31.10.05


Chove










Rupee Rupee










Gostei da vitrine...










Tenta��es










Eta diazinho feio...










A Grande Pajelan�a

Para mim, a Futurecom � uma esp�cie de Grande Pajelan�a das Telecomuni��es. Durante tr�s ou quatro dias re�nem-se em Florian�polis todos os executivos de operadoras, fabricantes de equipamentos, altos funcion�rios do governo, jornalistas da �rea.

H� palestras b�sicas, ao alcance da compreens�o de qualquer interessado; h� coisas cabeludas que s� interessam, e s� s�o compreens�veis, a engenheiros de telecom com uns tr�s t�tulos de p�s-gradua��o. H� muito �ba-�ba, algumas festas e, sobretudo, h� uma �tima oportunidade para se encontrar as pessoas do setor, ver o que vai ser lan�ado ao longo dos pr�ximos meses e conferir para que lado sopram os ventos.

H� muitos fabricantes de produtos pesados, muitos neg�cios de infra-estrutura mas, para n�s, usu�rios, o que interessa, em �ltima inst�ncia, � o que vai chegar �s nossas m�os, e por quanto.

H� poucas coisas mais pessoais, hoje, do que um celular -- o aparelho que est� sempre ao lado do dono, mesmo quando ele deixa todo o resto do seu arsenal tecnol�gico em casa. Isso explica a imensa variedade de modelos e desenhos em que os fabricantes est�o apostando.

A Motorola, consciente do poder de atra��o do Razr (o mais fino dos aparelhos e, para mim, o mais lindo de todos), apresentou um sem n�mero de variantes em torno do seu design, de um modelo CDMA -- para acabar com a inveja dos usu�rios Vivo -- a um modelo pink, desconcertante para quem est� habituado aos discretos pretos e pratas do mercado.

Os usu�rios Vivo, por sinal, ter�o boas surpresas.

Depois de um ano de vacas magras, em que pouqu�ssimos telefones realmente interessantes foram lan�ados no mundo CDMA, h� uma fartura de aparelhos poderosos e bem desenhados chegando �s lojas do bonequinho transparente. O 6265, da Nokia, um slide de linhas limpas e elegantes, tem n�o s� uma c�mera de 2Megapixels como, ainda por cima, tela com 262 mil cores, o que oferece uma defini��o assustadora. Ele � um objeto de desejo at� para os mais mimados usu�rios de celulares GSM, que sempre t�m uma escolha maior � sua disposi��o.

Ningu�m quer falar em pre�os. A concorr�ncia anda claramente cabreira com a Claro, que tem vendido celulares a pre�os de fato barat�ssimos; � ela quem vai dar o tom das vendas do Natal que se aproxima.

E, pelas esquinas, descobrem-se segredinhos �teis e interessantes: o limite de cem m�sicas do Razr, imposto pela Apple para evitar a concorr�ncia com seu pr�prio iPod, n�o � nada que um hacker com um m�nimo de know-how n�o resolva.

Ah, essa garotada incorrig�vel...!!!

(O Globo, Info etc, 31.10.2005)

PS pro blog: as fotos voc�s j� viram todas. Ilustrei a mat�rias com as pr�prias fotos de celular que mandava de l�. Me pareceu mais interessante cobrir uma feira de telefonia com telefones do que usando as c�meras "comuns", n�?






Mosca










Emerg�ncia geral!

Pessoas, o CCZ est� LOTADO de c�es e gatos abandonados; a �nica esperan�a para eles � a ado��o. H� bichos de todas as cores, sexo, idade e temperamento.

Todos est�o vacinados e bem cuidados, mas o CCZ, como voc�s sabem, � o fim da linha para os bichinhos abandonados, como esses das fotos.

Os melhores dias para ado��o s�o as segundas, ter�as e sextas, quando os drs. George e Veronica est�o no local. O CCZ fica no Largo do Bodeg�o 150, em Santa Cruz, RJ; os telefones s�o 3395-2142 e 3395-1595.






Keaton









30.10.05


Est�o servidos?










Tintin

Esta foto � pro Ribondi, prometi l� embaixo: � a minha estatuazinha do Tintin... :-)






A vista do quarto






Ein-taum (com sotaque paulistano): antes de me mudar para este pr�dio, eu j� morava aqui na Lagoa h� um temp�o, dois pr�dios mais para l�, na dire��o do Corte.

O antigo, na ponta de um desses grupos de edif�cios de pilotis, tinha quatro apartamentos por andar. Eu morava na melhor coluna, a que fazia esquina. Tinha vista de frente pra Lagoa na sala, e vista lateral pra dita cuja nos dois quartos.

Eu vivia de olho neste pr�dio onde moro hoje, por ser ent�o um dos poucos vi�veis para mim; os vizinhos todos s�o um por andar, impratic�veis. Hoje este seria impratic�vel tamb�m; mas na �poca ainda n�o existiam os quiosques, a Lagoa era um lugar perigoso, havia mortandade de peixes, etc. etc. etc. E este tem dois apartamentos por andar e n�o tem garagem, s� uma esp�cie de p�tio comum de estacionamento.

Foi um longo namoro. Quando aparecia um apartamento legal eu n�o tinha grana, quando eu achava que tinha grana n�o aparecia apartamento nenhum... enfim, ao cabo de uns dez anos, fez-se uma conjun��o astrol�gica favor�vel e pude vir pra c�.

A vista da pedra e do mato foi uma revela��o, e uma novidade t�o grande que passei muitos meses praticamente sem olhar pela janela da sala. Eu punha uma cadeira no quarto virada para a janela e ficava namorando o morro, que os gatos tamb�m adoram.

Os tr�s quartos -- o escrit�rio, o quarto da Bia e o meu -- t�m essa vista.

De uns tempos para c�, uns pombos se estabeleceram numa das fendas da pedra, e ficam arrulhando. Os gatos est�o convencidos de que � uma provoca��o. Se n�o houvesse a tela nas janelas, eles com certeza iam l� mostrar para aqueles bichos com quantos paus se faz uma canoa.

Antes iam se esborrachar l� embaixo, coitadinhos, Deus me livre -- mas n�o digo isso a eles n�o.

Digo apenas que � claro, que � l�gico que ensinariam duas ou tr�s coisas �queles pombos safados.






Para come�ar o domingo de bom humor

Pondo a leitura da semana em dia, topei com essa hist�ria maravilhosa do Ribondi nos seus tempos de funcion�rio da Embaixada de Trinidad e Tobago em Bras�lia.

Fiquei aqui rindo sozinha, feito uma idiota.

E os gatos olhando de banda, cabreiros, sem entender a piada.






Quem vai ao ar perde o lugar...









29.10.05


No jardim III







No jardim II










No jardim I










L� fora










L� fora










Boechat e Danuza










Amigas










Quantos somos?

Pessoas, temos um novo contador instalado a� no cantinho. Visualmente � igual ao anterior, mas foi feito pelo Rafael Cotta, que jura de p�s juntos que jamais por� nele popups ou an�ncios insidiosos; tudo o que ele quer � um modesto link pra o seu �timo site de m�sica Cifradas na Web.

Valeu, Rafael!





28.10.05


Miss�o cumprida










Precisa-se desesperadamente: quem saiba dar comprimidos a gatos e possa hospedar uma gatinha linda por duas semanas

Escreve o querido Truda:
"Tenho que ir a Angra dos Reis semana que vem para trabalhar na Festa Internacional de Teatro de Angra. Ocorre que a Preta contraiu uma rinite que a deixou com o nariz maior que o do Pin�quio e precisa tomar 1/4 de comprimido de Cetoconazol duas vezes por dia durante dois meses.

O problema � que as mulheres da casa, embora gostem das bichanas, t�m ataques de nervos quando as gatas ousam subir no sof� ao mesmo tempo em que elas. Imagine pegar no colo e dar um comprimido! De modo que eu preciso achar uma amiga ou amigo dos gatos que possa ficar com a Preta por uns dez a quinze dias e dar-lhe o rem�dio. Se algu�m puder ajudar, prometo uma camiseta da festa al�m de toda gratid�o."






Identificado o vil�o dos popups!!!

Escreve Eduardo Stuart:
"Se lembra da queixa da Marcela sobre o surgimento de popups durante o acesso ao internETC? Naquela ocasi�o cheguei a imaginar que a m�quina dela estava infectada com algum tipo de spyware e n�o dei muita aten��o ao caso, exceto recomendar a instala��o do Spybot Search and Destroy. Mas relendo alguns coment�rios antigos, v� que outra pessoa tamb�m se queixou e fui investigar para ver se realmente algum servi�o agregado estava exibindo popups, mesmo que esporadicamente.

E n�o � que est�?

Pelo Opera, desativei o bloqueio de popups e acessei normalmente o site. Nada de estranho aconteceu nas tr�s primeiras tentativas, mas na quarta surgiu um banner. Recarreguei o blog mais algumas vezes e a cada 3 ou 4 tentativas o banner aparecia novamente. Algo estava errado.

Fiz uma varredura nos servi�os que est�o instalados no blog e acabei descobrindo o vil�o da hist�ria: � o Fast Online Users, que conta a quantidade de visitantes que est�o no site naquele momento. Na se��o de termos do servi�o, existe a seguinte cl�usula: "If this service is abused or have to many hits per hour, banners or popups could appear". Considero essa cl�usula abusiva e trai�oeira, principalmente levando em considera��o a popularidade do seu blog.

Como a maioria dos leitores deve ter algum tipo de prote��o contra popups, � capaz que boa parte deles sequer viu um popup ou banner. Mas mesmo assim acho uma boa id�ia retirar esse servi�o do blog para evitar maiores dores de cabe�a."
De modo que sai o n�mero de usu�rios online, um feature engra�adinho mas safado, que estava infernizando a vida de tanta gente.

Ent�o: n�o digo que o Eduardo � o m�ximo?! :-)






Ao lado de um p� compacto, um HD Seagate port�til de... 2,5 Gb!










A caminho










Pipoca, pensando










Deu na BBC

Deu na BBC Brasil. Se for verdade, � uma bela not�cia! Amanh�, quando eu estiver mais descansada, vou procurar uma fonte confi�vel na imprensa italiana.
Roma vai multar quem n�o levar c�o para passear

Roma -- A cidade de Roma decidiu cobrar multas de donos de c�es que n�o os levarem para caminhadas regulares. Quem cortar rabo e orelhas de c�es tamb�m ter� de pagar uma multa m�nima equivalente a R$ 1,37 mil.

Ser� ilegal deixar animais de estima��o trancados dentro de ve�culos no ver�o, coloc�-los em vitrines de lojas, o uso de coleiras el�tricas e com pontas e a oferta de animais como pr�mio em festivais e feiras.

Aqu�rios redondos que, acredita-se, cegam os peixes, tamb�m ser�o proibidos sob a nova legisla��o.

As normas t�m o objetivo de proteger centenas de milhares de gatos, c�es e outros animais que vivem na capital italiana.

-- A civiliza��o de uma cidade tamb�m pode ser medida por isto, -- disse Monica Cirinna, vereadora que apresentou as propostas, ao jornal italiano Il Messaggero. -- � bom n�s fazermos o que pudermos por nossos animais de estima��o que, em troca de um pouco de amor, preenchem nossa vida com sua afei��o.

Estima-se que existam 150 mil cachorros e 300 mil gatos na cidade, segundo a imprensa local.

As autoridades romanas tamb�m reconheceram oficialmente o papel de gente que alimenta col�nias de gatos de rua.

Ainda n�o foi esclarecido como a nova legisla��o ser� implementada. Um setor da administra��o p�blica que cuida dos direitos dos animais prometeu divulgar as novas normas atrav�s de campanhas em escolas e consult�rios veterin�rios.

Tamb�m ser�o recrutados novos funcion�rios para trabalhar com a pol�cia municipal.
Por enquanto proponho o seguinte: vamos fazer um bol�o? Quanto tempo levar� o senhor Victor Fasano para arrancar da falida prefeitura carioca a verba para uma agrad�vel temporada em Roma, estudando in loco a nova legisla��o?

O senhor Fasano, talvez alguns ainda se lembrem, � aquele ator de "Am�rica" que, nas horas de folga, exerce o cargo de Secret�rio Municipal de Promo��o e Defesa dos Animais.






Enquanto isso, no Ir�...

N�o � s� o Estado de Israel que est� na mira dos repulsivos dirigentes iranianos. Qualquer cidad�o que ouse expor sua opini�o paga caro por isso; entre eles, naturalmente, est�o os blogueiros.

O Emerson resumiu a situa��o:
-- No Ir� dos aiatol�s os blogueiros continuam sendo presos. Presos, s�o torturados. Um deles foi condenado por um daqueles "tribunais" isl�micos e, entre outros mimos -- pois continua preso -- levou 30 chibatadas.

-- Seus terr�veis crimes foram a cria��o e manuten��o de blogs como esse da Cora e os nossos.

-- Blogs onde pris�es de outros blogueiros foram denunciadas, levaram, por sua vez, os denunciantes � pris�o. Outros foram presos por "ofensas" aos governantes. Ah, se lessem um cent�simo do que falamos aqui sobre governantes, eles mesmos, inclusive... Creio que ir�amos direto pro pared�o.

-- O Committee to Protect Bloggers continua ativo.





27.10.05


o jardim da leila

do post sobre assombra��es; foi a leila quem contou:
"eu estava no meu apartamento novo. o ap tinha vista para a floresta, era em laranjeiras. Os moradores antigos jogavam lixo pela janela e fizeram um semi c�rculo de nojo na floresta. eu limpei tudo, deu um trabalho insano.

depois fui ao parque lage, l� estavam refazendo os jardins e muitas plantas foram arrancadas e iam morrer. eu catei quantas eu pude, maria sem vergonha, tinhor�o, levei para onde tinha limpado e plantei l� as plantas que consegui salvar.

� noite veio em casa um amigo jornalista, ateu e comunista. Isso � importante para a hist�ria.

a gente n�o fumou nem bebeu nada... l� pelas tantas comecei a ver vagalumes vindos de dire��es diferentes. chamei o meu amigo, fomos pra varanda. os vagalumes eram muuuuitos e vinham de todos os cantos e se juntavam sobre o jardinzinho que eu tinha feito. ficaram um tempo rodopiando por l� e depois foram embora.

Meu amigo jornalista, ateu e comunista viu, ficou pasmo e nunca mais quis falar disso comigo! eu fiquei muito feliz :)

quando mudei de l� fiz um tesourinho, colares, um cabo de bengala de prata em forma e cisne, rendas e enterrei no jardim."






Keaton abre a porta para mim





A foto deixa muito a desejar, mas foi feita com o telefone e seu min�sculo flash; n�o deu tempo de pegar a m�quina quando a vi de prontid�o diante da porta...






Os quero-queridos prontos pra briga

A saga dos quero-queros

Constituir fam�lia entre humanos? Imposs�vel...


H� tr�s ou quatro anos, um casal de quero-queros estabeleceu-se na minha vizinhan�a. Nos primeiros tempos, assim que avistavam algu�m, davam gritos alarmados e voavam para longe, espantados com os estranhos; mas, aos poucos, foram se acostumando com pessoas, sobretudo com os habitu�s da casa. Mantiveram sua natural desconfian�a dos c�es, por�m, e nunca foram com a cara da capivara. Sempre que ela aparecia, entravam em alerta m�ximo.

Com isso, ali�s, me proporcionaram diversos encontros com a popstar da Lagoa, que entre meia-noite e uma da manh� costumava aparecer para beber �gua em frente de casa. Eu ouvia a ala�za l� de cima, descia, e dito e feito -- l� estava ela, imponente, com seu olhar altivo, como se perguntasse o que diabos havia de errado com aquele casal barulhento.

* * *

Como todo casal, ali�s, os meus quero-queridos tamb�m sonham constituir fam�lia -- mas n�o t�m dado sorte. Da primeira vez que notei um ninho seu, h� dois anos, ele estava perigosamente pr�ximo da Lagoa, e foi levado pelas �guas nas primeiras chuvas.

O segundo ninho que vi teve o mesmo destino.

Quando observei um terceiro ninho, achei que estavam progredindo: afinal, abandonaram a margem e foram para um cantinho mais alto, no campo de beisebol. Puseram tr�s ovos e tudo ia muito bem, at� que chegou o Natal e, com ele, a festa da �rvore da Lagoa. Quando os oper�rios come�aram a erguer os palanques, ainda pedi a um dos respons�veis que tomasse cuidado com o ninho; mas, no dia seguinte, l� estava a constru��o, plantada sobre os restos do lar dos quero-queros.

Em agosto passado, novo ninho. O campo de beisebol est�, como o resto da cidade, completamente detonado; e eu achei que, com os jogadores impossibilitados de treinar e o Natal ainda longe, eles tinham, enfim, uma boa chance de procriar. Puseram dois ovinhos. A essa altura, j� eram vigiados por v�rios vizinhos. Um dia, quando desci para ver se tudo ia bem, encontrei um dos passarinhos machucado, se arrastando pelo campo com o que parecia ser uma asa partida ou uma perna quebrada.

Fiquei horrorizada. Quem teria feito aquela maldade?! Um senhor que passava parou tamb�m e l� ficamos, tecendo considera��es sobre a insensibilidade humana.

Tirei v�rias fotos do meu quero-querido para envi�-las a um veterin�rio e pedir conselho. Ampliadas no computador, no entanto, as fotos n�o revelaram nada errado. Tudo estava no lugar. Intrigada com o mist�rio, peneirei a internet atr�s de mais imagens de quero-queros -- para descobrir que era tudo fingimento! Os quero-queros desviam a aten��o de poss�veis predadores fazendo-se de feridos, e afastando-se cada vez mais do ninho, num desempenho digno de Oscar.

Mas isso n�o salvou os ovinhos, que um dia apareceram quebrados no ninho, como se uma bola houvesse rolado por cima deles (foto pequena, acima). Foi uma tristeza enorme para todos n�s que est�vamos na torcida; mas eis que, em setembro, ainda no mesmo ninho, eles puseram mais dois ovos, lindos, todos pintados.

Como os quero-querinhos levam cerca de 30 dias para se formarem, havia tempo de os filhotes nascerem antes da habitual confus�o natalina. Enquanto eu estava na Europa, amigos me mandaram fotos e not�cias do ninho: os pais finalmente estavam tomando ten�ncia e, agora, reagiam com rasantes furiosos � aproxima��o de qualquer bicho ou pessoa.

Assim que cheguei fui visit�-los. Encontrei-os em pleno choco. Gritaram comigo e me amea�aram, abrindo as asas e mostrando o poderoso espor�o que trazem escondido; depois me deram uns rasantes ferozes. Fiquei encantada: com essa atitude, talvez conseguissem chegar ao fim da miss�o. Os filhotes s�o nid�fugos, isto �, nascem prontos e logo fogem do ninho, como pintos ou patos; assim, talvez estivessem at� a salvo dos cachorros que passeiam por l�.

Pelos meus c�lculos, os passarinhos nasceriam esta semana; mas n�o tiveram esta chance. Foram assassinados no s�bado � tarde. Quando fui conferir o ninho no domingo, encontrei-o vazio e cercado de pedras, como se algu�m tivesse apedrejado os quero-queridos. De um dos ovos n�o havia sinal; o outro estava ali perto, quebrado, com um peda�o de pau ao lado. Dentro, o que restava de um miniquero-quero, com penas e tudo, prontinho para a vida.

S� n�o estava pronto, o pobrezinho, para o ser humano. N�o h� not�cias dos pais.

(O Globo, Segundo Caderno, 27.10.2005)







Emerg�ncia felina!

Escreve a Aline:
H� algumas semanas procurei dono para esta gatinha, de seis meses, que foi abandonada no lixo do Ceasa em S�o Gon�alo. Al�m de linda, ela � um doce, adora um colo e � muito carinhosa e tranq�ila. Mas ap�s duas ado��es frustradas descobri que ela escolhe uma das pessoas da casa para dono e n�o deixa mais ningu�m chegar perto. Passa a implicar com todos os outros integrantes da casa, sejam eles c�es, gatos ou humanos.

Tenho at� quinta-feira (27/10) para conseguir outro bom dono para ela. S� que precisa ser algu�m que more sozinho e sem animais! Sei que � dif�cil, mas vai ser horr�vel ter que devolv�-la � Ceasa depois dela ter tido dois meses de abrigo, comida e carinho...

Agrade�o a todos.

Aline
9104-3001
Aos solteiros da pra�a: pessoas, esta � uma aut�ntica sialata! Sialatas, como voc�s sabem, est�o entre os gatos mais bonzinhos (e ciumentos) do mundo; s�o carentes e �tima companhia -- no caso desta gatinha, pelo visto, excelente companhia, desde que a casa seja s� dela e do seu b�pede...






Quase velhos tempos: *suspiro*










Lar doce lar










Etapa final... Ufa!










Sampa










A volta pra casa










Tchau, Floripa!










Papo de hotel





C� estou eu, de volta ao meu hotelzinho triste. N�o � um mau hotel, mas jamais inspiraria um poema como "A um hotel em demoli��o", um dos meus Drummonds favoritos, que come�a
Vai, Hotel Avenida, vai convocar teus h�spedes no plano de uma outra vida.
Eras vasto, vermelho, em cada quarto havias um ardiloso espelho
e mais n�o sei, porque cito de cor e n�o consegui achar o poema na rede; mas n�o, ningu�m jamais escrever� um "Vai, Hotel �bis, vai convocar teus h�spedes..."

No way.

Enfim, voc�s ficaram naquele papo de hotel l� embaixo e acabei me lembrando de uma viagem que fiz � Inglaterra, h� tanto tempo que equivale a outra encarna��o, e de uma estalagem onde havia um quarto mal-assombrado.

Quem conseguisse passar a noite l� dormia de gra�a.

Ningu�m do grupo se aventurou mas eu, naturalmente, que n�o acredito nessas coisas, topei a parada. Quarto mal-assombrado, ha...

A estalagem era antiqu�ssima, uma das primeiras do pa�s, e uma das mais bem conceituadas. Os quartos vinham sendo reformados com capricho desde a invas�o normanda, ou coisa que o valha -- menos, naturalmente, o tal quarto que diziam mal-assombrado.

Pelo menos, foi essa a impress�o que tive quando o porteiro me levou at� l�.

-- Hmmm, t�, um trem-fantasma de �poca, -- pensei com meus bot�es, vendo os m�veis pesados, a l�mpada de 25 velas, a pele de urso no ch�o. -- Nessa n�o caio.

Estava cansad�ssima e ca� sim, mas na cama. Pelo sim pelo n�o deixei a luz acessa; pelo tanto que "iluminava", n�o fazia a m�nima diferen�a. Li um pouco, virei pro lado e tentei dormir. Estava frio �s pampas, mas o edredon era bom e eu estava bem agasalhada.

Bom.

Voc�s acreditam que n�o consegui dormir?! Na verdade, sequer consegui ficar no quarto. N�o havia barulho de correntes se arrastando nem golpes de ar encanado, gargalhadas sinistras ou luzes bruxoleantes -- nada, enfim, daquelas coisas que a gente associa a fantasmas. Mas o diabo daquele quarto tinha, sem sombra de d�vida, a pior vibra��o que j� experimentei na vida.

Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!

No come�o, fiquei com raiva de mim mesma, achando que estava me deixando influenciar pelo folclore da casa. Espantei os pensamentos mals�os da cabe�a, li mais um pouco -- mas a ang�stia indefinida e secular que ocupava o espa�o era muito mais forte do que o meu ceticismo.

N�o cheguei a sair correndo porque, ora, tenho o meu orgulho, mas, l� pelas tantas, catei meus ter�ns e, de orelhas murchas e rabo entre as pernas, fui para a recep��o pedir outro quarto.

O porteiro, que j� contava com a minha desist�ncia, tinha um prontinho me esperando. N�o muito mais bem iluminado do que outro, n�o muito diferente em termos de decora��o, mas... juro, normal.

Dormi feito uma pedra envergonhada e, no dia seguinte, fui alvo da goza��o dos meus colegas. At� hoje n�o sei o que havia de errado com o quarto, que revirei todo e que parecia perfeitamente comum.

Pena que n�o me lembro mais do nome da estalagem. Eu achava que era The Feathers, em Ludlow, um dos hot�is mais antigos em que me hospedei, mas no seu website n�o h� refer�ncias ao quarto mal-assombrado -- e n�o acredito que abrissem m�o deste privil�gio.

Afinal, na Inglaterra, um quarto mal-assombrado vale mais do que uma boa recomenda��o do Michelin.

Tudo bem, um dia eu lembro.

Durmam bem!





26.10.05


Uma das palestras










� uma c�mera? N�o! � um celular de 7Mp da Samsung.










N�o � lindo?










O Siemens CL75 tem um espelho!










A Siemens montou uma casa de legos toda controlada por computador










Nokia 6265: c�mera de 2Mp!










Alagou tudo no quarto, tamb�m...










A balada do hotel triste

Estou hospedada num Ibis. Esta rede de hot�is, que faz o g�nero "pobre mas limpinho", � essencialmente funcional: a di�ria custa R$ 95 e h� uma geladeira no quarto que, inteligentemente, abastecemos com itens que compramos no bar -- o indefect�vel Suflair, as castanhas de caju, sucos, refrigerantes.

O restaurante � um buffet sem sofistica��o, mas de comida fresca e farta.

As paredes do quarto s�o amarelo claro e salm�o, as cortinas verde claro. H� uma escrivaninha com v�rias tomadas bem colocadas, uma cadeira, um espelho, uma gravura que lembra uma aquarela europ�ia mas n�o quer dizer nada, um arm�rio min�sculo, uma TV de 20".

O banheiro � pequeno, branco, limpo, com uma excelente ducha. O sabonete � min�sculo, o shampoo idem; h� uma tentativa de torn�-los mais atraentes com flores estampadas na embalagem.

No hall do t�rreo, que � espa�oso e tem m�veis claros mas pouco aconchegantes, h� sempre grupinhos de h�spedes, geralmente homens, jogando conversa fora em torno de uns salgadinhos e umas cervejas.

O Ibis est� longe de ser um hotel ruim; mas � dos mais deprimentes que conhe�o. Nunca fiquei num deles sem me lembrar de Willy Loman, o inesquec�vel caixeiro viajante de Arthur Miller.

Hot�is muito ruins �s vezes me despertam a imagina��o, e penso em tipos esquisitos, pessoas no fio da navalha; com sorte, alguns t�m mais personalidade do que pulgas, e � at� poss�vel sonhar cenas diretamente sa�das de Graham Greene em seus quartos e corredores.

Mas essa coisa medianamente m�dia do �bis me sufoca.

Enquanto escrevo vejo este mesmo quarto repetido ao infinito, sem nenhuma varia��o, cada qual com seu h�spede solit�rio que est� aqui n�o por uma grande aventura ou por algo misterioso, mas para ir ali na Futurecom, ou onde seja, apresentar ou comprar um produto, e depois voltar para casa.

Ao mesmo tempo, tenho pena do �bis, que no fundo � muito correto na rela��o custo x benef�cio, e faz um grande esfor�o para ser simp�tico, seja atrav�s da cordialidade dos funcion�rios, seja atrav�s de uns cartazinhos feitos para comunicar aos h�spedes que podem se sentir aqui como se estivessem em casa.

N�o adianta.

A grande aventura do mundo n�o passa por aqui; nem sinal "dos prop�sitos que nos acariciam nos grandes terra�os dos hot�is cosmopolistas e que doem por sabermos que nunca os realizaremos".

O �nico prop�sito que nos acaricia no �bis � terminar logo o que temos a fazer na cidade e voltar para casa.






Hit the road Jack









25.10.05


Festa










Clima...










=^..^= Parab�ns, Leila querida! =^..^=







Sony Ericssons










Nem tudo � trabalho...










YIKES!










Outro �ngulo










Razr CDMA! Alegrem-se, Vivos!










Futurecom










:-)










P�na estrada

Gra�as ao 6681, estou teclando no avi�o: ele pode ser ligado sem que o telefone entre no ar. Perdi o v�o da Tam, e tive que correr feito uma doida para pegar outro avi�o: os v�os para Florianopolis est�o LOTADOS...







Ufa: chegamos!










Consegui!










Ainda falta muito pra chegar l�...










Vamos, vamos!










Corra, Cora, corra!








Isopor

Isopor

Isopor


Antes da chuva

O quero-querinho morto n�o foi a �nica coisa triste que fotografei no domingo. Uma semana depois de ter sido estuprada pela governadora e por seus comparsas, a Lagoa continuava cheia de isopor.






D. Luzia no Dedo de Deus

O Andr� Neves conseguiu descobrir uma foto da hist�rica escalada da D. Luzia Caracciolo ao Dedo de Deus, em 1933, e escreveu um �timo artigo. Ela foi a primeira mulher a chegar l�.






Mist�rio II

Emerson, Van, vets e povo que entende de bicho grande em geral: por que se mata o gado que est� com febre aftosa? Li na internet que, embora a doen�a seja muito contagiosa, n�o � necessariamente mortal; tamb�m n�o consegui descobrir se � ou n�o perigosa para humanos, mas aparentemente n�o �.

N�o se poderia deixar os animais contaminados isolados at� a doen�a passar, ou trat�-los com alguma coisa?

Acho t�o triste ver essa quantidade de bois e vacas sendo mortos! E me parece uma injusti�a horr�vel, mais ou menos como se a gente pegasse, sei l�, uma gripe forte ou um herpes, e fosse imediatamente executado...






Mist�rio

Tudo bem, a gente gosta de saber que os rep�rteres da televis�o est�o no centro da a��o -- nunca entendi reportagens sobre terremotos no Afeganist�o ou guerras no Oriente M�dio cobertas a partir de Londres ou Nova York -- mas por que cargas d'�gua, literalmente, um rep�rter cobrindo um furac�o em Miami tem que estar do lado de fora, debaixo de chuva e com tanto vento que a gente nem entende direito o que ele est� dizendo?

Agora mesmo o corrrespondente da Globo que est� l� mostrou um colega de uma TV americana sendo arrastado pelo vento.

Eu, hein.





24.10.05


Nosso dazibao










Editoria de esportes










Finestre










Cuidado: joguinho viciante!!!

(Peguei no Pedro Doria)






Efeito domin�

Pequena explica��o t�cnica para Am�lie, leila (falsa), Betty, Clara e uns quantos nomes: quando algu�m se conecta � rede, sua m�quina se identifica atrav�s de um n�mero, o IP (de Internet Protocol Address).

Este � um n�mero �nico, como, digamos, o n�mero do seu telefone. O IP pode ser fixo ou vari�vel, mas n�o vou entrar em detalhes a respeito disso para n�o sobrecarregar Tico e Teco.

Ent�o, repetindo: voc� se conecta, e a sua m�quina passa a responder por, digamos, 200.200.200.200. Quando voc� escreve um coment�rio, o n�mero fica marcado, como ficam marcados os n�meros de telefone nas operadoras quando se fazem chamadas.

Est� me seguindo?

Pois vamos em frente. Quando algu�m tem um blog, como eu tenho este aqui, uma das fun��es de manuten��o � prestar aten��o � �rea de coment�rios.

Se uma pessoa passa das medidas, bloqueio o tal IP. Trocando em mi�dos, dou ordens ao sistema para que n�o aceite mais mensagens vindas daquele n�mero.

Veja bem: do n�mero, n�o da pessoa.

Com isso, TODAS as mensagens escritas a partir daquela m�quina somem do ar.

N�o bloqueio s� mal educados. �s vezes fico desconfiada quando h� uma quantidade estranha de tolices muito parecidas assinadas por nomes diferentes.

Nesses casos, bloqueio o IP por pura curiosidade.

E, sabe de uma coisa? N�o paga dez: agora, por exemplo, bloqueei a falsa leila -- que cometeu a bobagem de usar justamente o nome de uma amiga querida demais -- e, ora veja s�, imediatamente sumiram do ar os coment�rios da Betty, da Clara e de quantos nomes a mesma pessoa usou.

Entendeu como funciona?

Bacana, n�?

Eu s� n�o acredito que, a essa altura do campeonato, eu ainda tenha que explicar coisas t�o simples a pessoas que j� andam, falam e at� postam em blogs...

* enorme suspiro de cansa�o *







A vida continua

No mesmo dia em que foi descoberto o quero-queridinho morto, a Monica flagrou, ali ao lado, um espet�culo formid�vel: dois frangos d'�gua em p� de guerra, disputando as aten��es de uma f�mea.

A s�rie est� �tima!







Alô alô, Lisboa!

Teresa, a Jussara não se conformou em não estar na foto de aniversário que fizemos para você e decidiu participar da festa, ainda que virtualmente...

De modo que aí está a foto, agora "completa"... ;-)





23.10.05


Mais uma vez, os quero-queridos ficam �rf�os



As pedrinhas em volta do passarinho morto foram postas pela nossa Monica, em sinal de luto e carinho.



Comparei fotos que fiz h� dois dias com as de hoje.

H� muitas pedras grandes em torno do ninho, como se tivessem sido jogadas. Pedras n�o andam sozinhas.



O coitadinho nasceria em um ou dois dias.

Os pobres dos quero-queridos n�o conseguem emplacar uma ninhada...






Um dia triste










Caso algu�m ainda ache ser humano "bacana"










Gata em CPU de zinco morno










Pipoca meditando sobre o referendo










Quero meu jeton!

Pois �. Em vez de sair para fotografar os quero-queridos, vou sair para fazer o trabalho que os congressistas deveriam ter feito, mas deixaram para n�s, ao custo aproximado de R$ 300 milh�es.

�dio, �dio. Raiva, raiva.

GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!

O dinheiro gasto neste referendo teria sido muito mais bem empregado se o governo, que se diz t�o preocupado com as mortes acidentais causadas por armas de fogo, deixasse a hipocrisia de lado e fizesse uma campanha educativa a respeito do seu uso.

Isso evitaria muito mais mortes do que proibir o seu com�rcio legal.

Se h� campanhas que ensinam a fazer soro caseiro, usar camisinha e cinto de seguran�a e evitar a prolifera��o de mosquitos, e se de fato h� armas em n�meros preocupantes nas m�os dos cidad�os, pergunto: por que n�o ensin�-los a lidar corretamente com elas?!

H� muitas formas de se fazer isso sem estimular o uso de armas, apenas EDUCANDO; mas o diabo � que falar nisso � reconhecer a fal�ncia do Estado na �rea da seguran�a. De modo que, podem apostar, vamos continuar a ouvir p�rolas do marketing superfaturado, como a que proclama que "O melhor do Brasil � o brasileiro".

D�������.

* * *

S� para dar uma id�ia da necessidade de uma campanha dessas. Li este trecho de not�cia no Globo:
"O acidente que quase matou Maria Vit�ria aconteceu h� 17 anos. Durante um churrasco, a tia dela, que era major do Ex�rcito, chamou Anselmo para ver uma pistola nova. Achando que estava sem balas, Anselmo atirou em dire��o � mulher.

-- O tiro passou ao meu lado, por pouco n�o morri -- relembra Maria Vit�ria.

-- Errei porque n�o poderia ter confiado na palavra da tia. Mas tenho curso de tiro e cabe�a fria para ter uma arma e saber quando posso reagir ou n�o. Quero continuar tendo o direito de defender minha fam�lia -- diz ele."
N�o sei onde o cidad�o em quest�o fez o curso de tiro, mas N�O, ele definitivamente n�o errou por ter confiado na palavra da tia; errou por desconhecer a primeir�ssima regra de quem maneja arma de fogo.

A menos que se queira dar cabo de algu�m, JAMAIS, em circunst�ncia alguma, aponta-se arma, descarregada ou n�o, para outra pessoa.

Ponto.

A ignor�ncia � mais perigosa do que qualquer arma -- sobretudo quando h� armas em jogo.

E n�o se iludam, amigos do SIM: acabar com o com�rcio legal de armas n�o tiraria as armas de um sujeito desses, apenas o empuraria para a ilegalidade.

O SIM �, ali�s, um grande refor�o para a ilegalidade -- que �, repito, onde est� a grande viol�ncia. Se o com�rcio de drogas fosse legalizado e controlado como � hoje o com�rcio de armas, os traficantes n�o teriam um mil�simo do poder que t�m; vencendo o SIM, ter�o mais uma fonte de lucro.

Enfim.

A essa altura as coisas j� devem estar quase decididas, e eu tenho mais � que correr pra pegar a minha ZE aberta.

ARGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!






Fim de festa









22.10.05


Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva







Uma opini�o bem explicada

Acabo de receber este email do Marcos Martins, l� no jornal:
Pessoal, somente esta semana fiz minha cabe�a sobre o referendo. Sou contra as armas. Nem mesmo quando penso em defesa pessoal ou de patrim�nio, consigo ver as armas como definitivamente �teis, pois n�o consigo concluir se a posse de uma arma num momento cr�tico defende ou exp�e mais ao risco a vida do "defendido".

A arma pode ajudar se estiver na m�o de uma pessoa preparada para us�-la, mas vai piorar muito as coisas nas m�os de uma pessoa despreparada, seja f�sica, t�cnica ou psicol�giamente.

Entendo portantoque existem diversas situa��es particulares, tornando-se dif�cil aplicar uma regra geral e �nica. Ali�s, as margens apertadas que est�o sendo divulgadas pelos institutos de pesquisa refletem esse equil�brio de pr�s e contras.

Mas n�o me permito o direito de acreditar que o SIM -- a proibi��o do com�rcio legal de armas -- vai tirar as armas de circula��o. Precisamos ser realistas. Essa divis�o quase que perfeita da opini�o p�blica nos indica que muita gente "de bem" entende que deve/precisa/tem-que-ter uma arma.

Ent�o, al�m da demanda dos bandidos, muita gente de bem vai continuar a comprar armas, mesmo com a proibi��o. A decis�o de comprar uma arma n�o obedece a um impulso consumista, ditado por moda, mas sim a um instinto primitivo de auto defesa e sobreviv�ncia.

Qual a efetividade da proibi��o do com�rcio legal na redu��o da quantidade de armas em circula��o? Pouca ou nenhuma. Veja o exemplo das drogas: o com�rcio legal de coca�na � proibido, mas ela � largamente ofertada pelo mundo afora, atrav�s de sofisticados esquemas de distribui��o operados por organiza��es criminosas, verdadeiros "imp�rios do mal" fortemente armados, com um poderio b�lico de fazer inveja aos ex�rcitos de muitos pa�ses e que desafiam o poder p�blico em muitos deles.

Temos hoje v�rios pa�ses ref�ns dessas organiza��es criminosas (como a Col�mbia) e cidades t�m sua vida frequentemente afetada pelas atividades do tr�fico (Rio, S�o Paulo, etc.)

A mesma coisa vai acontecer com as armas. Na verdade pior, pois, ao contr�rio da coca�na, a produ��o de armas vai continuar permitida. E a� vai a log�stica "do mal": essa arma produzida no Brasil vai ent�o ser exportada para algum pa�s com quem temos uma fronteira terrestre (muito) mal vigiada pelas nossas autoridades e voltar� clandestinamente para c�, com todos os incentivos fiscais concedidos �s exporta��es (voc�s devem conhecer o que acontece com a exporta��o de cigarro).

Assim, a venda de armas, que hoje em grande parte � feita pelas lojas especializadas -- pagando impostos, gerando empregos formais e, sobretudo, permitindo um rastremento e controle da quantidade vendida -- vai cair totalmente na clandestinidade e ser feita pela "filial" dos traficantes de drogas.

Estes ser�o fortalecidos pelo aumento do volume do que at� ent�o era uma mercadoria secund�ria (as armas), em perfeita sinergia com a mercadoria principal (a coca�na), diluindo custos fixos e aumentando a margem de contribui��o da bandidagem.

Esse com�rcio ilegal -- que j� existe, mas ser� fortalecido pelo SIM -- vai ser combatido pela pol�cia, que trocar� tiros com os novos traficantes de armas que a vit�ria do SIM vai criar. Eles matar�o gente, entrar�o em confronto com gangues rivais em disputa de territ�rio, com as quais trocar�o mais tiros e matar�o mais gente, aliciar�o adolescentes -- sim, v�o precisar de mais gente, pois os neg�cios
ir�o de vento em popa! -- desafiar�o ainda mais o poder p�blico, consumir�o mais recursos p�blicos para seu combate, corromper�o policiais e ju�zes, etc. etc. etc.


Portanto, como n�o quero dar asa a cobra nem botar azeitona na empada de bandido, enfim, como sou contra a bandidagem, como sou contra a viol�ncia, como sou contra a corrup��o de policiais, como sou contra o fortalecimento de organiza��es criminosas, como sou contra o aliciamento de menores para o crime...

...meu voto � N�O.

E voc�? Pense bem at� domingo...
Se algu�m acha que nada disso que ele descreveu vai acontecer, boa sorte!

Al�m da quest�o ideol�gica, penso exatamente assim. Acho que a cada porta legal que o governo fecha, abrem-se milhares de janelas na ilegalidade -- que �, ao fim e ao cabo, a origem da grande viol�ncia, aquela que desafia o Estado e zomba da nossa cara.

Crimes passionais e acidentes dom�sticos existem desde o come�o dos tempos, e n�o deixar�o de existir. Ao contr�rio do que pensa o meu c�ndido e bem-intencionado amigo Luis Garcia, um marido que quer matar a mulher (ou vice-versa) n�o precisa de revolver na gaveta da mesinha de cabeceira.






Gatos em dia de chuva










Bia trouxe da Para�ba: nada mais cheiroso no mundo .










Boa noite!









21.10.05


� duro ir pro trabalho nessa cidade, viu...










Netcat na sua habita��o popular










Desaten��o ou mal�cia

Caetano Veloso, no Blog do Noblat, manda muito bem a respeito do jornalismo da Veja.

O artigo � comprido (preciso dizer?) mas bem argumentado e escrito com a habitual eleg�ncia do autor.

Gosto muito de quem usa a cabe�a para pensar.







Dez anos em dez dias

Um dos museus mais simp�ticos do Rio, o MIAN (Museu Internacional de Arte Na�f do Brasil), acaba de completar dez anos e, para comemorar a data, programou diversas atividades entre os dias 19 e 29 deste mes.

Como eu chego atrasada a tudo na minha vida, naturalmente s� descobri o email do museu ontem de madrugada; mas ainda d� para voc�s aproveitarem quase toda a programa��o:

  • 19.10, quarta-feira: Inaugura��o da exposi��o "Uma for�a me leva a pintar", de Ermelinda de Almeida.

  • 22.10, s�bado, �s 14hs: Pintando o sete com os na�fs, para o p�blico infantil, com atividades expressivas e espet�culo circense.

  • 22.10, s�bado, �s 16hs: Apresenta��o do conjunto Bebadosamba, com servi�o de bar.

  • 25.10, quinta-feira, �s 14hs: "O que que os na�fs t�m?", palestra voltada para a 3a. idade, ilustrada com slides por Mariza Campos da Paz.

  • 29.10, s�bado, �s 18hs: M�sica no Museu, com apresenta��o do AntiquaRio (Alexandre Bittencourt, traverso, Veronica Veliz, violino e Jo�o Rival, cravo). No programa obras de Bach, H�endel, Telemann e outros. A entrada � franca, e a distribui��o de senhas come�a �s 17hs.

  • 29.10, s�bado, �s 19hs: Brinde comemorativo do anivers�rio do MIAN, e sorteio da rifa de um quadro da pintora na�f Lia Mittarakis. Cada rifa custa R$ 3.

    O MIAN fica na Rua Cosme Velho 561, e seus telefones s�o 2205.8612 e 2205.8547.








  • Show!!!

    Acabei de ver a Bibi Ferreira no J�.

    Sensacional!

    Amo, amo, amo Bibi Ferreira.

    E -- com licen�a, posso? -- vou dar uma de tiete, e postar uma foto com ela que eu adoro.

    � de 2001, mas n�o me lembro mais qual foi a ocasi�o.

    * * *

    H� muitos anos, quando a Bibi estava fazendo Piaf no Gin�stico, eu andava meio em crise. E ia ao teatro todo dia. �s vezes (quase sempre) a casa estava lotada, ent�o eu ficava l� quietinha, assistindo da coxia.

    A Bibi brincava, dizia que eu podia ser stand in de qualquer um, porque sabia a pe�a e as marca��es de cor. Sabia mesmo.

    Volta e meia �amos jantar juntas depois do espet�culo.

    Ora, a Piaf tinha um casaco de peles portentoso, daqueles que me d�o arrepios e vontade de pegar uma lata de spray; mas era parte do figurino, era uma rel�quia de outros tempos e, sobretudo, era da Bibi.

    N�o havia dinheiro de produ��o que pagasse um casaco daqueles.

    Assim, todos os dias, ela ia e voltava do teatro com seu casaco de vison -- �s vezes, debaixo de um calor de 30 graus.

    Na �poca, eu estava t�o acostumada com aquilo que nem reparava mais. Mas tempos depois, um dia, assim do nada, olhando pro teto e pensando na vida, me dei conta de que dupla esquisita a gente fazia -- eu com os meus jeans, camisetas e sand�lias de sempre, e a Bibi de casaco de vison, cal�as compridas e... havaianas.

    Quando havaianas n�o estavam na moda.

    Muitas saudades daquele tempo, muitas.





    20.10.05


    Tudo sobre o Opera!

    O Aylons fez um excelente post explicando tudo sobre o Opera: AQUI.






    Novo sistema de comunidades

    O Opera inaugurou ontem, oficialmente, o seu site de comunidades, que j� estava no ar, sem alarde, h� alhum tempo. Essencialmente, � muito parecido com o Multiply e todos os que o seguiram: tem espa�o para blog, fotos, agenda de amigos, grupos, forums.

    Gosto muito do Opera, a meu ver um browser cheio de qualidades (agora inclusive gratuito), mas injustamente depreciado na briga dos bilh�es do M$ IE e do hype em torno do Firefox.

    Em aparelhos pequenos, como PDAs e celulares, ter um Opera ou n�o faz toda a diferen�a do mundo: com o Opera, o que voc� v� na telinha � internet, ponto. Com os outros, apenas uma tentativa de chegar l�.

    Mas o Opera tamb�m tem as suas esquisitices.

    Por exemplo: hoje � tarde abri l� um espa�o para mim, para ver como andam as coisas. Eu estava usando IE, e tudo correu �s mil maravilhas.

    Agora, quando tento fazer login pelo Opera, na minha pr�pria conta, n�o consigo. Volto pro IE, e consigo.

    J� dei logout, fui pro Opera, tentei de novo -- nada.

    N�o d� para entender o que est� acontecendo, e eu estou com dor de garganta, o que tira muito da minha habitual paci�ncia com sites teimosos.

    Ainda assim, recomendo a todos n�o s� o Opera, como browser, como uma voltinha pela �rea de comunidades, que � muito f�cil de usar e pode dar samba, com muitos features interessantes.

    N�o se esque�am que ela � novinha, acaba de nascer e ainda precisa de uns ajustes.

    Qualquer d�vida, � s� perguntar pro meu amigo Aylons Hazzud, aqui nos coment�rios; pouca gente conhece o Opera feito este garoto.







    Cruzes! O que � que os bichos t�m com isso?!

    Governadora demonstra completo descaso pela vida
    e pelo meio-ambiente em festinha do SIM



    Levei um susto quando abri a janela no domingo: a Lagoa estava um lixo, emporcalhada por algo que, do meu ponto de vista, parecia ser mortandade de peixes ou uma suspeita espuma branca, recolhida com uma rede. Desci para ver o que estava acontecendo: num primeiro momento, respirei aliviada. N�o era nem mortandade nem espuma t�xica. Eram os restos daquele criativo evento da turma do SIM, que, com as b�n��os da governadora, jogou na Lagoa, como se esta fosse a lata de lixo do Pal�cio Guanabara, milhares de cruzes de isopor, representando, segundo os organizadores, "os mortos por armas de fogo".

    * * *

    O al�vio durou pouco. O material estava se desfazendo, e a �gua, coitada, j� de si bastante polu�da, estava coalhada de peda�os de isopor, risco certo para os peixes, bigu�s, frangos d'�gua e tantos outros habitantes da �rea que nada t�m a ver com a demagogia que cerca este referendo, e que agora pagar�o com suas vidinhas verdadeiramente inocentes pela op��o da governadora.

    Em vez de orar pelos mortos, ela faria melhor chamando �s falas o senhor seu marido, que, como ex-governador e ex secret�rio de Seguran�a, nada fez para mudar o tenebroso quadro da viol�ncia no estado; tamb�m n�o lhe faria mal se, como governadora que �, se recolhesse ao pal�cio para meditar a respeito da quantidade de vidas, humanas e animais, que j� se perderam devido � in�rcia do governo.

    * * *

    Na verdade, como moradora desta cidade, sinto-me pessoalmente ofendida cada vez que qualquer autoridade respons�vel pela "nossa seguran�a" vem a p�blico deitar fala��o, como se isso -- a nossa seguran�a -- existisse.

    Ser� que acham que somos todos idiotas?! Acham que ignoramos que circulam, �s nossas custas, em carros blindados, cercados de seguran�as?! Acham que n�o vemos o que acontece � nossa volta, que engolimos as suas mentiras, que n�o nos damos conta da sua covardia?! Acham que n�o nos ressentimos de n�o podermos usar a nossa cidade, de n�o podermos ter uma bicicleta melhorzinha, de usar a corrente com o santinho ou um rel�gio mais bonito? Acham que gostamos de andar com os vidros dos autom�veis permanentemente cerrados, ou de ver todos os bares e restaurantes fechados, e de ter que voltar para casa quando os argentinos (logo eles!) mal come�am a se preparar para sair para a noite esplendorosa de Buenos Aires?!

    * * *

    Pois domingo, voltando ao come�o desta cr�nica, a governadora -- como se governadora n�o fosse, e n�o tivesse nada a ver com a Beirute que se forma em cada esquina, com a Bagd� em que se transformaram as linhas Vermelha e Amarela -- l� se foi, toda de branco, compactuar com a polui��o da Lagoa.

    Cuja despolui��o, por sinal, deve � popula��o desde que assumiu.

    Aparentemente achou lindo o horrendo monte de isopor, pegou um barco e, no meio das �guas, abriu caixas onde, desde cedo, estavam fechadas pombas brancas, que por pouco n�o morreram de calor e falta de ar. As aves estavam t�o enfraquecidas que ca�ram direto na �gua, e s� n�o se afogaram gra�as ao socorro prestado por populares em barcos e pedalinhos. Algumas estavam com asas partidas; outras foram encontradas, de madrugada, conforme noticiou a coluna Gente Boa, abandonadas dentro de uma das caixas, com as asas cortadas.

    Pelo menos duas leis foram infringidas pela governadora e pela sua "turma do bem" no famigerado manifesto: o Decreto-Lei 24.645, que define maus-tratos contra animais, e que, entre outras coisas, diz, explicitamente, que � crime "abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assist�ncia veterin�ria"; e a Lei Federal 9.605, de Crimes Ambientais, que condena "provocar, pela emiss�o de efluentes ou carregamento de materiais, o perecimento de esp�cimes da fauna aqu�tica existentes em rios, lagos, a�udes, lagoas, ba�as ou �guas jurisdicionais brasileiras".

    Isso para n�o falar da lei estadual que pro�be a apresenta��o de animais em circos ou espet�culos no Rio de Janeiro, sancionada pela pr�pria governadora h� quatro meses e que, ainda que n�o diga nada a respeito da tortura de pombos com fins eleitoreiros, h� de ter alguma cl�usula que, interpretada por um bom advogado, condene esta barbaridade.

    * * *

    Ser a favor da vida � um pouco mais complicado do que botar uma camiseta branca e votar SIM. Ser a favor da vida � compreender que todos fazemos parte de um �nico mundo, neste momento mais amea�ado do que nunca. Permitir que uma �rea j� t�o fragilizada como a Lagoa seja alvo de uma agress�o gratuita, e assistir impass�vel � agonia de dezenas de aves, � n�o ter a menor id�ia do que seja a vida no seu sentido mais amplo.

    Na ter�a, as �guas ainda estavam cheias de isopor, que era comido por bigu�s e frangos d'�gua(como este que fotografei), e que podem vir a morrer disso. Nada a estranhar. Tudo o que esses governadores fazem � vulgar, sinistro, malfadado.

    (O Globo, Segundo Caderno, 20.10.2005)

    Aconteceu uma coisa chata com esta coluna. Eu dou uma escrita geral, depois revejo, corto, conserto, arrumo. Pois n�o � que, desta vez, esqueci de salvar a vers�o mais recente -- que me mandei por email, e que aqui est� -- na forma do jornal?! N�o sei se foi cansa�o de ir e vir de S�o Paulo ou pura distra��o, mas o fato � que a vers�o impressa est� ligeiramente diferente -- e pior. Chato, isso.





    19.10.05


    Storms happen

    Imaginem isso: Elis Monteiro, rep�rter do Info etc., embarcou no fim-de-semana para o M�xico, mais especificamente para Playa del Carmen, onde a Motorola e a Apple estavam aproveitando o Video Music Awards, da MTV, para lan�ar o ultra, super, duper aguardado Rockr, celular produzido em parceria pelas duas.

    Pois depois de 20 horas de viagem ela desembarcou, foi pro hotel, pendurou suas roupitchas no arm�rio... e recebeu ordem de empacotar tudo novamente e correr pro aeroporto!

    A cidade est� sendo evacuada por causa do furac�o Wilma, e todo mundo -- Video Music Awards, MTV, Apple, Motorola, Rockr, m�sicos, jornalistas e turistas em geral -- est� voltando.

    O pior � que a Elis morre de medo de avi�o, e encarou a ida porque, afinal, um lan�amento desses n�o acontece todo dia, ainda mais num lugar t�o bacana.

    Tsk.

    Quanto ao Rockr: pelo que andei lendo, ele � muito parecido com o E398, s� que branco e prata e, claro, com iTunes de nascen�a.






    YIKES

    Liguei a televis�o:

    "Em 20 anos de carreira, Anthony Garotinho sempre cultivou a �tica, a transpar�ncia e a honestidade..."

    SOCORRO!!!!

    Vou voltar pra cama.






    Causa & conseq��ncia

    N�o sei se � do avi�o, do ar de S�o Paulo ou das duas coisas, mas toda vez que vou a S�o Paulo volto com a garganta em pandarecos. Hoje deitei ali no sof�, de tarde, para descansar um minutinho; acordei agora.

    * suspiro *






    Central do Brasil









    18.10.05


    Lar doce lar










    L� vou eu de volta










    Sampa










    Sampa










    Prontinho! A postos.










    Chove...










    Fui!










    Ah, embarquei como eu gosto... ainda.










    Rumo a Sampa










    Madruguei...









    17.10.05


    Demagogia barata d� nisso: a polui��o do SIM da "governadora"



    Desculpem, mandei pelo telefone e n�o deu para explicar direito.

    Ontem, a nossa esclarecida governadora promoveu um manifesto a favor do SIM aqui na Lagoa. Foram jogadas mais de 30 mil cruzes de isopor dentro d'�gua, representando as "v�timas de armas de fogo".

    Meigo, n�?

    S� que as bordas da �gua, na dire��o em que o vento sopra, est�o assim; coalhadas de peda�os de isopor que os bigu�s, gar�as e frangos d'�gua comem por engano e que, eventualmente, podem lev�-los � morte.

    Tamb�m foram soltas 25 pombas brancas.

    N�o se sabe se os p�ssaros estavam drogados, fracos demais ou pura e simplesmente apavorados pelo barulho do helic�ptero da seguran�a, mas a maioria caiu dentro d'�gua.

    Tiveram que ser resgatadas para n�o se afogarem.

    Algumas estavam com asas partidas.

    Tudo o que este casal nefasto faz � vulgar, sinistro, mal-fadado.






    Adi�s, sol!










    A tardinha cai










    Agorinha











    Um senhor telefone

    Semana passada, fiquei de falar mais sobre as minhas experiências com o 6681, novo "smartphone" da Nokia. "Smartphones" são celulares com algo mais, máquinas de trabalho que, em tese, podem praticamente substituir os PDAs. A Nokia classifica o 6681 como um "imaging smartphone", ou seja, um desses pequenos notáveis, mas especializado em fotografia.

    Embora faça fotos de "apenas" 1.3 megapixels (contra os 2Mp dos Sony-Ericsson K750i e W800), ele tem uma excelente qualidade de imagem e um pequeno editor fotográfico que realiza funções básicas, como clarear ou escurecer imagens, cortar, virar, acrescentar moldurinhas ou texto, etc. A câmera fica na parte de trás do aparelho, guardada por uma placa protetora que desliza para ativá-la, fazendo com que entre em ação imediatamente. Pode-se fotografar mesmo com o teclado travado.

    Aliás, por falar em teclado: ele "percebe" automaticamente quando está escuro e acende sozinho. Adorei isso!

    O 6681 é também uma poderosa máquina de som. Poderia ser um baita player se saísse da loja com um cartão de memória maior do que o RS MMC de 64Mb que traz; mas esta memória não é suficiente para armazenar fotos, programas e músicas. Felizmente, este é um problema que se pode resolver com alguma persistência. O diabo é que o cartão só pode ser um RS MMC bi-volt, ainda bem difícil de encontrar.

    O PC Suite, software que faz a conexão com o computador, funciona bem tanto com cabo quanto com Bluetooth; é através dele que se podem baixar para o celular documentos do Office (doc, pps e xls) e arquivos pdf.

    Como teste, passei para o bichinho a planilha que criei com os meus DVDs, com 237 entradas com título, título original e diretor, e ele a lê sem problemas. Melhor ainda: eu a leio sem problemas, porque a tela, que faz do 6681 um celular relativamente grande, também faz dele um belo celular para leitura, navegação na web e visualização de imagens.

    O browser com que vem de fábrica é bom (melhor do que os browsers da Nokia que usei até aqui) mas o ideal, a meu ver, é baixar o Opera Mobile. Com ele, não tive dificuldade em acessar site algum; no meu blog, posso abrir a caixa de comentários, ler o que os leitores comentaram e responder; o Google voa.

    O 6681 é um brinquedinho caro (cerca de R$ 2 mil) mas extremamente útil e versátil, sobretudo para quem depende de celular para trabalhar de verdade.


    (O Globo, Info etc., 17.10.2005)






    Utilidade p�blica

    Circula pela rede um spam que diz o seguinte:
    Uma esp�cie de vingan�a para quando nos roubam o celular

  • Para obter o n�mero de s�rie do seu telefone celular (GSM), digite: *#06#
  • Aparecer� no visor um c�digo de 15 algarismos; este c�digo � �nico.
  • Anote e guarde com cuidado.
  • Se roubarem seu celular, telefone para sua operadora e informe este c�digo. O seu telefone poder� ent�o ser completamente bloqueado, mesmo que o ladr�o mude o cart�o SIM.
  • Isso � absolutamente verdadeiro. Atrav�s do n�mero de s�rie as operadoras podem, de fato, bloquear o aparelho todo -- e n�o apenas a linha.

    Mas ningu�m precisa ficar desesperado se n�o tiver se dado ao trabalho de digitar a combina��o cabal�stica. O n�mero tamb�m est� na caixa do celular e na nota fiscal.






    Al� al�, Lisboa!



    Na foto (feita pelo marido da Monica) Lucas, Monica L, Cora, Yas e Van Or, depois de uma sess�o de "Feiti�o do Tempo".





    16.10.05


    Quebra-cabe�a

    Bonitinho mesmo, perfeito para final de domingo molenga.





    15.10.05


    Casa Cor












    Nada de novo sob o sol

    "Se ainda houver historiadores daqui a 50 ou 100 anos e tiverem sido preservados filmes de uma semana de nossas tr�s redes, eles encontrar�o ali gravadas em preto e branco, ou cor, as provas da decad�ncia, escapismo e alheiamento da realidade do mundo em que vivemos."

    "Estou inteiramente convencido de que o p�blico americano � mais sensato, contido e mais maduro do que todos os programadores da televis�o acreditam. Eles t�m medo de controv�rsia, mas isto n�o se baseia em fatos. Tenhos motivos para saber, como muitos de voc�s, que quando os fatos de um assunto controvertido s�o apresentados de modo equilibrado e calmo, o p�blico reconhece o esfor�o para iluminar, em vez de agitar."
    Por incr�vel que pare�a, isso n�o foi dito ontem, mas em 1958, por Ed Murrow, um dos mais importantes jornalistas de r�dio e TV dos EUA, ao ser homenageado pela Associa��o dos Diretores de R�dio e Telejornalismo.

    Ainda h� historiadores, e os filmes foram preservados, mas a li��o, aparentemente, se perdeu.

    Pesquei estes dois par�grafos no blog do Pontual. Ele nos fez a gentileza de traduzir um bom trecho do discurso, que abre e fecha o filme Good Night, and Good Luck, de George Clooney, que estou louca para ver.







    Viva, Jussara!!!

    Pessoas, vejam que gl�ria de foto a Jussara fez com o telefone novo que comprou!





    14.10.05


    Fala, Barone!

    "Depois de muito esperar, mando meu al� aqui no seu blog. Sou seu leitor faz muito tempo.

    Tenho me eximido de posicionar meu voto neste referendo, pois o N�O me dava a desconfort�vel sensa��o de estar do lado de Roberto Jefferson ou do Fleury... Mas descobri que s� porque o Hitler era vegetariano � que eu n�o vou deixar de comer carne vermelha... Ao ler seu artigo, me senti muito mais bem acompanhado, obrigado!

    Tenho uma rela��o de amor e �dio com armas de fogo. Elas ajudaram a acabar com o nazismo, por exemplo. Quem viu uma certa foto do Churchill durante a guerra, segurando uma metralhadora Thompson "Tommy Gun", a mesma dos mafiosos da Chicago de Al Capone, sabe do poder desta imagem. Sem falar no famoso General Patton e seus revolveres com coronhas de marfim.

    John Lennon foi morto por um revolver. Kurt Kobain se matou com um tiro de espingarda, Hemingway tamb�m.

    Armas t�m um poder de "fetiche" muito grande. N�o � � toa que o cinema usa isso como receita, misturado com belas mulheres. Inclusive, todos sabem qual a arma favorita do 007: uma Walther PPK! Os alem�es entendiam muito de armas: Lugger, Parabelum (o Lampi�o usava uma!), Mauser...

    Venho acompanhando suas posi��es sobre o referendo. Em muito se alinham com o que penso, pois existe uma grande ingenuidade nisso tudo, por parte dos pacifistas que acreditam que o sim pode mudar algo no nosso presente clima de guerra civil n�o declarada. Afinal, �reas interditadas por tiroteios e v�timas de granadas e fuzis de grosso calibre eram manchetes nos jornais na �poca da guerra no L�bano e ainda hoje em algumas �reas do Oriente M�dio. Nos jornais de hoje, quantos tiroteios ocorreram no Rio ontem? E agorinha?

    Pena ver que o foco de todos estes problemas, a educa��o, continua sem receber uma fra��o dos custos que este referendo vai retirar dos cofres p�blicos. Mesmo a seguran�a de v�rias cidades poderia ser implementada com a divis�o dos milh�es de Reais que ser�o gastos neste referendo. Que patuscada!

    Meu pai tinha um 32 em casa e nunca passamos por nenhuma trag�dia familiar pelo fato. Injustamente, as estat�sticas de casos onde uma arma em casa impediu um assalto ou coisa pior, simplesmente n�o existem. Algu�m conhece algum caso de um "quase-atropelamento"? Mas, infelizmente, quando um idiota deixa um revolver carregado no guarda roupa e uma crian�a o encontra, ou um desequilibrado mental aperta o gatilho de uma arma, as estat�sticas acusam e assustam.

    John Lennon foi morto por um maluco com um revolver na m�o. Isso j� me afasta da vontade de ter uma arma. Estou mais para o Michael Moore,paz e amor, do que para a NRA. Mas at� entendo agora o por qu� do direito �s armas estar t�o estampado na constitui��o americana: para que os dirigentes do pa�s n�o se sintam onipotentes e se tornem d�spotas.

    Se bem que, na Am�rica, eles sempre acham um "jeitinho" para isso.

    Gandhi falou que a coisa mais terr�vel que os ingleses fizeram durante a ocupa��o da �ndia foi o desarmamento dos cidad�os. Benjamim Franklin disse que quando os bandidos e os governantes tiverem propriedade de todas as armas, ir�o tomar as propriedades que quiserem...

    Eu realmente acho que a Humanidade ter� que evoluir muito at� o ponto de banir as armas. Quem sabe at� l� deixar�o de existir os maiores culpados pelos nossos problemas: pol�ticos corruptos e alheios aos seus deveres com a popula��o." (Jo�o Barone)






    Baseado em fatos (quase) reais

    O Jardineiro Fiel

    O filme come�a, o espectador mal provou da pipoca e, z�s!, Tessa Quayle (Rachel Weisz, magn�fica) � brutalmente assassinada numa remota paisagem africana. O que � que ela estava fazendo naquele fim de mundo? E qual era a sua rela��o com o jovem m�dico africano que a acompanhava? Justin Quayle (Ralph Fiennes, igualmente perfeito para o papel), marido de Tessa, diplomata ingl�s ardorosamente dedicado � jardinagem, resolve esquecer regadores, ancinhos, conselhos de superiores e amea�as recebidas, e vai atr�s das respostas �s perguntas que o atormentam.

    O casal mal se conhecia. Apesar de completamente diferentes, Justin e Tessa apaixonaram-se � primeira vista. A busca do marido pela verdadeira identidade da mulher e pelos seus reais sentimentos o leva a trilhar, inexoravelmente, o caminho do desastre. Desde as primeiras cenas, o espectador percebe que nada no filme conduz a um final feliz -- exceto, � claro, para os f�s de John Le Carr�, autor do romance hom�nimo, que t�m a rara felicidade de ver que o livro de que tanto gostaram encontrou tradu��o cinematogr�fica � altura.

    Boa parte dos m�ritos cabe � dire��o din�mica e criativa de Fernando Meirelles (sim, o nosso Fernando Meirelles, de "Cidade de Deus"), que mant�m magistralmente a tens�o da trama. Passo a passo com Justin, descobrimos que Tessa, ativista pol�tica, cometeu o erro b�sico de desconfiar da a��o criminosa de uma companhia farmac�utica, testando drogas potencialmente letais na popula��o carente de um pa�s corrompido at� a medula.

    Fic��o antiglobalizante? Quem dera: mudem um nome aqui, um pa�s acol� e n�o, n�o h� nada de fic��o nesses fatos.

    Paralelamente � tenebrosa quest�o pol�tica, vamos descobrindo, tamb�m, a extraordin�ria fibra de Tessa, a sua revolta contra a injusti�a e, n�o menos importante, a sua devo��o a Justin. Que desde o come�o j� se saiba que tudo isso se perdeu torna "O jardineiro fiel" ainda mais pungente -- e, desde j�, um dos melhores filmes da temporada.


    (O Globo, Rio Show, 14.10.2005)






    Ao cair da tarde









    13.10.05


    No teatro










    Iuhuuuu!










    Momento nerd







    Pipoca e seu mundo











    �s armas, cidad�os!

    Dizer sim ao SIM? Pois sim.


    No distante ano de 1980, empacotei meia d�zia de objetos essenciais -- a m�quina de escrever, uns dicion�rios e alguns quadros, uns LPs e umas roupas -- pus tudo a bordo de um min�sculo Fiat 147 e peguei a estrada. Eu estava partindo para uma nova etapa da minha vida, deixando Bras�lia e voltando, finalmente!, para o meu Rio de Janeiro. Estava sozinha, e minha inten��o era fazer a viagem de uma assentada s�. Corajosa a mocinha, s� agora percebo. Eu tinha 27 anos, 1,54m (n�o cresci muito, desde ent�o) e 50 quilos (cresci, sim); mas tamb�m tinha uma Walther PPK 7,65mm, que muito me tranq�ilizou nos 1.148 quil�metros da estrada esburacada e praticamente deserta. PPK esta que, discreta mas visivelmente enfiada na cintura da cal�a, desestimulou alguns engra�adinhos nos postos de gasolina em que parei ao longo do caminho.

    A Walther, uma pistola linda e admiravelmente segura, sempre foi minha arma favorita, embora eu tivesse convivido tamb�m com um pequeno Smith & Wesson 22, de cano curto, e v�rios rifles de diferentes marcas e calibres. Meu av�, antigo oficial do ex�rcito austro-h�ngaro, adorava armas, e me ensinou, desde cedo, a respeit�-las e a us�-las corretamente. Entre as melhores recorda��es que tenho da inf�ncia est�o as tardes de tiro ao alvo com o Nonno. Aprendi a montar e desmontar todas as armas que t�nhamos e, mod�stia � parte, a atirar muito bem. Isso n�o fez de mim uma criatura perigosa ou beligerante, apenas me tornou uma pessoa mais segura, at� por me dar a compreens�o -- e a medida real -- de uma parte integrante do nosso mundo.

    Minha viagem de Bras�lia ao Rio durou cerca de vinte horas, e devo �quela velha e elegante Walther a tranq�ilidade de ter feito o trajeto sem medo algum ? exceto, � claro, aqueles provocados pelas nossas indescrit�veis estradas e pelos autom�veis, combina��o que faz, anualmente, muito mais v�timas do que todas as armas legais e ilegais do pa�s.

    * * *

    O s�tio id�lico, onde as armas eram apenas uma divers�o como outra qualquer, desapareceu. A casa continua l�, bonita como sempre foi; o jardim adquiriu aquela qualidade que s� o tempo e o carinho d�o �s plantas. Mas a �rea em torno, antes praticamente deserta, com uma casa aqui, outra acol�, degradou-se irremediavelmente. Hoje a bandidagem corre solta em Nova Friburgo, como no resto do pa�s (me contenho para n�o escrever "a partir do Planalto"). H� uns poucos anos, depois do nono (!) assalto � casa, Mam�e foi, como sempre em v�o, � pol�cia. Desta vez, tinha algo novo: uma pista. Uma bala se alojara na lombada de um dos livros (ainda est� l�, dormindo no Dostoievski), de onde poderia ser facilmente removida e periciada.

    -- Per�cia em bala?! -- espantou-se o delegado. -- S� existe em filme americano, vov�. A senhora est� vendo televis�o demais. Compra uns cachorros e solta no quintal .

    Mam�e seguiu o conselho da pol�cia. Hoje tem dois tigres, disfar�ados de pastores alem�es, que a amam de paix�o e jamais deixar�o que nada de mal lhe aconte�a. Mas, pelo sim, pelo n�o, tem tamb�m uma arma que, nas m�os do caseiro, j� evitou pelo menos meia d�zia de novas invas�es, com tiros para o alto. Ningu�m morreu ou se feriu, mas os bandidos acharam melhor trabalhar em outra freguesia.

    * * *

    S�o s� duas historinhas pessoais. Contei por contar. N�o � por causa delas (ou s� por causa delas) que vou votar N�O no referendo sobre o "desarmamento". Por sinal, escrevo "desarmamento" assim, entre aspas, porque acho absoluta m�-f� o uso desta palavra: quem dera que o governo, ou quem quer que fosse, pudesse, de fato, desarmar a todos!

    O problema � que n�o � o arsenal pesado dos traficantes que est� em discuss�o, e sim o direito dos cidad�os de bem de comprar armas para sua pr�pria defesa ocasional. Digo cidad�os de bem com conhecimento de causa, porque s� gente muito temente a Deus e � ordem � que ainda se d� ao trabalho de enfrentar a burocracia e reunir toda a papelada exigida atualmente para a compra de uma arma.

    Pelo que se v� na propaganda, at� parece que � s� chegar na venda da esquina e pedir um trezoit�o na promo��o, parcelado em dez vezes no cart�o. Pois n�o � n�o, acreditem. Ali�s, n�o acreditem; v�o l� e confiram. Tentem comprar uma arma legalmente, enquanto ainda podem. � t�o dif�cil, que s� pondo despachante, ou lobista, na parada.

    Entre outros motivos, vou votar N�O porque, se o SIM for aprovado, mais uma parcela da popula��o fatalmente ser� empurrada para a ilegalidade. J� estou vendo Mam�e, com sua cabe�a branquinha, subindo o morro para conseguir muni��o -- naturalmente a pre�os inflacionados -- l� para o s�tio. Comprado numa localidade pac�fica e remota que os tempos transformaram em per�metro urbano. Urbano e perigoso.

    Como ela, este ser� o destino de alguns milh�es de brasileiros de bem que, n�o recebendo do Estado a seguran�a a que teriam direito, foram for�ados a ter armas em casa. Ali�s, o Estado brasileiro � especialista em fazer do cidad�o honesto um criminoso. Impostos extorsivos, leis de tr�nsito feitas sob medida para o achaque, taxas de importa��o invi�veis que nos atiram nos bra�os dos contrabandistas -- tudo � est�mulo pra desviar o cidad�o do caminho do bem, que ningu�m do governo sabe mais onde �.

    Aprovado este SIM, estar� automaticamente incentivada a compra ilegal de armas para ficarmos em p� de igualdade com parlamentares, juristas e artistas famosos que, cercados de seguran�a 24 horas por dia, aliviam a sua culpa social e moral dizendo SIM � cassa��o dos nossos direitos .

    (O Globo, Segundo Caderno, 13.10.2005)






    Ufa! � dif�cil clicar em movimento...










    No quiosque









    12.10.05


    No quiosque










    No quiosque










    No quiosque










    Algu�m na �rea?










    Mosca e Tutu










    Mudei de id�ia: meu voto agora � SIM!

    Antes, eu tinha certeza de que ia votar no N�O e ningu�m ia me convencer do contr�rio. Mas o tempo foi passando, entrei nas comunidades do SIM e do NAO no orkut, ouvi propagandas no r�dio e na TV e os argumentos do SIM me convenceram. Vou votar SIM.

    Sabe por que?

    Vou dar 20 motivos:

    1. Descobri que � a arma legal que alimenta os bandidos. Todas aquelas AR-15, AK-47, granadas e bazucas que os traficantes do Rio usam foram roubadas de cidad�os honestos que compraram as armas legalmente. Da minha casa mesmo, por exemplo. Ano passado me roubaram quatro m�sseis stinger.

    2. Descobri que todos os pais que t�m armas de fogo costumam deix�-las carregadas e engatilhadas em cima do sof� da sala. Por isso que 94 milh�es de crian�as brasileiras morrem brincando com armas de fogo todos os anos.

    3. Descobri que quem mora em fazendas, isolado de todos, no meio do mato, n�o precisa de armas. No meio da natureza rola uma 'vibe' muito forte, as energias positivas das �rvores e das flores protegem eles.

    4. Descobri que os 570 milh�es de reais investidos para realizar o referendo foram muito bem empregados. Afinal, porque que a gente vai gastar com seguran�a, quando se pode gastar num referendo? E dizendo SIM eles, nossos governantes, v�o ver o quanto a gente adorou ter esse privil�gio de exercer nosso direito como cidad�o de decidir os rumos do nosso Brasil!

    5. Descobri que se o NAO ganhar, as armas de fogo v�o imediatamente ficar 90% mais baratas e vai acabar a burocracia para a compra de uma. No dia seguinte � vit�ria do N�O, qualquer pessoa (bandido ou n�o) vai poder ir numa loja de armas, comprar um 44 e oito caixas de muni��o, j� vai sair armado e vai para o bar mais pr�ximo para arrumar briga e me matar.

    6. Descobri que delegados e policiais civis militares e federais -- que s�o em quase totalidade favor�veis ao NAO -- n�o entendem N-A-D-A de viol�ncia e criminalidade. Quem manja mesmo do assunto s�o atores, soci�logos e dirigentes de ONGs internacionais.

    7. Descobri que todos os assaltantes de casa t�m superpoderes. Eles atravessam portas e paredes e se materializam imediatamente na sua frente e apontam uma arma para a sua cabe�a enquanto voc� ainda est� deitado, tornando imposs�vel qualquer rea��o. Eles n�o perdem tempo e n�o fazem barulho arrombando portas.

    8. Descobri que se eu vir ou ouvir algum bandido pulando a cerca e entrando no meu quintal, eu n�o vou conseguir afugent�-lo com um tiro para cima ou para o ch�o. Se ele ouvir o tiro, a� sim, � que ele vai ficar excitado e vai querer de toda forma entrar em casa e trocar tiros comigos. Eles adoram fazer isso.

    9. Descobri que estrangeiros que lideram ONGs como a Viva-Rio t�m muita experi�ncia no assunto. Afinal, todo mundo sabe que a situa��o social, econ�mica e de criminalidade da Fran�a, Inglaterra e Estados Unidos (que � de onde eles v�m) � IGUALZINHA � realidade do Brasil. N�o tenho a menor d�vida de que todas as teorias deles v�o funcionar direitinho aqui.

    10. Descobri que o governo quer que a gente vote SIM. E o governo sempre pensa no nosso bem. Afinal, todo mundo sabe que a qualidade da sa�de p�blica, ensino p�blico, seguran�a p�blica, e etc. vem melhorando cada vez mais, dia a dia.

    11. Descobri que todos os cidad�os de bem assim que acabarem suas muni��es v�o manter suas armas eternamente sem muni��o, at� se deteriorarem, ningu�m vai buscar bala no mercado negro (at� porque a viol�ncia vai diminuir um bocado), e assim n�o corre o risco do mercado negro se fortalecer.

    12. Descobri que se o SIM ganhar, n�o v�o mais acontecer mortes banais. Maridos ciumentos s� v�o agredir as mulheres com travesseiros, torcidas organizadas v�o se dar as m�os, facas e canivetes v�o perder o fio, tijolos e paus v�o ficar macios e os pitboys v�o todos se converter ao budismo.

    13. Descobri que essa hist�ria dos crimes por armas de fogo ter aumentado 500% na Inglaterra nos 6 anos ap�s o desarmamento por l� foi uma coisa super normal, afinal, a popula��o t� se expandindo, n�? � natural que haja um aumento.

    14. Descobri que o jovem � a principal v�tima da arma de fogo. Claro que isso n�o tem nada a ver com o fato de o jovem ser o maior usu�rio de drogas, e nem o fato de que quase 100% dos envolvidos no tr�fico de drogas t�m menos de 30 anos (porque morrem ou s�o presos antes). Isso � s� coincid�ncia.

    15. Descobri que no Texas -- onde h� quase uma arma por habitante -- reduziu para quase a metade o �ndice de crimes violentos nos �ltimos dez anos. Mas isso � porque nesses dez anos, o pessoal parou de comer carne vermelha e come�ou a ouvir mais Bob Marley.

    16. Descobri que todo mundo que tem arma de fogo � um suic�da em potencial. E a �nica causa do suic�dio � a arma de fogo, e n�o a falta de perspectivas, falta de um ideal, falta de um sonho a buscar ou ent�o dist�rbios ps�quicos como a depress�o.

    17. Descobri que se algum bandido invadir a minha casa, basta eu ligar para o 190. A pol�cia sempre tem homens e viaturas sobrando e levar� menos de 3 minutos para me atender.

    18. Caso isso n�o aconte�a, basta eu fazer o sinalzinho do "sou da paz" com as m�os e o ladr�o vai saber que eu sou uma guria legal, e ent�o ele vai embora em paz sem levar nada e sem viol�ncia nenhuma. Eles sempre agem assim quando descobrem que voc� � da paz, e n�o um daqueles psicopatas malvados que s�o a favor do N�O.

    19. Caso o ladr�o seja muito, mas muito malvad�o, eu s� preciso gritar por socorro. Em cinco segundos v�o aparecer a Fernanda Montenegro, a Mait� Proen�a e o Felipe Dylon para me salvar e prender o bandido. Sem usar armas. �����������!!!

    20. Se o SIM ganhar, o Brasil vai ser um pa�s mais feliz. Que nem na novela!Obaaaaaaa!
    Recebi por email; n�o sei quem escreveu. Se algu�m souber, por favor me avise, para que eu possa dar o devido cr�dito, OK?

    E agora vou l� fora curtir o restinho do feriado no quiosque...






    Net, exausta ap�s a leitura dos jornais do dia










    Olhando pro teto, pensando na vida










    Keaton escolhe a leitura do dia










    Eca!!!!

    Estou vendo um programa da National Geographic sobre insetos... como alimento!

    O rep�rter, realmente intr�pido, comeu mais coisas esquisitas em meia hora do que eu numa vida inteira.

    � tudo muito nojeeeeeeento!!!

    Por outro lado, o programa d� o que pensar. N�s comemos caranguejos, lagostas e camar�es com grande gosto, mas torcemos o nariz para escorpi�es, que s�o parentes deles. Ficamos chocados com larvas fritas e viradinhos de ovos de mosca, mas adoramos mel -- que �, pura e simplesmente, o v�mito de zilh�es de abelhas.

    Estranho, muito estranho.






    As obras continuam - e eu vou nessa!









    11.10.05


    Agora s� falta escrever a cr�tica do filme...










    Copacabana










    Sim ao N�O

    (Puxei este post pra c� porque gostei muito do texto do Edk -- que, agora descobri, tem um �timo blog. Seria uma pena ele sumir na rolagem t�o r�pido, n�?)

    Agora que farreamos todos � vontade no fim-de-semana, que tal ligar o fio terra? Acabo de ler um coment�rio muito bom l� no Idelber, que est� em Santiago, mas deixou um �timo debate sobre o "desarmamento" no ar.

    Escrevo "desarmamento" entre aspas, porque acho de absoluta m�-f� o uso desta palavra. Quem dera que o governo ou quem quer que seja pudesse, de fato, desarmar a bandidagem! N�o � o arsenal pesado dos traficantes que est� em discuss�o; o que est� em discuss�o � se n�s, cidad�os de bem, poderemos ter ou n�o o direito de comprar armas legalmente.

    Caso o SIM seja aprovado, mais uma parcela decente da popula��o ser� empurrada para a ilegalidade. O governo brasileiro � especialista em fazer do cidad�o honesto um criminoso a contra-gosto: estimula a sonega��o atrav�s dos impostos mais altos e injustos do mundo, estimula o suborno da pol�cia atrav�s de leis de tr�nsito absurdas, estimula o contrabando atrav�s de taxas de importa��o extorsivas e, logo, estar� estimulando a compra ilegal de armas por todos n�s, que n�o somos nem parlamentares, nem juristas, nem artistas que andam com seguran�a 24 horas por dia.

    Voto N�O, obviamente. Mas leiam o coment�rio do leitor do Idelber, que se assina EDK. O texto � comprido mas excelente:
    Tenho n�vel superior, sou policial civil, sou professor e j� trabalhei em delegacia. Conhe�o e convivo hoje com muitas estat�ticas, conhe�o um pouco a viol�ncia e sua face mais cruel.

    � interessante saber que por dever de of�cio e que atrav�s do porte que minha carteira profissional me d�, tenho direito a portar, e usar arma. Mas detalhe: n�o uso e n�o tenho arma. N�o sou a favor das armas. Mas sou contra, totalmente contra o, assim chamado "desarmamento".

    Em um mundo ideal n�o ter�amos armas. N�o usar�amos armas. N�o haveriam guerras. E nem a viol�ncia que vivemos hoje. Infelizmente, n�o vivemos em mundo ideal e muito menos fict�cio. A viol�ncia urbana brasileira chegou a n�meros escandalosos. Absolutamente absurdos. Assalta-se, furta-se, frauda-se e sobretudo, mata-se demais no Brasil. E o pior, com os dispositivos que temos hoje, estamos sem sa�da. Estamos perdendo e continuaremos perdendo a luta contra a viol�ncia. Os bandidos riem da cara da pol�cia e se esbaldam no estado de atonia e fraqueza geral da popula��o.

    Moro numa cidade pequena de 250 mil habitantes onde a pol�cia resolve (acha os autores de) cerca de 90% dos casos de homic�dio, o mais grave crime. Mas, admito, em alguns bairros a sensa��o de inseguran�a � absurda. A popula��o clama. O povo e o Estado est� � merc�.

    O Rio de Janeiro � o caso mais sintom�tico da realidade brasileira. A viol�ncia ali � extremamente incompreens�vel. E n�o h� solu��es. Estamos todos, diante da impot�ncia do Estado brasileiro, caminhado para nos transformar em uma horr�vel favela onde a lei � a do tiro e o p� comanda.

    Mas como dizia, os bandidos riem de n�s. Certa vez, ao encaminhar um traficante preso em flagrante com aproximadamente 20 "cabecinhas" de coca�na para a penitenci�ria, vivi um di�logo ins�lito. O traficante achou o rel�gio de meu amigo policial bonito e perguntou se ele estava � venda e por quanto. Meu amigo disse que o rel�gio n�o estava � venda e mesmo se estivesse o traficante n�o conseguiria compr�-lo, pois estaria na penitenci�ria local. O traficante riu-se e disse que em menos de um m�s e meio estaria fora e que talvez o procurasse para comprar o rel�gio. Acreditam??

    Contei este "causo" para mostrar o quanto somos impotentes. Um cara � pego em flagrante vendendo veneno a nossos jovens e nosso Estado o libera para matar mais jovens menos de dois meses depois. E isto de fato aconteceu. Tenho v�rios exemplos e n�o me alongarei pois ainda nem toquei no ponto do post. As armas.

    Ora, por experi�ncia, por estat�stica e por visualizar in loco a realidade da viol�ncia, sei que realmente os crimes cometidos por armas legais s�o muito pequenos em n�mero. Mera poeira estat�stica perto das quase cinquenta mil mortes por ano no Brasil (38 mil por armas de fogo, aproximadamente).

    O referendo n�o vai acabar com estas mortes. Engana-se quem pensa que isto poder� ocorrer. O Estado brasileiro � ineficiente por sua pr�pria natureza. N�o dar� conta de impedir o com�rico ilegal de armas que crescer� como nunca, ap�s referendado pela popula��o "global".

    O referendo s� nos mostra uma coisa, ali�s que est� mais do que vis�vel: O Estado brasileiro n�o tem solu��es, n�o sabe o que fazer, est� inerte, sem planejamento, sem programa, sem a��o e ap�tico diante da crescente viol�ncia urbana brasileira. Isto � um fato que o referendo s� faz certificar.

    N�o h� programa. N�o h� projetos. N�o h� reformas. N�o existem propostas. O Estado est� perdido em sua pr�pria burocracia e picuinhas pol�ticas vendo seus jovens morrerem a sua volta.

    Em primeiro lugar a pol�cia brasileira � corrupta (ali�s n�o s� a pol�cia). E o Estado nada faz. A Justi�a � lenta. E o Estado nada faz. (ali�s ela � lenta muito por causa do pr�prio estado). As pol�cias, todas elas, trabalham em constante rivalidade e n�o em conjunto (olha que sei disto). E o Estado nada faz. A justi�a n�o trabalha em conjunto com a pol�cia. E o Estado nada faz. As leis, da mais brandas �s mais severas n�o s�o cumpridas. E o Estado nada faz. As penitenci�rias est�o inchadas, desestruturadas e falidas. E o Estado nada faz. Os investimentos diretos em seguran�a s�o irris�rios e n�o cumpridos. E o Estado nada faz. Grande parte das pol�cias est�o sucateadas, desestruturadas. E o Estado nada faz. A educa��o p�blica brasileira � uma vergonha e um grande problema. E o Estado nada faz.

    Ao inv�s disto o que faz o Estado brasileiro? Gasta 210 milh�es de reais em um referendo absolutamente in�cuo, de nenhum efeito. Ou algu�m acha que de fato ele ser� cumprido? Qual lei brasileira � cumprida 100% por 100% da popula��o? Como o Estado far� para fazer cumprir esta lei? Ele ter� condi��es?

    Nem usarei dos n�meros, pois sei que eles s�o absolutamente manipulados nesta quest�o. Afinal, crimes passionais existem, sempre existiram e continuar�o existindo. Se n�o usarem armas, usar�o, facas, cutelos, martelos, vidros, tacapes, carros e �lcool. Este sim o grande vil�o, envolvido em cerca de 95% das ocorr�ncias policiais. Quem ousar� proibi-lo? Onde est� o Estado que se cala diante destes n�meros?

    O instituto do referendo como a vejinha diz talvez seja at� desmoralizado, pois, o com�rcio ilegal de armas continuar� existindo. As armas, assim como os impostos, continuar�o existindo e aumentando em quantidade.

    N�o sou a favor das armas. N�o acho que reagir em assaltos seja a melhor estrat�gia. Mas tenho certeza que as cerca de 3000 armas legais anuais brasileiras n�o s�o as respons�veis pelo caos e viol�ncia em que vivemos. Tenho certeza. Absoluta certeza. E ningu�m que defende o sim poder� dizer o contr�rio.

    As imagens mostram diversos acidentes com armas dom�sticas. Ora, ningu�m conhece a defini��o da palavra "acidente"? � algo causal, fortuito, imprevisto. N�o s�o os acidentes com crian�as que s�o respons�veis pela viol�ncia brasileira gente! Ou ser� que enlouquecemos todos? N�o � porque, no tr�nsito, ocorrem mais de 50 mil acidentes com v�timas anuais que proibiremos os autom�veis de circularem, de serem comercializados ou utilizados. Ao contr�rio, usamos de educa��o e tentamos modificar a cultura brasileira no tr�nsito. Afinal, o abuso, n�o tolhe o uso. Quem dirige um carro, tem uma faca, uma arma, fuma ou ingere bebidas alc�olicas sabe, ou deveria saber dos riscos que corre. �, ou derveria ser, algo natural e decorrente do uso. O abuso n�o tolhe o uso.

    Algu�m fala, "mas este � o primeiro passo...!". Ora, ora, por favor!! Que "primeiro passo" � esse? Com o p� esquerdo? Algu�m, de bom senso, estudado e de posse de estat�sticas racionais e confi�veis, ciente da criminalidade brasileira acha mesmo que o caos e a viol�ncia urbana ir�o diminuir porque cerca de 3000 armas deixar�o de ser comercializadas legalmente?? Que criminalizar algu�m que queira, por acaso ou porventura, ter uma arma � a melhor solu��o?? Vou apelar pro sentimentalismo "global": E os fora-da-lei, assaltantes e traficantes?? Quem tira as armas deles???????? Quem????

    A pol�cia corrupta?? O estado ineficiente?? O ex�rcito que vende as armas para eles???

    Porque n�o dar um bom primeiro passo, fazendo um s�rio planejamento, uma compreens�o da realidade, investindo em educa��o, em integra��o entre pol�cias e o judici�rio, em limpeza da pol�cia, em preven��o ao crime, propondo projetos verdadeiros e s�rios que enfrentem o "verdadeiro" problema?

    Sou a favor do desarmamento, s�rio mesmo. S� acho que quem quiser ter uma arma, tem o direito de faz�-lo legalmente e de n�o ser considerado criminoso at� que cometa, de fato, algum crime. O Estado deve criar (e j� existe viu) mecanismos s�rios e dificultosos que possibilitem um r�gido controle sobre quem quer ter armas. E n�o criminalizar este cidad�o.

    Por isso voto n�o. N�o que eu ache que o "n�o" ou o "sim" resolver�o alguma coisa. Concordo com a viajandona, a discuss�o sobre o tema est� se transformando num circo, o referendo � um embuste, h� muita demagogia, manipula��o e a solu��o � falsa.

    O impotente Estado n�o sabe o que fazer contra a viol�ncia e quer nos vender um "engodo", uma "falsa esperan�a". Uma solu��o imediatista e sem planejamento. E ainda gasta rios de dinheiro para isso. Deveria, ao inv�s disso, querer saber se eu quero gastar meu dinheiro nestas baboseiras, querer saber se n�s queremos que os palha�os (parlamentares) que desmoralizam nossa na��o devem ganhar o sal�rio absurdo que eles ganham com os privil�gios que tem e usando arma( � vero!!). Deveria querer saber se n�o gostar�amos de ver estes recursos aplicados na melhoria da qualidade da educa��o nas escolas. Ou investido em um planejamento de longo prazo para salvar a na��o festiva e alegre brasileira que n�o mnerece se ver representada da forma que �. Que n�o merece a balb�rdia e a farra com o nosso dinheiro que acontece.

    N�s n�o merecemos gastarmos nosso fosfato cerebreal com decis�es in�cuas e sem efeito. Dever�amos discutir um projeto comum de pa�s. Uma proposta de educa��o de longo prazo. Uma sa�da para a fal�ncia dos hostpitais e da sa�de p�blica brasileira, uma maior adeq�a��o da justi�a � nossa realidade.

    Eu sou da paz galera! Sou policial e ando desarmado. Apesar de gostar de atirar e sentir prazer e me desestressar quando o fa�o (legalmente em clubes de tiro, claro!). N�o tenho arma de fogo.

    Mas voto n�o.

    N�o ao engodo, n�o � hipocrisia, n�o ao politicamente correto, n�o � engana��o, n�o � manipula��o. Sei que n�o mudar� nada, mas votarei n�o.

    Afinal, eu j� fiquei frente a frente com criminosos, homicidas, traficantes e assaltantes perigososos. Estes caras adorar�o saber que ningu�m ter� mais armas. Que s� eles ter�o acesso total e irrestrito �s armas. Que o governo colocar� junto deles �s pessoas que t�m armas. Absurdo. Vergonhoso e deprimente.

    Quanto � revista (Veja), a mat�ria � ruim como o artigo que voc� indicou Idelber. Mas n�o trai seus leitores. Apresenta seus argumentos e n�o os esconde sob um manto de hipocrisia. E pelo menos uma pergunta l� exposta � pertinente: O que o Estado far� com as milh�es de armas ilegais em poder dos bandidos? O que? Faremos outro referendo sobre isso??

    � isso. Perd�o pelo post estupidamente grande.

    Abra�os "de paz".

    Edk.

    P.S. Perceba que usei a express�o "estado" e n�o "governo", pois entendo que a inefic�ncia e apatia n�o s�o pr�prias deste governo, mas sim de todos os �ltimos.
    Bravo, EDK. Falou e disse.






    � isso mesmo?

    Repasso este texto exatamente como o recebi. N�o tenho certeza se � isso mesmo -- vou ter que ler novamente aquele catatau, tendo isso em mente -- mas � turma que j� estudou devidamente a quest�o, pergunto: � poss�vel que seja isso?
    "Nessas �ltimas semanas estamos sendo bombardeados por informa��es a respeito do referendo que em breve ser� realizado no Brasil. Confesso que n�o havia entendido as reais inten��es desse referendo. Nenhum argumento que realmente fizesse sentido (no sentido amplo, completo e irrestrito da palavra) tinha se encaixado em minha cabe�a. N�o porque minha cabe�a n�o queria compreender os fatos, mas sim porque existia uma grande e enorme pe�a do quebra cabe�a faltando. Achando essa pe�a que estava faltando, finalmente compreend� e tive que mandar esse email para voc�s, porque as coisas s�o muito piores que todos est�o imaginando.

    Lendo o texto da Lei (parte da qual transcrevo abaixo,para que todos possam ler e se inteirar do que est�o prestes a decidir), temos:

    CAP�TULO VI

    DISPOSI��ES FINAIS

    Art. 35. � proibida a comercializa��o de arma de fogo e muni��o em todo o territ�rio nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6o desta Lei.

    � 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, depender� de aprova��o mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.

    � 2o Em caso de aprova��o do referendo popular, o disposto neste artigo entrar� em vigor na data de publica��o de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral."

    Observaram? N�o? O problema � t�o sutil que poucos compreendem. Vou tentar explicar.

    Leiam novamente o Art.35:

    "� proibida a comercializa��o de arma de fogo e muni��o em todo o territ�rio nacional".

    NINGU�M est� mexendo em PORTE DE ARMA, ele continua o mesmo (Leiam o "CAP�TULO II - Do porte"). Ningu�m tendo arma registrada ser� obrigado a devolv�-la, inclusive quem quiser ter uma arma vai precisar (prestem ATEN��O!!!) import�-la e registr�-la devidamente no org�o competente.

    Engra�ado, n�? E chamam isso de "Estatuto do Desarmamento". N�O HAVER� NENHUMA ESP�CIE DE DESARMAMENTO. PROCUREM NA LEI! EU DESAFIO!!

    Notaram, implicaram s� com a comercializa��o? Por que ser�? Vamos l�... existe na lei do com�rcio exterior um ponto que diz: Um pa�s s� pode vender um produto para outro pa�s, se a comercializa��o do mesmo tipo de produto for permitido no primeiro pa�s. Ou seja, o Brasil s� pode vender abacax� para os Estados Unidos se no Brasil for permitido o com�rcio de abacax�s.

    Pois bem, � luz dos fatos: SE A PROIBI��O FOR REFERENDADA, O BRASIL N�O PODER� VENDER SUA PRODU��O DE ARMAS DE FOGO PARA OS ESTADOS UNIDOS, PORQUE A COMERCIALIZA��O DE ARMAS DE FOGO E MUNI��O SER� PROIBIDA NO BRASIL. A ind�stria americana agradece.

    Voc�s v�o perguntar, � s� por isso que voc� ficou indignado? Voc� s� quer defender a industria b�lica brasileira? Antes de responder, vamos aos fatos, os que realmente importam: Voc�s sabiam que o Brasil desenvolveu tecnologia e t�m fabricado algumas das melhores armas de baixo calibre? Que os ex�rcitos de todo o mundo utilizam armas brasileiras? Que mais 99% da produ��o de armas brasileiras � para exporta��o? Que 90% das exporta��es de armas do Brasil v�o para os Estados Unidos? E que isso representa apenas 20% do mercado americano? Realmente parece que o Brasil est� incomodando...

    Ai voc� vai me dizer: "�, parece realmente que voc� s� quer defender a industria b�lica brasileira". Eu digo n�o. A indigna��o � muito maior. Notaram que tudo que o Brasil tem de bom (laranjas, avi�es) os grandes pa�ses querem aniquilar? Comprando deputados e sei l� mais quem, conseguem levar leis como essa adiante. Sempre � a mesma hist�ria, uma farsa por tr�s de uma quest�o com apelo popular e emocional para garantir interesses baixos e desonestos.

    Todos sabem que as pessoas que mandam nesse pa�s n�o merecem a confian�a do povo, todos sabem que as coisas no Brasil n�o s�o como parecem ser. Mais uma vez esses corvos est�o entregando os nossos interesses, os do povo, os do Brasil de fato. Mais uma vez est�o enganando voc�.

    Decida! Mas antes, por favor, entenda as coisas da maneira correta. E fa�a a op��o conscientemente e n�o como gado guiado pela m�dia comprada por interesses menores para distra�-lo dos verdadeiros interesses em jogo!

    N�O ESTAMOS VOTANDO EM DESARMAMENTO, ESTE J� EXISTE, ESTAMOS VOTANDO EM COMERCIALIZA��O!"






    RIBONDI!

    Agora, aberto a coment�rios.

    N�o percam, s�rio -- o mo�o � bom demais (recado para quem est� chegando, porque quem � da casa j� sabe disso.).





    10.10.05


    �s vezes a gente resiste










    Me olha, me leva?










    Tive que comprar um sapato fechado. Foi bem mais que dez real.










    Tive de comprar um par�guas de dez real










    Tutu













    Vejam s� quem fez anos!

    Ontem foi anivers�rio do Joseph;
    n�o � um gatinho lindo este meu pequeno b�pede gringo?!





    9.10.05


    A pe�a, segunda parte

    O Macksen tinha, � claro, toda a raz�o. A Bia, a Van Or, o Lucas e eu est�vamos todos no S�rgio Porto n�o por curiosidade mals�, mas porque o Ribondi me pediu que desse uma olhada no espet�culo.

    � que este � o grupo que est� querendo lev�-lo para o Ir� para fazer uma pe�a l�.

    Tem coisas que a gente s� faz por amor. Ir a uma pe�a iraniana � uma delas.

    Ir sozinha, por�m, j� � demais; de modo que consegui chantagear a Bia, a Van Or e o pobrezinho do Lucas, que tinha at� festa rolando em casa, a ir at� l� comigo.

    Depois de ver a pe�a, todos chegamos � conclus�o de que o Ribondi TEM que ir para Teer�, dado que, pelo exemplo que nos foi mostrado, o povo l� ainda n�o descobriu que um pouco de a��o em cena n�o faz mal a ningu�m.

    Vai ver que a miss�o dele na vida �, justamente, fazer uma revolu��o na cultura iraniana!

    Alah escreve certo por linhas enroladas (�s vezes conhecidas por arabescos).

    :::::

    A pe�a � uma chatice, sem d�vida mas, com um pouco de boa vontade, pode ser compreendida -- ou quase.

    Eu a entendi assim:

    -- No escuro, a voz em off � a conversa do ator com um psiquiatra, pelo telefone. No fim da pe�a, a gente percebe que ela acontece depois da a��o (se � que se pode cham�-la assim) que se v�.

    -- A conversa incompreens�vel entre o casal � a sua �ltima conversa, o momento da separa��o.

    -- Ele n�o aceita esta separa��o, e mata a mulher (suponho).

    :::::

    N�o teria feito mal a ningu�m se algu�m tivesse explicado ao p�blico que, no Ir�, um homem e uma mulher s� podem se tocar no palco se forem casados na vida real, e se a trama assim o exigir rigorosamente. A falta de a��o e a tal mesa comprida entre o casal �, imagino, uma cr�tica a essa imposi��o da ditadura religiosa do pa�s, mas fica dif�cil apreciar isso sem saber das restri��es dos aiatol�s.

    Os atores, verdade se diga, fizeram um bonito. Conseguiram se concentrar numa pe�a muito exigente do ponto de vista emocional apesar da frieza da plat�ia. � arrasador para um artista ter que lutar contra um fosso cultural, acentuado, ainda por cima, por problemas t�cnicos.

    :::::

    Moral da hist�ria?

    Todos foram muito valentes: os atores por levarem o espet�culo at� o fim com bravura, e a plat�ia, por t�-lo assistido com relativamente poucas demonstra��es de impaci�ncia.







    The play is the thing

    Bom, a pe�a. Macksen Luiz, cr�tico do JB e amigo querid�ssimo, me agarrou pelo bra�o, logo na entrada:

    -- O que � que voc� est� fazendo AQUI?! Numa pe�a IRANIANA?! A� tem coisa. Voc� tem algum prop�sito oculto.

    Gente que conhece a gente h� mais de 20 anos n�o d� para tapear. Eu n�o podia dizer que estava l�, por exemplo, porque nada no mundo me fascina tanto quanto o teatro iraniano; ou porque a diversidade cultural do mundo me atrai como um �m� para festivais de teatro; ou, sequer, que j� tinha ouvido falar muito da pe�a e estava morrendo de curiosidade.

    Confessei, ent�o, que estava l� com segundas inten��es. Macksen deu um suspiro de al�vio -- n�s temos um pacto: se algum dia um pegar o outro fazendo coisas malucas, rid�culas al�m do limite ou absolutamente incompreens�veis, est� plenamente autorizado a intern�-lo -- as luzes se apagaram e...

    Continuaram apagadas.

    E permaneceram apagadas.

    E assim ficaram por um tempo indefinido, enquanto uma voz falava alguma coisa incompreens�vel a respeito de n�meros. Em iraniano, claro.

    Havia legendas, projetadas na parede de um e de outro lado do teatro. Infelizmente estavam fora de foco e eram atravessadas pela luz dos spots, o que as tornava ileg�veis.

    Isso, � claro, dava um bom espa�o para que a gente pudesse pensar e fazer descobertas. Por exemplo: eu me dei conta de que o fuso-hor�rio iraniano � diferente do brasileiro. Um tempo que para n�s equivale, digamos, a dez minutos, para eles equivale a um.

    Assim, quando a gente tem a sensa��o de que meia-hora se passou, se olhar para o rel�gio ver� que, na verdade, apenas tr�s minutos transcorreram.

    Enfim, ao fim de um tempo incalcul�vel, as luzes se acendem. H� uma mesa comprida em cena. Copos e uma atriz numa ponta, sapatos e um ator na outra. A atriz dan�a sobre os copos. � aflitivamente magra. O homem cal�a os sapatos.

    Jogam um jogo de n�meros. Ele vai dizendo um monte de n�meros e ela vai dizendo "passo". Isso eu sei porque, nesse trecho, consegui ler as legendas.

    Continuam falando, falando, falando. Sentados, cada qual na sua cadeira.

    Ela chora.

    Ele fica de p�.

    As luzes se apagam. A voz em off fala mais um tanto.

    A essa altura, transcorridas quatro horas, passaram-se 70 minutos.

    A pe�a acaba.

    O p�blico aplaude. De p�, porque est� louco para fugir do teatro.

    The end.

    (J� j� eu explico tudo, inclusive o que a gente estava fazendo l�)







    Nova tentativa

    Os quero-queridos est�o chocando DOIS novos ovinhos! Vamos ver se dessa vez conseguem ser mais felizes e levar seus planos de constituir fam�lia adiante...





    8.10.05


    Certas coisas a gente s� faz por amor...










    Cliquem aqui!

    Uma coisa que nunca entendi direito foi competi��o entre sites, do tipo "Clique aqui para nos ajudar a chegar ao topo da lista". Ganha quem conseguir mais cliques? Mas qual � a vantagem disso?

    De qualquer forma, ainda que n�o tenha no��o de qual seja a vantagem deste tipo de competi��o, venho, descaradamente, pedir a quem estiver sem assunto nas horas vagas para CLICAR AQUI.

    Este link leva � escola da minha bipinha Em�lia, l� no Texas, que participa de uma competi��o de escolas de primeiro grau. A que obtiver mais votos, ganha um laborat�rio de inform�tica de presente da DELL.

    A gente pode votar quantas vezes quiser, puder ou tiver paci�ncia para desvendar as letrinhas que provam que n�o somos rob�s...

    Esta av� agradece antecipadamente a participa��o dos amigos.






    Vou l� fora visitar os quero-queridos










    Tutu e Netcat










    Algu�m ajuda o meu amigo?

    Pelamordedeus, algu�m conhece algum �nibus, ou alguma forma de chegar em Barra do Pira�, Volta Redonda, Resende ou qualquer outra cidade da rodovia 393 ou da Dutra no sul fluminense, essa manh�?

    Estou em S�o Paulo e tenho muita urg�ncia de chegar em Barra do Pirai (vizinha a Volta Redonda). A minha gatinha, de 17 anos, est� fraquinha, doente, n�o se levanta, e eu quero muito ir o quanto antes para l� e ficar ao lado dela.

    A gente ainda t� procurando veterin�rio de plant�o, mas � interioz�o, t� dif�cil... (Aylons Hazzud)






    Luz (lar) no fim do t�nel









    7.10.05


    Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou...










    Shir�






    H� diversos quadr�pedes simp�ticos na casa do Bianco, mas esta gatinha � o meu xod�.






    Um retrato antigo






    Este � o cunhado do Bianco, pintado nos anos 40.






    No jardim










    O tradicional almo�o no Bianco











    Nisso � que d� ter o olho maior que a barriga

    Esta foi o Tom quem achou: uma esp�cie de jib�ia de quase quatro metros tentou comer um jacar� de dois metros e se deu mal.

    Explodiu.

    Os dois bichos morreram no embate, e os pesquisadores est�o discutindo o caso at� agora. A cobra era uma esp�cie nativa de Burma, vendida �s vezes como animal de estima��o; quando os donos se cansam do ador�vel pet, costumam solt�-lo nos p�ntanos da Fl�rida.

    N�o conhecendo a �rea, as cobras n�o sabem que os jacar�s est�o no topo da cadeia alimentar.

    At� agora, foram registrados quatro casos de combates entre os dois predadores, sendo que este � o primeiro de que se tem not�cia com t�o catastr�ficos resultados.






    O ovo da serpente

    �, eu sei, o que vem de baixo n�o deve, em tese, me atingir -- desde que eu n�o esteja, naturalmente, sentada num formigueiro -- mas, por mais que a gente v� aperfei�oando, ao longo dos anos, a capacidade de ignorar os ignorantes, �s vezes fica dif�cil manter o devido distanciamento da pr�pria mailbox.

    Hoje recebi uma mensagem l� no jornal que me perturbou. N�o pelo que a mo�a disse, mas pela inacredit�vel ignor�ncia hist�rica e pelo sentimento que revelou -- e vejam que esta � uma pessoa que est� convencida de que n�o tem preconceitos, e que acha que "n�o � anti nada". Agora imaginem o que n�o � a cabe�a de skinheads como os que fotografei em Berlim!
    Li sua coluna. Posso entender seu sentimento, ou a falta dele.
    Nunca achei que voc� pudesse emocionar-se com uma trajet�ria como a desses rapazes.
    Voc� n�o poderia mesmo alcan�ar o cerne da quest�o. Tem revolta.
    Outros tipos de revolta.
    Lembro-me de sua cr�tica ao filme de Mel Gibson sobre a paix�o de Cristo.
    Creio que � judia, se n�o me engano. Deu pra sentir na �poca sua posi��o t�o defensiva.
    Meu av� sempre se perguntava porque aquelas pessoas n�o reagiam, apenas iam e iam de encontro ao que parecia ser seu destino.
    Pessoas de outras nacionalidades lutaram muitos mais por elas que elas mesmas.
    Talvez venha da�, sua heran�a pela falta de sentimento daqueles que lutam a despeito de todas as dificuldades.
    N�o tenho preconceitos nem sou anti nada, antes que me acuse de alguma coisa.
    Apenas entendo porque n�o entrou em seu cora��o a mensagem da luta e da f� para vencer.
    Da cren�a que um sonho pode mesmo tornar-se real e at� ir al�m do pr�prio sonho.
    Sinto muito por voc�. � uma pena que tenha sa�do do cinema com o cora��o t�o frio... mas d� pra entender...

    Cordialmente,

    Paula Nogueira Pires
    Pe�o desculpas a voc�s. Sei que estou fazendo exatamente o contr�rio do que deveria fazer -- ampliando a voz dos idiotas -- mas, �s vezes, a gente sente necessidade de socializar o estresse.





    6.10.05


    Uma historinha de lobo: adorei!

    Mas n�o tem permalink; tem que rolar at� um post chamado Fabularium. �timo blog... :-)






    Por que � que eu n�o tenho uma id�ia dessas?!

    Pegue-se uma p�gina, divida-se em um milh�o de pixels, cobre-se um d�lar por pixel e pronto, comece-se a contar o dinheiro.

    Parece absurdo?

    Pois j� conseguiram vender 276.500 pixels.

    Enquanto isso, aqui estou eu com um novo cheque do Google no valor de US$ 102,30 sem ter id�ia de como fazer para descont�-lo sem perder um grande naco da grana. Vai fazer companhia ao outro, de US$ 103, que est� na gaveta desde janeiro...








    Na estrada da vida, as grandes emo��es

    Eu conheci a Mulher Maravilha: Luzia Caracciolo, que adormeceu para sempre dia 27, aos 91 anos

    Fui finalmente assistir a "Dois filhos de Francisco". Vi com interesse, achei a hist�ria bem contada e gostei dos atores, em especial das crian�as; mas, sinceramente, n�o consigo entender a onda feita em torno do filme, sobretudo do ponto de vista sentimental. Tirando o dueto de Caetano Veloso e Maria Beth�nia em "Tristeza do Jeca", nada, mas realmente nada, me emocionou na produ��o, a anos-luz de "Casa de areia" -- este sim um filme de arrepiar.

    Obviamente � problema meu, porque na sa�da vi v�rias pessoas de olhos vermelhos, visivelmente comovidas. Fiquei com vontade de segur�-las pelo bra�o e pedir: "Me explica, me diz o que h� a� que eu n�o vi, que eu n�o consegui perceber, que me escapou" -- mas essas coisas, � claro, n�o se explicam.

    Para mim, o grande filme sobre m�sica sertaneja continua sendo "Na estrada da vida". Foi feito h� mais de 25 anos por Nelson Pereira dos Santos, conta a hist�ria da dupla Milion�rio e Jos� Rico e, sabe-se l� por qu�, teve pouqu�ssima repercuss�o no Brasil, embora fosse um sucesso imenso na China.

    Neste, que � um dos poucos musicais brasileiros -- no sentido em que a trama vai sendo contada atrav�s da pr�pria m�sica -- os astros s�o Milion�rio e Jos� Rico em pessoa, revivendo o passado de pe�es de obra. Se bem me lembro, a trilha sonora � 100% dos dois, ao contr�rio de "Dois filhos de Francisco", em que brilham sobretudo cl�ssicos sertanejos. O que, diga-se, s� faz bem ao filme.

    Naquela �poca de Bossa Nova, m�sica de protesto e Jovem Guarda, m�sica sertaneja estava longe de ser um "produto" universal. Seu ibope fora da ro�a (que ouvia r�dio mas n�o ia ao cinema) andava perto de zero. Era preciso ter muita coragem para meter a cara e fazer um filme daqueles, n�o fosse Nelson Pereira dos Santos quem �.

    N�o sei se "Na estrada da vida" conseguiu resistir ao tempo. S� o vi quando foi lan�ado, mas t�-lo visto ent�o causou uma mudan�a radical na minha vida -- para melhor. B�pede essencialmente urbana, violinista rec�m-sa�da de uma orquestra, eu n�o tinha id�ia de que, no interior, existia m�sica da qual eu pudesse gostar tanto. A partir dali, corri atr�s do tempo e de um repert�rio que preencheu, no meu cora��o, as lacunas da terra.

    At� hoje gosto de garimpar m�sica fora das paradas, e �s vezes encontro maravilhas. Esta semana mesmo achei "Tropa de osso", do ga�cho Luiz Carlos Borges, que mexeu mais comigo, em quatro minutos, do que "Dois filhos de Francisco" em duas horas.

    * * *

    Talvez eu tenha at� conhecido dona Luzia Caracciolo um pouco antes, mas s� descobri que criatura extraordin�ria era a amiga da Mam�e quando, em 1994, aluguei um carro nos EUA e fui, junto com meu filho Paulinho, assistir ao Campeonato Mundial de Nata��o Masters em Montr�al. Na �poca Mam�e estava com 70 anos e dona Luzia, com 80 -- mas tinham, ambas, muito mais energia do que o Paulinho e eu juntos. Depois de participar das v�rias provas em que estavam inscritas, ainda rodavam pela cidade, curtiam o festival de jazz, aproveitavam a noite.

    O hotel em que est�vamos, reservado atrav�s de uma ag�ncia de viagens bem-intencionada mas mal informada, ficava em plena zona. Paulinho e eu viv�amos de p� atr�s com a vizinhan�a de junkies e tipos esquisitos; Mam�e e dona Luzia apenas achavam que o Canad� era mesmo um pa�s estranho, muito diferente do Brasil.

    Nossa �ltima noite na cidade foi t�pica. Depois de fazer as malas, elas descobriram que ainda precisavam comprar presentes para algumas amigas. Eram tr�s da manh� e, na esquina, havia um misto de drogaria e supermercado 24 horas. Pois l� ficaram as duas, em seus uniformes esportivos, examinando cuidadosamente os v�rios tons de rosa dos batons e esmaltes que queriam, para completo espanto dos habitu�s da casa, cobertos de tatuagens, piercings e correntes. Mal sabiam eles quem eram aquelas velhinhas inocentes, de apar�ncia fr�gil...

    Entre outras gl�rias, dona Luzia foi a primeira mulher a escalar o Dedo de Deus, nos idos de 1933, quando senhoras n�o faziam essas coisas. A energia que a moveu naquela escalada ainda estava muito presente no ano passado, quando, aproveitando uma brecha no Campeonato de Nata��o Masters em Riccione, It�lia, fomos a San Marino, que � uma subida s�.

    Como de h�bito, ela e Mam�e dispararam na frente, enquanto eu seguia atr�s, esbaforida; e como em Montr�al, dez anos antes, a colheita esportiva foi farta. Dona Luzia voltou ao Brasil com cinco medalhas de ouro.

    Na ter�a passada, dia 27, feliz e cheia de id�ias em rela��o � nova casa que constru�a, dona Luzia foi dormir -- e n�o acordou mais. Estava com 91 anos. Vai fazer muita falta no pr�ximo Mundial de Masters, no ano que vem, em S�o Francisco, para o qual j� estava fazendo planos com as amigas, as maravilhosas sereias vintage da nossa nata��o masters.

    Viveu como pouca gente, e sabia disso:

    -- Fiz o que eu queria. Prestei aten��o na vida e fui recompensada.


    (O Globo, Segundo Caderno, 6.10.2005)






    Voc�s me ajudam a escolher um vinho? O primeiro � um Roman�e-Conti, aquele do Lula. ..









    5.10.05


    Estou adorando este Festival!










    Gianni Ratto










    Durante o filme










    A catedral mais feia do mundo










    Quase l�!










    No tr�nsito










    Tou indo...

    Atrasada Atrasad�ssima Atrasad�rrima, como sempre, assistir � estr�ia de A Mochila do Mascate.

    Algu�m sugeriu, num dos coment�rios, discutir a greve de fome de D. Luiz Fl�vio Cappio, que protesta contra a transposi��o do rio S�o Francisco. N�o tenho tempo para escrever com calma sobre isso agora, a quest�o � complexa demais, mas adianto que acho o que ele est� fazendo chantagem emocional -- embora eu seja, em princ�pio, contra qualquer interfer�ncia em grande escala na natureza.

    "Sou contra a transposi��o, vou me matar se voc�s fizerem isso e a culpa da minha morte ser� de voc�s".

    O gesto dele � radical e ousado, e ele tem, claro, todo direito de faz�-lo; mas n�o � assim que se discute, caramba.

    Fui!






    Eu, hein...

    Hoje deu a louca no blog: o template sumiu, sem mais nem menos. Fui ver o que havia, abri a p�gina do dito template e estava tudo l�, direitinho, sem altera��o. Mandei ele se publicar todo novamente, e agora parece que tomou ten�ncia.

    V� entender.






    Netcat, pro Lucas















    Mundo animal

    Nem s� de gatos vive este blog: a� est�o o gamb� que o Paulo Afonso salvou, e a tamanduazinha recolhida pela Luciana Pordeus -- que, pelo visto, vive cercada dos bichos mais lindos e diferentes.

    J� a quero-quero com os tr�s ovinhos foi mat�ria da Zero Hora (obrigada, Celso!):
    "Cena rara de ser vista t�o de perto: a f�mea de quero-quero se deixa fotografar chocando ovos em pleno Parque Marinha do Brasil. Essa esp�cie n�o mede esfor�os para proteger sua cria, mas uma quero-quero fugiu � regra e encontrou um local nada tranq�ilo para chocar seus tr�s ovos: no canteiro central do Green Park - parque de divers�es do Marinha do Brasil, na Capital - em meio � correria das crian�as.

    Durante 45 minutos, o rep�rter fotogr�fico da Zero Hora Ronaldo Bernardi registrou imagens da ave e do ninho. Chegou a ficar a cinco cent�metros de dist�ncia da f�mea. Ela olhava, batia as asas, gritava, mas n�o atacou. O macho sobrevoava o ninho sem dar rasantes.

    A �rea onde a mam�e-ave abriga sua cria h� pouco mais de uma semana foi isolada para garantir a seguran�a dos filhotes. Acabou virando uma atra��o a mais para a crian�ada que freq�enta o parque."
    Confesso que fiquei com muita inveja dos ga�chos, que t�m autoridades interessadas nos passarinhos e cuidando de preserv�-los.

    As daqui, se nem da capivara cuidaram, imagina dos quero-queridos...





    4.10.05


    Algumas leis da ci�ncia

    N�o � novo, mas acho engra�ado...
    Teorema da Propens�o Adesiva dos Materiais:

  • H� dois tipos de esparadrapo: o que n�o gruda e o que n�o sai.

    Lei da Mobilidade A�rea das Part�culas S�lidas:

  • Toda part�cula que flutua no ar sempre encontra um olho aberto.

    Axioma da Administra��o do Tempo:

  • Qualquer tarefa, trabalho ou miss�o leva mais tempo que todo o tempo que voc� disp�e para execut�-la.

    Princ�pio Geral da Perquiri��o Infrut�fera:

  • A melhor maneira de encontrar uma coisa � procurar por outra.

    Corol�rio de Hohmann:

  • Sempre se encontra o que n�o se est� procurando.

    Segundo Princ�pio de Arquimedes:

  • Todo corpo mergulhado em uma banheira faz tocar o telefone.

    Extens�o do Axioma da Imperturbabilidade Irrespons�vel:

  • Se voc� consegue manter o controle quando todos ao redor j� perderam a cabe�a, das duas uma: ou n�o conseguiu entender direito a situa��o ou j� descobriu em quem p�r a culpa.

    Segunda Lei da Gravidade Seletiva:

  • Qualquer esfor�o feito para segurar em pleno ar um objeto que cai, provocar� mais dano do que deix�-lo cair livremente.

    Guia Pr�tico da Ci�ncia Moderna Incluindo as Exatas e a da Computa��o:

  • Se se mexe, � biologia;
  • Se fede, � qu�mica;
  • Se n�o funciona, � f�sica;
  • Se n�o faz sentido, � economia;
  • Se ningu�m entende, � matem�tica; mas...
  • Se n�o se mexe, n�o fede, n�o funciona, n�o faz sentido e ningu�m entende, � inform�tica.






  • Como ainda demoro a ir pra casa, vai foto de telefone mesmo...










    O rev�rve do tropeiro

    Seu Delegado vim trazer meu revorvinho,
    Que eu ganhei do meu padrinho
    Quando me tornei rapaz.
    E h� 30 anos mora na minha cintura, escorando a vida dura
    De tropeiro e capataz.
    Com esse rev�rve nessas ro�a do destino
    J� salvou muito teatino de apanhar sem merecer,
    Botou respeito sem precisar falar grosso,
    Com ele muito arvoro�o
    N�o deixei acontecer.

    Mas deu no r�dio
    Que ningu�m pode andar armado,
    E no rumo do povoado
    Vim tirando a conclus�o,
    Que fiquei louco ou n�o entendi a not�cia,
    Pois pensei que a pol�cia
    Desarmava era ladr�o.

    "� mundo v�io, que t� virado,
    Seu Delegado, preste aten��o:
    V� se devorve o rev�rve do tropeiro,
    Vai desarmar desordeiro
    E deixe em paz o cidad�o!"

    (BIS)

    Seu delegado, se um ladr�o bater na porta
    Devo fugir pela outra?
    Me arresponde, sim senhor!
    E se um safado me desrespeitar uma filha,
    Quem vai defender a fam�lia
    Do homem trabalhador?
    � muito f�cil desarmar quem � direito,
    Quem tem nome e tem respeito,
    Documento e profiss�o,
    Muito mais f�cil que desarmar vagabundo,
    Desses que andam pelo mundo fazendo mal-cria��o.

    Pra bagunceiro
    O Pa�s t� encomendado, o povo t� "desdomado"
    E quem manda faz que n�o v�,
    Nosso governo,
    Quem tem que prender n�o prende,
    N�o vigia, n�o defende
    Nem deixa ser defender!

    "� mundo v�io, que t� virado,
    Seu Delegado, preste aten��o:
    V� se devorve o rev�rve do tropeiro,
    Vai desarmar desordeiro
    E deixe em paz o cidad�o!"

    (BIS)

    "V� se devorve o rev�rve do tropeiro,
    Vai desarmar desordeiro
    E deixe em paz o cidad�o!"

    - Piriska Grecco
    Est� rolando na rede; o Tom me mandou e logo em seguida o Cat. Algu�m sabe onde encontrar a m�sica?






    Cobertura completa!

    O Lucas fez fotos da cerim�nia da WSPA, e postou no seu (dele) blog, AQUI; e com v�rias fotos!






    A trabalho










    Na C�mara










    Adeus a Emilinha










    Adeus a Emilinha










    O coleguinha querido Sidney Rezende, tamb�m homenageado










    No sal�o nobre










    Adeus a Emilinha










    No Centro










    �s carreiras...!













    E, com voc�s... Caetano!

    Caetano, para quem n�o est� acompanhando o bate-papo dos coment�rios, � o quadrupinho da Teresa Amorim, de Portugal.

    Nos �ltimos dias, a Teresa viveu a ang�stia existencial de tosar ou n�o o bichinho, que estava com o pelo da barriga todo embara�ado. Depois de ouvir os mais diversos palpites, acabou levando o pobre Caetano ao sal�o de beleza -- de onde, como todo gato que se preza, ele voltou humilhado e ofendido.

    E, ainda por cima, com um lacinho vermelho!

    Teresa, por favor, tranq�ilize o Caetano: diga a ele que, tosado ou n�o, ele �, definitivamente, um gato. Em todos os sentidos!






    "Quando todas as armas forem propriedade do governo, este decidir� de quem ser�o as outras propriedades."

    Atribu�do a Benjamin Franklin, mas n�o consegui comprovar a autoria.






    Keaton










    Bearlim!



    Mais um albinho: a cole��o de fotos dos Buddy Bears, uma esp�cie de "Cow Parade" berlinense feita com ursos em vez de vacas.

    Cada um � pintado por um artista diferente, e eles s�o espalhados pela cidade. Pode-se comprar ursos em branco para pintar a gosto e p�r em frente de casa ou da loja, ou reprodu��es dos ursos "oficiais" em esculturinhas pequenas.

    � claro que eu n�o resisti e comprei uma miniatura do urso com o mapa da cidade...

    (O t�tulo eu roubei de um coment�rio da leila l� no Flickr...)





    3.10.05










    Algumas imagens

    As fotos desta coluna estão divididas, vocês notaram, em três blocos: à esquerda as da Kodak V550, aqui em cima as do Sony-Ericsson W800 e, à direita, as incríveis noturnas da Fuji Finepix Z1.

    O W800, como todo celular, é ideal para “roubar” fotos: duvido que os três tipos faceiros que encontrei no metrô em Berlim se deixassem fotografar prazeirosamente. Mas com o W800 no colo, olhando para o outro lado, cliquei à vontade enquanto permaneceram a bordo; quando saíram, eu tinha dez fotos imprestáveis e umas quatro boazinhas.

    Impressionante também foi a macro da joaninha que, garanto, era mesmo pequetitinha.

    Em relação às fotos feitas com a Fuji, vale ressaltar um detalhe: todas foram feitas à mão livre, digamos assim, sem qualquer ponto de apoio; a da ponte sobre o Danúbio, aliás, foi feita de dentro de um barco, que balançava razoavelmente.

    Sinceramente? Eu mesma fiquei admirada. Êta maquininha valente!


    (O Globo, Info etc., 3.10.2005)

    Update: Prontinho, povo, a� est�o as imagens. Esta madrugada o Blogger estava fora do ar. Consegui subir os textos pelo w.bloggar, mas quem diz que conseguia fazer qualquer outra coisa? �s cinco e tanto joguei a toalha. Agora voltou tudo � normalidade. Uf!

    Boa semana para todos!







    Companheiros de viagem

    O notebook, as duas câmeras de hábito (Sony P200 e Panasonic Lumix FZ20), o telefone (Samsung D500) e três aparelhos para testar: um celular Sony-Ericsson W800, e as câmeras Fuji Finepix Z1 e Kodak V550. Mais, naturalmente, os cabos e conectores para todos. Este foi, basicamente, o conteúdo da minha bagagem de mão durante as férias.

    Depois de fazer a foto acima, empacotei todos os meus companheiros de viagem para devolvê-los aos fabricantes --- e só aí me lembrei de como teria sido interessante fazer a foto de todo mundo junto, isto é, eles e respectiva cabaiada.

    Abrir as caixas novamente, porém, estava além da minha paciência, de modo que vocês vão ter que se contentar com a descrição por escrito: era muita tralha!

    Imaginem: um conector e um cabo de força para cada aparelho, com a agravante de que tanto a Kodak quanto a Fuji precisam de bases de apoio, como os Palms; o headphone do W800; mais os cabos do notebook, das minhas duas câmeras e suas baterias e cartões extra, mais adaptadores para tomadas européias e, pelo sim pelo não, cabos para rede e telefone.

    Em cada máquina de Raio-X nos aeroportos o povo olhava para mim com espanto; nos EUA, provavelmente, eu estaria presa até agora, dando explicações sobre o equipamento.

    O "sacrifício", porém, vale a pena: há poucas circunstâncias melhores para testar equipamento do que viagem. O Sony-Ericsson, por ser a minha principal fonte de comunicação com o mundo, foi o mais malhado. Portou-se às mil maravilhas, e me convenceu de que é um dos melhores celulares atualmente disponíveis, sobretudo para quem quer fotografar (são dois megapixels!) e ouvir música (tem um player ótimo, cartão de 512Mb, som de primeira e os melhores headphones que já usei.

    Nem só de megapixels, porém, vive o W800 -- que, como seu irmão mais velho K750i, tem a melhor câmera digital de todos os celulares do momento, uma autofocus de verdade, que faz closes incríveis, paisagens e tudo o mais que se quer de uma câmera digital, em alguns casos com resultados francamente surpreendentes.

    Há concorrência séria no horizonte com o Nokia N90, mas este ainda não está disponível. O preço do W800 varia de acordo com planos e operadoras.

    A grande surpresa ficou com a Fuji. Quando peguei a Finepix Z1 e deslizei a tampa para tirar a primeira foto, pensei: "Isso não vai dar certo". A câmera é linda, mas a lente fica no canto superior esquerdo do aparelho, exatamente onde apoio o indicador — que, dito e feito, saiu na primeira meia dúzia de imagens. Mas, em pouco tempo, eu já estava acostumada com o detalhe, e nos demos muito bem.

    A Finepix Z1 é leve, pequena e discreta: cabe no bolso de um jeans, característica não desprezível no Rio, onde não convém dar bandeira com equipamento. A bateria é excelente, o visor maravilhoso vocês já viram na capa e ela é uma câmera ligeirinha, que não perde tempo "pensando"; assim, está sempre a postos. À primeira vista, estranhei também a falta de uma rosca para tripé; porém, ela provou funcionar tão bem à noite que, na verdade, dá até para esquecer o clássico tripezinho de mesa que todo usuário de câmera digital deveria levar consigo.

    As fotos diurnas são boas, mas não chegam a chamar a atenção; se você é da noite, no entanto, e não dispensa um acessório estiloso, esta é a câmera dos seus sonhos. Ela tem 5.1Mp, zoom óptico 3x e sai a R$ 1.600.

    Já a Kodak V550, outra pretinha básica incrivelmente bonita, mais ou menos do mesmo tamanho da Finepix (nenhuma ultrapassa as dimensões de um baralho) também me surpreendeu, mas por outro aspecto: a qualidade dos filminhos que faz. Pela primeira vez na vida gostei de flmar com uma câmera digital. Os filmes são feitos em 640 x 480, em MPEG4, e saem de fato muito bons, com um detalhe extra: as imagens podem ser isoladas em stop-motion, funcionando bem como fotos em still. Muito interessante!

    Como câmera fotógrafica, a V550 tem, como as Kodak em geral, um acabamento de grande qualidade. Vem com as famosas lentes Schneider-Kreuznach com que a Kodak equipa seu topo de linha, é gostosa na mão, tem um display claro e de ótima visibilidade e resposta rápida, melhorando muito este ponto fraco da marca. Ela tem bons recursos para quem gosta de ter controle sobre a imagem, mas para quem quer apenas se divertir, sem se preocupar com comandos, é um parque de diversões: basta clicar o indicador de cenas, no alto da câmera, e escolher entre as 18 possibilidades apresentadas, das clássicas “esporte” e “macro” a minúcias como “texto”, “festas”... Se nada servir, use a opção “personalizar”, e crie a configuração que bem entender.

    Esta câmera de 5Mp e zoom 3x é uma pequena paixão, que tem tudo para agradar a todos. Custa cerca de R$ 1.800.

    (O Globo, Info etc., 3.10.2005)






    Agora essas duas vivem assim, na almofada









    2.10.05


    E l� vamos n�s de novo!










    E agora, o que veremos?










    Para variar...










    Que nuvens baixas! Que frio! N�o d� vontade de s air de casa.










    Bom dia!










    A festa










    Direto da festa da tenda!









    1.10.05


    A guardi� do pr�dio










    Festival










    Agora deszoomado: bem impressionante!










    O zoom do Nokia










    Ela n�o � linda?!










    � disso que o gato gosta, � isso que o gato quer...










    Keaton e Pipoca no batente










    Tati ajudando no trabalho