31.12.04


FELIZ ANO NOVO!









Viva 2005!

Fotos da Cybershot P10, postadas no Flickr.

Praia da Urca, na madrugada de ontem







Marina W.

Pessoas, a querida Marina W. pede que avise a todos que o Pixelzine está fora do ar há tês dias; por causa disso, ela não pode desejar Feliz Ano Novo a seus leitores no Blowg, mas o faz aqui.

Feliz 2005 para você também, Marina! Que venham muitos sucessos e felicidades na rede deste ano, como a delícia de livro com que você nos brindou.






Oi Multimidia

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Oi Multimidia

Oi Multimidia

Um dos inquilinos da Laura







Vocês sabiam...

Que uma azeitona tem a mesma quantidade de calorias de um Sonho de Valsa?!

Pois eu acabo de saber, e estou em estado de choque.

Minhas sobrinhas maravilhosas me fizeram esta extraordinária revelação.

Quer dizer: adiós, azeitonas.






Oi Multimidia

Oi Multimidia

Da janela da Laura







Feliz Ano Novo!

Manter o blog ao longo deste ano particularmente trabalhoso e cheio de complicações pessoais e familiares foi um desafio que eu não teria conseguido vencer sem o apoio de vocês, sempre tão presentes e amigos.

Vocês foram parte muito importante do meu ano de 2004. De coração, muito obrigada pelo carinho, pelo estímulo, pelas boas palavras.

Muito obrigada também aos que tiveram a elegância de discordar, de mim ou dos outros, usando argumentos em vez de ofensas.

Esta é uma qualidade rara, em extinção, que a cada dia aprecio mais.

Queridos: que 2005 seja um ano de saúde, felicidade e grande paz para todos!







Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Feliz Ano Novo!






30.12.04


Oi Multimidia

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Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia









Se alguém gritasse "Tsunami!", você corria?


Domingo, quase noite, aquela chuva que ameaçava vir mas não vinha, e lá ia eu, pedalando em direção ao Arpoador, olhando para o mar e imaginando o que deve ser uma onda maior do que um prédio de três andares, com seis quilômetros de comprimento e velocidade equivalente à de um jato da Ponte Aérea. Àquela altura, com a ajuda da internet e a insistência da televisão, que a cada meia hora fazia questão de explicar os movimentos tectônicos em minucioso detalhe e caprichada computação gráfica, eu já me considerava uma expert em tsunamis.

Ao longo do caminho, pescando fiapos de conversa aqui e ali, percebi que não era a única; no sinal da Vinicius, dois camaradas vociferavam contra os políticos, em geral, e os políticos americanos, em particular, porque supostamente os EUA teriam informações sobre as ondas, mas não as passaram às autoridades locais.

Fiquei com vontade de entrar na conversa. Afinal, hoje tudo é motivo para descer o cacete nos EUA -- e, embora eu até concorde com muito do que se diz, acho que posso afirmar, do alto dos meus recém-adquiridos conhecimentos sobre tsunamis, que talvez, desta vez, pode ser que a culpa não tenha sido de George W. Bush.

* * *

Pensei no que teria acontecido, por exemplo, se, antes desta inacreditável tragédia, alguma autoridade americana tivesse mandado um alerta de tsunami para nós, aqui no Rio. Será que alguém o teria levado a sério? Será que realmente teríamos saído todos correndo para Santa Tereza ou para o Corcovado, ainda por cima num fim-de-semana de praia?

Tenho a impressão de que muitos dariam um desconto ao alerta assim que soubessem de sua procedência: como levar a sério o discernimento de um país cujo medo de terroristas o leva a pilhar tesourinhas de unha nos aeroportos? Outros provavelmente veriam no alerta um simples golpe dos governadores acasalados, tentando desviar a atenção da população da falta de segurança e dos tiroteios de costume para um curioso, mas pouco provável, fenômeno natural.

Afinal, até a semana passada, tsunami a gente só conhecia de filmes-calamidade e dos programas do Discovery e do National Geographic -- cujas imagens de ondas assassinas, por sinal, sempre deixaram muito a desejar, pelo menos em termos de impacto.


Eu, com certeza, teria me armado com as digitais e corrido para a praia, para tirar fotos da ressaca. Pior: quando o mar se retraísse, não tenho dúvida de que teria entrado areia adentro, para registrar a estranhíssima visão de uma praia sem praia, com peixes pulando na areia.

* * *

Segui em frente. No Arpoador, onde a vista do tempo fechado estava particularmente bonita naquele anoitecer, dois pescadores chegavam à conclusão óbvia:

-- Você vê: isso aqui tinha tudo para dar certo, podia ser um país tão rico, tão bom! Não tem tsunami, não tem furacão, não tem escala Richter. Ô raça!

Mais uma vez fiquei com vontade de meter o bedelho no papo, perguntando aos ô-raça! em quem votaram nas últimas eleições; mas deixei pra lá, porque do lado de Copacabana vinha um transatlântico gigantesco, digno de uma foto. No instante seguinte, a chuva cumpriu a promessa que fazia desde cedo, e desabou em baldes e canivetes sobre todos nós. Subi na bicicleta e voltei correndo para casa, estranho anfíbio de óculos e rodas.

* * *

Como já sabem os 17 leitores do Xexéo, a Capivara da Lagoa ficou entre os finalistas do seu (dele) tradicional concurso de Mala do Ano. Respeito a decisão soberana dos eleitores, mas não posso deixar de lavrar meu protesto. A Capivara passou quase dois anos quietinha, coitada, literalmente na moita, sem chatear ninguém; ela era, ao contrário, o encanto de quem, passeando pela Lagoa, tinha a sorte de encontrá-la.

Numa cidade como o Rio, plantada em plena Mata Atlântica, a convivência entre gente e bichos não só é inevitável, como deveria ser estimulada. Uma coisa é ver um animal no zoológico, atrás de grades; outra, bem diferente, é dividir com ele espaço e paisagem. Estou certa que, levando sua pacata vidinha de roedora às margens da Lagoa, a Capivara fez com que muita gente passasse a olhar o meio ambiente com mais carinho e atenção.

Se há gente incapaz de perceber o privilégio que é conviver com uma capivara em pleno cenário urbano, só lamento. A verdade é que no interesse e no respeito pela natureza está o primeiro passo para que as pessoas se respeitem a si mesmas, umas às outras e ao mundo que as cerca.

Acho muito triste constatar este nível de apatia, esta total perda do espanto. É possível até que os leitores que se manifestaram contrários à presença da Capivara na Lagoa achem perfeitamente natural a presença da Rosena Sarney no ministério do Lula.


(O Globo, Segundo Caderno, 30.12.2004)





29.12.04


Oi Multimidia

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Oi Multimidia

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O porteiro Ze com Pipoca, na porta da garagem







Da mailbox

"Olá, Cora

sou assinante do Globo e seu leitor assíduo e curto muito a sua defesa do meio ambiente e dos animais. Bem, quero falar mais especificamente sobre a capivara retirada da lagoa, nossa musa, que me parece correr grande perigo em função do erro de a terem levado para a área da Reduc, que não me parece apropriada.

O fato é que trabalho próximo da Reduc e um colega de trabalho, Manoel Gomes, contou-me que ele e várias outras pessoas que entravam para o turno da noite na Polibrasil viram a capivara na noite de natal, muito gorda e mansa, perambulando pela rua, em frente à Petroflex. Ela chegava a acompanhar os carros que passavam lentamente a observando, só depois sendo espantada para a área da Rio Polímeros, que é hoje um grande canteiro de obras, com centenas de pessoas trabalhando.

Como não há histórico de aparecimento de capivaras no local, onde trabalho há 13 anos, acho que é muito provável que se trate da nossa amiga da Lagoa, possivelmente com problemas de adaptação ao novo "lar".

Lamento, mas acho muito pouco provável que ela dure muito tempo andando por locais tão movimentados (o fluxo de caminhões por lá é imenso), mal iluminados e carentes, onde certamente não faltarão aqueles querendo reforçar a ceia de fim de ano.

Não sei bem o que pode ser feito para ajudá-la, além de desejar-lhe sorte, mas acho importante que o fato seja conhecido, até para que se evitem novos erros futuros.

Um grande abraço!

André L. S. Toledo"
A única coisa que talvez ainda possa ser feita para ajudar a Capivara é ir lá buscá-la e trazê-la de volta para a Lagoa; mas como fazer isso?





28.12.04


Oi Multimidia

Oi Multimidia

Foto da foto: fotografei com o telefonino, no monitor, uma foto que fiz com a Sony.






Alzheimer

Minha tia Eva, de 90 anos, última irmã do meu pai, sofre de mal de Alzheimer. Até aqui, a Laura e eu estávamos conseguindo mantê-la em casa: ela sempre foi uma pessoa muito ciosa da sua independência, do seu canto e das suas coisas.

Quando quebrou o ombro, há alguns meses, conseguimos, a duras penas, que aceitasse uma acompanhante -- gente boa, amiga da família. Mas a situação da tia se deteriora a olhos vistos. Não sabe mais o valor do dinheiro, por exemplo, e confunde as pessoas, quando não as desconhece de todo.

Ao mesmo tempo em que acha que vai morrer e quer ver o médico dia sim dia não, se recusa a tomar os medicamentos; está muito agressiva. Acha que a acompanhante quer envenená-la, e não permite que cozinhe; mas não aceita comida de fora. E a tia, que foi uma cozinheira de mão cheia, desaprendeu de cozinhar.

Em suma: um caos!

Está se tornando impossível mantê-la em casa, mas, por outro lado, a Laura e eu ficamos na maior preocupação com as histórias de horror que lemos a respeito das clínicas de repouso para velhos.

O médico dela diz que a tendência daqui pra frente é piorar ainda mais, mas não quer se comprometer, e se recusa a recomendar qualquer clínica.

Médicos da casa e leitores que já passaram por isso: algum de vocês tem idéia do que se pode fazer num caso desses? Existe alguma clínica de repouso confiável?

Estamos desesperadamente precisadas de alguma dica, luz, conselho.

Agradeço antecipadamente, de coração.





27.12.04


Fala um Lobo do Mar

"O Natal transcorrera de forma tranqüila, na véspera fomos convidados a um casamento tailandês de um carpinteiro que trabalha no estaleiro. Lá estivemos com a alegria típica dos brasileiros, levando uns discos de samba que todos adoraram.

Por volta das 23h noite retornamos a nosso "amigão", como chamamos o Guardian. Dia seguinte 25 de dezembro, aquela tradicional sentada na internet para receber e retribuir as centenas de mensagens dos super irmãos do Brasil e outros que vivem no exterior e acompanham nossa viagem.

Dia tranqüilo, porém com muita pressão no ar. Já se foram mais de 15 dias sem uma gota sequer de chuva, e em tempo de lua grande, a dama prateada em seu plenilúnio, isto sempre preocupa. Mormente em regiões cerca do Equador, onde sua influência sobre a terra se faz mais acentuada. Fatos que aqueles que vivem no mar conhecem bem."
O depoimento é de João Sombra, um brasileiro que, há nove anos, veleja ao redor do mundo; o estilo não podia ser mais pitoresco.

A íntegra, imperdível, está no Globo Online.







...

Estou horrorizada com o maremoto.

Hoje de tarde, quando estava andando de bicicleta pela praia, não conseguia deixar de pensar nisso: ondas do tamanho dos prédios, invadindo tudo...

Que pavor.

E que dó daquelas pessoas!

Vejo o noticiário da BBC falando em ajuda internacional, penso no quanto todos lá devem estar precisando de tudo, mas... por onde se começa a fazer o rescaldo de uma tragédia dessas dimensões?!

Como é que se sabe sequer quantas pessoas morreram, quantas ficaram feridas, quantas estão sumidas?





26.12.04


Oi Multimidia

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Oi Multimidia

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A lojinha da Samia


Nosso Primeiro Natal
Fotinha do celular da trelica.

Vocês conhecem a Samia, colega aqui dos comentários? Ela também usa o Flickr, onde mostra fotos cada vez melhores.

Por esses dias teve até uma gatinha tricolor de presente para mim, que achei a coisa mais linda do mundo, uma espécie de Keaton-bebê um pouco mais peluda.

Pois esta é a lojinha dela, lá em Diamantina, decorada para o Natal.

Não é uma delícia?

Ainda por cima com aquele enfeitinho branco, quadrúpede, esperando na porta...

(Detalhe: estou postando diretamente do Flickr, que permite blogar direto de lá, sem precisar passar pelo Blogger. Mas aí recomenda-se não usar acentos. Aqui eles saíram bem porque acabo de fazer uma revisão pelo Blogger.)







Oi Multimidia


Oi Multimidia
Fotinha do celular da Cora.


O pôr-do-sol de ontem.

Detalhe: a foto, como praticamente todas que tenho postado, foi feita por telefone.



Este cabeçalho, "Oi Multimidia, fotinha do celular da Cora" apareceu porque, em vez de enviar a foto direto do telefone, republiquei a partir do Flickr.

O Flickr é o serviço de fotografias que me permite mandar as fotos e atualizar o blog diretamente através do telefone. Parece com o Fotolog em algumas coisas e, na verdade, já abriga uma quantidade de fotologueiros desiludidos com os rumos do serviço; mas é muito mais sofisticado tecnicamente, e mil vezes mais bem administrado.

A receita para publicar fotos num blog através do Flickr, que há algum tempo estou devendo a alguns leitores, é simples.

  • Abre-se uma conta no Flickr, grátis até 10Mb de upload; mas recomendo muito a conta pro, que custa U$ 41 por ano, permite subir 1Gb de fotos por mês e não tem limite de armazenagem;

  • Vai-se à página de setup para blogs, onde se entram as especificações do blog. É possível até determinar o tamanho que se quer para as fotos;

  • Aí, é só anotar o endereço de email que o Flickr fornece, e passar a mandar os MMS, também conhecidos como torpedos multimídia, pelo telefone. Essas fotos ficam postadas tanto lá quanto no blog.

    Facinho, né?

    Eu amo o Flickr!





  • 25.12.04


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Um dia ruim para as bicicletas...







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    Minha rua









    Retrato de época

    Circo Nerino, de Roger Avanzi e Verônica Tamaoki.
    Editora Códex, 354 páginas, R$ 80


    Houve um tempo, acreditem, em que não havia televisão; houve tempo, até, em que não havia sequer rádio ou cinema. As pessoas se distraíam lendo, contando histórias, fazendo a sua própria música. Iam ao teatro, quando havia teatro, e às apresentações das bandas nos coretos. Praticamente não havia cidade digna do nome sem uma banda e um coreto.

    Mas a grande diversão, a festa que transformava a paisagem e alegrava os corações, era o circo. É difícil imaginar, no nosso mundo de entretenimento instantâneo e ininterrupto, o que representava a chegada do circo, sobretudo nas pequenas cidades do interior.

    A verdade é que já não há espetáculo, por grandioso que seja, capaz de superar, em impacto, a presença alegre da lona, que atraía igualmente a todos. O circo era a quebra da rotina, o grande assunto, a mágica que superava a imaginação. Não era à toa que o palhaço era ladrão de mulher, e que tanta gente fugia com o circo.

    Durante 52 anos, entre 1913 e 1964, utilizando todos os meios de transporte imagináveis, o Circo Nerino, "o mais querido do Brasil", viajou pelo país, armando a lona onde fosse possível, de largos e praças a terrenos baldios, passando até, em João Pessoa, por uma lagoa seca, abandonada pelos jacarés. Por precárias que fossem as instalações, porém, o público, fiel, garantia meses de aplauso, afeto e casa lotada.

    Como tantos outros circos de cavalinhos, o Nerino nasceu da associação de meia dúzia de artistas, todos aparentados. Na época, circo ainda não era profissão que se aprendesse em escola especializada, mas destino de família; assim é que, pela árvore genealógica do Nerino, passam gerações de artistas, do palhaço Arrelia à atriz Renée de Vielmond. Licemar e Luciene Medeiros, da novíssima geração, nascidas já depois do Circo Nerino ter dobrado de vez sua lona, trabalham em Las Vegas, numa das equipes do Cirque du Soleil.

    A vida era sonho... mas nem tanto

    "Circo Nerino", de Roger Avanzi e Verônica Tamaoki, é a empolgante saga desta aventura de cinco décadas. No livro, primorosamente documentado, a história familiar, que se confunde com a própria história do circo, mistura-se aos acontecimentos do Brasil e do mundo.

    Tudo é muito interessante, das viagens de navio no escuro, durante a Segunda Guerra, para evitar torpedos inimigos, ao final de uma seca no Ceará, em 1952, em que público e artistas abandonam o espetáculo para ir dançar, com alívio e prazer, debaixo da chuva que caía.

    Roger Avanzi, de 82 anos, é filho de Nerino, de quem herdou ofício e personagem. Quando o pai ficou velho demais para fazer o palhaço Picolino, Roger, até então galã, virou Picolino II. Tomar a si a responsabilidade de assumir o papel principal do circo foi uma decisão delicada e difícil:

    -- Nunca mais fui o mesmo, -- confessa. -- Talvez uma pessoa muito instruída, bastante sabida, consiga explicar essa transformação.

    Felizmente Verônica Tamaoki, a quem se deve a extraordinária pesquisa e o belo texto de "Circo Nerino", sabe que certas coisas não se explicam. Equilibrista e malabarista, fundou a sua própria escola de circo em Salvador, a Escola Picolino, e criou o site www.pindoramacircus.arq.br, onde divulga notícias do picadeiro.

    Da sua intimidade com o universo circense nasce muito do encanto deste livro, em que o velho Nerino volta à cena com suas alegrias e tristezas, tragédias e atos de heroísmo, romances e desgostos. A poesia algo melancólica com que tantos de nós teimamos em pintar os circos dá lugar a uma vida trepidante, cheia de trabalho árduo, problemas práticos e contas para pagar. Uma vida de sonhadores, com os pés solidamente plantados na corda bamba.

    O livro não é bem um romance, não é só uma coleção de fotos ou apenas um conjunto de depoimentos; é um pouco disso tudo, e muito mais: "Desde o início, o livro assumiu a direção de sua criação", escreve Verônica, na apresentação. "Foi ele que nos dirigiu, não o contrário. E quando começou a mostrar sua cara, descobrimos que pertencia à aristocracia dos álbuns de fotografias dos circenses".


    (O Globo, Prosa & Verso, 25.12.2004)






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    24.12.04


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    Bianca e Ju







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    Keaton é muito habilidosa: sabe dar tchau com os pés...








    FELIZ NATAL!

    Graças a vocês este blog foi, ao longo do ano,
    um botequim virtual
    dos mais animados e divertidos de manter.

    Muito obrigada pela participação e pelo carinho.

    Em meu nome, e no da Família Gato,
    que gentilmente me empresta partes da casa
    e, às vezes, até me deixa usar o computador,
    desejo a todos um ótimo Natal,
    cheio de festa, paz e luz.







    Todo ano ela faz tudo sempre igual...

    Pois é. Todo ano eu juro para mim mesma, solenemente, que não passo mais por este perrengue; que começo a fazer as compras de Natal em julho; que vou ser disciplinada e ordeira e não deixar tudo para a última hora.

    E todo ano, no dia 24, eu saio feito uma louca para comprar os presentes.

    Este ano, saí no dia 23 -- graças ao Barrashopping, que pelos meus parâmetros fica longe à beça, mas que resolveu fazer a maluquice de ficar aberto a noite toda.

    Cheguei lá à uma da manhã; logo na entrada encontramos uma equipe da Globo, amiga da Bia, que ia virar a noite lá. Conversamos um pouco e fomos à luta.

    Eu pensava que, graças ao horário civilizado, o shopping estaria vazio.

    Pois estada LOTADO. Havia filas nas portas das lojas mais procuradas, como a Osklen e a Cantão; nas Lojas Americanas, a fila do caixa dava voltas e voltas.

    Tivemos que enfrentar esta fila porque, além de umas miudezas de casa, compramos uns CDs maravilhosos a preço imbatível, R$ 9,90: Noite Ilustrada, Rolando Boldrin, Dona Ivone Lara, São João Vivo, do Gil, e mais Adoniran, Clara Nunes, Bethânia e Trio Irakitan em CDs duplos; Bia comprou Titãs, Gabriel o Pensador, Raul Seixas, RPM e nem sei mais o quê.

    Os CDs estavam todos jogados, misturados com Marcello Crivella, Cid Moreira, Flavio Vercilo; o garimpo era uma cena baixa, mas fiquei feliz com os meus achados.

    O shopping, no entanto, estava um inferno. O problema não era só a quantidade de gente; era o barulho também. Havia música pra todo lado, em alguns casos até boa -- o DJ em frente às Americanas e a moça que cantava jazz perto da Fnac eram ótimos -- mas o volume era insuportável.

    Para mim, este tipo de som, que em tese serviria para atrair as pessoas e levá-las a ficar mais tempo dentro do shopping, tem efeito contrário: quero fugir correndo.

    Consegui alcançar este objetivo às três e tanto, quando demos nossas compras por terminadas. Amanhã, quer dizer, logo mai, é só embrulhar o que precisa ser embrulhado, e pronto.

    E agora, berço, que ninguém é de ferro...

    Durmam bem!







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Sorria... voce esta indo para casa!







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    2:18 - fila nas Lojas Americanas







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    Recomendo!







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    Barra Shopping 36 horas: O triunfo do capitalismo






    23.12.04


    Bonitinhos!!!











    Prevejo ursos pintados...

    (Eles moram aqui.)






    Taí...

    Fábio Sampaio, nosso caryorker querido, autor do sistema de comentários que permite o ti-ti-ti permanente deste blog, mandou uma mensagem muito legal de fim de ano.

    Vejam só:
    Diga o nome das cinco pessoas mais ricas do mundo.
    Diga o nome dos cinco últimos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz.
    Agora diga o nome das cinco últimas Miss Universo.
    E, para terminar, os últimos cinco ganhadores do Oscar de melhor ator/atriz.

    Difícil não? E são pessoas famosas, não são anônimas.
    O aplauso morre, prêmios envelhecem...

    Agora tente este outro teste:

    Lembre o nome dos cinco professores de quem você mais gostava.
    Lembre de cinco amigos que ajudaram você em momentos difíceis.
    Pense em cinco pessoas que lhe ensinaram alguma coisa valiosa.
    Pense em cinco pessoas com quem você gosta de estar.

    Mais fácil esse teste, não?

    As pessoas que fazem diferença em nossas vidas não são as que têm mais credenciais, dinheiro ou prêmios. São as que se importam conosco!!!

    FELIZ NATAL PARA VOCÊ E SUAS CELEBRIDADES!

    --Fabio Sampaio









    Um Rio de tentações


    "O Rio de Janeiro é o melhor lugar do mundo para quem quer viver com saudade do Rio de Janeiro". A frase, do inigualável Marcos Sá Corrêa, abre o prefácio de um dos mais lindos e nostálgicos livros da temporada, "Orla carioca", de Claudia Braga Gaspar -- tentação em que é praticamente impossível não cair nessa época do ano, em que décimo terceiro e livrarias abarrotadas de novidades conspiram contra a economia doméstica, o sofá por estofar e a infiltração do corredor -- que, ao contrário da pobre Capivara da Lagoa, passou por diversos bombeiros, mas permanece firme e irredutível, no mesmo lugar.

    Até que, considerando-se o habitual apuro editorial da Metalivros, "Orla carioca", a R$ 88, nem chega a ser tão caro. O problema é quando à mesma cesta básica acrescentam-se os igualmente irresistíveis "O Rio de Janeiro na rota dos Mares do Sul", de Pedro da Cunha e Menezes (que foi capa aqui do Segundo Caderno ainda outro dia), "Rio de Janeiro 1900-1930, uma crônica fotográfica", de George Ermakoff, e "O Brasil do século XIX na Coleção Fadel", com texto de Alexei Bueno.

    Confesso: tenho um fraco por livros bonitos, sobretudo aqueles que falam da minha terra e me mostram o que apenas imagino.

    Ler "Orla carioca" e ver as figurinhas é de matar qualquer carioca de saudade, até (e sobretudo) do que nunca viu. As descrições falam de águas outrora cristalinas e cheias de peixes, de revoadas de pássaros brilhantes, de borboletas de todas as cores borboleteando aos milhares pelas matas; as ilustrações trazem o que se perdeu.

    A imaginação atravessa os séculos, acompanhando a meticulosa documentação das transformações sofridas pelas nossas praias, ilhas, lagoas.

    Paradoxalmente, o que mais me entristece numa leitura dessas não é o passado, mas sim o presente -- e, por tabela, o futuro. Por deslumbrante que tenha sido, o que passou, passou; não adianta chorar tanta beleza derramada, ainda que o nó na garganta insista em provar o contrário. Mas como podemos aceitar o que está acontecendo agora, diante dos nossos olhos? Como podemos assistir, impassíveis, à destruição da nossa cidade?!

    É duro demais conviver com a falta de amor e de compreensão dos governadores acasalados, que até hoje não perceberam por que esta cidade (ainda) é maravilhosa. É igualmente duro notar -- e sentir na pele -- o desprezo absoluto com que o governo federal trata o Rio de Janeiro.

    * * *


    Mas chega de choro! Essas já são mágoas de rotina, agruras do cotidiano; agora é Natal, tempo de aproveitar a festa, o parcelamento suave no cartão de crédito e as promoções do comércio -- de preferência sem dor na consciência. Economizar é bom, mas gastar é ótimo.

    Difícil mesmo, pelo menos no meu caso, vai ser arranjar tempo para curtir as ricas comprinhas; até porque, além dos livros de arte, que são uma festa para os olhos mas em geral se lêem rápido, caí também em tentações mais parrudas.

    Neste exato momento, do alto da mesinha de cabeceira, vários títulos me contemplam. Noto um certo ar de censura nos livros, sobretudo nos que já estavam na fila -- mas como é que eu, que adoro trens e sou fascinada pela Ásia, poderia resistir ao "Grande bazar ferroviário", de Paul Theroux? Ou fazer de conta que não vi "A ilha no centro do mundo", de Russell Shorto, olhando para mim? O livro, diz o subtítulo, é "a história épica da Manhattan holandesa e da colônia esquecida que formou a América". Não é promissor? Já com "Equador", de Miguel Sousa Tavares, eu estava em falta: todos me dizem, há tempos, que é extraordinário.

    Depois fui chamada por "Aventuras e descobertas de Darwin a bordo do Beagle", de Richard Keynes, e "A imagem do mundo, dos babilônios a Newton", de Arkan Simaan e Joëlle Fontaine. Finalmente, quando já ia saindo da loja, "A língua exilada", de Imre Kertész, piscou na minha direção. Se o título não me engana, esta língua é o húngaro, que aprendi antes do português; e que de fato vivia exilada na Rua Décio Vilares, onde cresci na Babel de idiomas de um lar centro-europeu.

    "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", de Mia Couto, veio comigo porque me ganhou à primeira folheada. Agora, que já vou em meio à saga de uma família moçambicana que me lembra os Buendía, estou feliz: fiz uma ótima compra. Também fiz uma ótima compra quando, numa espécie de ponto final à gastança, peguei o "Auto-de-fé", de Elias Canetti. Este já li há anos, mas a nova edição é da Cosac & Naify, e se há uma coisa à qual não resisto é aos cosac&naifys.

    Ainda há dois livros a respeito dos quais eu queria falar, dois livros a respeito dos quais, na verdade, passei o ano inteiro pensando em escrever: "Sal", de Mark Kurlansky, originalíssima história deste nobre elemento sobre o qual já se construíram impérios, hoje reduzido à ignomínia dos famigerados saquinhos de papel; e "Um balcão na capital, memórias do comércio na cidade do Rio de Janeiro", livro muito mais terno e encantador do que o título deixa entrever.

    Mas aí me espichei na rede por um instante e, quando dei por mim, o ano já tinha passado.

    Feliz Natal, amigos!

    (O Globo, Segundo Caderno, 23.12.2004)






    Recapitulando

    Do fim de semana para cá, escrevi:

  • A apresentação para o catálogo da mostra 60 Anos de Fotografia, honra excepcional que me foi concedida por Flávio Damm;

  • A coluna do Segundo Caderno;

  • A coluna do Info etc.;

  • A capa do Prosa e Verso desta semana.

    Tirando isso, ainda fiz umas outras coisinhas, como responder a emails e atualizar este blog, por exemplo.

    Agora estou ouvindo o Quinteto para Clarineta de Brahms para arrumar as idéias antes de ir dormir: é tão bonita, mas tão bonita esta música.






  • 22.12.04


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    Natal numa redacao vazia







    Dá-lhes, delegado!

    "Antônio Rayol tem 48 anos, 27 de Polícia Federal. É um estudioso de políticas de combate à lavagem de dinheiro, matéria que lhe deu um título de pós-graduação. Homem aberto ao debate público, ele tem sido um interlocutor destacado particularmente nas questões que envolvem conluio entre advogados e o crime organizado. Rayol teve uma gestão inatacável à frente da Delegacia de Entorpecentes da PF e apenas iniciava seu trabalho na Delegacia do Meio Ambiente. Este policial foi chutado de seu cargo, poucos meses após realizar uma blitz na rinha de galos onde estava o publicitário Duda Mendonça.

    O governo comprou uma briga dura. Rayol acaba de despejar no Ministério Público Federal uma coleção de documentos mostrando o rastro deixado pela patrulha oficial do PT. "Tenho provas documentais de que a direção do DPF deu tratamento diferenciado ao caso Duda Mendonça", afirma o delegado. O dossiê já está nas mãos do procurador da República Rodrigo Ramos Poerson."
    Esclarecedor -- para dizer o mínimo.

    Mais no nominimo, por Guilherme Fiuza.






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    Chove.







    GMail Bells, GMail Bells, GMail all the way...

    Pessoal, tenho seis convites pro GMail!

    E o José, num dos comentários, avisa que tem três dois.

    Quem quer?

    Update: Os meus já acabaram. Alguns leitores disponibilizam mais convites nos comentários. E aqui, no blog do Flavio, ainda há dez convites sobrando!!!






    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    La se vai o que sobrou do decimo terceiro... :-(







    Matou a pau

    Ninguém escreve em jornal com a competência, o conhecimento, o bom senso e a clareza de idéias da Dora Kramer. Quando eu crescer, quero ser como ela:
    Um claro acerto de contas

    A punição de três policiais federais que participaram da prisão do publicitário Duda Mendonça há dois meses numa rinha de galos no Rio de Janeiro não é mera coincidência. Trata-se de um claro acerto de contas, cujo efeito mais evidente é a sinalização de que o espírito "republicano" proclamado pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, como norte das ações da Polícia Federal, tem seus limites.

    De agora em diante, os policiais que integrarem equipes de investigação e prisão de gente com estreitas ligações no centro do poder ficam sabendo de uma coisa: suas ações podem gerar reações de vingança e, portanto, talvez seja conveniente pensar duas vezes antes de agir.


    O ministro Thomaz Bastos e o superintendente-geral da PF, Paulo Lacerda, sempre ciosos na defesa da corporação ante suspeitas de ingerências políticas em suas ações, ficaram calados quando os agentes Luiz Amado e Marcelo Guimarães foram transferidos de seus postos, mês passado, e assim permaneceram agora em relação ao afastamento do delegado Antônio Carlos Rayol.

    Rayol comandou a operação da qual participaram Amado e Guimarães, e foi ele quem recebeu de Duda Mendonça, no momento da prisão, a valiosa informação de que estava diante de um "assessor do presidente".

    "Pensei que fosse assessor do presidente do clube", diria o delegado depois, referindo-se à agremiação clandestina objeto da operação e desmoralizando o "sabe com quem está falando".

    Na ocasião, doutor Márcio Thomaz Bastos também reagiu, como ele gosta de dizer, com "espírito republicano". Chamado por Duda ao telefone na frente dos policiais, orientou que ele procurasse um advogado.

    Muito se especulou a respeito da ligação entre a prisão e a proximidade do segundo turno da eleição em São Paulo -- a PF teria feito de propósito, só para prejudicar a candidatura de Marta Suplicy ?, mas o governo ficou impassível, como de resto tem ficado em relação às complicações de seus amigos e aliados com a polícia.

    Por isso mesmo a retaliação nesse caso destoa do comportamento geral. Bem como o silêncio do ministro e do superintendente não combina com a loquacidade habitual quando se trata de capitalizar as ações da PF como exemplo da eficiência governamental.

    Talvez ambos pensem que assim, lidando com o assunto com a naturalidade reservada aos atos de rotina, a vindita passe despercebida. Como se fosse a coisa mais normal do mundo a transferência repentina de três agentes integrantes de uma mesma operação que flagrou em ato ilegal um "assessor do presidente". Da República, bem entendido.

    Além do quê, o afastamento dos policiais deu-se até agora sem explicações de caráter funcional, e irregularidades na prisão dos sócios do clube de brigas de galo não houve, pois a Justiça aceitou a denúncia contra os acusados.

    Enquanto não forem expostos os motivos das punições e as cúpulas da PF e do Ministério da Justiça continuarem achando desnecessário dar uma satisfação ao discernimento alheio, fica patente a represália.

    Como dizem lá na Ucrânia, I rest my case.







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Era so o que me faltava...






    20.12.04


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Chico







    Lição de costumes

    O delegado que estourou a rinha de galos do Duda Mendonça foi afastado do cargo.

    Taí a ética desse governo.

    Como diz o Ivan Lessa, com licença que eu vou lá dentro vomitar.






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    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Pipoca







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Pipoca







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Lucas, meio espacoso








    Como escolher a câmera digital

    É Natal, bimbalham os sinos, ninguém agüenta mais as musiquinhas melosas dos comerciais de televisão... e todo mundo com quem eu me encontro quer saber qual é a melhor câmera digital do mercado ou, numa variante parecida, qual é o melhor telefone celular com câmera.

    Resposta: não há "melhor câmera" ou "melhor celular". Há apenas os mais adequados a seus futuros usuários. Ainda assim, é possível traçar algumas linhas gerais a seguir na hora da compra:

  • Não acredite em Papai Noel. Desconfie de câmeras que custam muito menos do que as suas similares;

  • Antes de qualquer outra coisa, pergunte pela garantia que o vendedor dá aos equipamentos. Isso pode evitar muita dor de cabeça;

  • Para quem quer imprimir fotos mas não precisa de cartazes, dois ou três megapixels bastam; a foto acima, por exemplo, foi feita a 3.2 megapixels. Além de permitir melhores ampliações, o uso de mais megapixels tem uma vantagem: pequenas áreas da foto podem ser selecionadas e ampliadas sem perda de detalhes. Mas mais megapixels não significam necessariamente melhores fotos. Há outros detalhes a considerar, como fidelidade na reprodução de cores, qualidade da imagem, precisão de foco. Se puder, compare as máquinas ao vivo;

  • Não adianta dar uma máquina sofisticadíssima para quem quer apenas fazer boas fotos das crianças e dos gatos. Dependendo do usuário, máquinas fáceis de usar podem ser presentes muito mais úteis do que câmeras cheias de comandos;

  • Pense no tipo de fotos para as quais a máquina será usada. Se a sua avó gosta de fotografar flores, por exemplo, concentre-se em máquinas que tenham boa função macro; se o seu tio gosta de clicar paisagens ao longe, procure câmeras com zoom;

  • Por falar em zoom: o único que vale, mesmo, é o zoom óptico. O zoom digital é um quebra-galho que, em geral, só serve para criar frustrações;

  • Para quem quer fazer fotos de ação, é importantíssimo prestar atenção à velocidade de disparo da câmera. Muitas digitais precisam de um espaço de tempo longo demais entre uma foto e outra;

  • Tamanho também é documento. Se a câmera vai ser presente para alguém que não sai de casa sem máquina, escolha uma que passe no teste do jeans, ou seja: que caiba, sem dificuldade, no bolso da frente de um jeans, onde estará sempre disponível para aquele clique inesperado. Essas câmeras têm diversas vantagens: são mais discretas, permitem boas fotos-surpresa e, ponto importante no mundo de hoje, não chamam tanto a atenção de ladrões;

  • Por outro lado, para quem leva fotografia realmente a sério, as pequenas deixam a desejar em termos de controle e, eventualmente, em qualidade de imagem; mas pessoas assim fazem questão de escolher seu próprio equipamento. O melhor presente para esta turma está nas livrarias, onde brilham aqueles deslumbrantes livros de fotografia que a gente nunca tem coragem de comprar;

  • Não se esqueça que será necessário comprar também um cartão de memória. A maioria das câmeras vem com cartõezinhos ridículos, que não permitem fazer mais do que meia dúzia de fotos. O tamanho mínimo razoável, hoje, é de 64Mb;

  • Os cartões são, aliás, outra coisa a levar em consideração. Antes de comprar a câmera, descubra se, por acaso, o seu presenteado já não tem cartões em casa ? ou de uma câmera mais antiga, ou de um PDA. É sempre melhor escolher um equipamento compatível com o investimento já existente;

  • Cartões de memória são, por sinal, ótimos presentes para quem já tem câmera digital. Eles não são glamurosos nem fazem vista, mas falam direto ao coração dos fotógrafos. Apenas certifique-se de comprar o cartão adequado.

    E os telefones? Bem, com esses, valem algumas regras muito simples. A primeira delas é: só vendo a qualidade da foto.

    Curiosamente, alguns dos modelos mais caros têm as piores câmeras, que não funcionam direito em ambientes com pouca luz. Outros fatores a considerar são a capacidade de armazenagem do celular, a facilidade de acesso à câmera -- em alguns modelos basta apertar um botão, em outros é preciso seguir toda uma série de comandos -- e a facilidade para se passar as fotos do telefone para o PC ou para a impressora.

    Celular que só passa as fotos adiante via torpedo é um grande presente... para a operadora.


    (O Globo, Info etc., 20.12.2004)





  • 19.12.04


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    Oi Multimidia

    Pipoca







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    Oi Multimidia

    Brincando







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    Julia e Manuela







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    Grande dúvida

    A Alexandra fez uma pergunta nos comentários que, imagino, deve corresponder a uma dúvida mais ou menos geral:
    Alguém sabe ou entende de plano de previdência? Alguém pode me ajudar? Qual o melhor banco pra fazer um plano de previdência? BB, Caixa, Itau ou outros?

    Não sei qual escolher!
    Eu amplio a pergunta com um dilema pessoal: tenho, pelo jornal, um plano do Bradesco; mas volta e meia penso em complementá-lo com o de algum outro banco.

    É jogo isso, ou é melhor pagar a diferença no próprio Bradesco para um plano melhor?






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    Oi Multimidia

    Keaton ajudando no trabalho






    18.12.04


    Prisão domiciliar

    É a única coisa que me salva para pôr em dia todos os livros que tenho para ler, todos os DVDs para assistir, todos os CDs para ouvir; e o pior é que acabo de voltar da Livraria da Travessa, onde a combinação de uns livros para trocar e um restinho de 13 me levaram a fazer uma daquelas extravagâncias inenarráveis.

    Na "cesta básica" entraram Equador, de Miguel Sousa Tavares; A Língua Exilada, de Imre Kértesz; O Grande Bazar Ferroviário, de Paul Theroux; Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, de Mia Couto; mais A Tapas e Pontapés, do Diogo Mainardi, Orla Carioca, de Claudia Braga Gaspar, e alguns filmes irresistíveis, entre eles Peixe Grande, Rocco e seus Irmãos e Arroz Amargo.

    Mas amarga mesmo vai ficar a minha relação com o banco, depois disso tudo...

    *suspiro*

    Ah, sim: nem todas essas coisas são para mim, há presentes aí no meio, claro.






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    Mais Capivara

    As aventuras e o destino da Capivara mexeram com muita gente. Hoje (sábado) tanto o Zuenir quanto o Arnaldo Bloch escrevem sobre a bichinha; no domingo é o Agamenon, com a finesse que o caracteriza.

    Enquanto isso, circulava ontem pela redação um funk do Cesinha, nosso compositor de plantão. Não reflete o meu pensamento sobre o caso, obviamente, mas que ficou engraçado ficou:
    Funk da Capichata

    (Refrão)
    Assara, assara
    Assara com batata

    Fui na praia de Ipanema
    Com as mina da Taquara
    Mergulhei mas não vi peixe
    O que vi foi capivara

    (Refrão)

    Capivara de bacana
    tem Ronai e tem da Matta
    Mas se eles dão bobeira
    É servida com batata

    (Refrão)

    Beijoqueiro, Pai Uzeda,
    E Carlos Minc - tá na cara
    O time agora está completo
    Pois chegou a capivara

    (Refrão)

    Lá na Barra tem o bicho
    E também tem na Lagoa
    Mas me livrem dessa mala
    Eu te peço numa boa

    (Refrão)

    Eu nadei com a capivara
    Quase vi ela afogada
    Mas confesso pra vocês
    Que prefiro ela assada

    (Refrão)

    A bichona vai a praia
    E na água logo cai
    Ela fica tranqüilona
    Se afogar, chama a Ronai

    (Refrão)

    A maleta deu manchete
    O da Matta bajulou
    A vedete capivara
    Nosso saco já torrou

    (Refrão)

    Eu agora me despeço
    Com o bicho você fique
    Pois pra me encher o saco
    Eu já tenho o Carlos Minc.








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    A festa do Globo






    17.12.04


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    Os melhores filmes do ano

    Como acontece regularmente todos os anos, mais uma vez participei da escolha dos Melhores Filmes do Ano, na opinião do Bonequinho do Globo.

    A lista oficial sai numa edição futura, não sei exatamente quando, mas como só emplaquei quatro filmes acho que posso adiantar as minhas escolhas:

    A Má Educação
    Antes do Pôr-do-Sol
    Os Incríveis
    Valentin
    Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban
    Shrek 2
    Balzac e a costureirinha chinesa
    Redentor
    Brilho eterno de uma mente sem lembranças
    Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera

    A lista deste ano, aliás, está causando quase tanta polêmica quanto a capivara. 2004 não foi um ano de filmes definitivos, daqueles a respeito dos quais todo mundo concorda.

    Resultado: muitas listas completamente diferentes uma da outra.

    A meu ver, o ano teve alguns filmes muito bons, excelentes mesmo, como pura diversão; que eu me lembre assim de memória, Celular e Supremacia Bourne, por exemplo, ou o Homem Aranha 2, ótimos de ver, mas não exatamente material para lista de melhores.

    Em tese, Harry Potter também entra aí, mas achei o filme tão superior aos anteriores que tasquei na lista.

    Enfim.

    Uma lista é só uma lista.

    Quais foram os melhores filmes do ano, para vocês?






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    Keaton







    Nossos comerciais

    Não sei se vocês se lembram, mas em abril eu recebi U$ 120 de pagamento pelos anúncios do Google, que manda cheques a cada U$ 100 faturados. Pois só agora, oito meses depois, estou chegando a esta quantia mirífica: faltam U$ 3,04 para completar os famosos U$ 100.

    Não estou feliz com a experiência; não sei se manter essa faixa aí em cima quase o ano inteiro vale U$ 217. É verdade que os anúncios não são feios, mas são chatos demais e não têm nada a ver com o conteúdo do blog. Tenho certeza de que, se fossem mais bem direcionados, eu teria faturado um pouquinho mais.

    Há alternativas, como o Submarino, por exemplo, que paga percentagem nas compras feitas através do blog, mas este link nem consegui instalar no template.

    Pergunto aos colegas de blog e de website: como anda isso, na experiência de vocês? Alguém tem alguma sugestão?

    Curiosidade: o melhor dia da temporada foi 10 de dezembro, uma sexta-feira. Dos 1.324 visitantes, 11 clicaram nos anúncios, gerando U$ 2,23 de renda.

    Este sistema é tão misterioso, porém, que a média geral de todo o período -- desde abril deste ano -- foi de U$ 0,59 por dia, garantida por 12 cliques entre 1057 visitantes.






    Dúvida cruel

    Pessoal, estou com aquela tradicional dúvida de fim de ano.

    Quanto é que a gente dá de Natal para:

    1. Porteiros (aqui em casa são quatro);
    2. Entregadores de jornais e revistas;
    3. Carteiro; e
    4. Lixeiro?







    A da Barra

    No Globo, ótima reportagem sobre a "capivara emergente". Cito apenas um trecho, que se aplica ao caso da nossa Capivara:
    O aparecimento de capivaras em área urbana em menos de semana levantou uma polêmica entre os especialistas: para onde os animais devem ser levados? A professora do Departamento de Ecologia da Uerj Helena Bergallo considera um equívoco tirá-las do local onde estão acostumadas a viver:

    -- As capivaras retornariam naturalmente às lagoas ao perceberem que não há alimento no mar. Não é preciso transferi-las para outra área.

    Já o diretor da Faculdade de Veterinária da UFF, professor Sérgio Carmano São Clemente, é favorável à transferência:

    -- As capivaras fogem porque sentem falta de alimento.
    Muito bem. Então estamos todos de acordo, porque falta de alimento definitivamente não era problema da Capivara da Lagoa; que não fugiu, mas foi arrastada pela correnteza (a comporta do canal, que deveria estar fechada durante a maré alta, ficou aberta, sabe-se lá por quê).

    Desta vez, a capivara resgatada vai ter um prazo de quatro dias de sossego até que especialistas decidam para onde levá-la.

    Assim é que se faz; muito embora eu duvido que assim o fizessem se não fosse o auê que a gente aprontou no jornal.

    Menos mal.





    16.12.04


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    Foto by Cat







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    A turma do Info etc.







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    A festa da Abano







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    Lá vêm eles de novo...

    RIO - A nova capivara que surgiu no litoral carioca nesta quinta-feira permanece na Colônia de Pescadores da Barra aguardando a chegada de um veterinário do Zoológico de Niterói (!).

    O animal se enroscou na rede de um pescador e não apresentou resistência ao ser retirado e posto num barco. Ele estava nadando na Lagoa da Barra próximo ao Quebra-Mar quando se enroscou.

    Os pescadores contaram que há uma semana três capivaras já haviam sido vistas na beira da Lagoa de Jacarepaguá, próximo à área da Muzema. Eles acreditam que a dragagem dos canais da Barra seja a causa do aparecimento de tantas capivaras. (Taís Mendes / O Globo)
    O grifo é meu.

    O espanto também.

    Cadê os veterinários do Zoo do RIO?!






    Dos comentários

    Nádia Almosny é veterinária. Ela escreveu o seguinte:
    Tenho acompanhado a vida da capivara por meio de suas matérias no jornal. O que li hoje foi justo para a capivara mas injusto para com os veterinários. Durante este período pós captura eu não li uma declaração de veterinários na mídia.

    As pessoas que foram consultadas pela mídia NÃO ERAM VETERINÁRIOS.

    Voce já visitou o Zoológico de Niterói, para onde trazem os animais? Pois é... pobres pinguins e capivaras... venha ver de perto se existe algum veterinário por lá.

    Quando alguem falar à imprensa se dizendo veterinário, peça a carteira do Conselho Regional de Veterinária. Aliás, estas pessoas não disseram que eram veterinários, pelo menos não estava escrito nas reportagens que li.

    E quanto a transferir animais de uma região para uma área de proteção ambiental sem quarentena? Pobres demais capivaras.

    Gostaria de ter certeza de que esta capivara, de quem aprendi a gostar, está por lá mesmo. O lugar dela é na Lagoa, mas os políticos decidiram por ela (e sem consultar veterinários, certamente). Também estamos, nós veterinários, tristes pela aus&encia da capivara na Lagoa.

    Os políticos foram injustos com a capivara e você foi injusta com os veterinários. (Nádia Almosny)
    Nádia, peço mil perdões se fui injusta com veterinários de verdade. Como já disse várias vezes, adoro veterinários, uma das minhas categorias profissionais favoritas.

    A senhora de quem falo é a diretora do Zoo; esta declaração infeliz foi dada ao Dia. Já joguei fora o jornal e não me lembro se ela era classificada como veterinária ou se apenas intui isso; mas eu devia ter desconfiado, porque um veterinário responsável jamais soltaria um animal desconhecido numa reserva sem deixá-lo em observação.

    Se a nossa Capivara tivesse alguma doença infecto-contagiosa, por exemplo, poderia contaminar toda a população de capivaras da tal reserva antes mesmo de ser caçada, como indubitavelmente será, ingênua que é.

    Não conheço o zoológico de Niterói. Não desmereço os seus profissionais. Acredito que sejam bem intencionados e que, em ocasiões que não acompanhei, tenham sido influências benéficas nas vidas dos bichos com quem entraram em contato.

    Infelizmente, este não foi o caso da Capivara.

    Aos que querem ver um preconceito que não existe no meu texto: esses veterinários (ou biólogos, ou que outras profissões tenham) são de Niterói, vale dizer, de outra cidade. Eu teria destacado o fator geográfico qualquer que fosse a outra cidade -- Búzios, Friburgo, Vassouras, Campos, tanto faz.

    O problema não é de onde eles são, mas de onde não são, ou seja, daqui. Isso significa que não convivem com a Lagoa e que nunca viram a Capivara no seu habitat urbano.

    Repito: a única opinião que respeito em relação a este caso é a do biólogo Mário Moscatelli, que conhece cada centímetro deste chão e que, com um trabalho paciente, desenvolvido ao longo de anos, transformou a Lagoa na área cheia de vida que hoje é.

    Destaco ainda outro comentário, feito pelo meu vizinho Jayme Derenusson, para os que acham que um jornal não pode se dar ao luxo de gastar meia página com uma capivara:
    Morei em Niterói e adoro aquela cidade. Cora também não nasceu aqui. Hoje moramos na Lagoa, por acaso somos vizinhos e nos tornamos amigos. Fomos, eu e ela, vizinhos também da Capivara, que aqui chegou, não se sebe como (só garanto que não a trouxemos), transformando-se em uma presença extremamente simpática, exótica e emblemática.

    Que seria de um jornal como O Globo, publicando apenas notícias sobre assaltos, sequestros, tiroteios, roubalheiras de dinheiro público, manobras político-partidárias, miséria, menores abandonados, dentre tantos outros temas asquerosos, se não publicasse também matérias amenas e palatáveis?

    A Capivara tem muita importância sim, em uma cidade que vêm se brutalizando a cada minuto! É absolutamente necesssário que desviemos nossa atenção de nossas desgraças, para pensar em um animal que se tornou símbolo de um espaço público como a Lagoa, frequentada não apenas por seus moradores, mas igualmente por gente de toda parte, que ama o lugar e as coisas que dele fazem parte.

    Um jornalismo focado exclusivamente em temas desditosos não seria condizente com o espírito de nossa cidade, que ainda conserva muita coisa de bela e alegre, contexto no qual adequadamente se incluiu nossa Capivara. Quem pensa "grande" não pode ser obsessivo, estressado ou fanático; tem que olhar para os lados e ver o mundo com todos os seus detalhes pitorescos. (Jayme Derenusson)






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    Netcat, Pipoca e Keaton







    Extra! Extra!

    O Nelito Fernandes, do Eu hein!, conseguiu uma entrevista exclusiva com a capivara...








    Por que levaram a nossa capivara embora?!

    Nada justifica a presssa com que os veterinários de Niterói desterraram a Capivara da Lagoa

    Há duas correntes filosóficas em relação à Capivara da Lagoa. Uma acredita que uma capivara é uma capivara é uma capivara e que, francamente, já podíamos mudar de assunto. A outra vê na Capivara não só um bicho ligeiramente diferente dos seus pares, como um símbolo da própria Lagoa e, eventualmente, de um desejo de ternura que a nossa cidade ainda conserva, apesar dos pesares; uma espécie de pequena luz de carinho coletivo no fim do túnel da boçalidade geral.

    À primeira corrente pertencem, basicamente, pessoas que não ligam para bichos e que nunca se encontraram com a Capivara num fim de tarde, bem como os veterinários do zoológico de Niterói. Esses notáveis facultativos demonstraram uma falta de sensibilidade comparável apenas à sua incompreensão do que seja um animal comunitário.

    Acontece que a Capivara da Lagoa não é uma capivara qualquer, uma capivara genérica; é um bicho aculturado, manso, quase doméstico, que acha gente uma espécie amigável e não tem as manhas das suas primas selvagens; uma capivara que cresceu às margens da Rodrigo de Freitas, onde, ao contrário do que afirmam os que não a conhecem, estava muito bem adaptada. Lá passou quase dois anos saudável e tranqüila, sem chatear ninguém (exceto alguns cachorros), comendo o capim abundante das margens e alegrando a vida de quem a encontrava. Só precisava de companhia; mas isso, mais dia menos dia, se resolveria.

    Tudo acabou quando deu o azar de pegar a comporta do canal do Leblon aberta. Como todo mundo viu, ela lutou o quanto pode. Escapou de morrer nas pedras do Arpoador e escapou de morrer afogada -- mas, infelizmente, não conseguiu escapar da precipitação dos veterinários que, da noite para o dia, sem consultar ninguém, sem tentar se informar das suas condições de vida e sem lhe dar ao menos a oportunidade de se refazer plenamente do trauma do "salvamento", decidiram soltá-la ao lado da refinaria de petróleo, numa área que é o paraíso de caçadores clandestinos.

    Desde que a Capivara foi solta na Reduc, já ouvi toda a espécie de absurdo como justificativa, o principal deles sendo que a Lagoa seria poluída demais, inadequada demais para uma capivara. Como observou o leitor Paulo Zobaran, os veterinários de Niterói têm falado tão mal da Lagoa, e tão bem da Reduc, que chega a ser um espanto que a nossa dinâmica indústria imobiliária ainda não tenha despertado para o extraordinário potencial oferecido por aquela aprazível localidade de Duque de Caxias.

    Com todo o respeito aos veterinários, porém, o que conta, para mim -- além da evidência do que vi e em parte documentei nos últimos dois anos -- é a opinião de Mário Moscatelli, que conheceu a Capivara no seu habitat urbano. Para quem não está ligando o nome à pessoa, ele é o biólogo que replantou o mangue às margens da Lagoa, sendo o grande responsável pelo seu renascimento.

    Vivo na área há mais de 20 anos, conheci a Lagoa pré e pós-Mário Moscatelli, e posso garantir que ele fez a coisa mais próxima de um milagre que já vi na vida. Pois este especialista -- que, curiosamente, não foi ouvido em momento algum pelas "autoridades" que tão açodadamente decidiram o destino da Capivara -- acha que ela estava muito bem onde estava.

    Se os níveis de poluição da Lagoa andassem ruins como dizem, ela não seria o animal saudável que é; nem se notaria, na região, o aumento da fauna que se tem verificado. Ao contrário dos "experts" de Niterói, o homem da Lagoa acha até que se poderia trazer mais capivaras para a Zona Sul. Ecoturismo, afinal, não é coisa só para a Amazônia.

    -- As pessoas falam muito na Lagoa como paisagem, mas se esquecem que é um ecossistema -- diz Moscatelli. -- A capivara era a ponta mais visível deste ecossistema, uma espécie de "embaixadora da Lagoa". Graças a ela as pessoas passaram a prestar mais atenção na vegetação e nos outros bichos da área, passaram a ficar mais conscientes do meio ambiente e a fazer mais pressão sobre a Cedae para que acabe as obras de saneamento. A sua segurança não estava ameaçada lá, de forma alguma.

    A convivência entre gente e bichos é normal numa cidade como o Rio: basta ver os miquinhos, os macacos, as cotias do Campo de Santana. A nossa Capivara seria provavelmente mais feliz se tivesse nascido e crescido no Pantanal, mas o papel que desempenhou na Lagoa foi infinitamente mais importante do que o de dúzias de capivaras escondidas em reservas. Em meio à violência do cotidiano, ela era um ponto de afeto, uma felicidade, um elo de ligação com a natureza.

    Com seu ar altivo e seu jeito pacífico, as capivaras se acostumam bem com humanos -- embora não cheguem ao extremo de comer pizza, como supõe uma das especialistas de Niterói. Com toda a autoridade que o cargo lhe confere, esta senhora afirmou a um jornal que a Capivara da Lagoa era alimentada diariamente por um dos quiosques.

    Então tá.

    Vai ver, acredita também que ela pagava as refeições com ticket-restaurante.

    (O Globo, Segundo Caderno, 16.12.2004)






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    A outra Pipoca







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    Jantar com Millôr, Danusa Leão e Diogo Mainardi; rimos muito.






    15.12.04


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    14.12.04


    Ao trabalho

    Ao trabalho









    Mil perdões!

    Lembram daqueles americanos pedindo desculpas pela eleição de Bush?

    Bom, eles continuam pedindo desculpas; agora já são mais de 26 mil, e parte das imagens que enviaram para o site vai virar livro.

    Com 256 páginas e custando U$ 15, "Sorry Everybody" estará disponível a partir de 20 de janeiro.






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    Oi Multimidia

    A minha espera...






    13.12.04


    Alguém quer um siamês?

    Minha colega Patrícia acaba de me mandar um email com uma emergência felina:
    Um porteiro do meu prédio encontrou um siamês numa madrugada, há duas semanas, perambulando no portão, e o recolheu. O gato parecia ter dono, porque estava de coleira, com o pêlo bem tratado e é superdócil. Espalhamos cartazes pelo edifício e pelos prédios e lojas próximos, mas ninguém apareceu. Os porteiros se apegaram a ele, eu comprei ração, mas uma moradora reclamou da presença do bicho com o síndico e ele quase foi levado para a Suipa. Uma amiga que nunca teve gatos, só cachorros, pegou ele na segunda-feira passada, mas não está se adaptando. Ou seja, o bichinho vai precisar de outra casa. Levei-o à veterinária dos meus gatos e ela constatou que ele está completamente saudável e calculou que tenha menos de um ano. É um dos gatos mais carinhosos que já conheci, além de lindo (pena não ter uma foto). Só não fico com ele porque a lotação lá em casa está esgotada com os dois moradores peludos.
    Alguém se habilita?






    Noooooooooooossa...!

    O Kibe Loco postou um videozinho em que o William Bonner imita o Clodovil.

    Foi feito há mais de dez anos, mas continua engraçado.

    Resultado: mais de 350 mil visitantes, servidores caídos... e muita farra.

    Vale ver!






    Apelo

    Escreve a Bia Badaud:
    Novamente estamos, como de resto todo o estado do Rio de Janeiro, precisando de doadores de sangue.

    Especificamente, o caso do paciente atual é dramático demais, e todos estão muito empenhados em ajudar.

    Saiu até no Terra.

    Trata-se de um jovem, de 29 anos, recém casado, vítima de acidente aéreo, internado no Centro de Tratamento de Queimados, do HFAG.

    Teve queimaduras graves, muito graves, e as duas pernas e o braço direito amputados.

    No momento, ainda depende de ventilação mecânica, mas seu corpo, jovem e forte, vem respondendo favoravelmente ao tratamento, até porque está-lhe sendo oferecido o que há de melhor, em termos de medicamentos, cirurgias, e infra estrutura de hospital.

    Ainda assim, falta um material que o dinheiro não pode comprar: sangue.

    Por isso, estamos pedindo a quem puder doar, que ajude.

    BANCO DE SANGUE DO HOSPITAL DOS AFONSOS
    Av. Mal. Fontenele, 1628 - Sulacapi - Campo dos Afonsos

    Doação para o paciente IBES CARLOS PACHECO.

    Quem puder doar, pedimos por favor, por amor, por caridade, por piedade, pelo que seja.

    Obrigada!






    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Bom dia!







    Ay, que nerbios!

    Vejam que notícia: um velhinho de 80 anos foi resgatado na Florida depois de passar 18 horas no mar.

    E o que ele estava fazendo? Pesca submarina! Ignacio Siberio saiu de manhã no seu barquinho, de arpão em punho; às duas da tarde, percebeu que o barco estava à deriva e saiu nadando atrás; depois de alguns quilômetros desistiu, agarrou-se à bóia de uma armadilha de lagostas e lá ficou, até o dia seguinte, aguardando socorro.

    Detalhe: conseguiu atravessar a noite mais fria do outono, batendo as pernas para evitar hipotermia. Estava com uma roupa de mergulho, o que o ajudou a manter a temperatura do corpo, mas, meninos, eu mergulho e posso garantir que, quando faz frio, nem o diabo dessa roupa ajuda.

    Velhinho arretado este dom Ignacio!

    Agora quem sabe ele aprende a primeira coisa que ensinam nos cursos de mergulho: nunca se sai para o mar sozinho...








    Procura-se!

    Pessoal de Copacabana, esta gatinha é a Sofia, da Fabiana, que fugiu ontem à noite. Reproduzindo o que a Clau escreveu:
    Ela desapareceu de casa hoje (domingo), em Copacabana, Rio de Janeiro, na Ladeira dos Tabajaras. De algum jeito, conseguiu fugir. É uma gatinha pequena, magrinha, deve estar super assustada porque nunca saiu de casa antes (mora em apartamento). Por favor, espalhem esse apelo na internet, a Fabi está desesperada, Sofia é tudo para ela. Quem sabe todos juntos não encontramos essa menina linda? Se alguém souber do paradeiro dela, por favor, entre em contato com fabianadmm@yahoo.com.br, ou comigo claudia_vlporto@uol.com.br, que passo o telefone da Fabi. Há uma recompensa para quem a encontrar.
    Estamos na torcida, meninas! Eu sei como é isso, passei por este sufoco com a Pipoca e espero, de coração, que a história da Sofia também tenha um final feliz.





    12.12.04


    O que têm em comum o Almanaque Capivarol, a Internet e a Capívara da Lagoa?

    Entre os vários emails que recebi a respeito do imbroglio da capivara, estava esta excelente "pensata" do Armando Antonio de Brito Neto. Achei muito curiosa a forma como ele interligou as idéias. Leiam, vale a pena!
    Num mundo em que buscamos conceitos baseados na sensação de exatidão matemática e verdade científica é vital ressaltar, sempre que possível, o papel do etéreo, do invisível, do mágico, do acaso e do caos. A imaginação criadora, a fantasia e o inconsciente coletivo se misturam sempre, de forma imperceptível para os que são destreinados nas artes de contemplar, meditar e apreender.

    A World Wide Web, a Internet como hoje a conhecemos, estará fazendo 15 anos. Entre os criadores da Internet estava o físico e matemático Tim Berners-Lee. Os pais de Tim também eram matemáticos e participaram da criação do primeiro computador comercial: o Mark I. Tim recebeu na infância a influência simultânea da matemática e da tradição cultural britânica, entre seus livros favoritos, estava um manual da era vitoriana chamado Enquire within upon Everything, que teve um famoso similar no Brasil, o Almanaque Capivarol, um breviário de dicas sobre quase tudo, um portal mágico de informações e conhecimentos.

    Tim, sempre às voltas com seu Almanaque Capivarol, enfiou na cabeça a iéia de criar um Super Almanaque Capivarol através de uma linguagem de comunicação, um protocolo que permitisse que qualquer coisa pudesse, potencialmente, conectar-se com qualquer coisa onde estivesse depositado conhecimento­.

    ?Numa visão radical, o mundo pode ser visto apenas como conexões nada mais. Pensamos num dicionário como um repositório de sentidos, mas na verdade ele apenas define palavras em relação a outras. Há pouco sentido na idéia de sentido das coisas. 0 que há é uma estrutura das coisas e isso é tudo. Existem bilhões de neurônios em nosso cérebro, mas o que são neurônios? Apenas células. 0 cérebro não gera, ou produz conhecimento se não há conexões. Tudo o que sabemos e somos é apenas a conexão possível feita por nossos neurônios. 0 que importa são as conexões."

    Tim foi o responsável pela escolha do nome de batismo da rede, ele escolheu uma expressão que os matemáticos usavam para significar um conjunto de nós e links compartidos planetariamente: World Wide Web, ou simplesmente web. Era 1990, e ninguém nem sequer imaginava como o novo Almanaque Capivarol mexeria com o planeta e como serviria para difundir novas idéias.

    Aqui mesmo no Rio de Janeiro, às vésperas da Rio-92, Betinho e Carlos Afonso queriam fazer da Conferência uma oportunidade e um pretexto para abrir a Internet para a sociedade civil através de um nó na sede do Ibase, que deu origem a Alternex, nosso primeiro provedor de acesso.

    O amor de Tim Berners-Lee pelo Enquire within upon Everything o levou a visualizar a construção de um gigantesco Almanaque Capivarol catalogando, ligando e disponibilizando-se os conhecimentos armanezados em todos os compútadores do mundo, filhotes dos computadores criados por seus pais.

    Mas o que isto tem a ver com a capivara que tem provocado discórdia e controvérsias?

    De um maneira sintética podemos dizer que a aparição de uma capivara na Praia de Ipanema é um fato cujo valor científico é zero, isto porque a ciência se ocupa, apenas, daqueles fenômenos regulares, frequentes, dos quais se podem abstrair as leis gerais do mundo natural. Sendo assim, se UMA capivara parece em Ipanema ela é uma notícia de jornal, mas não é um assunto de interesse da ciência, pois a ciência não se movimenta em direção ao que é excepcional, mas sim ao encontro do que é uma regra ou uma lei geral. Mas a capivara é um assunto de jornal, e de primeira página, exatamente por que o assunto o jornal é tudo aquilo que não é regra, é tudo aquilo que é excepcional, diferente, imprevisto e espetacular.

    Jornal e Ciência são antagônicos neste particular: quanto mais excepcional ou raro é um fato, menos importância ele tem para a ciência e mais interesante é para os jornais.

    No dia que tivermos dezenas de capivaras frequentando naturalmente a Lagoa Rodrigo de Freitas este assunto deixará de ser notícia de jornal, mas passará a despertar o interesse da ciência, que irá se ocupar em descobrir que condições proporcionaram este fenômeno.

    Ocorre, no entanto, que o movimento ecológico ou ambientalista é feito através de ícones que são erigidos pela sociedade como representações simbólicas de preocupações conscientes e inconscientes de caráter geral, que servem de instrumento para a difusão de valores, conceitos e conhecimentos num processo de educação ambiental. Assim, se a capivara da Lagoa, do ponto de vista das ciências biológicas, não tem nenhum importância científica como indivíduo. Como representação simbólica de preocupações que permeiam o inconsciente coletivo ela é um indivíduo que pode ser usado para salvar milhares de outros como ela e se constitui em um instrumento de mudança social.

    Neste sentido, para o que conhecemos como ciências humanas, ciências políticas ou ciências sociais, como queiram, o aparecimento da capivara é um acontecimento ambiental, que pode ser definido com um evento natural excepcional que desperta um amplo campo de debates e choques de discursos e de valores que representam todo o espectro do ideário ambiental e humanista. O acontecimento ambiental torna-se visível, como fato socialmente relevante, na medida em que desperta o amplo debate sobre os valores e as visões de mundo que devem prevalecer para interpretar o acontecimento ambiental e orientar a reação da sociedade diante dele.

    No entanto, além e acima das diversas ciências e ideologias, existe o que é imaterial, o espírito humano...

    Não seremos salvos pelo uso do bio-diesel e nem por células de hidrogênio, tão pouco seremos inapelavelmente extintos pela transposição do São Francisco ou pelo próximo erro ambiental do governo.

    Seremos salvos ou condenados pelo melhor ou pelo pior que temos no espírito humano.

    Eu creio, firmemente, que somos um pouco mais do que um amontoado de genes e substâncias químicas.

    O amor infantil de Tim Berners-Lee pelo seu Almanaque Capivarol e que lhe serviu de inspiração para mudar o mundo é o mesmo amor de natureza revolucionária que a capivara da Lagoa desperta nas crianças -- e na criança que existe em cada um de nós.

    É o tijolo fundamental da matéria que chamamos revolução socioambiental que se faz através de milhares e milhões de reflexões e conexões -- como as que fazemos e compartilhamos pela Internet de Tim Berners-Lee -- quando somos despertados do Sono da Ignorância por uma capivara em Ipanema e nos religamos uns aos outros, na consciência da humanidade e da causa comum.

    Não menosprezem uma capivara, ela pode mudar uma criança -- e uma criança pode mudar o mundo. (Armando Antonio de Brito Neto)







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Sono, muito sono







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Leia hoje, no Globo

    O Globo traz uma grande repostagem sobre a capivara. A consternação com a sua apressada transferência para a reserva é geral; as únicas pessoas que acham que ela estará melhor na Reduc do que na Lagoa são, justamente, as que menos a conhecem: os veterinários de Niterói.

    Cada declaração que dão é pior que a anterior.

    Depois de recomendar à população que chame os bombeiros sempre que topar com animais deslocados -- o que, depois do triste espetáculo de ontem, é no mínimo questionável -- agora se saem com essa:
    O veterinário André Sena Maia, do zoológico de Niterói, disse que se a capivara fosse mantida na Lagoa, poderia voltar para a praia, pondo sua própria vida e a dos banhistas em risco.

    -- Por instinto, ela aprendeu o caminho até a praia. Provavelmente, saiu em busca de comida. Teve gente que a confundiu com cachorro e porco. Imagine o que aconteceria se ela aparecesse em Ipanema num fim de semana de sol, com praia lotada? Poderia até ser morta -- disse ele, acrescentando que, no caso de uma mortandade de peixes, o roedor poderia ser contaminado.

    Ele pode até entender de capivara, mas da capivara da Lagoa não entende NADA. A capivara jamais sairia pelo canal em busca de comida; o que mais há no trecho entre o Vasco e o canal é aquele capim que ela come, e que a deixou tão robusta.

    Ela não aprendeu o caminho para a praia; ela foi, ao que se saiba, esta única e exclusiva vez até lá. Mas não vejo como poderia pôr a vida dos banhistas em risco. Na verdade, nem vejo como iria até a praia num domingo de sol: ela não é chegada a multidões.

    Ainda assim, supondo que fosse, ouso arriscar o palpite de que seria bem recebida. Uma ou outra pessoa pode ser mais agressiva, mas coletivamente a turma da praia é de paz. Já vi salvamentos de cães e de aves feridas feitos por populares bem mais competentes do que o "salvamento" feito pelos bombeiros.

    Finalmente, quanto à mortandade de peixes: as capivaras já passaram incólumes por pelo menos duas mortandades. Elas são roedores, isto é, uns ratões resistentes.

    A tal ponto, que há capivaras sobrevivendo muito bem em São Paulo, no Tietê ou no Pinheiros (não lembro qual).

    Finalmente, é lógico que uma capivara vigiada por tanta gente como são as da Lagoa está em muito mais segurança do que uma coitada abandonada numa reserva onde, é sabido, a caça clandestina come solta.

    Mais uma vez, a única pessoa que acha que tudo está bem lá é a diretora do Zoológico de Niterói, ainda mais desinformada do que o dr. André. Vejam o que declarou ao Dia:
    A vida da mais nova revelação de Ipanema vai ser muito diferente a partir de agora. Antes, quando morava na Lagoa, era alimentada por seres humanos que praticamente a adotaram como bicho de estimação. "Um quiosque dava comida todos os dias. Mas se trata de um animal herbívoro que deve se alimentar no mangue, como vivem as outras capivaras com quem ficará", explicou Gizelda.

    De todas as besteiras ditas em relação à capivara, esta talvez seja a mais esdrúxula. A capivara se alimentando num quiosque é fantasia delirante de quem não conhece nem a capivara, nem a Lagoa.

    Vai ver a doutora acha também que ela pagava o almoço com tíquete-refeição.

    Aliás: Vejam na foto abaixo se essa capivara precisava ir para a praia ou para um quiosque para se alimentar...





    11.12.04






    E agora?

    Assisti à matéria do Jornal Nacional sobre a chegada da capivara ao seu "novo lar". Um lugar idílico, cheio de animais -- entre eles jacarés, mas isso é só um detalhe sem importância.

    Que direito tem o Zoológico de Niterói de decidir sobre o destino da capivara?!

    O que é que eles sabem a respeito da sua vida, da forma como cresceu, do seu entrosamento com a área onde vivia?!

    Vejam a declaração do veterinário, publicada pelo Globo Online:
    Por se tratar de um animal selvagem, a capivara não foi mantida no zoológico e nem voltou para a Lagoa.

    - A nossa preocupação em devolver este animal para a Lagoa é que ele tente fugir de lá em um fim de semana de sol e seja atacado por curiosos. Aconselhamos que as pessoas não tentem pegar um animal de porte grande como esse, elas devem chamar o Corpo de Bombeiros - orienta o veterinário André Sena Maia.

    Preciso dizer alguma coisa?!

    QUE ÓDIO!!!






    Estou indignada!

    Soube que a capivara já foi solta na tal reserva, em Caxias.

    Passou a noite no zoológico de Niterói -- porque a Rosinha, que é dona dos bombeiros, não admite contatos com o zoológico do Rio, que é municipal -- de onde, hoje cedo, diante de uma equipe do JN, foi solta em território desconhecido para ela.

    Como é que se pode fazer uma coisa dessas?!

    Como é que se solta um bicho que passou pelo trauma que ela passou ontem sem um tempo mínimo de observação?!

    Como é que se pode agir com esta inconsciência, sem ao menos estudar as circunstâncias da vida do animal e determinar então, com calma, qual o melhor destino?!

    Esta não era uma capivara selvagem, acostumada com outras capivaras; estava aculturada, convivendo com humanos muito bem. Afinal, passou mais de um ano na Lagoa sem chatear ninguém, exceto um ou outro cachorro (ela não gosta de cães).

    Além disso, esta capivara pertencia à comunidade da Lagoa. Ela cresceu aqui, alegrava os moradores com quem se encontrava. Estava sozinha, mas com o tempo acabaria encontrando o macho, do qual foi separada quando era pequena numa outra operação desastrada dos bombeiros.

    Agora vem uma veterinária de Niterói, que não tem noção das condições de vida deste animal e, só para aparecer na televisão, solta a coitada em território estadual. Numa reserva onde as capivaras são sabidamente caçadas e comidas pela população.

    Pessoal, vamos lutar para trazer a nossa capivara de volta!

    Apoio a sugestão da Susana Barbagelata: vamos fazer um abaixo-assinado.

    Quem for a favor da volta da capivara, ou pelo menos a favor de que se faça um estudo sobre a viabilidade da existência das capivaras na Lagoa, por favor assine aqui nos comentários, deixando nome e email.

    O Globo está repercutindo essa história. Se alguém tiver vontade de se manifestar, por favor ligue para lá, para 2534-5000, e peça para falar com o Eduardo, na editoria Rio.







    Mosca observa

    Mosca observa






    10.12.04


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Leia amanhã, no Globo


    Nada como um final feliz, mas...
    Por favor, devolvam a nossa capivara!


    A aventura da capivara tinha tudo para terminar em tragédia: um quadrúpede apavorado, uma praia cheia de pedras, uma multidão bem-intencionada mas equivocada. Felizmente, ela é resistente, tem santo forte e conseguiu escapar viva de mais uma tentativa de salvamento.

    A primeira, igualmente malsucedida, foi a que a separou da outra capivara com que chegou à Lagoa.

    Assim como a Luma e a torcida do Flamengo, eu também adoro os bombeiros, mas peço encarecidamente que não tentem mais resgatar bichos selvagens sem antes conversar com veterinários. Com todo o respeito, o que se viu de manhã em Ipanema foi uma perfeita lição em como não resgatar uma capivara.

    Nossa heroína é a que eu chamo de "capivasca", porque morava em frente ao Vasco. É sem dúvida melhor que vá para uma reserva ambiental do que para o zoológico mas, como moradora da área e observadora das capivaras de longa data, acho que o ideal seria que fosse devolvida à Lagoa.

    De preferência ali na área do Cantagalo, onde há muito espaço e pouca gente e onde, agora, resta um pobre macho solitário, cheio de amor para dar.

    (O Globo, Rio, 11.12.2004)






    Iuhuuuuuuuuuuu!!!

    A capivara reapareceu!!!

    Está no Posto Quatro.

    Tomara que agora não façam tanta besteira quanto fizeram de manhã, e deixem a coitadinha pelo menos descansar um pouco; ela deve estar estressadíssima, e sem dúvida machucou-se quando bateu contra as pedras no Arpoador.








    !!!!!!!!!

    O dia estava indo muito bem até que abri o computador.

    Aí fiquei sabendo, aqui pelos comentários e por diversos emails que recebi, que uma capivara foi parar no Arpoador, onde bombeiros tentam pegá-la.

    A Rebecca Sette chegou a enviar algumas fotos da bichinha, perdida na praia.

    Pela lógica, só pode ser uma das capivaras da Lagoa; provavelmente, a do Cantagalo, não só pela proximidade com o Arpoador, mas também porque, volta e meia, ela se afasta da água.

    Ela foi vista várias vezes zanzando de madrugada nas proximidades do campo de beisebol; na época da montagem do palco da festa da árvore, foi tão longe que quase atravessou a rua. Foi preciso que os porteiros daqui e de uns prédios vizinhos corressem lá e a tocassem de volta para a margem.

    O pior é que hoje é dia de fechamento, tenho que voar para o jornal e nem posso ir para a Lagoa e/ou para a praia para saber o que está acontecendo.


    Update: Acaba de sair no plantão do Globo Online:
    Capivara foge para alto mar e desaparece

    Ana Wambier - O Globo

    RIO - A tentativa de salvamento da capivara que estava na pedra do Arpoador, nesta sexta-feira, teve um final decepcionante. Cinco minutos depois da tentativa de captura, o animal entrou na água e nadou em direção ao alto mar. Os bombeiros perderam a capivara de vista, mas permanecerão em alerta, principalmente na praia de Copacabana e na Baía de Guanabara.
    Tenho o maior apreço pelos bombeiros, mas todas as vezes que eles tentaram "salvar" as capivaras foi um desastre.

    Da primeira vez, tudo o que conseguiram foi separar os filhotes que apareceram juntos na Lagoa; agora assustaram de tal forma a pobrezinha que só Deus sabe se a veremos novamente.

    É triste demais, isso.








    Grande & pequeno

    Rola uma certa confusão em relação aos simeses da casa -- mas, como vocês podem ver, eles são inconfundíveis.

    Lucas, a Incrível Capivara Felina, é o maior quadrúpede da Família Gato; já Pipoca, muito pequetitinha, é o menor.

    Os dois, porém, são igualmente lindos e carinhosos... :-)






    E, no ano 2014...

    E tem um pessoal que não dorme em serviço (aliás: tem um pessoal que não dorme, ponto): não é que o AyloNs já traduziu?!

    Clique AQUI.




    Barraco geral

    Estou assistindo na RAI a um daqueles programas que reúnem meia dúzia de pessoas no estúdio para a discussão de um tema qualquer. Ora, sendo a RAI italiana, é claro que esses programas descambam, invariavelmente, em bate-bocas homéricos.

    A discussão de hoje é simplesmente inacreditável.

    Uma escola primária fez uma substituição politicamente correta na tradicional apresentação de fim de ano das crianças: sai presépio, entra Chapeuzinho Vermelho.

    A idéia é que a apresentação do presépio poderia ser "ofensiva" para alunos de origem islâmica, filhos de imigrantes.

    É difícil saber o que pensam os convidados, porque todos falam, exaltadíssimos, ao mesmo tempo. Estão no ar o vice-prefeito de Treviso, típico representante da Lega Nord, previsivelmente reacionário e xenófobo; o arcebispo de Ravenna (que poderia fazer carreira como locutor esportivo); um religioso islâmico; jornalistas; o ministro das funções públicas (?); professores.

    Seria cômico se não fosse sério.

    Sou contra as religiões organizadas, que há milênios servem de desculpa para que as pessoas se matem umas às outras; mas num país majoritariamente católico como a Itália, o presépio é uma tradição cultural tão forte que, a rigor, transcende a religião.

    Se numa escola há crianças muçulmanas que se ofendem com ele, a solução é simples: basta não obrigá-las a tomar parte na encenação. Mas cancelar a encenação, de resto tão bonita e pacífica, com seus reis exóticos e seus animais solidários, é... patético, caramba!

    Qual será o próximo passo dessa imbecilidade coletiva bem intencionada? Cobrir as pinturas religiosas das igrejas? Expurgar dos museus os quadros de temática católica?

    A tolerância religiosa não se faz através da eliminação de todos os vestígios de religiosidade, mas sim através da aceitação das diferenças e da pluralidade das manifestações.

    Em suma: não é questão de subtração, mas de soma.

    Será que é tão difícil perceber isso?!







    9.12.04


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Chove!







    Um táxi perdido na selva

    No último dia que passei em Rondônia, as gravações de "Mad Maria" foram interrompidas por volta das três, logo depois do almoço. Chovia a cântaros. Mais tarde, se a chuva passasse, seriam realizadas as primeiras tomadas noturnas da minissérie; para isso, uma equipe de técnicos trabalhara o dia inteiro, instalando toda a espécie de luzes e refletores pela floresta.

    Parece óbvio -- e é -- mas, para mim, observar aquilo foi uma grande revelação. Não é que faz mesmo sentido deixar as noturnas para o fim das gravações? Imaginem só se, além de todos os problemas "normais", o pessoal ainda tivesse que se preocupar com cabos e fios coloridos aparecendo entre as árvores!

    O deslocamento entre o hotel e o set de filmagens era feito em vans e microônibus. A primeira condução deixaria o hotel às oito; às dez haveria uma segunda. Se tudo desse certo, as gravações iriam até a madrugada.

    Achei que sair às dez estava de bom tamanho, e decidi aproveitar o tempo até lá para dar uma volta de bicicleta. Saí sem destino pelas ruas largas cheias de mangueiras, parando aqui e ali para brincar com um gato ou um cachorro, ver a vista do rio e admirar revoadas de pássaros se preparando para dormir.

    * * *

    Quando voltei, todo mundo já tinha ido para o set. A tal leva das dez acabou não sendo necessária, de modo que lá estava eu, sozinha, entregue à minha própria sorte. Um lado de mim queria tomar banho e desabar na cama; o outro estava morrendo de curiosidade em relação às gravações noturnas. Nem preciso dizer qual prevaleceu, preciso?

    Havia um último táxi em frente ao hotel, com dois sujeitos parados ao lado; pelo que entendi, eram sócios. Um sabia direitinho onde se realizavam as gravações mas, por motivos que não ficaram claros, quem me levou foi o outro.

    Já fiz várias corridas de táxi estranhas, mas esta foi, sem dúvida, a mais notável de todas. Para lá da cidade, por uma estrada de terra batida e um escuro de breu do lado de fora; do lado de dentro, um taxímetro de alma nova-iorquina, iluminando dois bípedes sem noção do caminho. Os telefones celulares não recebiam sinal; o rádio funcionava, mas não havia mais ninguém na escuta do outro lado.

    E a floresta, por toda a parte a floresta.

    O set ficava a uns 15 quilômetros de Porto Velho; rodamos pelo menos 40. Ainda lembro que, num determinado momento, me ocorreu que eu deveria estar apreensiva em relação àquilo; o motorista, pelo menos, não parecia feliz. Mas achei a sensação de estar perdida num táxi em plena selva amazônica tão curiosa e incongruente que ela era a única coisa que de fato importava.

    Quando finalmente chegamos ao local das filmagens, metade da equipe já tinha voltado para o hotel; a outra metade estava correndo para as vans antes que as luzes do set fossem apagadas. Mal tive tempo de fazer duas míseras fotos; logo uma das produtoras me agarrou pelo braço e me carregou embora. Eram duas da manhã. Em tese, as gravações iriam até as três, mas o trabalho rendeu tanto que acabou uma hora antes.

    Fiquei muito frustrada de não ter visto nada -- mas, por outro lado, até o fim da vida vou me lembrar que, numa noite de novembro do ano de 2004, eu estava na Amazônia, dentro de um táxi que rodava perdido pela floresta.

    * * *

    Quando "Mad Maria" for ao ar, vocês vão ver uma cena chocante: num dado momento, os chineses voltam para o acampamento trazendo um trabalhador e uma capivara mortos. O trabalhador é um figurante que morreu de mentirinha (oh, não diga, é mesmo?); já a capivara, coitada, morreu de verdade. Veio congelada de São Paulo, de uma fazenda onde se criam capivaras para abate (!).

    Felizmente, essa cena foi filmada na semana anterior à minha chegada, o que me poupou de ver a falecida. Afinal, o fato de ter sido criada em cativeiro não a tornava menos capivara, ou menos digna de viver sua pacífica vidinha de roedora.

    Vocês também vão ver os personagens de Fábio Assunção e Ana Paulo Arósio mergulhados em tonéis de banha, engordurados até a raiz dos cabelos, mas não precisam ficar com nojo. A "banha" era manteiga de Karité, um creme cheirosinho e ótimo para hidratar a pele.

    * * *

    A estranha criatura da foto é uma lagarta que trouxeram de presente para a Ana Paula Arósio; ao fundo, os trilhos da Madeira-Mamoré. Quando vimos a bichinha, corremos, as duas, para fotografá-la; fiquei bem feliz, aliás, com este "retrato" que consegui.

    Só no dia seguinte é que me dei conta de que, como jornalista, falhei feio na missão. A foto, naturalmente, não era a lagarta, mas sim a Ana Paula Arósio fotografando a lagarta...

    Que vacilo!

    * * *

    Mudando de assunto: sensacional a reportagem da Regina Casé com os velhinhos, no "Fantástico"! Ela sempre manda bem, mas neste caso, especificamente, deu um show de humor, delicadeza e sensibilidade. Se vocês não assistiram, não percam a continuação, domingo que vem. O assunto interessa a todos. Como disse dona Canô, do alto dos seus 97 anos: ?Quem não morre, envelhece?.

    (O Globo, Segundo Caderno, 9.12.2004)

    Mais uma coluna que não foi surpresa para os leitores do blog... :-)

    A foto era da nossa velha conhecida, a lagarta azul; mais tarde, quando voltar para casa, vou procurar uma foto inédita da bichinha para vocês.

    Ou, então, uma foto inédita da Ana Paula Arósio (sim, fiz algumas!).






    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Pausa antes de ir pro jornal







    Sem fio -- e sem saída

    Os dois telefones sem fio aqui de casa, ambos Panasonic, e ambos relativamente bons até uns meses atrás, foram para o conserto. Um porque dá umas sumidas na ligação sem explicação alguma -- simplesmente sai do ar, mas não desliga, se a gente tiver paciência lá estará o interlocutor, do outro lado, berrando "Alô! Alô!" alguns segundos depois; o outro porque o som está tão baixo que mal se ouve.

    Os dois ficaram três dias na loja, que cobrou R$ 200 e os mandou de volta -- tal e qual estavam antes. Bia deu uma rodada de baiana com os caras, mandou os telefones novamente para lá, mas tenho a impressão de que melhor seria pedir o dinheiro de volta e comprar logo um telefone novo.

    Ando completamente cética em relação à competência das assistências técnicas de eletro domésticos. Esta já é a terceira vez que um desses telefones vai a conserto, em lojas diferentes, e continua a mesma porcaria.

    O Millôr, que sabe das coisas, resumiu muito bem a questão lá no site dele:
    "É quase impossível, hoje, encontrar um trabalhador que não queira cobrar exageradamente pra consertar um ralo de cozinha, um pedreiro que, depois de cobrar o serviço adiantado (compra de material), não desapareça deixando o serviço inacabado, um flanelinha que não exija, em tom de ameaça, mais do que lhe estamos, amedrontados, dando.

    A podridão das elites brasileiras, mostrada exaustivamente em jornais e na televisão, conseguiu o pior que pode acontecer a um país -- corrompeu o povo."






    Aliás...

    Alguém conhece um bom estofador?






    Dos comentários

    Honra seja feita: este blog tem os melhores leitores do mundo! Vejam só que comentário interessante fez o Wilson Cavalcanti no post sobre o avião da Embraer:
    Sou piloto militar da reserva e engenheiro aeronáutico ativo. Trabalho atualmente na Embraer, onde cuido do suporte técnico à sua aeronave executiva, o Legacy.

    Quanto eu ainda era novinho na FAB o Bandeirante foi projetado. Depois, cursando o ITA, pilotei os dois primeiros protótipos e o primeiro avião de série. Depois, o Bandeirante passou a ser o ?workhorse? da FAB e pilotei vários outros modelos de série mais avançada. Posso, pois, falar com algum conhecimento técnico e operacional: o Bandeirante foi, é e será um grande avião.

    O problema é que cada avião, como todo veículo, é projetado com uma finalidade. No caso do Bandeirante, talvez porque fosse o único modelo nacional de transporte turboélice então existente, ele teve seu emprego estendido a muitas funções para as quais não fora exatamente projetado. E depois, quando ficou mais velhinho, como ocorre em geral com todo avião, passou a ser operado por gente nem tão preparada.

    Houve acidentes, criou-se uma imagem ruim que está longe, entretanto, de ser fidedigna. Fale com qualquer piloto da FAB ou de empresas regionais que tenha operado o Bandeirante de forma adequada e você não ouvirá ninguém falar mal desse grande avião.

    A Embraer depois projetou e produziu grandes aviões que foram e continuam a ser sucesso mundial: o Brasília, a família 145 e agora a nova geração de aviões comerciais (170 /175 e 190 / 195 que já se definem como grandes aviões. Mas o velho Bandeirante está na gênese de todos! (Wilson Cavalcanti)
    Confesso que me surpreendi com este depoimento. Eu também estava enganada a respeito do Bandeirante, sobre o qual sempre ouvi horrores. Voei de Bandeirante algumas vezes, sem sustos ou problemas, mas sempre muito apreensiva por causa da sua má fama.

    Muito obrigada pelas informações, Wilson!






    Oi Multimidia

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    8.12.04


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    Rumo à árvore!







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    Mami e dona Luzia dao uma entrevista







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    Mami e colegas







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    Festa de vinte anos da Associacao de Masters







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    Fluminense Football Club







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    Central do Brasil







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    Correndo!







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    No engarrafamento









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    Bom dia!






    7.12.04




    Outra foto legal

    Hoje a mailbox do jornal está cheia de fotos interessantes. Esta é a do Embraer 195. Diz o release:
    O jato comercial Embraer 195 fez hoje seu vôo inaugural na sede da Embraer em São José dos Campos, desempenhando com sucesso uma série de testes de validação de sistemas e qualidades em vôo. O avião decolou às 11:58 do horário local e aterrissou em segurança 1 hora e 56 minutos mais tarde. Com 108 assentos, e impulsionado por dois motores GE CF34-10E, ele é o maior avião já construído pela Embraer.
    Achei legal isso, de já construirmos aviões tão competentes.

    Fiquei orgulhosa da Embraer.

    E fiquei ainda mais convencida de que foi uma grande mancada o Lula ter comprado aquele avião cheio de frescuras no exterior.

    Seria tão mais digno e elegante um Presidente da República voando num produto brasileiro!








    Era só o que faltava...

    A M&Ms, que faz aquelas balinhas de chocolate com cobertura colorida, tem um site onde se podem encomendar M&Ms personalizados. Lá a gente pode escolher cor ou conjuntos de cores, dizer o que quer ver impresso nas balinhas em vez do tradicional M e fazer a encomenda.

    Mas, como a empresa está nos Estados Unidos, nada é tão simples. Há todo um código do que pode ou não pode ser impresso nos M&Ms.

    Palavrões e obscenidades estão terminantemente proibidos, assim como marcas, nomes de celebridades, escolas e instituições diversas, assim como times esportivos, eventos ou marcos geográficos.

    Está na cara que a M&M não quer confusão com qualquer coisa que possa dar processo.

    O que, naquele país maluco, significa: quase tudo.







    MP3 Fashion

    Esta foto chegou agora à redação: os "colares" são tocadores de MP3. Não são umas gracinhas? São da BenQ, chamam-se Joybee 102R, reproduzem música digital em MP3, WMA e WAV, e têm 256Mb de capacidade em memória flash. Saem a R$ 550 cada.






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    Ipanema







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    Ipanema







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    Copacabana







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    Copacabana







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    A vista do quarto







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    Bom dia!







    Orelha

    Escrevi este texto para O livro de ouro da comunicação, de Silvana Gontijo -- um livro excelente, que teve a sorte de ganhar uma edição à altura do texto, bem diagramada e cheia de ilustrações. O livro chegou às livrarias no mês passado.

    Quantas vezes já não ouvimos alguém, olhando a cara particularmente expressiva de um cachorro ou de um gato, dizer que ele ?só falta falar?? Se por ?falar? entendermos o que de fato está implícito na palavra -- a capacidade de comunicação -- não falta, não; os bichos ?falam? até muito bem, obrigado. Nós é que não entendemos a língua deles. Ou, eventualmente, não temos a percepção dos detalhes; mas, por experiência própria, posso garantir que é mais fácil adivinhar o que me ?diz? um gato na China do que o que me diz um chinês, até porque falamos, ele e eu, linguagens corporais completamente diferentes. Já os gatos, como os músicos e os matemáticos, falam a mesma ?língua? no mundo todo.

    Digo isso para dar um exemplo prático de como a comunicação é um tema complexo. Praticamente todos os seres vivos trocam informações entre si, mas talvez o que mais nos distinga dos outros animais seja o fato de termos elevado este nosso código instintivo ao mais alto nível de diversificação e sofisticação. Da densa linguagem humana, com sua carga infindável de memória e transmissão de conhecimento, nasceram as ferramentas e as artes e, em última instância, até mesmo o bem e o mal. Que, naturalmente, existem em estado latente num ambiente sem palavras, mas só alcançam seu verdadeiro potencial quando assim designados.

    A palavra é, indiscutivelmente, a maior invenção humana. Apesar de todas as variantes da comunicação, será sempre, também, a mais difundida e praticada delas. Temos infinitas formas de trocarmos informações uns com os outros, das linguagens de assobios dos pastores das Ilhas Canárias ao código Morse, mas nada é tão universal ? tão humano -- quanto a palavra: todos os dias, em todos os cantos do planeta, em todas as circunstâncias possíveis e imagináveis, bilhões de pessoas conversam, ininterruptamente.

    Esses diálogos se multiplicam em cartas, livros, jornais, filmes, mensagens eletrônicas, painéis luminosos, revistas, folhetos, peças, anúncios, outdoors, placas, documentários. Erga os olhos da página e tente contar quantas mensagens estão à sua espreita, embutidas em manuais de produtos, propagandas, marcas, noticiários...

    Silvana Gontijo se impôs uma tarefa extraordinária: nada mais nada menos do que mergulhar neste estrepitoso universo de sons, imagens e palavras para nele encontrar as raízes da comunicação humana e, eventualmente, o seu significado. Das pinturas rupestres aos blogs, nada lhe escapou; a aventura intelectual pela qual ela nos conduz não podia ser mais fascinante e -- num mundo que se afoga no excesso de informação -- mais atual e necessária.






    6.12.04


    Oi Multimidia

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    Indo para casa







    Palestra

    Palestra

    Henrique Meirelles esteve hoje no jornal e fez palestra para os editores. Eu estava sentada no fundo da sala (meu local favorito para palestras de economia) e pude testar a função zoom da câmera do MPx220.

    Não está muito nítido, mas o ambiente estava escuro e -- caramba! -- é só um telefone.






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    BOB

    Saiu o resultado do Best of Blogs, o concurso de blogs da Deutsche Welle.

    A proposta -- escolher o melhor blog do mundo, e os melhores em certas categorias -- é ambiciosa, mas impraticável. Não há um melhor blog do mundo,como não há um melhor livro ou um melhor filme; há muitos excelentes blogs, livros, filmes.

    A questão é altamente subjetiva e a variedade entre os blogs é infinita; não há como comparar alhos com bugalhos, nem o que se faz na China, digamos, com o que se faz no Brasil ou na Alemanha -- até por causa da língua.

    A idéia geral, porém, é muito simpática, por chamar a atenção para os blogs e pôr na vitrine uma tal diversidade de manifestações culturais.

    Houve dois prêmios por categoria, o do juri oficial e o do juri popular; mas o sistema de voto popular esteve, o tempo todo, aberto à manipulação, já que bastava fechar e abrir o browser para votar de novo, quantas e quantas vezes se quisesse.

    Isso podia ter sido evitado (ou mesmo corrigido) com facilidade, e foi uma pena que os organizadores não o tivessem feito. Teria sido interessante saber quantas pessoas de fato votaram ao redor do planeta, e como realmente o fizeram.

    Ainda assim, o resultado da categoria blogs jornalísticos em português (da qual participava o internETC.) foi o melhor possível.

    O prêmio do juri oficial foi para o indispensável Ponto Media, blog do português António Granado, que faz uma cobertura da mídia de tirar o fôlego, ao passo que o do juri popular foi para o Ricardo Noblat, disparado o mais jornalístico dos blogs brasileiros.

    Para o juri oficial, o melhor blog é o Jornal Canino, chinês que, infelizmente, não consigo acessar, quem dirá compreender; mas a idéia parece ótima. Num país com a censura que há na China, falar sobre a vida dos cães pode ser uma forma eficiente de dar o recado sobre o que acontece com as pessoas.

    Para o juri popular, o vencedor foi o Por um punhado de pixels, do nosso Nemo Nox -- pioneiro da blogosfera brasileira que, há anos, desenvolve um trabalho elegante, criativo e cheio de conteúdo.

    Parabéns para todos!

    A lista completa dos vencedores, com outras informações interessantes, está aqui.






    Admirável mundo novo

    Um homem conclama as tropas ao combate. Mostra um esquema de ataque com três linhas verticais e duas horizontais, defende a agressividade e sonha em liquidar com o adversário. Onde estamos? No campo de Hastings? No vestiário do Maracanã antes da final de um campeonato? Num ponto remoto do Iraque?

    Nada disso. Estamos numa sala de reuniões do Eco Resort de Arraial D'Ajuda, na Bahia, na abertura do Summit 2005 da Avaya. O homem é Márcio Mattos, presidente da empresa no Brasil, falando para uma platéia de distribuidores e desenvolvedores de sistemas; e a batalha em que está metido é das mais encarniçadas do mundo globalizado. Afinal, a Avaya trabalha com telefonia IP, aquela que usa a internet como base -- uma área extraordinariamente promissora, onde, neste momento, começam a se definir os nomes que vão dar as cartas daqui para a frente.

    A Avaya está muito bem posicionada no cenário. É descendente direta da ATT por parte da Lucent, que nasceu numa das divisões da companhia -- e da qual se separou há cerca de três anos, seguindo a tradição familiar, por assim dizer. Ela desenha, desenvolve e administra as redes de comunicações para mais de um milhão de empresas no mundo todo. Mas disputa a liderança do mercado com a Cisco, uma das empresas mais competitivas de um setor que não é propriamente de fritar bolinhos.

    A palestra de Marcio Mattos termina com dois slides que arrancam gargalhadas da platéia: montanhas de sucata de velhos sistemas PABX. Parece cruel, e é; mas o avanço da telefonia IP é uma das conseqüências inevitáveis do desenvolvimento da internet. Assim como milhões de pessoas físicas estão usando o Skype para economizar nos interurbanos, por exemplo, milhões de pessoas jurídicas estão descobrindo que o uso da rede não só faz mais sentido econômico, como oferece soluções muito mais completas e interessantes do que as permitidas pelos sistemas de telefonia tradicionais.

    Um dos casos mais interessantes é o da Jet Blue, empresa de aviação americana que, mais ou menos como a nossa Gol, tenta cortar custos onde é possível. Pois ela não tem um único escritório de reservas. Quando um passageiro disca o seu 0800, a chamada cai diretamente no computador de um dos agentes -- que trabalha, tranqüilo, na própria casa. O escritório, com tudo o que ele precisa, de contatos com a chefia e outros agentes a tabelas de preços e disponibilidade de vôos e lugares está ali, naquele computador.

    Ele não precisa sair e enfrentar o trânsito para ter acesso às suas ferramentas de trabalho, e a Jet Blue não precisa alugar áreas comerciais. Todo mundo fica feliz ? sobretudo a Avaya, já que esta é uma solução impossível sem telefonia IP.

    Claro que tudo isso está muito longe de nós, usuários finais, exceto pelo fato de se esconder por trás de várias interações do nosso cotidiano -- como quando ligamos para uma empresa e caímos no atendimento automático. É enervante, é material infinito para histórias de horror e para anedotas, mas o fato é que, na maioria dos casos, ninguém tem mais sequer o espaço físico para acomodar o número de pessoas que seria necessário para um atendimento 100% humano.

    Tome-se o caso da Vivo, por sinal muito bem apresentado no Summit 2005. Eu nunca tinha pensado nisso, mas, de fato, como é que se atendem 26 milhões de usuários? Já me irritei muito com aquelas chamadas infindáveis que me mandam discar um se quero isso ou dois se quero aquilo, mas tenho que reconhecer que, quase sempre, consegui todas as informações de que necessitava sem precisar falar com ninguém. Pois por trás da voz que me manda discar isso ou aquilo, há telefonia IP.

    De modo geral, soluções corporativas nunca despertam em mim qualquer sentimento de cobiça; a sua tecnologia é essencialmente prática, sem apelos supérfluos de consumo. Mas a Avaya desenvolveu um sistema chamado IP SoftPhone que é uma alegria: um cruzamento de software e aparelho telefônico que acompanha a pessoa aonde quer que ela leve o seu PC. Assim como um celular, só que via internet; plenamente funcional em qualquer canto de onde se possa fazer uma conexão -- e como ramal de uma central.

    O funcionário de uma empresa que usa isso pode estar em casa, no camping ou na China, que tanto faz. Se alguém ligar para o seu ramal, lá estará ele -- que também pode chamar quem quiser como se estivesse logo ali, na mesa ao lado.

    Quer dizer: com quatro míseros dígitos eu poderia teclar para o outro lado do mundo e acordar o Gilberto Scofield, nosso querido correspondente lá em Pequim. Não sei se ele ia gostar muito disso; mas eu ia adorar, com certeza.

    (O Globo, Info etc., 5.12.2004)





    5.12.04




    Demorou...

    É claro que a Microsoft não ia ficar de braços cruzados diante de fenômenos como o Orkut e correlatos.

    Com vocês, Spaces, ainda em versão Beta.

    Olhando assim por cima, não está ruim não: parece um Multiply personalizável.





    4.12.04


    MMS

    MMS

     Este lourinho ficou interessadissimo no telefone...







    Voltando pra casa

    Voltando pra casa







    MMS

    MMS






    3.12.04


    É amanhã!

    O lançamento mais aguardado do ano:

    "BOISMORTIER -- 6 SONATES EN TRIO", com o grupo Le Triomphe de L'Amour, com a Laura (Rónai, minha irmã) como flautista convidada.

    O Triomphe de l'Amour, de Princeton, EUA, é um grupo especializado em tocar música barroca com instrumentos de época.

    O disco reúne seis trio-sonatas inéditos de Boismortier, compositor bastante importante do século XVIII.

    As peças foram descobertas por Tom Moore, o mais carioca dos americanos -- um dos integrantes do grupo, pesquisador e musicólogo da pesada, saído de Harvard e Stanford direto para os botequins de chorinho da Lapa.

    As outras componentes do grupo, além do Tom e da Laura, flautistas, são Janet Palumbo (cravo) e Donna Fournier (viola da gamba).

    Todos estão convidados!

    É a partir das 19 horas, no Museu da República, e vai ser um ótimo programa, com coquetel e mini recital.

    Ah, sim: o CD, gravado nos Estados Unidos entre idas e vindas da Laura, é o terceiro lançamento do selo A Casa Discos.

    Ele estará à venda por R$ 15, lá no Museu, mas quem não puder ir não precisa ficar triste por não poder fazer esta ótima compra: a gravadora vende pela internet -- é só mandar um email para discos@acasaestudio.com.br.






    O dia da árvore: que festa! E que ressaca...

    A noite de sábado foi de total indecisão para mim. Assistia à festa de inauguração da árvore de Natal da minha janela, ou ia até lá? Se fosse, assistia 1) coladinha à margem, local privilegiado para fotografar os fogos; 2) do meio da muvuca que, às seis da tarde, já se configurava imensa; ou 3) do elegante camarote do patrocinador, para o qual tinha convite? Havia ainda a possibilidade de ir às casas de diversos vizinhos, já que está virando tradição o povo da Lagoa receber amigos e familiares no Grande Dia, assim como faz o povo da Atlântica no Réveillon.

    Mergulhada em dúvidas, preferi descer e explorar as possibilidades lá de baixo; não levei o cocar nem a borduna porque programa de índio na porta de casa, convenhamos, não chega a contar milhagem na categoria. Afinal, se a coisa desanda, basta atravessar a rua e voltar para o recesso do lar.

    Assim que pisei na calçada, porém, levei um susto. Nunca vi tanta gente na Lagoa; era quase impossível andar em meio à multidão compacta. A duras penas cheguei à beira d?água, onde encontrei um colega estrategicamente encastelado; ele estava fotografando para o banco, e ocupava, com denodo, os últimos milímetros de terra. Conversamos um pouco, fiz fotinhas do clima e fui em frente.

    Outro susto: o Parque do Cantagalo era uma réplica da Central do Brasil, sem tirar nem pôr. Ao longo do que, em dias normais, chamamos de ciclovia, havia barraquinhas de tapioca, milho cozido, açaí, acarajé, salsichão, churrasquinho, frango com catupiry, cachorro quente (incrementadíssimo), queijo coalho, doces variados do Sul (?Se não gostar não paga?, diz a propaganda autoconfiante), pizza na lenha, espetinho de camarão, sanduíches diversos, caipirinhas de fruta, cerveja, refrigerantes, sorvetes artesanais e Kibon, que mais? ah, empadinhas, algodão-doce, coxinha e pastel. Isso que eu vi em comes e bebes, mas muita coisa deve ter me escapado.

    Havia também os onipresentes vendedores de bijuterias, ambulantes oferecendo pulseiras e colares que brilham no escuro, falsas tatuagens e óculos escuros (?), mais uma pá de gente trabalhando com brinquedinhos de todos os tipos, de bichos de pelúcia àquelas cobras e lagartos de papel que se mexem sozinhos quando puxados por uma cordinha.

    Em suma, uma confusão miserável -- mas, no fundo, pelo menos para mim, muito divertida: a própria festa do interior, plantada em pleno coração da Zona Sul. O Rio tem dessas coisas, que a gente não sabe se curte pelo inesperado ou lamenta pela desordem. Na dúvida, recomendo curtir.

    Fiz fotos das barraquinhas e fui para o camarote VIP. Todo mundo chique demais, a vossa cronista de jeans e camiseta, o bípede despencado por excelência -- mas tudo bem. Com aquela árvore brilhando lá na frente, quem é que ia olhar para mim?

    Achei um cantinho bom na frente do camarote, sentei no chão e fiz um monte de fotos.

    Quando o concerto e a queima de fogos acabaram, me despedi dos anfitriões e voltei para a muvuca, que estava irresistível. Jantei um acarajé maravilhoso e um Chicabon, bebi água-de-coco e, uma hora depois, voltei para casa, exausta.

    Os gatos me receberam com exageradas manifestações de apreço.

    Bia explicou que, durante os fogos, eles ficaram inteiramente zuretas, correndo de um lado para outro. Buscavam refúgio no quarto, mas o barulho dos fogos ecoava na pedra; fugiam para a sala, mas lá, além do barulho, havia aqueles clarões de luz...

    Coitados dos quadrupinhos !

    Além deles, fiquei -- e ainda estou -- muito preocupada com os outros bichos do Cantagalo. A capivara não deu as caras; teve juízo para ficar quieta na sua manilha, mas imagino como não ficou assustada, a pobrezinha.

    Com exceção dos bem-te-vis, nenhum dos pássaros apareceu no dia seguinte, o que não seria tão grave se alguns não estivessem chocando. Não sei como vai ser isso daqui para a frente. O que não era problema até há pouco tempo, agora é preocupante: a quantidade de aves aumentou muito no ano passado. Como será possível conciliar a festa da árvore, que é tão bonita, com o bem-estar das criaturinhas?

    Na segunda, passado também o temporal de domingo, a quantidade de lixo era indescritível. Ainda assim, aos poucos, todo mundo foi voltando: garças, socós, viuvinhas, quero-queros...

    Eu não vi, mas me disseram que, tarde da noite, até a capivara, muito cabreira, apareceu rapidinho para um lanche, antes de sumir novamente na escuridão.

    (O Globo, Segundo Caderno, 2.12.2004)






    Fala, foto!

    TODAS as fotinhas abaixo foram tiradas e enviadas pelo MPx220, da Motorola, um celular com alma de Windows distribuído pela Tim. Para mim, usuária de Palm, ele está sendo mais difícil de usar do que o Treo 600 que me fez companhia em Florianópolis; mas é, indiscutivelmente, uma maquininha de respeito.

    Estou aproveitando o seminário para testar, além dele, o V710, da Vivo. Os dois não estão exatamente no mesmo patamar, mas têm várias coisas em comum -- entre elas cartões de 128Mb. Amanhã vou usar o V710, para que vocês possam comparar a qualidade das fotos.

    Infelizmente, o sistema de MMS da Vivo, desenvolvido para mailboxes comuns -- onde as mensagens chegam como "apresentações", com o bonequinho da logomarca -- deixam um rastro de sujeira no blog. Vou ver se descubro como contornar isso; se não descobrir, faço uma faxina na casa à noite, quando me conectar.

    Gosto da temática aqui do seminário, que é telefonia IP. Traduzindo de forma muito simples, o uso da internet para telefonar, mais ou menos como o Skype, só que em versão corporativa, heavy-metal, com hardware e serviços muito complexos envolvidos.

    A chuva parou, o tempo está lindo e amanhã, embora a primeira entrevista esteja agendada para as 9h, há pouco trabalho programado.

    Iuhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!





    2.12.04


    Porto Seguro

    Porto Seguro







    Flor

    Flor







    MMS

    MMS

     Orixa', de dia







    MMS

    MMS







    A praia

    A praia







    Ola!

    Ola!

    Como se pode notar, esta' ventando um bocado por aqui...
    (Auto-retrato com o MPx220)







    Trabalho

    Trabalho

     O outro lado da boa vida







    Da mailbox

    Na geral do Info etc.:
    Acaba de ser criada por um grupo de responsáveis por sites e blogs na Internet, a chamada Comunidade BBB, que congrega uma parcela considerável de pessoas que acessam diariamente a rede durante o ano inteiro, tratando de assuntos relativos ao Big Brother Brasil, com milhares de acessos. O endereço é www.bbblinks.blogger.com.br e com a proximidade da nova versão do programa, espera distribuir entre os sites e blog integrantes um número ainda maior de visitantes.

    O assunto é tratado durante todo o período em que o BBB está no ar, estendendo-se durante o restante do ano, promovendo discussões sobre os mais diversos aspectos do programa, entrevistando ex-participantes, sem que tenham qualquer ligação com a emissora que veicula a atração.

    Na verdade os autores dos sites são considerados hoje experts no assunto e conhecem todos os detalhes do Big Brother, enquanto a movimentação nos blogs tem sido de tal forma grandiosa que resolveram se unir para facilitar a navegação aos aficionados.

    Esses espaços acabaram se transformando no local apropriado para que as pessoas possam debater sobre o assunto, uma vez que a própria emissora não permite interação maior com o público, a não ser pelo voto nos paredões para eliminarem participantes, enquanto na Internet, as opiniões são colhidas pelos blogueiros e discutidas com profundidade.

    E, na seqüência:
    AGORA SIM! Finalmente temos um grupo de cabeças pensantes focando seus poderosos intelectos neste tema que, todos sabemos, é de suma importância para a sociedade brasileira.

    Acho que agora a coisa vai.

    - c.a.t.
    Huahauhauahauahauahauahauahauha!!!

    Eu amo o Cat.

    Update: O blog está bonitinho e bem feito, e os meninos, honra seja feita, têm atitude.

    Tanto esforço merecia melhor assunto -- mas gosto, realmente, não se discute...






    Orixas

    Orixas

     Ha' lindas esculturas de orixas no jardim do hotel. Acho que elas, ou suas primas, estiveram na Lagoa ha' alguns anos.






    1.12.04


    MMS

    MMS







    Pé na estrada

    Estou hospedada no Eco Resort de Arraial D'Ajuda. Meu quarto fica no térreo, em frente ao bar da piscina. Vem um barulho lá de fora, mas é um barulho legal: gosto das músicas, e gente se divertindo (civilizadamente) não me incomoda.

    Estou apanhando do telefone, que não é o meu fiel telefonino, mas um Motorola com interface Microsoft que tento decifrar. Já mandei três fotinhas, apenas uma chegou.

    * suspiro *

    Coincidência legal: o Jabor faz a abertura do evento. Trabalhamos no mesmo jornal, somos vizinhos na Lagoa, mas passamos meses sem nos ver. Aí nos vemos... aqui! Gosto muito dele, tanto como pessoa quanto como cronista; na sua encarnação anterior de cineasta, ele fez o meu filme nacional favorito, "Tudo Bem".

    Chove lá fora, o que é uma sorte. Estou cansadíssima e quero preciso dormir um pouco, mas não conseguiria resistir a um tempo bom.

    No front tecnológico, tudo quase bem. O notebook porta-se maravilhosamente e a plaquinha da Vivo é um prodígio -- estou conectada a 230,4 Kbps. O quase fica por conta da minha cabeça avoada: esqueci o carregador da P10.

    * outro suspiro *






    On the road again...

    On the road again...

     Desta vez, em Arraial d'Ajuda, para um evento da Avaya.