31.10.02


No Meio do Caminho


No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas t�o fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.







CDA

Ele ficava sempre sem jeito conversando em pessoa, ou pelo menos essa era a impress�o que eu tinha. Mas adorava falar pelo telefone, horas a fio, e ficava contente quando a gente ligava -- menos quando era anivers�rio, e eu tentava arrancar dele a entrevista imposs�vel para o jornal em que estivesse trabalhando. Volta e meia recorri ao truque a que tanta gente recorreu: montava "entrevistas" com trechos de poemas ou cr�nicas. Disso ele gostava; talvez, imagino, por ver como as palavras funcionavam assim, de segunda m�o. E uma vez, h� tanto tempo!, quando eu ainda estava em Bras�lia, me deu uma pequena entrevista, na �poca fato verdadeiramente in�dito. Acho que pensou que com isso ficaria livre das minhas investidas anuais.

Hoje tio Carlos estaria fazendo 100 anos. Se ainda estivesse aqui, l� estaria eu mais uma vez, chateando.

Nossa, que saudade.








Para a Bia, quando nasceu. Que eu saiba, in�dito.






Segredo

(A linda escolha da Meg)


A poesia � incomunic�vel.
Fique torto no seu canto.
N�o ame.

Ou�o dizer que h� tiroteio
ao alcance do nosso corpo.
� a revolu��o? o amor?
N�o diga nada.

Tudo � poss�vel, s� eu imposs�vel.
O mar transborda de peixes.
H� homens que andam no mar
como se andassem na rua.
N�o conte.

Suponha que um anjo de fogo
varresse a face da terra
e os homens sacrificados
pedissem perd�o.
N�o pe�a.







Sess�o nostalgia

Estou ouvindo Tom Paxton e o Chad Mitchell Trio, personagens da �poca de ouro da can��o de protesto americana. Adoro as vozes, o tipo de m�sica (guitarra ac�stica no acompanhamento e olhe l�) e, sobretudo, as letras, que s�o geniais. Uma das minhas favoritas � One Million Lawyers, em que Tom Paxton alertava para a terr�vel praga que se abateria sobre os Estados Unidos: dentro de dez anos, o pa�s teria um milh�o de advogados! (A letra, em ingl�s, est� aqui.)

Isso foi em 1984. Paxton exagerou um pouco. Os �nicos dados que encontrei a esse respeito informam que, em 1998 -- quatro anos depois da previs�o, portanto -- havia nos EUA apenas 925.671 advogados. N�o tive tempo de procurar melhor, mas tenho certeza de que, a essa altura, a maldi��o j� se confirmou: basta dar uma olhada no tipo de atividade jur�dica que anda acontecendo l� em cima...





30.10.02


Foi bonita a festa, p�

Noite dessas, voltando para casa de carona com o Marcelinho, disse a ele que uma coisa que me deixou contente com a vit�ria do Lula foi a extraordin�ria festa popular nas ruas, coisa que n�o teria acontecido com uma vit�ria do Serra.

-- U�, mas s� n�o aconteceria se fosse fraude, n�?!

Na hora isso me pareceu fazer sentido, e pensei que eu estava raciocinando apenas em termos de Rio de Janeiro, onde a imensa maioria da popula��o � Lulista ("Lulista", sim -- se fosse petista n�o estar�amos a� encalacrados com Dona Rosinha pros pr�ximos quatro anos).

Ainda assim, havia um ponto qualquer na coisa toda que n�o estava me satisfazendo. N�o era bem isso. Uma eventual fraude n�o teria nada a ver com a hist�ria; mesmo uma vit�ria limpa e correta do Serra n�o seria festejada assim, como n�o foram festejadas as vit�rias do Fernando Henrique, por exemplo.

Hoje o Xex�o fala nisso, no Globo (assim como j� falaram, ou ainda v�o falar, creio, todos os colunistas do pa�s: afinal, nunca se viu nada igual por aqui). Para ele, a festa foi a festa da identifica��o: o povo saiu �s ruas para festejar porque se reconheceu no presidente eleito. � poss�vel -- mas para mim, essa interpreta��o ainda n�o justifica plenamente o fen�meno.

Pois agora acabo de ler um artigo do Jo�o Moreira Salles, que desde o final de setembro vem acompanhando Lula para a filmagem de um document�rio, em que ele mata perfeitamente a charada. Ufa! � isso que eu queria dizer, Marcelinho.

Leiam, vale a pena: saiu h� tr�s dias, no No M�nimo.

Citando o Mill�r (tamb�m hoje, no JB): "Olha, meninada, continuo n�o acreditando em Deus. Mas agora concordo -- o Cara � brasileiro."







Id�ias

A Suely teve uma grande id�ia: um sistema que avisasse a gente dos anivers�rios do blogueiros (e, acrescento eu, blogs) amigos. Quem se habilita a fazer isso?

J� a Carminha sugeriu, e todo mundo est� achando �timo, fazer um blog com os retratos falados da gente. Se ningu�m se apresentar como volunt�rio para administrar um blog assim, pod�amos fazer um blog aberto como o Baile Blog do Dudi, o que voc�s acham?





29.10.02


Romance blog

H� uma linda hist�ria de amor rolando entre esses dois blogs...







Trouxe eles l� do Baile.








N�o liguem pros coment�rios "arquivados" n�o; eles est�o funcionando. � que eu amo esta webcam, que j� est� aqui pelo blog h� tempos; volta e meia n�o resisto, e a trago c� pra cima de novo.



Olhem que show estava no outro dia, ao amanhecer!







Eu sou o símbolo
do I-ching




que símbolo você é?


Achei l� na Aline, que tamb�m est� comendo c�rebros... (Graaaaaaaaaaaaaaagh!!!) Ali�s, o Inagaki passou por l� e observou que se um zumbi atacasse a Carla Perez ou o Ricardo Macchi morria de fome.

Blog tem umas bobagens t�o boas, tem n�o?!





28.10.02




Angeli ontem, na Folha.






Sinceramente?

N�o gostei nada do Lula no Jornal Nacional! N�o pelo que ele disse ou deixou de dizer. Mas porque acho que, em seu primeiro dia como presidente eleito, ele n�o poderia ter passado o tempo todo do hor�rio nobre numa �nica emissora de televis�o -- ainda que seja, como �, a de maior audi�ncia do pa�s. Que se fizesse um pool, ou uma coletiva, ou uma mesa redonda com os apresentadores de todos os telejornais noturnos; mas isso n�o foi justo (nem elegante) com o SBT, com a Band, com a Rede TV e com a Record. Afinal, al�m de presidente eleito, Lula � o personagem da hora, que todos querem ver, ouvir e celebrar.

Update do update: Desculpem, o update que estava aqui subiu todo truncado, sei l� por qu�. Como eu estava na correria, n�o conferi o post; mas, essencialmente, o que ele dizia � o que eu escrevi a� nos coment�rios.






Retrato falado

Foi o melhor que consegui fazer...

� galera que me conhece: ficou parecido?

(Esta dica maravilhosa � -- claro! -- do Pulso �nico, onde apareceu h� algum tempo e eu guardei para testar.)


Ah, sim: Nada a ver com este post, mas pe�o ao leitor que est� fazendo spam em causa pr�pria nos coment�rios que por favor p�re com isso. Ele sabe quem �; j� foi deletado duas vezes. Acho que n�o fez por mal, apenas ainda n�o se tocou para o fato de que isso contraria as normas da boa educa��o online. Eu visito os blogs que me visitam, pode deixar; � s� botar a URL no campo adequado. Mas spam, aqui, ser� sempre deletado.






Life in the freezer

Um consolo para os meus amiguinhos brasileiros morando no Hemisf�rio Norte...







BRASIL

S�bado fui assistir ao recital do Projeto Villa-Lobinhos no Instituto Moreira Salles. Administrado pela Viva Rio, ele � uma iniciativa do pr�prio IMS e do Museu Villa-Lobos, e patrocina, junto com padrinhos e madrinhas, a educa��o de jovens instrumentistas de fam�lias de baixa renda entre 12 e 20 anos de idade.

Querem saber? Fiquei emocionada ao ver aqueles meninos e meninas de comunidades carentes, que vivem nas condi��es mais prec�rias, fazendo, com seus violinos, flautas e violoncelos, seus pandeiros e viol�es, uma m�sica t�o bonita, criativa e feliz.

Depois do concerto, Rodrigo Belchior, coordenador e olheiro do projeto, que percorre as comunidades ca�ando esses jovens talentos, nos contou alguns casos que viveu ao longo dos �ltimos tr�s anos com os garotos. Por tr�s de cada um deles h� uma hist�ria de luta e de perseveran�a que n�s, bem nascidos, mal podemos imaginar. E em cada um deles -- a partir do pr�prio Rodrigo, um vencedor que cresceu no Santa Marta -- est� a prova de que � poss�vel, sim, criar um futuro melhor para o pa�s.

Recomendo a quem mora no Rio ficar de olho nesses meninos, e ir assistir ao seu pr�ximo concerto.

Eles merecem o nosso apoio e o nosso aplauso.






Blog!







Corra, Lula, corra! (II)

Quem conseguiu prestar aten��o ao notici�rio n�o relacionado �s elei��es durante a semana passada reparou que (para variar...) a Microsoft esteve em evid�ncia ao longo do per�odo. Na ter�a-feira, ela anunciou que o Smartphone 2002, seu sistema operacional para celulares, chega em breve ao mercado a bordo de um telefone chamado SPV (de Sound, Pictures, Video), distribu�do pela operadora inglesa Orange. Por enquanto, o aparelho, que custa o equivalente a US$ 277 e � fabricado em Taiwan, ser� comercializado apenas no Reino Unido.

O maior problema que a M$ enfrenta para conquistar o suculento mercado wireless � que as principais fabricantes de aparelhos (Nokia, Ericsson, Motorola, Samsung e Siemens) est�o comprometidas com outro sistema operacional, o Symbian � um sistema aberto desenvolvido em joint-venture por elas, mais Matsushita (Panasonic), Psion e Sony Ericsson. A Samsung, �nica que n�o est� diretamente envolvida com o Symbian, prometeu fabricar um celular usando o Smartphone 2002 � mas, at� agora, n�o falou nem prazos, nem em prot�tipos.

Na quinta-feira, passado o burburinho do lan�amento do Orange SPV, a M$ voltou a atacar, desta vez anunciando o lan�amento da vers�o 8.0 do seu software de acesso � MSN, em parceria com a Disney, como provedora de conte�do. O an�ncio foi feito no Central Park, em Nova York, por Bill Gates e Michael Eisner, CEO da Disney � acompanhados de Mickey e Minnie. A id�ia � capturar a maior fatia poss�vel do p�blico �fam�lia� da AOL, que anda passando por turbul�ncias � e cuja nova vers�o de navegador (coincidentemente, tamb�m 8.0) �, para dizer o m�nimo, complicada.

Mas a not�cia Micro$oft mais bizarra de todas saiu mesmo do notici�rio pol�tico, o campe�o de audi�ncia dos �ltimos meses. Tamb�m na quinta-feira, com a campanha presidencial ainda em aberto, Bill Gates mandou um de seus representantes convidar Lula para um bate-papo, ao qual estariam presentes tamb�m diretores da Intel, da AMD e da HP-Compaq.

�A inten��o � dizia a not�cia da GloboNews.com � seria discutir sobre projetos de alta tecnologia e possibilidades de investimentos de empresas estrangeiras no Brasil.�

Ah�. Ent�o t�. Vamos at� fazer de conta que n�o reparamos na monstruosa gafe diplom�tica de Bill Gates de se adiantar � vontade popular brasileira expressa nas urnas. Mas n�o vamos, pelamordedeus, dormir no ponto! As inten��es de Bill Gates s�o sempre as melhores poss�veis... para a Micro$oft.

Ningu�m precisa de bola de cristal para saber o que ele queria com Lula. Uma das principais tarefas �digitais� do novo governo � a aplica��o dos recursos do Fust para a informatiza��o de escolas e �rg�os p�blicos. Estamos falando numa quantia de R$ 1,5 bilh�o, parte da qual s� n�o foi direto para a M$ gra�as aos esfor�os dos deputados Walter Pinheiro, do PT, e Sergio Miranda, do PCdoB, que conseguiram, a tempo, embargar a vers�o original do projeto. Defendida com grande vigor pelo Minist�rio da Educa��o (sobretudo depois da visita de Steve Ballmer ao Brasil), ela previa o uso exclusivo do Windows em todas as m�quinas.

Nada contra o di�logo com Mr. Gates. Acho, ali�s, important�ssimo que o presidente da Rep�blica converse, e muito, com o povo da �rea tecnol�gica. Agora, sinceramente, considerando-se a real natureza da proposta � a M$ n�o quer gastar dinheiro com o Brasil, quer ganhar dinheiro � ou algu�m tem alguma d�vida a respeito disso? � cabe a Mr. Gates pegar seu avi�ozinho, dar carona aos amigos e vir se encontrar com o cliente.

(O GLOBO, 28.10.2002)






Aten��o, gateiros!

O Causa Felina est� em novo endere�o, e com um novo template muito bonito! H� uns gatinhos lindos l� para ado��o, inclusive dois laranjas que s�o o focinho do Mosca...





26.10.02


VOTE!

J� que voc� est� aqui, aproveite para dar um clique pro Edney, que est� concorrendo ao iBest!

Eu n�o gosto do iBest, sou contra o iBest, mas adoro o Edney e acho o trabalho dele extremamente importante para todos n�s, blogueiros. Se voc� n�o est� ligando o nome � pessoa, ele � o respons�vel pelo excelente InterNey.net, onde mais de uma vez tirei d�vidas sobre problemas que me afligiam, e para onde encaminho quem me pede instru��es sobre como fazer um blog.

O InterNey.Net n�o precisa de nenhuma medalhinha ou selinho para provar que � bom: todo mundo sabe que ele � �timo. Mas acontece que h� uma grana vinculada ao iBest, e acho mais do que justo que ele, que tanto tem feito pela gente, receba algum pelo seu trabalho.

Eu j� dei o meu voto.

Vote voc� tamb�m!

Para votar no InterNey.Net

clique AQUI!

(Conhe�a a campanha do Edney)















Leiam!







Foto de Ivo Gonzales, involuntariamente cedida pelo GLOBO

Em resumo:

S�o 5h07 de s�bado, 26 de outubro, e finalmente tenho um tempinho para me sentar e escrever com calma. O caderno de segunda est� fechado, os gatos est�o alimentados e desmaiados em volta de mim, o hor�rio eleitoral gratuito acabou (gra�as a Deus!) e o debate j� foi ao ar. Enquanto isso prenderam o atirador em Washington, mataram os seq�estradores em Moscou e censuraram o Correio Braziliense. O que n�o falta ao mundo � enredo.

Gostei do debate. No come�o aquele ringue me pareceu meio estranho, mas logo achei a solu��o mais bem resolvida do que as cadeirinhas ou p�lpitos de praxe. Pelo menos, a movimenta��o dos candidatos e a plat�ia � sua volta permitiram a realiza��o de um programa de televis�o mais din�mico e interessante do que os sopor�feros debates habituais.

Pessoalmente, acho que Serra se saiu melhor do que Lula, mas a �nica diferen�a que isso faz, a essa altura, � dar � campanha de Serra, muito mal conduzida no segundo turno, um ponto final positivo. O que � importante: afinal, Serra � um homem digno, dono de uma bela biografia e de uma folha de bons servi�os prestados ao pa�s, coisa de que alguns petistas mais exaltados se esqueceram ao longo das �ltimas semanas.

Achei emblem�tico o abra�o final dos dois candidatos e me comovi com a cena que, para mim, representou o perfeito resumo desta longa (e bota longa nisso!) jornada c�vica. Enquanto a Fran�a, t�o politizada, teve que escolher entre o pior e o menos pior, e os Estados Unidos, t�o convencidos das suas pr�ticas democr�ticas, viram a elei��o levada no bico, n�s nos livramos de boa parte do entulho autorit�rio e chegamos � reta final com dois �timos candidatos.

Se n�o fosse a ex-primeira dama aqui e a possibilidade do Roriz l�, eu diria que caminhamos a passos largos em dire��o � civiliza��o. Como est�, caminhamos. O que j� est� de bom tamanho.

Por falar em Roriz: se eu estivesse tendo tempo para atualizar este blog como gostaria, voc�s teriam lido aqui, h� tr�s dias, um protesto radical contra a associa��o Rep�rteres sem Fronteiras -- para a qual, inclusive, fa�o um link a� ao lado, link esse que tive muita vontade de tirar do ar ao ler o relat�rio que classifica o Brasil em 54º lugar em termos de liberdade de imprensa, abaixo do Paraguai (32º) e de Uganda (52º).

A�, no dia seguinte, o Correio Braziliense sofre censura pr�via a mando do canalha que disputa o governo de Bras�lia. O link continua.

A essa altura, j� nem vale mais a pena falar neste caso lament�vel, a respeito do qual todo mundo j� falou, com o mesmo asco.

Mas eu ainda volto � quest�o do relat�rio da RSF que, Bras�lia � parte, � perfeitamente rid�culo. Ali�s, mesmo (ou talvez sobretudo) incluindo Bras�lia: o fato de todo o resto da imprensa brasileira ter protestado com a v�emencia com que protestou mostra que n�o estamos t�o mal assim em termos de liberdade de express�o.

N�o posso dizer nada a respeito da grande imprensa livre de Uganda, porque n�o tenho informa��es suficientes sobre o pa�s, que � l� longe e que a gente, realmente, desconhece. Pode ser que l� existam de fato belos e robustos jornais, boas esta��es de TV, centenas de emissoras de r�dio e dezenas de �timos sites de not�cias. Mas achar que a imprensa paraguaia vai melhor do que a nossa, sinceramente, me ofende como brasileira e como jornalista.

Por enquanto, deixo a palavra com o Luiz Garcia, que escreveu muito bem sobre isso.

Fui.





25.10.02

Sony Cli� PEGNX70V: aqui voc� v� o slot do Memory Stick, o olhinho da c�mera e o slot maior, embaixo, para um cart�o wi-fi

Enquanto isso, na Sony...

Num coment�rio, o Marcelo Norberto pergunta se eu j� tenho alguma informa��o sobre os novos Cli�s. Tenho sim, Marcelo; escrevi sobre eles no jornal, h� tr�s semanas, mas esqueci de trazer o texto para c�. A� vai:

H� toda uma nova gera��o de Cli�s! Eles foram oficialmente apresentados ao mundo no fim da semana passada, mas n�s est�vamos todos t�o eletrizados com as elei��es que nem percebemos. De qualquer forma, essas maravilhas s� chegar�o ao mercado (americano) no m�s que vem, para aproveitar o come�o da temporada de ca�a a v�timas natalinas. S�o lindas: veja a foto ali embaixo, ou v� at� o site da Sony para apreci�-las em demos 3D.

Com os novos modelos - sobretudo os topos de linha NX70V e NX60 - o meu NR70V, que por enquanto ainda � o � do borogod�, ficar� irremediavelmente defasado. Acontece que a nova gera��o chega com alguns detalhes poderosos. O primeiro, e mais importante: esses PEGs s�o WI-FI! Est� certo que esta � uma caracter�stica opcional, que custar� US$ 150 a mais ao usu�rio, mas � triste constatar que a irm� mais esperta da m�quina da gente pode passear pela internet, baixar emails, consultar o Google...

Outro detalhe: eles s�o os primeiros PDAs a chegar ao mercado usando o Palm OS 5, que tem maior capacidade multim�dia e traz recursos de conectividade. Eles rodam em processadores ARM de - segurem-se! - 200MHz! Pode, isso?! Em maquininhas desse tamanho?!

Ah, e sabem aquela pequena e esperta c�mera fotogr�fica embutida no "velho" Cli�? Pois bem, virou uma filmadora. Quer dizer, agora, al�m de fotos, o Cli� faz tamb�m filmes em MPEG. Num Memory Stick de 128Mb, cabem cerca de 60 minutos cont�nuos de v�deo, a 160 x 112 pixels - pouco, sim, mas estamos falando de um PDA, e n�o de uma super-VHS. Quanto �s fotos, a resolu��o dobrou, e elas podem sair em at� 640 x 480 - sem falar que a c�mera ganhou um zoom digital 2x. E o som: agora, ao inv�s de apenas tocar os MP3 que carregamos nele, o Cli� passa a ser tamb�m gravador, o que o transforma na m�quina dos sonhos de qualquer jornalista.

Esses handhelds v�m em duas cores, o cinza prata que j� conhecemos e um preto fosco que, a julgar pelas fotos, � tudo de bom; e um acess�rio para matar qualquer um do cora��o, uma base com alto-falante, para que possamos ouvir m�sica sem precisar usar os fones.

T�, n�o quero saber de mais nada! Algu�m quer comprar um Cli� NR70V em bom estado de conserva��o?

(Publicado no GLOBO em 07.10.2002)








Este � o meu nome, escrito em japon�s, segundo esta m�quina de transcri��o. � muito f�cil de usar: voc� digita o seu nome, clica e pronto, l� est� voc� em ideograma (s�o ideogramas, pois n�o?). Quem me mandou esta �tima dica foi a Andrea. Merci!



J� este a� em cima � o meu nome em hieroglifos. O sistema de convers�o � igual ao da maquineta japa, e a dica �, claro, do Matusca...





24.10.02


Descole Hiroshima

Quer ganhar um exemplar de "Hiroshima", de John Hersey? Ent�o escreva um textinho (entre 200 e 500 caracteres) e mande para o iG Ler, site de literatura do iG, at� o dia 5 de novembro. Dez exemplares ser�o distribu�dos entre os autores dos textos mais criativos. Vale o esfor�o: lan�ado pela Companhia das Letras h� cerca de um m�s, "Hiroshima" � a �ntegra da antol�gica reportagem de Hersey, publicada em 31 de agosto de 1946 na New Yorker.

Na �poca, a reportagem caiu como uma bomba (sem trocadilhos, please!) no mundo editorial americano. N�o apenas pelo impacto do texto de Hersey, mas tamb�m porque a New Yorker, consciente do peso do material que tinha em m�os, decidiu dar apenas esta reportagem na edic�o -- que sumiu das bancas em tempo recorde. Mais tarde publicada pela Knopf em forma de livro, "Hiroshima" n�o saiu de cat�logo nos EUA desde ent�o.

O pessoal do iG Ler informa: para se cadastrar, o internauta precisa acessar esta p�gina. Cada participante poder� concorrer com somente um texto. Os ganhadores ser�o conhecidos no dia 7 de novembro no site iG Ler.






Corra, Lula, corra!!!

Demorou: Bill Gates j� est� querendo se enturmar com Lula. Vale lembrar que nunca, jamais, em tempo algum, se soube de interesse de Bill Gates em conversar com algu�m que n�o fosse em intere$$e pr�prio...






Arghhhhh!!!

Estou viciada naquela paci�ncia spider que vem no XP.






Disque Piropo

Fala o Cat:

Que tal ouvir todo dia uma dica de inform�tica do meu famoso amigo B. Piropo, d'O Globo, falando em viva voz? Sim, pelo telefone, todo dia, um coment�rio novinho. No primeiro m�s � de gra�a. Se gostar, e eu sei que voc� vai gostar, passa ent�o a pagar a merreca de R$ 7 mensais, quase o pre�o dum sanduba. Voc� n�o come o sanduba, fica mais elegante, e ainda fica um pouco mais expert na arte dos bits e bytes. Tenho aprendido muito com o mestre e estou certo que voc� tamb�m vai aproveitar bastante. Al�m de emagrecer, � claro. Saiba mais acessando o site do servi�o. Sarav�!
(Carlos Alberto Teixeira)






A F� e as Montanhas

Augusto Monterroso


No princ�pio a F� removia montanhas s� quando era absolutamente necess�rio, e por isso a paisagem permaneceu igual a si mesma durante mil�nios.

Por�m, quando a F� come�ou a propagar-se e as pessoas come�aram a achar divertida a id�ia de mover montanhas, estas n�o faziam outra coisa sen�o mudar de lugar, e cada vez era mais dif�cil encontr�-las no lugar em que a gente as tinha deixado na noite passada: coisa que se percebe, criava mais dificuldades do que as que resolvia.

A boa gente preferiu ent�o abandonar a F�, e agora as montanhas geralmente permanecem em seu lugar.

Quando numa estrada acontece um desmoronamento debaixo do qual morrem v�rios viajantes � porque algu�m, muito longe ou por ali mesmo, teve uma ligeir�ssima reca�da de F�.

(A quem quiser saber mais sobre este fant�stico autor guatemalteco -- aqui em tradu��o do Mill�r -- ou ler outros textos dele, recomendo um pulinho ao Sub Rosa, da Meg.)





23.10.02


Bonitinhos...

Gatinhos vikings! Roubei do Boechat.








Folgado ele, n�? � o Hitch, do Xex�o...






Rosinha N�o! II, a Miss�o

O leitor Marco Bessa, um inconformado de Campos, RJ (sabe bem, pois, do que est� falando) mandou um link para seu site X� Rosinha!. L�, mant�m um interessante e seleto clipping do notici�rio sobre a governadora eleita do Estado do Rio.





22.10.02


Ta�, n�o � que faz sentido?

Acabo de receber um email de um amigo que � jornalista em Los Angeles -- onde, naturalmente, cobre a ind�stria cinematogr�fica. Vou tentar traduzir:

"Tenho uma teoria. Com que essa hist�ria do atirador se parece? Ora, com um filme da Paramount! Voc� saca -- um daqueles thrillers que seguem a velha f�rmula da Paramount, com Morgan Freeman, Tommy Lee Jones e Ashley Judd -- talvez James Woods no papel do vil�o.

Para resolver essa parada, voc� tem que pensar como roteirista. � porisso que os tiras ainda n�o o pegaram -- porque est�o pensando feito tiras. Mas o atirador est� desenvolvendo o seu roteiro como um filme: os ataques cada vez mais freq�entes e audaciosos, desafiando os policiais, brincando de gato e rato com eles, chegando ao supremo clich� da carta de tar�.

T� -- agora, como � que um roteirista faria o atirador desaparecer t�o facilmente depois de cada ataque, escapulindo onze vezes pelos buracos da rede? Ningu�m o v�! Ele se mistura com o background e some... Bom, ele se mistura com o background e some porque o atirador � um tira. Ou algu�m de dentro da engrenagem. � por isso que ningu�m o v�.

� assim que um roteirista escreveria essa hist�ria, n�o �? O atirador � um ex-tira ou um agente do governo recalcado -- o que tamb�m explica essa vontade que ele tem de conversar com a pol�cia e com as autoridades, em vez de ter procurado a m�dia diretamente com a sua "mensagem". S� um tira, ou um insider, trabalha assim.

Como � que acaba? Na televis�o. Os policiais -- que idiotas! -- est�o fazendo todas as coletivas ao ar livre. O atirador vai atacar durante uma dessas coletivas, transmitidas ao vivo pela TV. Este � o climax cinematogr�fico para o qual a coisa est� se encaminhando. Ou, quem sabe, ele faz uma besteira porque fica auto-confiante demais e a� � apanhado. N�o tenho certeza de qual desses dois finais vai ao ar, mas tenho certeza de que, para entender o atirador e prend�-lo, os caras v�o ter que pensar como roteiristas..."






Perguntar n�o ofende

Eu s� queria saber uma coisa: como � que um governo que n�o consegue pegar um atirador � solta no seu pr�prio quintal espera encontrar um Bin Laden l� do outro lado do mundo, onde n�o sabe sequer que l�ngua � falada?!






Carros fora

Existem poucas pragas t�o universais quanto o autom�vel: a humanidade conseguiu, em menos de um s�culo, poluir todas as suas paisagens e se tornar escrava de um dos objetos mais incongruentes, mals�os e daninhos ao visual das suas cidades. Quem j� esteve em qualquer cidade onde a entrada de carros � barrada e/ou imposs�vel sabe como � mais bonita e tranq�ila a vida nos centros urbanos sem carros. Quem n�o esteve, pode dar um pulo neste site e come�ar a sonhar com um mundo melhor. Especialmente recomendado para quem acaba de passar horas preso num engarrafamento...








Grande not�cia: o Andr� Arruda, fot�grafo da pesada e freq�entador ass�duo do internETC. (mod�stia � parte...) acaba de criar o seu pr�prio blog, o On Camera. A foto � s� para dar uma id�ia do trabalho do rapaz.

Bem-vindo ao time, querido Andr�!






B a R L o W F R i e N D Z

John Perry Barlow foi, durante muito tempo, meu �nico amigo republicano. N�o deixou de ser meu amigo, mas quando George W. Bush deu o golpe na Florida, deixou de ser republicano. Essas coisas s�o s�rias nos Estados Unidos, onde "fidelidade partid�ria" n�o � uma figura de ret�rica, mas um modo de vida. O av� e o pai dele foram deputados e senadores republicanos por Wyoming, um estado rural e conservador a mais n�o poder. Hoje Barlow se classifica como independente, porque tamb�m n�o quer ter nada a ver com os democratas.

Em termos existenciais, ele se considera um "dissidente cognitivo", seja l� isso o que for. � um ciberguru das antigas, e desde sempre combate o bom combate. No dia 11 de setembro de 2001, �s duas da tarde, quando o mundo ainda estava em estado de choque com o que acabara de acontecer, Barlow j� estava mandando uma das suas c�lebres circulares para o grupo que chama de B a R L o W F R i e N D Z, sugestivamente intitulada Remember the Reichstag.

Quase foi crucificado -- mas estava, como os fatos comprovam, coberto de raz�o.

H� uns dias ele mandou uma outra carta. O t�tulo n�o � menos sugestivo:

The American Republic is dead. Hail the American Empire. Or else.

Postei esta carta aqui, e recomendo enfaticamente a sua leitura aos angloparlantes.





21.10.02


Legal!

O Roger, do Ultraje a Rigor, tem um blog. Ali�s, muito bom, como direito a coment�rios e tudo.






Zeitgeist

O Houaiss diz que Zeitgeisto esp�rito de uma �poca determinada; a caracter�stica gen�rica de um per�odo espec�fico, mas eu prefiro a defini��o do yourdicttionary.com, um dos meus sites favoritos: general intellectual, moral, and cultural climate of an era, ou seja: o clima geral intelectual, moral e cultural de uma �poca. Uma esp�cie de "pulso das massas", por assim dizer.

Para quem quiser saber a quantas anda o Zeitgeist da internet anglo-parlante, existe uma ferramenta que, aposto, ainda vai ser a base de muita tese de mestrado. � o Google Zeitgeist.






Eu, hein...

Que bobagem! Mas � bem divertidinho...








Dudi, � claro.






Teatro

Fui ver de novo a pe�a do Bosco Brasil, Novas Diretrizes em Tempos de Paz. Dessa vez levei o Mill�r, que ficou t�o impressionado quanto eu j� havia ficado. Com tudo: texto, atores, dire��o, luz...

Hoje (isto �, ontem) o p�blico simplesmente n�o queria parar de aplaudir.

Maravilhoso.

Quero ver de novo.




Tenho essa mania: quando gosto muito de alguma pe�a ou filme assisto v�rias vezes. Meu recorde em teatro foi Piaf, de Pam Gems, que como dramaturgia nem era l� essas coisas. Acontece que quem fazia o papel principal era Bibi Ferreira. Eletrizante: a Piaf literalmente baixava na Bibi, nunca vi nada igual. Nem lembro mais quantas vezes vi a pe�a; na �poca eu estava meio em crise, e quando acabava o trabalho voava para o teatro.

A pe�a me fazia bem, e mais bem ainda fazia a Bibi, melhor conselheira sentimental do mundo. Depois do espet�culo fic�vamos conversando, �s vezes �amos jantar e era engra�ado, porque ela invariavelmente sa�a do Gin�stico com o vison que usava em cena e que n�o ia deixar dando sopa no camarim, e sapatos confort�veis, em contrapartida aos que usava no palco, quer dizer -- t�nis, havaianas, essas coisas.

Eu amo a Bibi.

PS: Roubei esta florzinha l� do Blowg... Voc� n�o fica chateada comigo n�o, fica, Marinex?





20.10.02


Murphy

T�. Foi s� eu quebrar a cabe�a durante a manh� inteira, pagar um upgrade pro blogspot*plus em d�lares! e escrever e salvar o texto abaixo como JPEG que esta porcaria voltou a funcionar.

ARGHHHHHHHHHHHH!

Fui!












19.10.02


Vasto mundo

Estou t�o apaixonada por esta lista que a Luciana fez, que n�o resisti e roubei para c�. Acho bom demais ver o mundo atrav�s desses blogs brasileiros...!

Ana Paula - Alemanha
Andrea - Alemanha
Bia e JB - Berlim, Alemanha

Jacqueline - Perth, Austr�lia
Lila - Sydney, Austr�lia

Cristiano - Winnipeg, Canada
Ileluska - Vancouver, Canada
Vicky - Victoria, Canada

Leo - Paris, Fran�a

Dirk - Utrecht, Holanda
M�rcia - Almere, Holanda
Silvia - Enschede, Holanda

Veca - Hong Kong, China

Jane - Londres, Inglaterra
Let�cia - Canterbury, Inglaterra
M�rcia - Dorset, Inglaterra
Ricardo - Londres, Inglaterra
Thiago - Londres, Inglaterra
Yami - Londres, Inglaterra

Adriana - Roma, It�lia
Anelise - Roma, It�lia
Cris - Verona, It�lia
Grazi - Turim, It�lia
Let�cia - Perugia, It�lia
Thiago - Floren�a, It�lia

F�bio - Jap�o
Hidetovisky - Jap�o
In�s - Hiroshima, Jap�o
Isamu - Jap�o
Lilian - Saitama, Jap�o
Rebeca - Shiga, Jap�o
Samira - Jap�o
Thales - Ogaki, Jap�o
Yasmin - Jap�o

Carol - Jord�nia

Aline - Washington, USA
Camilla - Illinois, USA
Carlos - Boston, USA
Chico - Tennessee, USA
Colombina - Houston, USA
Cristiane - New York, USA
Deisy - Boston, USA
Diego - Washington DC, USA
F�bio - New Jersey, USA
Fernanda - Calif�rnia, USA
Fernando - Baltimore, USA
Grazi - Fl�rida, USA
Helo�sa - Washington DC, USA
Jean - New York, USA
Leo - Arkansas, USA
Lila - Fl�rida, USA
Lux - Fl�rida, USA
Nemo - Washington DC, USA
Paula - Colorado, USA
Sandra - Fl�rida, USA
Sandra - Washington DC, USA
Tati - USA

Maria - Boden, Su�cia
Marina - Gotemburgo, Su�cia
Marinez - Lidkoping, Su�cia
Patty - Norrkoping, Su�cia







BLOG!






18.10.02


Quequ�isso?!

Acabo de ver a Odete Roitman no programa do Serra. Vem c� -- voc�s t�m certeza de que o Nizan n�o est� trabalhando pro Lula, n�o?!

Update, depois de ler alguns coment�rios: Gente, vcs n�o est�o entendendo o meu ponto, desculpem. O meu motivo de susto n�o tem nada a ver com pol�tica, tem a ver com comunica��o. Todos os candidatos usam atores (alguns at� demais); n�o � isso que vai fazer a minha cabe�a, nem � isso que deveria fazer a cabe�a de tantos milh�es de eleitores -- embora, lamentavelmente, elei��o neste pa�s (e suponho que em outros, tamb�m) tenha virado um imenso e biliard�rio show business. Mas isso j� � outra discuss�o.

Enfim. Eu sei que ator � uma coisa e personagem � outra, mas tamb�m sei o quanto atores e personagens se confundem na cabe�a das pessoas. Quando Jardel Filho morreu, eu estava por acaso em Caruaru (of all places!) com Walmor Chagas -- a quem, ali�s, ningu�m chamava de Walmor, mas s� de Wagner, seu personagem na novela. No dia seguinte, apareceram na feira milhares de camisetas com a cara do Jardel... pranteando "Heitor". Fiquei t�o impressionada que nunca mais esqueci esses nomes, Wagner e Heitor, embora n�o me lembre nem da data nem da novela.

Acontece que Beatriz Segall vai ser sempre Odete Roitman na imagina��o popular. Isso, ali�s, � um m�rito que n�o lhe pode ser negado: � preciso muito talento para fazer uma personagem t�o marcante. O pov�o pode nem saber que ela se chama Beatriz Segall, mas se lembra que ela foi Odete Roitman. Uma arqui-vil�, a encarna��o do mal. E, ao que eu saiba, ator que faz sucesso como vil�o dificilmente � chamado para fazer propaganda, a n�o ser em casos especiais. Isso n�o � discrimina��o, apenas elementar psicologia de massa (e de botequim).

Em outras palavras: ainda que ela fosse a Miss Simpatia da televis�o brasileira n�o serviria como cabo eleitoral. Simples assim.






Despertador urgente!!!

Olhem com quem vou estar fazendo uma palestra na semana que vem, �s... YIKES!!!... dez da manh�!!!!...

Vai ser muito, muito duro estar l� a essa hora -- e, sobretudo, dizer alguma coisa inteligente! O meu c�rebro s� pega (quando pega) depois das tr�s da tarde... :-(












Causa e conseq��ncia

O papo de hoje foi, como n�o podia deixar de ser, o tiroteio das madrugadas. E a conclus�o foi, como tamb�m n�o podia deixar de ser, �bvia: a Ben� est� acertando na repress�o ao tr�fico, ou os caras n�o estariam t�o revoltados.






Brasileiros soltos no mundo

A Luciana, do Colagem, que mora em Michigan (como o Paulinho), elaborou uma �tima lista de blogs escritos por brasileiros morando no exterior. Temos representantes nos lugares mais variados, da Jord�nia a Hiroshima, de Perth a Perugia, passando por Almere e Enschede, na Holanda, a Boden, Gotemburgo, Lidkoping e Norrkoping, na Su�cia.

� muito interessante ver o mundo atrav�s dos olhos desses blogueiros nossos irm�os, que est�o vivendo experi�ncias t�o diferentes. Nunca vou me esquecer de como foi divertido acompanhar a viagem que a Ca Mam Wong (que anda meio sumida) fez � China: uma das minhas melhores blog-experi�ncias.









A Identidade Bourne

Cinema � a maior divers�o

Um homem desmaiado (Matt Damon) � resgatado do mar por um pesqueiro italiano. Tem dois buracos de balas nas costas, o n�mero de uma conta sui�a numa c�psula implantada sob a pele e nenhuma id�ia de quem �, de onde veio, para onde vai ou qual � o sentido da vida.

Sua primeira parada �, �bviamente, o banco sui�o. L�, depois de descobrir que fala alem�o fluentemente, vai ao cofre e encontra as pistas que podem lev�-lo a algumas respostas: armas, dinheiro e uma meia d�zia de passaportes, entre os quais um brasileiro, que causou grande alvoro�o no cinema. Amn�sia, por�m, tem limite: nosso homem sabe que filme falado em portugu�s n�o d� tanta bilheteria quanto filme em ingl�s, e assim escolhe o que lhe diz que � Jason Bourne, um americano em Paris.

Ainda no banco, ficamos sabendo que suas habilidades n�o se restringem ao dom�nio de l�nguas estrangeiras e � correta avalia��o do mercado cinematogr�fico. Bourne � uma m�quina de matar avariada, conectada � CIA, que deve ser retirada de circula��o. Ele, por�m, n�o fica sabendo disso.

O que sabe � que tem que fugir e recobrar a mem�ria. Para isso, conta com a providencial ajuda de Marie (Franka Potente, de �Corra, Lola, corra�), com quem vai percorrer paisagens maravilhosas, executar fugas mirabolantes, diversos inimigos e alguns truques dignos dos melhores filmes de espionagem.

Como os velhos 007 da �poca de ouro, que n�o se levavam inteiramente a s�rio, �A identidade Bourne� (The Bourne Identity) � cheio de chutes maravilhosos. Bourne escala paredes, o Austin Mini de quinta que dirige deixa os carr�es da pol�cia na poeira, a CIA sempre sabe de tudo e todos os computadores que aparecem em cena funcionam perfeitamente.

Algo me diz que este � o primeiro filme de uma longa s�rie. Se os demais forem igualmente bons, que venham logo.





17.10.02


O baile agora tem som!







GUANABARA J�!

A discuss�o continua... agora em site pr�prio! Clique AQUI, e d� a sua opini�o.

Ah, sim: antes que algu�m comece a atirar pedras sem ao menos saber do que se trata -- ningu�m est� propondo a desfus�o via internet, OK? O que est� sendo proposto � discutir o assunto: vamos expor argumentos contra, a favor, muito antes pelo contr�rio.

Vamos mostrar que a internet pode ser o ve�culo ideal para um amplo debate c�vico, com espa�o democraticamente aberto a todas as correntes de pensamento.






Elei��es, ainda...

Acho que a vota��o maci�a do En�as n�o � s� um problema do sistema eleitoral. � tamb�m uma conseq��ncia imprevista do uso das urnas eletr�nicas, que n�o permitem o voto de protesto em candidatos n�o existentes, como o Cacareco ou o Macaco Ti�o. Ou algu�m duvida que, se ainda estiv�ssemos no velho sistema dos papeizinhos, o Seu Creysson n�o levaria de goleada? A diferen�a � que o Seu Creysson n�o iria para o Congresso, nem arrastaria consigo aquela fila de nulidades.

Como resolver a quest�o do voto de protesto com a urna eletr�nica? O voto em branco n�o � nada. O nulo �, eventualmente, um sinal de revolta contra o sistema como um todo, mas n�o especificamente contra os candidatos. Deveria haver uma sa�da para quem, n�o desejando votar em candidato algum em certas categorias, pudesse, ainda assim, lavrar o seu protesto de forma inequ�voca, sem precisar recorrer � figura mais grotesca do p�reo.

O Tom Taborda encontrou (para variar!) uma sugest�o curiosa em rela��o a isso. Vejam o que ele me escreveu:

Considerando que a maci�a elei��o do Eneias seja uma forma de voto protesto-cacareco, pego carona numa sugest�o que li faz tempos, publicada no People's Almanac #2 (1978), no interessante cap�tulo final. O leitor Ian McNett escreveu para a Harper's Weekly (Dec 15, 1975) sugerindo a institui��o do voto 'Nenhum dos Anteriores-NDA':

"Se os eleitores n�o gostassem dos candidatos oferecidos pelos partidos, votariam 'NDA'; se nenhum candidato ultrapassasse os votos 'NDA', haveria nova elei��o e os candidatos derrotados n�o poderiam concorrer novamente. Os partidos teriam que apresentar aos eleitores novas escolhas... Elei��es s�o caras. Os partidos n�o desperdi�ariam dinheiro submetendo candidatos duas vezes aos eleitores."

Transcrevi a id�ia que, � claro, teria que ser aperfei�oada.

Supondo-se que, digamos, um milh�o de eleitores do En�ias optassem pelo voto 'NDA', todos, literalmente TODOS os candidatos a Deputado Federal de S�o Paulo estariam impugnados e os partidos teriam que encontrar novos candidatos.

Na nossa m�quina de votar fica ainda mais f�cil a implementa��o, bastaria acrescentar o bot�o 'NDA', ao lado do bot�o 'Branco'.

Considerando que os que votam no 'Branco' pouco se importam com o resultado das elei��es (prerrogativa deles), os votos 'NDA' teriam for�a pol�tica, fosse a vota��o obrigat�ria (como � agora), ou facultativa.


Isso me lembrou uma outra id�ia, que o Mill�r defende h� tempos, que seria dar a cada eleitor o direito a dois votos por categoria: um a favor, o outro contra. Os votos contra seriam contabilizados e descontados dos votos a favor recebidos pelos candidatos, fazendo pesar nas elei��es n�o s� o �ndice de aprova��o do eleitorado, mas tamb�m o �ndice de rejei��o. Se um sistema assim estivesse funcionando no Rio, por exemplo, a garotinha Rosinha jamais teria sido eleita no primeiro turno.

�, eu sei que essas s�o id�ias que jamais ir�o em frente. Estou apenas pensando em voz alta.








Tempo, tempo, tempo

A cada ano, desde 1976, Diego e Suzy Goldberg, um casal argentino, fazem, no dia 17 de junho, uma fotografia da fam�lia. Primeiro eram s� os dois; em 1978, entrou em cena Nicol�s; em 1979, Mat�as; finalmente, em 1983, Sebasti�n.

Os 102 3 x 4 que mostram a evolu��o da fam�lia ao longo desses 24 anos formam um ensaio fotogr�fico simplesmente fascinante, publicado pela Zone Zero. J� h� links para essas imagens interessant�ssimas numa quantidade enorme de blogs. O Hiro, do Terceira Base, faz a t�pica observa��o masculina:

"Atente para o fato do cara quase n�o mudar e a esposa ter tido pelo menos uns vinte cortes de cabelo diferentes."

J� eu notei mais o vaiv�m de �culos e, sobretudo, o fato de que ela � daquelas sortudas que n�o engordam nunca... Se calhar, o vestido de noiva ainda cabe, oh c�us...





16.10.02


Rosinha um, Constitui��o zero

Artigo imperd�vel do Marcos S� Correa. Enquanto isso, num mundo perfeito...








� lindo o amor...







Porque estou onde estou
(em vez de estar onde deveria)

Este post deveria estar sendo feito de Nova York, onde, a princ�pio, eu deveria estar me preparando para ir a Rochester, logo mais. L� vai acontecer, na quinta-feira, um tech day da Xerox, ou seja, um dia em que a empresa abre seu centro de pesquisas para mostrar, para um pequeno grupo de jornalistas, o que tem no forno. � uma chance muito rara de conhecer laborat�rios, ver tecnologias que s� estar�o em uso dentro de meses (�s vezes anos) e de conversar com os cientistas que as est�o desenvolvendo.

Um tech day desses � a minha id�ia de parque de divers�es, de dia feliz, de ter acertado na loteria da vida. Escrevendo sobre tecnologia desde 1987, tive a sorte extraordin�ria de ter conhecido alguns dos principais laborat�rios do mundo, entre eles o PARC, da pr�pria Xerox, o Thomas Watson, da IBM, ou o Bell Labs, ent�o da ATT -- para ficar apenas nos mais conhecidos.

Estive uma vez tamb�m, h� muitos anos, neste mesmo Wilson Center for Research and Technology onde deveria estar hoje, e vi, ent�o, uma tecnologia que me deixou de queixo ca�do: um sistema de corre��o de cores para scanners que equilibrava, automaticamente, as cores perdidas daquelas fotos antigas que v�o ficando avermelhadas com o tempo. Hoje qualquer scanner dom�stico faz isso, mas o impacto de se ver uma coisa dessas em primeira m�o, conversando com quem a fez, � imbat�vel.

Ent�o, o que � que eu estou fazendo aqui?!

Estou pagando meu tributo � vit�ria da burocracia sobre o bom-senso, ao triunfo da paran�ia sobre a felicidade e � constata��o de que, �s vezes, realmente, certas coisas n�o s�o para ser. D�-se que os passaportes brasileiros s�o v�lidos por cinco anos, ao passo que os vistos para os Estados Unidos s�o v�lidos por dez. O meu visto, v�lido at� 2006, est� num passaporte que venceu em 1997, ao qual juntei, ent�o, o passaporte que venceu este m�s.

Ora, este singular documento cut-and-paste, tendo embora despertado, �s vezes, certa curiosidade na comunidade aduaneira, nunca me impediu de viajar para canto algum, nem de obter vistos para locais notoriamente dif�ceis, como China ou R�ssia. H�, espalhados em suas folhas, mais de vinte carimbos de entrada e sa�da dos Estados Unidos, muitos feitos dos atentados para c�. Mas, desta vez, pela primeira vez desde o fat�dico dia 11 de setembro, eu estava viajando tamb�m com um passaporte estalando de novo.

Na segunda-feira, devidamente munida de passagem e dos passaportes vencidos e novo, toquei para o Gale�o, um pouco atrasada, como sempre, mas feliz da vida. Na Linha Vermelha, engarrafamento monstro; mas o motorista, craque, cortou e costurou o que p�de e, ufa, consegui chegar a tempo ao aeroporto.

Por�m...

Sabem aquela mo�a que fica no come�o da fila, conferindo passagens e passaportes? Pois �. Desta vez era uma mo�a em c�mara lenta. Tirou o meu passaporte velho de guerra da capa, olhou, tornou a olhar, abriu todas as folhas. Reconhe�o que ele fica horr�vel, assim despetalado.

-- Um minutinho.

E sumiu, com passaporte e passagem. Voltou depois de v��������rios minutinhos.

-- A senhora n�o vai poder embarcar. Este passaporte est� mutilado.

-- Mas viajo com este passaporte, assim como est�, h� cinco anos!

-- Sinto muito. � o regulamento.

Voc�s acham que adianta argumentar com algu�m que p�e o regulamento antes do bom-senso? Percam as esperan�as! Gastei muito latim (e n�o pouco tempo) at� aparecer um funcion�rio que, depois de olhar para mim e para os passaportes, e de concluir que n�o represent�vamos grande perigo para a humanidade, liberou meu embarque. Mas a� j� se haviam passado mais de trinta minutos, e o check in estava fechado.

Fiquei com vontade de:

1) Estrangular a mo�a em c�mara lenta, que com tanto zelo cumpria o regulamento; e

2) Sentar no ch�o e come�ar a chorar.

Como nenhuma das alternativas resolveria o problema, fui, com a ajuda do pessoal da Varig, para o Terminal 1, tentar embarcar via Delta por Atlanta. Nada feito. V�o fechado, sem comida embarcada para um passageiro a mais (exig�ncia rid�cula da IATA) -- e, al�m disso, com um passaporte sem visto e o visto num passaporte todo rabiscado... Ah, sim, � verdade, fa�o anota��es na p�gina final: telefones de emerg�ncia, n�meros dos programas de milhagem, essas coisas -- nada que jamais tenha sido considerado pecado por quem quer que seja.

N�o era o meu dia.

Joguei a toalha, voltei para casa e, ontem de manh�, fui � luta da transfer�ncia do visto para o passaporte novo, que em circunst�ncias normais a assessoria de imprensa do consulado americano resolveria. A transfer�ncia � relativa; na verdade, trata-se de um visto novo, apenas menos complicado de se obter em fun��o da exist�ncia de um visto v�lido.

Come�ou, a�, a corrida contra o tempo. Agora n�o s�o mais aceitas fotos com �culos, e nas que eu tinha estou de �culos. A taxa para o visto s� pode ser paga no Citibank da Rua da Assembl�ia, que ignora solenemente a lei que obriga os bancos a n�o deixarem os clientes mais de 30 minutos na fila. Finalmente, quando cheguei ao consulado, suada e esfalfada, surprise!: o sistema estava ca�do.

T�.

H� um momento em que tudo conspira contra a gente; ou a favor, sabe-se l�. Ignorar tantos sinais do destino � temer�rio.

De modo que, em vez de tentar embarcar novamente (evitando a mo�a em c�mara lenta), deixei no consulado os passaportes, o comprovante da taxa e as fotos da m�quina de fazer mosntrinho. Preenchi os dois formul�rios mais rid�culos de todos os tempos -- planeja executar a��es terroristas em territ�rio americano? pretende levar drogas na bagagem? est� planejando algum seq�estro? -- e agora aguardo um visto v�lido num passaporte v�lido. Que prometo � Varig n�o mutilar e � Delta n�o usar como bloquinho de anota��es.

Trist�ssima de n�o ter ido ao meu tech day e irritad�ssima com o tr�nsito, as filas, a burocracia e os sistemas, fiz a �nica coisa que podia fazer.

Cortei o cabelo.

E pronto.





15.10.02


Algu�m tinha que fazer isso
por aqui...

Muito engra�ado! Acabo de esbarrar totalmente por acaso com duas velhinhas americanas que criaram um blog de conselhos sentimentais. Quer dizer: duas pessoas que dizem ser velhinhas, etc. etc. e definem o seu blog como "A coluna de conselhos de Agnes e Amelia, duas av�s que passaram a vida dando conselhos a seus filhos e netos e agora se prop�em a faz�-lo para voc�s."

� �bvio que as duas s�o figuras de fic��o, mas achei os conselhos que d�o sensatos e divertidos. O blog j� teve 195 visitantes. Acho que vai ser um sucesso.





14.10.02




Acabou de sair.
A tradu��o � minha.







Quando a arte a vida

Volta e meia a gente se pega dizendo que a arte imita a vida. Ou o contr�rio. Ou qualquer coisa assim: uma figura de ret�rica � qual se recorre na falta de melhores id�ias. Agora estou eu aqui embatucada h� horas, sem saber como definir a sensa��o que tive ao assistir a Novas Diretrizes em Tempos de Paz, porque o que vi no palco n�o foi bem uma imita��o da vida, mas antes a vida recontada -- e, para isso, n�o achei nenhum clich� que funcione.

Explico. Um imigrante europeu chega ao Brasil em 1946. A guerra acabou na Europa, mas a burocracia ainda n�o transmitiu ao inspetor da imigra��o as novas diretrizes em tempos de paz. Para aquela reparti��o p�blica, o imigrante vem de um pa�s inimigo, e depende �nica e exclusivamente do inspetor se poder� ou n�o ficar no pa�s. O inspetor faz uma proposta a Clausewitz, o imigrante: se ele conseguir lev�-lo �s l�grimas com suas lembran�as da guerra, pode ficar.

O detalhe � que, para criar Clausewitz, Bosco Brasil inspirou-se principalmente em duas pessoas: Ziembinski e meu pai. Como Ziembinski, Clausewitz � ator e vem da Pol�nia; como papai, aprendeu portugu�s antes de chegar aqui. Quando explica ao inspetor Segismundo (Tony Ramos, show) porque fala portugu�s, e o que pensa da l�ngua, Clausewitz usa as palavras que meu pai escreveu em Como Aprendi o Portugu�s e Outras Aventuras -- e que tantas vezes ouvi ao longo da vida, quando ele contava como veio parar no Brasil.

Tem mais. Dan Stulbach, o fant�stico ator que representa o imigrante, fez o dever de casa t�o bem que, volta e meia, Bia e eu nos surpreend�amos com as semelhan�as entre os dois. Que nem existem, a n�o ser pelas m�os expressivas, por um certo jeito de bondade e delicadeza e, diz a Bia, por algumas inflex�es no sotaque. Eu n�o sei dizer: nunca reparei que meu pai tivesse sotaque. Nisso, ali�s, tenho a mesma experi�ncia do Dan, filho de imigrantes poloneses, que s� se deu conta de que os pais n�o falam um portugu�s 100% casti�o quando come�ou a ensaiar.

Assistir a este espet�culo foi uma experi�ncia estranha, comovente e empolgante. Novas Diretrizes em Tempos de Paz � a melhor pe�a que vejo em muito, muito tempo. Que tenha soado t�o familiar � Bia e a mim � um pequeno milagre que s� n�s podemos avaliar, mas a qualidade impec�vel do texto, da montagem e dos atores � t�o evidente para todo mundo que, ontem, Tony e Dan foram aplaudidos de p� por uns dez minutos.

Tem sido assim sempre, todas as noites.

Em S�o Paulo, a pe�a concorre ao Pr�mio Shell em tr�s categorias: autor (Bosco Brasil), ator (Dan Stulbach) e ilumina��o (lind�ssima, do Gianni Ratto). A lota��o do teatro est� praticamente esgotada at� o fim da temporada, mas se voc�s correrem talvez ainda consigam lugar: eles t�m feito sess�es extra sempre que podem.

Novas Diretrizes em Tempos de Paz, dire��o de Ariela Goldmann -- Quinta, sexta e s�bado, 21h; domingo, 20h. R$ 25. At� 3 de novembro. Casa de Cultura Laura Alvim: Av. Vieira Souto 176, Ipanema, tel. 2247-6946.







A Felicidade � nossa espera

Esta carta foi enviada por uma amiga portuguesa ao Claudinho, do Circulando. Todos aos Correios, amigos! Afinal, quantas chances a gente j� teve de fazer a felicidade da Felicidade?

De: Filomena (Lisboa)

Venho assim de mansinho fazer-vos um pedido muito especial! Como todos sabem estive durante o m�s de Agosto em Timor. Estive a trabalhar em conjunto com os professores de uma escola t�cnica de Dili e tudo o que vos possa dizer n�o vai conseguir dar-vos uma id�ia (nem sequer aproximada) do que por l� vivi nesses 30 dias!

... Mas o que vos venho pedir hoje tem a ver com uma nova amiga que fiz em Timor, a Felicidade!

Felicidade Xavier fala bem o portugu�s mas tem alguma dificuldade na escrita e na leitura porque tem pouco acesso a livros, revistas... e tamb�m porque at� agora nunca teve oportunidade de escrever em portugu�s (fala e escreve a l�ngua indon�sia e o t�tum timorense e percebe alguma coisa de ingl�s).

Este ano vai iniciar uma etapa importante da sua vida, porque entrou na universidade. Vai fazer o curso de Rela��es Internacionais e, um dia, h�-de ir trabalhar para a embaixada de Timor em Portugal.

A Felicidade tem o sonho de vir conhecer Portugal [e, quem sabe, como os portugueses, descobrir o mundo sem fronteiras]; mas, dadas as circunst�ncias, esse sonho n�o se ir� concretizar nos tempos mais pr�ximos.

Vai da� lembrei-me de que pod�amos dar-lhe a conhecer o nosso Pa�s atrav�s de imagens, postais ilustrados!

Logo a seguir entraram voc�s em cena... porque assim, al�m de imagens, vai ter oportunidade de "conhecer" novos amigos. Boa id�ia, n�o acham?

J� que est�o todos de acordo s� falta mesmo dar-vos o endere�o da Felicidade:

Felicidade Xavier
"Casa Filomena de Assis"
Estrada das Madres
FATU-HADA
DILI
TIMOR-LESTE


Agora � s� escolherem uma imagem bonita da vossa regi�o, rabiscarem umas palavrinhas (em letra de imprensa, de prefer�ncia) mencionarem o meu nome (Filomena, est�o lembrados?) e podem ter a certeza que v�o fazer muito feliz uma pessoa que apesar de se chamar Felicidade n�o teve ainda muitas oportunidades de a sentir.

A minha amiga Felicidade perdeu muitos amigos, perdeu muitos familiares e, quando regressamos, chorou porque nos ia perder tamb�m... Eu tentei explicar que n�o era verdade, que apenas ia deixar de nos ver e que, pelo contr�rio, tinha ganhado v�rios amigos; mas acho que isso n�o a deixou muito conformada. Por isso, tenho a certeza que vai ficar imensamente feliz quando receber os vossos postais.

PS: claro que podem falar desta id�ia aos vossos amigos de outras regi�es do Pa�s, de outras partes do mundo... Vamos inundar o posto de correios de Dili de postais enviados pelos amigos da Felicidade!





13.10.02


Nesta rua, nesta rua
tem um bosque...











Primavera na Lagoa, hoje � tarde, by Bia.






Educa��o Open Source

OpenCourseWare: uma iniciativa sensacional do MIT, disponibilizando na web o piloto de um projeto de educa��o open source. Quer dizer -- em breve, todo o material de pesquisa e ensino do instituto estar� na internet, � disposi��o de quem queira utiliz�-lo. Gratuitamente.

-- Esperamos que a id�ia de compartilhar material did�tico se propague atrav�s de v�rias institui��es e crie uma rede global de conhecimento que melhore a qualidade do aprendizado e, conseq�entemente, a qualidade de vida no mundo inteiro, -- escreveu o presidente Charles M. Vest na p�gina de apresenta��o. -- Estamos abrindo este piloto ao p�blico para coment�rios e feedback. Ele cont�m uma amostra dos cursos do MIT, e oferece uma primeira prova do conte�do e do design do OCW. � medida em que formos trabalhando para chegar ao meio mais eficaz de fazer do OCW uma fonte de recursos valiosa para os que o utilizam, iremos acrescentando novos cursos, at� que virtualmente tudo o que temos no MIT fique dispon�vel.

Ta�: acho isso simplesmente emocionante.






Muito bom!

Freddy Bilyk, do 168 Horas, escreve para Duda Mendon�a e Nizan Guanaes. Imperd�vel -- sobretudo para os dois que, provavelmente, nem v�o tomar conhecimento das cartas. Pena.








As not�cias andam r�pido... e v�o todas pro baile!






Um break no trabalho...

Peguei este question�rio no Mostly Music; o Tom pegou ele da Elis.

1 - Que horas s�o?
R: 1:16
2 - Nome e apelido.
R: Cora.
3 - Quantidade de velas no teu �ltimo bolo de anivers�rio?
R: Uma, daquelas bem birutas... (he he he)
4 - Furos nas orelhas?
R: Sim.
5 - Tatuagens?
R: Nope.
6- J� foi � �frica ?
R: N�o.
7 - J� se embebedou?
R: N�o bebo...
8 - Amou tanto algu�m que chorou muito por ela/ele?
R: Uia...!
9 - J� esteve envolvido em algum acidente de carro?
R : H� tantos anos que nem lembro mais.
10 - Prefere pregos ou cachorros quentes?
R: Pregos; de prefer�ncia em Lisboa, � p�.
11 - Peixe ou carne?
R: Camar�o � peixe?
12 - Sprite ou Seven UP?
R: Guaran� Diet.
13 - Cerveja ou Champanhe?
R : Champagne (bom, eu n�o disse que nunca bebo...)
14 - Caf� ou ch�?
R: Caf�!
15 - O copo � metade cheio ou metade vazio?
R: Metade vazio.
16 - Len��is de cama lisos ou estampados?
R: Lisos. Ou com estampas bem delicadas.
17 - Cor das meias?
R: Discretas.
18 - Lugar onde te beijem?
R: Depende de quem beija...
19 - Feriado favorito?
R: Odeio feriados.
20 - Can��o que est�s a escutar neste momento?
R: Why Can't the English?, de My Fair Lady.
21 - Flor(es)?
R: Todas.
24 - Tom ou Jerry?
R: Garfield.
25 - Disney ou Warner Bros?
R: Pixar.
26 - Restaurante de comida r�pida?
R: Lamas.
27 - Quando foi a tua �ltima visita ao hospital?
R: No come�o do ano.
28 - De que cor � o carpete do teu quarto?
R: O piso � de cer�mica.
29 - Como chamava o teu ursinho de pel�cia?
R: Hmmm... ser� que eu tive ursinho? N�o lembro.
30 - Quantas vezes foi reprovado no exame de condu��o?
R: Uma. No psico-teste. (S�rio!)
31 - Como se v� daqui a 10 anos?
R: Dez anos mais velha, na melhor das hip�teses.
32 - De que pessoa recebeste este question�rio?
R: Do Tom, que pegou na Elis.
33 - Quem dos teus amigos vive mais longe?
R: Lynn.
34 - O melhor amigo?
R: Bia.
35 - Hora de Dormir?
R: O que � dormir?
36 - Quantas vezes deixas tocar o telefone antes de atenderes?
R: O tempo necess�rio pra secret�ria eletr�nica atender.
37 - O que tens debaixo do mouse do computador?
R: Quase sempre um gato que subiu na escrivaninha.
38 - CD?
R: MP3.
39 - Pior Sentimento do mundo?
R: Indiferen�a.
40 - Melhor sentimento do mundo?
R: Amor.
41 - O primeiro pensamento que tens ao acordar?
R: Mas j�...?!
42 - Se pudesse ser outra pessoa quem seria?
R: Katherine Hepburn, h� 50 anos. Ou um gato, sempre.
43 - O que � que tens debaixo da cama?
R : Gatos, claro. E em cima tamb�m.
44 - Que horas s�o?
R: 1:30.











12.10.02


Mil desculpas...

... � o que pe�o aos amigos a quem estou devendo emails, alguns h� s�culos, e que t�m sido anjos de paci�ncia com a minha falta de cortesia! Meninos, mil perd�es, mesmo, de verdade -- mas mal estou dando conta do trabalho! Embolou tudo! Prometo responder a todos, assim que terminar umas coisas $uper urgente$, OK?

Enquanto isso beijos, beijos, beijos -- e muito obrigada pela compreens�o e pela paci�ncia. Espero que voc�s n�o me cortem de vez dos seus caderninhos de endere�o...








Liga��es Felinas

Este � o Juca, no colo da Bia. Ele � filhote da gatinha da m�e do Rodrigo Belchior, e agora mora com a Patr�cia Kogut.












Blog!












11.10.02


Na mailbox do Globo

Acabo de receber. O leitor existe, por incr�vel que pare�a, e d� nome, endere�o, n�mero de telefone, o escambau...

"Recentemente cometi o erro de comprar cds piratas e um site de na internet, um grave erro! Um dos cds chegou defeituoso e quando reclamei algum tempo depois, me responderam com palavr�es e duvidaram que eu tivessee feito o pedido. Ser� que n�o h� nada que se possa fazer contra estas empresas ilegais que atuam na internet?"






Quem v� piercing n�o v� cora��o

Meu primeiro homem

Eu n�o tenho id�ia de que tradu��o daria a �My first mister�, t�tulo original deste filme � mas certamente n�o seria �Meu primeiro homem�, que n�o tem nada a ver e, ainda por cima, d� uma id�ia completamente errada da hist�ria.

O �mister� em quest�o � Randall (Albert Brooks), de 49 anos, um sujeito t�o arrumadinho e quadrado quanto as roupas da loja para executivos em que trabalha; e quem se refere a ele � Jennifer (Leelee Sobieski, a Ruby da �Casa de vidro� � irreconhec�vel), de 17 anos: dark, tatuada, descabelada e desencantada, cheia de piercings, uma esp�cie de Clarah Averbuck de celul�ide (Clarah, para quem n�o sabe, faz o �timo blog Brazileira!Preta). Duas pessoas completamente diferentes, certo?

Nem tanto... Quando os dois se encontram pela primeira vez no shopping elegante onde ela vai procurar trabalho, a rea��o de Randall � previs�vel: ele fica horrorizado com aquele ser estranho, que obviamente n�o tem lugar no seu mundinho bem arrumado, e a p�e da porta para fora. Mas ela n�o vai muito longe: senta-se desconsolada num banco do lado de fora, onde ele pode observ�-la com mais cuidado, e perceber que h� uma coisa qualquer que o atrai naquela garota esquisita � e ele lhe oferece um emprego no estoque, onde ela pode ficar convenientemente escondida dos seus clientes conservadores.

� a partir da� que vamos descobrindo que, apesar das apar�ncias, Randall e Jennifer t�m, no fundo, muito mais em comum do que se poderia pensar � primeira vista. Os dois s�o pessoas carentes e solit�rias, sem amigos, bem menos auto-suficientes do que gostariam de ser. Logo tornam-se �ntimos e, aos poucos, as caracter�sticas de um atuam sobre o outro, na converg�ncia poss�vel entre realidades t�o diversas: ela vai ficando menos agressivamente g�tica, ele menos obsessivamente bem-comportado � e algo mais do que uma bela amizade come�a a surgir na tela.

Estamos diante de dois tremendos atores mas, infelizmente, tamb�m de uma diretora (Christine Lahti, vencedora do Oscar de melhor curta em 1996, por �Lieberman in love�) que, talvez inibida pelo clima politicamente correto dos Estados Unidos, n�o ousa levar um tema ainda tabu �s suas �ltimas conseq��ncias.

Jennifer ama Randall e Randall ama Jennifer, mas...

Pronto, pois �, l� vem aquela conjun��o adversativa que estraga tudo! A mo�a � dimenor, e conv�m n�o dar ao enredo a sua conclus�o l�gica. � a� que a f�rmula, t�o perfeitinha at� o momento, desanda como um sufl� que teve um encontro fat�dico com uma corrente de ar: o filme d� uma virada dram�tica, n�o s� inesperada como desnecess�ria, e passa a manipular descaradamente os sentimentos do espectador. Que pena � e que bobagem! Teria sido t�o mais divertido e interessante assistir a um final diferente, a uma verdadeira com�dia rom�ntica... Do jeito que �, �Meu primeiro homem� est� mais para trag�dia rom�ntica, se � que isso existe. Ainda assim, � melhor do que a m�dia do que se v� por a�, e vale o ingresso.

(Megazine, O GLOBO, 09.09.2002)






10.10.02


Dirig�vel

Pessoal, antes de detonarem o dirig�vel que d. Rosinha vai desativar, leiam o que o Xico Vargas escreveu:

"O Rio de Janeiro enterrou nas urnas o projeto de seguran�a p�blica mais pr�ximo do ideal com que um dia sonhou. Com ele, em poucos meses de um governo de pen�ria financeira, Benedita botou no xadrez um punhado de traficantes, fiscalizou vazamentos de �leo na ba�a de Guanabara, mediu as invas�es nas reservas florestais da cidade, mapeou os pontos de venda de t�xico dos morros e, pela primeira vez, reuniu num s� lugar todas as informa��es que interessam � seguran�a do estado. De quebra, materializou no combate ao crime as duas teses que nos �ltimos anos mais criaram discuss�o e arrepio quando sugeridas: a participa��o das For�as Armas e a unifica��o das pol�cias.

Fez isso com um programa chamado Olho no c�u, cuja ponta mais vis�vel � o dirig�vel Pax Rio, que 18 horas por dia sobrevoa um c�rculo com raio de 60 quil�metros sobre a cidade. Na verdade, o olho n�o est� no c�u, mas em terra. No pr�dio da secretaria de Seguran�a, numa sala oculta sob a sigla Cosi � Centro de Opera��es de Sistema Integrado. Ali, monitores de TV, computadores e equipamentos de r�dio e telefonia recebem, transmitem e processam todas as informa��es e provid�ncias sobre seguran�a dispon�veis no estado." O resto est� aqui.






T� tudo dominado

Acabar com o dirig�vel... desativar os bloqueadores de celulares nos pres�dios... e ela ainda nem tomou posse.

(Mas tamb�m pode ser uma estrat�gia para aumentar o �ndice de religiosidade no estado! A essa altura, j� tem at� ateu rezando.)






Retrato falado j� era...

Agora o lance � o retrato montado: � muito gozado, mas prepare-se para perder um bom tempo por l�... � um brinquedinho viciante!






Blog!







Consulta �s bases

PessoALL, por falar em KaZaA: estou tendo um problema esquisito com o Lite: est� quase imposs�vel baixar uma m�sica completa, de ponta a ponta, apesar de conseguir boas velocidades de conex�o. Ao mesmo tempo, a galera tamb�m est� tendo dificuldades de subir m�sicas daqui. Nesta m�quina estou rodando XP, e tenho uma conex�o Velox.

Pergunto:

-- Isso tem sido geral?
-- Algu�m tem alguma dica de configura��o?
-- Ainda n�o experimentei o Xolox nem o MediaSeek, algu�m j� usou? Que tal?
-- Algu�m tem sugest�o legal al�m do KaZaA Lite ou do WinMX?





9.10.02


KaZaA, o inating�vel

Notinha descaradamente roubada do Cat:

Segundo o New York times, depois de matar o Napster, a RIAA (Recording Industry Association of America) est� processando o KaZaA. Mas a galera est� morrendo de rir, pois o KaZaA est� ao mesmo tempo em toda parte e em lugar nenhum.. A firma distribuidora, a Sharman Networks, est� constitu�da em Vanuatu, uma ilha no Pac�fico Sul, sendo gerenciada a partir da Austr�lia. Os servidores ficam na Dinamarca e ningu�m encontra a equipe de desenvolvimento. Como n�o d� para aplicar a lei americana al�m das fronteiras, perduram os impasses das jurisdi��es e das soberanias. E, nesse meio tempo, a turma faz a festa. (Carlos Alberto Teixeira)






Pega ladr�o!

Roberto Berliner manda avisar:

--- corte aqui ---


Meu IBOOK foi roubado, � um IBOOK GRAFITE, G3, SE 300 esta cheio de arquivos relativos a TV ZERO.

Tem instalado o software do VISOR (PALM), Sistema MAC OS 9.1, e programas b�sicos.


--- corte aqui ---


Se algu�m souber de algum malandro vendendo um IBook duvidoso, por favor entrem em contato com a rapeize de l�. Essas coisas s�o revoltantes.

(T� no Chacundum)






Vamos partir pra outra?

Caramba, como rendeu este papo! Ap�io a id�ia do Cremilson, de criar um site para que a discuss�o sobre a fus�o (ou desfus�o) fique no ar; no mais acho que, para um �nico blog, o debate foi de �timo tamanho.

Para mim, uma coisa muito positiva foi descobrir como a galera mais nova, que n�o tinha uma id�ia clara do que aconteceu em 1975, passou a se interessar pelo assunto e a tomar posi��o. Contra ou a favor, mas mais consciente, afinal, de um epis�dio da Hist�ria recente do Brasil.

Como uma esp�cie de ponto (n�o final, porque desconfio que isso ainda vai dar panos pras mangas mesmo aqui no blog), fica a tabela que a Andrea Helena e o Giovane Quintaes, do IETS (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade) fizeram, com dados da PNAD/IBGE, comparando a propor��o de pobres entre o estado e a regi�o metropolitana do RJ.

"Criamos uma tabela resumo, -- escreveu a Andrea. -- Mas seguem todos os indicadores originais para qualquer confer�ncia. Os dados foram rodados no SAS (Statistical Analisys System). Os n�meros n�o mentem jamais e s� ratificam o teu coment�rio de que 'a maior parte da popula��o de baixa renda do estado mora na �rea metropolitana do Rio'. Pe�o-te apenas que n�o fa�as nenhuma compara��o com os dados do ano de 2001, porque a pondera��o � diferente (devido ao Censo). O melhor � olhar os n�meros at� 1999."

Para quem quiser ir nos n�meros, a tabela est� aqui (na janela de di�logo, cliquem em abrir), e acho que acaba de vez com a falsa percep��o, que alguns tiveram, de que a desfus�o seria um movimento de ricos versus pobres, chiques versus bregas. A gente nem precisa ir t�o fundo: a Rocinha, que � possivelmente a maior favela do Brasil, fica logo ali, em S�o Conrado -- e n�o podia ser mais carioca.

E vamos em frente, que atr�s vem gente.






Pra quem ainda acha que essa discuss�o � nova...

Saudades da Guanabara

(Moacyr Luz, Aldir Blanc e Paulo C�sar Pinheiro)

Eu sei
Que o meu peito � lona armada
Nostalgia n�o paga entrada
Circo vive � de ilus�o (eu sei...)
Chorei
Com saudades da Guanabara
Refulgindo de estrelas claras
Longe dessa devasta��o (...e ent�o)
Armei
Pic-nic na Mesa do Imperador
E na Vista Chinesa solucei de dor
Pelos crimes que rolam contra a liberdade
Reguei
O Salgueiro pra muda pegar outro alento
Plantei novos brotos no Engenho de Dentro
Pra alma n�o se atrofiar (Brasil)
Brasil, tua cara ainda � o Rio de Janeiro
Tr�s por quatro da foto e o teu corpo inteiro
Precisa se regenerar
Eu sei
Que a cidade hoje est� mudada
Santa Cruz, Zona Sul, Baixada
Vala negra no cora��o
Chorei
Com saudades da Guanabara
Da Lagoa de �guas claras
Fui tomado de compaix�o (...e ent�o)
Passei
Pelas praias da Ilha do Governador
E subi S�o Conrado at� o Redentor
L� no morro Encantado eu pedi piedade
Plantei
Ramos de Laranjeiras foi meu juramento
No Flamengo, Catete, na Lapa e no Centro

Pois � pra gente respirar (Brasil)
Brasil
Tira as flechas do peito do meu Padroeiro
Que S�o Sebasti�o do Rio de Janeiro
Ainda pode se salvar

(Gravado pelo Moacyr Luz no CD Vit�ria da Ilus�o)






Crivella

Tirei a msg do Crivella daqui porque, nos coment�rios, a quest�o inicial (fus�o ou desfus�o) foi deixada de lado, e come�ou a dar lugar a uma verdadeira guerra religiosa. A� n�o d�. Acho que cada um deve se entender com Deus � sua maneira, e deixar que os outros o fa�am tamb�m. E pronto.





8.10.02


Show de bola!

Cheguei de S�o Paulo ainda h� pouco, e s� agora terminei de ler todos os coment�rios. Agrade�o, em primeir�ssimo lugar, ao Cremilson, que foi um fabuloso moderador: sempre calmo, bem informado, dando uns toques quando necess�rios mas, no mais das vezes, dando sobretudo uma bela aula de hist�ria e de civismo. E agrade�o tamb�m a todos os que contribu�ram para o debate construtivamente.

Com construtivamente quero dizer que trouxeram argumentos: contra, a favor, muito antes pelo contr�rio. Acho que o saldo dessa discuss�o est� sendo extremamente positivo, nem que seja para demonstrar que, quando a gente se expressa com civilidade e cortesia, pode ir bem longe, ainda que tenha pontos de vista radicalmente opostos.

A quest�o da fus�o pode n�o ser o mais importante dos temas na agenda nacional, mas �, acreditem, um espinho atravessado na garganta de todo mundo que, um dia, foi carioca ou fluminense. Um espinho que nos foi cravado na goela por um sistema totalit�rio, e que a sociedade civil nunca pode estudar, debater, analisar. Muito menos arrancar de onde est�.

� poss�vel at� que seja tarde demais para isso, e que esta seja uma m�goa (porque �, sim, uma grande m�goa para quem viveu aquela �poca) que a gente tenha que carregar para sempre. N�o ser� a menor, nem a �nica. Mas at� para p�r isso em panos limpos � preciso que a gente tire o assunto da gaveta, espane, d� opini�es.

Alguns pontos que acho importantes:

N�o foi � toa que o assunto nasceu da vit�ria daquela senhora. Sim, � prov�vel que, se a Benedita tivesse sido eleita, nenhum de n�s que mantemos blogs no que era o Rio pens�ssemos sobre o assunto justo agora; por outro lado, o que estariam dizendo os blogs do antigo Estado do Rio, onde a sua (dela) vota��o foi avassaladora?

O fato de estarmos de luto e inconformados com o resultado das elei��es (eu, pelo menos, estou) n�o quer dizer que a gente n�o aceite este resultado. Ningu�m aqui falou em impugnar as elei��es, ou em detonar a pseudo-teocracia a que estaremos sujeitos daqui pra frente: isso sim, seria anti-democr�tico.

Agora, faz parte do jogo aceitar tamb�m a grita dos descontentes, ora! N�o � porque a maioria elegeu aquela senhora que vou mudar de opini�o a respeito dela, do seu marido e do que eles representam em termos de retrocesso para todos n�s. Chama-se a isso jus esperneandi, ou seja, o direito de espernear.

Que � o que eu vou ficar fazendo pelos pr�ximos quatro anos...






Ah, sim:

Este � um blog de id�ias. Entrem, digam o que quiserem, agora, se n�o for pedir demais, identifiquem-se, por favor. Ou, no m�nimo, deixem um email v�lido. � apenas uma quest�o de boa educa��o, justi�a e igualdade: afinal, o meu nome, o meu email e a minha URL est�o a�... N�o estou escondida atr�s de pseud�nimo nenhum e, sinceramente, gostaria de saber com quem estou falando. Valeu!

Update: Olha, gente, falando s�rio -- vamos evitar baixar o n�vel! Argumentos contra e a favor da fus�o existem aos montes. Ningu�m precisa entrar xingando ningu�m, at� porque discuss�o que se ganha no berro n�o se ganha. Um m�nimo de educa��o � bom, e n�o mata ningu�m.






Recado pro Mr. Manson

N�o se trata de achar que uns s�o "burros"e outros "inteligentes" (a menos que voc� ache que quem escolhe Cesar Maia e Conde como prefeitos � inteligente; al�m disso, a �rea correspondente � antiga Guanabara tamb�m elegeu Rosinha); nem de achar que cariocas sabem votar, e fluminenses n�o. Mais provavelmente, como observou o Jos� Fernando, uma desfus�o daria � teocracia agora vigente no estado duas m�quinas pol�ticas para administrar, em vez de uma s�.

O que a gente est� discutindo aqui n�o � um separatismo ga�cho que quer cair fora do Brasil; � uma quest�o que vem de longe, desde quando os militares criaram a fus�o na marra para dobrar as resist�ncias da ent�o Guanabara, tradicionalmente oposicionista. Essa fus�o esvaziou politicamente, ao mesmo tempo, o Rio e Niter�i, que era, ent�o a capital do estado do Rio.

Sinto, Manson, mas cariocas e fluminenses tinham muito pouco em comum culturalmente. N�o que fossem uns melhores e outros piores, ou vice-versa; eram diferentes, mesmo. Indo e vindo entre Friburgo e Rio vivi isso a vida toda. Achar que um eventual plebiscito para saber da popula��o o que acha de algo que lhe foi imposto durante o regime militar e depois se varreu pra baixo do tapete n�o � anti-democr�tico ou elitista, pelo contr�rio. Seria discutir pela primeira vez, com alguma seriedade, uma heran�a do mesmo entulho autorit�rio que demoliu o Pal�cio Monroe.

O que � pode acontecer? Ou a galera diz sim, ou diz n�o. Mas se discute! Se abre a quest�o! Mais preconceituoso � achar que qualquer revis�o da fus�o � preconceituosa e elitista, at� porque n�o �: se voc� prestar aten��o, vai ver que, possivelmente, a maior parte da popula��o de baixa renda do estado mora na �rea metropolitana do Rio.






Meu Deus! Ainda tem tr�s cinco pessoas por aqui?! Chega de computador, gente, vamos dormir! Eu fui: pra quem fica, tchau!








Para rir um pouco

Eu sei, eu sei -- � dif�cil rir numa hora dessas. Mas esse blog, mod�stia � parte, tem uns leitores �timos! Vejam s� o que eu pesquei l� no homeminvis�vel:

Enquanto isso, na F�rmula 1, os dirigentes das equipes que perdem querem carregar com pesos os carros da Ferrari, para torn�-los mais lentos e equilibrar os campeonatos. Se n�o der certo, ancorar�o os carros no grid de largada, depois os for�ar�o a largar com apenas 3 pneus, colocar�o nos carros um patroc�nio da TAM, de modo a aumentar a probabilidade de defeito. E se tudo isso ainda falhar, far�o com que Shumacher e Rubinho recebam ao mesmo tempo a ordem de deixar o outro passar, causando confus�o mental nos pilotos, da qual todos os outros se aproveitariam para ultrapass�-los.

Se tudo isso ainda falhar, talvez eles recorram a uma medida mais dr�stica: trabalharem com mais compet�ncia para tentarem alcan�ar os Ferrari. Mas isso j� seria trapa�a demais, claro.
(Jos� Ant�nio Fernandes)






N�o beba Coca-Cola!

Chamando todos os blogues!

A Coca-Cola foi em cima da mo�ada do Cocadaboa, obrigando-os a mudar o logo e a suspender a venda de qualquer item com o logo antigo. Que atitude pat�tica! Que falta de senso de humor! Al�m de prestar solidariedade � turma de l�, podemos fazer tr�s coisas:

1) Comprar correndo uma camiseta para que eles n�o fiquem com o estoque encalhado;

2) Reproduzir o logo deles nos nossos blogs com links pra l�: o que � que a Coca-Cola vai fazer, processar todo mundo?; e

3) Claro, deixar de beber Coca-Cola, ou produtos da Coca-Cola, imediatamente.

Que bando de man�s, essa Coca.

Update: Escrevi este post hoje de madrugada, antes de ler o coment�rio do Mr. Manson. Em que pese ele me achar gentinha, isso aqui continua valendo.






H� algum pol�tico na casa?

Como � que n�s poder�amos levar adiante a id�ia de estudar a s�rio a quest�o da fus�o e da desfus�o, apresent�-la � popula��o, ouvir e considerar todos os aspectos contra e a favor e fazer um plebiscito? Como se fazem essas coisas na vida real?

� legal a gente poder debater isso nos blogs, mas melhor ainda seria, de fato, p�r essa quest�o na mesa, nos jornais, na Assembl�ia Legislativa e no Congresso Nacional. Afinal n�o h� nada que impe�a estados de se dividirem em dois, como foi feito h� relativamente pouco tempo com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e Goi�s e Tocantins.

Passei minha inf�ncia dividida entre Rio e Nova Friburgo, onde meus pais tinham casa. Nossos vizinhos, l�, eram de Niter�i. Me lembro como ficamos todos, sem exce��o, indignados com a fus�o -- os adultos porque percebiam bem as implica��es pol�ticas da hist�ria, n�s crian�as e jovens por orgulho regional ferido. Repetindo o que acabei de escrever num coment�rio l� embaixo, o esp�rito da cidade do Rio de Janeiro n�o tem nada a ver, e nunca teve nada a ver, com o resto do estado.

Isso sempre foi amplamente reconhecido por todos os lados envolvidos na quest�o. Os fluminenses se sentiram t�o injuriados em virar cariocas quanto os cariocas fluminenses.

E n�o � que os cariocas n�o errem em elei��es, e n�o fa�am tamb�m as suas besteiras. Fazem sim, e das grossas. Mas a quest�o � a seguinte: se a cidade elegesse (como j� elegeu) um Cesar Maia, digamos, azar o seu. Pagaria pelos seus pecados. O que n�o est� direito, e est� deixando todo mundo inconformado, � ter que pagar pelos pecados dos outros.





7.10.02


Desfus�o: Cremilson explica

Pesquei nos coment�rios. Cremilson Luiz mandou muito bem!

A desfus�o n�o � separatismo puro e simples...

A fus�o foi um dos �ltimos entulhos autorit�rios de nossa hist�ria recente, montada para encilhar o eleitorado carioca, por tradi��o, progressista e vanguardista. Foi o atalho encontrado para manobrar a cidade-estado, via currais formados no interior.

S� queremos a cidade de volta. Mais nada...

S� queremos o direito de saber se os cariocas - como um todo - concordaram com o que nos foi imposto em 1975 e continuam donos da mesma opini�o.

E, podes crer, economicamente � mais vantajoso pro Estado do Rio do que para n�s, mas mesmo assim, acredito que � uma solu��o sim...








Enquanto isso, os Estados Unidos aperfei�oam o seu sistema de urnas eletr�nicas para as pr�ximas elei��es...








Lembram do Estado da Guanabara? A Andrea Helena acaba de me mandar a nossa bandeira e o nosso hino. Maiores informa��es aqui.

CIDADE MARAVILHOSA

Andr� Filho

Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa, cora��o do meu Brasil

ber�o do samba e das lindas can��es,
que vivem n�alma da gente.
�s o altar dos nossos cora��es
que cantam alegremente.

Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa, cora��o do meu Brasil

Jardim florido de amor e saudade,
Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade,
Ninho de sonho e de luz

Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa, cora��o do meu Brasil

Ref.: Lei n. 5, de 25.08.1960; Lei n. 488, de 27.10.1964


J� o Pedro D�ria mandou isso:



T�, gente. Eu sei que n�o � exatamente uma solu��o. Que h� outras sa�das mais vi�veis, como voto distrital, por exemplo. Mas fica aqui como desabafo. E uma id�ia. Talvez n�o seja exatamente uma solu��o, mas... como lembrou o Pedro, no coment�rio menos pessimista -- ambos abaixo da proposta do Cremilson -- talvez esteja na hora de come�armos a discutir isso a s�rio.













Help!

Algu�m tem o s�mbolo do antigo Estado da Guanabara? Em tendo, poderia mo (ha!) enviar? Agrade�o!






Bem...

Os americanos elegeram o Bush; os franceses tiraram o Jospin do p�reo... ser� que serve de consolo, ou s� piora a situa��o?

(Esta �, claro, uma pergunta ret�rica. N�o precisa de resposta. N�o pode haver nada pior no (e para o) mundo do que Goerge W. Bush.)






Apoiado!

Estou com o Cremilson Luiz, do P� Sujo, que escreveu este coment�rio l� embaixo:

"Tou lan�ando o movimento desfus�o j�! Quero o estado da Guanabara de volta!!! Ou vcs acham que n�s teri�mos, normalmente, eleito esses cancros pol�ticos (crivela, garotinho, rosinha, etc...) se estiv�ssemos sozinhos?! Ao estado do Rio, os royalties do petr�leo, aos cariocas, a Cidade de S. Sebasti�o!!!"

� isso a�.






A festa dos pequeninos

Ainda em clima de exalta��o c�vica, usu�rios e desenvolvedores de aplicativos para handhelds - os populares Palms ou PDAs, conforme o gosto do fregu�s - re�nem-se hoje e amanh�, em S�o Paulo, para a segunda edi��o do PDA Show & Conference 2002. Como diz o nome, este � um encontro que celebra os pequeninos, os micrinhos de m�o que, aos poucos, tornaram-se ferramentas indispens�veis na nossa vida digital. S� para dar uma id�ia: segundo um estudo divulgado pela Dataquest, o mercado de computadores de m�o ter� um crescimento de 14,6% at� o final de 2002, na Am�rica Latina. Considerando-se a situa��o econ�mica da regi�o, e o adiantado do ano, � coisa paca.

De acordo com os organizadores, o PDA Show 2002 ser� um "evento ecum�nico", aberto a todas as plataformas e sistemas operacionais. Misturando palestras t�cnicas com depoimentos de heavy users (entre os quais a vossa colunista), o PDA Show ser� palco de lan�amentos de programas e produtos. Os mais esperados s�o a s�rie H3900, da HP, e o Zire, mais novo membro da fam�lia Palm.

Por falar em Palm, ali�s, tamb�m de acordo com a pesquisa Dataquest, a empresa verificou um aumento em sua participa��o de mercado na AL de 59,2%, no segundo trimestre de 2001, para 68,4%, no trimestre passado. O estudo revela ainda que concentram-se no Brasil cerca de 31% das vendas de PDAs na regi�o. Se a gente acrescentar a isso as maquininhas que v�m clandestinas na bagagem de quem viaja...

O PDA Show & Conference 2002 vai ao ar das 9h �s 19h, Hotel Sofitel S�o Paulo (Rua Sena Madureira 1.355, Ibirapuera). A entrada � franca e, para participar, basta se cadastrar pelo site. Maiores informa��es sobre as palestras podem ser obtidas no site, ou pelo telefone (011) 3224-0053, com a Camila.

Ah, sim: eu vou falar na ter�a, �s 15h, sobre a minha rela��o rom�ntica com o Cli� NR70. O t�tulo da palestra � "Vida a dois".






ARGHHHHHHHH!!!

Ontem (quer dizer, hoje) fui dormir �s cinco, toda feliz, pensando no embate Rosinha x Ben�, e no que a gente poderia fazer para o segundo turno.

Acordei ao meio-dia, com a Bia me telefonando l� da Caras me dando a not�cia em que n�o acredito at� agora.

Eu sei, t� l� no site do jornal.

At� j� vi aquela coisa falando na televis�o.

Com aquele marido, e aquele vice.

Continuo n�o conseguindo acreditar.

A gente n�o merece.






SEM PALAVRAS








Para Lady Averbuck e Joo








Gente, isso � muito engra�ado! Achei aqui, por recomenda��o do Matusca.








Acho que comemos uma grande mosca em rela��o ao senado, no Rio.






Alagoas!

E pelo visto, os alagoanos tamb�m mandaram bem! Quer dizer, mandaram o Collor pra casa. Ufa!






T� na hora!

Pessoal: est� provado que pesquisa � pesquisa, e elei��o � elei��o. A apura��o aqui no Rio ainda n�o acabou, mas tudo indica que teremos segundo turno. Ent�o, m�os � obra! Vamos dar todo o apoio ao Rosinha N�o!, que pode fazer uma diferen�a importante.

Agora, uma observa��o aos organizadores do movimento: meninos, por favor, caiam na real! Marcar passeata na praia vale a qualquer hora, sobretudo no fim da tarde. Marcar passeata no Centro tamb�m, durante o hor�rio comercial, nos dias �teis. Agora, uma manifesta��o no Centro, em pleno s�bado de sol, ao meio-dia?! Francamente.





6.10.02


Bras�lia!

Tudo bem, h� relativamente poucas urnas apuradas, mas parece que, pelo menos de goleada, o horroRoriz n�o leva! A�, galera: todo mundo torcendo!!!






Adote esta id�ia!



Este lindo banner foi feito pela Fl�via, do Blog das Cores, para quem n�o se lembra em quem votou para deputado e senador nas �ltimas elei��es -- e, pelo sim pelo n�o, para quem se lembra tamb�m. Vamos guardar a cola junto com o t�tulo de eleitor, e vamos ficar de olho dos candidatos que elegermos!






Caraca...

T� parecendo que vamos conseguir um segundo turno no Rio!!! Ser�?! D�-lhe, Ben�!!!






Parab�ns, S�o Paulo!

Eu sei que essas coisas a gente n�o deve comemorar antes da contagem do �ltimo voto, mas a not�cia da boca de urna � boa demais pra gente deixar passar em branco:

MALUF EST� FORA!











Hino Nacional

Poema: Joaquim Os�rio Duque Estrada
M�sica: Francisco Manuel da Silva



Ouviram do Ipiranga as margens pl�cidas
De um povo her�ico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios f�lgidos,
Brilhou no c�u da P�tria nesse instante.


Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com bra�o forte,
Em teu seio, � Liberdade,
Desafia o nosso peito a pr�pria morte!


� P�tria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!


Brasil, um sonho intenso, um raio v�vido
De amor e de esperan�a � terra desce,
Se em teu formoso c�u, risonho e l�mpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.


Gigante pela pr�pria natureza,
�s belo, �s forte, imp�vido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza


Terra adorada,
Entre outras mil,
�s tu, Brasil,
� P�tria amada!


Dos filhos deste solo �s m�e gentil,
P�tria amada,
Brasil!


Deitado eternamente em ber�o espl�ndido,
Ao som do mar e � luz do c�u profundo,
Fulguras, � Brasil, flor�o da Am�rica,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!


Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos t�m mais flores;
"Nossos bosques t�m mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".


� P�tria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!


Brasil, de amor eterno seja s�mbolo
O l�baro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta fl�mula
- Paz no futuro e gl�ria no passado.


Mas, se ergues da justi�a a clava forte,
Ver�s que um filho teu n�o foge � luta,
Nem teme, quem te adora, a pr�pria morte.


Terra adorada
Entre outras mil,
�s tu, Brasil,
� P�tria amada!


Dos filhos deste solo �s m�e gentil,
P�tria amada,
Brasil!







Fora de controle

Totalmente!

A premissa deste filme � at� boa: um advogado apressadinho (Ben Affleck) causa um acidente de tr�nsito e, por pura arrog�ncia, prejudica terrivelmente a vida do sujeito em cujo carro bateu (Samuel Jackson). Na confus�o, deixa cair no ch�o uma pasta fundamental para o desenrolar do processo em que est� envolvido � e essa pasta acaba, � claro, nas m�os do homem que prejudicou.

Ao longo do dia, de golpe em golpe, os dois se transformam em inimigos mortais. O problema � que, apesar do bom ponto de partida, o filme se perde numa tal s�rie de incongru�ncias que n�o h� distanciamento Brechtiano ou boa vontade que fa�am a trama funcionar. Todo mundo acredita em qualquer pessoa que n�o conhe�a, em detrimento de pessoas que conhece bem (o que, pensando bem, at� faz sentido, mas em outro contexto). O advogado, imaginem, � um cara ing�nuo, que fica chocado ao descobrir que a empresa para a qual trabalha faz toda a esp�cie de mutretas; e William Hurt... bom, William Hurt est� no filme, aparece em duas ou tr�s cenas, mas nem desconfio o que possa estar fazendo. Nem ele.

Tenho a n�tida sensa��o de que o autor da hist�ria deve estar at� hoje chorando as m�goas em algum lugar: �Cara, se voc�s vissem o que fizeram do meu roteiro...!�

(Se voc� est� com uma certa sensa��o de dej�-vu, n�o estranhe: eu j� fiz mesmo uma cr�tica menorzinha deste filme pro Festival. Agora, que ele entrou em circuito, ampliei o texto para uma p�gina de bonequinhos em conflito, junto com a cr�tica do Jaime Biaggio, que gostou da hist�ria.)







Voc�s j� foram ao Baile Blogue hoje? T� bombando!!!





5.10.02




Colinha legal

O site do Globo est� com uma colinha muito bem bolada, onde voc� escolhe os seus candidatos e depois imprime. Pena que s� vale para o Rio de Janeiro.







Puxei a webcam c� pra cima de novo...






Pol�ticos corruptos

Util�ssima p�gina para consultar antes das elei��es, e p�r nos favoritos.






Aten��o: antiv�rus!

O pessoal da comunica��o aqui do jornal acaba de receber esta msg, que repasso a todo mundo. Foi enviada por Rodrigo Kickow, secret�rio executivo da C�mara dos Dirigentes Lojistas de Santiago,RS (ICQ#: 166716314). N�o sei at� que ponto procede o que ele diz, e estou cansada demais pra checar isso agora, mas se algu�m estiver encalacrado querendo se livrar deste worm, pode ser uma. Hoje passamos a tarde inteira sob uma chuva de msgs bichadas...

�, ainda estou no jornal; mas j� estou indo pra casa. Essa semana foi dura...


Bom dia a todos.

Ap�s termos uma experi�ncia n�o muito boa com o worm w32.bugbear@mm, informamos a todos que as ferramentas indicadas pela Symantec para elimar esse worm (fxbugbear), em alguns casos (tivemos cinco aqui), n�o t�m o resultado esperado. O worm n�o permite a utiliza��o dessa ferramenta que, ao ser iniciada, trava a m�quina. Em alguns casos esse worm pode tamb�m travar o pr�prio Norton, n�o adiantando sua atualiza��o.

Uma nova ferramenta, muito eficaz e utilizada com muito sucesso por n�s aqui da CDL foi o bitdefender. Essa ferramenta possui a mesma finalidade da fxbugbear, eliminar o w32.bugbear@worm. Ela est� dispon�vel para download em nosso site. Qualquer d�vida, favor entrar em contato.

Um bom dia a todos e um �timo fim de semana. (Rodrigo Kickow)

Fui!






RJ: escolha seu candidato

Uma planilha com os nomes e n�meros de todos os candidatos cariocas. N�o tem informa��es sobre os candidatos, apenas seus nomes e n�meros. Uma caixa de di�logo vai perguntar se voc� quer salvar ou abrir o arquivo. Escolha o que achar melhor: abrir � mais pr�tico porque voc� n�o precisa baixar nada para a sua m�quina. O link est� no meu blog, e o arquivo est� sem v�rus: vai na f�!









Bela id�ia!

Como vamos come�ar

No pr�ximo domingo, assim que o TRE encerrar a vota��o oficial, sairemos sozinhos ou reunidos com os amigos para retirar e recolher cartazes e faixas das ruas de nossos bairros. Vamos levar para nossas casas, quartos ou garagens para costurar, limpar, pintar e remendar todo esse pl�stico que vai formar, em um mutir�o, metros e metros quadrados de mat�ria prima e suporte para instala��es de arquitetura n�made, arte urbana e land art.

N�o � sensacional? Achei aqui, de onde pulei pra c�. Ta� um belo movimento de cidadania: afinal, pol�tica n�o se faz apenas na hora do voto, mas em todas as nossas a��es, todo santo dia.







Feiti�o de Xangai

O verdadeiro feiti�o do tempo

H� quem resista a um t�tulo desses? N�o eu, que fui para o cinema na maior felicidade, achando que ia assistir a uma obra-prima ou, na pior das hip�teses, a uma hist�ria interessante.

Pois sim.

O filme rola e rola na tela, e n�o chega a dizer a que vem. O tempo custa cada vez mais a passar, at� o feiti�o final: 119 minutos que duram... quatro horas!

Um espanto...





4.10.02


Dando uma for�a � galera de BSB

O resultado das elei��es passadas em Bras�lia me deixou realmente desconsolada. A cidade tinha um excelente candidato, o Cristovam Buarque, boa gente, dedicado � causa popular, cheio de boas e criativas id�ias administrativas.

Em vez dele, elegeu uma p�stula chamada Joaquim Roriz, representante do que a "pol�tica" brasileira tem de pior. Em qualquer pa�s civilizado, ele estaria preso, e n�o no pal�cio do governo.






3.10.02


Globo: os candidatos

Nos �ltimos dias, O Globo publicou grandes perfis dos candidatos � presid�ncia. O do Ciro, escrito pelo Xex�o, foi o primeiro a sair, na ter�a-feira; na quarta, foi a vez do Garotinho, pela Ana Cristina Reis (com quem ele simplesmente se recusou a falar...); hoje, saiu o perfil que eu fiz com o Serra; e, amanh�, sai o do Lula, feito pelo Jo�o M�ximo. A id�ia foi mostrar o lado humano de cada um, aqueles detalhes que n�o est�o na cobertura pol�tica normal, o que explica a escolha de jornalistas de outras �reas, como n�s. Todos os perfis receberam exatamente o mesmo tratamento: duas p�ginas inteiras, em cor, com uma caricatura do Lan, fotos e chamada na primeira p�gina.

Se voc� quiser ler esses perfis, eles est�o aqui:

Ciro, por Artur Xex�o

Garotinho, por Ana Cristina Reis

Serra, por Cora R�nai

Lula, por Jo�o M�ximo






ROSINHA N�O!:
Vamos pro abra�o!!!


O povo pediu e escolheu o local. Vamos mostrar que somos ROSINHA, N�O! de cora��o.

Est� marcado o encontro de todos os engajados, amigos e simpatizantes do Rosinha N�o!

Espalhe por a�:

S�BADO, DIA 5 DE OUTUBRO, V�SPERA DO PRIMEIRO TURNO:

12h: Concentra��o no Bar Amarelinho da Cinel�ndia. (Amarelinho sim! Rosinha N�o!).

12h45: Caminhada her�ica at� o Obelisco (passando pelo Odeon e convocando todo mundo que estiver na fila do cinema).

13h: Abra�o ao Obelisco da Rio Branco: o momento mais fant�stico de toda a hist�ria do ativismo brasileiro.

13:15h: Abra�o geral. Todo mundo se abra�ando rumo ao segundo turno!

Al�, Rio de Janeiro! Aquele abra�o!

MRN - Movimento Rosinha N�o!

(pela transcri��o, C.R.)




Update:
O Matusca j� est� a car�ter...





2.10.02


Oba!!!

Gente, o Baile Blogue do Dudi t� que t�!!! Ainda n�o postei porque virei a noite trabalhando, e ainda n�o consegui terminar... mas assim que puder vou l� me acabar, se n�o vou!





1.10.02




Quem sou? Onde estou?

Mais um teste! Este, ali�s, relativamente s�rio, para que voc� possa saber exatamente qual � a sua inclina��o pol�tica. Acabo de fazer e, de acordo com os resultados, estou na esquerda libert�ria, mas n�o chego a ser um elemento radical. Confere, s� que eu nunca tinha me visto em gr�fico:







Novidade

Agora a gente pode ver quantas pessoas est�o online neste blog. Logo a� � esquerda, abaixo do blogchalk. Ainda n�o descobri muito bem qual � a vantagem disso, mas... � engra�adinho, n�?






Por outro lado...

H� tamb�m not�cias muito legais no front dom�stico! O movimento Rosinha N�o! marchou com grande galhardia no domingo. Eu infelizmente n�o consegui voltar a tempo de S�o Paulo, mas tinha �timas informantes na passeata: Mam�e, Laura e a Bia que, junto com o Hermano, vestiram suas camisetas e foram � luta. Bia me passou not�cias em tempo real pelo celular, e ao fundo eu podia ouvir a zoeira geral.

YEEEEESSSSSSSS!!!

Isto �: N����������OOOO!!!






O estado a que chegamos

A reentrada na atmosfera dom�stica, desta vez, foi tudo menos uma alegria. Encontrar o Rio inteiramente fechado no percurso do aeroporto at� o jornal foi sinistro (no sentido antigo da palavra); ver as fotos de picha��es amea�adoras e portas cerradas que chegavam � reda��o foi ainda pior.

Acho pat�ticas as explica��es da governadora, que v� no epis�dio manipula��es pol�ticas contra o PT. Come�a que o PT administra o Rio h� pouco tempo demais para que possa levar a culpa pela avacalha��o generalizada a que chegamos; depois, esta � a t�pica rea��o de um governo desgovernado, que prefere apelar para teorias conspirat�rias a constatar o fato de que, pura e simplesmente, a popula��o est� apavorada, e que as coisas nunca poderiam ter chegado ao ponto a que chegaram.

Mais grave do que a causa, neste epis�dio, � o efeito. Que as autoridades n�o percebam isso �, no m�nimo, uma demonstra��o de extrema insensibilidade social.

Traficantes, boateiros, golpistas pol�ticos -- porra, tanto faz, Ben�! O fato � que esta cidade acha mais prudente obedecer a bandidos que teoricamente estariam mandando fechar tudo, do que acreditar na pol�cia que diz que est� tudo sob controle.

E acha certo, e com bons motivos para isso.






Sampa: figurinhas



Chico e seu Z�, no Bar do Z�. Na foto que eles est�o segurando, o seu Z� h� 30 anos



O arco da sociedade na Maria Ant�nia


Dudi e Gilda com o Chico


Gilda, Dudi, S�lvia e Rafa


Regina Echeverria, editora da Revista, mostrando a cria


Dois blogs finalmente se encontram! (Foto Rafa)






Sampa Cap�tulo I

E assim, acho que pela primeira vez na vida (pelo menos que eu me lembre) passei um fim de semana em S�o Paulo. Acontece que colaboro com uma publica��o chamada A Revista, da Editora Takano e, no domingo, o seu s�timo n�mero, recordando 1968, foi ao ar com uma grande festa na Rua Maria Ant�nia.

Eu que estava achando que ia a um lan�amento normal, que me daria tempo de voltar para casa cedinho, encontrei uma rua inteira fechada, tel�es onde eram exibidos filmes da �poca, coral, orquestra, multid�o... uma coisa! Fui com Chico Caruso e Eliana, e ela e eu, cariocas que sempre nos sentimos meio ETs em SP, tivemos uma aula de hist�ria ao vivo. � que o Chico era habitu� do peda�o, e nos contou casos, mostrou uns cantinhos favoritos e at� nos apresentou ao seu Z�, dono do Bar do Z�, onde ele e o Paulo batiam ponto regularmente.

Ali�s, havia uns quibes de responsa no bar.

Andando pela exposi��o que ocupava a rua, descobri um cibercaf�, e resolvi procurar quem estava faltando no agito: o Dudi, naturalmente -- que, at� ontem, eu s� conhecia de blog. Depois de muito fu�ar a lista telef�nica, consegui falar com ele que, por acaso, estava almo�ando com o seu povinho na casa da m�e, ali na esquina... e a� sim, a festa ficou completa!

Como � bom encontrar gente de quem se gosta, mas que ainda n�o se conhece, e descobrir que aquele gostar faz todo o sentido! De forma que agora posso garantir a voc�s: o blog do Dudi n�o � obra de fic��o! Ele � mesmo a pessoa ador�vel que est� l�, e tem uma fam�lia verdadeiramente � sua altura.

Adorei voc�s, meninos!






GROK!