30.6.05


Catiripapo

Do Cat:
  • Cena 1:

    Almo�ando num restaurante a quilo, nesses em que sentam desconhecidos � mesma mesa, puxo conversa com uma senhora. O assunto entra na inform�tica e ela me diz que � cobra no assunto e que sua m�quina em casa � poderosa: "Meu filho, s� pra voc� ter uma id�ia, o meu megabyte tem 40 gibas."

  • Cena 2:

    Aqui no pr�dio, uma outra senhora me viu em algum programa falando sobre internet e me interpelou: "Ah, eu vi o senhor na TV. Me tira uma d�vida? Onde � que eu compro essa internet mangalarga?"







  • N�o tem pre�o!

    Depois de ver a sele��o l� deles perder para a nossa na Copa das Condfedera��es, e de ver o River perder para o S�o Paulo na Copa Libertadores, o Ol� argentino jogou a toalha.

    Eles podem at� n�o ter futebol, mas pelo menos t�m senso de humor... :-D







    Tu te lembras da casinha pequenina?

    H� um Brasil maior do que tudo isso que a� est�;
    os assassinos, por�m, andam soltos entre n�s



    Uma paisagem verde, um p� de caqui vermelho de frutas, uma vaca pastando, dois homens conversando numa varanda ao entardecer -- e a casa, digna, bonita, estalando de limpa. Eu nunca tinha ouvido falar em Xanxer�, no interior de Santa Catarina, at� minha filha voltar de l� trazendo essas imagens evocativas numa pequena c�mera digital. Passei muito tempo olhando para a casinha t�o brasileira, admirando cada detalhe, feliz em encontrar numa foto t�o singela o ant�doto emocional para a sujeirada que Bras�lia nos despeja aos baldes sobre a cabe�a, dia ap�s dia. Publiquei as fotos no blog.

    * * *

    "Cora, eu nasci numa casinha exatamente assim, l� no Paran� -- escreveu L�cia Latorre. -- Minha m�e mora at� hoje numa casinha exatamente igual. Tamb�m l� no Paran�. A foto da varanda com os dois homens sentados lembra meu pai que era ferreiro e meu irm�o, igualmente ferreiro de profiss�o. E eu sempre tive vergonha de morar em casa de madeira, meu sonho era acordar e ver uma parede de tijolo. O ch�o da casa que aparece lustroso e limpinho, � porque desde cedo a gente aprendia a encerar o ch�o. A cera era feita com tablete Santo Antonio derretido com meio litro de gasolina, que a gente esquentava no fog�o a lenha.

    Vendo essas fotos eu chorei. Porque hoje tenho uma casa de tijolo como eu queria, grande, bonita, mas n�o sou feliz como era naquele tempo. Eu poderia at� ser feliz hoje, mas por que ser� que n�o sou?

    Venho aqui todos os dias, mas nunca escrevo porque tenho vergonha ou receio de cometer erros de portugu�s. Mas obrigada por devolver meu passado. Hoje mesmo liguei para minha m�e e vou visit�-la semana que vem."

    Alexandre Ribondi, o amigo querido de Bras�lia que escreve t�o bem, respondeu:

    "L�cia, l� na serra do Esp�rito Santo, de onde eu sou, por causa dos imigrantes italianos, alem�es e poloneses, tem muita casa assim. E o que ficou grudado na minha mem�ria � o ch�o eternamente brilhante. Quando minha m�e ia passar o pano, eu me sentava nele e, fazendo peso para lustrar bem, ainda brincava de deslizar pela casa, desviando-me das quinas dos m�veis.

    Em dia de encerar tamb�m, as cortinas das portas internas eram amarradas para ficarem suspensas. Um dia, meu irm�o do meio tentou me enforcar no n�, o que provocou um alvoro�o igual a galinheiro invadido por gavi�o.

    E lembra das roupas, como eram branquinhas, lavadas com boneca de anil? E na sua casa tinha ling�i�a pendurada num pau em cima do fog�o � lenha para defumar? Tinha horta onde, quando a m�e mandava ir pegar alface, a m�o da gente congelava com o frio de uns dois graus? Eu me lembro do cheiro de broa, de mandioca cozida, de p�o preto com mel em cima, de polenta.

    Nem se trata de ser mais ou menos feliz que hoje ou algum dia por vir. � que era bonito demais. E, olha, fica pra sempre."

    Foi um fim-de-semana nost�lgico, com amigos que n�o se conhecem trocando lembran�as de inf�ncia, hist�rias de um pa�s que, apesar de tudo, insiste e resiste por si mesmo, alheio a mensal�es, a tesoureiros milion�rios e a deputados corrompidos at� o osso; um pa�s onde ser chamado de ladr�o ainda � ofensa, onde honra n�o � figura de ret�rica e onde o ch�o brilha porque � assim que tem que ser. Como disse o Cesar Valente, l� de Florian�polis:

    "O Brasil, a gente sabe, mas esquece de vez em quando, � maior e melhor que seus pol�ticos e seus governantes."

    * * *

    H� dois anos, no dia 24 de julho de 2003, lamentei, aqui, a sorte de Gustavo Damasceno, morto ao volante de seu Uno Mille por um bando de cretinos que batiam pega na Vieira Souto em carr�es importados. Como era de se prever, nada aconteceu aos assassinos do rapaz correto, trabalhador. Depois de destruir uma fam�lia, armaram-se de bons advogados e hoje simplesmente n�o se fala mais neles, assim como em breve n�o se falar� mais neste Ioannis Amora Papareskos, o troglodita que j� est� de volta �s ruas, amparado pela justi�a dos ricos.

    Infelizmente, n�o h� casinha em Xanxer� que baste para a gente engolir este outro Brasil, que perdeu por completo a no��o do que � certo e do que � errado.

    Para a desembargadora Rosita de Oliveira Neto, matar um senhor que estava calmamente aproveitando a manh� n�o parece ser raz�o suficiente para manter algu�m atr�s das grades; afinal, passado o porre monumental do u�sque, das quatro vodcas e das sete cervejas, o assassino de Cl�udio Mazzei Moniz � um ser humano como outro qualquer.

    Suzanne Richthofen, aquela flor dos Jardins, tamb�m �: seu advogado acha um absurdo manter encarcerada uma pessoa de bons antecedentes s� porque matou a m�e e o pai. Como ela � loura, fez escova progressiva e tem uma conta banc�ria de �ltimo tipo, o STJ concordou com ele.

    Grande, grande suspiro. A gente faz o que pode para amar este pa�s, mas �s vezes, sinceramente, fica dif�cil: n�o h� reserva de ternura que consiga sobreviver a tanta safadeza.

    (O Globo, Segundo Caderno, 30.6.2005)





    29.6.05
















    Al�?! Click!

    H� duas semanas estou usando um Sony Ericsson K750i como c�mera e telefone. Isto �: com exce��o de um fim-de-semana na Bahia (onde foram feitas algumas dessas fotos), sai todos os dias sem c�mera, o que, para mim, al�m de parecer temeridade, cria tamb�m algo pr�ximo � s�ndrome de abstin�ncia.

    Devo dizer, por�m, que, ao longo desse tempo, o telefoninho cumpriu �s mil maravilhas o que dele se esperava ou, pelo menos, o que dele exigi: tem uma tela clara e brilhante, viva-voz, um bom r�dio, um bom player de MP3, acesso � web, games bacaninhas. O som, tanto das campainhas quanto da m�sica, podia ser um pouco mais alto; mas isso � s� detalhe.

    O quente do K750i � mesmo a c�mera, que entra em a��o assim que se abre a tampa traseira que cobre a lente -- e que � mesmo uma c�mera, com auto-foco, macro e alguns controles manuais. E que, como qualquer c�mera, se usa na horizontal. Um bot�o na lateral do celular (modo fone) vira disparador no modo c�mera. Como em qualquer outra digital, ele tamb�m precisa ser pressionado levemente antes do clic para fazer foco; e, imaginem que del�cia, pode-se at� ouvir o mecanismo interno da lente em a��o, zzz? zzz, procurando a imagem ideal.

    � luz do dia, esta � quase sempre perfeita. A reprodu��o de cores � muito fiel, e praticamente n�o h� distor��o ou perda de nitidez nos cantos. Em ambientes internos e � noite, naturalmente, ele enfrenta maiores dificuldades.

    Para objetos pr�ximos, pode-se recorrer ao photo light, esp�cie de flash que, inclusive, pode ser de grande valia em casos de apag�o; mas sua luz � fria, e a tend�ncia � compens�-la com tons excessivamente alaranjados. Isso pode ser corrigido desabilitando-se o modo autom�tico do controle de branco.


    A c�mera permite fazer fotos grandes (1632 x 1224), m�dias (640 x 480) e pequenas (160 x 120), em modo normal, panor�mico (grande barato!), com 24 moldurinhas tipo cartoon ou num burst de quatro imagens, �timo para fotografar cenas de a��o, crian�as, animais de estima��o e o que mais teime em se mexer no momento decisivo. H� ainda um modo noturno, temporizador e efeitos b�sicos, como P&B, s�pia, negativo e um "clarear" que parece solarizador.

    O produto de tantas variantes pode ser guardado na mem�ria interna do telefone ou em cart�es Memory Stick Duo, que atualmente v�o at� 2Gb. A interface � �tima e traz um help providencial para a maioria das fun��es, o que torna o manual praticamente desnecess�rio.

    O K750i, um candy-bar t�pico com um design conservador, bate um bol�o. Pesa cerca de cem gramas, tem bateria de �tima dura��o e -- impressionante! -- � o primeiro telefone que eu uso que, na maioria dos casos, consegue substituir satisfatoriamente uma c�mera b�sica.


    (O Globo, Info etc., 27.6.2005)





    28.6.05


    Quem canta seus males espanta

    O Moreno fez uma sele��o de mel�s da crise. Est� t�o boa que n�o resisti e roubei algumas (quase todas...) para c�:

  • Jos� Dirceu pra Lula:

    Chega de tentar dissimular e disfar�ar e esconder
    O que n�o d� mais pra ocultar e eu n�o posso mais calar
    J� que o brilho desse olhar foi traidor
    E entregou o que voc� tentou conter
    O que voc� n�o quis desabafar e me cortou...

  • Lula pra Z� Dirceu:

    J� lhe dei meu corpo, minha alegria
    J� estanquei meu sangue quando fervia
    Olha a voz que me resta
    Olha a veia que salta
    Olha a gota que falta
    Pro desfecho da festa...

  • M�rcio Thomaz Bastos pra Del�bio:

    Se tu falas muitas palavras sutis
    E gostas de senhas, sussurros, ardis
    A lei tem ouvidos pra te delatar
    Nas pedras do teu pr�prio lar
    Se trazes no bolso a contraven��o
    Muambas, baganas e nem um tost�o
    A lei te vigia, bandido infeliz
    Com seus olhos de raio-x
    Se vives nas sombras, freq�entas por�es
    Se tramas assaltos ou revolu��es
    A lei te procura amanh� de manh�
    Com seu faro de dobermann
    E se definitivamente a sociedade s� te tem
    Desprezo e horror
    E mesmo nas galeras �s nocivo
    �s um estorvo, �s um tumor
    A lei fecha o livro, te pregam na cruz
    Depois chamam os urubus
    Se pensas que burlas as normas penais
    Insuflas, agitas e gritas demais
    A lei logo vai te abra�ar, infrator
    Com seus bra�os de estivador


  • Genoino pro Del�bio:

    Vou pedir pra voc� ficar
    Vou pedir pra voc� voltar
    Eu te amo
    Eu te quero bem...

    Quando a gente ama n�o pensa em dinheiro
    S� se quer amar
    Se quer amar
    Se quer amar
    De jeito maneira
    N�o quero dinheiro
    Quero amor sincero...


  • Mensal�o para Roberto Jefferson:

    Negue o seu amor
    O seu carinho
    Diga que voc� j� me esqueceu
    Pise machucando de mansinho
    Este cora��o que ainda � teu
    Diga que o meu pranto � covardia
    Mas n�o se esque�a
    Que voc� foi meu um dia...


  • Marcos Val�rio pra Roberto Jefferson:

    Quebrei o teu prato, tranquei o meu quarto
    Bebi teu licor
    Arrumei a sala, j� fiz tua mala
    Pus no corredor...


  • PT pro Del�bio:

    Hoje n�o existe nada mais entre n�s
    Somos duas almas que se devem separar
    O meu cora��o vive chorando e minha voz
    J� sofremos tanto
    que � melhor renunciar...


  • Chico Alencar para o PT:

    Meu partido � um cora��o partido
    E as ilus�es est�o todas perdidas
    Os meus sonhos foram todos vendidos
    T�o baratos que eu nem acredito
    Que aquele garoto que ia mudar o mundo
    Freq�enta agora as festas to "grand monde"
    Meus her�is morreram de overdose
    Meus inimigos est�o no poder
    Ideologia, eu quero uma pra viver...


  • Lula pra Roberto Jefferson:

    N�o, eu n�o posso lembrar que te amei
    N�o, eu preciso esquecer que sofri
    Fa�a de conta que o tempo passou
    E que tudo entre n�s terminou
    E que a vida n�o continuou pra n�s dois
    Caminhemos, talvez nos vejamos depois...


  • PMDB pro PT:

    Se voc� cr� em Deus
    Erga as m�os para os c�us
    E agrade�a
    Quando me cobi�ou
    Sem querer acertou
    Na cabe�a
    Eu sou sua alma g�mea
    Sou sua f�mea
    Seu par, sua irm�
    Eu sou seu incesto (seu jeito, seu gesto)
    Sou perfeita porque
    Igualzinha a voc�
    Eu n�o presto...


  • Sarney pra Lula:

    Pode ir armando o coreto
    E preparando aquele feij�o preto
    Eu t� voltando

    P�e meia d�zia de Brahma pra gelar
    Muda a roupa de cama
    Eu t� voltando...


  • Aldo pra Lula:

    Nosso amor que eu n�o esque�o, e que teve o seu come�o
    Numa festa de S�o Jo�o
    Morre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilhete,
    sem luar, sem viol�o
    Perto de voc� me calo, tudo penso e nada falo
    Tenho medo de chorar...


  • Gushiken pra Z� Dirceu:

    Eu sei que eu tenho um jeito
    Meio est�pido de ser
    E de dizer coisas que podem magoar e te ofender
    Mas cada um tem o seu jeito
    Todo pr�prio de amar e de se defender
    Voc� me acusa e s� me preocupa
    Agrava mais e mais a minha culpa
    Eu fa�o, e desfa�o, contrafeito
    O meu defeito � te amar demais


  • Lula pro Del�bio:

    Voc� abusou
    Tirou partido de mim
    Abusou
    Tirou partido de mim
    Abusou
    Tirou partido de mim
    Abusou...


  • Janene pro Mensal�o:

    N�o vejo mais voc� faz tanto tempo
    Que vontade que eu sinto
    De olhar em seus olhos, ganhar seus abra�os
    � verdade, eu n�o minto

    E nesse desespero em que me vejo
    J� cheguei a tal ponto
    De me trocar diversas vezes por voc�
    S� pra ver se te encontro

    Voc� bem que podia perdoar
    E s� mais uma vez me aceitar
    Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perd�-la

    Agora, que fa�o eu da vida sem voc�?
    Voc� n�o me ensinou a te esquecer...


  • Del�bio pro PT:

    Desculpe o au�
    Eu n�o queria magoar voc�
    Foi ci�me, sim
    Fiz greve de fome, guerrrilhas, motim
    Perdi a cabe�a
    Esque�a..

    Da pr�xima vez eu me mando...
    Por voc� vou roubar os an�is de Saturno


  • Roberto Jefferson pro Congresso:

    Eu minto, mas minha voz n�o mente
    Minha voz soa exatamente
    De onde no corpo da alma de uma pessoa
    Se produz a palavra eu
    Dessa garganta, tudo se canta
    Quem me ama, quem me ama
    Adeus, meu olho � todo teu
    Meu gesto � no momento exato
    Em que te mato...






  • #$%^@*!!!

    Argh!!!!!!!!!!!

    Minha m�quina est� bichada. O sistema est� devagar quase parando, o Word trava e fecha a cada segunda palavra digitada, nada se mexe.

    * suspiro *





    27.6.05


    At� � vista, amigos!







    Matou a pau

    Mill�r, na Veja:
    No Congresso, s� porque n�o est�o se vendendo, alguns se acham de esquerda. E alguns, s� porque se acham de esquerda, acham que n�o est�o se vendendo






    1001001

    N�mero de pageviews que o Nedstat estava marcando ainda agora; ele foi instalado em 24 de agosto de 2002.






    Zoooooooom!

    Na DP Review, tudo sobre a nova Canon S2 IS, a mais nova c�mera com zoom �ptico 12x.

    Ta� uma que estou doida para ver...








    A pedidos

    O Tom e o Lucas pediram fotos da Keaton estudando hidrologia. No entanto, sendo, como �, um gato, Keaton jamais faz exatamente o que se espera dela; e nem quis saber de redemoinhos.

    Em compensa��o, passou o dia se divertindo com o chuveirinho do bid�.

    Ao contr�rio do resto da Fam�lia Gato, Keaton adora �gua, e sai encharcada de cada sess�o de estudos.

    (Tirando a barriguinha raspada, ela n�o est� uma gracinha?)





    26.6.05


    Frases de cinema

    L� na Meg, eterna Musa Inspiradora, Fada Madrinha e Grande M�e dos blogs.BR, h� um bom papo sobre aquelas falas de filme que todo mundo adora.

    Frankly, my dear, I don't give a damn!, do Rhett Butler, em "E o vento levou", foi eleita favorita numa lista americana. Eu, por�m, estou com a Meguita: para mim, Nobody's perfect!, �ltima frase de "Some Like it Hot" (Quanto mais quente melhor), dita pelo Osgood, � imbat�vel.

    Mas h� tantas falas maravilhosas! Qualquer filme do Woody Allen tem pelo menos meia d�zia.

    E agora mesmo eu estava assistindo com a Bia, pela en�sima vez, a "Groundhog Day" (Feiti�o do tempo), e revi uma fenomenal, quando o guarda rodovi�rio informa ao Bill Murray que est�o fechando a estrada por causa de uma tempestade de neve.

    -- O senhor tem duas op��es: ou volta j� para Punxsutawney ou morre congelado! Ent�o, vai fazer o qu�?

    (longa pausa)

    --- Estou pensando.

    Ali�s, a Meg fez anos dia 23 e a cabe�a de vento que vos tecla se esqueceu da Magna Data, pode isso?!


















    Lembran�as de viagem

    Mais uma leva de fotos da Bahia!

    Quando as fiz, estava muito preocupada com a c�mera: digitais s�o super-sens�veis � maresia -- perdi uma Olympus boazinha h� alguns anos, num cen�rio justamente assim -- e, desta vez, fiz a besteira de n�o embrulhar a m�quina num saco pl�stico, que � o procedimento que passei a adotar para essas ocasi�es.

    A �gua estava rasinha e muito limpa, de modo que pude fotografar o caranguejo do alto; mas devo confessar que fiquei meio chocada quando percebi que ele estava comendo... outro caranguejo!

    Que canibal, francamente.

    Ah, sim: o azul que aparece nas fotos do bem-te-vi n�o � a cor da �gua, mas o reflexo do c�u. Show, n�?

    Bom restinho de domingo proc�s!





    25.6.05




    Fotos no Blogger.com

    Est� explicada a mudan�a do sistema de upload de fotos que reparei ontem ou ante-ontem: o Blogger.com liberou geral. Agora todos os usu�rios podem subir imagens � vontade, sem precisar recorrer ao Picasa ou ao Hello.

    Na parte superior da moldura da caixa de edi��o h� dois novos �cones, um quadrinho e uma folha de papel; basta clicar neles para que se abram janelas de di�logo para fazer o upload.

    O quadrinho permite centralizar a foto, alinh�-la � direita ou � esquerda. Tamb�m permite subi-la em tamanho pequeno, m�dio ou grande (embora o Blogger, irritantemente, n�o diga quais s�o as medidas desses tamanhos), ou inserir imagens encontradas em outros sites. A folhinha de papel corresponde ao velho sistema em que se subia a foto sem maiores frescuras.

    O bom � que � tudo di gr�tis, com direito a 300Mb em disco, o que d� texto e figurinha �s pampas.

    Paradoxalmente, os antigos usu�rios do Blogspot Plus, que podiam subir fotos e ainda podem usar FTP, continuam reduzidos aos seus antigos limites, que andavam a� pelos 100Mb.

    O meu nem desconfio de quanto seja; lembro que h� um ou dois anos o internETC. bateu com a cabe�a no teto e o Jason (Shellen; um dos criadores do Blogger, que conheci aqui no Rio) me deu uma ampliada legal no espa�o.

    Enfim -- boas figurinhas, pessoas! e bom fim-de-semana para todos.

    O nosso, aqui em casa, j� est� garantido com a volta da Keaton...

    :-)












    Conversas com Keaton

    Kitinha teve alta!

    Finalmente est� em casa de vez, n�o precisa mais voltar para a cl�nica. Ainda tem que tomar uns rem�dios, e temos que usar um spray num pontinho que n�o cicatrizou de todo, mas aos poucos volta ao seu humor habitual.

    Ontem quando cheguei do jornal me espichei no ch�o para brincar com a Fam�lia Gato, como fa�o sempre que tenho um tempinho, e ela veio conversar; eu estava com a c�mera na m�o conferindo umas fotos, aproveitei e flagrei o nosso bate-papo.

    Quer dizer: virei uma papparazza do-it-yourself.

    Quanto � Keaton (ou "Quiton", como escreveram nos pertences dela na cl�nica) est�, neste exato momento, imersa nos seus estudos de hidrologia, uma das suas �reas favoritas de conhecimento.

    Fica na pia horas, tapando o ralo com a pata, que, de repente, levanta no ar para ver a �gua fazer redemoinho.

    Soube que, no Oriente, o redemoinho roda para o outro lado, e n�o se cansa de pensar nisso.





    24.6.05


    Efem�rides

    Ah, e saibam todos que hoje, dia 24 de junho, � o Dia Mundial dos Discos Voadores!






    Uh?

    Recebi um release que diz assim:
    Programa��o cultural:
    Gretchen no Dama de Ferro!
    Ent�o t�, n�.










    Paulinho e Emilia foram juntos a um baile fantasia Anos 50: n�o ficaram bonitinhos? (pergunta a m�e e v� coruja, toda prosa)

    Completando: Esqueci de dizer, n�o s� estavam lindos como, ainda por cima, ganharam o concurso de dan�a!

    Com trof�u e tudo!!!





    23.6.05



    Clic!

    O Blogger acaba de mudar o sistema de upload de fotos... ainda n�o sei se melhorou ou n�o. Descobri isso ao subir esta foto maravilhosa; o texto que a acompanhava dizia que o bombeiro havia acabado de salvar a cadelinha de um inc�ndio. Fui checar a hist�ria, que me pareceu meio lenda urbana.

    Pois � extamente o caso: meio lenda.

    A foto, feita em 1999 por Pattrick Schneider do "Charlotte Observer", � aut�ntica; a legenda que a acompanha n�o.

    O bombeiro, chamado Jeff Clark, de fato ajudou a apagar um inc�ndio na casa onde morava Cinnamon, ent�o gr�vida de cinco filhotes; mas ela escapou das chamas sozinha. Quando Clark sentou-se no gramado para descansar, Cinnamon tascou-lhe um beijo.

    Enfim -- lenda urbana ou n�o, a foto � campe�, n�?

    Hmmmmm... acho que n�o gostei do novo sistema de upload n�o.






    Atentados contra a Cria��o

    Os podres da pol�tica talvez passem, mas a vida
    demora bem mais a se refazer


    At� outro dia, "Purificar o Suba�" era, para mim, apenas uma can��o bonita de Caetano Veloso. Uma can��o forte, que fala ao cora��o de quem preza o meio-ambiente, mas, ainda assim, solta no espa�o, como tantas outras que denunciam atrocidades que nos revoltam -- l� longe. N�o mais. No �ltimo fim-de-semana estive em Santo Amaro da Purifica��o, no Rec�ncavo Baiano, e conheci este pobre Suba�, que corta, com suas �guas negras, a paisagem de sonho.

    O rio foi assassinado por empresas produtoras de �xidos de chumbo que, ao longo de 33 anos, faturaram US$ 450 milh�es �s custas da sa�de e da beleza de uma regi�o paradis�aca. A �ltima empresa foi fechada em 1993, mas a essa altura, a quantidade acumulada de lixo t�xico ultrapassava 500 milh�es de toneladas, e a contamina��o se espalhara por toda a parte.

    Hoje ou�o a grava��o inigual�vel de Maria Beth�nia em "Brasileirinho", penso naquelas �guas tristes e fico com o cora��o apertado; mal imagino a revolta que n�o atravessa a alma de quem conheceu um Suba� l�mpido e cheio de vida, vendido aos malditos por trinta dinheiros.

    * * *

    Santo Amaro j� foi evidentemente rica e elegante. A prosperidade deixou sua marca nas duas lindas igrejas, na pra�a bonita, nos detalhes caprichados das casas antigas.

    Na esteira do envenenamento do Suba�, veio o inevit�vel decl�nio econ�mico. A �rea empobreceu econ�mica e esteticamente; as velhas casas cheias de personalidade deram lugar �queles caixotes sem estilo que, infelizmente, tanta gente pelo Brasil afora ainda interpreta como "arquitetura moderna".

    H� um bom estudo sobre o caso em subae.notlong.com.

    Apesar disso, Santo Amaro continua ador�vel, hospitaleira e gentil, com seu ritmo atemporal de interior, sua profus�o de �rvores frut�feras e seu ar de festa que, desconfio, seja mais permanente do que as bandeirinhas juninas que saudam os visitantes.

    As maldades que lhe fizeram a tornaram fr�gil mas, coitadinha, tamb�m mais querida.

    * * *

    O Jockey Club, como todo mundo sabe, � um dos lugares mais chiques do Rio. Situado num ponto privilegiado da G�vea, tem uma arquitetura impec�vel, uma vista extraordin�ria, uma programa��o das mais variadas -- e uma diretoria sem princ�pios e sem cora��o, que h� anos luta para acabar com os gatos que l� s�o abandonados.

    Se n�o fosse por Ana Yates, raro exemplo de cidadania e dignidade no lama�al em que o pa�s inteiro parece chafurdar, os pobres quadrupinhos j� estariam extintos: como uma Erin Brockovich da causa felina, ela luta h� anos, praticamente sozinha, contra todos os obst�culos que o poderio do Jockey p�e em seu caminho. J� foi � prefeitura, � justi�a, aos jornais; tudo em v�o. Tenta, desesperadamente e por seus pr�prios meios, dar �s criaturinhas que ainda l� sobrevivem um m�nimo de conforto, mas, ultimamente, nem isso lhe permitem mais fazer.

    Tenho certeza de que a maioria dos s�cios do clube n�o sabe do que acontece �s suas costas. Pe�o-lhes: leiam a carta que me foi enviada por Lilian Queiroz, outra abnegada defensora de bichos, e cobrem a vida e o sofrimento desses animaizinhos � diretoria. N�o sejam coniventes com este crime!

    "Recebi uma liga��o desesperada da Ana Yates, contando que Lucinda, Rita e Rose, as volunt�rias de Vila Isabel que ainda t�m permiss�o para alimentar os gatinhos confinados, estiveram hoje no Jockey Club e voltaram arrasadas. No "gatil", mais uma vez, n�o havia uma vasilha com �gua, e nem vest�gios dela. Os gatos estavam famintos. Alguns mutilados, provavelmente pelos maus tratos da captura, precisando urgentemente de tratamento veterin�rio. No casebre, o quadro era dantesco: filhotinhos presos em gaiolas sem �gua e sem ra��o, tr�s gatos desesperados dentro de caixas de transporte, um gato trancado com cadeado num dos quartinhos, com toda certeza nas mesmas condi��es, ou seja, sem �gua ou ra��o. A este �ltimo n�o puderam alimentar ou dar �gua por n�o terem conseguido a chave do cadeado.

    Rose se desesperou, gritou, discutiu e talvez seja proibida tamb�m de entrar l� novamente, como aconteceu com outras protetoras. Disse que n�o ag�enta mais, nem tem condi��es emocionais para ver tanto sofrimento.

    Gente, at� quando isso vai ficar assim impune?! Tantas vidinhas j� se foram, tanto sofrimento! E ainda est�o querendo arquivar o processo contra o Jockey... N�o sei mais a quem recorrer, � tristeza demais!"

    Vale lembrar que esta � c�mara de horrores que o secret�rio de Promo��o e Defesa dos Animais, Victor Fasano, quer adotar para toda a cidade: no dia 19 de maio, ele declarou, em entrevista, que "no Jockey, os gatos est�o agora sem doen�as e bem-nutridos. Sem controle, eles n�o podem receber medicamento com regularidade".

    � poss�vel lev�-lo a s�rio?!


    (O Globo, Segundo Caderno, 23.6.2005)





    22.6.05


    Parem o mundo...

    Gente, ser� que n�o h� uma boa not�cia em lugar algum?!

    Nada, coisa nenhuma, nem um pontinha de qualquer acontecimento que mere�a j�bilo ou comemora��o?!

    Vejam s� o que acaba de chegar � minha mailbox:
    SOS PARA DOIS CACHORRINHOS!!!

    Dois cachorrinhos est�o sendo mantidos presos, sem �gua ou alimento, na Faculdade de Veterin�ria da UFF (Universidade Federal Fluminense), em Niter�i, em frente ao Instituto Vital Brasil, para serem utilizados em aula pr�tica de t�cnicas cir�rgicas amanh�, quinta-feira.

    Embora saibam que a Lei 9.605/98 proiba a experimenta��o em animais em todo o territ�rio nacional quando h� m�todos alternativos, e de terem conhecimento que existem m�todos alternativos ao uso de animais, a UFF alega n�o ter dinheiro para utilizar alternativas.

    H� algo definitivamente errado na forma��o �tica de veterin�rios que matam para aprender a operar os que se prop�em a salvar. Imaginem se todo estudante de medicina tivesse que assassinar uma ou duas pessoas em �timo estado de sa�de para aprender a operar seus futuros pacientes...

    SOCORRO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    SOS para estes c�ezinhos!!! Advogados, veterin�rios, ONGs, protetores, pessoas de bem em geral:

    VAMOS IMPEDIR ESSE CRIME!

    � URGENTE!!!

    Os coitadinhos ser�o mortos amanh�!!!!






    Madre Teresa

    Em Roma o homem comungou s� assim, do nada, e teve a cara de pau de dizer que n�o tem pecado; agora ningu�m tem mais autoridade moral e �tica do que ele neste pa�s.

    Obviamente j� se esqueceu, ou acha que nos esquecemos -- o que � pior -- de que passou um cheque em branco para o parceiro Roberto Jefferson; para citar apenas o fato mais recente.

    H� tempos, quando o Lula ainda estava em campanha, o Mill�r disse que a ignor�ncia lhe subiu � cabe�a.

    Antes fosse s� isso.








    Que popularidade, hein?

    N�o, crian�as, este celular n�o pertence ao Felipe Dylon, mas a um amigo meu cliente da Claro.

    O rapaz � bonito, simp�tico e popular, mas n�o tanto...





    21.6.05























    Santo Amaro

    Santo Amaro da Purifica��o j� foi rica e elegante. A prosperidade deixou sua marca nas duas lindas igrejas, na pra�a bonita, nos detalhes caprichados das casas antigas.

    Um dia veio o progresso, que envenenou o rio Suba� e a alma da cidade (bem como um n�mero incerto de cidad�os). As casas antigas cheias de personalidade vieram abaixo, dando lugar aos caixotes sem estilo que, infelizmente, tanta gente por este Brasil afora interpreta como "arquitetura moderna".

    Ainda assim, continua hospitaleira e am�vel, com um ritmo bom de interior, uma profus�o de �rvores frut�feras e um ar de festa que, desconfio, seja mais permanente do que as bandeirinhas juninas que me saudaram.

    Gostei demais.






    O secret�rio se manifesta

    Deu no Globo:
    "H� tr�s semanas tenho sido alvo de cr�ticas da jornalista Cora R�nai sobre o meu trabalho na Secretaria Especial de Promo��o e Defesa dos Animais (Sepda). Como todo democrata e a favor da liberdade de imprensa, sou pass�vel de cr�ticas, positivas ou n�o. Elas enriquecem qualquer trabalho.

    N�o fui convidado para o cargo por ser artista, mas pelo trabalho que h� mais de 20 anos realizo em defesa do meio ambiente e da preserva��o de esp�cies animais amea�adas de extin��o.

    Em seu primeiro artigo, "Tempo de ratos" (26/5), a colunista descreve-me como um assassino de animais. J� em 2/6, voltou ao tema, sob o t�tulo "Tempo de ratos II" -- outra agress�o. No artigo seguinte (9/6), "Pagando mico -- O secret�rio Fasano viaja para S�o Francisco", mira sua metralhadora j� n�o sobre o meu trabalho com animais, mas na viagem que fiz aos EUA representando o governo da cidade do Rio de Janeiro no encontro realizado pela ONU para comemorar o Dia Internacional do Meio Ambiente.

    N�o conhe�o a jornalista. Nunca fui procurado por ela para que pudesse se informar sobre o que fazemos na Sepda."

    Victor Augusto Duarte Fasano
    secret�rio especial de Promo��o e Defesa dos Animais
    Algumas observa��es:

  • N�o � por ser "democrata" e "a favor da liberdade de imprensa" que Victor Fasano � pass�vel de cr�ticas, mas sim por ser funcion�rio p�blico, trabalhando para o povo do Rio de Janeiro e dele recebendo o seu sustento;

  • A carta enviada pelo secret�rio � reda��o tinha pelo menos tr�s vezes o tamanho do que foi publicado; ocuparia, sozinha, quase metade da se��o de cartas do jornal. Em toda a extens�o do texto, no entanto, ele n�o esclarece que fim est�o levando os gatos do Rio e n�o d� um �nico exemplo do que tem feito � frente da Sepda;

  • No que depender de mim, Victor Fasano continuar� sem me conhecer. Cr�nica n�o � reportagem, mas sim a opini�o do cronista; ora, eu n�o preciso conhecer Victor Fasano para saber o que penso dele e do seu trabalho � frente da Sepda -- a respeito do qual, n�o obstante, tenho um fluxo intermin�vel de informa��es. Os volunt�rios que trabalham com animais no Rio de Janeiro, que dedicam suas vidas aos bichos e que merecem meu mais profundo respeito e admira��o, me informam sobre a Sepda; os pobres gatinhos torturados do Jockey me informam sobre a Sepda; os 94 gatos desaparecidos do Jardim do M�ier, os 12 gatos velhinhos desaparecidos do Rio Sul, os 15 gatos "emprestados" pela Sepda, as centenas de gatos mortos e desaparecidos em toda a cidade me informam sobre a Sepda; o aumento espantoso de ratos verificado no M�ier, na Praia do Flamengo, na H�pica, no Arpoador e por toda a parte me informa sobre a Sepda; aquele pobre cavalo agonizante que foi not�cia no jornal de segunda-feira me informa sobre a Sepda.

    A essa altura do campeonato, a �nica informa��o que eu queria mesmo ter sobre a Sepda seria a da sua extin��o, ou muito em breve, al�m dos ratos, n�o haver� um �nico animal nas ruas da minha cidade.





  • 20.6.05


    Moblog

    Deixei meu moblog pra l� h� tempos, por uma s�rie de raz�es:

  • A webcam do Rio que eu adorava m�-rreu, e a fotinha da Lagoa me pareceu uma boa substituta para a vista do Flamengo;

  • O Flickr funciona muito bem para subir imagens, ainda mais porque manda as fotos direto para o blog, e n�o para a barrinha a� ao lado;

  • E, finalmente, o pr�prio Textamerica estava devagar demais, complicado demais para navegar.

    Agora, por causa de um post da Rosana Hermann, a Querida Blogueira, que precisou do link e veio pesc�-lo aqui, dei um pulo at� l�.

    Pois n�o � que o site deu uma melhorada e tanto?

    Est� mais �gil, mais "naveg�vel", mais f�cil de usar e entender. Ainda est� longe do ideal, mas deixou de ser a selva ingrata que era.

    N�o sei se vou voltar a postar fotinhas l�; na verdade, desde que abandonei o meu fiel telefonino pela sucess�o de celulares que ando testando, tenho postado pouqu�ssimas fotos direto do telefone.

    A quest�o � que tudo isso � pr�tica e familiaridade, e eu n�o tenho passado tempo suficiente com telefone nenhum para que essas tarefas virem segunda natureza.

    Acho que vou ter que repensar a minha vida telef�nica.











  • Cenas dom�stiCATs

    Keaton foi ao vet, tomou soro, reclamou muito e voltou para casa.

    Ainda n�o est� de alta: n�o pode comer muito por causa da pancreatite, nem pouco demais por causa do perigo da lipidose.

    Ainda tem que voltar algumas vezes ao vet, mas melhora a olhos vistos: j� sobe sozinha na janela, voltou a ajudar no trabalho com o computador e reclama dos percal�os da celebridade.

    Reina a paz.






    Deu no Blue Bus

    Um dos leitores do Blue Bus mandou um email para l� a respeito do Caso Nova Schin. Pode ser, por n�o ser -- mas a verdade � que eu ainda n�o tinha pensado nisso por esse �ngulo.
    "Outro dia uma leitora do Blue Bus fez uma brincadeira com o problema da Schin perguntando no final se iria faltar cerveja. Parece que vai. E mais. Parece que este pa�s saiu da impunidade total para a receita americana de prender antes para ver se tem culpa depois.

    N�o tem o menor sentido p�r em risco o emprego de milhares de pessoas, a viabilidade econ�mica de uma importante empresa nacional e a sanidade financeira de dezenas de fornecedores em nome de uma poss�vel sonega��o de impostos.

    Se h� problemas com impostos, entrem com uma a��o na Justi�a e pronto. O que n�o d� � prender 70 pessoas e deixar sete f�bricas ac�falas em nome de uma moralidade que est� longe de ser regra neste pa�s (....)". (Wander Cairo Levy)





    19.6.05



    :-)))

    Olhem s� quem acaba de chegar...!

    Kitinha veio passar a noite em casa -- e, a meu ver, est� MUITO melhor!

    Est� naturalmente contrariada e desconfort�vel com a agulha do soro que continua presa � pata -- bem coberta por esparadrapo -- mas est� bem espertinha.

    Temos que aliment�-la de hora em hora, e ela, felizmente, protesta com bastante energia.

    Amanh� volta para a cl�nica para continuar o tratamento, mas o que esta casa est� alegre neste momento nem vos conto...

    Em tempo: desculpem a falta de not�cias, mas passei a sexta e o s�bado fora, sem acesso � internet.





    16.6.05


    Keaton

    Segundo o dr. Jaime, Kitinha est� bem. Est� tranq�ila, numa gaiola grande onde h� um pipicat para ela e para onde levamos uma das caminhas de gato aqui de casa de que ela gosta muito.

    Mas quem eu fiquei mais satisfeita de ouvir hoje foi o Julio, o enfermeiro, que me passou duas informa��es muito boas: Keaton rosnou quando cuidaram do corte na barriguinha -- que j� est� praticamente OK -- e o vet est� contente.

    A situa��o ainda � cr�tica, mas este rosnado me deixou muito feliz: at� ontem ela estava t�o caidinha que nem isso fazia.

    Ah, sim: desculpem a� s� estar falando nisso, mas eu realmente estou meio sem foco no resto das coisas. Fora a Fashion Rio, que toma um tempo enorme -- mas, felizmente, diverte um bocado. Estou devendo este post.






    Posta restante

    Aos amigos que me mandaram emails por esses dias: desculpem a falta de educa��o, mas, como voc�s sabem, as coisas andam complicadas por aqui.

    Vou responder a todos na primeira brecha que o tempo me der, OK?

    Muito carinho para todos -- voc�s s�o mesmo tudo de bom... :-)







    O triunfo dos blogs

    Assim como, no outro dia, no auge da crise, o presidente Lula confessou que o que realmente o fez sofrer foram os angustiantes minutos do jogo contra a Argentina, eu confesso que, durante todo o depoimento do deputado Roberto Jefferson, o que realmente mexeu comigo foi a rapid�ssima refer�ncia que ele fez ao blog do Noblat; mais precisamente, ao "blig" do Noblat, posto que assim se chamam os blogs do IG. Uma refer�ncia comum, normal, como a refer�ncia a qualquer outra forma de comunica��o bem conhecida, como r�dio, jornal ou televis�o.

    * * *

    Fiquei encantada. Como nerd , como blogueira de primeira hora, como leitora de blogs e crente incondicional do blog como ferramenta de democracia e de comunica��o, a id�ia de que um deputado j� possa se referir a um blog sem precisar explicar � na��o o que ele � me encheu de orgulho e de contentamento: chegamos l�!

    � claro que teria sido mil vezes melhor ver esta maravilha da internet ser al�ada ao centro da vida pol�tica brasileira em circunst�ncias mais nobres e atrav�s de um arauto com melhores antecedentes e maior credibilidade; se eu pudesse escolher, certamente preferiria o outro Jefferson, o Peres, que � uma figura digna e correta ? mas tamb�m n�o se pode ter tudo...

    Afinal, h� um ou dois anos era quase imposs�vel encontrar esta palavra, blog, sem um par�nteses ao lado, explicando que, apesar da fama de di�rios de adolescentes, blogs tamb�m s�o usados por n�o-adolescentes para fins eventualmente s�rios. Nos EUA eles chegaram � maturidade naquele 11 de setembro de horrenda mem�ria; no Brasil s�o discutidos h� tempos e, aqui no GLOBO, j� foram at� incorporados � nossa edi��o online.

    Ainda assim, acho que a refer�ncia no depoimento do deputado ? feita num momento hist�rico, para um pa�s paralisado diante da TV, e consagrada nas �reas de coment�rio ? pode ser considerada um marco.

    * * *

    Nos blogs mais populares, as �reas de coment�rio correspondem a verdadeiras mesas de botequim virtuais, onde, todos os dias, batem ponto pessoas com interesses mais ou menos parecidos, sejam esses interesses pol�tica e economia ou cerveja e mulheres peladas. Como na "vida real", � normal que, em momentos de crise, todos corram para discutir uns com os outros o que est� acontecendo.

    A din�mica das �reas de coment�rios � curiosa: como em qualquer botequim de esquina, as pessoas v�o se conhecendo aos poucos e percebendo, no bate-papo cont�nuo, o seu pr�prio potencial de comunica��o. Muita gente chega t�mida e fica calada por meses a fio; outros erram o tom, quebram garrafas e acabam expulsos da comunidade.

    N�o raro, os melhores comentaristas partem para carreiras solo, abrindo seus pr�prios "botequins" -- blogs que j� nascem com uma pequena audi�ncia cativa, e que crescem ou desaparecem de acordo com a persist�ncia e a pauta do autor.

    A internet � uma rede de conversas, um mar de vozes, onde s� fica sozinho quem quer. Neste burburinho incessante, o importante � n�o deixar a peteca cair.

    * * *

    Do blog do Moreno, meu querid�ssimo coleguinha da sucursal de Bras�lia, resumindo o depoimento do deputado Roberto Jefferson:

    "Antes de se saber se a oposi��o conseguiu ou n�o acuar o governo, fica a constata��o de que o pr�prio Congresso, os partidos e a pol�tica em geral sa�ram perdendo. Um jogo feio, sujo, triste e que n�o d� muitas esperan�as ao povo."

    * * *

    Acabou, finalmente, o julgamento do Michael Jackson. E acabou, pelo menos a meu ver, da forma certa: com a absolvi��o daquele pobre freak , que com certeza tem menos culpa no cart�rio do que uma m�e que deixa o filho na sua (dele) companhia. Pensem bem: voc�s deixariam seus filhos pequenos, de qualquer sexo, em companhia de Michael Jackson?!

    Tenho pena dele, que nunca teve uma vida normal e que, na verdade, nunca cresceu. N�o acredito que busque a companhia de meninos por pedofilia, mas sim por uma quest�o de n�vel mental: � dif�cil dizer o que Michael Jackson, mas ele definitivamente n�o � um adulto plenamente respons�vel por seus atos.

    Teria sido mais justo que tivesse sido processado -- e ido em cana -- quando apareceu expondo um beb� na janela, perigosamente; como um irm�o mais velho, digamos, levaria uma bronca se fizesse isso com o mais novinho.

    J� quanto aos pais e m�es que deixaram os filhos passar a noite em Neverland, n�o tenho qualquer d�vida: esses deveriam, no m�nimo, perder a posse das crian�as.

    (O Globo, Segundo Caderno, 16.6.2005)





    15.6.05


    Keaton

    Voltei para casa �s tr�s e tanto. Gosto muito de andar pelas ruas de madrugada, mas hoje estava aflita demais: queria estar em casa h� tempos, fazendo companhia � Keaton.

    Ela voltou da cl�nica � noite, enquanto eu estava no jornal.

    Tirou as ataduras, mas est� caid�ssima, e continua com v�mitos e diarr�ia. Ronrona quando a gente fica perto dela; quando abre os olhinhos, faz a cara mais triste que se possa imaginar.

    Logo mais volta para o vet, para ficar no soro de novo.

    Apesar de toda a racionaliza��o poss�vel, n�o consigo deixar de me sentir horrivelmente culpada por ter deixado que fosse operada.

    Se o pior acontecer, n�o vou me perdoar nunca.

    Update:

    Keaton fez uma ultrassonografia e o vet descobriu o motivo da diarr�ia e do v�mito -- pancreatite. Isso quer dizer que ela vai continuar internada, no soro, porque, durante os pr�ximos dias, n�o poder� se alimentar de nada para n�o sobrecarregar o p�ncreas.



    Amigos, voc�s est�o sendo maravilhosos: as palavras e o carinho de todos t�m sido um grande alento. Muito obrigada, de cora��o.






    Sic transit

    Fui para o jornal � tarde com uma coluna prontinha, e planos de passar pela fashion Rio antes de voltar para casa. Mas a refer�ncia do Roberto Jefferson ao blog do Noblat n�o me sa�a da cabe�a; para mim, esta refer�ncia -- feita perante um pa�s paralisado diante da TV, por um excelente comunicador plenamente consciente disso -- foi, sem d�vida, um marco na hist�ria dos blogs.

    Independentemente de quem seja o Roberto Jefferson ou do que ele estivesse ou n�o dizendo, a quest�o �: h� um ano ou dois, ningu�m teria coragem de falar em blog para uma audi�ncia t�o grande sem explicar o que � blog.

    Quem, ent�o, seria louco o suficiente para, em plena fogueira, parar tudo para explicar uma palavra importada?!

    Imaginem:

    "Conforme nota no blig do Noblat -- blig sendo a forma como s�o conhecidos os blogs do IG, um provedor de internet gr�tis; blogs sendo p�ginas pessoais na internet, que t�m este nome por causa dos di�rios de bordo... bl� bl� bl�..."

    Resultado: a tal coluna prontinha foi para a gaveta, onde vai ficar guardada, quem sabe, para a semana que vem. Os planos para a Fashion Rio foram para o espa�o. E eu acabei atravessando parte da noite na reda��o, batucando uma coluna sobre isso que acabei de dizer.





    14.6.05


    O Eco

    Sabem O Eco, aquele �timo jornal online sobre meio-ambiente? Ent�o: (com sotaque paulista, por favor; obrigada) tem uma entrevista minha l� essa semana.

    Aviso aos navegantes, por�m, que ela � grande. Meeeeeesmo: tanto que, por enquanto, s� foi ao ar a primeira parte, em que falo da lagoa, da capivara, do s�tio e do esp�rito ecol�gico dos meus pais.

    Adorei o t�tulo: De porta-voz de capivara a detetive em Veneza. :-)






    Haja ventilador

    Roberto Jefferson � um canalha. Este ponto j� foi estabelecido. Acontece que ningu�m sabe de canalhices melhor do que um canalha.

    "Provas", no sentido de papel timbrado, assinado e carimbado em cart�rio, ele n�o apresentou; mas a tranq�ilidade e a seguran�a com que citou endere�os, nomes e datas foi impressionante -- e, acho eu, bastante convincente.

    No mais, c� entre n�s: algu�m ainda precisa de "provas" para saber como funcionam -- como sempre funcionaram -- as coisas nesse pa�s?!

    Em tempo: Ser� que eles n�o se d�o conta de como � rid�culo se chamarem uns aos outros de "Nobre Deputado"?! Quem � verdadeiramente "nobre" naquela casa?!

    Houaiss: nobre -- que merece respeito por seus m�ritos e qualidades; digno, ilustre, em�rito.






    Todo poder aos blogs!

    Roberto Jefferson, que est� dando um depoimento histri�nico, im-per-d�-vel, acaba de citar o blog do Noblat como fonte: afinal, foi l� que apareceu o depoimento de uma secret�ria confirmando que ajudava a empacotar o dinheiro do mensal�o.





    13.6.05


    Fora, Fasano!

    Amanh� tem protesto: �s 15h30, na SEPDA de Botafogo, por ocasi�o da posse da Comiss�o Carioca -- composta por algumas ONGs escolhidas pelo secret�rio de Promo��o e Defesa dos Animais (huahauhauhauhauha!)-- demais ONGs e protetores prop�em-se a dar sua opini�o sincera sobre o trabalho de Victor Fasano & Co.

    O hor�rio � p�ssimo, parece escolhido especialmente para desestimular o comparecimento � solenidade, mas pelo menos uns dois ou tr�s "Fora, Fasano!" o alcaide -- que, dizem, estar� presente � cerim�nia -- vai ouvir.

    Por falar nisso: voltei a ter boa refer�ncia das ouvidorias municipais, onde aparentemente trabalham funcion�rios concursados, e n�o apaniguados do prefeito de plant�o. Portanto, pessoas, volto a sugerir: mandem suas queixas para l�, de prefer�ncia bem documentadas mas pouco verbosas, OK?

    Ah, sim: aos interessados em participar do protesto, o endere�o � Rua S�o Clemente, sem n�mero, em frente � Rua Real Grandeza, pr�ximo ao Batalh�o da PM.

    Recado dos organizadores:
    Pessoal,

    Essa manifesta��o ser� de grande importancia. Cesar Maia estar� l�.

    Foi nossa iniciativa -- de Bianca, Luiz e Barbara -- esta manh�, convocar a todos para podermos nos confrontar com o GRANDE RESPONS�VEL por estes meses de sofrimentos, para n�s e principalmente para nossos bichanos.

    N�o deixem de comparecer, n�o deixem de prestar seu apoio e mostrar ao CM sua indigna��o.

    Grandes abra�os,

    Bianca de Lena, Luiz Fontenelle e Barbara Ribeiro






    Ufa!

    Acabou, finalmente, o julgamento do Michael Jackson. E acabou, pelo menos a meu ver, da forma certa: com a absolvi��o daquele pobre freak, que com certeza tem menos culpa no cart�rio do que uma m�e que deixa o filho na sua (dele) companhia.

    Pensem bem: voc�s deixariam seus filhos pequenos, de qualquer sexo, em companhia de Michael Jackson?!

    Tenho muita pena dele, que nunca teve uma vida normal e que, na verdade, nunca cresceu. N�o acredito que busque a companhia de meninos por pedofilia, mas sim por uma quest�o de n�vel mental: � dif�cil dizer o que Michael Jackson, mas ele definitivamente n�o � um adulto plenamente respons�vel por seus atos.

    Acho que Jackson deveria ter ido em cana quando apareceu com o beb� na janela, isso sim; como um irm�o mais velho, digamos, levaria uma bronca se fizesse isso com o mais novinho.

    J� quanto �s m�es e pais que deixaram os filhos passar a noite em Neverland, n�o tenho qualquer d�vida: deveriam, no m�nimo, perder a posse das crian�as.








    Minha amiga N�vea Semprini, que tem uma fam�lia gato das mais simp�ticas, faz lindos S�o Franciscos gateiros em papel mach�: as figurinhas t�m sempre um gatinho no colo, �s vezes um ou mais gatinhos aos p�s.

    Eles s�o �timos presentes para quem gosta de gato; e tenho a impress�o de que, se algu�m quiser um S�o Francisco c�ozeiro, ela faz tamb�m. O email para encomendas � semprinivea@hotmail.com.





    12.6.05





    Keaton

    Hoje passei o dia com a Keaton. O p�s-operat�rio dela n�o est� sendo nada f�cil: como alguns pontos ainda n�o fecharam e a �rea mais mexida est� inchada, n�o pode tirar o curativo de todo, nem deixar de tomar o antibi�tico; est� com v�mito e diarr�ia, e amanh� vai cedo para o vet para ficar no soro.

    Ao longo da semana, ela foi � cl�nica dia sim dia n�o para trocar as ataduras. Como sempre fez a vida inteira, assim que v� o carregador aqui em casa, foge imediatamente; mas, na cl�nica, j� aprendeu que a sacola azul significa "carona para casa" -- e corre para l� assim que a soltam.

    Est� magrinha e desconfort�vel, e eu estou com muita pena da minha queridinha.

    Update: Keaton vai dormir no vet. O dr. Jaime prefere assim, porque ela pode ficar no soro, e eles podem cuidar melhor da parte que est� inflamada no ferimento, aparentemente contaminada por urina. Pelo menos ela est� sem nenhuma atadura, o que j� � um al�vio.

    Mais uma vez, muito obrigada a todos voc�s, amigos, pela energia positiva!






    Pat�tico � pouco

    Eu nunca tinha visto o P�nico, este programa que todo mundo acha o m�ximo. Pois estou vendo agora, e deve haver algo muito errado comigo, porque simplesmente n�o consigo ver nenhuma gra�a nos dois "g�nios" do comando.

    N�o entendo o que h� de t�o extraordin�rio em humilhar pessoas, gozar suas caracter�sticas f�sicas e, de modo geral, intimidar todo mundo com a amea�a de um esc�ndalo em rede nacional. Isso n�o � humor, � chantagem.

    Eu s� queria ver esses dois "her�is" fazendo o seu n�mero covarde com os atletas antes de um campeonato mundial de luta livre.









    Dos coment�rios

    Cora, eu nasci numa casinha exatamente assim. L� no Paran�. Minha m�e mora at� hoje numa casinha exatamente igual. Tb l� no Paran�. A foto da varanda com os dois homens sentados lembra meu pai que era ferreiro e meu irm�o igualmente ferreiro de profiss�o.

    E eu sempre tive vergonha de morar em casa de madeira, meu sonho era acordar e ver uma parede de tijolo.

    O ch�o da casa que aparece lustroso e limpinho, � porque desde cedo a gente aprendia a encerar o ch�o. A cera era feita com tablete Santo Antonio derretido com meio litro de gasolina, que a gente esquentava no fog�o a lenha.

    Vendo essas fotos eu chorei. Porque hoje tenho uma casa de tijolo como eu queria, grande, bonita, mas eu n�o sou feliz como era naquele tempo. Eu poderia at� ser feliz hoje, mas por que ser� que eu n�o sou?

    Venho aqui todos os dias, mas nunca escrevo porque tenho vergonha ou receio de cometer erros de portugu�s.

    Mas obrigada por devolver meu passado.

    Hoje mesmo liguei para minha m�e e vou visita-la semana que vem.

    Grata

    Lucia Latorre

    Lucia, uma pessoa que escreve com tanto sentimento n�o tem perigo de errar. Quando vi essas fotos, fiquei muito tempo olhando para a casa, t�o arrumada, digna e bonita: um lar de gente de bem.

    A felicidade, bom, essa acho que nunca est� onde esperamos; o importante � olhar em volta com aten��o e ver onde se esconde, n�o no passado ou no futuro, mas aqui e agora. Ou mais pra frente a gente periga olhar pra tr�s, e pensar que era feliz e n�o sabia...

    D� um grande abra�o na sua m�e por mim; aproveite a linda casa de madeira, o ch�o limpinho, o cheiro da lenha e do caf�.

    Um beijo!

    Cora





    11.6.05


    Ilus�o de Movimento

    Ilus�o de cinema

    Em 1986, um homem volta para a desconsolada cidade de Rosario, na Argentina, para retomar a vida interrompida sabe-se l� por qu�. � sua espera est�o a velha casa quase abandonada, os antigos amigos, uma vaga namorada e o filho que, descobre-se, foi retomado pela av� materna da fam�lia que o adotara quando algo aconteceu � m�e nos por�es da ditadura. O qu�? Quando? Como? Onde?

    "Ilusi�n de movimiento" (no original), longa de estr�ia do diretor Hector Molina, deixa uma s�rie de perguntas suspensas no ar, o que n�o seria de todo mau se a a��o tamb�m n�o se perdesse no limbo das boas inten��es cinematogr�ficas.

    O que se pretende inovador e inobtrusivo acaba se revelando apenas alienante e confuso. Apesar das possibilidades dram�ticas da hist�ria, em nenhum momento o filme cria no espectador qualquer empatia pelos personagens; a aproxima��o entre pai e filho, que poderia ser delicada e comovente, � um t�dio s�.

    Que garoto poderia se interessar por aquele mala? E que homem poderia sentir qualquer afeto por aquele garoto sorumb�tico? Depois de muito bocejar, o Bonequinho saiu contente do cinema, feliz por n�o ter mais que conviver com tais chatos.

    (O Globo, Rio Show, 10.6.2005)






    A Pedra do Reino

    Eu devia ter 20, 21 anos; j� tinha devorado umas duas ou tr�s bibliotecas, e lia tudo o que me ca�a em m�os. Pois um dia caiu "A Pedra do Reino", de Ariano Suassuna: quase 800 p�ginas que comecei a ler meio distra�da, e que me agarraram de jeito.

    Na �poca, todo o universo criado por Suassuna estava muito presente na minha vida. Eu estava morando em Bras�lia, no que at� hoje considero uma esp�cie de ex�lio; o que tornava a cidade suport�vel eram os amigos, v�rios deles nordestinos e envolvidos com o Movimento Armorial.

    Durante um tempo, que n�o sei quanto durou, vivi mergulhada naquele romance fabuloso (em todos os sentidos). Acordava, almo�ava e jantava pensando naquele mundo, ao mesmo tempo agreste e refinado, t�o diferente de tudo o que havia lido at� ent�o.

    Quando terminei, fiquei t�o desconsolada de ter acabado que, imediatamente, recomecei tudo de novo.

    Que A Pedra do Reino tenha ficado vinte anos fora de cat�logo � uma vergonha nacional. Ao longo desses anos todos me batia, volta e meia, a amargura de entrar numa livraria, ver tanta porcaria � venda e n�o encontrar o meu velho e maravilhoso amigo.

    Como se pode roubar de tanta gente a conviv�ncia com um dos melhores livros jamais escritos no pa�s?!

    Finalmente, h� uns dois ou tr�s meses, saiu uma nova edi��o do livro -- e hoje o Prosa e Verso traz uma �tima entrevista com Suassuna. Leiam, e depois, se posso dar um conselho, leiam tamb�m o romance.

    � grande e � "dif�cil", mas � uma aventura intelectual inesquec�vel.






    Os otimistas

    Que tem doido pra tudo eu sei, mas �s vezes ainda me espanto. N�o � que uma turma pretende mudar a �rbita do planeta convencendo gente ao redor do mundo a pular junto, ao mesmo tempo?!

    A id�ia � que o impacto pode amenizar a quest�o do aquecimento global. O dia e a hora j� est�o marcados: 20 de julho do ano que vem, 11.39.13 GMT.

    E, querem saber? Acho que vou participar... :-)





    10.6.05


    A sa�da

    O Emerson, que manda muito bem, encontrou a sa�da ideal para a crise: devolvermos o Brasil para Portugal!

    Al�m das vantagens pol�ticas e morais �bvias, h� outras: passar�amos todos a ter passaporte comunit�rio e a ganhar em euros, os D�o seriam vinhos nacionais e, quem sabe, nossos times disputariam a Champions League e a Copa da UEFA.

    A se pensar mesmo.

    O �nico problema � que acho muito dif�cil Portugal aceitar a devolu��o...






    "O Lula falou em cortar da pr�pria carne. Tomara que seja da l�ngua. Tomara." (Cl�udio R�bio)





    9.6.05


    Ana Yates avisa:

    Hoje, o Dr. Wanderley Rebello Filho, presidente da Comiss�o do Meio Ambiente , da OAB-RJ estar� no programa da TVE "Direito em Debate" falando sobre Direito Ambiental. Hoje o tema do programa � s� meio ambiente. Eu e um grupo de defensores de animais cariocas tivemos o privil�gio de conversar com esse advogado e ele � realmente e seriamente comprometido com a defesa do meio ambiente, incluindo a FAUNA URBANA, que tanto nos tem preocupado e feito sofrer.

    Creio que ele tentar� tocar no assunto dos gatos que est�o sumindo de suas col�nias aqui no Rio, da Secretaria (SEPDA), etc. Fiquem ligados! Tentem fazer perguntas. TVE, Canal 2, Programa Direito em Debate.

    SALVO ENGANO meu, come�a �s 22H ou 22:30H.
    Vale lembrar que o dr. Wanderley Rebello Filho combate o bom combate, dando apoio jur�dico �s ONGS e protetores de animais de rua em sua luta contra a prefeitura.







    Pagando mico

    O secret�rio Fasano viaja para S�o Francisco


    Isto foi ouvido l� em S�o Francisco, onde, certo dia, brilhou Oscar Wilde:

    "Conclusion (!): A dificuldade de acesso a Florestas como as da regi�o da Amaz�nia, as Africanas Equatoriais, aquelas localizadas no Sudeste da �sia, Australasia, Papua New Guine, etc. tendem em inibir o acesso de pessoas comuns a essas magn�ficas �reas.

    Levando em considera��o que a Floresta da Tijuca e os ecossistemas do seu entorno localizam-se no centro do Rio de Janeiro, quase dividindo-o em dois, eles s�o de fato vizinhos muito pr�ximos e simp�ticos dos habitantes da cidade.

    Com a defini��o legal das futuras fronteiras do Parque e de suas diversas �reas, pretendemos triplicar o seu tamanho atual, fazendo com que as pessoas abracem qualquer causa que os eduque e ajude a amar a �rea.

    O fato da Est�tua do Cristo Redentor e o P�o de A��car ficarem h� apenas 15 minutos de dist�ncia de qualquer Hotel na beira das famosas praias de Copacabana e Ipanema.

    Essa enorme biodiversidade explica a urg�ncia de tornar aplic�veis os documentos da Agenda 21, de acordo com a Conven��o da Diversidade Biol�gica."

    Samba do ecologista doido? Pesquisa escolar? Pegadinha da internet? Nada disso. � a conclus�o (conclusion) da apresenta��o feita por Victor Fasano, secret�rio municipal de Promo��o e Defesa dos Animais (!), em encontro organizado pela ONU para comemorar o Dia Internacional do Meio-Ambiente. O congresso, que reuniu prefeitos de cem diferentes cidades, teve, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura do Rio, "o objetivo de promover e estimular o conhecimento de programas e projetos referentes � utiliza��o e preserva��o do Meio-Ambiente, como tamb�m definir pol�ticas e a��es p�blicas". Para nossa desgra�a,Victor Fasano, representante do Rio de Janeiro (!), levou uma vers�o da apresenta��o em ingl�s. Rubra de vergonha, nem vou comenta-la. Ou melhor, comento.

    Depois de ter feito duas colunas sobre o trabalho (?) de Fasano � frente da Sepda, eu planejava, sinceramente, esquecer. Mas como acontece com toda a a��o p�blica deste pa�s, basta que se levante uma pontinha do tapete, para descobrir que embaixo do tapete tem outro tapete, numa tape�aria sem fim de mutretas e mesquinharias. Por isso, na minha cabe�a, a cada dia h� novas perguntas que n�o querem calar. Vamos l�.

    Para in�cio de conversa:

    1) Quanto custou isso aos cofres p�blicos?

    2) Se o congresso era importante (e era!), por que o secret�rio municipal de Meio-Ambiente, Ayrton Xerez, n�o foi nos representar?

    3) Se o congresso n�o era importante, por que gastar o rico dinheirinho dos contribuintes?

    4) Se o prefeito C�sar Maia considera que Ayrton Xerez n�o tem compet�ncia nem para representar a cidade no exterior, por que o conserva na pasta?

    5) Se acha que tem, por que mandou para nos representar (leia-se envergonhar) em S�o Francisco o senhor Victor Fasano, que entende t�o pouco de meio-ambiente quanto de animais sem plumas?

    O congresso de S�o Francisco, realizado com as melhores inten��es e a maior seriedade, n�o merecia isso. O Rio de Janeiro, que quase s� se salva pela paisagem e pelo privilegiado ecossistema que tem, tamb�m n�o merecia. Quer dizer: de uma penada s�, o prefeito mostrou o seu desprezo pela ONU, pela cidade que administra, pelo meio-ambiente e por n�s, que o elegemos. Ot�rios, pois n�o?

    * * *

    Tudo isso pode parecer pinimba boba diante da #$%@!#&* do pa�s; afinal, que import�ncia tem um secret�rio municipal a mais ou a menos, ou uma viagem sem raz�o de ser, diante da jeffersonalha que nos cerca? Que import�ncia tem o mau portugu�s e o pior racioc�nio do senhor Fasano diante do racioc�nio, numa l�ngua sub-paleol�gica, do nosso presidente? Quando a manada inteira vai para o brejo, que diferen�a faz mais uma vaca que se afoga?

    Na anedota, nenhuma. Em nossa vida, toda. N�o podemos perder nossa
    cidadania junto com a nossa indigna��o. Democracia n�o � s� ir na escolinha em dia de vota��o. � a "eterna vigil�ncia" do dia a dia, de olho nas "otoridades", cobrando o que fazem ou deixam de fazer. Para o bem ou para o mal, somos respons�veis por quem elegemos.

    No momento, lamentavelmente, n�o podemos cobrar tudo de todos, ou n�o faremos outra coisa na vida. Mas podemos, pelo menos, olhar o que est� mais perto de n�s, e avisar, ou gritar, que ali tem algo podre.

    A democracia n�o mora em Bras�lia; mora em toda a parte. Devemos estar atentos a isso, antes que Ela seja despejada.

    * * *

    Confesso: votei em C�sar Maia. Amigo de Victor Fasano. Inimigo dos animais. Sinto muito, de verdade, e pe�o sinceras desculpas. Como o homem ganhou no primeiro turno, nem vou perguntar em quem voc� votou. S� posso pedir a todos que prestem aten��o ao que est� acontecendo com os bichos de rua do Rio, e que registrem o vexame que demos na conven��o de S�o Francisco. Pensemos nas pr�ximas elei��es.

    (O Globo, Segundo Caderno, 9.6.2005)






    Nossos comerciais

    Recebi um email do Buscap� informando que n�o conseguiram depositar os meus ganhos na conta que indiquei.

    Acabo de fornecer o n�mero da outra conta, onde agora aguardo receber, ansiosa, os R$ 86,50 que o an�ncio gerou... em seis meses de exist�ncia!

    * suspiro *

    Como � mesmo aquela hist�ria da boquinha para escritores, hein?






    Ou reinstaura-se a moralidade,
    ou nos locupletamos todos!

    Quem me chamou a aten��o para a p�gina foi o Polzonoff, aqui nos coment�rios: aparentemente enciumados das bocas fartamente distribu�das em Bras�lia, um grupo de escritores criou um movimento chamado Literatura Urgente!.

    O recado para o ministro Gilberto Gil �:
    Temos fome de literatura!
    Mas, pelo que entendi, a fome � de outra coisa; o principal objetivo, disfar�ado em nobres e altissonantes figuras de ret�rica, � mesmo promover o turismo gr�tis e a ampla distribui��o de mensal�es entre escritores.

    Afinal, se m�sicos, atores e cineastas v�m, h� s�culos, locupletando-se de verbas oficias, por que n�o estender as benesses oficiais tamb�m aos escritores?

    H� t�picos primorosos na proposta, como a isen��o total de impostos para pr�mios liter�rios, a paridade entre obras estrangeiras e nacionais (ou seja, para cada t�tulo estrangeiro adquirido, o editor teria que vender um t�tulo brasileiro -- � o curta encadernado!) ou a recompra pelo Itamaraty de 10% das edi��es de obras liter�rias brasileiras editadas no exterior, para uma suposta doa��o com fins diplom�ticos, "a exemplo do que � feito pela Fran�a e Portugal".

    Nem preciso dizer que os principais beneficiados jamais ser�o os escritores de verdade, mas sim os sarneys da vida. Afinal, todo mundo j� comprou, ou conhece algu�m que comprou, um livro de Rubem Fonseca, de Fernando Sabino, de Jorge Amado; mas quem j� comprou, ou conhece algu�m que comprou, o inesquec�vel Marimbondos de Fogo?!

    E olhem que o falecido ex presidente sequer � o que h� de pior em beletrismo.

    Pat�tico.

    O pior � que h� nomes dignos e honrados entre os signat�rios, at� mesmo alguns bons escritores que nunca precisaram se pendurar nas tetas do governo para sobreviver.





    8.6.05




    Deu na Al-Jazeera

    Incr�vel: repercuss�o mundial � isso a�, o resto � conversa. Valeu, Carlos Martins!






    Literatura instant�nea

    Outro texto da mailbox; como sempre acontece nesses casos, n�o sei quem � o autor -- mas � �timo.

    Divirtam-se!
    Voc� que n�o teve tempo, condi��es (leia-se saco) pra ler aqueles grandes cl�ssicos da literatura que todo mundo discute com pose de intelectual (mas que ningu�m leu tamb�m), agora vai poder participar das discuss�es e ainda dar pinta de entendido com as novas "Vers�es Condensadas dos Cl�ssicos da Literatura"!

  • Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust.
    Gallimard, 1617 p�ginas.

    Resumo: Um rapaz asm�tico sofre de ins�nia porque a m�e n�o lhe d� um beijinho de boa-noite. No dia seguinte (p�g. 486. vol. I), come um bolo e escreve um livro. Nessa noite (p�g. 1044, vol.VI) tem um ataque de asma porque a namorada (ou namorado?) se recusa a dar-lhe uns beijinhos. Tudo termina num baile (p�g. 1433, vol. VII) onde est�o todos muito velhinhos. E pronto.

  • Guerra e Paz, Leon Tolstoi.
    Chartreuse,1200 p�ginas.

    Resumo: Um rapaz n�o quer ir � guerra e por isso Napole�o invade Moscou. A mocinha casa-se com outro.

  • Os Lus�adas, Lu�s de Cam�es.
    Editora Lusitania, um monte de p�ginas.

    Resumo: Um poeta com ins�nia decide encher o saco do rei contar-lhe uma hist�ria de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa super-gente-fina), ganham a maior boa vida numa ilha cheia de mulheres gostosas.

  • Madame Bovary, Gustave Flaubert.
    Pl�iade, 778 p�ginas.

    Resumo: Uma dona de casa mete o chifre no marido e transa com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do boteco, o dono da mercearia e um vizinho cheio da grana. Depois entra em depress�o, envenena-se e morre.

  • Romeu e Julieta, William Shakespeare.
    Oxford University Press, 437 p�ginas.

    Resumo: Dois adolescentes doidinhos se apaixonam, mas as fam�lias pro�bem o namoro, as duas turmas saem na porrada,uma briga danada, muita gente se machuca. Ent�o um padre tem uma id�ia idiota e os dois morrem depois de beber veneno, pensando que era energ�tico.

  • Hamlet, William Shakespeare.
    Oxford University Press, mais de 300 p�ginas, p�!

    Resumo: Um pr�ncipe com ins�nia passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com a m�e, cujo homem de confian�a � o pai da namorada, que entretanto se suicida ao saber que o pr�ncipe matou seu pai para se vingar do tio que tinha matado o pai do seu namorado e dormia com a m�e, isso depois de falar com uma caveira e antes de morrer assassinado pelo irm�o da namorada, a mesma que era doida e que tinha se suicidado. Ufa.

  • �dipo-Rei, S�focles.
    V�rias edi��es, cada uma maior que a outra

    Resumo: Maluco tira a maior onda, n�o ouve o que um ceguinho lhe diz e acaba matando o pai, comendo a m�e e furando os olhos. Por conta disso, s�culos depois, surge a psican�lise que, enquanto mostra que voc� vai pelo mesmo caminho, lhe arranca os olhos da cara em cada consulta.
  • Ta�: agora ningu�m pode mais se queixar. Blog tamb�m � cultura!






    � de matar...

    Recebi de um amigo.
    Se um correntista tivesse depositado R$ 100,00 (cem reais) na poupan�a num banco, no dia 1� de julho de 1994 (data de lan�amento do real), ele teria hoje na conta a fant�stica quantia de R$ 374,00 (trezentos e setenta e quatro reais).

    Se este mesmo correntista tivesse sacado R$ 100,00 (cem reais) no cheque especial, na mesma data, teria hoje uma d�vida de R$ 139.259,00 (cento e trinta e nove mil e duzentos e cinq�enta e nove reais), no mesmo banco.

    Ou seja: com os R$ 100,00 do cheque especial, ele ficaria devendo nove carros populares, ao passo que, com o da poupan�a, conseguiria comprar apenas quatro pneus.

    N�o � a toa que o Bradesco teve quase R$ 2.000.000.000,00 (dois bilh�es de reais) de lucro liquido somente no primeiro semestre. D� para comprar um outro banco a cada seis meses!
    Depois mandam a gente levantar a bunda da poltrona -- e o m�ximo que a gente faz � mandar emails indignados pros amigos.

    Brasileiro � t�o bonzinho!







    Reda��o, ontem � tarde


    Mosca e Pipoca


    Mill�r, Chico e Eliana, ontem � noite


    Mill�r

    Paix�o � primeira vista

    Estou me divertindo DEMAIS com um celularzinho espert�ssimo da Samsung, o D 500, irm�o GSM mais inteligente do CDMA Mega Cam.

    A c�mera (que tamb�m faz fotos at� 1.3 megapixels) j� vem com mil truques e molduras engra�adas; ele faz filminhos com som e tudo, tem acesso r�pido � internet, bluetooth, infra-vermelho e, ainda por cima, toca MP3 com um som espetacular.

    Espa�o? 80 Megabytes!

    Tudo num aparelhinho leve, pequeno, gostosinho de pegar.

    Ah, sim: ele tamb�m serve como telefone...







    7.6.05


    Hay gobierno? Arghhhhhhhhhhhh!!!

    O governo Lula, definitivamente, n�o precisa de oposi��o: ele se detona sozinho. Leio agora que, depois de se desgastar inutilmente ao longo da �ltima semana, opondo-se com unhas, dentes e libera��o de verbas � cria��o da CPI (por que?!), Lula resolveu apoi�-la.

    De quebra, pediu os cargos de toda a diretoria dos Correios.

    Se tivesse feito isso assim que estourou o esc�ndalo, hoje ningu�m mais estaria falando no assunto -- at� porque j� existe outro esc�ndalo de igual ou maior porte nas paradas.

    Sei que Lula e Collor s�o animais bastante diferentes (s�o?), com diferentes inten��es (ser�?), mas fa�o a pergunta com toda a franqueza: Collor n�o foi impeachado por menos?

    * * *

    O problema � que, infelizmente, neste pa�s, pol�tica n�o � ocupa��o para gente de bem. Vejam o exemplo mesmo aqui do blog: h� duas semanas comecei a mexer com o carguinho mais mixuruca da hierarquia, a secretaria municipal de Promo��o e Defesa do Animal, hoje mais ou menos correspondente � carrocinha dos velhos tempos.

    No jornal, publiquei a ponta da ponta do iceberg.

    Pois voc�s n�o t�m no��o da rede de intrigas que existe por tr�s disso! Voc�s n�o imaginam a briga de foice que est� por tr�s de cada carguinho, cada comiss�ozinha, cada DASzinho!

    Voc�s n�o calculam o que recebi de den�ncias e acusa��es, de todos os tipos, vindas de todos os lados, suficientes para montar uma CPI ou escrever um romance; enquanto, do lado de dentro do carguinho, amigos do encarregadinho me torpedearam com mensagens cuja virul�ncia s� � ultrapassada pela ignor�ncia.

    Isso � a carrocinha; agora imaginem o que est� por tr�s daquele cargo que fura po�o que tanto encantou o Severino.

    Multipliquem tudo por sei l� quantas secretarias, em sabe-se l� quantos munic�pios brasileiros, e fica alarmantemente clara a virtual impossibilidade de, como diz o Cassoy, passar este pa�s a limpo.

    * * *

    Enquanto isso, vai ao ar, em Bras�lia, �s 18h30, a abertura do IV F�rum Global de Combate � Corrup��o.

    S� podem estar de goza��o conosco.





    6.6.05








    Keaton

    Muito obrigada a todos pela torcida pela Keaton: a energia positiva est� fazendo efeito, e ela melhora a olhos vistos! :-)

    S� que, quanto melhor a gatinha, pior o curativo.

    Ela est� totalmente obcecada com a gaze e o esparadrapo, passou o dia tentando arrancar aquelas porcarias do corpo e quase atingiu o seu plano de metas.

    � tardinha, apesar de volta e meia eu ajeitar as ataduras, metade da barriga j� estava de fora -- e eu ligeiramente hist�rica, morrendo de medo que os pontos inflamassem, soltassem ou seja l� o que aconte�a com pontos em gatos irrequietos.

    Num dado momento a coisa ficou t�o enrolada (isto �, desenrolada) que mandei vir da farm�cia a gaze mais larga, por acaso do tamanho exato da barriga de um gato, deixei o nervoso pra l� e reembrulhei a Keaton todinha.

    N�o � que ficou bom?

    Agora estou me sentindo a pr�pria Florence Nightingale, e ela est� exatamente como se v� na foto do meio: em cima do computador, de curativo novo... tentando arrancar tudo fora mais uma vez!

    * suspiro *

    Os demais gatos v�o bem, mas continuam sem querer papo com a Keaton. Morro de pena, porque acho que ela bem que gostaria de uns carinhos deles...

    As fotos foram todas feitas com o D 500 da Samsung, um celular que, como o Mega Cam, faz excelentes fotos de 1.3 megapixels.







    Caqui maduro, na beira da estrada


    Nisso a Bia e eu nos parecemos: aonde quer que a gente v�, h� sempre um gatinho no centro das aten��es


    Como se pode ver, isso � contagioso... ;-)


    Dois dedos de prosa


    O interior da casa


    A m�e deste bezerrinho est� doente; a luz interessante � do rebatedor


    A hora do truco

    Xanxer�

    Volta e meia insisto com a Bia para viajar com uma das c�meras: como produtora de televis�o, ela vai para os lugares mais escondidos e interessantes, onde h� um monte de boas fotos � espera de quem venha colh�-las.

    Desta vez ela atendeu aos apelos da Pobre e Velha M�e Doente -- antiga chantagem emocional que uso com as "crian�as" desde os tempos em que eram crian�as, e eu n�o era, ainda, uma pobre e velha m�e doente... ;-) -- e relutantemente levou a Sony P10 para Xanxer�, em Santa Catarina, onde foi fazer um "Amigos da Escola".

    Devo dizer que, talvez traumatizada com as manias da m�e, a Bia n�o v� a menor gra�a em celulares, n�o se emociona com computadores e s� gosta de fotografias feitas pelos outros; mas n�o ficaram �timas essas a� (diz a m�e, coruja) ?!





    5.6.05


    Argh!

    Enquanto o estado d� a volta para cima, o munic�pio participa em eventos.

    Ta�: erro de portugu�s em documento oficial devia ser punido com rigor.

    Devaneio.

    Se nem corrup��o �...





    4.6.05


    A turma do Fasano

    Quem acompanha este blog h� algum tempo sabe que uma das minhas regras b�sicas � o Grande Postulado de Mill�r Fernandes:
    N�o se amplia a voz dos idiotas.
    H� uma exce��o importante no GPMF, por�m, que �:
    A voz dos idiotas deve ser ampliada sempre que ajude a revelar a personalidade de quem est� no poder.
    Isso foi escrito por mim. Nem sei se o Mill�r concorda, mas tenho certeza de que teria usado a metade das palavras, com o dobro da efici�ncia.

    Acontece que, mesmo entre leitores do blog, at� outro dia ningu�m tinha id�ia de que o senhor Victor Fasano (sim, aquele) � -- valha-nos Deus! -- Secret�rio de Promo��o e Defesa dos Animais. Quanto a mim, n�o tinha id�ia de quem era o senhor Fasano at� ele assumir; sabia apenas que era um ator med�ocre, dedicado ao com�rcio de p�ssaros.

    Depois soube que, al�m de sumir com os gatos e planejar torrar o dinheiro do munic�pio numa certa "Fazenda Modelo", est� preocupado tamb�m com a obesidade dos animais de rua e a transmiss�o de raiva pelos pombos.

    H� dois ou tr�s dias amigos seus descobriram este blog. Os pontos de semelhan�a s�o tantos entre as mensagens que enviam que s� posso concluir que a turma � muito unida.

    Com voc�s, a voz do dono:
    Cara Rep�rter Senhora Cora Ronai,

    Fiquei abismado ao ler seu artigo "Tempo de ratos", publicado no dia 26 de maio passado em sua coluna do jornal O Globo. Pensei dias antes de preparar esta carta, permita-me manifestar-me como cidad�o carioca, contribuinte e leitor de sua coluna, j� que este espa�o tem se mostrado democr�tico.

    Concordo a princ�pio no tocante a que vivemos em "tempos t�o safados". A vida neste pa�s tem se demonstrado cada vez mais dif�cil e imposs�vel. No entanto somos brasileiros e, portanto, devemos lutar e n�o simplesmente dizer que "estou pensando em ir embora do Brasil", o que diversas pessoas pronunciaram neste site em seus e-mails. V�-se que s�o pessoas que possuem acesso a internet, no m�nimo classe m�dia e vivendo em bairros nobres da cidade: Jardim Bot�nico, Ipanema etc. F�cil para eles se pronunciarem desta forma quando n�o se vive a realidade mais cruel e f�nebre deste pa�s.

    Dizer que a Prefeitura do Rio montou um palco para a Peste Negra, protagonizada por ratos � tremendamente rid�culo e, por demais, alarmista e chantagista. Fazer crer, ainda, que a Peste Negra se deu por falta de gatos, Deus do c�u !!!!!!!!!! N�O, N�O � PIADA, est� l� no seu texto. Jamais, em tempo nenhum, gatos foi solu��o para prolifera��o de ratos, vide o caso da Austr�lia que levaram gatos para combater ratos e o que conseguiram foi introduzir um predador voraz, que exterminou muitas esp�cies de animais daquele pa�s. A emenda foi pior do que o soneto!!!! Na seq��ncia de sua mat�ria a Sra. Afirma que: "..Fasano ignorante da hist�ria ... trabalha com empenho para abrir terreno para os ratos." Seguindo: "al�m do exterm�nio prop�e trancafi�-los ..." etc. Deus do c�u, pergunto senhora. Cora: de onde vem este �dio?? De onde vem sua insensatez, inadmiss�vel na sua condi��o de rep�rter de um grande jornal?? Como se imputa um crime t�o facilmente a outrem?? Conhe�o pessoas da �rea de veterin�ria que sabem o trabalho que est� sendo feito, duvido que estas seriam coniventes com os crimes pela senhora imputados ao Sr. Victor, que poderia nem dar aten��o a gatos mas certamente n�o deve ser ASSASSINO. N�o contente a senhora prosseguiu: "... tomar conta do territ�rio que pol�tica e legitimamente conquistaram", MEU DEUS, O QUE � ISTO ?? N�O, N�O � PIADA, est� l� no texto. Isso foi demais para uma pessoa de seu gabarito, impensado, sem fundamento algum e beirando a idiotice e a bo�alidade (usando palavras de seu pr�prio texto).

    N�o bastou, a senhora seguiu na insensatez de dizer que o secret�rio "suposto entendido em aves de extirpe ... tem desprezo pelos animais sem pedigree", Sra Cora, para o grupo que escreve no seu site parece que s� h� no planeta um animal com extirpe: o GATO, todos os demais devem e s�o totalmente ignorados pela senhora e por seus asseclas. � inacredit�vel que uma pessoa com sua forma��o, e informa��o, seja t�o imprudente e, permita-me dizer, LOUCA a ponto de fazer uma mat�ria sumamente rid�cula, improdutiva e desbaratada para um grupo que n�o pensa em outra coisa que usar dinheiro p�blico para satisfazer um desejo doentio. Centenas de pessoas (cidad�os e contribuintes) reclamam, semanalmente, aos �rg�os p�blicos dos gatos soltos, de suas fezes, de seus ritos noturnos, de seus ataques a outros animais, etc. OS DIREITOS DESTES DEVEM SER RESPEITADOS. CABE A SRA. E SUAS ASSECLAS CESSAREM SEUS ATAQUES NO MOMENTO QUE OFENDEM DIREITOS DO PR�XIMO, se fa�am respeitar para que n�o sejam "mortalmente" feridas em seus anseios de uma cidade mais feliz, como a senhora descreve em sua mat�ria.

    Parafraseando seu texto: "Como leitor e contribuinte, sou radicalmente contra a op��o da senhora e de seus asseclas unicamente pelos gatos". N�O QUERO MEU DINHEIRO NESTA SUGERADA QUE VOC�S QUEREM IMPINGIR AO PODER P�BLICO. MAS N�O QUERO TAMB�M EXTERM�NIO DE NHENHUM ANIMAL. CASO TENHAM FEITO ISSO ME D� AS PROVAS SENHORA CORA, POIS SEREI O PRIMEIRO CIDAD�O CARIOCA A PERSEGUIR E PROCESSAR OS HOMENS CITADOS BASEADO NA PR�PRIA LEI.

    Finalizando: "chega de nepotismo", o que � nepotismo para a senhora?? Ainda teve gente no site que elogiou a frase, MEU DEUS!! Ser� que nem o portugu�s a senhora ir� resgatar, j� que a insensatez se perdeu totalmente. Sra. Cora, desde o dia 26 a senhora perdeu um leitor e um ex admirador, ainda que isso n�o fa�a diferen�a, pois sua vida s�o s� os gatos mesmo . . ..

    Luiz Bastos
    Contrariando o GPMF (grande Postulado de Mill�r Fernandes), respondi:

    Sim, Luis Bastos, o espa�o aqui � realmente democr�tico, ao contr�rio da prefeitura que, pelo menos no que diz respeito a animais de rua, n�o ouve ningu�m. Vou responder a voc� mais tarde, agora tenho uma s�rie de coisas para fazer. Mas, curioso, o seu portugu�s n�o me � estranho...

    N�o resisti, sabem? � que me lembrei da �ltima mensagem da dra. Vera neste blog:
    Em que pesem os coment�rios encaminhados por alguns integrantes da lista neste Blog. Gostaria de prestar alguns esclarecimentos:
    Inicialmente seria de bom alvitre que os coment�rios desta lista sejam pautados pela �tica e pelo profissionalismo, evitando-se, assim, coment�rios desfundados e acusa��es mentirosas, levianas e totalmente improcedentes.
    Agrade�o a Cora pela iniciativa de cria��o deste blog, que em muito auxilia, at� mesmo a n�vel de informa��es, o conte�do do mesmo.
    Fico certa de que o intuito de Cora � promover o debate p�blico de quest�es de interesse comum a todos n�s, e coment�rios injuriosos e at� mesmo criminosos, poder�o ser objeto de demandas judiciais, e denigre a qualidade das informa��es e o intuito deste blog.
    Por estar investida em uma fun��o p�blica, n�o farei mais nenhum coment�rio a respeito do �rg�o (SEPDA) neste blog. (....)
    Posteriormente soube, por terceiros, que o texto havia sido escrito n�o por ela, mas -- pasmem! -- pelo ADVOGADO da Sepda. Devo confessar, ali�s, que, sabedora do sei hoje, ela me parece mais v�tima do despreparo do secret�rio do que sua c�mplice.


    Luiz Bastos,

    Acho que estas pessoas desconhecem que exitem outros animais que necessitando de mais ou tantos cuidados quanto os gatos. Como j� vimos, em Hist�ria elas s�o totalmente ac�falas, espero sinceramente que DEUS abra seus olhos para o mundo, e em espec�fico o Rio, e vejam que totos os animais precisam de PROMO��O E DEFESA e no meu entender a SEPDA e para todos os animais e n�o somente para atender interesses de algum grupo que gosta de GATOS.
    Tenha certeza Sr Luiz que ganhou um grande admirador, pois teve coragem de espressar a sua opini�o neste site elitista.

    Um grande abra�o, Ferreira

    Dona Cora,
    Que beleza de site democr�tico, onde todos tem o direito de expressar suas opini�es mesmo que contr�rias as suas, n�o � mesmo?
    Lament�vel a retirarada da carta do Luiz Bastos e a minha de apoio a ele, ou ser� que falei verdades que a senhora n�o gostaria de ler?

    Ferreira
    Claro que as mensagens estavam onde sempre estiveram; apenas o Ferreira n�o soube encontr�-las, mesmo depois de orientado para isso.
    Cara Senhora Cora,

    Pelo que vejo a senhora tem a pretens�o de achar que t�m como "inimigos", ou melhor, discordantes, somente o pessoal da secretaria de defesa animal. Como a senhora � limitada!!

    A senhora cr� que suas asseclas responderam minha mensagem. Pelo amor de Deus senhora Cora: "Inimigo de animais", "Ignorante" etc . . . N�o me diga que isso � resposta, n�o volte a ser t�o limitada, n�o combina com o curr�culo de uma colunista do jornal O Globo. Com certeza a senhora n�o me respondeu por ter suposto que a mensagem n�o teria efeito, ahh, que erro!! J� vi que arrancar bom senso seu � imposs�vel. Agora ataca meu portugu�s: "Folgo em ver que conquistou um admirador ardoroso: adoro esses acasos", que primor exemplar de uso da l�ngua. Talvez, assim como me critica, deveria sondar o portugu�s de suas asseclas. Ahh, estas n�o!! Jamais ser�o atacadas porque refletem em sua id�ias estapaf�rdias a mensagem da "�dala", da "Deusa" etc, usando as palavras delas.

    Bem Senhora Cora, vamos a "Tempo de Ratos II" - s� faltou complementar com "a miss�o".

    "Muitos mist�rios cercam a saga da Capivara da Lagoa . . em qualquer cidade razoavelmente civilizada . . al�ados � condi��o de atra��o tur�stica . . mas amaldi�oada com uma administra��o a quem eles s� interessam como fact�ides", Deus, quanta asneira, a senhora � realmente limitada. Quando falei da capivara na segunda mensagem n�o pensei que fosse me responder com a mat�ria II, ao inv�s de me ignorar, como disse abaixo. Claro que a mat�ria foi uma tentativa, ainda que idiota, de retrucar-me. Senhora Cora, em nome dos seus animaizinhos acredite, aquele animal foi posto l�. Estava acima do peso e terrivelmente maltratado, comia pizza, p�o etc, que dieta perfeita para um animal silvestre!! Talvez dev�ssemos pedir ao McDonald um patroc�nio e, a� ent�o, ela viveria de "Big Macs". N�o � piada n�o . . . Aquele n�o � um habitat para esta esp�cie, mas isto n�o lhe importa, o prazer de desfrutar de v�-la todos os dias � mais importante, afinal ela virou "atra��o tur�stica" como bem dissestes: "Depois de ignorar a capivara enquanto estava viva e fazendo a alegria de quem passava pela Lagoa", QUE PRIMOR Senhora Cora. Desta vez sua limita��o foi al�ada a tal ignor�ncia que chega a atordoar!!!! MAS N�O IMPORTA N�O, SUA MAT�RIA � UM FACT�IDE RID�CULO QUE TEM COMO OBJETIVO APENAS A AGRESS�O ATRAVES DA ACUSA��O.

    Voltando a "maldita secretaria", que c� entre n�s deveria ser mesmo extinta acabando com toda esta palha�ada das desesperadas e aportando recurso p�blico em �reas de real prioridade, e n�o para doar ra��o (Uhhh!!), vejamos: a tal doutora Vera ser� uma d�bil mental completa caso n�o lhe processe e lhe arranque um bom dinheiro. Falar da honra da capacidade alheia � f�cil, a senhora pisa porque tem um espa�o na imprensa. J� a doutora ... bem, esta deveria ir a Justi�a, �nico espa�o que restou para tomar-lhe dinheiro como indeniza��o moral, dar-lhe vergonha na cara e recuperar sua dignidade pessoal e profissional.

    Exterm�nio � a palavra mais usada nos seus textos, possivelmente resgatada pela senhora com as comemora��es dos 60 da II Grande Guerra. O "ignorante em hist�ria" aqui gostaria de lembrar somente que durante esta desgra�a do s�culo 20 as pessoas comeram gatos, cachorros, ratos e tantos outros animais. Sabe por que senhora Cora: quando o homem est� no seu limite toda e qualquer tolice cessa. Nosso pa�s tem milh�es no limite, nossos pol�ticos seguem roubando, a viol�ncia cresce, jornalistas fomentam �dio o tempo todo, o povo pasmo se cala e continua passando fome. Mas nada disso importa, GASTEMOS NOSSO TEMPO DISCUTINDO OS GATOS E A "JUSTI�A" E SANDICE QUE QUEREM SUAS ASSECLAS.

    Senhor secret�rio Vitor Fasano, pelo amor de Deus, pe�a ao prefeito para acabar com esta porcaria de secretaria e toda esta maluquice e idiotice que a cerca, s� assim n�o precisarei, junto com tantos outros (e s�o muitos, acreditem!!), ler e ver tantas asneiras. N�o d� mais oportunidade para a mente esdr�xula desta gente. Senhora Vera, volte para Campos e v� fazer outra coisa da vida. Cora, quanto a senhora, dedique-se a construir num pa�s de car�ncias, numa cidade que tem mais de dois milh�es de favelados, e n�o expor-se e expor outros a tantas besteira e leviandades. N�o, n�o me responda, n�o fa�o quest�o alguma, n�o pense tamb�m que suas asseclas o est�o fazendo, seria bo�al de sua parte.

    Continua de p� o longo papo que lhe chamei para ter, assim possivelmente a senhora definitivamente saiba que nunca viu meu portugu�s e que suas tentativas de me relacionar com os "exterminadores" � por demais "d�j� vu".

    Ah ... Senhora Cora, por muito tempo, quantas vezes apagarem as mensagens de seu "DEMOCR�TICO ESPA�O", IREI INSER�-LA DE NOVO, vou pagar uma pessoa para tal. Uma vez que a senhora demonstrou n�o gostar de cr�ticas e n�o aceit�-las, procedendo da forma t�pica daqueles que n�o possuem argumentos, prometo, serei seu Karma a pagar. Luiz Bastos
    Coitado do mo�o, vai ficar desapontado ao saber disso, mas a cr�nica que eu teria escrito em resposta a ele (!!!) j� estava impressa quando me escreveu.

    Assim como o Ferreira, ele tamb�m n�o sabe procurar textos antigos num blog. Ali�s, por falar em Ferreira...
    Luis Bastos,
    Como sempre sua coloca��o e muito realista e coerente , que pena que bate de frente com uma pessoa t�o anti democr�tica como cora, que incansavelmente retira os seus textos e daqueles como eu que o apoio do site.

    Bom dona Cora tamb�m n�o quero meu dinheiro sendo usado para dar �comidinha aos seus gatinhos�, pois como cidad�o acho que tenho o mesmo direito que a senhora, e veja que loucura seria se eu quizesse alimentar todos os animais que aprecio na rua.

    Dona Cora deixe de usar este espa�o para brigas de interesse pessoal, construa um espa�o verdadeiramente democr�tico e o coloque a DISPOSI��O PARA DEBATES REALMENTE IMPORTANTES PARA O NOSSO MUNIC�PIO.

    Concordo, mais uma vez com voc� Luis, a Dra Vera deveria ir a JUSTI�A, pois teve seu trabalho brutalmente desqualificado por pessoas que provavelmente VIVEM EM OUTRO MUNDO, s� pode, pois todos nos dependemos do trabalho dela e de outros profissionais da produ��o animal para ter o que comer, pois o ser humano necessita de prote�na animal em sua dieta.

    Saiba ainda Luis, que tamb�m repetirei meus textos, at� que Dona Cora, n�o os retire mais.

    Ferreira
    Eis que, nesse momento, entra em cena um novo personagem, fino e educado:
    Prezados(as) Senhores(as),

    Gostaria de poder dizer uma boa tarde a todos, contudo me surpreendeu haver ca�do de para-quedas num tiroteio entre favelas do Rio de Janeiro.

    Me pergunto o porqu�, os usu�rios de internet ainda apresentarem problemas l�ngu�sticos de composi��o, usando como contra-argumenta��o o deboche e agress�o escrita. Acusam com propriedade, contudo com desconhecimento de causa. Idolatram subservientemente. Cr�em numa personalidade �mpar, que ap�s haver lido os textos e visto �cones atrelados �s mensagem, somente pude concluir estar num chat de adolescentes paulistas.

    As pessoas, posso confortavelmente me incluir, deveriam buscar um pouco mais de literatura no assunto tratado a bofetadas, ou simplesmente ouvir o parecer de pessoas da �rea t�cnica.

    Lembro, caro amigos, que a nossa cultura � assim: Ajuda eleger o Pol�tico e o malha logo a seguir. O acusa, humilha e o rebaixa a condi��o de capa protetora de colch�o mijado. Falta a ocorr�ncia do trabalho em equipe, mesmo que assumamos a posi��o de promotores, quando acusamos.

    O Sr. Luiz Bastos fez uma boa constru��o em arejar a possibilidade de um processo. Assim como, me transpareceu a lucidez em conduzir a exacerbada id�ia da Capivara na Lagoa. Quando um animal desta esp�cie, teria como habitat natural, a borda da Lagoa Rodrigo de Freitas? Por capricho dos residentes em v�-lo � dist�ncia.

    Quanto a "matan�a de animais", procure informa��es quanto autoriza��o do Ibama no abate de esp�cies no sul do pa�s, bem como, a difuldade do manejo de animais apreendidos no Tr�fico, a disparidade das Leis quanto ao controle de esp�cies invasoras, e afins. Certamente h� de compor uma �tima bibliografia ao leitores que tem como "focal point" os gatinhos que andam soltos nas ruas. Quando todos trabalham, todos trabalham menos.

    De quebra, posso sugerir a revis�o da pr�tica de matan�a das Cacatuas na Austr�lia, que ao entendimento do Governo � melhor serem abatidas do que serem comercializadas...

    Por fim, meus amigos � necess�rio ler para melhor discernir.

    Slds,

    Marcos Rodrigues



    Esqueci a melhor parte...

    Gostaria de propor a id�ia da cria��o de uma ONG, a qual tivesse postura legal de ca�ar o direito de acesso � internet feito pelas Comadres e Donas de Casa deste chat.

    Slds,

    MMarcos Rodrigues
    Quando algu�m entender o que ele quis dizer, por favor explique a nosostros, ignorantes; sobretudo este Slds finais, ser� Salda��es?

    Mas, nisso, sobrou at� para Kidity:
    Senhora Kidity,

    N�o sei quem � a senhora e n�o me interessa saber. Escrev� para a Senhora Cora Ronai, s� ela me interessa, pois � quem tem espa�o na imprensa para anarquisar a vida de tanta gente. Voc�s falam de ofensas . . . SE ENCHERGUEM, TENHAM O M�NIMO DE DIGNIDADE!!! N�o preciso de Ferreirinhas como precisa a senhora Cora de voc�s. As respostas idiotas de todos que queiram faz�-las n�o me interessa. Quero ver � se uma jornalista que usa e abusa da imprensa, como o fez, tem a VERGONHA NA CARA de ser honesta e argumentar comigo e n�o usando palavras de outros. SENHORA CORA ESTOU AQUI, VOU A PASSEATA, CHAMAREI JORNALISTAS E A EXPOREI AO RID�CULO COMO FAZ COM OS OUTROS. Como j� lhe disse n�o preciso me esconder, a senhora sim, ao menos deveria ter dignidade e VERGONHA na cara.

    Luis Bastos
    Mais uma vez ignorei o GPMF e disse que n�o ia responder a nenhum deles, porque passaram de qualquer limite da cortesia e da boa educa��o.
    Cara Senhora Cora,

    "...voc�s passaram de qualquer ponto admiss�vel em termos de educa��o. A minha opini�o a respeito do assunto � clara e est� escrita aqui e no jornal..." (palavras da "Deusa")

    Realmente senhora Cora posso n�o ter a educa��o que a senhora prega, no entanto a senhora S� prega, n�o pratica. Fazer coluna em jornal comparando os outros a ratos, chamando-os de assassinos, atacando pessoalmente profissionais, acusando-os de crime, dando a entender que fazem "festa" com o dinheiro p�blico . . . etc. Com palavras como: exerminador, ignorante, nep�ticos, etc ... , SENHORA CORA, DEFINITIVAMENTE N�O H� NENHUM PRIMOR DE EDUCA��O EM SEUS TEXTO !!! Porque n�o vai pessoalmente a maldita secretaria falar com as pessoas, se interar dos assuntos, e n�o perder tempo com sua "maestral" educa��o bombardeando e destruindo a todos com palavras nefastas e acusativas??

    Senhora Cora, voc� se perdeu. Agrediu, bateu, zombou, deu p..., mas n�o admitiu lev�-las. N�o h� de ser nada, as pessoas ser�o impiedosas na justi�a Cora. No dia da primeira audi�ncia, tendo e sendo de quem for, irei pessoalmente ver e fotografar sua face, quem sabe n�o publicamos no seu site.

    Parafraseando Cora: "Pessoas, por favor: n�o se amplia a voz... da ignor�ncia !!!!!"

    Obrigado por n�o ter apagado minha mensagem, isso demonstra ser democr�tico!!!

    Luis Bastos
    Ufa! Um progresso: aprenderam a encontrar as pr�prias mensagens.

    E por a� vai.

    Como eu disse antes, n�o se amplia a voz dos idiotas, exceto quando ela revela a quantas anda a administra��o p�blica. Eu teria que ser muito ing�nua para achar que toda esta virul�ncia est� sendo usada apenas por causa de opini�es divergentes.

    Dando a essas pessoas o benef�cio da d�vida -- isto �, imaginando que s�o de fato tr�s e n�o duas ou uma -- ainda assim � bastante �bvio que o problema aqui � pessoal.

    Obedecendo ao sr Bastos, estou fazendo um favor ao munic�pio tirando as mensagens dos coment�rios, onde estavam escondidas, e trazendo-as para c�, para que todos possam delas tomar conhecimento.

    Esta � a turma do senhor Victor Fasano, secret�rio municipal de Promo��o e Defesa dos Animais.

    Sustentado no cargo com o nosso dinheiro, o secret�rio representa, neste momento, a cidade do Rio de Janeiro num congresso sobre meio-ambiente em S�o Francisco.

    Pergunta ret�rica aos cariocas (ningu�m precisa responder): como voc�s se sentem sendo representados por um secret�rio municipal que se cerca de gente como os missivistas acima?!

    O mais estranho � que este munic�pio tem, tamb�m, um secret�rio de meio-ambiente -- que n�o est� em S�o Francisco.

    Finalmente, um pedido encarecido aos freq�entadores habituais do blog: chega de flame! Postei aqui esses gentis coment�rios para que todos os leitores possam ter id�ia de quem � o senhor Victor Fasano, n�o para que o au� recomece.

    Obrigada.





    3.6.05




    New look

    Keaton trocou de curativo; continua toda embrulhada, mas pelo menos aquele esparadrapo todo foi embora e esta gaze � mais flex�vel, ela est� visivelmente mais confort�vel...

    Amanh� nem precisa trocar de roupa!

    (Este � um post especial para a Bia, que est� viajando a trabalho: beijos, Bipe!)





    2.6.05






    !

    Keaton

    Keaton voltou para casa! :-)))

    Est� com a barriga toda enfaixada e andando feito um rob�zinho, mas est� alerta, bem disposta e indignada com o desconforto (n�o parece sentir dor).

    J� miou muito, imagino que para nos contar tudo, cheirou a casa inteira, entrou nas caminhas da Fam�lia Gato e em algumas caixas de papel�o pelas quais todos t�m muito apre�o; agora, finalmente, espichou-se embaixo da escrivaninha da Bia, um lugar bem protegido, cheio de fios e com um computador ronronante ao lado.

    Os outros est�o cabreiros, j� chegaram perto, cheiraram, conferiram se era ela mesmo, Lucas deu-lhe uma patada (e tomou uma minha de troco, pra deixar de ser covarde) e pronto: reina a paz.

    Keaton ter� que voltar amanh� � cl�nica para fazer curativo e, durante uns oito ou dez dias, ir l� dia sim dia n�o; tamb�m tem que tomar antibi�tico durante cinco dias.

    Mas, tirando isso, tudo bem.

    Ufa!

















    Filmes na TV

    Ontem, no finzinho da tarde, o Carlos Martins mandou um email que s� vi agora:
    Nestes dias de Deep Throat saindo do arm�rio ...

    ...filmeco, v� l�, imperd�vel, que est� levando no Telecine: Segredos do Pent�gono / The Pentagon Papers, EUA, 2003.

    � a hist�ria do primeiro, e talvez mais importante de todos, "whistleblower": Daniel Ellsberg. Romanceada, claro, mas o que interessa est� l� -- e � absolutamente factual.

    Dois breves coment�rios. Um, a import�ncia de um judici�rio independente, n�o por acaso atualmente o principal alvo dos bu(ll)shistas. Dois, n�o sei se voc�s sabem mas Chenney, Rumsfeld, Wolfwitz, Colin Powell, Papa Bush (o Dubya estava muito ocupado se embebedando e drogando) et alia s�o *todos* crias do Nixon.

    Parafraseando o Dylan, "the shitstorm has already come". (Carlos Martins)

    N�o vi este filme; mas, por coincid�ncia, acabo de assistir a L.A. Story, para mim a melhor coisa que Steve Martin fez, disparado. T�o bom, mas t�o bom, que consegue at� sobreviver � dublagem -- o que n�o � pouco, considerando-se que uma das gra�as do filme �, volta e meia, fazer cita��es anacr�nicas de Shakespeare.

    Inspirado em Woody Allen e em sua paix�o por Nova York, Steve Martin faz uma tremenda goza��o do jeito californiano de ser; mas faz, ao mesmo tempo, uma linda declara��o de amor � sua cidade de Los Angeles.

    N�o me lembro mais de quando estive em Los Angeles pela primeira vez, nem de quantas vezes estive l�, mas me lembro, sim, de cada vez detest�-la um pouco menos.

    Infelizmente s� cheguei ao ponto ideal, de ter prazer em visitar a cidade, quando Bush tomou o poder -- e, assim, nunca mais voltei.

    Na minha �ltima ou pen�ltima visita, saindo do hotel, vi uma enorme passeata contra o governo e, enquanto fotografava as pessoas, acabei, sem perceber, me juntando aos manifestantes; terminei o dia jantando com um casal de chilenos muito simp�ticos que conheci na manifesta��o, comparando lembran�as das nossas respectivas ditaduras.

    Adoro pegar carona em marchas de protesto. Hay gobierno, soy contra; hay passeata, soy a favor...

    Depois a pol�tica americana foi ficando t�o absurda que, simplesmente, perdi o gosto de ir ao pa�s. A aduana sinistra, a falta de senso de humor geral, o clima "ame-o ou deixe-o" -- tudo isso me fez evitar as viagens que levam at� l�, apesar dos meus bipinhos queridos viverem no cora��o do Texas.

    N�o tem nada a ver com o filme do Carlos Martins, mas tem tudo a ver: assistindo ao filme do Steve Martin, morri de saudades dos tempos em que eu gostava, genuinamente, de ir aos Estados Unidos.

    Que mundo, caramba.







    Tempo de ratos II

    Quando animais viram fact�ides


    H� alguns anos, voc�s se lembram, apareceram tr�s capivaras pequenas na Lagoa Rodrigo de Freitas. Deixassem estar, que n�o faziam mal a ningu�m; mas n�o. Nesta cidade, que provavelmente convive com mais bichos do que qualquer outra cidade do mundo do mesmo porte, h� sempre algu�m para perturbar animais, ca�ar, matar, trancar no zool�gico. De modo que, pouco depois, l� estavam os bombeiros tentando captur�-las. A opera��o foi um retumbante fracasso. Uma desapareceu sem deixar vest�gios; as outras deram um perdido nos bombeiros e fugiram, em dire��es opostas.

    At� hoje h� d�vidas se eram realmente duas, ou apenas uma, que ora estava aqui, ora ali. Minha impress�o, refor�ada por fotos que fiz ao longo do tempo, � que eram um macho menor e mais claro no Cantagalo, e uma f�mea maior e mais escura na altura do Vasco. O macho sumiu meses antes da f�mea aventurar-se pelo canal e dar o mau passo que a lan�ou ao estrelato na praia de Ipanema -- e ao seu posterior (e criminoso) abandono na Reduc.

    Muitos mist�rios cercam a saga da Capivara da Lagoa, e nem podia ser diferente. Em qualquer cidade razoavelmente civilizada, um ou dois bichos daquele tamanho, al�ados � condi��o de atra��o tur�stica, teriam despertado o interesse e os cuidados das autoridades; n�o no Rio, cidade aben�oada com tantos animais, mas amaldi�oada com uma administra��o a quem eles s� interessam como fact�ides.

    Depois de ignorar a capivara enquanto estava viva e fazendo a alegria de quem passava pela Lagoa, depois de permanecer omissa durante a persegui��o que lhe moveram os bombeiros durante um dia inteiro, e de n�o mexer uma palha para impedir que fosse solta em �rea famosa pela ca�a clandestina, a prefeitura resolveu "assumir" a capivara, enchendo a cidade de cartazes em que tinha o desplante de se promover �s suas custas. "Venha ver a capivara, agora mais perto de voc�", dizia na propaganda enganosa, dando a entender que a tinha cuidadosamente transferido para o zool�gico.

    Este � um pa�s rico em golpes pol�ticos baixos, mas prefeitura cafetinando capivara falsa �, com certeza, um marco in�dito de m� f�.

    * * *

    O pior � que a capivara n�o foi a primeira v�tima do descaso da prefeitura, nem ser� a �ltima. � inconceb�vel que numa cidade onde aparecem aves das mais variadas, pregui�as, tamandu�s, jacar�s, capivaras e toda a sorte de macacos, para n�o falar em ocasionais baleias encalhadas e ping�ins desnorteados, n�o haja um m�nimo de interesse das autoridades pelo que acontece com os bichos. Eles vivem e morrem conforme as circunst�ncias, e conforme a boa vontade de indiv�duos que se mobilizam a seu favor.

    * * *

    Se isso acontece com animais silvestres que d�o manchete em jornal, como estranhar que a secretaria especialmente criada para defender animais de rua, que dificilmente s�o not�cia, esteja empenhada no seu exterm�nio? O secret�rio Victor Fasano (sim, aquele mesmo) � criador de aves; de c�es e gatos n�o entende nada, como deixou claro nas declara��es que deu � imprensa. Tampouco entende de promo��o e defesa de animais: basta ver a equipe que convocou para essa miss�o.

    � frente dos trabalhos p�s a doutora Vera Cardoso de Melo, especialista em produ��o animal (bichos criados para virar alimento), e ex-diretora do CCZ de Campos. Nada tenho contra ela, exceto, naturalmente, o fato de que algu�m que se especializou e se dedicou � matan�a de animais est� longe de ter o perfil adequado para melhorar as condi��es dos bichos de rua.

    Na verdade, durante um breve momento, at� acreditei que, cansada ou arrependida de exterminar criaturas, a doutora Vera estivesse disposta a aliviar o seu karma; tivemos uma troca de correspond�ncia cordial e civilizada mas, no fim, ficaram faltando muitas respostas -- e muitos gatos. Em menos de um m�s, sumiram uns 90 no Jardim do M�ier; a pequena col�nia de 15 bichanos velhinhos do viaduto do Rio Sul foi exterminada; e a carrocinha atacou novamente na �rea do Jockey, onde alguns dos gatos que fugiam apavorados acabaram atropelados. A Sepda nega o mortic�nio, mas n�o diz o que � feito deles.

    Sua atua��o est� sendo t�o calamitosa que, talvez pela primeira vez na vida, ONGs, volunt�rios e protetores de animais est�o de pleno acordo em rela��o a alguma coisa. Muitos j� escreveram para a prefeitura, pedindo a extin��o da secretaria; assim, talvez, os nossos bichos de rua tenham uma chance de sobreviver.

    Os efeitos das novas diretrizes animais da prefeitura, ali�s, j� se fazem sentir. Na segunda passada, os alunos da Escola Municipal Rep�blica Argentina, em Vila Isabel, ficaram sem merenda. O local est� infestado de ratos, que invadiram a despensa, serviram-se � vontade e contaminaram tudo.


    (O Globo, Segundo Caderno, 2.6.2005)





    1.6.05


    Muito bom!!!

    Voc�s j� viram um an�ncio da Hyundai em que um casal se encontra com os respectivos carros? D� de dez naquela bobagem da Paris Hilton, mas infelizmente n�o foi ao ar.






    Deu no Globo Online

    Garotinho e Rosinha recuperam direitos pol�ticos com novo efeito suspensivo

    RIO - O desembargador M�rcio Pacheco de Melo concedeu, no fim da manh� desta quarta-feira, efeito suspensivo contra a inelegibilidade da governadora Rosinha Garotinho (PMDB) e do secret�rio estadual de Governo, Anthony Garotinho (PMDB). Eles tinham perdido os direitos pol�ticos ap�s decis�o, no m�s passado, da ju�za eleitoral de Campos Denise Appolin�ria.

    Com o efeito suspensivo, Rosinha e Garotinho voltam a ter seus direitos pol�ticos at� o julgamento do m�rito pelo Tribunal Regional Eleitoral. A decis�o do desembargador M�rcio Pacheco de Melo tamb�m favorece o ex-candidato do PMDB a prefeito de Campos Geraldo Pudim.
    E depois ainda querem que a gente acredite na justi�a...








    Amigos, muito obrigada a todos pela for�a! Ler o que voc�s escreveram me fez muito bem e me renovou as esperan�as em rela��o � Keaton.

    Voc�s t�m toda a raz�o: estat�stica � estat�stica, gato � gato.

    Sei que este n�o � um approach muito cient�fico, mas �, com certeza, o que faz mais bem � alma.

    Valeu mesmo! :-)

    (Acima, os patinhos da Pra�a da Paz, fotografados com o celular.)