31.12.04


FELIZ ANO NOVO!









Viva 2005!

Fotos da Cybershot P10, postadas no Flickr.

Praia da Urca, na madrugada de ontem







Marina W.

Pessoas, a querida Marina W. pede que avise a todos que o Pixelzine est� fora do ar h� t�s dias; por causa disso, ela n�o pode desejar Feliz Ano Novo a seus leitores no Blowg, mas o faz aqui.

Feliz 2005 para voc� tamb�m, Marina! Que venham muitos sucessos e felicidades na rede deste ano, como a del�cia de livro com que voc� nos brindou.






Oi Multimidia

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Oi Multimidia

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Um dos inquilinos da Laura







Voc�s sabiam...

Que uma azeitona tem a mesma quantidade de calorias de um Sonho de Valsa?!

Pois eu acabo de saber, e estou em estado de choque.

Minhas sobrinhas maravilhosas me fizeram esta extraordin�ria revela��o.

Quer dizer: adi�s, azeitonas.






Oi Multimidia

Oi Multimidia

Da janela da Laura







Feliz Ano Novo!

Manter o blog ao longo deste ano particularmente trabalhoso e cheio de complica��es pessoais e familiares foi um desafio que eu n�o teria conseguido vencer sem o apoio de voc�s, sempre t�o presentes e amigos.

Voc�s foram parte muito importante do meu ano de 2004. De cora��o, muito obrigada pelo carinho, pelo est�mulo, pelas boas palavras.

Muito obrigada tamb�m aos que tiveram a eleg�ncia de discordar, de mim ou dos outros, usando argumentos em vez de ofensas.

Esta � uma qualidade rara, em extin��o, que a cada dia aprecio mais.

Queridos: que 2005 seja um ano de sa�de, felicidade e grande paz para todos!







Oi Multimidia

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Oi Multimidia

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Feliz Ano Novo!






30.12.04


Oi Multimidia

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Oi Multimidia

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Oi Multimidia

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Se algu�m gritasse "Tsunami!", voc� corria?


Domingo, quase noite, aquela chuva que amea�ava vir mas n�o vinha, e l� ia eu, pedalando em dire��o ao Arpoador, olhando para o mar e imaginando o que deve ser uma onda maior do que um pr�dio de tr�s andares, com seis quil�metros de comprimento e velocidade equivalente � de um jato da Ponte A�rea. �quela altura, com a ajuda da internet e a insist�ncia da televis�o, que a cada meia hora fazia quest�o de explicar os movimentos tect�nicos em minucioso detalhe e caprichada computa��o gr�fica, eu j� me considerava uma expert em tsunamis.

Ao longo do caminho, pescando fiapos de conversa aqui e ali, percebi que n�o era a �nica; no sinal da Vinicius, dois camaradas vociferavam contra os pol�ticos, em geral, e os pol�ticos americanos, em particular, porque supostamente os EUA teriam informa��es sobre as ondas, mas n�o as passaram �s autoridades locais.

Fiquei com vontade de entrar na conversa. Afinal, hoje tudo � motivo para descer o cacete nos EUA -- e, embora eu at� concorde com muito do que se diz, acho que posso afirmar, do alto dos meus rec�m-adquiridos conhecimentos sobre tsunamis, que talvez, desta vez, pode ser que a culpa n�o tenha sido de George W. Bush.

* * *

Pensei no que teria acontecido, por exemplo, se, antes desta inacredit�vel trag�dia, alguma autoridade americana tivesse mandado um alerta de tsunami para n�s, aqui no Rio. Ser� que algu�m o teria levado a s�rio? Ser� que realmente ter�amos sa�do todos correndo para Santa Tereza ou para o Corcovado, ainda por cima num fim-de-semana de praia?

Tenho a impress�o de que muitos dariam um desconto ao alerta assim que soubessem de sua proced�ncia: como levar a s�rio o discernimento de um pa�s cujo medo de terroristas o leva a pilhar tesourinhas de unha nos aeroportos? Outros provavelmente veriam no alerta um simples golpe dos governadores acasalados, tentando desviar a aten��o da popula��o da falta de seguran�a e dos tiroteios de costume para um curioso, mas pouco prov�vel, fen�meno natural.

Afinal, at� a semana passada, tsunami a gente s� conhecia de filmes-calamidade e dos programas do Discovery e do National Geographic -- cujas imagens de ondas assassinas, por sinal, sempre deixaram muito a desejar, pelo menos em termos de impacto.


Eu, com certeza, teria me armado com as digitais e corrido para a praia, para tirar fotos da ressaca. Pior: quando o mar se retra�sse, n�o tenho d�vida de que teria entrado areia adentro, para registrar a estranh�ssima vis�o de uma praia sem praia, com peixes pulando na areia.

* * *

Segui em frente. No Arpoador, onde a vista do tempo fechado estava particularmente bonita naquele anoitecer, dois pescadores chegavam � conclus�o �bvia:

-- Voc� v�: isso aqui tinha tudo para dar certo, podia ser um pa�s t�o rico, t�o bom! N�o tem tsunami, n�o tem furac�o, n�o tem escala Richter. � ra�a!

Mais uma vez fiquei com vontade de meter o bedelho no papo, perguntando aos �-ra�a! em quem votaram nas �ltimas elei��es; mas deixei pra l�, porque do lado de Copacabana vinha um transatl�ntico gigantesco, digno de uma foto. No instante seguinte, a chuva cumpriu a promessa que fazia desde cedo, e desabou em baldes e canivetes sobre todos n�s. Subi na bicicleta e voltei correndo para casa, estranho anf�bio de �culos e rodas.

* * *

Como j� sabem os 17 leitores do Xex�o, a Capivara da Lagoa ficou entre os finalistas do seu (dele) tradicional concurso de Mala do Ano. Respeito a decis�o soberana dos eleitores, mas n�o posso deixar de lavrar meu protesto. A Capivara passou quase dois anos quietinha, coitada, literalmente na moita, sem chatear ningu�m; ela era, ao contr�rio, o encanto de quem, passeando pela Lagoa, tinha a sorte de encontr�-la.

Numa cidade como o Rio, plantada em plena Mata Atl�ntica, a conviv�ncia entre gente e bichos n�o s� � inevit�vel, como deveria ser estimulada. Uma coisa � ver um animal no zool�gico, atr�s de grades; outra, bem diferente, � dividir com ele espa�o e paisagem. Estou certa que, levando sua pacata vidinha de roedora �s margens da Lagoa, a Capivara fez com que muita gente passasse a olhar o meio ambiente com mais carinho e aten��o.

Se h� gente incapaz de perceber o privil�gio que � conviver com uma capivara em pleno cen�rio urbano, s� lamento. A verdade � que no interesse e no respeito pela natureza est� o primeiro passo para que as pessoas se respeitem a si mesmas, umas �s outras e ao mundo que as cerca.

Acho muito triste constatar este n�vel de apatia, esta total perda do espanto. � poss�vel at� que os leitores que se manifestaram contr�rios � presen�a da Capivara na Lagoa achem perfeitamente natural a presen�a da Rosena Sarney no minist�rio do Lula.


(O Globo, Segundo Caderno, 30.12.2004)





29.12.04


Oi Multimidia

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O porteiro Ze com Pipoca, na porta da garagem







Da mailbox

"Ol�, Cora

sou assinante do Globo e seu leitor ass�duo e curto muito a sua defesa do meio ambiente e dos animais. Bem, quero falar mais especificamente sobre a capivara retirada da lagoa, nossa musa, que me parece correr grande perigo em fun��o do erro de a terem levado para a �rea da Reduc, que n�o me parece apropriada.

O fato � que trabalho pr�ximo da Reduc e um colega de trabalho, Manoel Gomes, contou-me que ele e v�rias outras pessoas que entravam para o turno da noite na Polibrasil viram a capivara na noite de natal, muito gorda e mansa, perambulando pela rua, em frente � Petroflex. Ela chegava a acompanhar os carros que passavam lentamente a observando, s� depois sendo espantada para a �rea da Rio Pol�meros, que � hoje um grande canteiro de obras, com centenas de pessoas trabalhando.

Como n�o h� hist�rico de aparecimento de capivaras no local, onde trabalho h� 13 anos, acho que � muito prov�vel que se trate da nossa amiga da Lagoa, possivelmente com problemas de adapta��o ao novo "lar".

Lamento, mas acho muito pouco prov�vel que ela dure muito tempo andando por locais t�o movimentados (o fluxo de caminh�es por l� � imenso), mal iluminados e carentes, onde certamente n�o faltar�o aqueles querendo refor�ar a ceia de fim de ano.

N�o sei bem o que pode ser feito para ajud�-la, al�m de desejar-lhe sorte, mas acho importante que o fato seja conhecido, at� para que se evitem novos erros futuros.

Um grande abra�o!

Andr� L. S. Toledo"
A �nica coisa que talvez ainda possa ser feita para ajudar a Capivara � ir l� busc�-la e traz�-la de volta para a Lagoa; mas como fazer isso?





28.12.04


Oi Multimidia

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Foto da foto: fotografei com o telefonino, no monitor, uma foto que fiz com a Sony.






Alzheimer

Minha tia Eva, de 90 anos, �ltima irm� do meu pai, sofre de mal de Alzheimer. At� aqui, a Laura e eu est�vamos conseguindo mant�-la em casa: ela sempre foi uma pessoa muito ciosa da sua independ�ncia, do seu canto e das suas coisas.

Quando quebrou o ombro, h� alguns meses, conseguimos, a duras penas, que aceitasse uma acompanhante -- gente boa, amiga da fam�lia. Mas a situa��o da tia se deteriora a olhos vistos. N�o sabe mais o valor do dinheiro, por exemplo, e confunde as pessoas, quando n�o as desconhece de todo.

Ao mesmo tempo em que acha que vai morrer e quer ver o m�dico dia sim dia n�o, se recusa a tomar os medicamentos; est� muito agressiva. Acha que a acompanhante quer envenen�-la, e n�o permite que cozinhe; mas n�o aceita comida de fora. E a tia, que foi uma cozinheira de m�o cheia, desaprendeu de cozinhar.

Em suma: um caos!

Est� se tornando imposs�vel mant�-la em casa, mas, por outro lado, a Laura e eu ficamos na maior preocupa��o com as hist�rias de horror que lemos a respeito das cl�nicas de repouso para velhos.

O m�dico dela diz que a tend�ncia daqui pra frente � piorar ainda mais, mas n�o quer se comprometer, e se recusa a recomendar qualquer cl�nica.

M�dicos da casa e leitores que j� passaram por isso: algum de voc�s tem id�ia do que se pode fazer num caso desses? Existe alguma cl�nica de repouso confi�vel?

Estamos desesperadamente precisadas de alguma dica, luz, conselho.

Agrade�o antecipadamente, de cora��o.





27.12.04


Fala um Lobo do Mar

"O Natal transcorrera de forma tranq�ila, na v�spera fomos convidados a um casamento tailand�s de um carpinteiro que trabalha no estaleiro. L� estivemos com a alegria t�pica dos brasileiros, levando uns discos de samba que todos adoraram.

Por volta das 23h noite retornamos a nosso "amig�o", como chamamos o Guardian. Dia seguinte 25 de dezembro, aquela tradicional sentada na internet para receber e retribuir as centenas de mensagens dos super irm�os do Brasil e outros que vivem no exterior e acompanham nossa viagem.

Dia tranq�ilo, por�m com muita press�o no ar. J� se foram mais de 15 dias sem uma gota sequer de chuva, e em tempo de lua grande, a dama prateada em seu plenil�nio, isto sempre preocupa. Mormente em regi�es cerca do Equador, onde sua influ�ncia sobre a terra se faz mais acentuada. Fatos que aqueles que vivem no mar conhecem bem."
O depoimento � de Jo�o Sombra, um brasileiro que, h� nove anos, veleja ao redor do mundo; o estilo n�o podia ser mais pitoresco.

A �ntegra, imperd�vel, est� no Globo Online.







...

Estou horrorizada com o maremoto.

Hoje de tarde, quando estava andando de bicicleta pela praia, n�o conseguia deixar de pensar nisso: ondas do tamanho dos pr�dios, invadindo tudo...

Que pavor.

E que d� daquelas pessoas!

Vejo o notici�rio da BBC falando em ajuda internacional, penso no quanto todos l� devem estar precisando de tudo, mas... por onde se come�a a fazer o rescaldo de uma trag�dia dessas dimens�es?!

Como � que se sabe sequer quantas pessoas morreram, quantas ficaram feridas, quantas est�o sumidas?





26.12.04


Oi Multimidia

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A lojinha da Samia


Nosso Primeiro Natal
Fotinha do celular da trelica.

Voc�s conhecem a Samia, colega aqui dos coment�rios? Ela tamb�m usa o Flickr, onde mostra fotos cada vez melhores.

Por esses dias teve at� uma gatinha tricolor de presente para mim, que achei a coisa mais linda do mundo, uma esp�cie de Keaton-beb� um pouco mais peluda.

Pois esta � a lojinha dela, l� em Diamantina, decorada para o Natal.

N�o � uma del�cia?

Ainda por cima com aquele enfeitinho branco, quadr�pede, esperando na porta...

(Detalhe: estou postando diretamente do Flickr, que permite blogar direto de l�, sem precisar passar pelo Blogger. Mas a� recomenda-se n�o usar acentos. Aqui eles sa�ram bem porque acabo de fazer uma revis�o pelo Blogger.)







Oi Multimidia


Oi Multimidia
Fotinha do celular da Cora.


O p�r-do-sol de ontem.

Detalhe: a foto, como praticamente todas que tenho postado, foi feita por telefone.



Este cabe�alho, "Oi Multimidia, fotinha do celular da Cora" apareceu porque, em vez de enviar a foto direto do telefone, republiquei a partir do Flickr.

O Flickr � o servi�o de fotografias que me permite mandar as fotos e atualizar o blog diretamente atrav�s do telefone. Parece com o Fotolog em algumas coisas e, na verdade, j� abriga uma quantidade de fotologueiros desiludidos com os rumos do servi�o; mas � muito mais sofisticado tecnicamente, e mil vezes mais bem administrado.

A receita para publicar fotos num blog atrav�s do Flickr, que h� algum tempo estou devendo a alguns leitores, � simples.

  • Abre-se uma conta no Flickr, gr�tis at� 10Mb de upload; mas recomendo muito a conta pro, que custa U$ 41 por ano, permite subir 1Gb de fotos por m�s e n�o tem limite de armazenagem;

  • Vai-se � p�gina de setup para blogs, onde se entram as especifica��es do blog. � poss�vel at� determinar o tamanho que se quer para as fotos;

  • A�, � s� anotar o endere�o de email que o Flickr fornece, e passar a mandar os MMS, tamb�m conhecidos como torpedos multim�dia, pelo telefone. Essas fotos ficam postadas tanto l� quanto no blog.

    Facinho, n�?

    Eu amo o Flickr!





  • 25.12.04


    Oi Multimidia

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    Um dia ruim para as bicicletas...







    Oi Multimidia

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    Minha rua









    Retrato de �poca

    Circo Nerino, de Roger Avanzi e Ver�nica Tamaoki.
    Editora C�dex, 354 p�ginas, R$ 80


    Houve um tempo, acreditem, em que n�o havia televis�o; houve tempo, at�, em que n�o havia sequer r�dio ou cinema. As pessoas se distra�am lendo, contando hist�rias, fazendo a sua pr�pria m�sica. Iam ao teatro, quando havia teatro, e �s apresenta��es das bandas nos coretos. Praticamente n�o havia cidade digna do nome sem uma banda e um coreto.

    Mas a grande divers�o, a festa que transformava a paisagem e alegrava os cora��es, era o circo. � dif�cil imaginar, no nosso mundo de entretenimento instant�neo e ininterrupto, o que representava a chegada do circo, sobretudo nas pequenas cidades do interior.

    A verdade � que j� n�o h� espet�culo, por grandioso que seja, capaz de superar, em impacto, a presen�a alegre da lona, que atra�a igualmente a todos. O circo era a quebra da rotina, o grande assunto, a m�gica que superava a imagina��o. N�o era � toa que o palha�o era ladr�o de mulher, e que tanta gente fugia com o circo.

    Durante 52 anos, entre 1913 e 1964, utilizando todos os meios de transporte imagin�veis, o Circo Nerino, "o mais querido do Brasil", viajou pelo pa�s, armando a lona onde fosse poss�vel, de largos e pra�as a terrenos baldios, passando at�, em Jo�o Pessoa, por uma lagoa seca, abandonada pelos jacar�s. Por prec�rias que fossem as instala��es, por�m, o p�blico, fiel, garantia meses de aplauso, afeto e casa lotada.

    Como tantos outros circos de cavalinhos, o Nerino nasceu da associa��o de meia d�zia de artistas, todos aparentados. Na �poca, circo ainda n�o era profiss�o que se aprendesse em escola especializada, mas destino de fam�lia; assim � que, pela �rvore geneal�gica do Nerino, passam gera��es de artistas, do palha�o Arrelia � atriz Ren�e de Vielmond. Licemar e Luciene Medeiros, da nov�ssima gera��o, nascidas j� depois do Circo Nerino ter dobrado de vez sua lona, trabalham em Las Vegas, numa das equipes do Cirque du Soleil.

    A vida era sonho... mas nem tanto

    "Circo Nerino", de Roger Avanzi e Ver�nica Tamaoki, � a empolgante saga desta aventura de cinco d�cadas. No livro, primorosamente documentado, a hist�ria familiar, que se confunde com a pr�pria hist�ria do circo, mistura-se aos acontecimentos do Brasil e do mundo.

    Tudo � muito interessante, das viagens de navio no escuro, durante a Segunda Guerra, para evitar torpedos inimigos, ao final de uma seca no Cear�, em 1952, em que p�blico e artistas abandonam o espet�culo para ir dan�ar, com al�vio e prazer, debaixo da chuva que ca�a.

    Roger Avanzi, de 82 anos, � filho de Nerino, de quem herdou of�cio e personagem. Quando o pai ficou velho demais para fazer o palha�o Picolino, Roger, at� ent�o gal�, virou Picolino II. Tomar a si a responsabilidade de assumir o papel principal do circo foi uma decis�o delicada e dif�cil:

    -- Nunca mais fui o mesmo, -- confessa. -- Talvez uma pessoa muito instru�da, bastante sabida, consiga explicar essa transforma��o.

    Felizmente Ver�nica Tamaoki, a quem se deve a extraordin�ria pesquisa e o belo texto de "Circo Nerino", sabe que certas coisas n�o se explicam. Equilibrista e malabarista, fundou a sua pr�pria escola de circo em Salvador, a Escola Picolino, e criou o site www.pindoramacircus.arq.br, onde divulga not�cias do picadeiro.

    Da sua intimidade com o universo circense nasce muito do encanto deste livro, em que o velho Nerino volta � cena com suas alegrias e tristezas, trag�dias e atos de hero�smo, romances e desgostos. A poesia algo melanc�lica com que tantos de n�s teimamos em pintar os circos d� lugar a uma vida trepidante, cheia de trabalho �rduo, problemas pr�ticos e contas para pagar. Uma vida de sonhadores, com os p�s solidamente plantados na corda bamba.

    O livro n�o � bem um romance, n�o � s� uma cole��o de fotos ou apenas um conjunto de depoimentos; � um pouco disso tudo, e muito mais: "Desde o in�cio, o livro assumiu a dire��o de sua cria��o", escreve Ver�nica, na apresenta��o. "Foi ele que nos dirigiu, n�o o contr�rio. E quando come�ou a mostrar sua cara, descobrimos que pertencia � aristocracia dos �lbuns de fotografias dos circenses".


    (O Globo, Prosa & Verso, 25.12.2004)






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    24.12.04


    Oi Multimidia

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    Bianca e Ju







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    Keaton � muito habilidosa: sabe dar tchau com os p�s...








    FELIZ NATAL!

    Gra�as a voc�s este blog foi, ao longo do ano,
    um botequim virtual
    dos mais animados e divertidos de manter.

    Muito obrigada pela participa��o e pelo carinho.

    Em meu nome, e no da Fam�lia Gato,
    que gentilmente me empresta partes da casa
    e, �s vezes, at� me deixa usar o computador,
    desejo a todos um �timo Natal,
    cheio de festa, paz e luz.







    Todo ano ela faz tudo sempre igual...

    Pois �. Todo ano eu juro para mim mesma, solenemente, que n�o passo mais por este perrengue; que come�o a fazer as compras de Natal em julho; que vou ser disciplinada e ordeira e n�o deixar tudo para a �ltima hora.

    E todo ano, no dia 24, eu saio feito uma louca para comprar os presentes.

    Este ano, sa� no dia 23 -- gra�as ao Barrashopping, que pelos meus par�metros fica longe � be�a, mas que resolveu fazer a maluquice de ficar aberto a noite toda.

    Cheguei l� � uma da manh�; logo na entrada encontramos uma equipe da Globo, amiga da Bia, que ia virar a noite l�. Conversamos um pouco e fomos � luta.

    Eu pensava que, gra�as ao hor�rio civilizado, o shopping estaria vazio.

    Pois estada LOTADO. Havia filas nas portas das lojas mais procuradas, como a Osklen e a Cant�o; nas Lojas Americanas, a fila do caixa dava voltas e voltas.

    Tivemos que enfrentar esta fila porque, al�m de umas miudezas de casa, compramos uns CDs maravilhosos a pre�o imbat�vel, R$ 9,90: Noite Ilustrada, Rolando Boldrin, Dona Ivone Lara, S�o Jo�o Vivo, do Gil, e mais Adoniran, Clara Nunes, Beth�nia e Trio Irakitan em CDs duplos; Bia comprou Tit�s, Gabriel o Pensador, Raul Seixas, RPM e nem sei mais o qu�.

    Os CDs estavam todos jogados, misturados com Marcello Crivella, Cid Moreira, Flavio Vercilo; o garimpo era uma cena baixa, mas fiquei feliz com os meus achados.

    O shopping, no entanto, estava um inferno. O problema n�o era s� a quantidade de gente; era o barulho tamb�m. Havia m�sica pra todo lado, em alguns casos at� boa -- o DJ em frente �s Americanas e a mo�a que cantava jazz perto da Fnac eram �timos -- mas o volume era insuport�vel.

    Para mim, este tipo de som, que em tese serviria para atrair as pessoas e lev�-las a ficar mais tempo dentro do shopping, tem efeito contr�rio: quero fugir correndo.

    Consegui alcan�ar este objetivo �s tr�s e tanto, quando demos nossas compras por terminadas. Amanh�, quer dizer, logo mai, � s� embrulhar o que precisa ser embrulhado, e pronto.

    E agora, ber�o, que ningu�m � de ferro...

    Durmam bem!







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Sorria... voce esta indo para casa!







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    2:18 - fila nas Lojas Americanas







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    Recomendo!







    Oi Multimidia

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    Barra Shopping 36 horas: O triunfo do capitalismo






    23.12.04


    Bonitinhos!!!











    Prevejo ursos pintados...

    (Eles moram aqui.)






    Ta�...

    F�bio Sampaio, nosso caryorker querido, autor do sistema de coment�rios que permite o ti-ti-ti permanente deste blog, mandou uma mensagem muito legal de fim de ano.

    Vejam s�:
    Diga o nome das cinco pessoas mais ricas do mundo.
    Diga o nome dos cinco �ltimos ganhadores do Pr�mio Nobel da Paz.
    Agora diga o nome das cinco �ltimas Miss Universo.
    E, para terminar, os �ltimos cinco ganhadores do Oscar de melhor ator/atriz.

    Dif�cil n�o? E s�o pessoas famosas, n�o s�o an�nimas.
    O aplauso morre, pr�mios envelhecem...

    Agora tente este outro teste:

    Lembre o nome dos cinco professores de quem voc� mais gostava.
    Lembre de cinco amigos que ajudaram voc� em momentos dif�ceis.
    Pense em cinco pessoas que lhe ensinaram alguma coisa valiosa.
    Pense em cinco pessoas com quem voc� gosta de estar.

    Mais f�cil esse teste, n�o?

    As pessoas que fazem diferen�a em nossas vidas n�o s�o as que t�m mais credenciais, dinheiro ou pr�mios. S�o as que se importam conosco!!!

    FELIZ NATAL PARA VOC� E SUAS CELEBRIDADES!

    --Fabio Sampaio









    Um Rio de tenta��es


    "O Rio de Janeiro � o melhor lugar do mundo para quem quer viver com saudade do Rio de Janeiro". A frase, do inigual�vel Marcos S� Corr�a, abre o pref�cio de um dos mais lindos e nost�lgicos livros da temporada, "Orla carioca", de Claudia Braga Gaspar -- tenta��o em que � praticamente imposs�vel n�o cair nessa �poca do ano, em que d�cimo terceiro e livrarias abarrotadas de novidades conspiram contra a economia dom�stica, o sof� por estofar e a infiltra��o do corredor -- que, ao contr�rio da pobre Capivara da Lagoa, passou por diversos bombeiros, mas permanece firme e irredut�vel, no mesmo lugar.

    At� que, considerando-se o habitual apuro editorial da Metalivros, "Orla carioca", a R$ 88, nem chega a ser t�o caro. O problema � quando � mesma cesta b�sica acrescentam-se os igualmente irresist�veis "O Rio de Janeiro na rota dos Mares do Sul", de Pedro da Cunha e Menezes (que foi capa aqui do Segundo Caderno ainda outro dia), "Rio de Janeiro 1900-1930, uma cr�nica fotogr�fica", de George Ermakoff, e "O Brasil do s�culo XIX na Cole��o Fadel", com texto de Alexei Bueno.

    Confesso: tenho um fraco por livros bonitos, sobretudo aqueles que falam da minha terra e me mostram o que apenas imagino.

    Ler "Orla carioca" e ver as figurinhas � de matar qualquer carioca de saudade, at� (e sobretudo) do que nunca viu. As descri��es falam de �guas outrora cristalinas e cheias de peixes, de revoadas de p�ssaros brilhantes, de borboletas de todas as cores borboleteando aos milhares pelas matas; as ilustra��es trazem o que se perdeu.

    A imagina��o atravessa os s�culos, acompanhando a meticulosa documenta��o das transforma��es sofridas pelas nossas praias, ilhas, lagoas.

    Paradoxalmente, o que mais me entristece numa leitura dessas n�o � o passado, mas sim o presente -- e, por tabela, o futuro. Por deslumbrante que tenha sido, o que passou, passou; n�o adianta chorar tanta beleza derramada, ainda que o n� na garganta insista em provar o contr�rio. Mas como podemos aceitar o que est� acontecendo agora, diante dos nossos olhos? Como podemos assistir, impass�veis, � destrui��o da nossa cidade?!

    � duro demais conviver com a falta de amor e de compreens�o dos governadores acasalados, que at� hoje n�o perceberam por que esta cidade (ainda) � maravilhosa. � igualmente duro notar -- e sentir na pele -- o desprezo absoluto com que o governo federal trata o Rio de Janeiro.

    * * *


    Mas chega de choro! Essas j� s�o m�goas de rotina, agruras do cotidiano; agora � Natal, tempo de aproveitar a festa, o parcelamento suave no cart�o de cr�dito e as promo��es do com�rcio -- de prefer�ncia sem dor na consci�ncia. Economizar � bom, mas gastar � �timo.

    Dif�cil mesmo, pelo menos no meu caso, vai ser arranjar tempo para curtir as ricas comprinhas; at� porque, al�m dos livros de arte, que s�o uma festa para os olhos mas em geral se l�em r�pido, ca� tamb�m em tenta��es mais parrudas.

    Neste exato momento, do alto da mesinha de cabeceira, v�rios t�tulos me contemplam. Noto um certo ar de censura nos livros, sobretudo nos que j� estavam na fila -- mas como � que eu, que adoro trens e sou fascinada pela �sia, poderia resistir ao "Grande bazar ferrovi�rio", de Paul Theroux? Ou fazer de conta que n�o vi "A ilha no centro do mundo", de Russell Shorto, olhando para mim? O livro, diz o subt�tulo, � "a hist�ria �pica da Manhattan holandesa e da col�nia esquecida que formou a Am�rica". N�o � promissor? J� com "Equador", de Miguel Sousa Tavares, eu estava em falta: todos me dizem, h� tempos, que � extraordin�rio.

    Depois fui chamada por "Aventuras e descobertas de Darwin a bordo do Beagle", de Richard Keynes, e "A imagem do mundo, dos babil�nios a Newton", de Arkan Simaan e Jo�lle Fontaine. Finalmente, quando j� ia saindo da loja, "A l�ngua exilada", de Imre Kert�sz, piscou na minha dire��o. Se o t�tulo n�o me engana, esta l�ngua � o h�ngaro, que aprendi antes do portugu�s; e que de fato vivia exilada na Rua D�cio Vilares, onde cresci na Babel de idiomas de um lar centro-europeu.

    "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", de Mia Couto, veio comigo porque me ganhou � primeira folheada. Agora, que j� vou em meio � saga de uma fam�lia mo�ambicana que me lembra os Buend�a, estou feliz: fiz uma �tima compra. Tamb�m fiz uma �tima compra quando, numa esp�cie de ponto final � gastan�a, peguei o "Auto-de-f�", de Elias Canetti. Este j� li h� anos, mas a nova edi��o � da Cosac & Naify, e se h� uma coisa � qual n�o resisto � aos cosac&naifys.

    Ainda h� dois livros a respeito dos quais eu queria falar, dois livros a respeito dos quais, na verdade, passei o ano inteiro pensando em escrever: "Sal", de Mark Kurlansky, original�ssima hist�ria deste nobre elemento sobre o qual j� se constru�ram imp�rios, hoje reduzido � ignom�nia dos famigerados saquinhos de papel; e "Um balc�o na capital, mem�rias do com�rcio na cidade do Rio de Janeiro", livro muito mais terno e encantador do que o t�tulo deixa entrever.

    Mas a� me espichei na rede por um instante e, quando dei por mim, o ano j� tinha passado.

    Feliz Natal, amigos!

    (O Globo, Segundo Caderno, 23.12.2004)






    Recapitulando

    Do fim de semana para c�, escrevi:

  • A apresenta��o para o cat�logo da mostra 60 Anos de Fotografia, honra excepcional que me foi concedida por Fl�vio Damm;

  • A coluna do Segundo Caderno;

  • A coluna do Info etc.;

  • A capa do Prosa e Verso desta semana.

    Tirando isso, ainda fiz umas outras coisinhas, como responder a emails e atualizar este blog, por exemplo.

    Agora estou ouvindo o Quinteto para Clarineta de Brahms para arrumar as id�ias antes de ir dormir: � t�o bonita, mas t�o bonita esta m�sica.






  • 22.12.04


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Natal numa redacao vazia







    D�-lhes, delegado!

    "Ant�nio Rayol tem 48 anos, 27 de Pol�cia Federal. � um estudioso de pol�ticas de combate � lavagem de dinheiro, mat�ria que lhe deu um t�tulo de p�s-gradua��o. Homem aberto ao debate p�blico, ele tem sido um interlocutor destacado particularmente nas quest�es que envolvem conluio entre advogados e o crime organizado. Rayol teve uma gest�o inatac�vel � frente da Delegacia de Entorpecentes da PF e apenas iniciava seu trabalho na Delegacia do Meio Ambiente. Este policial foi chutado de seu cargo, poucos meses ap�s realizar uma blitz na rinha de galos onde estava o publicit�rio Duda Mendon�a.

    O governo comprou uma briga dura. Rayol acaba de despejar no Minist�rio P�blico Federal uma cole��o de documentos mostrando o rastro deixado pela patrulha oficial do PT. "Tenho provas documentais de que a dire��o do DPF deu tratamento diferenciado ao caso Duda Mendon�a", afirma o delegado. O dossi� j� est� nas m�os do procurador da Rep�blica Rodrigo Ramos Poerson."
    Esclarecedor -- para dizer o m�nimo.

    Mais no nominimo, por Guilherme Fiuza.






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    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Chove.







    GMail Bells, GMail Bells, GMail all the way...

    Pessoal, tenho seis convites pro GMail!

    E o Jos�, num dos coment�rios, avisa que tem tr�s dois.

    Quem quer?

    Update: Os meus j� acabaram. Alguns leitores disponibilizam mais convites nos coment�rios. E aqui, no blog do Flavio, ainda h� dez convites sobrando!!!






    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    La se vai o que sobrou do decimo terceiro... :-(







    Matou a pau

    Ningu�m escreve em jornal com a compet�ncia, o conhecimento, o bom senso e a clareza de id�ias da Dora Kramer. Quando eu crescer, quero ser como ela:
    Um claro acerto de contas

    A puni��o de tr�s policiais federais que participaram da pris�o do publicit�rio Duda Mendon�a h� dois meses numa rinha de galos no Rio de Janeiro n�o � mera coincid�ncia. Trata-se de um claro acerto de contas, cujo efeito mais evidente � a sinaliza��o de que o esp�rito "republicano" proclamado pelo ministro da Justi�a, M�rcio Thomaz Bastos, como norte das a��es da Pol�cia Federal, tem seus limites.

    De agora em diante, os policiais que integrarem equipes de investiga��o e pris�o de gente com estreitas liga��es no centro do poder ficam sabendo de uma coisa: suas a��es podem gerar rea��es de vingan�a e, portanto, talvez seja conveniente pensar duas vezes antes de agir.


    O ministro Thomaz Bastos e o superintendente-geral da PF, Paulo Lacerda, sempre ciosos na defesa da corpora��o ante suspeitas de inger�ncias pol�ticas em suas a��es, ficaram calados quando os agentes Luiz Amado e Marcelo Guimar�es foram transferidos de seus postos, m�s passado, e assim permaneceram agora em rela��o ao afastamento do delegado Ant�nio Carlos Rayol.

    Rayol comandou a opera��o da qual participaram Amado e Guimar�es, e foi ele quem recebeu de Duda Mendon�a, no momento da pris�o, a valiosa informa��o de que estava diante de um "assessor do presidente".

    "Pensei que fosse assessor do presidente do clube", diria o delegado depois, referindo-se � agremia��o clandestina objeto da opera��o e desmoralizando o "sabe com quem est� falando".

    Na ocasi�o, doutor M�rcio Thomaz Bastos tamb�m reagiu, como ele gosta de dizer, com "esp�rito republicano". Chamado por Duda ao telefone na frente dos policiais, orientou que ele procurasse um advogado.

    Muito se especulou a respeito da liga��o entre a pris�o e a proximidade do segundo turno da elei��o em S�o Paulo -- a PF teria feito de prop�sito, s� para prejudicar a candidatura de Marta Suplicy ?, mas o governo ficou impass�vel, como de resto tem ficado em rela��o �s complica��es de seus amigos e aliados com a pol�cia.

    Por isso mesmo a retalia��o nesse caso destoa do comportamento geral. Bem como o sil�ncio do ministro e do superintendente n�o combina com a loquacidade habitual quando se trata de capitalizar as a��es da PF como exemplo da efici�ncia governamental.

    Talvez ambos pensem que assim, lidando com o assunto com a naturalidade reservada aos atos de rotina, a vindita passe despercebida. Como se fosse a coisa mais normal do mundo a transfer�ncia repentina de tr�s agentes integrantes de uma mesma opera��o que flagrou em ato ilegal um "assessor do presidente". Da Rep�blica, bem entendido.

    Al�m do qu�, o afastamento dos policiais deu-se at� agora sem explica��es de car�ter funcional, e irregularidades na pris�o dos s�cios do clube de brigas de galo n�o houve, pois a Justi�a aceitou a den�ncia contra os acusados.

    Enquanto n�o forem expostos os motivos das puni��es e as c�pulas da PF e do Minist�rio da Justi�a continuarem achando desnecess�rio dar uma satisfa��o ao discernimento alheio, fica patente a repres�lia.

    Como dizem l� na Ucr�nia, I rest my case.







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    Era so o que me faltava...






    20.12.04


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    Chico







    Li��o de costumes

    O delegado que estourou a rinha de galos do Duda Mendon�a foi afastado do cargo.

    Ta� a �tica desse governo.

    Como diz o Ivan Lessa, com licen�a que eu vou l� dentro vomitar.






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    Pipoca







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    Pipoca







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    Lucas, meio espacoso








    Como escolher a c�mera digital

    � Natal, bimbalham os sinos, ningu�m ag�enta mais as musiquinhas melosas dos comerciais de televis�o... e todo mundo com quem eu me encontro quer saber qual � a melhor c�mera digital do mercado ou, numa variante parecida, qual � o melhor telefone celular com c�mera.

    Resposta: n�o h� "melhor c�mera" ou "melhor celular". H� apenas os mais adequados a seus futuros usu�rios. Ainda assim, � poss�vel tra�ar algumas linhas gerais a seguir na hora da compra:

  • N�o acredite em Papai Noel. Desconfie de c�meras que custam muito menos do que as suas similares;

  • Antes de qualquer outra coisa, pergunte pela garantia que o vendedor d� aos equipamentos. Isso pode evitar muita dor de cabe�a;

  • Para quem quer imprimir fotos mas n�o precisa de cartazes, dois ou tr�s megapixels bastam; a foto acima, por exemplo, foi feita a 3.2 megapixels. Al�m de permitir melhores amplia��es, o uso de mais megapixels tem uma vantagem: pequenas �reas da foto podem ser selecionadas e ampliadas sem perda de detalhes. Mas mais megapixels n�o significam necessariamente melhores fotos. H� outros detalhes a considerar, como fidelidade na reprodu��o de cores, qualidade da imagem, precis�o de foco. Se puder, compare as m�quinas ao vivo;

  • N�o adianta dar uma m�quina sofisticad�ssima para quem quer apenas fazer boas fotos das crian�as e dos gatos. Dependendo do usu�rio, m�quinas f�ceis de usar podem ser presentes muito mais �teis do que c�meras cheias de comandos;

  • Pense no tipo de fotos para as quais a m�quina ser� usada. Se a sua av� gosta de fotografar flores, por exemplo, concentre-se em m�quinas que tenham boa fun��o macro; se o seu tio gosta de clicar paisagens ao longe, procure c�meras com zoom;

  • Por falar em zoom: o �nico que vale, mesmo, � o zoom �ptico. O zoom digital � um quebra-galho que, em geral, s� serve para criar frustra��es;

  • Para quem quer fazer fotos de a��o, � important�ssimo prestar aten��o � velocidade de disparo da c�mera. Muitas digitais precisam de um espa�o de tempo longo demais entre uma foto e outra;

  • Tamanho tamb�m � documento. Se a c�mera vai ser presente para algu�m que n�o sai de casa sem m�quina, escolha uma que passe no teste do jeans, ou seja: que caiba, sem dificuldade, no bolso da frente de um jeans, onde estar� sempre dispon�vel para aquele clique inesperado. Essas c�meras t�m diversas vantagens: s�o mais discretas, permitem boas fotos-surpresa e, ponto importante no mundo de hoje, n�o chamam tanto a aten��o de ladr�es;

  • Por outro lado, para quem leva fotografia realmente a s�rio, as pequenas deixam a desejar em termos de controle e, eventualmente, em qualidade de imagem; mas pessoas assim fazem quest�o de escolher seu pr�prio equipamento. O melhor presente para esta turma est� nas livrarias, onde brilham aqueles deslumbrantes livros de fotografia que a gente nunca tem coragem de comprar;

  • N�o se esque�a que ser� necess�rio comprar tamb�m um cart�o de mem�ria. A maioria das c�meras vem com cart�ezinhos rid�culos, que n�o permitem fazer mais do que meia d�zia de fotos. O tamanho m�nimo razo�vel, hoje, � de 64Mb;

  • Os cart�es s�o, ali�s, outra coisa a levar em considera��o. Antes de comprar a c�mera, descubra se, por acaso, o seu presenteado j� n�o tem cart�es em casa ? ou de uma c�mera mais antiga, ou de um PDA. � sempre melhor escolher um equipamento compat�vel com o investimento j� existente;

  • Cart�es de mem�ria s�o, por sinal, �timos presentes para quem j� tem c�mera digital. Eles n�o s�o glamurosos nem fazem vista, mas falam direto ao cora��o dos fot�grafos. Apenas certifique-se de comprar o cart�o adequado.

    E os telefones? Bem, com esses, valem algumas regras muito simples. A primeira delas �: s� vendo a qualidade da foto.

    Curiosamente, alguns dos modelos mais caros t�m as piores c�meras, que n�o funcionam direito em ambientes com pouca luz. Outros fatores a considerar s�o a capacidade de armazenagem do celular, a facilidade de acesso � c�mera -- em alguns modelos basta apertar um bot�o, em outros � preciso seguir toda uma s�rie de comandos -- e a facilidade para se passar as fotos do telefone para o PC ou para a impressora.

    Celular que s� passa as fotos adiante via torpedo � um grande presente... para a operadora.


    (O Globo, Info etc., 20.12.2004)





  • 19.12.04


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    Pipoca







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    Brincando







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    Julia e Manuela







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    Grande d�vida

    A Alexandra fez uma pergunta nos coment�rios que, imagino, deve corresponder a uma d�vida mais ou menos geral:
    Algu�m sabe ou entende de plano de previd�ncia? Algu�m pode me ajudar? Qual o melhor banco pra fazer um plano de previd�ncia? BB, Caixa, Itau ou outros?

    N�o sei qual escolher!
    Eu amplio a pergunta com um dilema pessoal: tenho, pelo jornal, um plano do Bradesco; mas volta e meia penso em complement�-lo com o de algum outro banco.

    � jogo isso, ou � melhor pagar a diferen�a no pr�prio Bradesco para um plano melhor?






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    Keaton ajudando no trabalho






    18.12.04


    Pris�o domiciliar

    � a �nica coisa que me salva para p�r em dia todos os livros que tenho para ler, todos os DVDs para assistir, todos os CDs para ouvir; e o pior � que acabo de voltar da Livraria da Travessa, onde a combina��o de uns livros para trocar e um restinho de 13 me levaram a fazer uma daquelas extravag�ncias inenarr�veis.

    Na "cesta b�sica" entraram Equador, de Miguel Sousa Tavares; A L�ngua Exilada, de Imre K�rtesz; O Grande Bazar Ferrovi�rio, de Paul Theroux; Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, de Mia Couto; mais A Tapas e Pontap�s, do Diogo Mainardi, Orla Carioca, de Claudia Braga Gaspar, e alguns filmes irresist�veis, entre eles Peixe Grande, Rocco e seus Irm�os e Arroz Amargo.

    Mas amarga mesmo vai ficar a minha rela��o com o banco, depois disso tudo...

    *suspiro*

    Ah, sim: nem todas essas coisas s�o para mim, h� presentes a� no meio, claro.






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    Mais Capivara

    As aventuras e o destino da Capivara mexeram com muita gente. Hoje (s�bado) tanto o Zuenir quanto o Arnaldo Bloch escrevem sobre a bichinha; no domingo � o Agamenon, com a finesse que o caracteriza.

    Enquanto isso, circulava ontem pela reda��o um funk do Cesinha, nosso compositor de plant�o. N�o reflete o meu pensamento sobre o caso, obviamente, mas que ficou engra�ado ficou:
    Funk da Capichata

    (Refr�o)
    Assara, assara
    Assara com batata

    Fui na praia de Ipanema
    Com as mina da Taquara
    Mergulhei mas n�o vi peixe
    O que vi foi capivara

    (Refr�o)

    Capivara de bacana
    tem Ronai e tem da Matta
    Mas se eles d�o bobeira
    � servida com batata

    (Refr�o)

    Beijoqueiro, Pai Uzeda,
    E Carlos Minc - t� na cara
    O time agora est� completo
    Pois chegou a capivara

    (Refr�o)

    L� na Barra tem o bicho
    E tamb�m tem na Lagoa
    Mas me livrem dessa mala
    Eu te pe�o numa boa

    (Refr�o)

    Eu nadei com a capivara
    Quase vi ela afogada
    Mas confesso pra voc�s
    Que prefiro ela assada

    (Refr�o)

    A bichona vai a praia
    E na �gua logo cai
    Ela fica tranq�ilona
    Se afogar, chama a Ronai

    (Refr�o)

    A maleta deu manchete
    O da Matta bajulou
    A vedete capivara
    Nosso saco j� torrou

    (Refr�o)

    Eu agora me despe�o
    Com o bicho voc� fique
    Pois pra me encher o saco
    Eu j� tenho o Carlos Minc.








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    A festa do Globo






    17.12.04


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    Os melhores filmes do ano

    Como acontece regularmente todos os anos, mais uma vez participei da escolha dos Melhores Filmes do Ano, na opini�o do Bonequinho do Globo.

    A lista oficial sai numa edi��o futura, n�o sei exatamente quando, mas como s� emplaquei quatro filmes acho que posso adiantar as minhas escolhas:

    A M� Educa��o
    Antes do P�r-do-Sol
    Os Incr�veis
    Valentin
    Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban
    Shrek 2
    Balzac e a costureirinha chinesa
    Redentor
    Brilho eterno de uma mente sem lembran�as
    Primavera, Ver�o, Outono, Inverno e... Primavera

    A lista deste ano, ali�s, est� causando quase tanta pol�mica quanto a capivara. 2004 n�o foi um ano de filmes definitivos, daqueles a respeito dos quais todo mundo concorda.

    Resultado: muitas listas completamente diferentes uma da outra.

    A meu ver, o ano teve alguns filmes muito bons, excelentes mesmo, como pura divers�o; que eu me lembre assim de mem�ria, Celular e Supremacia Bourne, por exemplo, ou o Homem Aranha 2, �timos de ver, mas n�o exatamente material para lista de melhores.

    Em tese, Harry Potter tamb�m entra a�, mas achei o filme t�o superior aos anteriores que tasquei na lista.

    Enfim.

    Uma lista � s� uma lista.

    Quais foram os melhores filmes do ano, para voc�s?






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    Keaton







    Nossos comerciais

    N�o sei se voc�s se lembram, mas em abril eu recebi U$ 120 de pagamento pelos an�ncios do Google, que manda cheques a cada U$ 100 faturados. Pois s� agora, oito meses depois, estou chegando a esta quantia mir�fica: faltam U$ 3,04 para completar os famosos U$ 100.

    N�o estou feliz com a experi�ncia; n�o sei se manter essa faixa a� em cima quase o ano inteiro vale U$ 217. � verdade que os an�ncios n�o s�o feios, mas s�o chatos demais e n�o t�m nada a ver com o conte�do do blog. Tenho certeza de que, se fossem mais bem direcionados, eu teria faturado um pouquinho mais.

    H� alternativas, como o Submarino, por exemplo, que paga percentagem nas compras feitas atrav�s do blog, mas este link nem consegui instalar no template.

    Pergunto aos colegas de blog e de website: como anda isso, na experi�ncia de voc�s? Algu�m tem alguma sugest�o?

    Curiosidade: o melhor dia da temporada foi 10 de dezembro, uma sexta-feira. Dos 1.324 visitantes, 11 clicaram nos an�ncios, gerando U$ 2,23 de renda.

    Este sistema � t�o misterioso, por�m, que a m�dia geral de todo o per�odo -- desde abril deste ano -- foi de U$ 0,59 por dia, garantida por 12 cliques entre 1057 visitantes.






    D�vida cruel

    Pessoal, estou com aquela tradicional d�vida de fim de ano.

    Quanto � que a gente d� de Natal para:

    1. Porteiros (aqui em casa s�o quatro);
    2. Entregadores de jornais e revistas;
    3. Carteiro; e
    4. Lixeiro?







    A da Barra

    No Globo, �tima reportagem sobre a "capivara emergente". Cito apenas um trecho, que se aplica ao caso da nossa Capivara:
    O aparecimento de capivaras em �rea urbana em menos de semana levantou uma pol�mica entre os especialistas: para onde os animais devem ser levados? A professora do Departamento de Ecologia da Uerj Helena Bergallo considera um equ�voco tir�-las do local onde est�o acostumadas a viver:

    -- As capivaras retornariam naturalmente �s lagoas ao perceberem que n�o h� alimento no mar. N�o � preciso transferi-las para outra �rea.

    J� o diretor da Faculdade de Veterin�ria da UFF, professor S�rgio Carmano S�o Clemente, � favor�vel � transfer�ncia:

    -- As capivaras fogem porque sentem falta de alimento.
    Muito bem. Ent�o estamos todos de acordo, porque falta de alimento definitivamente n�o era problema da Capivara da Lagoa; que n�o fugiu, mas foi arrastada pela correnteza (a comporta do canal, que deveria estar fechada durante a mar� alta, ficou aberta, sabe-se l� por qu�).

    Desta vez, a capivara resgatada vai ter um prazo de quatro dias de sossego at� que especialistas decidam para onde lev�-la.

    Assim � que se faz; muito embora eu duvido que assim o fizessem se n�o fosse o au� que a gente aprontou no jornal.

    Menos mal.





    16.12.04


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    Foto by Cat







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    A turma do Info etc.







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    A festa da Abano







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    L� v�m eles de novo...

    RIO - A nova capivara que surgiu no litoral carioca nesta quinta-feira permanece na Col�nia de Pescadores da Barra aguardando a chegada de um veterin�rio do Zool�gico de Niter�i (!).

    O animal se enroscou na rede de um pescador e n�o apresentou resist�ncia ao ser retirado e posto num barco. Ele estava nadando na Lagoa da Barra pr�ximo ao Quebra-Mar quando se enroscou.

    Os pescadores contaram que h� uma semana tr�s capivaras j� haviam sido vistas na beira da Lagoa de Jacarepagu�, pr�ximo � �rea da Muzema. Eles acreditam que a dragagem dos canais da Barra seja a causa do aparecimento de tantas capivaras. (Ta�s Mendes / O Globo)
    O grifo � meu.

    O espanto tamb�m.

    Cad� os veterin�rios do Zoo do RIO?!






    Dos coment�rios

    N�dia Almosny � veterin�ria. Ela escreveu o seguinte:
    Tenho acompanhado a vida da capivara por meio de suas mat�rias no jornal. O que li hoje foi justo para a capivara mas injusto para com os veterin�rios. Durante este per�odo p�s captura eu n�o li uma declara��o de veterin�rios na m�dia.

    As pessoas que foram consultadas pela m�dia N�O ERAM VETERIN�RIOS.

    Voce j� visitou o Zool�gico de Niter�i, para onde trazem os animais? Pois �... pobres pinguins e capivaras... venha ver de perto se existe algum veterin�rio por l�.

    Quando alguem falar � imprensa se dizendo veterin�rio, pe�a a carteira do Conselho Regional de Veterin�ria. Ali�s, estas pessoas n�o disseram que eram veterin�rios, pelo menos n�o estava escrito nas reportagens que li.

    E quanto a transferir animais de uma regi�o para uma �rea de prote��o ambiental sem quarentena? Pobres demais capivaras.

    Gostaria de ter certeza de que esta capivara, de quem aprendi a gostar, est� por l� mesmo. O lugar dela � na Lagoa, mas os pol�ticos decidiram por ela (e sem consultar veterin�rios, certamente). Tamb�m estamos, n�s veterin�rios, tristes pela aus&encia da capivara na Lagoa.

    Os pol�ticos foram injustos com a capivara e voc� foi injusta com os veterin�rios. (N�dia Almosny)
    N�dia, pe�o mil perd�es se fui injusta com veterin�rios de verdade. Como j� disse v�rias vezes, adoro veterin�rios, uma das minhas categorias profissionais favoritas.

    A senhora de quem falo � a diretora do Zoo; esta declara��o infeliz foi dada ao Dia. J� joguei fora o jornal e n�o me lembro se ela era classificada como veterin�ria ou se apenas intui isso; mas eu devia ter desconfiado, porque um veterin�rio respons�vel jamais soltaria um animal desconhecido numa reserva sem deix�-lo em observa��o.

    Se a nossa Capivara tivesse alguma doen�a infecto-contagiosa, por exemplo, poderia contaminar toda a popula��o de capivaras da tal reserva antes mesmo de ser ca�ada, como indubitavelmente ser�, ing�nua que �.

    N�o conhe�o o zool�gico de Niter�i. N�o desmere�o os seus profissionais. Acredito que sejam bem intencionados e que, em ocasi�es que n�o acompanhei, tenham sido influ�ncias ben�ficas nas vidas dos bichos com quem entraram em contato.

    Infelizmente, este n�o foi o caso da Capivara.

    Aos que querem ver um preconceito que n�o existe no meu texto: esses veterin�rios (ou bi�logos, ou que outras profiss�es tenham) s�o de Niter�i, vale dizer, de outra cidade. Eu teria destacado o fator geogr�fico qualquer que fosse a outra cidade -- B�zios, Friburgo, Vassouras, Campos, tanto faz.

    O problema n�o � de onde eles s�o, mas de onde n�o s�o, ou seja, daqui. Isso significa que n�o convivem com a Lagoa e que nunca viram a Capivara no seu habitat urbano.

    Repito: a �nica opini�o que respeito em rela��o a este caso � a do bi�logo M�rio Moscatelli, que conhece cada cent�metro deste ch�o e que, com um trabalho paciente, desenvolvido ao longo de anos, transformou a Lagoa na �rea cheia de vida que hoje �.

    Destaco ainda outro coment�rio, feito pelo meu vizinho Jayme Derenusson, para os que acham que um jornal n�o pode se dar ao luxo de gastar meia p�gina com uma capivara:
    Morei em Niter�i e adoro aquela cidade. Cora tamb�m n�o nasceu aqui. Hoje moramos na Lagoa, por acaso somos vizinhos e nos tornamos amigos. Fomos, eu e ela, vizinhos tamb�m da Capivara, que aqui chegou, n�o se sebe como (s� garanto que n�o a trouxemos), transformando-se em uma presen�a extremamente simp�tica, ex�tica e emblem�tica.

    Que seria de um jornal como O Globo, publicando apenas not�cias sobre assaltos, sequestros, tiroteios, roubalheiras de dinheiro p�blico, manobras pol�tico-partid�rias, mis�ria, menores abandonados, dentre tantos outros temas asquerosos, se n�o publicasse tamb�m mat�rias amenas e palat�veis?

    A Capivara tem muita import�ncia sim, em uma cidade que v�m se brutalizando a cada minuto! � absolutamente necesss�rio que desviemos nossa aten��o de nossas desgra�as, para pensar em um animal que se tornou s�mbolo de um espa�o p�blico como a Lagoa, frequentada n�o apenas por seus moradores, mas igualmente por gente de toda parte, que ama o lugar e as coisas que dele fazem parte.

    Um jornalismo focado exclusivamente em temas desditosos n�o seria condizente com o esp�rito de nossa cidade, que ainda conserva muita coisa de bela e alegre, contexto no qual adequadamente se incluiu nossa Capivara. Quem pensa "grande" n�o pode ser obsessivo, estressado ou fan�tico; tem que olhar para os lados e ver o mundo com todos os seus detalhes pitorescos. (Jayme Derenusson)






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    Netcat, Pipoca e Keaton







    Extra! Extra!

    O Nelito Fernandes, do Eu hein!, conseguiu uma entrevista exclusiva com a capivara...








    Por que levaram a nossa capivara embora?!

    Nada justifica a presssa com que os veterin�rios de Niter�i desterraram a Capivara da Lagoa

    H� duas correntes filos�ficas em rela��o � Capivara da Lagoa. Uma acredita que uma capivara � uma capivara � uma capivara e que, francamente, j� pod�amos mudar de assunto. A outra v� na Capivara n�o s� um bicho ligeiramente diferente dos seus pares, como um s�mbolo da pr�pria Lagoa e, eventualmente, de um desejo de ternura que a nossa cidade ainda conserva, apesar dos pesares; uma esp�cie de pequena luz de carinho coletivo no fim do t�nel da bo�alidade geral.

    � primeira corrente pertencem, basicamente, pessoas que n�o ligam para bichos e que nunca se encontraram com a Capivara num fim de tarde, bem como os veterin�rios do zool�gico de Niter�i. Esses not�veis facultativos demonstraram uma falta de sensibilidade compar�vel apenas � sua incompreens�o do que seja um animal comunit�rio.

    Acontece que a Capivara da Lagoa n�o � uma capivara qualquer, uma capivara gen�rica; � um bicho aculturado, manso, quase dom�stico, que acha gente uma esp�cie amig�vel e n�o tem as manhas das suas primas selvagens; uma capivara que cresceu �s margens da Rodrigo de Freitas, onde, ao contr�rio do que afirmam os que n�o a conhecem, estava muito bem adaptada. L� passou quase dois anos saud�vel e tranq�ila, sem chatear ningu�m (exceto alguns cachorros), comendo o capim abundante das margens e alegrando a vida de quem a encontrava. S� precisava de companhia; mas isso, mais dia menos dia, se resolveria.

    Tudo acabou quando deu o azar de pegar a comporta do canal do Leblon aberta. Como todo mundo viu, ela lutou o quanto pode. Escapou de morrer nas pedras do Arpoador e escapou de morrer afogada -- mas, infelizmente, n�o conseguiu escapar da precipita��o dos veterin�rios que, da noite para o dia, sem consultar ningu�m, sem tentar se informar das suas condi��es de vida e sem lhe dar ao menos a oportunidade de se refazer plenamente do trauma do "salvamento", decidiram solt�-la ao lado da refinaria de petr�leo, numa �rea que � o para�so de ca�adores clandestinos.

    Desde que a Capivara foi solta na Reduc, j� ouvi toda a esp�cie de absurdo como justificativa, o principal deles sendo que a Lagoa seria polu�da demais, inadequada demais para uma capivara. Como observou o leitor Paulo Zobaran, os veterin�rios de Niter�i t�m falado t�o mal da Lagoa, e t�o bem da Reduc, que chega a ser um espanto que a nossa din�mica ind�stria imobili�ria ainda n�o tenha despertado para o extraordin�rio potencial oferecido por aquela apraz�vel localidade de Duque de Caxias.

    Com todo o respeito aos veterin�rios, por�m, o que conta, para mim -- al�m da evid�ncia do que vi e em parte documentei nos �ltimos dois anos -- � a opini�o de M�rio Moscatelli, que conheceu a Capivara no seu habitat urbano. Para quem n�o est� ligando o nome � pessoa, ele � o bi�logo que replantou o mangue �s margens da Lagoa, sendo o grande respons�vel pelo seu renascimento.

    Vivo na �rea h� mais de 20 anos, conheci a Lagoa pr� e p�s-M�rio Moscatelli, e posso garantir que ele fez a coisa mais pr�xima de um milagre que j� vi na vida. Pois este especialista -- que, curiosamente, n�o foi ouvido em momento algum pelas "autoridades" que t�o a�odadamente decidiram o destino da Capivara -- acha que ela estava muito bem onde estava.

    Se os n�veis de polui��o da Lagoa andassem ruins como dizem, ela n�o seria o animal saud�vel que �; nem se notaria, na regi�o, o aumento da fauna que se tem verificado. Ao contr�rio dos "experts" de Niter�i, o homem da Lagoa acha at� que se poderia trazer mais capivaras para a Zona Sul. Ecoturismo, afinal, n�o � coisa s� para a Amaz�nia.

    -- As pessoas falam muito na Lagoa como paisagem, mas se esquecem que � um ecossistema -- diz Moscatelli. -- A capivara era a ponta mais vis�vel deste ecossistema, uma esp�cie de "embaixadora da Lagoa". Gra�as a ela as pessoas passaram a prestar mais aten��o na vegeta��o e nos outros bichos da �rea, passaram a ficar mais conscientes do meio ambiente e a fazer mais press�o sobre a Cedae para que acabe as obras de saneamento. A sua seguran�a n�o estava amea�ada l�, de forma alguma.

    A conviv�ncia entre gente e bichos � normal numa cidade como o Rio: basta ver os miquinhos, os macacos, as cotias do Campo de Santana. A nossa Capivara seria provavelmente mais feliz se tivesse nascido e crescido no Pantanal, mas o papel que desempenhou na Lagoa foi infinitamente mais importante do que o de d�zias de capivaras escondidas em reservas. Em meio � viol�ncia do cotidiano, ela era um ponto de afeto, uma felicidade, um elo de liga��o com a natureza.

    Com seu ar altivo e seu jeito pac�fico, as capivaras se acostumam bem com humanos -- embora n�o cheguem ao extremo de comer pizza, como sup�e uma das especialistas de Niter�i. Com toda a autoridade que o cargo lhe confere, esta senhora afirmou a um jornal que a Capivara da Lagoa era alimentada diariamente por um dos quiosques.

    Ent�o t�.

    Vai ver, acredita tamb�m que ela pagava as refei��es com ticket-restaurante.

    (O Globo, Segundo Caderno, 16.12.2004)






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    A outra Pipoca







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    Jantar com Mill�r, Danusa Le�o e Diogo Mainardi; rimos muito.






    15.12.04


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    14.12.04


    Ao trabalho

    Ao trabalho









    Mil perd�es!

    Lembram daqueles americanos pedindo desculpas pela elei��o de Bush?

    Bom, eles continuam pedindo desculpas; agora j� s�o mais de 26 mil, e parte das imagens que enviaram para o site vai virar livro.

    Com 256 p�ginas e custando U$ 15, "Sorry Everybody" estar� dispon�vel a partir de 20 de janeiro.






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    A minha espera...






    13.12.04


    Algu�m quer um siam�s?

    Minha colega Patr�cia acaba de me mandar um email com uma emerg�ncia felina:
    Um porteiro do meu pr�dio encontrou um siam�s numa madrugada, h� duas semanas, perambulando no port�o, e o recolheu. O gato parecia ter dono, porque estava de coleira, com o p�lo bem tratado e � superd�cil. Espalhamos cartazes pelo edif�cio e pelos pr�dios e lojas pr�ximos, mas ningu�m apareceu. Os porteiros se apegaram a ele, eu comprei ra��o, mas uma moradora reclamou da presen�a do bicho com o s�ndico e ele quase foi levado para a Suipa. Uma amiga que nunca teve gatos, s� cachorros, pegou ele na segunda-feira passada, mas n�o est� se adaptando. Ou seja, o bichinho vai precisar de outra casa. Levei-o � veterin�ria dos meus gatos e ela constatou que ele est� completamente saud�vel e calculou que tenha menos de um ano. � um dos gatos mais carinhosos que j� conheci, al�m de lindo (pena n�o ter uma foto). S� n�o fico com ele porque a lota��o l� em casa est� esgotada com os dois moradores peludos.
    Algu�m se habilita?






    Noooooooooooossa...!

    O Kibe Loco postou um videozinho em que o William Bonner imita o Clodovil.

    Foi feito h� mais de dez anos, mas continua engra�ado.

    Resultado: mais de 350 mil visitantes, servidores ca�dos... e muita farra.

    Vale ver!






    Apelo

    Escreve a Bia Badaud:
    Novamente estamos, como de resto todo o estado do Rio de Janeiro, precisando de doadores de sangue.

    Especificamente, o caso do paciente atual � dram�tico demais, e todos est�o muito empenhados em ajudar.

    Saiu at� no Terra.

    Trata-se de um jovem, de 29 anos, rec�m casado, v�tima de acidente a�reo, internado no Centro de Tratamento de Queimados, do HFAG.

    Teve queimaduras graves, muito graves, e as duas pernas e o bra�o direito amputados.

    No momento, ainda depende de ventila��o mec�nica, mas seu corpo, jovem e forte, vem respondendo favoravelmente ao tratamento, at� porque est�-lhe sendo oferecido o que h� de melhor, em termos de medicamentos, cirurgias, e infra estrutura de hospital.

    Ainda assim, falta um material que o dinheiro n�o pode comprar: sangue.

    Por isso, estamos pedindo a quem puder doar, que ajude.

    BANCO DE SANGUE DO HOSPITAL DOS AFONSOS
    Av. Mal. Fontenele, 1628 - Sulacapi - Campo dos Afonsos

    Doa��o para o paciente IBES CARLOS PACHECO.

    Quem puder doar, pedimos por favor, por amor, por caridade, por piedade, pelo que seja.

    Obrigada!






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    Bom dia!







    Ay, que nerbios!

    Vejam que not�cia: um velhinho de 80 anos foi resgatado na Florida depois de passar 18 horas no mar.

    E o que ele estava fazendo? Pesca submarina! Ignacio Siberio saiu de manh� no seu barquinho, de arp�o em punho; �s duas da tarde, percebeu que o barco estava � deriva e saiu nadando atr�s; depois de alguns quil�metros desistiu, agarrou-se � b�ia de uma armadilha de lagostas e l� ficou, at� o dia seguinte, aguardando socorro.

    Detalhe: conseguiu atravessar a noite mais fria do outono, batendo as pernas para evitar hipotermia. Estava com uma roupa de mergulho, o que o ajudou a manter a temperatura do corpo, mas, meninos, eu mergulho e posso garantir que, quando faz frio, nem o diabo dessa roupa ajuda.

    Velhinho arretado este dom Ignacio!

    Agora quem sabe ele aprende a primeira coisa que ensinam nos cursos de mergulho: nunca se sai para o mar sozinho...








    Procura-se!

    Pessoal de Copacabana, esta gatinha � a Sofia, da Fabiana, que fugiu ontem � noite. Reproduzindo o que a Clau escreveu:
    Ela desapareceu de casa hoje (domingo), em Copacabana, Rio de Janeiro, na Ladeira dos Tabajaras. De algum jeito, conseguiu fugir. � uma gatinha pequena, magrinha, deve estar super assustada porque nunca saiu de casa antes (mora em apartamento). Por favor, espalhem esse apelo na internet, a Fabi est� desesperada, Sofia � tudo para ela. Quem sabe todos juntos n�o encontramos essa menina linda? Se algu�m souber do paradeiro dela, por favor, entre em contato com fabianadmm@yahoo.com.br, ou comigo claudia_vlporto@uol.com.br, que passo o telefone da Fabi. H� uma recompensa para quem a encontrar.
    Estamos na torcida, meninas! Eu sei como � isso, passei por este sufoco com a Pipoca e espero, de cora��o, que a hist�ria da Sofia tamb�m tenha um final feliz.





    12.12.04


    O que t�m em comum o Almanaque Capivarol, a Internet e a Cap�vara da Lagoa?

    Entre os v�rios emails que recebi a respeito do imbroglio da capivara, estava esta excelente "pensata" do Armando Antonio de Brito Neto. Achei muito curiosa a forma como ele interligou as id�ias. Leiam, vale a pena!
    Num mundo em que buscamos conceitos baseados na sensa��o de exatid�o matem�tica e verdade cient�fica � vital ressaltar, sempre que poss�vel, o papel do et�reo, do invis�vel, do m�gico, do acaso e do caos. A imagina��o criadora, a fantasia e o inconsciente coletivo se misturam sempre, de forma impercept�vel para os que s�o destreinados nas artes de contemplar, meditar e apreender.

    A World Wide Web, a Internet como hoje a conhecemos, estar� fazendo 15 anos. Entre os criadores da Internet estava o f�sico e matem�tico Tim Berners-Lee. Os pais de Tim tamb�m eram matem�ticos e participaram da cria��o do primeiro computador comercial: o Mark I. Tim recebeu na inf�ncia a influ�ncia simult�nea da matem�tica e da tradi��o cultural brit�nica, entre seus livros favoritos, estava um manual da era vitoriana chamado Enquire within upon Everything, que teve um famoso similar no Brasil, o Almanaque Capivarol, um brevi�rio de dicas sobre quase tudo, um portal m�gico de informa��es e conhecimentos.

    Tim, sempre �s voltas com seu Almanaque Capivarol, enfiou na cabe�a a i�ia de criar um Super Almanaque Capivarol atrav�s de uma linguagem de comunica��o, um protocolo que permitisse que qualquer coisa pudesse, potencialmente, conectar-se com qualquer coisa onde estivesse depositado conhecimento�.

    ?Numa vis�o radical, o mundo pode ser visto apenas como conex�es nada mais. Pensamos num dicion�rio como um reposit�rio de sentidos, mas na verdade ele apenas define palavras em rela��o a outras. H� pouco sentido na id�ia de sentido das coisas. 0 que h� � uma estrutura das coisas e isso � tudo. Existem bilh�es de neur�nios em nosso c�rebro, mas o que s�o neur�nios? Apenas c�lulas. 0 c�rebro n�o gera, ou produz conhecimento se n�o h� conex�es. Tudo o que sabemos e somos � apenas a conex�o poss�vel feita por nossos neur�nios. 0 que importa s�o as conex�es."

    Tim foi o respons�vel pela escolha do nome de batismo da rede, ele escolheu uma express�o que os matem�ticos usavam para significar um conjunto de n�s e links compartidos planetariamente: World Wide Web, ou simplesmente web. Era 1990, e ningu�m nem sequer imaginava como o novo Almanaque Capivarol mexeria com o planeta e como serviria para difundir novas id�ias.

    Aqui mesmo no Rio de Janeiro, �s v�speras da Rio-92, Betinho e Carlos Afonso queriam fazer da Confer�ncia uma oportunidade e um pretexto para abrir a Internet para a sociedade civil atrav�s de um n� na sede do Ibase, que deu origem a Alternex, nosso primeiro provedor de acesso.

    O amor de Tim Berners-Lee pelo Enquire within upon Everything o levou a visualizar a constru��o de um gigantesco Almanaque Capivarol catalogando, ligando e disponibilizando-se os conhecimentos armanezados em todos os comp�tadores do mundo, filhotes dos computadores criados por seus pais.

    Mas o que isto tem a ver com a capivara que tem provocado disc�rdia e controv�rsias?

    De um maneira sint�tica podemos dizer que a apari��o de uma capivara na Praia de Ipanema � um fato cujo valor cient�fico � zero, isto porque a ci�ncia se ocupa, apenas, daqueles fen�menos regulares, frequentes, dos quais se podem abstrair as leis gerais do mundo natural. Sendo assim, se UMA capivara parece em Ipanema ela � uma not�cia de jornal, mas n�o � um assunto de interesse da ci�ncia, pois a ci�ncia n�o se movimenta em dire��o ao que � excepcional, mas sim ao encontro do que � uma regra ou uma lei geral. Mas a capivara � um assunto de jornal, e de primeira p�gina, exatamente por que o assunto o jornal � tudo aquilo que n�o � regra, � tudo aquilo que � excepcional, diferente, imprevisto e espetacular.

    Jornal e Ci�ncia s�o antag�nicos neste particular: quanto mais excepcional ou raro � um fato, menos import�ncia ele tem para a ci�ncia e mais interesante � para os jornais.

    No dia que tivermos dezenas de capivaras frequentando naturalmente a Lagoa Rodrigo de Freitas este assunto deixar� de ser not�cia de jornal, mas passar� a despertar o interesse da ci�ncia, que ir� se ocupar em descobrir que condi��es proporcionaram este fen�meno.

    Ocorre, no entanto, que o movimento ecol�gico ou ambientalista � feito atrav�s de �cones que s�o erigidos pela sociedade como representa��es simb�licas de preocupa��es conscientes e inconscientes de car�ter geral, que servem de instrumento para a difus�o de valores, conceitos e conhecimentos num processo de educa��o ambiental. Assim, se a capivara da Lagoa, do ponto de vista das ci�ncias biol�gicas, n�o tem nenhum import�ncia cient�fica como indiv�duo. Como representa��o simb�lica de preocupa��es que permeiam o inconsciente coletivo ela � um indiv�duo que pode ser usado para salvar milhares de outros como ela e se constitui em um instrumento de mudan�a social.

    Neste sentido, para o que conhecemos como ci�ncias humanas, ci�ncias pol�ticas ou ci�ncias sociais, como queiram, o aparecimento da capivara � um acontecimento ambiental, que pode ser definido com um evento natural excepcional que desperta um amplo campo de debates e choques de discursos e de valores que representam todo o espectro do ide�rio ambiental e humanista. O acontecimento ambiental torna-se vis�vel, como fato socialmente relevante, na medida em que desperta o amplo debate sobre os valores e as vis�es de mundo que devem prevalecer para interpretar o acontecimento ambiental e orientar a rea��o da sociedade diante dele.

    No entanto, al�m e acima das diversas ci�ncias e ideologias, existe o que � imaterial, o esp�rito humano...

    N�o seremos salvos pelo uso do bio-diesel e nem por c�lulas de hidrog�nio, t�o pouco seremos inapelavelmente extintos pela transposi��o do S�o Francisco ou pelo pr�ximo erro ambiental do governo.

    Seremos salvos ou condenados pelo melhor ou pelo pior que temos no esp�rito humano.

    Eu creio, firmemente, que somos um pouco mais do que um amontoado de genes e subst�ncias qu�micas.

    O amor infantil de Tim Berners-Lee pelo seu Almanaque Capivarol e que lhe serviu de inspira��o para mudar o mundo � o mesmo amor de natureza revolucion�ria que a capivara da Lagoa desperta nas crian�as -- e na crian�a que existe em cada um de n�s.

    � o tijolo fundamental da mat�ria que chamamos revolu��o socioambiental que se faz atrav�s de milhares e milh�es de reflex�es e conex�es -- como as que fazemos e compartilhamos pela Internet de Tim Berners-Lee -- quando somos despertados do Sono da Ignor�ncia por uma capivara em Ipanema e nos religamos uns aos outros, na consci�ncia da humanidade e da causa comum.

    N�o menosprezem uma capivara, ela pode mudar uma crian�a -- e uma crian�a pode mudar o mundo. (Armando Antonio de Brito Neto)







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    Sono, muito sono







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    Leia hoje, no Globo

    O Globo traz uma grande repostagem sobre a capivara. A consterna��o com a sua apressada transfer�ncia para a reserva � geral; as �nicas pessoas que acham que ela estar� melhor na Reduc do que na Lagoa s�o, justamente, as que menos a conhecem: os veterin�rios de Niter�i.

    Cada declara��o que d�o � pior que a anterior.

    Depois de recomendar � popula��o que chame os bombeiros sempre que topar com animais deslocados -- o que, depois do triste espet�culo de ontem, � no m�nimo question�vel -- agora se saem com essa:
    O veterin�rio Andr� Sena Maia, do zool�gico de Niter�i, disse que se a capivara fosse mantida na Lagoa, poderia voltar para a praia, pondo sua pr�pria vida e a dos banhistas em risco.

    -- Por instinto, ela aprendeu o caminho at� a praia. Provavelmente, saiu em busca de comida. Teve gente que a confundiu com cachorro e porco. Imagine o que aconteceria se ela aparecesse em Ipanema num fim de semana de sol, com praia lotada? Poderia at� ser morta -- disse ele, acrescentando que, no caso de uma mortandade de peixes, o roedor poderia ser contaminado.

    Ele pode at� entender de capivara, mas da capivara da Lagoa n�o entende NADA. A capivara jamais sairia pelo canal em busca de comida; o que mais h� no trecho entre o Vasco e o canal � aquele capim que ela come, e que a deixou t�o robusta.

    Ela n�o aprendeu o caminho para a praia; ela foi, ao que se saiba, esta �nica e exclusiva vez at� l�. Mas n�o vejo como poderia p�r a vida dos banhistas em risco. Na verdade, nem vejo como iria at� a praia num domingo de sol: ela n�o � chegada a multid�es.

    Ainda assim, supondo que fosse, ouso arriscar o palpite de que seria bem recebida. Uma ou outra pessoa pode ser mais agressiva, mas coletivamente a turma da praia � de paz. J� vi salvamentos de c�es e de aves feridas feitos por populares bem mais competentes do que o "salvamento" feito pelos bombeiros.

    Finalmente, quanto � mortandade de peixes: as capivaras j� passaram inc�lumes por pelo menos duas mortandades. Elas s�o roedores, isto �, uns rat�es resistentes.

    A tal ponto, que h� capivaras sobrevivendo muito bem em S�o Paulo, no Tiet� ou no Pinheiros (n�o lembro qual).

    Finalmente, � l�gico que uma capivara vigiada por tanta gente como s�o as da Lagoa est� em muito mais seguran�a do que uma coitada abandonada numa reserva onde, � sabido, a ca�a clandestina come solta.

    Mais uma vez, a �nica pessoa que acha que tudo est� bem l� � a diretora do Zool�gico de Niter�i, ainda mais desinformada do que o dr. Andr�. Vejam o que declarou ao Dia:
    A vida da mais nova revela��o de Ipanema vai ser muito diferente a partir de agora. Antes, quando morava na Lagoa, era alimentada por seres humanos que praticamente a adotaram como bicho de estima��o. "Um quiosque dava comida todos os dias. Mas se trata de um animal herb�voro que deve se alimentar no mangue, como vivem as outras capivaras com quem ficar�", explicou Gizelda.

    De todas as besteiras ditas em rela��o � capivara, esta talvez seja a mais esdr�xula. A capivara se alimentando num quiosque � fantasia delirante de quem n�o conhece nem a capivara, nem a Lagoa.

    Vai ver a doutora acha tamb�m que ela pagava o almo�o com t�quete-refei��o.

    Ali�s: Vejam na foto abaixo se essa capivara precisava ir para a praia ou para um quiosque para se alimentar...





    11.12.04






    E agora?

    Assisti � mat�ria do Jornal Nacional sobre a chegada da capivara ao seu "novo lar". Um lugar id�lico, cheio de animais -- entre eles jacar�s, mas isso � s� um detalhe sem import�ncia.

    Que direito tem o Zool�gico de Niter�i de decidir sobre o destino da capivara?!

    O que � que eles sabem a respeito da sua vida, da forma como cresceu, do seu entrosamento com a �rea onde vivia?!

    Vejam a declara��o do veterin�rio, publicada pelo Globo Online:
    Por se tratar de um animal selvagem, a capivara n�o foi mantida no zool�gico e nem voltou para a Lagoa.

    - A nossa preocupa��o em devolver este animal para a Lagoa � que ele tente fugir de l� em um fim de semana de sol e seja atacado por curiosos. Aconselhamos que as pessoas n�o tentem pegar um animal de porte grande como esse, elas devem chamar o Corpo de Bombeiros - orienta o veterin�rio Andr� Sena Maia.

    Preciso dizer alguma coisa?!

    QUE �DIO!!!






    Estou indignada!

    Soube que a capivara j� foi solta na tal reserva, em Caxias.

    Passou a noite no zool�gico de Niter�i -- porque a Rosinha, que � dona dos bombeiros, n�o admite contatos com o zool�gico do Rio, que � municipal -- de onde, hoje cedo, diante de uma equipe do JN, foi solta em territ�rio desconhecido para ela.

    Como � que se pode fazer uma coisa dessas?!

    Como � que se solta um bicho que passou pelo trauma que ela passou ontem sem um tempo m�nimo de observa��o?!

    Como � que se pode agir com esta inconsci�ncia, sem ao menos estudar as circunst�ncias da vida do animal e determinar ent�o, com calma, qual o melhor destino?!

    Esta n�o era uma capivara selvagem, acostumada com outras capivaras; estava aculturada, convivendo com humanos muito bem. Afinal, passou mais de um ano na Lagoa sem chatear ningu�m, exceto um ou outro cachorro (ela n�o gosta de c�es).

    Al�m disso, esta capivara pertencia � comunidade da Lagoa. Ela cresceu aqui, alegrava os moradores com quem se encontrava. Estava sozinha, mas com o tempo acabaria encontrando o macho, do qual foi separada quando era pequena numa outra opera��o desastrada dos bombeiros.

    Agora vem uma veterin�ria de Niter�i, que n�o tem no��o das condi��es de vida deste animal e, s� para aparecer na televis�o, solta a coitada em territ�rio estadual. Numa reserva onde as capivaras s�o sabidamente ca�adas e comidas pela popula��o.

    Pessoal, vamos lutar para trazer a nossa capivara de volta!

    Apoio a sugest�o da Susana Barbagelata: vamos fazer um abaixo-assinado.

    Quem for a favor da volta da capivara, ou pelo menos a favor de que se fa�a um estudo sobre a viabilidade da exist�ncia das capivaras na Lagoa, por favor assine aqui nos coment�rios, deixando nome e email.

    O Globo est� repercutindo essa hist�ria. Se algu�m tiver vontade de se manifestar, por favor ligue para l�, para 2534-5000, e pe�a para falar com o Eduardo, na editoria Rio.







    Mosca observa

    Mosca observa






    10.12.04


    Oi Multimidia

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    Leia amanh�, no Globo


    Nada como um final feliz, mas...
    Por favor, devolvam a nossa capivara!


    A aventura da capivara tinha tudo para terminar em trag�dia: um quadr�pede apavorado, uma praia cheia de pedras, uma multid�o bem-intencionada mas equivocada. Felizmente, ela � resistente, tem santo forte e conseguiu escapar viva de mais uma tentativa de salvamento.

    A primeira, igualmente malsucedida, foi a que a separou da outra capivara com que chegou � Lagoa.

    Assim como a Luma e a torcida do Flamengo, eu tamb�m adoro os bombeiros, mas pe�o encarecidamente que n�o tentem mais resgatar bichos selvagens sem antes conversar com veterin�rios. Com todo o respeito, o que se viu de manh� em Ipanema foi uma perfeita li��o em como n�o resgatar uma capivara.

    Nossa hero�na � a que eu chamo de "capivasca", porque morava em frente ao Vasco. � sem d�vida melhor que v� para uma reserva ambiental do que para o zool�gico mas, como moradora da �rea e observadora das capivaras de longa data, acho que o ideal seria que fosse devolvida � Lagoa.

    De prefer�ncia ali na �rea do Cantagalo, onde h� muito espa�o e pouca gente e onde, agora, resta um pobre macho solit�rio, cheio de amor para dar.

    (O Globo, Rio, 11.12.2004)






    Iuhuuuuuuuuuuu!!!

    A capivara reapareceu!!!

    Est� no Posto Quatro.

    Tomara que agora n�o fa�am tanta besteira quanto fizeram de manh�, e deixem a coitadinha pelo menos descansar um pouco; ela deve estar estressad�ssima, e sem d�vida machucou-se quando bateu contra as pedras no Arpoador.








    !!!!!!!!!

    O dia estava indo muito bem at� que abri o computador.

    A� fiquei sabendo, aqui pelos coment�rios e por diversos emails que recebi, que uma capivara foi parar no Arpoador, onde bombeiros tentam peg�-la.

    A Rebecca Sette chegou a enviar algumas fotos da bichinha, perdida na praia.

    Pela l�gica, s� pode ser uma das capivaras da Lagoa; provavelmente, a do Cantagalo, n�o s� pela proximidade com o Arpoador, mas tamb�m porque, volta e meia, ela se afasta da �gua.

    Ela foi vista v�rias vezes zanzando de madrugada nas proximidades do campo de beisebol; na �poca da montagem do palco da festa da �rvore, foi t�o longe que quase atravessou a rua. Foi preciso que os porteiros daqui e de uns pr�dios vizinhos corressem l� e a tocassem de volta para a margem.

    O pior � que hoje � dia de fechamento, tenho que voar para o jornal e nem posso ir para a Lagoa e/ou para a praia para saber o que est� acontecendo.


    Update: Acaba de sair no plant�o do Globo Online:
    Capivara foge para alto mar e desaparece

    Ana Wambier - O Globo

    RIO - A tentativa de salvamento da capivara que estava na pedra do Arpoador, nesta sexta-feira, teve um final decepcionante. Cinco minutos depois da tentativa de captura, o animal entrou na �gua e nadou em dire��o ao alto mar. Os bombeiros perderam a capivara de vista, mas permanecer�o em alerta, principalmente na praia de Copacabana e na Ba�a de Guanabara.
    Tenho o maior apre�o pelos bombeiros, mas todas as vezes que eles tentaram "salvar" as capivaras foi um desastre.

    Da primeira vez, tudo o que conseguiram foi separar os filhotes que apareceram juntos na Lagoa; agora assustaram de tal forma a pobrezinha que s� Deus sabe se a veremos novamente.

    � triste demais, isso.








    Grande & pequeno

    Rola uma certa confus�o em rela��o aos simeses da casa -- mas, como voc�s podem ver, eles s�o inconfund�veis.

    Lucas, a Incr�vel Capivara Felina, � o maior quadr�pede da Fam�lia Gato; j� Pipoca, muito pequetitinha, � o menor.

    Os dois, por�m, s�o igualmente lindos e carinhosos... :-)






    E, no ano 2014...

    E tem um pessoal que n�o dorme em servi�o (ali�s: tem um pessoal que n�o dorme, ponto): n�o � que o AyloNs j� traduziu?!

    Clique AQUI.




    Barraco geral

    Estou assistindo na RAI a um daqueles programas que re�nem meia d�zia de pessoas no est�dio para a discuss�o de um tema qualquer. Ora, sendo a RAI italiana, � claro que esses programas descambam, invariavelmente, em bate-bocas hom�ricos.

    A discuss�o de hoje � simplesmente inacredit�vel.

    Uma escola prim�ria fez uma substitui��o politicamente correta na tradicional apresenta��o de fim de ano das crian�as: sai pres�pio, entra Chapeuzinho Vermelho.

    A id�ia � que a apresenta��o do pres�pio poderia ser "ofensiva" para alunos de origem isl�mica, filhos de imigrantes.

    � dif�cil saber o que pensam os convidados, porque todos falam, exaltad�ssimos, ao mesmo tempo. Est�o no ar o vice-prefeito de Treviso, t�pico representante da Lega Nord, previsivelmente reacion�rio e xen�fobo; o arcebispo de Ravenna (que poderia fazer carreira como locutor esportivo); um religioso isl�mico; jornalistas; o ministro das fun��es p�blicas (?); professores.

    Seria c�mico se n�o fosse s�rio.

    Sou contra as religi�es organizadas, que h� mil�nios servem de desculpa para que as pessoas se matem umas �s outras; mas num pa�s majoritariamente cat�lico como a It�lia, o pres�pio � uma tradi��o cultural t�o forte que, a rigor, transcende a religi�o.

    Se numa escola h� crian�as mu�ulmanas que se ofendem com ele, a solu��o � simples: basta n�o obrig�-las a tomar parte na encena��o. Mas cancelar a encena��o, de resto t�o bonita e pac�fica, com seus reis ex�ticos e seus animais solid�rios, �... pat�tico, caramba!

    Qual ser� o pr�ximo passo dessa imbecilidade coletiva bem intencionada? Cobrir as pinturas religiosas das igrejas? Expurgar dos museus os quadros de tem�tica cat�lica?

    A toler�ncia religiosa n�o se faz atrav�s da elimina��o de todos os vest�gios de religiosidade, mas sim atrav�s da aceita��o das diferen�as e da pluralidade das manifesta��es.

    Em suma: n�o � quest�o de subtra��o, mas de soma.

    Ser� que � t�o dif�cil perceber isso?!







    9.12.04


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Chove!







    Um t�xi perdido na selva

    No �ltimo dia que passei em Rond�nia, as grava��es de "Mad Maria" foram interrompidas por volta das tr�s, logo depois do almo�o. Chovia a c�ntaros. Mais tarde, se a chuva passasse, seriam realizadas as primeiras tomadas noturnas da miniss�rie; para isso, uma equipe de t�cnicos trabalhara o dia inteiro, instalando toda a esp�cie de luzes e refletores pela floresta.

    Parece �bvio -- e � -- mas, para mim, observar aquilo foi uma grande revela��o. N�o � que faz mesmo sentido deixar as noturnas para o fim das grava��es? Imaginem s� se, al�m de todos os problemas "normais", o pessoal ainda tivesse que se preocupar com cabos e fios coloridos aparecendo entre as �rvores!

    O deslocamento entre o hotel e o set de filmagens era feito em vans e micro�nibus. A primeira condu��o deixaria o hotel �s oito; �s dez haveria uma segunda. Se tudo desse certo, as grava��es iriam at� a madrugada.

    Achei que sair �s dez estava de bom tamanho, e decidi aproveitar o tempo at� l� para dar uma volta de bicicleta. Sa� sem destino pelas ruas largas cheias de mangueiras, parando aqui e ali para brincar com um gato ou um cachorro, ver a vista do rio e admirar revoadas de p�ssaros se preparando para dormir.

    * * *

    Quando voltei, todo mundo j� tinha ido para o set. A tal leva das dez acabou n�o sendo necess�ria, de modo que l� estava eu, sozinha, entregue � minha pr�pria sorte. Um lado de mim queria tomar banho e desabar na cama; o outro estava morrendo de curiosidade em rela��o �s grava��es noturnas. Nem preciso dizer qual prevaleceu, preciso?

    Havia um �ltimo t�xi em frente ao hotel, com dois sujeitos parados ao lado; pelo que entendi, eram s�cios. Um sabia direitinho onde se realizavam as grava��es mas, por motivos que n�o ficaram claros, quem me levou foi o outro.

    J� fiz v�rias corridas de t�xi estranhas, mas esta foi, sem d�vida, a mais not�vel de todas. Para l� da cidade, por uma estrada de terra batida e um escuro de breu do lado de fora; do lado de dentro, um tax�metro de alma nova-iorquina, iluminando dois b�pedes sem no��o do caminho. Os telefones celulares n�o recebiam sinal; o r�dio funcionava, mas n�o havia mais ningu�m na escuta do outro lado.

    E a floresta, por toda a parte a floresta.

    O set ficava a uns 15 quil�metros de Porto Velho; rodamos pelo menos 40. Ainda lembro que, num determinado momento, me ocorreu que eu deveria estar apreensiva em rela��o �quilo; o motorista, pelo menos, n�o parecia feliz. Mas achei a sensa��o de estar perdida num t�xi em plena selva amaz�nica t�o curiosa e incongruente que ela era a �nica coisa que de fato importava.

    Quando finalmente chegamos ao local das filmagens, metade da equipe j� tinha voltado para o hotel; a outra metade estava correndo para as vans antes que as luzes do set fossem apagadas. Mal tive tempo de fazer duas m�seras fotos; logo uma das produtoras me agarrou pelo bra�o e me carregou embora. Eram duas da manh�. Em tese, as grava��es iriam at� as tr�s, mas o trabalho rendeu tanto que acabou uma hora antes.

    Fiquei muito frustrada de n�o ter visto nada -- mas, por outro lado, at� o fim da vida vou me lembrar que, numa noite de novembro do ano de 2004, eu estava na Amaz�nia, dentro de um t�xi que rodava perdido pela floresta.

    * * *

    Quando "Mad Maria" for ao ar, voc�s v�o ver uma cena chocante: num dado momento, os chineses voltam para o acampamento trazendo um trabalhador e uma capivara mortos. O trabalhador � um figurante que morreu de mentirinha (oh, n�o diga, � mesmo?); j� a capivara, coitada, morreu de verdade. Veio congelada de S�o Paulo, de uma fazenda onde se criam capivaras para abate (!).

    Felizmente, essa cena foi filmada na semana anterior � minha chegada, o que me poupou de ver a falecida. Afinal, o fato de ter sido criada em cativeiro n�o a tornava menos capivara, ou menos digna de viver sua pac�fica vidinha de roedora.

    Voc�s tamb�m v�o ver os personagens de F�bio Assun��o e Ana Paulo Ar�sio mergulhados em ton�is de banha, engordurados at� a raiz dos cabelos, mas n�o precisam ficar com nojo. A "banha" era manteiga de Karit�, um creme cheirosinho e �timo para hidratar a pele.

    * * *

    A estranha criatura da foto � uma lagarta que trouxeram de presente para a Ana Paula Ar�sio; ao fundo, os trilhos da Madeira-Mamor�. Quando vimos a bichinha, corremos, as duas, para fotograf�-la; fiquei bem feliz, ali�s, com este "retrato" que consegui.

    S� no dia seguinte � que me dei conta de que, como jornalista, falhei feio na miss�o. A foto, naturalmente, n�o era a lagarta, mas sim a Ana Paula Ar�sio fotografando a lagarta...

    Que vacilo!

    * * *

    Mudando de assunto: sensacional a reportagem da Regina Cas� com os velhinhos, no "Fant�stico"! Ela sempre manda bem, mas neste caso, especificamente, deu um show de humor, delicadeza e sensibilidade. Se voc�s n�o assistiram, n�o percam a continua��o, domingo que vem. O assunto interessa a todos. Como disse dona Can�, do alto dos seus 97 anos: ?Quem n�o morre, envelhece?.

    (O Globo, Segundo Caderno, 9.12.2004)

    Mais uma coluna que n�o foi surpresa para os leitores do blog... :-)

    A foto era da nossa velha conhecida, a lagarta azul; mais tarde, quando voltar para casa, vou procurar uma foto in�dita da bichinha para voc�s.

    Ou, ent�o, uma foto in�dita da Ana Paula Ar�sio (sim, fiz algumas!).






    Oi Multimidia

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    Pausa antes de ir pro jornal







    Sem fio -- e sem sa�da

    Os dois telefones sem fio aqui de casa, ambos Panasonic, e ambos relativamente bons at� uns meses atr�s, foram para o conserto. Um porque d� umas sumidas na liga��o sem explica��o alguma -- simplesmente sai do ar, mas n�o desliga, se a gente tiver paci�ncia l� estar� o interlocutor, do outro lado, berrando "Al�! Al�!" alguns segundos depois; o outro porque o som est� t�o baixo que mal se ouve.

    Os dois ficaram tr�s dias na loja, que cobrou R$ 200 e os mandou de volta -- tal e qual estavam antes. Bia deu uma rodada de baiana com os caras, mandou os telefones novamente para l�, mas tenho a impress�o de que melhor seria pedir o dinheiro de volta e comprar logo um telefone novo.

    Ando completamente c�tica em rela��o � compet�ncia das assist�ncias t�cnicas de eletro dom�sticos. Esta j� � a terceira vez que um desses telefones vai a conserto, em lojas diferentes, e continua a mesma porcaria.

    O Mill�r, que sabe das coisas, resumiu muito bem a quest�o l� no site dele:
    "� quase imposs�vel, hoje, encontrar um trabalhador que n�o queira cobrar exageradamente pra consertar um ralo de cozinha, um pedreiro que, depois de cobrar o servi�o adiantado (compra de material), n�o desapare�a deixando o servi�o inacabado, um flanelinha que n�o exija, em tom de amea�a, mais do que lhe estamos, amedrontados, dando.

    A podrid�o das elites brasileiras, mostrada exaustivamente em jornais e na televis�o, conseguiu o pior que pode acontecer a um pa�s -- corrompeu o povo."






    Ali�s...

    Algu�m conhece um bom estofador?






    Dos coment�rios

    Honra seja feita: este blog tem os melhores leitores do mundo! Vejam s� que coment�rio interessante fez o Wilson Cavalcanti no post sobre o avi�o da Embraer:
    Sou piloto militar da reserva e engenheiro aeron�utico ativo. Trabalho atualmente na Embraer, onde cuido do suporte t�cnico � sua aeronave executiva, o Legacy.

    Quanto eu ainda era novinho na FAB o Bandeirante foi projetado. Depois, cursando o ITA, pilotei os dois primeiros prot�tipos e o primeiro avi�o de s�rie. Depois, o Bandeirante passou a ser o ?workhorse? da FAB e pilotei v�rios outros modelos de s�rie mais avan�ada. Posso, pois, falar com algum conhecimento t�cnico e operacional: o Bandeirante foi, � e ser� um grande avi�o.

    O problema � que cada avi�o, como todo ve�culo, � projetado com uma finalidade. No caso do Bandeirante, talvez porque fosse o �nico modelo nacional de transporte turbo�lice ent�o existente, ele teve seu emprego estendido a muitas fun��es para as quais n�o fora exatamente projetado. E depois, quando ficou mais velhinho, como ocorre em geral com todo avi�o, passou a ser operado por gente nem t�o preparada.

    Houve acidentes, criou-se uma imagem ruim que est� longe, entretanto, de ser fidedigna. Fale com qualquer piloto da FAB ou de empresas regionais que tenha operado o Bandeirante de forma adequada e voc� n�o ouvir� ningu�m falar mal desse grande avi�o.

    A Embraer depois projetou e produziu grandes avi�es que foram e continuam a ser sucesso mundial: o Bras�lia, a fam�lia 145 e agora a nova gera��o de avi�es comerciais (170 /175 e 190 / 195 que j� se definem como grandes avi�es. Mas o velho Bandeirante est� na g�nese de todos! (Wilson Cavalcanti)
    Confesso que me surpreendi com este depoimento. Eu tamb�m estava enganada a respeito do Bandeirante, sobre o qual sempre ouvi horrores. Voei de Bandeirante algumas vezes, sem sustos ou problemas, mas sempre muito apreensiva por causa da sua m� fama.

    Muito obrigada pelas informa��es, Wilson!






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    8.12.04


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    Rumo � �rvore!







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    Mami e dona Luzia dao uma entrevista







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    Mami e colegas







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    Festa de vinte anos da Associacao de Masters







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    Fluminense Football Club







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    Central do Brasil







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    Correndo!







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    No engarrafamento









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    Bom dia!






    7.12.04




    Outra foto legal

    Hoje a mailbox do jornal est� cheia de fotos interessantes. Esta � a do Embraer 195. Diz o release:
    O jato comercial Embraer 195 fez hoje seu v�o inaugural na sede da Embraer em S�o Jos� dos Campos, desempenhando com sucesso uma s�rie de testes de valida��o de sistemas e qualidades em v�o. O avi�o decolou �s 11:58 do hor�rio local e aterrissou em seguran�a 1 hora e 56 minutos mais tarde. Com 108 assentos, e impulsionado por dois motores GE CF34-10E, ele � o maior avi�o j� constru�do pela Embraer.
    Achei legal isso, de j� construirmos avi�es t�o competentes.

    Fiquei orgulhosa da Embraer.

    E fiquei ainda mais convencida de que foi uma grande mancada o Lula ter comprado aquele avi�o cheio de frescuras no exterior.

    Seria t�o mais digno e elegante um Presidente da Rep�blica voando num produto brasileiro!








    Era s� o que faltava...

    A M&Ms, que faz aquelas balinhas de chocolate com cobertura colorida, tem um site onde se podem encomendar M&Ms personalizados. L� a gente pode escolher cor ou conjuntos de cores, dizer o que quer ver impresso nas balinhas em vez do tradicional M e fazer a encomenda.

    Mas, como a empresa est� nos Estados Unidos, nada � t�o simples. H� todo um c�digo do que pode ou n�o pode ser impresso nos M&Ms.

    Palavr�es e obscenidades est�o terminantemente proibidos, assim como marcas, nomes de celebridades, escolas e institui��es diversas, assim como times esportivos, eventos ou marcos geogr�ficos.

    Est� na cara que a M&M n�o quer confus�o com qualquer coisa que possa dar processo.

    O que, naquele pa�s maluco, significa: quase tudo.







    MP3 Fashion

    Esta foto chegou agora � reda��o: os "colares" s�o tocadores de MP3. N�o s�o umas gracinhas? S�o da BenQ, chamam-se Joybee 102R, reproduzem m�sica digital em MP3, WMA e WAV, e t�m 256Mb de capacidade em mem�ria flash. Saem a R$ 550 cada.






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    Ipanema







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    Ipanema







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    Copacabana







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    Copacabana







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    A vista do quarto







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    Bom dia!







    Orelha

    Escrevi este texto para O livro de ouro da comunica��o, de Silvana Gontijo -- um livro excelente, que teve a sorte de ganhar uma edi��o � altura do texto, bem diagramada e cheia de ilustra��es. O livro chegou �s livrarias no m�s passado.

    Quantas vezes j� n�o ouvimos algu�m, olhando a cara particularmente expressiva de um cachorro ou de um gato, dizer que ele ?s� falta falar?? Se por ?falar? entendermos o que de fato est� impl�cito na palavra -- a capacidade de comunica��o -- n�o falta, n�o; os bichos ?falam? at� muito bem, obrigado. N�s � que n�o entendemos a l�ngua deles. Ou, eventualmente, n�o temos a percep��o dos detalhes; mas, por experi�ncia pr�pria, posso garantir que � mais f�cil adivinhar o que me ?diz? um gato na China do que o que me diz um chin�s, at� porque falamos, ele e eu, linguagens corporais completamente diferentes. J� os gatos, como os m�sicos e os matem�ticos, falam a mesma ?l�ngua? no mundo todo.

    Digo isso para dar um exemplo pr�tico de como a comunica��o � um tema complexo. Praticamente todos os seres vivos trocam informa��es entre si, mas talvez o que mais nos distinga dos outros animais seja o fato de termos elevado este nosso c�digo instintivo ao mais alto n�vel de diversifica��o e sofistica��o. Da densa linguagem humana, com sua carga infind�vel de mem�ria e transmiss�o de conhecimento, nasceram as ferramentas e as artes e, em �ltima inst�ncia, at� mesmo o bem e o mal. Que, naturalmente, existem em estado latente num ambiente sem palavras, mas s� alcan�am seu verdadeiro potencial quando assim designados.

    A palavra �, indiscutivelmente, a maior inven��o humana. Apesar de todas as variantes da comunica��o, ser� sempre, tamb�m, a mais difundida e praticada delas. Temos infinitas formas de trocarmos informa��es uns com os outros, das linguagens de assobios dos pastores das Ilhas Can�rias ao c�digo Morse, mas nada � t�o universal ? t�o humano -- quanto a palavra: todos os dias, em todos os cantos do planeta, em todas as circunst�ncias poss�veis e imagin�veis, bilh�es de pessoas conversam, ininterruptamente.

    Esses di�logos se multiplicam em cartas, livros, jornais, filmes, mensagens eletr�nicas, pain�is luminosos, revistas, folhetos, pe�as, an�ncios, outdoors, placas, document�rios. Erga os olhos da p�gina e tente contar quantas mensagens est�o � sua espreita, embutidas em manuais de produtos, propagandas, marcas, notici�rios...

    Silvana Gontijo se imp�s uma tarefa extraordin�ria: nada mais nada menos do que mergulhar neste estrepitoso universo de sons, imagens e palavras para nele encontrar as ra�zes da comunica��o humana e, eventualmente, o seu significado. Das pinturas rupestres aos blogs, nada lhe escapou; a aventura intelectual pela qual ela nos conduz n�o podia ser mais fascinante e -- num mundo que se afoga no excesso de informa��o -- mais atual e necess�ria.






    6.12.04


    Oi Multimidia

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    Indo para casa







    Palestra

    Palestra

    Henrique Meirelles esteve hoje no jornal e fez palestra para os editores. Eu estava sentada no fundo da sala (meu local favorito para palestras de economia) e pude testar a fun��o zoom da c�mera do MPx220.

    N�o est� muito n�tido, mas o ambiente estava escuro e -- caramba! -- � s� um telefone.






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    Oi Multimidia







    BOB

    Saiu o resultado do Best of Blogs, o concurso de blogs da Deutsche Welle.

    A proposta -- escolher o melhor blog do mundo, e os melhores em certas categorias -- � ambiciosa, mas impratic�vel. N�o h� um melhor blog do mundo,como n�o h� um melhor livro ou um melhor filme; h� muitos excelentes blogs, livros, filmes.

    A quest�o � altamente subjetiva e a variedade entre os blogs � infinita; n�o h� como comparar alhos com bugalhos, nem o que se faz na China, digamos, com o que se faz no Brasil ou na Alemanha -- at� por causa da l�ngua.

    A id�ia geral, por�m, � muito simp�tica, por chamar a aten��o para os blogs e p�r na vitrine uma tal diversidade de manifesta��es culturais.

    Houve dois pr�mios por categoria, o do juri oficial e o do juri popular; mas o sistema de voto popular esteve, o tempo todo, aberto � manipula��o, j� que bastava fechar e abrir o browser para votar de novo, quantas e quantas vezes se quisesse.

    Isso podia ter sido evitado (ou mesmo corrigido) com facilidade, e foi uma pena que os organizadores n�o o tivessem feito. Teria sido interessante saber quantas pessoas de fato votaram ao redor do planeta, e como realmente o fizeram.

    Ainda assim, o resultado da categoria blogs jornal�sticos em portugu�s (da qual participava o internETC.) foi o melhor poss�vel.

    O pr�mio do juri oficial foi para o indispens�vel Ponto Media, blog do portugu�s Ant�nio Granado, que faz uma cobertura da m�dia de tirar o f�lego, ao passo que o do juri popular foi para o Ricardo Noblat, disparado o mais jornal�stico dos blogs brasileiros.

    Para o juri oficial, o melhor blog � o Jornal Canino, chin�s que, infelizmente, n�o consigo acessar, quem dir� compreender; mas a id�ia parece �tima. Num pa�s com a censura que h� na China, falar sobre a vida dos c�es pode ser uma forma eficiente de dar o recado sobre o que acontece com as pessoas.

    Para o juri popular, o vencedor foi o Por um punhado de pixels, do nosso Nemo Nox -- pioneiro da blogosfera brasileira que, h� anos, desenvolve um trabalho elegante, criativo e cheio de conte�do.

    Parab�ns para todos!

    A lista completa dos vencedores, com outras informa��es interessantes, est� aqui.






    Admir�vel mundo novo

    Um homem conclama as tropas ao combate. Mostra um esquema de ataque com tr�s linhas verticais e duas horizontais, defende a agressividade e sonha em liquidar com o advers�rio. Onde estamos? No campo de Hastings? No vesti�rio do Maracan� antes da final de um campeonato? Num ponto remoto do Iraque?

    Nada disso. Estamos numa sala de reuni�es do Eco Resort de Arraial D'Ajuda, na Bahia, na abertura do Summit 2005 da Avaya. O homem � M�rcio Mattos, presidente da empresa no Brasil, falando para uma plat�ia de distribuidores e desenvolvedores de sistemas; e a batalha em que est� metido � das mais encarni�adas do mundo globalizado. Afinal, a Avaya trabalha com telefonia IP, aquela que usa a internet como base -- uma �rea extraordinariamente promissora, onde, neste momento, come�am a se definir os nomes que v�o dar as cartas daqui para a frente.

    A Avaya est� muito bem posicionada no cen�rio. � descendente direta da ATT por parte da Lucent, que nasceu numa das divis�es da companhia -- e da qual se separou h� cerca de tr�s anos, seguindo a tradi��o familiar, por assim dizer. Ela desenha, desenvolve e administra as redes de comunica��es para mais de um milh�o de empresas no mundo todo. Mas disputa a lideran�a do mercado com a Cisco, uma das empresas mais competitivas de um setor que n�o � propriamente de fritar bolinhos.

    A palestra de Marcio Mattos termina com dois slides que arrancam gargalhadas da plat�ia: montanhas de sucata de velhos sistemas PABX. Parece cruel, e �; mas o avan�o da telefonia IP � uma das conseq��ncias inevit�veis do desenvolvimento da internet. Assim como milh�es de pessoas f�sicas est�o usando o Skype para economizar nos interurbanos, por exemplo, milh�es de pessoas jur�dicas est�o descobrindo que o uso da rede n�o s� faz mais sentido econ�mico, como oferece solu��es muito mais completas e interessantes do que as permitidas pelos sistemas de telefonia tradicionais.

    Um dos casos mais interessantes � o da Jet Blue, empresa de avia��o americana que, mais ou menos como a nossa Gol, tenta cortar custos onde � poss�vel. Pois ela n�o tem um �nico escrit�rio de reservas. Quando um passageiro disca o seu 0800, a chamada cai diretamente no computador de um dos agentes -- que trabalha, tranq�ilo, na pr�pria casa. O escrit�rio, com tudo o que ele precisa, de contatos com a chefia e outros agentes a tabelas de pre�os e disponibilidade de v�os e lugares est� ali, naquele computador.

    Ele n�o precisa sair e enfrentar o tr�nsito para ter acesso �s suas ferramentas de trabalho, e a Jet Blue n�o precisa alugar �reas comerciais. Todo mundo fica feliz ? sobretudo a Avaya, j� que esta � uma solu��o imposs�vel sem telefonia IP.

    Claro que tudo isso est� muito longe de n�s, usu�rios finais, exceto pelo fato de se esconder por tr�s de v�rias intera��es do nosso cotidiano -- como quando ligamos para uma empresa e ca�mos no atendimento autom�tico. � enervante, � material infinito para hist�rias de horror e para anedotas, mas o fato � que, na maioria dos casos, ningu�m tem mais sequer o espa�o f�sico para acomodar o n�mero de pessoas que seria necess�rio para um atendimento 100% humano.

    Tome-se o caso da Vivo, por sinal muito bem apresentado no Summit 2005. Eu nunca tinha pensado nisso, mas, de fato, como � que se atendem 26 milh�es de usu�rios? J� me irritei muito com aquelas chamadas infind�veis que me mandam discar um se quero isso ou dois se quero aquilo, mas tenho que reconhecer que, quase sempre, consegui todas as informa��es de que necessitava sem precisar falar com ningu�m. Pois por tr�s da voz que me manda discar isso ou aquilo, h� telefonia IP.

    De modo geral, solu��es corporativas nunca despertam em mim qualquer sentimento de cobi�a; a sua tecnologia � essencialmente pr�tica, sem apelos sup�rfluos de consumo. Mas a Avaya desenvolveu um sistema chamado IP SoftPhone que � uma alegria: um cruzamento de software e aparelho telef�nico que acompanha a pessoa aonde quer que ela leve o seu PC. Assim como um celular, s� que via internet; plenamente funcional em qualquer canto de onde se possa fazer uma conex�o -- e como ramal de uma central.

    O funcion�rio de uma empresa que usa isso pode estar em casa, no camping ou na China, que tanto faz. Se algu�m ligar para o seu ramal, l� estar� ele -- que tamb�m pode chamar quem quiser como se estivesse logo ali, na mesa ao lado.

    Quer dizer: com quatro m�seros d�gitos eu poderia teclar para o outro lado do mundo e acordar o Gilberto Scofield, nosso querido correspondente l� em Pequim. N�o sei se ele ia gostar muito disso; mas eu ia adorar, com certeza.

    (O Globo, Info etc., 5.12.2004)





    5.12.04




    Demorou...

    � claro que a Microsoft n�o ia ficar de bra�os cruzados diante de fen�menos como o Orkut e correlatos.

    Com voc�s, Spaces, ainda em vers�o Beta.

    Olhando assim por cima, n�o est� ruim n�o: parece um Multiply personaliz�vel.





    4.12.04


    MMS

    MMS

     Este lourinho ficou interessadissimo no telefone...







    Voltando pra casa

    Voltando pra casa







    MMS

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    3.12.04


    � amanh�!

    O lan�amento mais aguardado do ano:

    "BOISMORTIER -- 6 SONATES EN TRIO", com o grupo Le Triomphe de L'Amour, com a Laura (R�nai, minha irm�) como flautista convidada.

    O Triomphe de l'Amour, de Princeton, EUA, � um grupo especializado em tocar m�sica barroca com instrumentos de �poca.

    O disco re�ne seis trio-sonatas in�ditos de Boismortier, compositor bastante importante do s�culo XVIII.

    As pe�as foram descobertas por Tom Moore, o mais carioca dos americanos -- um dos integrantes do grupo, pesquisador e music�logo da pesada, sa�do de Harvard e Stanford direto para os botequins de chorinho da Lapa.

    As outras componentes do grupo, al�m do Tom e da Laura, flautistas, s�o Janet Palumbo (cravo) e Donna Fournier (viola da gamba).

    Todos est�o convidados!

    � a partir das 19 horas, no Museu da Rep�blica, e vai ser um �timo programa, com coquetel e mini recital.

    Ah, sim: o CD, gravado nos Estados Unidos entre idas e vindas da Laura, � o terceiro lan�amento do selo A Casa Discos.

    Ele estar� � venda por R$ 15, l� no Museu, mas quem n�o puder ir n�o precisa ficar triste por n�o poder fazer esta �tima compra: a gravadora vende pela internet -- � s� mandar um email para discos@acasaestudio.com.br.






    O dia da �rvore: que festa! E que ressaca...

    A noite de s�bado foi de total indecis�o para mim. Assistia � festa de inaugura��o da �rvore de Natal da minha janela, ou ia at� l�? Se fosse, assistia 1) coladinha � margem, local privilegiado para fotografar os fogos; 2) do meio da muvuca que, �s seis da tarde, j� se configurava imensa; ou 3) do elegante camarote do patrocinador, para o qual tinha convite? Havia ainda a possibilidade de ir �s casas de diversos vizinhos, j� que est� virando tradi��o o povo da Lagoa receber amigos e familiares no Grande Dia, assim como faz o povo da Atl�ntica no R�veillon.

    Mergulhada em d�vidas, preferi descer e explorar as possibilidades l� de baixo; n�o levei o cocar nem a borduna porque programa de �ndio na porta de casa, convenhamos, n�o chega a contar milhagem na categoria. Afinal, se a coisa desanda, basta atravessar a rua e voltar para o recesso do lar.

    Assim que pisei na cal�ada, por�m, levei um susto. Nunca vi tanta gente na Lagoa; era quase imposs�vel andar em meio � multid�o compacta. A duras penas cheguei � beira d?�gua, onde encontrei um colega estrategicamente encastelado; ele estava fotografando para o banco, e ocupava, com denodo, os �ltimos mil�metros de terra. Conversamos um pouco, fiz fotinhas do clima e fui em frente.

    Outro susto: o Parque do Cantagalo era uma r�plica da Central do Brasil, sem tirar nem p�r. Ao longo do que, em dias normais, chamamos de ciclovia, havia barraquinhas de tapioca, milho cozido, a�a�, acaraj�, salsich�o, churrasquinho, frango com catupiry, cachorro quente (incrementad�ssimo), queijo coalho, doces variados do Sul (?Se n�o gostar n�o paga?, diz a propaganda autoconfiante), pizza na lenha, espetinho de camar�o, sandu�ches diversos, caipirinhas de fruta, cerveja, refrigerantes, sorvetes artesanais e Kibon, que mais? ah, empadinhas, algod�o-doce, coxinha e pastel. Isso que eu vi em comes e bebes, mas muita coisa deve ter me escapado.

    Havia tamb�m os onipresentes vendedores de bijuterias, ambulantes oferecendo pulseiras e colares que brilham no escuro, falsas tatuagens e �culos escuros (?), mais uma p� de gente trabalhando com brinquedinhos de todos os tipos, de bichos de pel�cia �quelas cobras e lagartos de papel que se mexem sozinhos quando puxados por uma cordinha.

    Em suma, uma confus�o miser�vel -- mas, no fundo, pelo menos para mim, muito divertida: a pr�pria festa do interior, plantada em pleno cora��o da Zona Sul. O Rio tem dessas coisas, que a gente n�o sabe se curte pelo inesperado ou lamenta pela desordem. Na d�vida, recomendo curtir.

    Fiz fotos das barraquinhas e fui para o camarote VIP. Todo mundo chique demais, a vossa cronista de jeans e camiseta, o b�pede despencado por excel�ncia -- mas tudo bem. Com aquela �rvore brilhando l� na frente, quem � que ia olhar para mim?

    Achei um cantinho bom na frente do camarote, sentei no ch�o e fiz um monte de fotos.

    Quando o concerto e a queima de fogos acabaram, me despedi dos anfitri�es e voltei para a muvuca, que estava irresist�vel. Jantei um acaraj� maravilhoso e um Chicabon, bebi �gua-de-coco e, uma hora depois, voltei para casa, exausta.

    Os gatos me receberam com exageradas manifesta��es de apre�o.

    Bia explicou que, durante os fogos, eles ficaram inteiramente zuretas, correndo de um lado para outro. Buscavam ref�gio no quarto, mas o barulho dos fogos ecoava na pedra; fugiam para a sala, mas l�, al�m do barulho, havia aqueles clar�es de luz...

    Coitados dos quadrupinhos !

    Al�m deles, fiquei -- e ainda estou -- muito preocupada com os outros bichos do Cantagalo. A capivara n�o deu as caras; teve ju�zo para ficar quieta na sua manilha, mas imagino como n�o ficou assustada, a pobrezinha.

    Com exce��o dos bem-te-vis, nenhum dos p�ssaros apareceu no dia seguinte, o que n�o seria t�o grave se alguns n�o estivessem chocando. N�o sei como vai ser isso daqui para a frente. O que n�o era problema at� h� pouco tempo, agora � preocupante: a quantidade de aves aumentou muito no ano passado. Como ser� poss�vel conciliar a festa da �rvore, que � t�o bonita, com o bem-estar das criaturinhas?

    Na segunda, passado tamb�m o temporal de domingo, a quantidade de lixo era indescrit�vel. Ainda assim, aos poucos, todo mundo foi voltando: gar�as, soc�s, viuvinhas, quero-queros...

    Eu n�o vi, mas me disseram que, tarde da noite, at� a capivara, muito cabreira, apareceu rapidinho para um lanche, antes de sumir novamente na escurid�o.

    (O Globo, Segundo Caderno, 2.12.2004)






    Fala, foto!

    TODAS as fotinhas abaixo foram tiradas e enviadas pelo MPx220, da Motorola, um celular com alma de Windows distribu�do pela Tim. Para mim, usu�ria de Palm, ele est� sendo mais dif�cil de usar do que o Treo 600 que me fez companhia em Florian�polis; mas �, indiscutivelmente, uma maquininha de respeito.

    Estou aproveitando o semin�rio para testar, al�m dele, o V710, da Vivo. Os dois n�o est�o exatamente no mesmo patamar, mas t�m v�rias coisas em comum -- entre elas cart�es de 128Mb. Amanh� vou usar o V710, para que voc�s possam comparar a qualidade das fotos.

    Infelizmente, o sistema de MMS da Vivo, desenvolvido para mailboxes comuns -- onde as mensagens chegam como "apresenta��es", com o bonequinho da logomarca -- deixam um rastro de sujeira no blog. Vou ver se descubro como contornar isso; se n�o descobrir, fa�o uma faxina na casa � noite, quando me conectar.

    Gosto da tem�tica aqui do semin�rio, que � telefonia IP. Traduzindo de forma muito simples, o uso da internet para telefonar, mais ou menos como o Skype, s� que em vers�o corporativa, heavy-metal, com hardware e servi�os muito complexos envolvidos.

    A chuva parou, o tempo est� lindo e amanh�, embora a primeira entrevista esteja agendada para as 9h, h� pouco trabalho programado.

    Iuhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!





    2.12.04


    Porto Seguro

    Porto Seguro







    Flor

    Flor







    MMS

    MMS

     Orixa', de dia







    MMS

    MMS







    A praia

    A praia







    Ola!

    Ola!

    Como se pode notar, esta' ventando um bocado por aqui...
    (Auto-retrato com o MPx220)







    Trabalho

    Trabalho

     O outro lado da boa vida







    Da mailbox

    Na geral do Info etc.:
    Acaba de ser criada por um grupo de respons�veis por sites e blogs na Internet, a chamada Comunidade BBB, que congrega uma parcela consider�vel de pessoas que acessam diariamente a rede durante o ano inteiro, tratando de assuntos relativos ao Big Brother Brasil, com milhares de acessos. O endere�o � www.bbblinks.blogger.com.br e com a proximidade da nova vers�o do programa, espera distribuir entre os sites e blog integrantes um n�mero ainda maior de visitantes.

    O assunto � tratado durante todo o per�odo em que o BBB est� no ar, estendendo-se durante o restante do ano, promovendo discuss�es sobre os mais diversos aspectos do programa, entrevistando ex-participantes, sem que tenham qualquer liga��o com a emissora que veicula a atra��o.

    Na verdade os autores dos sites s�o considerados hoje experts no assunto e conhecem todos os detalhes do Big Brother, enquanto a movimenta��o nos blogs tem sido de tal forma grandiosa que resolveram se unir para facilitar a navega��o aos aficionados.

    Esses espa�os acabaram se transformando no local apropriado para que as pessoas possam debater sobre o assunto, uma vez que a pr�pria emissora n�o permite intera��o maior com o p�blico, a n�o ser pelo voto nos pared�es para eliminarem participantes, enquanto na Internet, as opini�es s�o colhidas pelos blogueiros e discutidas com profundidade.

    E, na seq��ncia:
    AGORA SIM! Finalmente temos um grupo de cabe�as pensantes focando seus poderosos intelectos neste tema que, todos sabemos, � de suma import�ncia para a sociedade brasileira.

    Acho que agora a coisa vai.

    - c.a.t.
    Huahauhauahauahauahauahauahauha!!!

    Eu amo o Cat.

    Update: O blog est� bonitinho e bem feito, e os meninos, honra seja feita, t�m atitude.

    Tanto esfor�o merecia melhor assunto -- mas gosto, realmente, n�o se discute...






    Orixas

    Orixas

     Ha' lindas esculturas de orixas no jardim do hotel. Acho que elas, ou suas primas, estiveram na Lagoa ha' alguns anos.






    1.12.04


    MMS

    MMS







    P� na estrada

    Estou hospedada no Eco Resort de Arraial D'Ajuda. Meu quarto fica no t�rreo, em frente ao bar da piscina. Vem um barulho l� de fora, mas � um barulho legal: gosto das m�sicas, e gente se divertindo (civilizadamente) n�o me incomoda.

    Estou apanhando do telefone, que n�o � o meu fiel telefonino, mas um Motorola com interface Microsoft que tento decifrar. J� mandei tr�s fotinhas, apenas uma chegou.

    * suspiro *

    Coincid�ncia legal: o Jabor faz a abertura do evento. Trabalhamos no mesmo jornal, somos vizinhos na Lagoa, mas passamos meses sem nos ver. A� nos vemos... aqui! Gosto muito dele, tanto como pessoa quanto como cronista; na sua encarna��o anterior de cineasta, ele fez o meu filme nacional favorito, "Tudo Bem".

    Chove l� fora, o que � uma sorte. Estou cansad�ssima e quero preciso dormir um pouco, mas n�o conseguiria resistir a um tempo bom.

    No front tecnol�gico, tudo quase bem. O notebook porta-se maravilhosamente e a plaquinha da Vivo � um prod�gio -- estou conectada a 230,4 Kbps. O quase fica por conta da minha cabe�a avoada: esqueci o carregador da P10.

    * outro suspiro *






    On the road again...

    On the road again...

     Desta vez, em Arraial d'Ajuda, para um evento da Avaya.