










Etapa final... Ufa!










Sampa










A volta pra casa










Tchau, Floripa!










Papo de hotel





Cá estou eu, de volta ao meu hotelzinho triste. Não é um mau hotel, mas jamais inspiraria um poema como "A um hotel em demolição", um dos meus Drummonds favoritos, que começa
Vai, Hotel Avenida, vai convocar teus hóspedes no plano de uma outra vida.
Eras vasto, vermelho, em cada quarto havias um ardiloso espelho
e mais não sei, porque cito de cor e não consegui achar o poema na rede; mas não, ninguém jamais escreverá um "Vai, Hotel Íbis, vai convocar teus hóspedes..."

No way.

Enfim, vocês ficaram naquele papo de hotel lá embaixo e acabei me lembrando de uma viagem que fiz à Inglaterra, há tanto tempo que equivale a outra encarnação, e de uma estalagem onde havia um quarto mal-assombrado.

Quem conseguisse passar a noite lá dormia de graça.

Ninguém do grupo se aventurou mas eu, naturalmente, que não acredito nessas coisas, topei a parada. Quarto mal-assombrado, ha...

A estalagem era antiquíssima, uma das primeiras do país, e uma das mais bem conceituadas. Os quartos vinham sendo reformados com capricho desde a invasão normanda, ou coisa que o valha -- menos, naturalmente, o tal quarto que diziam mal-assombrado.

Pelo menos, foi essa a impressão que tive quando o porteiro me levou até lá.

-- Hmmm, tá, um trem-fantasma de época, -- pensei com meus botões, vendo os móveis pesados, a lâmpada de 25 velas, a pele de urso no chão. -- Nessa não caio.

Estava cansadíssima e caí sim, mas na cama. Pelo sim pelo não deixei a luz acessa; pelo tanto que "iluminava", não fazia a mínima diferença. Li um pouco, virei pro lado e tentei dormir. Estava frio às pampas, mas o edredon era bom e eu estava bem agasalhada.

Bom.

Vocês acreditam que não consegui dormir?! Na verdade, sequer consegui ficar no quarto. Não havia barulho de correntes se arrastando nem golpes de ar encanado, gargalhadas sinistras ou luzes bruxoleantes -- nada, enfim, daquelas coisas que a gente associa a fantasmas. Mas o diabo daquele quarto tinha, sem sombra de dúvida, a pior vibração que já experimentei na vida.

Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!

No começo, fiquei com raiva de mim mesma, achando que estava me deixando influenciar pelo folclore da casa. Espantei os pensamentos malsãos da cabeça, li mais um pouco -- mas a angústia indefinida e secular que ocupava o espaço era muito mais forte do que o meu ceticismo.

Não cheguei a sair correndo porque, ora, tenho o meu orgulho, mas, lá pelas tantas, catei meus teréns e, de orelhas murchas e rabo entre as pernas, fui para a recepção pedir outro quarto.

O porteiro, que já contava com a minha desistência, tinha um prontinho me esperando. Não muito mais bem iluminado do que outro, não muito diferente em termos de decoração, mas... juro, normal.

Dormi feito uma pedra envergonhada e, no dia seguinte, fui alvo da gozação dos meus colegas. Até hoje não sei o que havia de errado com o quarto, que revirei todo e que parecia perfeitamente comum.

Pena que não me lembro mais do nome da estalagem. Eu achava que era The Feathers, em Ludlow, um dos hotéis mais antigos em que me hospedei, mas no seu website não há referências ao quarto mal-assombrado -- e não acredito que abrissem mão deste privilégio.

Afinal, na Inglaterra, um quarto mal-assombrado vale mais do que uma boa recomendação do Michelin.

Tudo bem, um dia eu lembro.

Durmam bem!





26.10.05


Uma das palestras










É uma câmera? Não! É um celular de 7Mp da Samsung.










Não é lindo?










O Siemens CL75 tem um espelho!










A Siemens montou uma casa de legos toda controlada por computador










Nokia 6265: câmera de 2Mp!










Alagou tudo no quarto, também...










A balada do hotel triste

Estou hospedada num Ibis. Esta rede de hotéis, que faz o gênero "pobre mas limpinho", é essencialmente funcional: a diária custa R$ 95 e há uma geladeira no quarto que, inteligentemente, abastecemos com itens que compramos no bar -- o indefectível Suflair, as castanhas de caju, sucos, refrigerantes.

O restaurante é um buffet sem sofisticação, mas de comida fresca e farta.

As paredes do quarto são amarelo claro e salmão, as cortinas verde claro. Há uma escrivaninha com várias tomadas bem colocadas, uma cadeira, um espelho, uma gravura que lembra uma aquarela européia mas não quer dizer nada, um armário minúsculo, uma TV de 20".

O banheiro é pequeno, branco, limpo, com uma excelente ducha. O sabonete é minúsculo, o shampoo idem; há uma tentativa de torná-los mais atraentes com flores estampadas na embalagem.

No hall do térreo, que é espaçoso e tem móveis claros mas pouco aconchegantes, há sempre grupinhos de hóspedes, geralmente homens, jogando conversa fora em torno de uns salgadinhos e umas cervejas.

O Ibis está longe de ser um hotel ruim; mas é dos mais deprimentes que conheço. Nunca fiquei num deles sem me lembrar de Willy Loman, o inesquecível caixeiro viajante de Arthur Miller.

Hotéis muito ruins às vezes me despertam a imaginação, e penso em tipos esquisitos, pessoas no fio da navalha; com sorte, alguns têm mais personalidade do que pulgas, e é até possível sonhar cenas diretamente saídas de Graham Greene em seus quartos e corredores.

Mas essa coisa medianamente média do Íbis me sufoca.

Enquanto escrevo vejo este mesmo quarto repetido ao infinito, sem nenhuma variação, cada qual com seu hóspede solitário que está aqui não por uma grande aventura ou por algo misterioso, mas para ir ali na Futurecom, ou onde seja, apresentar ou comprar um produto, e depois voltar para casa.

Ao mesmo tempo, tenho pena do Íbis, que no fundo é muito correto na relação custo x benefício, e faz um grande esforço para ser simpático, seja através da cordialidade dos funcionários, seja através de uns cartazinhos feitos para comunicar aos hóspedes que podem se sentir aqui como se estivessem em casa.

Não adianta.

A grande aventura do mundo não passa por aqui; nem sinal "dos propósitos que nos acariciam nos grandes terraços dos hotéis cosmopolistas e que doem por sabermos que nunca os realizaremos".

O único propósito que nos acaricia no Íbis é terminar logo o que temos a fazer na cidade e voltar para casa.






Hit the road Jack









25.10.05


Festa










Clima...










=^..^= Parabéns, Leila querida! =^..^=







Sony Ericssons










Nem tudo é trabalho...










YIKES!










Outro ângulo










Razr CDMA! Alegrem-se, Vivos!










Futurecom










:-)










Péna estrada

Graças ao 6681, estou teclando no avião: ele pode ser ligado sem que o telefone entre no ar. Perdi o vôo da Tam, e tive que correr feito uma doida para pegar outro avião: os vôos para Florianopolis estão LOTADOS...







Ufa: chegamos!










Consegui!










Ainda falta muito pra chegar lá...










Vamos, vamos!










Corra, Cora, corra!








Isopor

Isopor

Isopor


Antes da chuva

O quero-querinho morto não foi a única coisa triste que fotografei no domingo. Uma semana depois de ter sido estuprada pela governadora e por seus comparsas, a Lagoa continuava cheia de isopor.






D. Luzia no Dedo de Deus

O André Neves conseguiu descobrir uma foto da histórica escalada da D. Luzia Caracciolo ao Dedo de Deus, em 1933, e escreveu um ótimo artigo. Ela foi a primeira mulher a chegar lá.






Mistério II

Emerson, Van, vets e povo que entende de bicho grande em geral: por que se mata o gado que está com febre aftosa? Li na internet que, embora a doença seja muito contagiosa, não é necessariamente mortal; também não consegui descobrir se é ou não perigosa para humanos, mas aparentemente não é.

Não se poderia deixar os animais contaminados isolados até a doença passar, ou tratá-los com alguma coisa?

Acho tão triste ver essa quantidade de bois e vacas sendo mortos! E me parece uma injustiça horrível, mais ou menos como se a gente pegasse, sei lá, uma gripe forte ou um herpes, e fosse imediatamente executado...






Mistério

Tudo bem, a gente gosta de saber que os repórteres da televisão estão no centro da ação -- nunca entendi reportagens sobre terremotos no Afeganistão ou guerras no Oriente Médio cobertas a partir de Londres ou Nova York -- mas por que cargas d'água, literalmente, um repórter cobrindo um furacão em Miami tem que estar do lado de fora, debaixo de chuva e com tanto vento que a gente nem entende direito o que ele está dizendo?

Agora mesmo o corrrespondente da Globo que está lá mostrou um colega de uma TV americana sendo arrastado pelo vento.

Eu, hein.





24.10.05


Nosso dazibao










Editoria de esportes










Finestre










Cuidado: joguinho viciante!!!

(Peguei no Pedro Doria)






Efeito dominó

Pequena explicação técnica para Amélie, leila (falsa), Betty, Clara e uns quantos nomes: quando alguém se conecta à rede, sua máquina se identifica através de um número, o IP (de Internet Protocol Address).

Este é um número único, como, digamos, o número do seu telefone. O IP pode ser fixo ou variável, mas não vou entrar em detalhes a respeito disso para não sobrecarregar Tico e Teco.

Então, repetindo: você se conecta, e a sua máquina passa a responder por, digamos, 200.200.200.200. Quando você escreve um comentário, o número fica marcado, como ficam marcados os números de telefone nas operadoras quando se fazem chamadas.

Está me seguindo?

Pois vamos em frente. Quando alguém tem um blog, como eu tenho este aqui, uma das funções de manutenção é prestar atenção à área de comentários.

Se uma pessoa passa das medidas, bloqueio o tal IP. Trocando em miúdos, dou ordens ao sistema para que não aceite mais mensagens vindas daquele número.

Veja bem: do número, não da pessoa.

Com isso, TODAS as mensagens escritas a partir daquela máquina somem do ar.

Não bloqueio só mal educados. Às vezes fico desconfiada quando há uma quantidade estranha de tolices muito parecidas assinadas por nomes diferentes.

Nesses casos, bloqueio o IP por pura curiosidade.

E, sabe de uma coisa? Não paga dez: agora, por exemplo, bloqueei a falsa leila -- que cometeu a bobagem de usar justamente o nome de uma amiga querida demais -- e, ora veja só, imediatamente sumiram do ar os comentários da Betty, da Clara e de quantos nomes a mesma pessoa usou.

Entendeu como funciona?

Bacana, né?

Eu só não acredito que, a essa altura do campeonato, eu ainda tenha que explicar coisas tão simples a pessoas que já andam, falam e até postam em blogs...

* enorme suspiro de cansaço *







A vida continua

No mesmo dia em que foi descoberto o quero-queridinho morto, a Monica flagrou, ali ao lado, um espetáculo formidável: dois frangos d'água em pé de guerra, disputando as atenções de uma fêmea.

A série está ótima!







Alô alô, Lisboa!

Teresa, a Jussara não se conformou em não estar na foto de aniversário que fizemos para você e decidiu participar da festa, ainda que virtualmente...

De modo que aí está a foto, agora "completa"... ;-)





23.10.05


Mais uma vez, os quero-queridos ficam órfãos



As pedrinhas em volta do passarinho morto foram postas pela nossa Monica, em sinal de luto e carinho.



Comparei fotos que fiz há dois dias com as de hoje.

Há muitas pedras grandes em torno do ninho, como se tivessem sido jogadas. Pedras não andam sozinhas.



O coitadinho nasceria em um ou dois dias.

Os pobres dos quero-queridos não conseguem emplacar uma ninhada...






Um dia triste










Caso alguém ainda ache ser humano "bacana"










Gata em CPU de zinco morno










Pipoca meditando sobre o referendo










Quero meu jeton!

Pois é. Em vez de sair para fotografar os quero-queridos, vou sair para fazer o trabalho que os congressistas deveriam ter feito, mas deixaram para nós, ao custo aproximado de R$ 300 milhões.

Ódio, ódio. Raiva, raiva.

GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!

O dinheiro gasto neste referendo teria sido muito mais bem empregado se o governo, que se diz tão preocupado com as mortes acidentais causadas por armas de fogo, deixasse a hipocrisia de lado e fizesse uma campanha educativa a respeito do seu uso.

Isso evitaria muito mais mortes do que proibir o seu comércio legal.

Se há campanhas que ensinam a fazer soro caseiro, usar camisinha e cinto de segurança e evitar a proliferação de mosquitos, e se de fato há armas em números preocupantes nas mãos dos cidadãos, pergunto: por que não ensiná-los a lidar corretamente com elas?!

Há muitas formas de se fazer isso sem estimular o uso de armas, apenas EDUCANDO; mas o diabo é que falar nisso é reconhecer a falência do Estado na área da segurança. De modo que, podem apostar, vamos continuar a ouvir pérolas do marketing superfaturado, como a que proclama que "O melhor do Brasil é o brasileiro".

Dããããããã.

* * *

Só para dar uma idéia da necessidade de uma campanha dessas. Li este trecho de notícia no Globo:
"O acidente que quase matou Maria Vitória aconteceu há 17 anos. Durante um churrasco, a tia dela, que era major do Exército, chamou Anselmo para ver uma pistola nova. Achando que estava sem balas, Anselmo atirou em direção à mulher.

-- O tiro passou ao meu lado, por pouco não morri -- relembra Maria Vitória.

-- Errei porque não poderia ter confiado na palavra da tia. Mas tenho curso de tiro e cabeça fria para ter uma arma e saber quando posso reagir ou não. Quero continuar tendo o direito de defender minha família -- diz ele."
Não sei onde o cidadão em questão fez o curso de tiro, mas NÃO, ele definitivamente não errou por ter confiado na palavra da tia; errou por desconhecer a primeiríssima regra de quem maneja arma de fogo.

A menos que se queira dar cabo de alguém, JAMAIS, em circunstância alguma, aponta-se arma, descarregada ou não, para outra pessoa.

Ponto.

A ignorância é mais perigosa do que qualquer arma -- sobretudo quando há armas em jogo.

E não se iludam, amigos do SIM: acabar com o comércio legal de armas não tiraria as armas de um sujeito desses, apenas o empuraria para a ilegalidade.

O SIM é, aliás, um grande reforço para a ilegalidade -- que é, repito, onde está a grande violência. Se o comércio de drogas fosse legalizado e controlado como é hoje o comércio de armas, os traficantes não teriam um milésimo do poder que têm; vencendo o SIM, terão mais uma fonte de lucro.

Enfim.

A essa altura as coisas já devem estar quase decididas, e eu tenho mais é que correr pra pegar a minha ZE aberta.

ARGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!






Fim de festa









22.10.05


Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva







Uma opinião bem explicada

Acabo de receber este email do Marcos Martins, lá no jornal:
Pessoal, somente esta semana fiz minha cabeça sobre o referendo. Sou contra as armas. Nem mesmo quando penso em defesa pessoal ou de patrimônio, consigo ver as armas como definitivamente úteis, pois não consigo concluir se a posse de uma arma num momento crítico defende ou expõe mais ao risco a vida do "defendido".

A arma pode ajudar se estiver na mão de uma pessoa preparada para usá-la, mas vai piorar muito as coisas nas mãos de uma pessoa despreparada, seja física, técnica ou psicológiamente.

Entendo portantoque existem diversas situações particulares, tornando-se difícil aplicar uma regra geral e única. Aliás, as margens apertadas que estão sendo divulgadas pelos institutos de pesquisa refletem esse equilíbrio de prós e contras.

Mas não me permito o direito de acreditar que o SIM -- a proibição do comércio legal de armas -- vai tirar as armas de circulação. Precisamos ser realistas. Essa divisão quase que perfeita da opinião pública nos indica que muita gente "de bem" entende que deve/precisa/tem-que-ter uma arma.

Então, além da demanda dos bandidos, muita gente de bem vai continuar a comprar armas, mesmo com a proibição. A decisão de comprar uma arma não obedece a um impulso consumista, ditado por moda, mas sim a um instinto primitivo de auto defesa e sobrevivência.

Qual a efetividade da proibição do comércio legal na redução da quantidade de armas em circulação? Pouca ou nenhuma. Veja o exemplo das drogas: o comércio legal de cocaína é proibido, mas ela é largamente ofertada pelo mundo afora, através de sofisticados esquemas de distribuição operados por organizações criminosas, verdadeiros "impérios do mal" fortemente armados, com um poderio bélico de fazer inveja aos exércitos de muitos países e que desafiam o poder público em muitos deles.

Temos hoje vários países reféns dessas organizações criminosas (como a Colômbia) e cidades têm sua vida frequentemente afetada pelas atividades do tráfico (Rio, São Paulo, etc.)

A mesma coisa vai acontecer com as armas. Na verdade pior, pois, ao contrário da cocaína, a produção de armas vai continuar permitida. E aí vai a logística "do mal": essa arma produzida no Brasil vai então ser exportada para algum país com quem temos uma fronteira terrestre (muito) mal vigiada pelas nossas autoridades e voltará clandestinamente para cá, com todos os incentivos fiscais concedidos às exportações (vocês devem conhecer o que acontece com a exportação de cigarro).

Assim, a venda de armas, que hoje em grande parte é feita pelas lojas especializadas -- pagando impostos, gerando empregos formais e, sobretudo, permitindo um rastremento e controle da quantidade vendida -- vai cair totalmente na clandestinidade e ser feita pela "filial" dos traficantes de drogas.

Estes serão fortalecidos pelo aumento do volume do que até então era uma mercadoria secundária (as armas), em perfeita sinergia com a mercadoria principal (a cocaína), diluindo custos fixos e aumentando a margem de contribuição da bandidagem.

Esse comércio ilegal -- que já existe, mas será fortalecido pelo SIM -- vai ser combatido pela polícia, que trocará tiros com os novos traficantes de armas que a vitória do SIM vai criar. Eles matarão gente, entrarão em confronto com gangues rivais em disputa de território, com as quais trocarão mais tiros e matarão mais gente, aliciarão adolescentes -- sim, vão precisar de mais gente, pois os negócios
irão de vento em popa! -- desafiarão ainda mais o poder público, consumirão mais recursos públicos para seu combate, corromperão policiais e juízes, etc. etc. etc.


Portanto, como não quero dar asa a cobra nem botar azeitona na empada de bandido, enfim, como sou contra a bandidagem, como sou contra a violência, como sou contra a corrupção de policiais, como sou contra o fortalecimento de organizações criminosas, como sou contra o aliciamento de menores para o crime...

...meu voto é NÃO.

E você? Pense bem até domingo...
Se alguém acha que nada disso que ele descreveu vai acontecer, boa sorte!

Além da questão ideológica, penso exatamente assim. Acho que a cada porta legal que o governo fecha, abrem-se milhares de janelas na ilegalidade -- que é, ao fim e ao cabo, a origem da grande violência, aquela que desafia o Estado e zomba da nossa cara.

Crimes passionais e acidentes domésticos existem desde o começo dos tempos, e não deixarão de existir. Ao contrário do que pensa o meu cândido e bem-intencionado amigo Luis Garcia, um marido que quer matar a mulher (ou vice-versa) não precisa de revolver na gaveta da mesinha de cabeceira.






Gatos em dia de chuva










Bia trouxe da Paraíba: nada mais cheiroso no mundo .










Boa noite!









21.10.05


É duro ir pro trabalho nessa cidade, viu...










Netcat na sua habitação popular










Desatenção ou malícia

Caetano Veloso, no Blog do Noblat, manda muito bem a respeito do jornalismo da Veja.

O artigo é comprido (preciso dizer?) mas bem argumentado e escrito com a habitual elegância do autor.

Gosto muito de quem usa a cabeça para pensar.







Dez anos em dez dias

Um dos museus mais simpáticos do Rio, o MIAN (Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil), acaba de completar dez anos e, para comemorar a data, programou diversas atividades entre os dias 19 e 29 deste mes.

Como eu chego atrasada a tudo na minha vida, naturalmente só descobri o email do museu ontem de madrugada; mas ainda dá para vocês aproveitarem quase toda a programação:

  • 19.10, quarta-feira: Inauguração da exposição "Uma força me leva a pintar", de Ermelinda de Almeida.

  • 22.10, sábado, às 14hs: Pintando o sete com os naïfs, para o público infantil, com atividades expressivas e espetáculo circense.

  • 22.10, sábado, às 16hs: Apresentação do conjunto Bebadosamba, com serviço de bar.

  • 25.10, quinta-feira, às 14hs: "O que que os naïfs têm?", palestra voltada para a 3a. idade, ilustrada com slides por Mariza Campos da Paz.

  • 29.10, sábado, às 18hs: Música no Museu, com apresentação do AntiquaRio (Alexandre Bittencourt, traverso, Veronica Veliz, violino e João Rival, cravo). No programa obras de Bach, Häendel, Telemann e outros. A entrada é franca, e a distribuição de senhas começa às 17hs.

  • 29.10, sábado, às 19hs: Brinde comemorativo do aniversário do MIAN, e sorteio da rifa de um quadro da pintora naïf Lia Mittarakis. Cada rifa custa R$ 3.

    O MIAN fica na Rua Cosme Velho 561, e seus telefones são 2205.8612 e 2205.8547.








  • Show!!!

    Acabei de ver a Bibi Ferreira no Jô.

    Sensacional!

    Amo, amo, amo Bibi Ferreira.

    E -- com licença, posso? -- vou dar uma de tiete, e postar uma foto com ela que eu adoro.

    É de 2001, mas não me lembro mais qual foi a ocasião.

    * * *

    Há muitos anos, quando a Bibi estava fazendo Piaf no Ginástico, eu andava meio em crise. E ia ao teatro todo dia. Às vezes (quase sempre) a casa estava lotada, então eu ficava lá quietinha, assistindo da coxia.

    A Bibi brincava, dizia que eu podia ser stand in de qualquer um, porque sabia a peça e as marcações de cor. Sabia mesmo.

    Volta e meia íamos jantar juntas depois do espetáculo.

    Ora, a Piaf tinha um casaco de peles portentoso, daqueles que me dão arrepios e vontade de pegar uma lata de spray; mas era parte do figurino, era uma relíquia de outros tempos e, sobretudo, era da Bibi.

    Não havia dinheiro de produção que pagasse um casaco daqueles.

    Assim, todos os dias, ela ia e voltava do teatro com seu casaco de vison -- às vezes, debaixo de um calor de 30 graus.

    Na época, eu estava tão acostumada com aquilo que nem reparava mais. Mas tempos depois, um dia, assim do nada, olhando pro teto e pensando na vida, me dei conta de que dupla esquisita a gente fazia -- eu com os meus jeans, camisetas e sandálias de sempre, e a Bibi de casaco de vison, calças compridas e... havaianas.

    Quando havaianas não estavam na moda.

    Muitas saudades daquele tempo, muitas.





    20.10.05


    Tudo sobre o Opera!

    O Aylons fez um excelente post explicando tudo sobre o Opera: AQUI.






    Novo sistema de comunidades

    O Opera inaugurou ontem, oficialmente, o seu site de comunidades, que já estava no ar, sem alarde, há alhum tempo. Essencialmente, é muito parecido com o Multiply e todos os que o seguiram: tem espaço para blog, fotos, agenda de amigos, grupos, forums.

    Gosto muito do Opera, a meu ver um browser cheio de qualidades (agora inclusive gratuito), mas injustamente depreciado na briga dos bilhões do M$ IE e do hype em torno do Firefox.

    Em aparelhos pequenos, como PDAs e celulares, ter um Opera ou não faz toda a diferença do mundo: com o Opera, o que você vê na telinha é internet, ponto. Com os outros, apenas uma tentativa de chegar lá.

    Mas o Opera também tem as suas esquisitices.

    Por exemplo: hoje à tarde abri lá um espaço para mim, para ver como andam as coisas. Eu estava usando IE, e tudo correu às mil maravilhas.

    Agora, quando tento fazer login pelo Opera, na minha própria conta, não consigo. Volto pro IE, e consigo.

    Já dei logout, fui pro Opera, tentei de novo -- nada.

    Não dá para entender o que está acontecendo, e eu estou com dor de garganta, o que tira muito da minha habitual paciência com sites teimosos.

    Ainda assim, recomendo a todos não só o Opera, como browser, como uma voltinha pela área de comunidades, que é muito fácil de usar e pode dar samba, com muitos features interessantes.

    Não se esqueçam que ela é novinha, acaba de nascer e ainda precisa de uns ajustes.

    Qualquer dúvida, é só perguntar pro meu amigo Aylons Hazzud, aqui nos comentários; pouca gente conhece o Opera feito este garoto.







    Cruzes! O que é que os bichos têm com isso?!

    Governadora demonstra completo descaso pela vida
    e pelo meio-ambiente em festinha do SIM



    Levei um susto quando abri a janela no domingo: a Lagoa estava um lixo, emporcalhada por algo que, do meu ponto de vista, parecia ser mortandade de peixes ou uma suspeita espuma branca, recolhida com uma rede. Desci para ver o que estava acontecendo: num primeiro momento, respirei aliviada. Não era nem mortandade nem espuma tóxica. Eram os restos daquele criativo evento da turma do SIM, que, com as bênçãos da governadora, jogou na Lagoa, como se esta fosse a lata de lixo do Palácio Guanabara, milhares de cruzes de isopor, representando, segundo os organizadores, "os mortos por armas de fogo".

    * * *

    O alívio durou pouco. O material estava se desfazendo, e a água, coitada, já de si bastante poluída, estava coalhada de pedaços de isopor, risco certo para os peixes, biguás, frangos d'água e tantos outros habitantes da área que nada têm a ver com a demagogia que cerca este referendo, e que agora pagarão com suas vidinhas verdadeiramente inocentes pela opção da governadora.

    Em vez de orar pelos mortos, ela faria melhor chamando às falas o senhor seu marido, que, como ex-governador e ex secretário de Segurança, nada fez para mudar o tenebroso quadro da violência no estado; também não lhe faria mal se, como governadora que é, se recolhesse ao palácio para meditar a respeito da quantidade de vidas, humanas e animais, que já se perderam devido à inércia do governo.

    * * *

    Na verdade, como moradora desta cidade, sinto-me pessoalmente ofendida cada vez que qualquer autoridade responsável pela "nossa segurança" vem a público deitar falação, como se isso -- a nossa segurança -- existisse.

    Será que acham que somos todos idiotas?! Acham que ignoramos que circulam, às nossas custas, em carros blindados, cercados de seguranças?! Acham que não vemos o que acontece à nossa volta, que engolimos as suas mentiras, que não nos damos conta da sua covardia?! Acham que não nos ressentimos de não podermos usar a nossa cidade, de não podermos ter uma bicicleta melhorzinha, de usar a corrente com o santinho ou um relógio mais bonito? Acham que gostamos de andar com os vidros dos automóveis permanentemente cerrados, ou de ver todos os bares e restaurantes fechados, e de ter que voltar para casa quando os argentinos (logo eles!) mal começam a se preparar para sair para a noite esplendorosa de Buenos Aires?!

    * * *

    Pois domingo, voltando ao começo desta crônica, a governadora -- como se governadora não fosse, e não tivesse nada a ver com a Beirute que se forma em cada esquina, com a Bagdá em que se transformaram as linhas Vermelha e Amarela -- lá se foi, toda de branco, compactuar com a poluição da Lagoa.

    Cuja despoluição, por sinal, deve à população desde que assumiu.

    Aparentemente achou lindo o horrendo monte de isopor, pegou um barco e, no meio das águas, abriu caixas onde, desde cedo, estavam fechadas pombas brancas, que por pouco não morreram de calor e falta de ar. As aves estavam tão enfraquecidas que caíram direto na água, e só não se afogaram graças ao socorro prestado por populares em barcos e pedalinhos. Algumas estavam com asas partidas; outras foram encontradas, de madrugada, conforme noticiou a coluna Gente Boa, abandonadas dentro de uma das caixas, com as asas cortadas.

    Pelo menos duas leis foram infringidas pela governadora e pela sua "turma do bem" no famigerado manifesto: o Decreto-Lei 24.645, que define maus-tratos contra animais, e que, entre outras coisas, diz, explicitamente, que é crime "abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária"; e a Lei Federal 9.605, de Crimes Ambientais, que condena "provocar, pela emissão de efluentes ou carregamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras".

    Isso para não falar da lei estadual que proíbe a apresentação de animais em circos ou espetáculos no Rio de Janeiro, sancionada pela própria governadora há quatro meses e que, ainda que não diga nada a respeito da tortura de pombos com fins eleitoreiros, há de ter alguma cláusula que, interpretada por um bom advogado, condene esta barbaridade.

    * * *

    Ser a favor da vida é um pouco mais complicado do que botar uma camiseta branca e votar SIM. Ser a favor da vida é compreender que todos fazemos parte de um único mundo, neste momento mais ameaçado do que nunca. Permitir que uma área já tão fragilizada como a Lagoa seja alvo de uma agressão gratuita, e assistir impassível à agonia de dezenas de aves, é não ter a menor idéia do que seja a vida no seu sentido mais amplo.

    Na terça, as águas ainda estavam cheias de isopor, que era comido por biguás e frangos d'água(como este que fotografei), e que podem vir a morrer disso. Nada a estranhar. Tudo o que esses governadores fazem é vulgar, sinistro, malfadado.

    (O Globo, Segundo Caderno, 20.10.2005)

    Aconteceu uma coisa chata com esta coluna. Eu dou uma escrita geral, depois revejo, corto, conserto, arrumo. Pois não é que, desta vez, esqueci de salvar a versão mais recente -- que me mandei por email, e que aqui está -- na forma do jornal?! Não sei se foi cansaço de ir e vir de São Paulo ou pura distração, mas o fato é que a versão impressa está ligeiramente diferente -- e pior. Chato, isso.





    19.10.05


    Storms happen

    Imaginem isso: Elis Monteiro, repórter do Info etc., embarcou no fim-de-semana para o México, mais especificamente para Playa del Carmen, onde a Motorola e a Apple estavam aproveitando o Video Music Awards, da MTV, para lançar o ultra, super, duper aguardado Rockr, celular produzido em parceria pelas duas.

    Pois depois de 20 horas de viagem ela desembarcou, foi pro hotel, pendurou suas roupitchas no armário... e recebeu ordem de empacotar tudo novamente e correr pro aeroporto!

    A cidade está sendo evacuada por causa do furacão Wilma, e todo mundo -- Video Music Awards, MTV, Apple, Motorola, Rockr, músicos, jornalistas e turistas em geral -- está voltando.

    O pior é que a Elis morre de medo de avião, e encarou a ida porque, afinal, um lançamento desses não acontece todo dia, ainda mais num lugar tão bacana.

    Tsk.

    Quanto ao Rockr: pelo que andei lendo, ele é muito parecido com o E398, só que branco e prata e, claro, com iTunes de nascença.






    YIKES

    Liguei a televisão:

    "Em 20 anos de carreira, Anthony Garotinho sempre cultivou a ética, a transparência e a honestidade..."

    SOCORRO!!!!

    Vou voltar pra cama.






    Causa & conseqüência

    Não sei se é do avião, do ar de São Paulo ou das duas coisas, mas toda vez que vou a São Paulo volto com a garganta em pandarecos. Hoje deitei ali no sofá, de tarde, para descansar um minutinho; acordei agora.

    * suspiro *






    Central do Brasil









    18.10.05


    Lar doce lar










    Lá vou eu de volta










    Sampa










    Sampa










    Prontinho! A postos.










    Chove...










    Fui!










    Ah, embarquei como eu gosto... ainda.










    Rumo a Sampa










    Madruguei...









    17.10.05


    Demagogia barata dá nisso: a poluição do SIM da "governadora"



    Desculpem, mandei pelo telefone e não deu para explicar direito.

    Ontem, a nossa esclarecida governadora promoveu um manifesto a favor do SIM aqui na Lagoa. Foram jogadas mais de 30 mil cruzes de isopor dentro d'água, representando as "vítimas de armas de fogo".

    Meigo, né?

    Só que as bordas da água, na direção em que o vento sopra, estão assim; coalhadas de pedaços de isopor que os biguás, garças e frangos d'água comem por engano e que, eventualmente, podem levá-los à morte.

    Também foram soltas 25 pombas brancas.

    Não se sabe se os pássaros estavam drogados, fracos demais ou pura e simplesmente apavorados pelo barulho do helicóptero da segurança, mas a maioria caiu dentro d'água.

    Tiveram que ser resgatadas para não se afogarem.

    Algumas estavam com asas partidas.

    Tudo o que este casal nefasto faz é vulgar, sinistro, mal-fadado.






    Adiós, sol!










    A tardinha cai










    Agorinha











    Um senhor telefone

    Semana passada, fiquei de falar mais sobre as minhas experiências com o 6681, novo "smartphone" da Nokia. "Smartphones" são celulares com algo mais, máquinas de trabalho que, em tese, podem praticamente substituir os PDAs. A Nokia classifica o 6681 como um "imaging smartphone", ou seja, um desses pequenos notáveis, mas especializado em fotografia.

    Embora faça fotos de "apenas" 1.3 megapixels (contra os 2Mp dos Sony-Ericsson K750i e W800), ele tem uma excelente qualidade de imagem e um pequeno editor fotográfico que realiza funções básicas, como clarear ou escurecer imagens, cortar, virar, acrescentar moldurinhas ou texto, etc. A câmera fica na parte de trás do aparelho, guardada por uma placa protetora que desliza para ativá-la, fazendo com que entre em ação imediatamente. Pode-se fotografar mesmo com o teclado travado.

    Aliás, por falar em teclado: ele "percebe" automaticamente quando está escuro e acende sozinho. Adorei isso!

    O 6681 é também uma poderosa máquina de som. Poderia ser um baita player se saísse da loja com um cartão de memória maior do que o RS MMC de 64Mb que traz; mas esta memória não é suficiente para armazenar fotos, programas e músicas. Felizmente, este é um problema que se pode resolver com alguma persistência. O diabo é que o cartão só pode ser um RS MMC bi-volt, ainda bem difícil de encontrar.

    O PC Suite, software que faz a conexão com o computador, funciona bem tanto com cabo quanto com Bluetooth; é através dele que se podem baixar para o celular documentos do Office (doc, pps e xls) e arquivos pdf.

    Como teste, passei para o bichinho a planilha que criei com os meus DVDs, com 237 entradas com título, título original e diretor, e ele a lê sem problemas. Melhor ainda: eu a leio sem problemas, porque a tela, que faz do 6681 um celular relativamente grande, também faz dele um belo celular para leitura, navegação na web e visualização de imagens.

    O browser com que vem de fábrica é bom (melhor do que os browsers da Nokia que usei até aqui) mas o ideal, a meu ver, é baixar o Opera Mobile. Com ele, não tive dificuldade em acessar site algum; no meu blog, posso abrir a caixa de comentários, ler o que os leitores comentaram e responder; o Google voa.

    O 6681 é um brinquedinho caro (cerca de R$ 2 mil) mas extremamente útil e versátil, sobretudo para quem depende de celular para trabalhar de verdade.


    (O Globo, Info etc., 17.10.2005)






    Utilidade pública

    Circula pela rede um spam que diz o seguinte:
    Uma espécie de vingança para quando nos roubam o celular

  • Para obter o número de série do seu telefone celular (GSM), digite: *#06#
  • Aparecerá no visor um código de 15 algarismos; este código é único.
  • Anote e guarde com cuidado.
  • Se roubarem seu celular, telefone para sua operadora e informe este código. O seu telefone poderá então ser completamente bloqueado, mesmo que o ladrão mude o cartão SIM.
  • Isso é absolutamente verdadeiro. Através do número de série as operadoras podem, de fato, bloquear o aparelho todo -- e não apenas a linha.

    Mas ninguém precisa ficar desesperado se não tiver se dado ao trabalho de digitar a combinação cabalística. O número também está na caixa do celular e na nota fiscal.






    Alô alô, Lisboa!



    Na foto (feita pelo marido da Monica) Lucas, Monica L, Cora, Yas e Van Or, depois de uma sessão de "Feitiço do Tempo".





    16.10.05


    Quebra-cabeça

    Bonitinho mesmo, perfeito para final de domingo molenga.





    15.10.05


    Casa Cor












    Nada de novo sob o sol

    "Se ainda houver historiadores daqui a 50 ou 100 anos e tiverem sido preservados filmes de uma semana de nossas três redes, eles encontrarão ali gravadas em preto e branco, ou cor, as provas da decadência, escapismo e alheiamento da realidade do mundo em que vivemos."

    "Estou inteiramente convencido de que o público americano é mais sensato, contido e mais maduro do que todos os programadores da televisão acreditam. Eles têm medo de controvérsia, mas isto não se baseia em fatos. Tenhos motivos para saber, como muitos de vocês, que quando os fatos de um assunto controvertido são apresentados de modo equilibrado e calmo, o público reconhece o esforço para iluminar, em vez de agitar."
    Por incrível que pareça, isso não foi dito ontem, mas em 1958, por Ed Murrow, um dos mais importantes jornalistas de rádio e TV dos EUA, ao ser homenageado pela Associação dos Diretores de Rádio e Telejornalismo.

    Ainda há historiadores, e os filmes foram preservados, mas a lição, aparentemente, se perdeu.

    Pesquei estes dois parágrafos no blog do Pontual. Ele nos fez a gentileza de traduzir um bom trecho do discurso, que abre e fecha o filme Good Night, and Good Luck, de George Clooney, que estou louca para ver.







    Viva, Jussara!!!

    Pessoas, vejam que glória de foto a Jussara fez com o telefone novo que comprou!





    14.10.05


    Fala, Barone!

    "Depois de muito esperar, mando meu alô aqui no seu blog. Sou seu leitor faz muito tempo.

    Tenho me eximido de posicionar meu voto neste referendo, pois o NÃO me dava a desconfortável sensação de estar do lado de Roberto Jefferson ou do Fleury... Mas descobri que só porque o Hitler era vegetariano é que eu não vou deixar de comer carne vermelha... Ao ler seu artigo, me senti muito mais bem acompanhado, obrigado!

    Tenho uma relação de amor e ódio com armas de fogo. Elas ajudaram a acabar com o nazismo, por exemplo. Quem viu uma certa foto do Churchill durante a guerra, segurando uma metralhadora Thompson "Tommy Gun", a mesma dos mafiosos da Chicago de Al Capone, sabe do poder desta imagem. Sem falar no famoso General Patton e seus revolveres com coronhas de marfim.

    John Lennon foi morto por um revolver. Kurt Kobain se matou com um tiro de espingarda, Hemingway também.

    Armas têm um poder de "fetiche" muito grande. Não é à toa que o cinema usa isso como receita, misturado com belas mulheres. Inclusive, todos sabem qual a arma favorita do 007: uma Walther PPK! Os alemães entendiam muito de armas: Lugger, Parabelum (o Lampião usava uma!), Mauser...

    Venho acompanhando suas posições sobre o referendo. Em muito se alinham com o que penso, pois existe uma grande ingenuidade nisso tudo, por parte dos pacifistas que acreditam que o sim pode mudar algo no nosso presente clima de guerra civil não declarada. Afinal, áreas interditadas por tiroteios e vítimas de granadas e fuzis de grosso calibre eram manchetes nos jornais na época da guerra no Líbano e ainda hoje em algumas áreas do Oriente Médio. Nos jornais de hoje, quantos tiroteios ocorreram no Rio ontem? E agorinha?

    Pena ver que o foco de todos estes problemas, a educação, continua sem receber uma fração dos custos que este referendo vai retirar dos cofres públicos. Mesmo a segurança de várias cidades poderia ser implementada com a divisão dos milhões de Reais que serão gastos neste referendo. Que patuscada!

    Meu pai tinha um 32 em casa e nunca passamos por nenhuma tragédia familiar pelo fato. Injustamente, as estatísticas de casos onde uma arma em casa impediu um assalto ou coisa pior, simplesmente não existem. Alguém conhece algum caso de um "quase-atropelamento"? Mas, infelizmente, quando um idiota deixa um revolver carregado no guarda roupa e uma criança o encontra, ou um desequilibrado mental aperta o gatilho de uma arma, as estatísticas acusam e assustam.

    John Lennon foi morto por um maluco com um revolver na mão. Isso já me afasta da vontade de ter uma arma. Estou mais para o Michael Moore,paz e amor, do que para a NRA. Mas até entendo agora o por quê do direito às armas estar tão estampado na constituição americana: para que os dirigentes do país não se sintam onipotentes e se tornem déspotas.

    Se bem que, na América, eles sempre acham um "jeitinho" para isso.

    Gandhi falou que a coisa mais terrível que os ingleses fizeram durante a ocupação da Índia foi o desarmamento dos cidadãos. Benjamim Franklin disse que quando os bandidos e os governantes tiverem propriedade de todas as armas, irão tomar as propriedades que quiserem...

    Eu realmente acho que a Humanidade terá que evoluir muito até o ponto de banir as armas. Quem sabe até lá deixarão de existir os maiores culpados pelos nossos problemas: políticos corruptos e alheios aos seus deveres com a população." (João Barone)






    Baseado em fatos (quase) reais

    O Jardineiro Fiel

    O filme começa, o espectador mal provou da pipoca e, zás!, Tessa Quayle (Rachel Weisz, magnífica) é brutalmente assassinada numa remota paisagem africana. O que é que ela estava fazendo naquele fim de mundo? E qual era a sua relação com o jovem médico africano que a acompanhava? Justin Quayle (Ralph Fiennes, igualmente perfeito para o papel), marido de Tessa, diplomata inglês ardorosamente dedicado à jardinagem, resolve esquecer regadores, ancinhos, conselhos de superiores e ameaças recebidas, e vai atrás das respostas às perguntas que o atormentam.

    O casal mal se conhecia. Apesar de completamente diferentes, Justin e Tessa apaixonaram-se à primeira vista. A busca do marido pela verdadeira identidade da mulher e pelos seus reais sentimentos o leva a trilhar, inexoravelmente, o caminho do desastre. Desde as primeiras cenas, o espectador percebe que nada no filme conduz a um final feliz -- exceto, é claro, para os fãs de John Le Carré, autor do romance homônimo, que têm a rara felicidade de ver que o livro de que tanto gostaram encontrou tradução cinematográfica à altura.

    Boa parte dos méritos cabe à direção dinâmica e criativa de Fernando Meirelles (sim, o nosso Fernando Meirelles, de "Cidade de Deus"), que mantém magistralmente a tensão da trama. Passo a passo com Justin, descobrimos que Tessa, ativista política, cometeu o erro básico de desconfiar da ação criminosa de uma companhia farmacêutica, testando drogas potencialmente letais na população carente de um país corrompido até a medula.

    Ficção antiglobalizante? Quem dera: mudem um nome aqui, um país acolá e não, não há nada de ficção nesses fatos.

    Paralelamente à tenebrosa questão política, vamos descobrindo, também, a extraordinária fibra de Tessa, a sua revolta contra a injustiça e, não menos importante, a sua devoção a Justin. Que desde o começo já se saiba que tudo isso se perdeu torna "O jardineiro fiel" ainda mais pungente -- e, desde já, um dos melhores filmes da temporada.


    (O Globo, Rio Show, 14.10.2005)






    Ao cair da tarde









    13.10.05


    No teatro










    Iuhuuuu!










    Momento nerd







    Pipoca e seu mundo











    Às armas, cidadãos!

    Dizer sim ao SIM? Pois sim.


    No distante ano de 1980, empacotei meia dúzia de objetos essenciais -- a máquina de escrever, uns dicionários e alguns quadros, uns LPs e umas roupas -- pus tudo a bordo de um minúsculo Fiat 147 e peguei a estrada. Eu estava partindo para uma nova etapa da minha vida, deixando Brasília e voltando, finalmente!, para o meu Rio de Janeiro. Estava sozinha, e minha intenção era fazer a viagem de uma assentada só. Corajosa a mocinha, só agora percebo. Eu tinha 27 anos, 1,54m (não cresci muito, desde então) e 50 quilos (cresci, sim); mas também tinha uma Walther PPK 7,65mm, que muito me tranqüilizou nos 1.148 quilômetros da estrada esburacada e praticamente deserta. PPK esta que, discreta mas visivelmente enfiada na cintura da calça, desestimulou alguns engraçadinhos nos postos de gasolina em que parei ao longo do caminho.

    A Walther, uma pistola linda e admiravelmente segura, sempre foi minha arma favorita, embora eu tivesse convivido também com um pequeno Smith & Wesson 22, de cano curto, e vários rifles de diferentes marcas e calibres. Meu avô, antigo oficial do exército austro-húngaro, adorava armas, e me ensinou, desde cedo, a respeitá-las e a usá-las corretamente. Entre as melhores recordações que tenho da infância estão as tardes de tiro ao alvo com o Nonno. Aprendi a montar e desmontar todas as armas que tínhamos e, modéstia à parte, a atirar muito bem. Isso não fez de mim uma criatura perigosa ou beligerante, apenas me tornou uma pessoa mais segura, até por me dar a compreensão -- e a medida real -- de uma parte integrante do nosso mundo.

    Minha viagem de Brasília ao Rio durou cerca de vinte horas, e devo àquela velha e elegante Walther a tranqüilidade de ter feito o trajeto sem medo algum ? exceto, é claro, aqueles provocados pelas nossas indescritíveis estradas e pelos automóveis, combinação que faz, anualmente, muito mais vítimas do que todas as armas legais e ilegais do país.

    * * *

    O sítio idílico, onde as armas eram apenas uma diversão como outra qualquer, desapareceu. A casa continua lá, bonita como sempre foi; o jardim adquiriu aquela qualidade que só o tempo e o carinho dão às plantas. Mas a área em torno, antes praticamente deserta, com uma casa aqui, outra acolá, degradou-se irremediavelmente. Hoje a bandidagem corre solta em Nova Friburgo, como no resto do país (me contenho para não escrever "a partir do Planalto"). Há uns poucos anos, depois do nono (!) assalto à casa, Mamãe foi, como sempre em vão, à polícia. Desta vez, tinha algo novo: uma pista. Uma bala se alojara na lombada de um dos livros (ainda está lá, dormindo no Dostoievski), de onde poderia ser facilmente removida e periciada.

    -- Perícia em bala?! -- espantou-se o delegado. -- Só existe em filme americano, vovó. A senhora está vendo televisão demais. Compra uns cachorros e solta no quintal .

    Mamãe seguiu o conselho da polícia. Hoje tem dois tigres, disfarçados de pastores alemães, que a amam de paixão e jamais deixarão que nada de mal lhe aconteça. Mas, pelo sim, pelo não, tem também uma arma que, nas mãos do caseiro, já evitou pelo menos meia dúzia de novas invasões, com tiros para o alto. Ninguém morreu ou se feriu, mas os bandidos acharam melhor trabalhar em outra freguesia.

    * * *

    São só duas historinhas pessoais. Contei por contar. Não é por causa delas (ou só por causa delas) que vou votar NÃO no referendo sobre o "desarmamento". Por sinal, escrevo "desarmamento" assim, entre aspas, porque acho absoluta má-fé o uso desta palavra: quem dera que o governo, ou quem quer que fosse, pudesse, de fato, desarmar a todos!

    O problema é que não é o arsenal pesado dos traficantes que está em discussão, e sim o direito dos cidadãos de bem de comprar armas para sua própria defesa ocasional. Digo cidadãos de bem com conhecimento de causa, porque só gente muito temente a Deus e à ordem é que ainda se dá ao trabalho de enfrentar a burocracia e reunir toda a papelada exigida atualmente para a compra de uma arma.

    Pelo que se vê na propaganda, até parece que é só chegar na venda da esquina e pedir um trezoitão na promoção, parcelado em dez vezes no cartão. Pois não é não, acreditem. Aliás, não acreditem; vão lá e confiram. Tentem comprar uma arma legalmente, enquanto ainda podem. É tão difícil, que só pondo despachante, ou lobista, na parada.

    Entre outros motivos, vou votar NÃO porque, se o SIM for aprovado, mais uma parcela da população fatalmente será empurrada para a ilegalidade. Já estou vendo Mamãe, com sua cabeça branquinha, subindo o morro para conseguir munição -- naturalmente a preços inflacionados -- lá para o sítio. Comprado numa localidade pacífica e remota que os tempos transformaram em perímetro urbano. Urbano e perigoso.

    Como ela, este será o destino de alguns milhões de brasileiros de bem que, não recebendo do Estado a segurança a que teriam direito, foram forçados a ter armas em casa. Aliás, o Estado brasileiro é especialista em fazer do cidadão honesto um criminoso. Impostos extorsivos, leis de trânsito feitas sob medida para o achaque, taxas de importação inviáveis que nos atiram nos braços dos contrabandistas -- tudo é estímulo pra desviar o cidadão do caminho do bem, que ninguém do governo sabe mais onde é.

    Aprovado este SIM, estará automaticamente incentivada a compra ilegal de armas para ficarmos em pé de igualdade com parlamentares, juristas e artistas famosos que, cercados de segurança 24 horas por dia, aliviam a sua culpa social e moral dizendo SIM à cassação dos nossos direitos .

    (O Globo, Segundo Caderno, 13.10.2005)






    Ufa! É difícil clicar em movimento...










    No quiosque









    12.10.05


    No quiosque










    No quiosque










    No quiosque










    Alguém na área?










    Mosca e Tutu










    Mudei de idéia: meu voto agora é SIM!

    Antes, eu tinha certeza de que ia votar no NÃO e ninguém ia me convencer do contrário. Mas o tempo foi passando, entrei nas comunidades do SIM e do NAO no orkut, ouvi propagandas no rádio e na TV e os argumentos do SIM me convenceram. Vou votar SIM.

    Sabe por que?

    Vou dar 20 motivos:

    1. Descobri que é a arma legal que alimenta os bandidos. Todas aquelas AR-15, AK-47, granadas e bazucas que os traficantes do Rio usam foram roubadas de cidadãos honestos que compraram as armas legalmente. Da minha casa mesmo, por exemplo. Ano passado me roubaram quatro mísseis stinger.

    2. Descobri que todos os pais que têm armas de fogo costumam deixá-las carregadas e engatilhadas em cima do sofá da sala. Por isso que 94 milhões de crianças brasileiras morrem brincando com armas de fogo todos os anos.

    3. Descobri que quem mora em fazendas, isolado de todos, no meio do mato, não precisa de armas. No meio da natureza rola uma 'vibe' muito forte, as energias positivas das árvores e das flores protegem eles.

    4. Descobri que os 570 milhões de reais investidos para realizar o referendo foram muito bem empregados. Afinal, porque que a gente vai gastar com segurança, quando se pode gastar num referendo? E dizendo SIM eles, nossos governantes, vão ver o quanto a gente adorou ter esse privilégio de exercer nosso direito como cidadão de decidir os rumos do nosso Brasil!

    5. Descobri que se o NAO ganhar, as armas de fogo vão imediatamente ficar 90% mais baratas e vai acabar a burocracia para a compra de uma. No dia seguinte à vitória do NÃO, qualquer pessoa (bandido ou não) vai poder ir numa loja de armas, comprar um 44 e oito caixas de munição, já vai sair armado e vai para o bar mais próximo para arrumar briga e me matar.

    6. Descobri que delegados e policiais civis militares e federais -- que são em quase totalidade favoráveis ao NAO -- não entendem N-A-D-A de violência e criminalidade. Quem manja mesmo do assunto são atores, sociólogos e dirigentes de ONGs internacionais.

    7. Descobri que todos os assaltantes de casa têm superpoderes. Eles atravessam portas e paredes e se materializam imediatamente na sua frente e apontam uma arma para a sua cabeça enquanto você ainda está deitado, tornando impossível qualquer reação. Eles não perdem tempo e não fazem barulho arrombando portas.

    8. Descobri que se eu vir ou ouvir algum bandido pulando a cerca e entrando no meu quintal, eu não vou conseguir afugentá-lo com um tiro para cima ou para o chão. Se ele ouvir o tiro, aí sim, é que ele vai ficar excitado e vai querer de toda forma entrar em casa e trocar tiros comigos. Eles adoram fazer isso.

    9. Descobri que estrangeiros que lideram ONGs como a Viva-Rio têm muita experiência no assunto. Afinal, todo mundo sabe que a situação social, econômica e de criminalidade da França, Inglaterra e Estados Unidos (que é de onde eles vêm) é IGUALZINHA à realidade do Brasil. Não tenho a menor dúvida de que todas as teorias deles vão funcionar direitinho aqui.

    10. Descobri que o governo quer que a gente vote SIM. E o governo sempre pensa no nosso bem. Afinal, todo mundo sabe que a qualidade da saúde pública, ensino público, segurança pública, e etc. vem melhorando cada vez mais, dia a dia.

    11. Descobri que todos os cidadãos de bem assim que acabarem suas munições vão manter suas armas eternamente sem munição, até se deteriorarem, ninguém vai buscar bala no mercado negro (até porque a violência vai diminuir um bocado), e assim não corre o risco do mercado negro se fortalecer.

    12. Descobri que se o SIM ganhar, não vão mais acontecer mortes banais. Maridos ciumentos só vão agredir as mulheres com travesseiros, torcidas organizadas vão se dar as mãos, facas e canivetes vão perder o fio, tijolos e paus vão ficar macios e os pitboys vão todos se converter ao budismo.

    13. Descobri que essa história dos crimes por armas de fogo ter aumentado 500% na Inglaterra nos 6 anos após o desarmamento por lá foi uma coisa super normal, afinal, a população tá se expandindo, né? É natural que haja um aumento.

    14. Descobri que o jovem é a principal vítima da arma de fogo. Claro que isso não tem nada a ver com o fato de o jovem ser o maior usuário de drogas, e nem o fato de que quase 100% dos envolvidos no tráfico de drogas têm menos de 30 anos (porque morrem ou são presos antes). Isso é só coincidência.

    15. Descobri que no Texas -- onde há quase uma arma por habitante -- reduziu para quase a metade o índice de crimes violentos nos últimos dez anos. Mas isso é porque nesses dez anos, o pessoal parou de comer carne vermelha e começou a ouvir mais Bob Marley.

    16. Descobri que todo mundo que tem arma de fogo é um suicída em potencial. E a única causa do suicídio é a arma de fogo, e não a falta de perspectivas, falta de um ideal, falta de um sonho a buscar ou então distúrbios psíquicos como a depressão.

    17. Descobri que se algum bandido invadir a minha casa, basta eu ligar para o 190. A polícia sempre tem homens e viaturas sobrando e levará menos de 3 minutos para me atender.

    18. Caso isso não aconteça, basta eu fazer o sinalzinho do "sou da paz" com as mãos e o ladrão vai saber que eu sou uma guria legal, e então ele vai embora em paz sem levar nada e sem violência nenhuma. Eles sempre agem assim quando descobrem que você é da paz, e não um daqueles psicopatas malvados que são a favor do NÃO.

    19. Caso o ladrão seja muito, mas muito malvadão, eu só preciso gritar por socorro. Em cinco segundos vão aparecer a Fernanda Montenegro, a Maitê Proença e o Felipe Dylon para me salvar e prender o bandido. Sem usar armas. Êêêêêêêêêêê!!!

    20. Se o SIM ganhar, o Brasil vai ser um país mais feliz. Que nem na novela!Obaaaaaaa!
    Recebi por email; não sei quem escreveu. Se alguém souber, por favor me avise, para que eu possa dar o devido crédito, OK?

    E agora vou lá fora curtir o restinho do feriado no quiosque...






    Net, exausta após a leitura dos jornais do dia










    Olhando pro teto, pensando na vida










    Keaton escolhe a leitura do dia










    Eca!!!!

    Estou vendo um programa da National Geographic sobre insetos... como alimento!

    O repórter, realmente intrépido, comeu mais coisas esquisitas em meia hora do que eu numa vida inteira.

    É tudo muito nojeeeeeeento!!!

    Por outro lado, o programa dá o que pensar. Nós comemos caranguejos, lagostas e camarões com grande gosto, mas torcemos o nariz para escorpiões, que são parentes deles. Ficamos chocados com larvas fritas e viradinhos de ovos de mosca, mas adoramos mel -- que é, pura e simplesmente, o vômito de zilhões de abelhas.

    Estranho, muito estranho.






    As obras continuam - e eu vou nessa!









    11.10.05


    Agora só falta escrever a crítica do filme...










    Copacabana










    Sim ao NÃO

    (Puxei este post pra cá porque gostei muito do texto do Edk -- que, agora descobri, tem um ótimo blog. Seria uma pena ele sumir na rolagem tão rápido, né?)

    Agora que farreamos todos à vontade no fim-de-semana, que tal ligar o fio terra? Acabo de ler um comentário muito bom lá no Idelber, que está em Santiago, mas deixou um ótimo debate sobre o "desarmamento" no ar.

    Escrevo "desarmamento" entre aspas, porque acho de absoluta má-fé o uso desta palavra. Quem dera que o governo ou quem quer que seja pudesse, de fato, desarmar a bandidagem! Não é o arsenal pesado dos traficantes que está em discussão; o que está em discussão é se nós, cidadãos de bem, poderemos ter ou não o direito de comprar armas legalmente.

    Caso o SIM seja aprovado, mais uma parcela decente da população será empurrada para a ilegalidade. O governo brasileiro é especialista em fazer do cidadão honesto um criminoso a contra-gosto: estimula a sonegação através dos impostos mais altos e injustos do mundo, estimula o suborno da polícia através de leis de trânsito absurdas, estimula o contrabando através de taxas de importação extorsivas e, logo, estará estimulando a compra ilegal de armas por todos nós, que não somos nem parlamentares, nem juristas, nem artistas que andam com segurança 24 horas por dia.

    Voto NÃO, obviamente. Mas leiam o comentário do leitor do Idelber, que se assina EDK. O texto é comprido mas excelente:
    Tenho nível superior, sou policial civil, sou professor e já trabalhei em delegacia. Conheço e convivo hoje com muitas estatíticas, conheço um pouco a violência e sua face mais cruel.

    É interessante saber que por dever de ofício e que através do porte que minha carteira profissional me dá, tenho direito a portar, e usar arma. Mas detalhe: não uso e não tenho arma. Não sou a favor das armas. Mas sou contra, totalmente contra o, assim chamado "desarmamento".

    Em um mundo ideal não teríamos armas. Não usaríamos armas. Não haveriam guerras. E nem a violência que vivemos hoje. Infelizmente, não vivemos em mundo ideal e muito menos fictício. A violência urbana brasileira chegou a números escandalosos. Absolutamente absurdos. Assalta-se, furta-se, frauda-se e sobretudo, mata-se demais no Brasil. E o pior, com os dispositivos que temos hoje, estamos sem saída. Estamos perdendo e continuaremos perdendo a luta contra a violência. Os bandidos riem da cara da polícia e se esbaldam no estado de atonia e fraqueza geral da população.

    Moro numa cidade pequena de 250 mil habitantes onde a polícia resolve (acha os autores de) cerca de 90% dos casos de homicídio, o mais grave crime. Mas, admito, em alguns bairros a sensação de insegurança é absurda. A população clama. O povo e o Estado está à mercê.

    O Rio de Janeiro é o caso mais sintomático da realidade brasileira. A violência ali é extremamente incompreensível. E não há soluções. Estamos todos, diante da impotência do Estado brasileiro, caminhado para nos transformar em uma horrível favela onde a lei é a do tiro e o pó comanda.

    Mas como dizia, os bandidos riem de nós. Certa vez, ao encaminhar um traficante preso em flagrante com aproximadamente 20 "cabecinhas" de cocaína para a penitenciária, vivi um diálogo insólito. O traficante achou o relógio de meu amigo policial bonito e perguntou se ele estava à venda e por quanto. Meu amigo disse que o relógio não estava à venda e mesmo se estivesse o traficante não conseguiria comprá-lo, pois estaria na penitenciária local. O traficante riu-se e disse que em menos de um mês e meio estaria fora e que talvez o procurasse para comprar o relógio. Acreditam??

    Contei este "causo" para mostrar o quanto somos impotentes. Um cara é pego em flagrante vendendo veneno a nossos jovens e nosso Estado o libera para matar mais jovens menos de dois meses depois. E isto de fato aconteceu. Tenho vários exemplos e não me alongarei pois ainda nem toquei no ponto do post. As armas.

    Ora, por experiência, por estatística e por visualizar in loco a realidade da violência, sei que realmente os crimes cometidos por armas legais são muito pequenos em número. Mera poeira estatística perto das quase cinquenta mil mortes por ano no Brasil (38 mil por armas de fogo, aproximadamente).

    O referendo não vai acabar com estas mortes. Engana-se quem pensa que isto poderá ocorrer. O Estado brasileiro é ineficiente por sua própria natureza. Não dará conta de impedir o comérico ilegal de armas que crescerá como nunca, após referendado pela população "global".

    O referendo só nos mostra uma coisa, aliás que está mais do que visível: O Estado brasileiro não tem soluções, não sabe o que fazer, está inerte, sem planejamento, sem programa, sem ação e apático diante da crescente violência urbana brasileira. Isto é um fato que o referendo só faz certificar.

    Não há programa. Não há projetos. Não há reformas. Não existem propostas. O Estado está perdido em sua própria burocracia e picuinhas políticas vendo seus jovens morrerem a sua volta.

    Em primeiro lugar a polícia brasileira é corrupta (aliás não só a polícia). E o Estado nada faz. A Justiça é lenta. E o Estado nada faz. (aliás ela é lenta muito por causa do próprio estado). As polícias, todas elas, trabalham em constante rivalidade e não em conjunto (olha que sei disto). E o Estado nada faz. A justiça não trabalha em conjunto com a polícia. E o Estado nada faz. As leis, da mais brandas às mais severas não são cumpridas. E o Estado nada faz. As penitenciárias estão inchadas, desestruturadas e falidas. E o Estado nada faz. Os investimentos diretos em segurança são irrisórios e não cumpridos. E o Estado nada faz. Grande parte das polícias estão sucateadas, desestruturadas. E o Estado nada faz. A educação pública brasileira é uma vergonha e um grande problema. E o Estado nada faz.

    Ao invés disto o que faz o Estado brasileiro? Gasta 210 milhões de reais em um referendo absolutamente inócuo, de nenhum efeito. Ou alguém acha que de fato ele será cumprido? Qual lei brasileira é cumprida 100% por 100% da população? Como o Estado fará para fazer cumprir esta lei? Ele terá condições?

    Nem usarei dos números, pois sei que eles são absolutamente manipulados nesta questão. Afinal, crimes passionais existem, sempre existiram e continuarão existindo. Se não usarem armas, usarão, facas, cutelos, martelos, vidros, tacapes, carros e álcool. Este sim o grande vilão, envolvido em cerca de 95% das ocorrências policiais. Quem ousará proibi-lo? Onde está o Estado que se cala diante destes números?

    O instituto do referendo como a vejinha diz talvez seja até desmoralizado, pois, o comércio ilegal de armas continuará existindo. As armas, assim como os impostos, continuarão existindo e aumentando em quantidade.

    Não sou a favor das armas. Não acho que reagir em assaltos seja a melhor estratégia. Mas tenho certeza que as cerca de 3000 armas legais anuais brasileiras não são as responsáveis pelo caos e violência em que vivemos. Tenho certeza. Absoluta certeza. E ninguém que defende o sim poderá dizer o contrário.

    As imagens mostram diversos acidentes com armas domésticas. Ora, ninguém conhece a definição da palavra "acidente"? É algo causal, fortuito, imprevisto. Não são os acidentes com crianças que são responsáveis pela violência brasileira gente! Ou será que enlouquecemos todos? Não é porque, no trânsito, ocorrem mais de 50 mil acidentes com vítimas anuais que proibiremos os automóveis de circularem, de serem comercializados ou utilizados. Ao contrário, usamos de educação e tentamos modificar a cultura brasileira no trânsito. Afinal, o abuso, não tolhe o uso. Quem dirige um carro, tem uma faca, uma arma, fuma ou ingere bebidas alcóolicas sabe, ou deveria saber dos riscos que corre. É, ou derveria ser, algo natural e decorrente do uso. O abuso não tolhe o uso.

    Alguém fala, "mas este é o primeiro passo...!". Ora, ora, por favor!! Que "primeiro passo" é esse? Com o pé esquerdo? Alguém, de bom senso, estudado e de posse de estatísticas racionais e confiáveis, ciente da criminalidade brasileira acha mesmo que o caos e a violência urbana irão diminuir porque cerca de 3000 armas deixarão de ser comercializadas legalmente?? Que criminalizar alguém que queira, por acaso ou porventura, ter uma arma é a melhor solução?? Vou apelar pro sentimentalismo "global": E os fora-da-lei, assaltantes e traficantes?? Quem tira as armas deles???????? Quem????

    A polícia corrupta?? O estado ineficiente?? O exército que vende as armas para eles???

    Porque não dar um bom primeiro passo, fazendo um sério planejamento, uma compreensão da realidade, investindo em educação, em integração entre polícias e o judiciário, em limpeza da polícia, em prevenção ao crime, propondo projetos verdadeiros e sérios que enfrentem o "verdadeiro" problema?

    Sou a favor do desarmamento, sério mesmo. Só acho que quem quiser ter uma arma, tem o direito de fazê-lo legalmente e de não ser considerado criminoso até que cometa, de fato, algum crime. O Estado deve criar (e já existe viu) mecanismos sérios e dificultosos que possibilitem um rígido controle sobre quem quer ter armas. E não criminalizar este cidadão.

    Por isso voto não. Não que eu ache que o "não" ou o "sim" resolverão alguma coisa. Concordo com a viajandona, a discussão sobre o tema está se transformando num circo, o referendo é um embuste, há muita demagogia, manipulação e a solução é falsa.

    O impotente Estado não sabe o que fazer contra a violência e quer nos vender um "engodo", uma "falsa esperança". Uma solução imediatista e sem planejamento. E ainda gasta rios de dinheiro para isso. Deveria, ao invés disso, querer saber se eu quero gastar meu dinheiro nestas baboseiras, querer saber se nós queremos que os palhaços (parlamentares) que desmoralizam nossa nação devem ganhar o salário absurdo que eles ganham com os privilégios que tem e usando arma( é vero!!). Deveria querer saber se não gostaríamos de ver estes recursos aplicados na melhoria da qualidade da educação nas escolas. Ou investido em um planejamento de longo prazo para salvar a nação festiva e alegre brasileira que não mnerece se ver representada da forma que é. Que não merece a balbúrdia e a farra com o nosso dinheiro que acontece.

    Nós não merecemos gastarmos nosso fosfato cerebreal com decisões inócuas e sem efeito. Deveríamos discutir um projeto comum de país. Uma proposta de educação de longo prazo. Uma saída para a falência dos hostpitais e da saúde pública brasileira, uma maior adeqüação da justiça à nossa realidade.

    Eu sou da paz galera! Sou policial e ando desarmado. Apesar de gostar de atirar e sentir prazer e me desestressar quando o faço (legalmente em clubes de tiro, claro!). Não tenho arma de fogo.

    Mas voto não.

    Não ao engodo, não à hipocrisia, não ao politicamente correto, não à enganação, não à manipulação. Sei que não mudará nada, mas votarei não.

    Afinal, eu já fiquei frente a frente com criminosos, homicidas, traficantes e assaltantes perigososos. Estes caras adorarão saber que ninguém terá mais armas. Que só eles terão acesso total e irrestrito às armas. Que o governo colocará junto deles às pessoas que têm armas. Absurdo. Vergonhoso e deprimente.

    Quanto à revista (Veja), a matéria é ruim como o artigo que você indicou Idelber. Mas não trai seus leitores. Apresenta seus argumentos e não os esconde sob um manto de hipocrisia. E pelo menos uma pergunta lá exposta é pertinente: O que o Estado fará com as milhões de armas ilegais em poder dos bandidos? O que? Faremos outro referendo sobre isso??

    É isso. Perdão pelo post estupidamente grande.

    Abraços "de paz".

    Edk.

    P.S. Perceba que usei a expressão "estado" e não "governo", pois entendo que a ineficência e apatia não são próprias deste governo, mas sim de todos os últimos.
    Bravo, EDK. Falou e disse.






    É isso mesmo?

    Repasso este texto exatamente como o recebi. Não tenho certeza se é isso mesmo -- vou ter que ler novamente aquele catatau, tendo isso em mente -- mas à turma que já estudou devidamente a questão, pergunto: é possível que seja isso?
    "Nessas últimas semanas estamos sendo bombardeados por informações a respeito do referendo que em breve será realizado no Brasil. Confesso que não havia entendido as reais intenções desse referendo. Nenhum argumento que realmente fizesse sentido (no sentido amplo, completo e irrestrito da palavra) tinha se encaixado em minha cabeça. Não porque minha cabeça não queria compreender os fatos, mas sim porque existia uma grande e enorme peça do quebra cabeça faltando. Achando essa peça que estava faltando, finalmente compreendí e tive que mandar esse email para vocês, porque as coisas são muito piores que todos estão imaginando.

    Lendo o texto da Lei (parte da qual transcrevo abaixo,para que todos possam ler e se inteirar do que estão prestes a decidir), temos:

    CAPÍTULO VI

    DISPOSIÇÕES FINAIS

    Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6o desta Lei.

    § 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.

    § 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral."

    Observaram? Não? O problema é tão sutil que poucos compreendem. Vou tentar explicar.

    Leiam novamente o Art.35:

    "É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional".

    NINGUÉM está mexendo em PORTE DE ARMA, ele continua o mesmo (Leiam o "CAPÍTULO II - Do porte"). Ninguém tendo arma registrada será obrigado a devolvê-la, inclusive quem quiser ter uma arma vai precisar (prestem ATENÇÃO!!!) importá-la e registrá-la devidamente no orgão competente.

    Engraçado, né? E chamam isso de "Estatuto do Desarmamento". NÃO HAVERÁ NENHUMA ESPÉCIE DE DESARMAMENTO. PROCUREM NA LEI! EU DESAFIO!!

    Notaram, implicaram só com a comercialização? Por que será? Vamos lá... existe na lei do comércio exterior um ponto que diz: Um país só pode vender um produto para outro país, se a comercialização do mesmo tipo de produto for permitido no primeiro país. Ou seja, o Brasil só pode vender abacaxí para os Estados Unidos se no Brasil for permitido o comércio de abacaxís.

    Pois bem, à luz dos fatos: SE A PROIBIÇÃO FOR REFERENDADA, O BRASIL NÃO PODERÁ VENDER SUA PRODUÇÃO DE ARMAS DE FOGO PARA OS ESTADOS UNIDOS, PORQUE A COMERCIALIZAÇÃO DE ARMAS DE FOGO E MUNIÇÃO SERÁ PROIBIDA NO BRASIL. A indústria americana agradece.

    Vocês vão perguntar, é só por isso que você ficou indignado? Você só quer defender a industria bélica brasileira? Antes de responder, vamos aos fatos, os que realmente importam: Vocês sabiam que o Brasil desenvolveu tecnologia e têm fabricado algumas das melhores armas de baixo calibre? Que os exércitos de todo o mundo utilizam armas brasileiras? Que mais 99% da produção de armas brasileiras é para exportação? Que 90% das exportações de armas do Brasil vão para os Estados Unidos? E que isso representa apenas 20% do mercado americano? Realmente parece que o Brasil está incomodando...

    Ai você vai me dizer: "É, parece realmente que você só quer defender a industria bélica brasileira". Eu digo não. A indignação é muito maior. Notaram que tudo que o Brasil tem de bom (laranjas, aviões) os grandes países querem aniquilar? Comprando deputados e sei lá mais quem, conseguem levar leis como essa adiante. Sempre é a mesma história, uma farsa por trás de uma questão com apelo popular e emocional para garantir interesses baixos e desonestos.

    Todos sabem que as pessoas que mandam nesse país não merecem a confiança do povo, todos sabem que as coisas no Brasil não são como parecem ser. Mais uma vez esses corvos estão entregando os nossos interesses, os do povo, os do Brasil de fato. Mais uma vez estão enganando você.

    Decida! Mas antes, por favor, entenda as coisas da maneira correta. E faça a opção conscientemente e não como gado guiado pela mídia comprada por interesses menores para distraí-lo dos verdadeiros interesses em jogo!

    NÃO ESTAMOS VOTANDO EM DESARMAMENTO, ESTE JÁ EXISTE, ESTAMOS VOTANDO EM COMERCIALIZAÇÃO!"






    RIBONDI!

    Agora, aberto a comentários.

    Não percam, sério -- o moço é bom demais (recado para quem está chegando, porque quem é da casa já sabe disso.).





    10.10.05


    Às vezes a gente resiste










    Me olha, me leva?










    Tive que comprar um sapato fechado. Foi bem mais que dez real.










    Tive de comprar um paráguas de dez real










    Tutu













    Vejam só quem fez anos!

    Ontem foi aniversário do Joseph;
    não é um gatinho lindo este meu pequeno bípede gringo?!





    9.10.05


    A peça, segunda parte

    O Macksen tinha, é claro, toda a razão. A Bia, a Van Or, o Lucas e eu estávamos todos no Sérgio Porto não por curiosidade malsã, mas porque o Ribondi me pediu que desse uma olhada no espetáculo.

    É que este é o grupo que está querendo levá-lo para o Irã para fazer uma peça lá.

    Tem coisas que a gente só faz por amor. Ir a uma peça iraniana é uma delas.

    Ir sozinha, porém, já é demais; de modo que consegui chantagear a Bia, a Van Or e o pobrezinho do Lucas, que tinha até festa rolando em casa, a ir até lá comigo.

    Depois de ver a peça, todos chegamos à conclusão de que o Ribondi TEM que ir para Teerã, dado que, pelo exemplo que nos foi mostrado, o povo lá ainda não descobriu que um pouco de ação em cena não faz mal a ninguém.

    Vai ver que a missão dele na vida é, justamente, fazer uma revolução na cultura iraniana!

    Alah escreve certo por linhas enroladas (às vezes conhecidas por arabescos).

    :::::

    A peça é uma chatice, sem dúvida mas, com um pouco de boa vontade, pode ser compreendida -- ou quase.

    Eu a entendi assim:

    -- No escuro, a voz em off é a conversa do ator com um psiquiatra, pelo telefone. No fim da peça, a gente percebe que ela acontece depois da ação (se é que se pode chamá-la assim) que se vê.

    -- A conversa incompreensível entre o casal é a sua última conversa, o momento da separação.

    -- Ele não aceita esta separação, e mata a mulher (suponho).

    :::::

    Não teria feito mal a ninguém se alguém tivesse explicado ao público que, no Irã, um homem e uma mulher só podem se tocar no palco se forem casados na vida real, e se a trama assim o exigir rigorosamente. A falta de ação e a tal mesa comprida entre o casal é, imagino, uma crítica a essa imposição da ditadura religiosa do país, mas fica difícil apreciar isso sem saber das restrições dos aiatolás.

    Os atores, verdade se diga, fizeram um bonito. Conseguiram se concentrar numa peça muito exigente do ponto de vista emocional apesar da frieza da platéia. É arrasador para um artista ter que lutar contra um fosso cultural, acentuado, ainda por cima, por problemas técnicos.

    :::::

    Moral da história?

    Todos foram muito valentes: os atores por levarem o espetáculo até o fim com bravura, e a platéia, por tê-lo assistido com relativamente poucas demonstrações de impaciência.







    The play is the thing

    Bom, a peça. Macksen Luiz, crítico do JB e amigo queridíssimo, me agarrou pelo braço, logo na entrada:

    -- O que é que você está fazendo AQUI?! Numa peça IRANIANA?! Aí tem coisa. Você tem algum propósito oculto.

    Gente que conhece a gente há mais de 20 anos não dá para tapear. Eu não podia dizer que estava lá, por exemplo, porque nada no mundo me fascina tanto quanto o teatro iraniano; ou porque a diversidade cultural do mundo me atrai como um ímã para festivais de teatro; ou, sequer, que já tinha ouvido falar muito da peça e estava morrendo de curiosidade.

    Confessei, então, que estava lá com segundas intenções. Macksen deu um suspiro de alívio -- nós temos um pacto: se algum dia um pegar o outro fazendo coisas malucas, ridículas além do limite ou absolutamente incompreensíveis, está plenamente autorizado a interná-lo -- as luzes se apagaram e...

    Continuaram apagadas.

    E permaneceram apagadas.

    E assim ficaram por um tempo indefinido, enquanto uma voz falava alguma coisa incompreensível a respeito de números. Em iraniano, claro.

    Havia legendas, projetadas na parede de um e de outro lado do teatro. Infelizmente estavam fora de foco e eram atravessadas pela luz dos spots, o que as tornava ilegíveis.

    Isso, é claro, dava um bom espaço para que a gente pudesse pensar e fazer descobertas. Por exemplo: eu me dei conta de que o fuso-horário iraniano é diferente do brasileiro. Um tempo que para nós equivale, digamos, a dez minutos, para eles equivale a um.

    Assim, quando a gente tem a sensação de que meia-hora se passou, se olhar para o relógio verá que, na verdade, apenas três minutos transcorreram.

    Enfim, ao fim de um tempo incalculável, as luzes se acendem. Há uma mesa comprida em cena. Copos e uma atriz numa ponta, sapatos e um ator na outra. A atriz dança sobre os copos. É aflitivamente magra. O homem calça os sapatos.

    Jogam um jogo de números. Ele vai dizendo um monte de números e ela vai dizendo "passo". Isso eu sei porque, nesse trecho, consegui ler as legendas.

    Continuam falando, falando, falando. Sentados, cada qual na sua cadeira.

    Ela chora.

    Ele fica de pé.

    As luzes se apagam. A voz em off fala mais um tanto.

    A essa altura, transcorridas quatro horas, passaram-se 70 minutos.

    A peça acaba.

    O público aplaude. De pé, porque está louco para fugir do teatro.

    The end.

    (Já já eu explico tudo, inclusive o que a gente estava fazendo lá)







    Nova tentativa

    Os quero-queridos estão chocando DOIS novos ovinhos! Vamos ver se dessa vez conseguem ser mais felizes e levar seus planos de constituir família adiante...





    8.10.05


    Certas coisas a gente só faz por amor...










    Cliquem aqui!

    Uma coisa que nunca entendi direito foi competição entre sites, do tipo "Clique aqui para nos ajudar a chegar ao topo da lista". Ganha quem conseguir mais cliques? Mas qual é a vantagem disso?

    De qualquer forma, ainda que não tenha noção de qual seja a vantagem deste tipo de competição, venho, descaradamente, pedir a quem estiver sem assunto nas horas vagas para CLICAR AQUI.

    Este link leva à escola da minha bipinha Emília, lá no Texas, que participa de uma competição de escolas de primeiro grau. A que obtiver mais votos, ganha um laboratório de informática de presente da DELL.

    A gente pode votar quantas vezes quiser, puder ou tiver paciência para desvendar as letrinhas que provam que não somos robôs...

    Esta avó agradece antecipadamente a participação dos amigos.






    Vou lá fora visitar os quero-queridos










    Tutu e Netcat










    Alguém ajuda o meu amigo?

    Pelamordedeus, alguém conhece algum ônibus, ou alguma forma de chegar em Barra do Piraí, Volta Redonda, Resende ou qualquer outra cidade da rodovia 393 ou da Dutra no sul fluminense, essa manhã?

    Estou em São Paulo e tenho muita urgência de chegar em Barra do Pirai (vizinha a Volta Redonda). A minha gatinha, de 17 anos, está fraquinha, doente, não se levanta, e eu quero muito ir o quanto antes para lá e ficar ao lado dela.

    A gente ainda tá procurando veterinário de plantão, mas é interiozão, tá difícil... (Aylons Hazzud)






    Luz (lar) no fim do túnel









    7.10.05


    Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou...










    Shirá






    Há diversos quadrúpedes simpáticos na casa do Bianco, mas esta gatinha é o meu xodó.






    Um retrato antigo






    Este é o cunhado do Bianco, pintado nos anos 40.






    No jardim










    O tradicional almoço no Bianco











    Nisso é que dá ter o olho maior que a barriga

    Esta foi o Tom quem achou: uma espécie de jibóia de quase quatro metros tentou comer um jacaré de dois metros e se deu mal.

    Explodiu.

    Os dois bichos morreram no embate, e os pesquisadores estão discutindo o caso até agora. A cobra era uma espécie nativa de Burma, vendida às vezes como animal de estimação; quando os donos se cansam do adorável pet, costumam soltá-lo nos pântanos da Flórida.

    Não conhecendo a área, as cobras não sabem que os jacarés estão no topo da cadeia alimentar.

    Até agora, foram registrados quatro casos de combates entre os dois predadores, sendo que este é o primeiro de que se tem notícia com tão catastróficos resultados.






    O ovo da serpente

    É, eu sei, o que vem de baixo não deve, em tese, me atingir -- desde que eu não esteja, naturalmente, sentada num formigueiro -- mas, por mais que a gente vá aperfeiçoando, ao longo dos anos, a capacidade de ignorar os ignorantes, às vezes fica difícil manter o devido distanciamento da própria mailbox.

    Hoje recebi uma mensagem lá no jornal que me perturbou. Não pelo que a moça disse, mas pela inacreditável ignorância histórica e pelo sentimento que revelou -- e vejam que esta é uma pessoa que está convencida de que não tem preconceitos, e que acha que "não é anti nada". Agora imaginem o que não é a cabeça de skinheads como os que fotografei em Berlim!
    Li sua coluna. Posso entender seu sentimento, ou a falta dele.
    Nunca achei que você pudesse emocionar-se com uma trajetória como a desses rapazes.
    Você não poderia mesmo alcançar o cerne da questão. Tem revolta.
    Outros tipos de revolta.
    Lembro-me de sua crítica ao filme de Mel Gibson sobre a paixão de Cristo.
    Creio que é judia, se não me engano. Deu pra sentir na época sua posição tão defensiva.
    Meu avô sempre se perguntava porque aquelas pessoas não reagiam, apenas iam e iam de encontro ao que parecia ser seu destino.
    Pessoas de outras nacionalidades lutaram muitos mais por elas que elas mesmas.
    Talvez venha daí, sua herança pela falta de sentimento daqueles que lutam a despeito de todas as dificuldades.
    Não tenho preconceitos nem sou anti nada, antes que me acuse de alguma coisa.
    Apenas entendo porque não entrou em seu coração a mensagem da luta e da fé para vencer.
    Da crença que um sonho pode mesmo tornar-se real e até ir além do próprio sonho.
    Sinto muito por você. É uma pena que tenha saído do cinema com o coração tão frio... mas dá pra entender...

    Cordialmente,

    Paula Nogueira Pires
    Peço desculpas a vocês. Sei que estou fazendo exatamente o contrário do que deveria fazer -- ampliando a voz dos idiotas -- mas, às vezes, a gente sente necessidade de socializar o estresse.





    6.10.05


    Uma historinha de lobo: adorei!

    Mas não tem permalink; tem que rolar até um post chamado Fabularium. Ótimo blog... :-)






    Por que é que eu não tenho uma idéia dessas?!

    Pegue-se uma página, divida-se em um milhão de pixels, cobre-se um dólar por pixel e pronto, comece-se a contar o dinheiro.

    Parece absurdo?

    Pois já conseguiram vender 276.500 pixels.

    Enquanto isso, aqui estou eu com um novo cheque do Google no valor de US$ 102,30 sem ter idéia de como fazer para descontá-lo sem perder um grande naco da grana. Vai fazer companhia ao outro, de US$ 103, que está na gaveta desde janeiro...








    Na estrada da vida, as grandes emoções

    Eu conheci a Mulher Maravilha: Luzia Caracciolo, que adormeceu para sempre dia 27, aos 91 anos

    Fui finalmente assistir a "Dois filhos de Francisco". Vi com interesse, achei a história bem contada e gostei dos atores, em especial das crianças; mas, sinceramente, não consigo entender a onda feita em torno do filme, sobretudo do ponto de vista sentimental. Tirando o dueto de Caetano Veloso e Maria Bethânia em "Tristeza do Jeca", nada, mas realmente nada, me emocionou na produção, a anos-luz de "Casa de areia" -- este sim um filme de arrepiar.

    Obviamente é problema meu, porque na saída vi várias pessoas de olhos vermelhos, visivelmente comovidas. Fiquei com vontade de segurá-las pelo braço e pedir: "Me explica, me diz o que há aí que eu não vi, que eu não consegui perceber, que me escapou" -- mas essas coisas, é claro, não se explicam.

    Para mim, o grande filme sobre música sertaneja continua sendo "Na estrada da vida". Foi feito há mais de 25 anos por Nelson Pereira dos Santos, conta a história da dupla Milionário e José Rico e, sabe-se lá por quê, teve pouquíssima repercussão no Brasil, embora fosse um sucesso imenso na China.

    Neste, que é um dos poucos musicais brasileiros -- no sentido em que a trama vai sendo contada através da própria música -- os astros são Milionário e José Rico em pessoa, revivendo o passado de peões de obra. Se bem me lembro, a trilha sonora é 100% dos dois, ao contrário de "Dois filhos de Francisco", em que brilham sobretudo clássicos sertanejos. O que, diga-se, só faz bem ao filme.

    Naquela época de Bossa Nova, música de protesto e Jovem Guarda, música sertaneja estava longe de ser um "produto" universal. Seu ibope fora da roça (que ouvia rádio mas não ia ao cinema) andava perto de zero. Era preciso ter muita coragem para meter a cara e fazer um filme daqueles, não fosse Nelson Pereira dos Santos quem é.

    Não sei se "Na estrada da vida" conseguiu resistir ao tempo. Só o vi quando foi lançado, mas tê-lo visto então causou uma mudança radical na minha vida -- para melhor. Bípede essencialmente urbana, violinista recém-saída de uma orquestra, eu não tinha idéia de que, no interior, existia música da qual eu pudesse gostar tanto. A partir dali, corri atrás do tempo e de um repertório que preencheu, no meu coração, as lacunas da terra.

    Até hoje gosto de garimpar música fora das paradas, e às vezes encontro maravilhas. Esta semana mesmo achei "Tropa de osso", do gaúcho Luiz Carlos Borges, que mexeu mais comigo, em quatro minutos, do que "Dois filhos de Francisco" em duas horas.

    * * *

    Talvez eu tenha até conhecido dona Luzia Caracciolo um pouco antes, mas só descobri que criatura extraordinária era a amiga da Mamãe quando, em 1994, aluguei um carro nos EUA e fui, junto com meu filho Paulinho, assistir ao Campeonato Mundial de Natação Masters em Montréal. Na época Mamãe estava com 70 anos e dona Luzia, com 80 -- mas tinham, ambas, muito mais energia do que o Paulinho e eu juntos. Depois de participar das várias provas em que estavam inscritas, ainda rodavam pela cidade, curtiam o festival de jazz, aproveitavam a noite.

    O hotel em que estávamos, reservado através de uma agência de viagens bem-intencionada mas mal informada, ficava em plena zona. Paulinho e eu vivíamos de pé atrás com a vizinhança de junkies e tipos esquisitos; Mamãe e dona Luzia apenas achavam que o Canadá era mesmo um país estranho, muito diferente do Brasil.

    Nossa última noite na cidade foi típica. Depois de fazer as malas, elas descobriram que ainda precisavam comprar presentes para algumas amigas. Eram três da manhã e, na esquina, havia um misto de drogaria e supermercado 24 horas. Pois lá ficaram as duas, em seus uniformes esportivos, examinando cuidadosamente os vários tons de rosa dos batons e esmaltes que queriam, para completo espanto dos habitués da casa, cobertos de tatuagens, piercings e correntes. Mal sabiam eles quem eram aquelas velhinhas inocentes, de aparência frágil...

    Entre outras glórias, dona Luzia foi a primeira mulher a escalar o Dedo de Deus, nos idos de 1933, quando senhoras não faziam essas coisas. A energia que a moveu naquela escalada ainda estava muito presente no ano passado, quando, aproveitando uma brecha no Campeonato de Natação Masters em Riccione, Itália, fomos a San Marino, que é uma subida só.

    Como de hábito, ela e Mamãe dispararam na frente, enquanto eu seguia atrás, esbaforida; e como em Montréal, dez anos antes, a colheita esportiva foi farta. Dona Luzia voltou ao Brasil com cinco medalhas de ouro.

    Na terça passada, dia 27, feliz e cheia de idéias em relação à nova casa que construía, dona Luzia foi dormir -- e não acordou mais. Estava com 91 anos. Vai fazer muita falta no próximo Mundial de Masters, no ano que vem, em São Francisco, para o qual já estava fazendo planos com as amigas, as maravilhosas sereias vintage da nossa natação masters.

    Viveu como pouca gente, e sabia disso:

    -- Fiz o que eu queria. Prestei atenção na vida e fui recompensada.


    (O Globo, Segundo Caderno, 6.10.2005)






    Vocês me ajudam a escolher um vinho? O primeiro é um Romanée-Conti, aquele do Lula. ..









    5.10.05


    Estou adorando este Festival!










    Gianni Ratto










    Durante o filme










    A catedral mais feia do mundo










    Quase lá!










    No trânsito










    Tou indo...

    Atrasada Atrasadíssima Atrasadérrima, como sempre, assistir à estréia de A Mochila do Mascate.

    Alguém sugeriu, num dos comentários, discutir a greve de fome de D. Luiz Flávio Cappio, que protesta contra a transposição do rio São Francisco. Não tenho tempo para escrever com calma sobre isso agora, a questão é complexa demais, mas adianto que acho o que ele está fazendo chantagem emocional -- embora eu seja, em princípio, contra qualquer interferência em grande escala na natureza.

    "Sou contra a transposição, vou me matar se vocês fizerem isso e a culpa da minha morte será de vocês".

    O gesto dele é radical e ousado, e ele tem, claro, todo direito de fazê-lo; mas não é assim que se discute, caramba.

    Fui!






    Eu, hein...

    Hoje deu a louca no blog: o template sumiu, sem mais nem menos. Fui ver o que havia, abri a página do dito template e estava tudo lá, direitinho, sem alteração. Mandei ele se publicar todo novamente, e agora parece que tomou tenência.

    Vá entender.






    Netcat, pro Lucas















    Mundo animal

    Nem só de gatos vive este blog: aí estão o gambá que o Paulo Afonso salvou, e a tamanduazinha recolhida pela Luciana Pordeus -- que, pelo visto, vive cercada dos bichos mais lindos e diferentes.

    Já a quero-quero com os três ovinhos foi matéria da Zero Hora (obrigada, Celso!):
    "Cena rara de ser vista tão de perto: a fêmea de quero-quero se deixa fotografar chocando ovos em pleno Parque Marinha do Brasil. Essa espécie não mede esforços para proteger sua cria, mas uma quero-quero fugiu à regra e encontrou um local nada tranqüilo para chocar seus três ovos: no canteiro central do Green Park - parque de diversões do Marinha do Brasil, na Capital - em meio à correria das crianças.

    Durante 45 minutos, o repórter fotográfico da Zero Hora Ronaldo Bernardi registrou imagens da ave e do ninho. Chegou a ficar a cinco centímetros de distância da fêmea. Ela olhava, batia as asas, gritava, mas não atacou. O macho sobrevoava o ninho sem dar rasantes.

    A área onde a mamãe-ave abriga sua cria há pouco mais de uma semana foi isolada para garantir a segurança dos filhotes. Acabou virando uma atração a mais para a criançada que freqüenta o parque."
    Confesso que fiquei com muita inveja dos gaúchos, que têm autoridades interessadas nos passarinhos e cuidando de preservá-los.

    As daqui, se nem da capivara cuidaram, imagina dos quero-queridos...





    4.10.05


    Algumas leis da ciência

    Não é novo, mas acho engraçado...
    Teorema da Propensão Adesiva dos Materiais:

  • Há dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai.

    Lei da Mobilidade Aérea das Partículas Sólidas:

  • Toda partícula que flutua no ar sempre encontra um olho aberto.

    Axioma da Administração do Tempo:

  • Qualquer tarefa, trabalho ou missão leva mais tempo que todo o tempo que você dispõe para executá-la.

    Princípio Geral da Perquirição Infrutífera:

  • A melhor maneira de encontrar uma coisa é procurar por outra.

    Corolário de Hohmann:

  • Sempre se encontra o que não se está procurando.

    Segundo Princípio de Arquimedes:

  • Todo corpo mergulhado em uma banheira faz tocar o telefone.

    Extensão do Axioma da Imperturbabilidade Irresponsável:

  • Se você consegue manter o controle quando todos ao redor já perderam a cabeça, das duas uma: ou não conseguiu entender direito a situação ou já descobriu em quem pôr a culpa.

    Segunda Lei da Gravidade Seletiva:

  • Qualquer esforço feito para segurar em pleno ar um objeto que cai, provocará mais dano do que deixá-lo cair livremente.

    Guia Prático da Ciência Moderna Incluindo as Exatas e a da Computação:

  • Se se mexe, é biologia;
  • Se fede, é química;
  • Se não funciona, é física;
  • Se não faz sentido, é economia;
  • Se ninguém entende, é matemática; mas...
  • Se não se mexe, não fede, não funciona, não faz sentido e ninguém entende, é informática.






  • Como ainda demoro a ir pra casa, vai foto de telefone mesmo...










    O revórve do tropeiro

    Seu Delegado vim trazer meu revorvinho,
    Que eu ganhei do meu padrinho
    Quando me tornei rapaz.
    E há 30 anos mora na minha cintura, escorando a vida dura
    De tropeiro e capataz.
    Com esse revórve nessas roça do destino
    Já salvou muito teatino de apanhar sem merecer,
    Botou respeito sem precisar falar grosso,
    Com ele muito arvoroço
    Não deixei acontecer.

    Mas deu no rádio
    Que ninguém pode andar armado,
    E no rumo do povoado
    Vim tirando a conclusão,
    Que fiquei louco ou não entendi a notícia,
    Pois pensei que a polícia
    Desarmava era ladrão.

    "Ô mundo véio, que tá virado,
    Seu Delegado, preste atenção:
    Vê se devorve o revórve do tropeiro,
    Vai desarmar desordeiro
    E deixe em paz o cidadão!"

    (BIS)

    Seu delegado, se um ladrão bater na porta
    Devo fugir pela outra?
    Me arresponde, sim senhor!
    E se um safado me desrespeitar uma filha,
    Quem vai defender a família
    Do homem trabalhador?
    É muito fácil desarmar quem é direito,
    Quem tem nome e tem respeito,
    Documento e profissão,
    Muito mais fácil que desarmar vagabundo,
    Desses que andam pelo mundo fazendo mal-criação.

    Pra bagunceiro
    O País tá encomendado, o povo tá "desdomado"
    E quem manda faz que não vê,
    Nosso governo,
    Quem tem que prender não prende,
    Não vigia, não defende
    Nem deixa ser defender!

    "Ô mundo véio, que tá virado,
    Seu Delegado, preste atenção:
    Vê se devorve o revórve do tropeiro,
    Vai desarmar desordeiro
    E deixe em paz o cidadão!"

    (BIS)

    "Vê se devorve o revórve do tropeiro,
    Vai desarmar desordeiro
    E deixe em paz o cidadão!"

    - Piriska Grecco
    Está rolando na rede; o Tom me mandou e logo em seguida o Cat. Alguém sabe onde encontrar a música?






    Cobertura completa!

    O Lucas fez fotos da cerimônia da WSPA, e postou no seu (dele) blog, AQUI; e com várias fotos!






    A trabalho










    Na Câmara










    Adeus a Emilinha










    Adeus a Emilinha










    O coleguinha querido Sidney Rezende, também homenageado










    No salão nobre










    Adeus a Emilinha










    No Centro










    Às carreiras...!













    E, com vocês... Caetano!

    Caetano, para quem não está acompanhando o bate-papo dos comentários, é o quadrupinho da Teresa Amorim, de Portugal.

    Nos últimos dias, a Teresa viveu a angústia existencial de tosar ou não o bichinho, que estava com o pelo da barriga todo embaraçado. Depois de ouvir os mais diversos palpites, acabou levando o pobre Caetano ao salão de beleza -- de onde, como todo gato que se preza, ele voltou humilhado e ofendido.

    E, ainda por cima, com um lacinho vermelho!

    Teresa, por favor, tranqüilize o Caetano: diga a ele que, tosado ou não, ele é, definitivamente, um gato. Em todos os sentidos!






    "Quando todas as armas forem propriedade do governo, este decidirá de quem serão as outras propriedades."

    Atribuído a Benjamin Franklin, mas não consegui comprovar a autoria.






    Keaton










    Bearlim!



    Mais um albinho: a coleção de fotos dos Buddy Bears, uma espécie de "Cow Parade" berlinense feita com ursos em vez de vacas.

    Cada um é pintado por um artista diferente, e eles são espalhados pela cidade. Pode-se comprar ursos em branco para pintar a gosto e pôr em frente de casa ou da loja, ou reproduções dos ursos "oficiais" em esculturinhas pequenas.

    É claro que eu não resisti e comprei uma miniatura do urso com o mapa da cidade...

    (O título eu roubei de um comentário da leila lá no Flickr...)





    3.10.05










    Algumas imagens

    As fotos desta coluna estão divididas, vocês notaram, em três blocos: à esquerda as da Kodak V550, aqui em cima as do Sony-Ericsson W800 e, à direita, as incríveis noturnas da Fuji Finepix Z1.

    O W800, como todo celular, é ideal para “roubar” fotos: duvido que os três tipos faceiros que encontrei no metrô em Berlim se deixassem fotografar prazeirosamente. Mas com o W800 no colo, olhando para o outro lado, cliquei à vontade enquanto permaneceram a bordo; quando saíram, eu tinha dez fotos imprestáveis e umas quatro boazinhas.

    Impressionante também foi a macro da joaninha que, garanto, era mesmo pequetitinha.

    Em relação às fotos feitas com a Fuji, vale ressaltar um detalhe: todas foram feitas à mão livre, digamos assim, sem qualquer ponto de apoio; a da ponte sobre o Danúbio, aliás, foi feita de dentro de um barco, que balançava razoavelmente.

    Sinceramente? Eu mesma fiquei admirada. Êta maquininha valente!


    (O Globo, Info etc., 3.10.2005)

    Update: Prontinho, povo, aí estão as imagens. Esta madrugada o Blogger estava fora do ar. Consegui subir os textos pelo w.bloggar, mas quem diz que conseguia fazer qualquer outra coisa? Às cinco e tanto joguei a toalha. Agora voltou tudo à normalidade. Uf!

    Boa semana para todos!







    Companheiros de viagem

    O notebook, as duas câmeras de hábito (Sony P200 e Panasonic Lumix FZ20), o telefone (Samsung D500) e três aparelhos para testar: um celular Sony-Ericsson W800, e as câmeras Fuji Finepix Z1 e Kodak V550. Mais, naturalmente, os cabos e conectores para todos. Este foi, basicamente, o conteúdo da minha bagagem de mão durante as férias.

    Depois de fazer a foto acima, empacotei todos os meus companheiros de viagem para devolvê-los aos fabricantes --- e só aí me lembrei de como teria sido interessante fazer a foto de todo mundo junto, isto é, eles e respectiva cabaiada.

    Abrir as caixas novamente, porém, estava além da minha paciência, de modo que vocês vão ter que se contentar com a descrição por escrito: era muita tralha!

    Imaginem: um conector e um cabo de força para cada aparelho, com a agravante de que tanto a Kodak quanto a Fuji precisam de bases de apoio, como os Palms; o headphone do W800; mais os cabos do notebook, das minhas duas câmeras e suas baterias e cartões extra, mais adaptadores para tomadas européias e, pelo sim pelo não, cabos para rede e telefone.

    Em cada máquina de Raio-X nos aeroportos o povo olhava para mim com espanto; nos EUA, provavelmente, eu estaria presa até agora, dando explicações sobre o equipamento.

    O "sacrifício", porém, vale a pena: há poucas circunstâncias melhores para testar equipamento do que viagem. O Sony-Ericsson, por ser a minha principal fonte de comunicação com o mundo, foi o mais malhado. Portou-se às mil maravilhas, e me convenceu de que é um dos melhores celulares atualmente disponíveis, sobretudo para quem quer fotografar (são dois megapixels!) e ouvir música (tem um player ótimo, cartão de 512Mb, som de primeira e os melhores headphones que já usei.

    Nem só de megapixels, porém, vive o W800 -- que, como seu irmão mais velho K750i, tem a melhor câmera digital de todos os celulares do momento, uma autofocus de verdade, que faz closes incríveis, paisagens e tudo o mais que se quer de uma câmera digital, em alguns casos com resultados francamente surpreendentes.

    Há concorrência séria no horizonte com o Nokia N90, mas este ainda não está disponível. O preço do W800 varia de acordo com planos e operadoras.

    A grande surpresa ficou com a Fuji. Quando peguei a Finepix Z1 e deslizei a tampa para tirar a primeira foto, pensei: "Isso não vai dar certo". A câmera é linda, mas a lente fica no canto superior esquerdo do aparelho, exatamente onde apoio o indicador — que, dito e feito, saiu na primeira meia dúzia de imagens. Mas, em pouco tempo, eu já estava acostumada com o detalhe, e nos demos muito bem.

    A Finepix Z1 é leve, pequena e discreta: cabe no bolso de um jeans, característica não desprezível no Rio, onde não convém dar bandeira com equipamento. A bateria é excelente, o visor maravilhoso vocês já viram na capa e ela é uma câmera ligeirinha, que não perde tempo "pensando"; assim, está sempre a postos. À primeira vista, estranhei também a falta de uma rosca para tripé; porém, ela provou funcionar tão bem à noite que, na verdade, dá até para esquecer o clássico tripezinho de mesa que todo usuário de câmera digital deveria levar consigo.

    As fotos diurnas são boas, mas não chegam a chamar a atenção; se você é da noite, no entanto, e não dispensa um acessório estiloso, esta é a câmera dos seus sonhos. Ela tem 5.1Mp, zoom óptico 3x e sai a R$ 1.600.

    Já a Kodak V550, outra pretinha básica incrivelmente bonita, mais ou menos do mesmo tamanho da Finepix (nenhuma ultrapassa as dimensões de um baralho) também me surpreendeu, mas por outro aspecto: a qualidade dos filminhos que faz. Pela primeira vez na vida gostei de flmar com uma câmera digital. Os filmes são feitos em 640 x 480, em MPEG4, e saem de fato muito bons, com um detalhe extra: as imagens podem ser isoladas em stop-motion, funcionando bem como fotos em still. Muito interessante!

    Como câmera fotógrafica, a V550 tem, como as Kodak em geral, um acabamento de grande qualidade. Vem com as famosas lentes Schneider-Kreuznach com que a Kodak equipa seu topo de linha, é gostosa na mão, tem um display claro e de ótima visibilidade e resposta rápida, melhorando muito este ponto fraco da marca. Ela tem bons recursos para quem gosta de ter controle sobre a imagem, mas para quem quer apenas se divertir, sem se preocupar com comandos, é um parque de diversões: basta clicar o indicador de cenas, no alto da câmera, e escolher entre as 18 possibilidades apresentadas, das clássicas “esporte” e “macro” a minúcias como “texto”, “festas”... Se nada servir, use a opção “personalizar”, e crie a configuração que bem entender.

    Esta câmera de 5Mp e zoom 3x é uma pequena paixão, que tem tudo para agradar a todos. Custa cerca de R$ 1.800.

    (O Globo, Info etc., 3.10.2005)






    Agora essas duas vivem assim, na almofada









    2.10.05


    E lá vamos nós de novo!










    E agora, o que veremos?










    Para variar...










    Que nuvens baixas! Que frio! Não dá vontade de s air de casa.










    Bom dia!










    A festa










    Direto da festa da tenda!









    1.10.05


    A guardiã do prédio










    Festival










    Agora deszoomado: bem impressionante!










    O zoom do Nokia










    Ela não é linda?!










    É disso que o gato gosta, é isso que o gato quer...










    Keaton e Pipoca no batente










    Tati ajudando no trabalho