30.6.05 CatiripapoDo Cat:
![]() N�o tem pre�o!Depois de ver a sele��o l� deles perder para a nossa na Copa das Condfedera��es, e de ver o River perder para o S�o Paulo na Copa Libertadores, o Ol� argentino jogou a toalha.Eles podem at� n�o ter futebol, mas pelo menos t�m senso de humor... :-D ![]() Tu te lembras da casinha pequenina?H� um Brasil maior do que tudo isso que a� est�;os assassinos, por�m, andam soltos entre n�s Uma paisagem verde, um p� de caqui vermelho de frutas, uma vaca pastando, dois homens conversando numa varanda ao entardecer -- e a casa, digna, bonita, estalando de limpa. Eu nunca tinha ouvido falar em Xanxer�, no interior de Santa Catarina, at� minha filha voltar de l� trazendo essas imagens evocativas numa pequena c�mera digital. Passei muito tempo olhando para a casinha t�o brasileira, admirando cada detalhe, feliz em encontrar numa foto t�o singela o ant�doto emocional para a sujeirada que Bras�lia nos despeja aos baldes sobre a cabe�a, dia ap�s dia. Publiquei as fotos no blog. * * *"Cora, eu nasci numa casinha exatamente assim, l� no Paran� -- escreveu L�cia Latorre. -- Minha m�e mora at� hoje numa casinha exatamente igual. Tamb�m l� no Paran�. A foto da varanda com os dois homens sentados lembra meu pai que era ferreiro e meu irm�o, igualmente ferreiro de profiss�o. E eu sempre tive vergonha de morar em casa de madeira, meu sonho era acordar e ver uma parede de tijolo. O ch�o da casa que aparece lustroso e limpinho, � porque desde cedo a gente aprendia a encerar o ch�o. A cera era feita com tablete Santo Antonio derretido com meio litro de gasolina, que a gente esquentava no fog�o a lenha.Vendo essas fotos eu chorei. Porque hoje tenho uma casa de tijolo como eu queria, grande, bonita, mas n�o sou feliz como era naquele tempo. Eu poderia at� ser feliz hoje, mas por que ser� que n�o sou? Venho aqui todos os dias, mas nunca escrevo porque tenho vergonha ou receio de cometer erros de portugu�s. Mas obrigada por devolver meu passado. Hoje mesmo liguei para minha m�e e vou visit�-la semana que vem." Alexandre Ribondi, o amigo querido de Bras�lia que escreve t�o bem, respondeu: "L�cia, l� na serra do Esp�rito Santo, de onde eu sou, por causa dos imigrantes italianos, alem�es e poloneses, tem muita casa assim. E o que ficou grudado na minha mem�ria � o ch�o eternamente brilhante. Quando minha m�e ia passar o pano, eu me sentava nele e, fazendo peso para lustrar bem, ainda brincava de deslizar pela casa, desviando-me das quinas dos m�veis. Em dia de encerar tamb�m, as cortinas das portas internas eram amarradas para ficarem suspensas. Um dia, meu irm�o do meio tentou me enforcar no n�, o que provocou um alvoro�o igual a galinheiro invadido por gavi�o. E lembra das roupas, como eram branquinhas, lavadas com boneca de anil? E na sua casa tinha ling�i�a pendurada num pau em cima do fog�o � lenha para defumar? Tinha horta onde, quando a m�e mandava ir pegar alface, a m�o da gente congelava com o frio de uns dois graus? Eu me lembro do cheiro de broa, de mandioca cozida, de p�o preto com mel em cima, de polenta. Nem se trata de ser mais ou menos feliz que hoje ou algum dia por vir. � que era bonito demais. E, olha, fica pra sempre." Foi um fim-de-semana nost�lgico, com amigos que n�o se conhecem trocando lembran�as de inf�ncia, hist�rias de um pa�s que, apesar de tudo, insiste e resiste por si mesmo, alheio a mensal�es, a tesoureiros milion�rios e a deputados corrompidos at� o osso; um pa�s onde ser chamado de ladr�o ainda � ofensa, onde honra n�o � figura de ret�rica e onde o ch�o brilha porque � assim que tem que ser. Como disse o Cesar Valente, l� de Florian�polis: "O Brasil, a gente sabe, mas esquece de vez em quando, � maior e melhor que seus pol�ticos e seus governantes." * * *H� dois anos, no dia 24 de julho de 2003, lamentei, aqui, a sorte de Gustavo Damasceno, morto ao volante de seu Uno Mille por um bando de cretinos que batiam pega na Vieira Souto em carr�es importados. Como era de se prever, nada aconteceu aos assassinos do rapaz correto, trabalhador. Depois de destruir uma fam�lia, armaram-se de bons advogados e hoje simplesmente n�o se fala mais neles, assim como em breve n�o se falar� mais neste Ioannis Amora Papareskos, o troglodita que j� est� de volta �s ruas, amparado pela justi�a dos ricos.Infelizmente, n�o h� casinha em Xanxer� que baste para a gente engolir este outro Brasil, que perdeu por completo a no��o do que � certo e do que � errado. Para a desembargadora Rosita de Oliveira Neto, matar um senhor que estava calmamente aproveitando a manh� n�o parece ser raz�o suficiente para manter algu�m atr�s das grades; afinal, passado o porre monumental do u�sque, das quatro vodcas e das sete cervejas, o assassino de Cl�udio Mazzei Moniz � um ser humano como outro qualquer. Suzanne Richthofen, aquela flor dos Jardins, tamb�m �: seu advogado acha um absurdo manter encarcerada uma pessoa de bons antecedentes s� porque matou a m�e e o pai. Como ela � loura, fez escova progressiva e tem uma conta banc�ria de �ltimo tipo, o STJ concordou com ele. Grande, grande suspiro. A gente faz o que pode para amar este pa�s, mas �s vezes, sinceramente, fica dif�cil: n�o h� reserva de ternura que consiga sobreviver a tanta safadeza. (O Globo, Segundo Caderno, 30.6.2005) 29.6.05 ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Al�?! Click!H� duas semanas estou usando um Sony Ericsson K750i como c�mera e telefone. Isto �: com exce��o de um fim-de-semana na Bahia (onde foram feitas algumas dessas fotos), sai todos os dias sem c�mera, o que, para mim, al�m de parecer temeridade, cria tamb�m algo pr�ximo � s�ndrome de abstin�ncia.Devo dizer, por�m, que, ao longo desse tempo, o telefoninho cumpriu �s mil maravilhas o que dele se esperava ou, pelo menos, o que dele exigi: tem uma tela clara e brilhante, viva-voz, um bom r�dio, um bom player de MP3, acesso � web, games bacaninhas. O som, tanto das campainhas quanto da m�sica, podia ser um pouco mais alto; mas isso � s� detalhe. O quente do K750i � mesmo a c�mera, que entra em a��o assim que se abre a tampa traseira que cobre a lente -- e que � mesmo uma c�mera, com auto-foco, macro e alguns controles manuais. E que, como qualquer c�mera, se usa na horizontal. Um bot�o na lateral do celular (modo fone) vira disparador no modo c�mera. Como em qualquer outra digital, ele tamb�m precisa ser pressionado levemente antes do clic para fazer foco; e, imaginem que del�cia, pode-se at� ouvir o mecanismo interno da lente em a��o, zzz? zzz, procurando a imagem ideal. � luz do dia, esta � quase sempre perfeita. A reprodu��o de cores � muito fiel, e praticamente n�o h� distor��o ou perda de nitidez nos cantos. Em ambientes internos e � noite, naturalmente, ele enfrenta maiores dificuldades. Para objetos pr�ximos, pode-se recorrer ao photo light, esp�cie de flash que, inclusive, pode ser de grande valia em casos de apag�o; mas sua luz � fria, e a tend�ncia � compens�-la com tons excessivamente alaranjados. Isso pode ser corrigido desabilitando-se o modo autom�tico do controle de branco. A c�mera permite fazer fotos grandes (1632 x 1224), m�dias (640 x 480) e pequenas (160 x 120), em modo normal, panor�mico (grande barato!), com 24 moldurinhas tipo cartoon ou num burst de quatro imagens, �timo para fotografar cenas de a��o, crian�as, animais de estima��o e o que mais teime em se mexer no momento decisivo. H� ainda um modo noturno, temporizador e efeitos b�sicos, como P&B, s�pia, negativo e um "clarear" que parece solarizador. O produto de tantas variantes pode ser guardado na mem�ria interna do telefone ou em cart�es Memory Stick Duo, que atualmente v�o at� 2Gb. A interface � �tima e traz um help providencial para a maioria das fun��es, o que torna o manual praticamente desnecess�rio. O K750i, um candy-bar t�pico com um design conservador, bate um bol�o. Pesa cerca de cem gramas, tem bateria de �tima dura��o e -- impressionante! -- � o primeiro telefone que eu uso que, na maioria dos casos, consegue substituir satisfatoriamente uma c�mera b�sica. (O Globo, Info etc., 27.6.2005) 28.6.05 Quem canta seus males espantaO Moreno fez uma sele��o de mel�s da crise. Est� t�o boa que n�o resisti e roubei algumas (quase todas...) para c�:Chega de tentar dissimular e disfar�ar e esconder O que n�o d� mais pra ocultar e eu n�o posso mais calar J� que o brilho desse olhar foi traidor E entregou o que voc� tentou conter O que voc� n�o quis desabafar e me cortou... J� lhe dei meu corpo, minha alegria J� estanquei meu sangue quando fervia Olha a voz que me resta Olha a veia que salta Olha a gota que falta Pro desfecho da festa... Se tu falas muitas palavras sutis E gostas de senhas, sussurros, ardis A lei tem ouvidos pra te delatar Nas pedras do teu pr�prio lar Se trazes no bolso a contraven��o Muambas, baganas e nem um tost�o A lei te vigia, bandido infeliz Com seus olhos de raio-x Se vives nas sombras, freq�entas por�es Se tramas assaltos ou revolu��es A lei te procura amanh� de manh� Com seu faro de dobermann E se definitivamente a sociedade s� te tem Desprezo e horror E mesmo nas galeras �s nocivo �s um estorvo, �s um tumor A lei fecha o livro, te pregam na cruz Depois chamam os urubus Se pensas que burlas as normas penais Insuflas, agitas e gritas demais A lei logo vai te abra�ar, infrator Com seus bra�os de estivador Vou pedir pra voc� ficar Vou pedir pra voc� voltar Eu te amo Eu te quero bem... Quando a gente ama n�o pensa em dinheiro S� se quer amar Se quer amar Se quer amar De jeito maneira N�o quero dinheiro Quero amor sincero... Negue o seu amor O seu carinho Diga que voc� j� me esqueceu Pise machucando de mansinho Este cora��o que ainda � teu Diga que o meu pranto � covardia Mas n�o se esque�a Que voc� foi meu um dia... Quebrei o teu prato, tranquei o meu quarto Bebi teu licor Arrumei a sala, j� fiz tua mala Pus no corredor... Hoje n�o existe nada mais entre n�s Somos duas almas que se devem separar O meu cora��o vive chorando e minha voz J� sofremos tanto que � melhor renunciar... Meu partido � um cora��o partido E as ilus�es est�o todas perdidas Os meus sonhos foram todos vendidos T�o baratos que eu nem acredito Que aquele garoto que ia mudar o mundo Freq�enta agora as festas to "grand monde" Meus her�is morreram de overdose Meus inimigos est�o no poder Ideologia, eu quero uma pra viver... N�o, eu n�o posso lembrar que te amei N�o, eu preciso esquecer que sofri Fa�a de conta que o tempo passou E que tudo entre n�s terminou E que a vida n�o continuou pra n�s dois Caminhemos, talvez nos vejamos depois... Se voc� cr� em Deus Erga as m�os para os c�us E agrade�a Quando me cobi�ou Sem querer acertou Na cabe�a Eu sou sua alma g�mea Sou sua f�mea Seu par, sua irm� Eu sou seu incesto (seu jeito, seu gesto) Sou perfeita porque Igualzinha a voc� Eu n�o presto... Pode ir armando o coreto E preparando aquele feij�o preto Eu t� voltando P�e meia d�zia de Brahma pra gelar Muda a roupa de cama Eu t� voltando... Nosso amor que eu n�o esque�o, e que teve o seu come�o Numa festa de S�o Jo�o Morre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilhete, sem luar, sem viol�o Perto de voc� me calo, tudo penso e nada falo Tenho medo de chorar... Eu sei que eu tenho um jeito Meio est�pido de ser E de dizer coisas que podem magoar e te ofender Mas cada um tem o seu jeito Todo pr�prio de amar e de se defender Voc� me acusa e s� me preocupa Agrava mais e mais a minha culpa Eu fa�o, e desfa�o, contrafeito O meu defeito � te amar demais Voc� abusou Tirou partido de mim Abusou Tirou partido de mim Abusou Tirou partido de mim Abusou... N�o vejo mais voc� faz tanto tempo Que vontade que eu sinto De olhar em seus olhos, ganhar seus abra�os � verdade, eu n�o minto E nesse desespero em que me vejo J� cheguei a tal ponto De me trocar diversas vezes por voc� S� pra ver se te encontro Voc� bem que podia perdoar E s� mais uma vez me aceitar Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perd�-la Agora, que fa�o eu da vida sem voc�? Voc� n�o me ensinou a te esquecer... Desculpe o au� Eu n�o queria magoar voc� Foi ci�me, sim Fiz greve de fome, guerrrilhas, motim Perdi a cabe�a Esque�a.. Da pr�xima vez eu me mando... Por voc� vou roubar os an�is de Saturno Eu minto, mas minha voz n�o mente Minha voz soa exatamente De onde no corpo da alma de uma pessoa Se produz a palavra eu Dessa garganta, tudo se canta Quem me ama, quem me ama Adeus, meu olho � todo teu Meu gesto � no momento exato Em que te mato... #$%^@*!!!Argh!!!!!!!!!!!Minha m�quina est� bichada. O sistema est� devagar quase parando, o Word trava e fecha a cada segunda palavra digitada, nada se mexe. * suspiro * 27.6.05 Matou a pauMill�r, na Veja:No Congresso, s� porque n�o est�o se vendendo, alguns se acham de esquerda. E alguns, s� porque se acham de esquerda, acham que n�o est�o se vendendo 1001001N�mero de pageviews que o Nedstat estava marcando ainda agora; ele foi instalado em 24 de agosto de 2002.Zoooooooom!Na DP Review, tudo sobre a nova Canon S2 IS, a mais nova c�mera com zoom �ptico 12x.Ta� uma que estou doida para ver... ![]() A pedidosO Tom e o Lucas pediram fotos da Keaton estudando hidrologia. No entanto, sendo, como �, um gato, Keaton jamais faz exatamente o que se espera dela; e nem quis saber de redemoinhos.Em compensa��o, passou o dia se divertindo com o chuveirinho do bid�. Ao contr�rio do resto da Fam�lia Gato, Keaton adora �gua, e sai encharcada de cada sess�o de estudos. (Tirando a barriguinha raspada, ela n�o est� uma gracinha?) 26.6.05 Frases de cinemaL� na Meg, eterna Musa Inspiradora, Fada Madrinha e Grande M�e dos blogs.BR, h� um bom papo sobre aquelas falas de filme que todo mundo adora.Frankly, my dear, I don't give a damn!, do Rhett Butler, em "E o vento levou", foi eleita favorita numa lista americana. Eu, por�m, estou com a Meguita: para mim, Nobody's perfect!, �ltima frase de "Some Like it Hot" (Quanto mais quente melhor), dita pelo Osgood, � imbat�vel. Mas h� tantas falas maravilhosas! Qualquer filme do Woody Allen tem pelo menos meia d�zia. E agora mesmo eu estava assistindo com a Bia, pela en�sima vez, a "Groundhog Day" (Feiti�o do tempo), e revi uma fenomenal, quando o guarda rodovi�rio informa ao Bill Murray que est�o fechando a estrada por causa de uma tempestade de neve. -- O senhor tem duas op��es: ou volta j� para Punxsutawney ou morre congelado! Ent�o, vai fazer o qu�? (longa pausa) --- Estou pensando. Ali�s, a Meg fez anos dia 23 e a cabe�a de vento que vos tecla se esqueceu da Magna Data, pode isso?! ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Lembran�as de viagemMais uma leva de fotos da Bahia!Quando as fiz, estava muito preocupada com a c�mera: digitais s�o super-sens�veis � maresia -- perdi uma Olympus boazinha h� alguns anos, num cen�rio justamente assim -- e, desta vez, fiz a besteira de n�o embrulhar a m�quina num saco pl�stico, que � o procedimento que passei a adotar para essas ocasi�es. A �gua estava rasinha e muito limpa, de modo que pude fotografar o caranguejo do alto; mas devo confessar que fiquei meio chocada quando percebi que ele estava comendo... outro caranguejo! Que canibal, francamente. Ah, sim: o azul que aparece nas fotos do bem-te-vi n�o � a cor da �gua, mas o reflexo do c�u. Show, n�? Bom restinho de domingo proc�s! 25.6.05 Fotos no Blogger.comEst� explicada a mudan�a do sistema de upload de fotos que reparei ontem ou ante-ontem: o Blogger.com liberou geral. Agora todos os usu�rios podem subir imagens � vontade, sem precisar recorrer ao Picasa ou ao Hello.Na parte superior da moldura da caixa de edi��o h� dois novos �cones, um quadrinho e uma folha de papel; basta clicar neles para que se abram janelas de di�logo para fazer o upload. O quadrinho permite centralizar a foto, alinh�-la � direita ou � esquerda. Tamb�m permite subi-la em tamanho pequeno, m�dio ou grande (embora o Blogger, irritantemente, n�o diga quais s�o as medidas desses tamanhos), ou inserir imagens encontradas em outros sites. A folhinha de papel corresponde ao velho sistema em que se subia a foto sem maiores frescuras. O bom � que � tudo di gr�tis, com direito a 300Mb em disco, o que d� texto e figurinha �s pampas. Paradoxalmente, os antigos usu�rios do Blogspot Plus, que podiam subir fotos e ainda podem usar FTP, continuam reduzidos aos seus antigos limites, que andavam a� pelos 100Mb. O meu nem desconfio de quanto seja; lembro que h� um ou dois anos o internETC. bateu com a cabe�a no teto e o Jason (Shellen; um dos criadores do Blogger, que conheci aqui no Rio) me deu uma ampliada legal no espa�o. Enfim -- boas figurinhas, pessoas! e bom fim-de-semana para todos. O nosso, aqui em casa, j� est� garantido com a volta da Keaton... :-) ![]() ![]() ![]() Conversas com KeatonKitinha teve alta!Finalmente est� em casa de vez, n�o precisa mais voltar para a cl�nica. Ainda tem que tomar uns rem�dios, e temos que usar um spray num pontinho que n�o cicatrizou de todo, mas aos poucos volta ao seu humor habitual. Ontem quando cheguei do jornal me espichei no ch�o para brincar com a Fam�lia Gato, como fa�o sempre que tenho um tempinho, e ela veio conversar; eu estava com a c�mera na m�o conferindo umas fotos, aproveitei e flagrei o nosso bate-papo. Quer dizer: virei uma papparazza do-it-yourself. Quanto � Keaton (ou "Quiton", como escreveram nos pertences dela na cl�nica) est�, neste exato momento, imersa nos seus estudos de hidrologia, uma das suas �reas favoritas de conhecimento. Fica na pia horas, tapando o ralo com a pata, que, de repente, levanta no ar para ver a �gua fazer redemoinho. Soube que, no Oriente, o redemoinho roda para o outro lado, e n�o se cansa de pensar nisso. 24.6.05 ![]() Paulinho e Emilia foram juntos a um baile fantasia Anos 50: n�o ficaram bonitinhos? (pergunta a m�e e v� coruja, toda prosa) Completando: Esqueci de dizer, n�o s� estavam lindos como, ainda por cima, ganharam o concurso de dan�a! Com trof�u e tudo!!! 23.6.05 ![]() Clic!O Blogger acaba de mudar o sistema de upload de fotos... ainda n�o sei se melhorou ou n�o. Descobri isso ao subir esta foto maravilhosa; o texto que a acompanhava dizia que o bombeiro havia acabado de salvar a cadelinha de um inc�ndio. Fui checar a hist�ria, que me pareceu meio lenda urbana.Pois � extamente o caso: meio lenda. A foto, feita em 1999 por Pattrick Schneider do "Charlotte Observer", � aut�ntica; a legenda que a acompanha n�o. O bombeiro, chamado Jeff Clark, de fato ajudou a apagar um inc�ndio na casa onde morava Cinnamon, ent�o gr�vida de cinco filhotes; mas ela escapou das chamas sozinha. Quando Clark sentou-se no gramado para descansar, Cinnamon tascou-lhe um beijo. Enfim -- lenda urbana ou n�o, a foto � campe�, n�? Hmmmmm... acho que n�o gostei do novo sistema de upload n�o. Atentados contra a Cria��oOs podres da pol�tica talvez passem, mas a vidademora bem mais a se refazer At� outro dia, "Purificar o Suba�" era, para mim, apenas uma can��o bonita de Caetano Veloso. Uma can��o forte, que fala ao cora��o de quem preza o meio-ambiente, mas, ainda assim, solta no espa�o, como tantas outras que denunciam atrocidades que nos revoltam -- l� longe. N�o mais. No �ltimo fim-de-semana estive em Santo Amaro da Purifica��o, no Rec�ncavo Baiano, e conheci este pobre Suba�, que corta, com suas �guas negras, a paisagem de sonho. O rio foi assassinado por empresas produtoras de �xidos de chumbo que, ao longo de 33 anos, faturaram US$ 450 milh�es �s custas da sa�de e da beleza de uma regi�o paradis�aca. A �ltima empresa foi fechada em 1993, mas a essa altura, a quantidade acumulada de lixo t�xico ultrapassava 500 milh�es de toneladas, e a contamina��o se espalhara por toda a parte. Hoje ou�o a grava��o inigual�vel de Maria Beth�nia em "Brasileirinho", penso naquelas �guas tristes e fico com o cora��o apertado; mal imagino a revolta que n�o atravessa a alma de quem conheceu um Suba� l�mpido e cheio de vida, vendido aos malditos por trinta dinheiros. * * *Santo Amaro j� foi evidentemente rica e elegante. A prosperidade deixou sua marca nas duas lindas igrejas, na pra�a bonita, nos detalhes caprichados das casas antigas.Na esteira do envenenamento do Suba�, veio o inevit�vel decl�nio econ�mico. A �rea empobreceu econ�mica e esteticamente; as velhas casas cheias de personalidade deram lugar �queles caixotes sem estilo que, infelizmente, tanta gente pelo Brasil afora ainda interpreta como "arquitetura moderna". H� um bom estudo sobre o caso em subae.notlong.com. Apesar disso, Santo Amaro continua ador�vel, hospitaleira e gentil, com seu ritmo atemporal de interior, sua profus�o de �rvores frut�feras e seu ar de festa que, desconfio, seja mais permanente do que as bandeirinhas juninas que saudam os visitantes. As maldades que lhe fizeram a tornaram fr�gil mas, coitadinha, tamb�m mais querida. * * *O Jockey Club, como todo mundo sabe, � um dos lugares mais chiques do Rio. Situado num ponto privilegiado da G�vea, tem uma arquitetura impec�vel, uma vista extraordin�ria, uma programa��o das mais variadas -- e uma diretoria sem princ�pios e sem cora��o, que h� anos luta para acabar com os gatos que l� s�o abandonados.Se n�o fosse por Ana Yates, raro exemplo de cidadania e dignidade no lama�al em que o pa�s inteiro parece chafurdar, os pobres quadrupinhos j� estariam extintos: como uma Erin Brockovich da causa felina, ela luta h� anos, praticamente sozinha, contra todos os obst�culos que o poderio do Jockey p�e em seu caminho. J� foi � prefeitura, � justi�a, aos jornais; tudo em v�o. Tenta, desesperadamente e por seus pr�prios meios, dar �s criaturinhas que ainda l� sobrevivem um m�nimo de conforto, mas, ultimamente, nem isso lhe permitem mais fazer. Tenho certeza de que a maioria dos s�cios do clube n�o sabe do que acontece �s suas costas. Pe�o-lhes: leiam a carta que me foi enviada por Lilian Queiroz, outra abnegada defensora de bichos, e cobrem a vida e o sofrimento desses animaizinhos � diretoria. N�o sejam coniventes com este crime! "Recebi uma liga��o desesperada da Ana Yates, contando que Lucinda, Rita e Rose, as volunt�rias de Vila Isabel que ainda t�m permiss�o para alimentar os gatinhos confinados, estiveram hoje no Jockey Club e voltaram arrasadas. No "gatil", mais uma vez, n�o havia uma vasilha com �gua, e nem vest�gios dela. Os gatos estavam famintos. Alguns mutilados, provavelmente pelos maus tratos da captura, precisando urgentemente de tratamento veterin�rio. No casebre, o quadro era dantesco: filhotinhos presos em gaiolas sem �gua e sem ra��o, tr�s gatos desesperados dentro de caixas de transporte, um gato trancado com cadeado num dos quartinhos, com toda certeza nas mesmas condi��es, ou seja, sem �gua ou ra��o. A este �ltimo n�o puderam alimentar ou dar �gua por n�o terem conseguido a chave do cadeado. Rose se desesperou, gritou, discutiu e talvez seja proibida tamb�m de entrar l� novamente, como aconteceu com outras protetoras. Disse que n�o ag�enta mais, nem tem condi��es emocionais para ver tanto sofrimento. Gente, at� quando isso vai ficar assim impune?! Tantas vidinhas j� se foram, tanto sofrimento! E ainda est�o querendo arquivar o processo contra o Jockey... N�o sei mais a quem recorrer, � tristeza demais!" Vale lembrar que esta � c�mara de horrores que o secret�rio de Promo��o e Defesa dos Animais, Victor Fasano, quer adotar para toda a cidade: no dia 19 de maio, ele declarou, em entrevista, que "no Jockey, os gatos est�o agora sem doen�as e bem-nutridos. Sem controle, eles n�o podem receber medicamento com regularidade". � poss�vel lev�-lo a s�rio?! (O Globo, Segundo Caderno, 23.6.2005) 22.6.05 Parem o mundo...Gente, ser� que n�o h� uma boa not�cia em lugar algum?!Nada, coisa nenhuma, nem um pontinha de qualquer acontecimento que mere�a j�bilo ou comemora��o?! Vejam s� o que acaba de chegar � minha mailbox: SOS PARA DOIS CACHORRINHOS!!! Madre TeresaEm Roma o homem comungou s� assim, do nada, e teve a cara de pau de dizer que n�o tem pecado; agora ningu�m tem mais autoridade moral e �tica do que ele neste pa�s.Obviamente j� se esqueceu, ou acha que nos esquecemos -- o que � pior -- de que passou um cheque em branco para o parceiro Roberto Jefferson; para citar apenas o fato mais recente. H� tempos, quando o Lula ainda estava em campanha, o Mill�r disse que a ignor�ncia lhe subiu � cabe�a. Antes fosse s� isso. Que popularidade, hein?N�o, crian�as, este celular n�o pertence ao Felipe Dylon, mas a um amigo meu cliente da Claro.O rapaz � bonito, simp�tico e popular, mas n�o tanto... 21.6.05 ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Santo AmaroSanto Amaro da Purifica��o j� foi rica e elegante. A prosperidade deixou sua marca nas duas lindas igrejas, na pra�a bonita, nos detalhes caprichados das casas antigas.Um dia veio o progresso, que envenenou o rio Suba� e a alma da cidade (bem como um n�mero incerto de cidad�os). As casas antigas cheias de personalidade vieram abaixo, dando lugar aos caixotes sem estilo que, infelizmente, tanta gente por este Brasil afora interpreta como "arquitetura moderna". Ainda assim, continua hospitaleira e am�vel, com um ritmo bom de interior, uma profus�o de �rvores frut�feras e um ar de festa que, desconfio, seja mais permanente do que as bandeirinhas juninas que me saudaram. Gostei demais. O secret�rio se manifestaDeu no Globo:"H� tr�s semanas tenho sido alvo de cr�ticas da jornalista Cora R�nai sobre o meu trabalho na Secretaria Especial de Promo��o e Defesa dos Animais (Sepda). Como todo democrata e a favor da liberdade de imprensa, sou pass�vel de cr�ticas, positivas ou n�o. Elas enriquecem qualquer trabalho.Algumas observa��es: A essa altura do campeonato, a �nica informa��o que eu queria mesmo ter sobre a Sepda seria a da sua extin��o, ou muito em breve, al�m dos ratos, n�o haver� um �nico animal nas ruas da minha cidade. 20.6.05 MoblogDeixei meu moblog pra l� h� tempos, por uma s�rie de raz�es:Agora, por causa de um post da Rosana Hermann, a Querida Blogueira, que precisou do link e veio pesc�-lo aqui, dei um pulo at� l�. Pois n�o � que o site deu uma melhorada e tanto? Est� mais �gil, mais "naveg�vel", mais f�cil de usar e entender. Ainda est� longe do ideal, mas deixou de ser a selva ingrata que era. N�o sei se vou voltar a postar fotinhas l�; na verdade, desde que abandonei o meu fiel telefonino pela sucess�o de celulares que ando testando, tenho postado pouqu�ssimas fotos direto do telefone. A quest�o � que tudo isso � pr�tica e familiaridade, e eu n�o tenho passado tempo suficiente com telefone nenhum para que essas tarefas virem segunda natureza. Acho que vou ter que repensar a minha vida telef�nica. ![]() ![]() ![]() Cenas dom�stiCATsKeaton foi ao vet, tomou soro, reclamou muito e voltou para casa.Ainda n�o est� de alta: n�o pode comer muito por causa da pancreatite, nem pouco demais por causa do perigo da lipidose. Ainda tem que voltar algumas vezes ao vet, mas melhora a olhos vistos: j� sobe sozinha na janela, voltou a ajudar no trabalho com o computador e reclama dos percal�os da celebridade. Reina a paz. Deu no Blue BusUm dos leitores do Blue Bus mandou um email para l� a respeito do Caso Nova Schin. Pode ser, por n�o ser -- mas a verdade � que eu ainda n�o tinha pensado nisso por esse �ngulo."Outro dia uma leitora do Blue Bus fez uma brincadeira com o problema da Schin perguntando no final se iria faltar cerveja. Parece que vai. E mais. Parece que este pa�s saiu da impunidade total para a receita americana de prender antes para ver se tem culpa depois. 19.6.05 ![]() :-)))Olhem s� quem acaba de chegar...!Kitinha veio passar a noite em casa -- e, a meu ver, est� MUITO melhor! Est� naturalmente contrariada e desconfort�vel com a agulha do soro que continua presa � pata -- bem coberta por esparadrapo -- mas est� bem espertinha. Temos que aliment�-la de hora em hora, e ela, felizmente, protesta com bastante energia. Amanh� volta para a cl�nica para continuar o tratamento, mas o que esta casa est� alegre neste momento nem vos conto... Em tempo: desculpem a falta de not�cias, mas passei a sexta e o s�bado fora, sem acesso � internet. 16.6.05 KeatonSegundo o dr. Jaime, Kitinha est� bem. Est� tranq�ila, numa gaiola grande onde h� um pipicat para ela e para onde levamos uma das caminhas de gato aqui de casa de que ela gosta muito.Mas quem eu fiquei mais satisfeita de ouvir hoje foi o Julio, o enfermeiro, que me passou duas informa��es muito boas: Keaton rosnou quando cuidaram do corte na barriguinha -- que j� est� praticamente OK -- e o vet est� contente. A situa��o ainda � cr�tica, mas este rosnado me deixou muito feliz: at� ontem ela estava t�o caidinha que nem isso fazia. Ah, sim: desculpem a� s� estar falando nisso, mas eu realmente estou meio sem foco no resto das coisas. Fora a Fashion Rio, que toma um tempo enorme -- mas, felizmente, diverte um bocado. Estou devendo este post. Posta restanteAos amigos que me mandaram emails por esses dias: desculpem a falta de educa��o, mas, como voc�s sabem, as coisas andam complicadas por aqui.Vou responder a todos na primeira brecha que o tempo me der, OK? Muito carinho para todos -- voc�s s�o mesmo tudo de bom... :-) ![]() O triunfo dos blogsAssim como, no outro dia, no auge da crise, o presidente Lula confessou que o que realmente o fez sofrer foram os angustiantes minutos do jogo contra a Argentina, eu confesso que, durante todo o depoimento do deputado Roberto Jefferson, o que realmente mexeu comigo foi a rapid�ssima refer�ncia que ele fez ao blog do Noblat; mais precisamente, ao "blig" do Noblat, posto que assim se chamam os blogs do IG. Uma refer�ncia comum, normal, como a refer�ncia a qualquer outra forma de comunica��o bem conhecida, como r�dio, jornal ou televis�o.* * *Fiquei encantada. Como nerd , como blogueira de primeira hora, como leitora de blogs e crente incondicional do blog como ferramenta de democracia e de comunica��o, a id�ia de que um deputado j� possa se referir a um blog sem precisar explicar � na��o o que ele � me encheu de orgulho e de contentamento: chegamos l�!� claro que teria sido mil vezes melhor ver esta maravilha da internet ser al�ada ao centro da vida pol�tica brasileira em circunst�ncias mais nobres e atrav�s de um arauto com melhores antecedentes e maior credibilidade; se eu pudesse escolher, certamente preferiria o outro Jefferson, o Peres, que � uma figura digna e correta ? mas tamb�m n�o se pode ter tudo... Afinal, h� um ou dois anos era quase imposs�vel encontrar esta palavra, blog, sem um par�nteses ao lado, explicando que, apesar da fama de di�rios de adolescentes, blogs tamb�m s�o usados por n�o-adolescentes para fins eventualmente s�rios. Nos EUA eles chegaram � maturidade naquele 11 de setembro de horrenda mem�ria; no Brasil s�o discutidos h� tempos e, aqui no GLOBO, j� foram at� incorporados � nossa edi��o online. Ainda assim, acho que a refer�ncia no depoimento do deputado ? feita num momento hist�rico, para um pa�s paralisado diante da TV, e consagrada nas �reas de coment�rio ? pode ser considerada um marco. * * *Nos blogs mais populares, as �reas de coment�rio correspondem a verdadeiras mesas de botequim virtuais, onde, todos os dias, batem ponto pessoas com interesses mais ou menos parecidos, sejam esses interesses pol�tica e economia ou cerveja e mulheres peladas. Como na "vida real", � normal que, em momentos de crise, todos corram para discutir uns com os outros o que est� acontecendo.A din�mica das �reas de coment�rios � curiosa: como em qualquer botequim de esquina, as pessoas v�o se conhecendo aos poucos e percebendo, no bate-papo cont�nuo, o seu pr�prio potencial de comunica��o. Muita gente chega t�mida e fica calada por meses a fio; outros erram o tom, quebram garrafas e acabam expulsos da comunidade. N�o raro, os melhores comentaristas partem para carreiras solo, abrindo seus pr�prios "botequins" -- blogs que j� nascem com uma pequena audi�ncia cativa, e que crescem ou desaparecem de acordo com a persist�ncia e a pauta do autor. A internet � uma rede de conversas, um mar de vozes, onde s� fica sozinho quem quer. Neste burburinho incessante, o importante � n�o deixar a peteca cair. * * *Do blog do Moreno, meu querid�ssimo coleguinha da sucursal de Bras�lia, resumindo o depoimento do deputado Roberto Jefferson:"Antes de se saber se a oposi��o conseguiu ou n�o acuar o governo, fica a constata��o de que o pr�prio Congresso, os partidos e a pol�tica em geral sa�ram perdendo. Um jogo feio, sujo, triste e que n�o d� muitas esperan�as ao povo." * * *Acabou, finalmente, o julgamento do Michael Jackson. E acabou, pelo menos a meu ver, da forma certa: com a absolvi��o daquele pobre freak , que com certeza tem menos culpa no cart�rio do que uma m�e que deixa o filho na sua (dele) companhia. Pensem bem: voc�s deixariam seus filhos pequenos, de qualquer sexo, em companhia de Michael Jackson?!Tenho pena dele, que nunca teve uma vida normal e que, na verdade, nunca cresceu. N�o acredito que busque a companhia de meninos por pedofilia, mas sim por uma quest�o de n�vel mental: � dif�cil dizer o que � Michael Jackson, mas ele definitivamente n�o � um adulto plenamente respons�vel por seus atos. Teria sido mais justo que tivesse sido processado -- e ido em cana -- quando apareceu expondo um beb� na janela, perigosamente; como um irm�o mais velho, digamos, levaria uma bronca se fizesse isso com o mais novinho. J� quanto aos pais e m�es que deixaram os filhos passar a noite em Neverland, n�o tenho qualquer d�vida: esses deveriam, no m�nimo, perder a posse das crian�as. (O Globo, Segundo Caderno, 16.6.2005) 15.6.05 KeatonVoltei para casa �s tr�s e tanto. Gosto muito de andar pelas ruas de madrugada, mas hoje estava aflita demais: queria estar em casa h� tempos, fazendo companhia � Keaton.Ela voltou da cl�nica � noite, enquanto eu estava no jornal. Tirou as ataduras, mas est� caid�ssima, e continua com v�mitos e diarr�ia. Ronrona quando a gente fica perto dela; quando abre os olhinhos, faz a cara mais triste que se possa imaginar. Logo mais volta para o vet, para ficar no soro de novo. Apesar de toda a racionaliza��o poss�vel, n�o consigo deixar de me sentir horrivelmente culpada por ter deixado que fosse operada. Se o pior acontecer, n�o vou me perdoar nunca. Update: Keaton fez uma ultrassonografia e o vet descobriu o motivo da diarr�ia e do v�mito -- pancreatite. Isso quer dizer que ela vai continuar internada, no soro, porque, durante os pr�ximos dias, n�o poder� se alimentar de nada para n�o sobrecarregar o p�ncreas. Amigos, voc�s est�o sendo maravilhosos: as palavras e o carinho de todos t�m sido um grande alento. Muito obrigada, de cora��o. Sic transitFui para o jornal � tarde com uma coluna prontinha, e planos de passar pela fashion Rio antes de voltar para casa. Mas a refer�ncia do Roberto Jefferson ao blog do Noblat n�o me sa�a da cabe�a; para mim, esta refer�ncia -- feita perante um pa�s paralisado diante da TV, por um excelente comunicador plenamente consciente disso -- foi, sem d�vida, um marco na hist�ria dos blogs.Independentemente de quem seja o Roberto Jefferson ou do que ele estivesse ou n�o dizendo, a quest�o �: h� um ano ou dois, ningu�m teria coragem de falar em blog para uma audi�ncia t�o grande sem explicar o que � blog. Quem, ent�o, seria louco o suficiente para, em plena fogueira, parar tudo para explicar uma palavra importada?! Imaginem: "Conforme nota no blig do Noblat -- blig sendo a forma como s�o conhecidos os blogs do IG, um provedor de internet gr�tis; blogs sendo p�ginas pessoais na internet, que t�m este nome por causa dos di�rios de bordo... bl� bl� bl�..." Resultado: a tal coluna prontinha foi para a gaveta, onde vai ficar guardada, quem sabe, para a semana que vem. Os planos para a Fashion Rio foram para o espa�o. E eu acabei atravessando parte da noite na reda��o, batucando uma coluna sobre isso que acabei de dizer. 14.6.05 O EcoSabem O Eco, aquele �timo jornal online sobre meio-ambiente? Ent�o: (com sotaque paulista, por favor; obrigada) tem uma entrevista minha l� essa semana.Aviso aos navegantes, por�m, que ela � grande. Meeeeeesmo: tanto que, por enquanto, s� foi ao ar a primeira parte, em que falo da lagoa, da capivara, do s�tio e do esp�rito ecol�gico dos meus pais. Adorei o t�tulo: De porta-voz de capivara a detetive em Veneza. :-) Haja ventiladorRoberto Jefferson � um canalha. Este ponto j� foi estabelecido. Acontece que ningu�m sabe de canalhices melhor do que um canalha."Provas", no sentido de papel timbrado, assinado e carimbado em cart�rio, ele n�o apresentou; mas a tranq�ilidade e a seguran�a com que citou endere�os, nomes e datas foi impressionante -- e, acho eu, bastante convincente. No mais, c� entre n�s: algu�m ainda precisa de "provas" para saber como funcionam -- como sempre funcionaram -- as coisas nesse pa�s?! Em tempo: Ser� que eles n�o se d�o conta de como � rid�culo se chamarem uns aos outros de "Nobre Deputado"?! Quem � verdadeiramente "nobre" naquela casa?! Houaiss: nobre -- que merece respeito por seus m�ritos e qualidades; digno, ilustre, em�rito. Todo poder aos blogs!Roberto Jefferson, que est� dando um depoimento histri�nico, im-per-d�-vel, acaba de citar o blog do Noblat como fonte: afinal, foi l� que apareceu o depoimento de uma secret�ria confirmando que ajudava a empacotar o dinheiro do mensal�o.13.6.05 Fora, Fasano!Amanh� tem protesto: �s 15h30, na SEPDA de Botafogo, por ocasi�o da posse da Comiss�o Carioca -- composta por algumas ONGs escolhidas pelo secret�rio de Promo��o e Defesa dos Animais (huahauhauhauhauha!)-- demais ONGs e protetores prop�em-se a dar sua opini�o sincera sobre o trabalho de Victor Fasano & Co.O hor�rio � p�ssimo, parece escolhido especialmente para desestimular o comparecimento � solenidade, mas pelo menos uns dois ou tr�s "Fora, Fasano!" o alcaide -- que, dizem, estar� presente � cerim�nia -- vai ouvir. Por falar nisso: voltei a ter boa refer�ncia das ouvidorias municipais, onde aparentemente trabalham funcion�rios concursados, e n�o apaniguados do prefeito de plant�o. Portanto, pessoas, volto a sugerir: mandem suas queixas para l�, de prefer�ncia bem documentadas mas pouco verbosas, OK? Ah, sim: aos interessados em participar do protesto, o endere�o � Rua S�o Clemente, sem n�mero, em frente � Rua Real Grandeza, pr�ximo ao Batalh�o da PM. Recado dos organizadores: Pessoal, Ufa!Acabou, finalmente, o julgamento do Michael Jackson. E acabou, pelo menos a meu ver, da forma certa: com a absolvi��o daquele pobre freak, que com certeza tem menos culpa no cart�rio do que uma m�e que deixa o filho na sua (dele) companhia.Pensem bem: voc�s deixariam seus filhos pequenos, de qualquer sexo, em companhia de Michael Jackson?! Tenho muita pena dele, que nunca teve uma vida normal e que, na verdade, nunca cresceu. N�o acredito que busque a companhia de meninos por pedofilia, mas sim por uma quest�o de n�vel mental: � dif�cil dizer o que � Michael Jackson, mas ele definitivamente n�o � um adulto plenamente respons�vel por seus atos. Acho que Jackson deveria ter ido em cana quando apareceu com o beb� na janela, isso sim; como um irm�o mais velho, digamos, levaria uma bronca se fizesse isso com o mais novinho. J� quanto �s m�es e pais que deixaram os filhos passar a noite em Neverland, n�o tenho qualquer d�vida: deveriam, no m�nimo, perder a posse das crian�as. ![]() Minha amiga N�vea Semprini, que tem uma fam�lia gato das mais simp�ticas, faz lindos S�o Franciscos gateiros em papel mach�: as figurinhas t�m sempre um gatinho no colo, �s vezes um ou mais gatinhos aos p�s. Eles s�o �timos presentes para quem gosta de gato; e tenho a impress�o de que, se algu�m quiser um S�o Francisco c�ozeiro, ela faz tamb�m. O email para encomendas � semprinivea@hotmail.com. 12.6.05 ![]() ![]() KeatonHoje passei o dia com a Keaton. O p�s-operat�rio dela n�o est� sendo nada f�cil: como alguns pontos ainda n�o fecharam e a �rea mais mexida est� inchada, n�o pode tirar o curativo de todo, nem deixar de tomar o antibi�tico; est� com v�mito e diarr�ia, e amanh� vai cedo para o vet para ficar no soro.Ao longo da semana, ela foi � cl�nica dia sim dia n�o para trocar as ataduras. Como sempre fez a vida inteira, assim que v� o carregador aqui em casa, foge imediatamente; mas, na cl�nica, j� aprendeu que a sacola azul significa "carona para casa" -- e corre para l� assim que a soltam. Est� magrinha e desconfort�vel, e eu estou com muita pena da minha queridinha. Update: Keaton vai dormir no vet. O dr. Jaime prefere assim, porque ela pode ficar no soro, e eles podem cuidar melhor da parte que est� inflamada no ferimento, aparentemente contaminada por urina. Pelo menos ela est� sem nenhuma atadura, o que j� � um al�vio. Mais uma vez, muito obrigada a todos voc�s, amigos, pela energia positiva! Pat�tico � poucoEu nunca tinha visto o P�nico, este programa que todo mundo acha o m�ximo. Pois estou vendo agora, e deve haver algo muito errado comigo, porque simplesmente n�o consigo ver nenhuma gra�a nos dois "g�nios" do comando.N�o entendo o que h� de t�o extraordin�rio em humilhar pessoas, gozar suas caracter�sticas f�sicas e, de modo geral, intimidar todo mundo com a amea�a de um esc�ndalo em rede nacional. Isso n�o � humor, � chantagem. Eu s� queria ver esses dois "her�is" fazendo o seu n�mero covarde com os atletas antes de um campeonato mundial de luta livre. ![]() ![]() Dos coment�riosCora, eu nasci numa casinha exatamente assim. L� no Paran�. Minha m�e mora at� hoje numa casinha exatamente igual. Tb l� no Paran�. A foto da varanda com os dois homens sentados lembra meu pai que era ferreiro e meu irm�o igualmente ferreiro de profiss�o. Lucia, uma pessoa que escreve com tanto sentimento n�o tem perigo de errar. Quando vi essas fotos, fiquei muito tempo olhando para a casa, t�o arrumada, digna e bonita: um lar de gente de bem. A felicidade, bom, essa acho que nunca est� onde esperamos; o importante � olhar em volta com aten��o e ver onde se esconde, n�o no passado ou no futuro, mas aqui e agora. Ou mais pra frente a gente periga olhar pra tr�s, e pensar que era feliz e n�o sabia... D� um grande abra�o na sua m�e por mim; aproveite a linda casa de madeira, o ch�o limpinho, o cheiro da lenha e do caf�. Um beijo! Cora 11.6.05 Ilus�o de Movimento ![]() Ilus�o de cinemaEm 1986, um homem volta para a desconsolada cidade de Rosario, na Argentina, para retomar a vida interrompida sabe-se l� por qu�. � sua espera est�o a velha casa quase abandonada, os antigos amigos, uma vaga namorada e o filho que, descobre-se, foi retomado pela av� materna da fam�lia que o adotara quando algo aconteceu � m�e nos por�es da ditadura. O qu�? Quando? Como? Onde?"Ilusi�n de movimiento" (no original), longa de estr�ia do diretor Hector Molina, deixa uma s�rie de perguntas suspensas no ar, o que n�o seria de todo mau se a a��o tamb�m n�o se perdesse no limbo das boas inten��es cinematogr�ficas. O que se pretende inovador e inobtrusivo acaba se revelando apenas alienante e confuso. Apesar das possibilidades dram�ticas da hist�ria, em nenhum momento o filme cria no espectador qualquer empatia pelos personagens; a aproxima��o entre pai e filho, que poderia ser delicada e comovente, � um t�dio s�. Que garoto poderia se interessar por aquele mala? E que homem poderia sentir qualquer afeto por aquele garoto sorumb�tico? Depois de muito bocejar, o Bonequinho saiu contente do cinema, feliz por n�o ter mais que conviver com tais chatos. (O Globo, Rio Show, 10.6.2005) A Pedra do ReinoEu devia ter 20, 21 anos; j� tinha devorado umas duas ou tr�s bibliotecas, e lia tudo o que me ca�a em m�os. Pois um dia caiu "A Pedra do Reino", de Ariano Suassuna: quase 800 p�ginas que comecei a ler meio distra�da, e que me agarraram de jeito.Na �poca, todo o universo criado por Suassuna estava muito presente na minha vida. Eu estava morando em Bras�lia, no que at� hoje considero uma esp�cie de ex�lio; o que tornava a cidade suport�vel eram os amigos, v�rios deles nordestinos e envolvidos com o Movimento Armorial. Durante um tempo, que n�o sei quanto durou, vivi mergulhada naquele romance fabuloso (em todos os sentidos). Acordava, almo�ava e jantava pensando naquele mundo, ao mesmo tempo agreste e refinado, t�o diferente de tudo o que havia lido at� ent�o. Quando terminei, fiquei t�o desconsolada de ter acabado que, imediatamente, recomecei tudo de novo. Que A Pedra do Reino tenha ficado vinte anos fora de cat�logo � uma vergonha nacional. Ao longo desses anos todos me batia, volta e meia, a amargura de entrar numa livraria, ver tanta porcaria � venda e n�o encontrar o meu velho e maravilhoso amigo. Como se pode roubar de tanta gente a conviv�ncia com um dos melhores livros jamais escritos no pa�s?! Finalmente, h� uns dois ou tr�s meses, saiu uma nova edi��o do livro -- e hoje o Prosa e Verso traz uma �tima entrevista com Suassuna. Leiam, e depois, se posso dar um conselho, leiam tamb�m o romance. � grande e � "dif�cil", mas � uma aventura intelectual inesquec�vel. Os otimistasQue tem doido pra tudo eu sei, mas �s vezes ainda me espanto. N�o � que uma turma pretende mudar a �rbita do planeta convencendo gente ao redor do mundo a pular junto, ao mesmo tempo?!A id�ia � que o impacto pode amenizar a quest�o do aquecimento global. O dia e a hora j� est�o marcados: 20 de julho do ano que vem, 11.39.13 GMT. E, querem saber? Acho que vou participar... :-) 10.6.05 A sa�daO Emerson, que manda muito bem, encontrou a sa�da ideal para a crise: devolvermos o Brasil para Portugal!Al�m das vantagens pol�ticas e morais �bvias, h� outras: passar�amos todos a ter passaporte comunit�rio e a ganhar em euros, os D�o seriam vinhos nacionais e, quem sabe, nossos times disputariam a Champions League e a Copa da UEFA. A se pensar mesmo. O �nico problema � que acho muito dif�cil Portugal aceitar a devolu��o... 9.6.05 Ana Yates avisa:Hoje, o Dr. Wanderley Rebello Filho, presidente da Comiss�o do Meio Ambiente , da OAB-RJ estar� no programa da TVE "Direito em Debate" falando sobre Direito Ambiental. Hoje o tema do programa � s� meio ambiente. Eu e um grupo de defensores de animais cariocas tivemos o privil�gio de conversar com esse advogado e ele � realmente e seriamente comprometido com a defesa do meio ambiente, incluindo a FAUNA URBANA, que tanto nos tem preocupado e feito sofrer.Vale lembrar que o dr. Wanderley Rebello Filho combate o bom combate, dando apoio jur�dico �s ONGS e protetores de animais de rua em sua luta contra a prefeitura. ![]() Pagando micoO secret�rio Fasano viaja para S�o FranciscoIsto foi ouvido l� em S�o Francisco, onde, certo dia, brilhou Oscar Wilde: "Conclusion (!): A dificuldade de acesso a Florestas como as da regi�o da Amaz�nia, as Africanas Equatoriais, aquelas localizadas no Sudeste da �sia, Australasia, Papua New Guine, etc. tendem em inibir o acesso de pessoas comuns a essas magn�ficas �reas. Levando em considera��o que a Floresta da Tijuca e os ecossistemas do seu entorno localizam-se no centro do Rio de Janeiro, quase dividindo-o em dois, eles s�o de fato vizinhos muito pr�ximos e simp�ticos dos habitantes da cidade. Com a defini��o legal das futuras fronteiras do Parque e de suas diversas �reas, pretendemos triplicar o seu tamanho atual, fazendo com que as pessoas abracem qualquer causa que os eduque e ajude a amar a �rea. O fato da Est�tua do Cristo Redentor e o P�o de A��car ficarem h� apenas 15 minutos de dist�ncia de qualquer Hotel na beira das famosas praias de Copacabana e Ipanema. Essa enorme biodiversidade explica a urg�ncia de tornar aplic�veis os documentos da Agenda 21, de acordo com a Conven��o da Diversidade Biol�gica." Samba do ecologista doido? Pesquisa escolar? Pegadinha da internet? Nada disso. � a conclus�o (conclusion) da apresenta��o feita por Victor Fasano, secret�rio municipal de Promo��o e Defesa dos Animais (!), em encontro organizado pela ONU para comemorar o Dia Internacional do Meio-Ambiente. O congresso, que reuniu prefeitos de cem diferentes cidades, teve, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura do Rio, "o objetivo de promover e estimular o conhecimento de programas e projetos referentes � utiliza��o e preserva��o do Meio-Ambiente, como tamb�m definir pol�ticas e a��es p�blicas". Para nossa desgra�a,Victor Fasano, representante do Rio de Janeiro (!), levou uma vers�o da apresenta��o em ingl�s. Rubra de vergonha, nem vou comenta-la. Ou melhor, comento. Depois de ter feito duas colunas sobre o trabalho (?) de Fasano � frente da Sepda, eu planejava, sinceramente, esquecer. Mas como acontece com toda a a��o p�blica deste pa�s, basta que se levante uma pontinha do tapete, para descobrir que embaixo do tapete tem outro tapete, numa tape�aria sem fim de mutretas e mesquinharias. Por isso, na minha cabe�a, a cada dia h� novas perguntas que n�o querem calar. Vamos l�. Para in�cio de conversa: 1) Quanto custou isso aos cofres p�blicos? 2) Se o congresso era importante (e era!), por que o secret�rio municipal de Meio-Ambiente, Ayrton Xerez, n�o foi nos representar? 3) Se o congresso n�o era importante, por que gastar o rico dinheirinho dos contribuintes? 4) Se o prefeito C�sar Maia considera que Ayrton Xerez n�o tem compet�ncia nem para representar a cidade no exterior, por que o conserva na pasta? 5) Se acha que tem, por que mandou para nos representar (leia-se envergonhar) em S�o Francisco o senhor Victor Fasano, que entende t�o pouco de meio-ambiente quanto de animais sem plumas? O congresso de S�o Francisco, realizado com as melhores inten��es e a maior seriedade, n�o merecia isso. O Rio de Janeiro, que quase s� se salva pela paisagem e pelo privilegiado ecossistema que tem, tamb�m n�o merecia. Quer dizer: de uma penada s�, o prefeito mostrou o seu desprezo pela ONU, pela cidade que administra, pelo meio-ambiente e por n�s, que o elegemos. Ot�rios, pois n�o? * * *Tudo isso pode parecer pinimba boba diante da #$%@!#&* do pa�s; afinal, que import�ncia tem um secret�rio municipal a mais ou a menos, ou uma viagem sem raz�o de ser, diante da jeffersonalha que nos cerca? Que import�ncia tem o mau portugu�s e o pior racioc�nio do senhor Fasano diante do racioc�nio, numa l�ngua sub-paleol�gica, do nosso presidente? Quando a manada inteira vai para o brejo, que diferen�a faz mais uma vaca que se afoga?Na anedota, nenhuma. Em nossa vida, toda. N�o podemos perder nossa cidadania junto com a nossa indigna��o. Democracia n�o � s� ir na escolinha em dia de vota��o. � a "eterna vigil�ncia" do dia a dia, de olho nas "otoridades", cobrando o que fazem ou deixam de fazer. Para o bem ou para o mal, somos respons�veis por quem elegemos. No momento, lamentavelmente, n�o podemos cobrar tudo de todos, ou n�o faremos outra coisa na vida. Mas podemos, pelo menos, olhar o que est� mais perto de n�s, e avisar, ou gritar, que ali tem algo podre. A democracia n�o mora em Bras�lia; mora em toda a parte. Devemos estar atentos a isso, antes que Ela seja despejada. * * *Confesso: votei em C�sar Maia. Amigo de Victor Fasano. Inimigo dos animais. Sinto muito, de verdade, e pe�o sinceras desculpas. Como o homem ganhou no primeiro turno, nem vou perguntar em quem voc� votou. S� posso pedir a todos que prestem aten��o ao que est� acontecendo com os bichos de rua do Rio, e que registrem o vexame que demos na conven��o de S�o Francisco. Pensemos nas pr�ximas elei��es.(O Globo, Segundo Caderno, 9.6.2005) Nossos comerciaisRecebi um email do Buscap� informando que n�o conseguiram depositar os meus ganhos na conta que indiquei.Acabo de fornecer o n�mero da outra conta, onde agora aguardo receber, ansiosa, os R$ 86,50 que o an�ncio gerou... em seis meses de exist�ncia! * suspiro * Como � mesmo aquela hist�ria da boquinha para escritores, hein? Ou reinstaura-se a moralidade, Quem me chamou a aten��o para a p�gina foi o Polzonoff, aqui nos coment�rios: aparentemente enciumados das bocas fartamente distribu�das em Bras�lia, um grupo de escritores criou um movimento chamado Literatura Urgente!. |