30.11.04
Irresist�vel!O Alexandre Cruz Almeida desencavou uma lista dos Cem Melhores Livros do S�culo, feita pela Folha em algum momento do passado. Essas listas s�o sempre uma alegria e uma frustra��o. Uma alegria, porque servem pra se discutir meses a fio; uma frustra��o, porque ningu�m jamais far� a lista do cora��o da gente. Concordo com o Alexandre, de quem a roubei descaradamente: dentro do dentro, � bastante boa. Mas acho que peca por um excesso de autores "s�rios" em detrimento de bons autores que cometeram o crime imperdo�vel de se tornarem best-sellers ou, pior! terem uma irrefre�vel veia c�mica. A meu ver, s� isso explica estarem a� tantos Virginia Woolfs e Becketts, e nenhum Somerset Maugham ou Evelyn Waugh. Do primeiro eu recomendaria Servid�o Humana ou No Fio da Navalha; do segundo, A Handful of Dust, Brideshead Revisited ou The Loved One, uma obra-prima do romance sat�rico (n�o sei se foram traduzidos; provavelmente sim). Na minha lista eu deixaria s� um Thomas Mann (A Montanha M�gica) e juntaria pelo menos um Wodehouse, de prefer�ncia da s�rie de Blandings; Encontro em Samarra, de John O'Hara; Ragtime, de E.L. Doctorow; O Dia do Gafanhoto, de Nathanael West; e O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy. Por quest�o de gosto, deixaria um s� C�line (Morte a Cr�dito) mas acrescentaria A Hist�ria, de Elsa Moranti. E acho uma injusti�a n�o ter sobrado nem um lugarzinho para Carson MacCullers, Kurt Vonnegut (de prefer�ncia matadouro N�mero Cinco) e, sim, Hemingway: O Sol Tamb�m se Levanta � lindo de doer. Finalmente, eu tiraria um Faulkner ou um Joyce e poria no seu devido lugar A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna, que � um dos melhores romances jamais escritos. Ponto. 1�- Ulisses (1922), James Joyce (1882-1941). ## 2�- Em Busca do Tempo Perdido (1913-27), Marcel Proust (1871-1922). * 3�- O Processo, Franz Kafka (1883-1924). * 4�- Doutor Fausto (1947), Thomas Mann (1875-1955). ## 5�- Grande Sert�o: Veredas (1956), Guimar�es Rosa (1908-1967). * 6�- O Castelo (1926), Kafka. # 7�- A Montanha M�gica (1924), Thomas Mann. * 8�- O Som e a F�ria (1929), William Faulkner (1897-1962). # 9�- O Homem sem Qualidades (1930-43), Alfred Musil (1880-1942). # 10�- Finnegans Wake (1939), James Joyce. * 11� A Morte de Virg�lio (1945), Herman Broch (1886-1951). ## 12� Cora��o das Trevas (1902), Joseph Conrad (1857-1924). # 13� O Estrangeiro (1942), Albert Camus (1913-1960). * 14� O Inomin�vel (1953), Samuel Beckett (1906-1989). ## 15� Cem Anos de Solid�o (1967), Garc�a Marqu�z (1928). * 16� Admir�vel Mundo Novo (1932), Aldous Huxley (1894-1963). * 17� Mrs. Dolloway (1925), Virginia Woolf (1882-1941). * 18� Ao Farol (1927), V. Woolf. # 19� Os Embaixadores (1903), Henry James (1843-1916). # 20� A Consci�ncia do Zeno (1923), Italo Svevo (1861-1928). # 21� Lolita (1958), Wladimir Nabokov (1899-1977). 22� Para�so (1960), Jos� Lezama Lima (1910-1976). # 23� O Leopardo, Tomaso di Lampedusa (1910-1976). # 24� 1984 (1949), George Orwell (1903-1950). * 25� A N�usea (1938), Jean-Paul Sartre (1905-1980). ## 26� O Quarteto de Alexandria (1957-1960), Lawrence Durrell (1912-1990). 27� Os Moedeiros Falsos (1925), Andr� Gide (1869-1951). * 28� Malone Morre (1951), Samuel Beckett. # 29� O Deserto dos T�rtaros (1940), Dino Buzzati (1906-1972). ## 30� Lord Jim (1900), Joseph Conrad (1857-1924). * 31� Orlando (1928), Virginia Woolf. # 32� A Peste (1947), Albert Camus. ## 33� Grande Gatsby (1925), F. Scott Fitzgerald (1896-1940). * 34� O Tambor (1959), Gunter Grass (1927). # 35� Pedro P�ramo (1955), Juan Rulfo (1918-1986). 36� Viagem ao Fim da Noite, (1932) Ferdinand C�line. 37� Berlin Alexanderplatz (1929), Alfred D�blin (1878-1957). ## 38� Doutor Jivago (1957), Boris Pasternak (1890-1960). 39� Molloy (1951), Samuel Beckett (1906-1989). * 40� A Condi��o Humana (1933), Andr� Malraux (1901-1976). # 41� O Jogo da Amarelinha (1963), Julio Cort�zar (1914-1984). # 42� Retrato do Artista quando Jovem (1917), James Joyce. ## 43� A Cidade e as Serras (1901), E�a de Queir�s (1845-1900). 44� Aquela Confus�o Louca da Via Merulana (1957), Carlo Emilio Gadda (1893-1973). # 45� Vinhas da Ira (1939), John Steinbeck (1902-1968). ## 46� Auto da F� (1935), Elias Canetti (1905-1994). ## 47� � Sombra do Vulc�o (1947), Malcolm Lowry (1909-1957). 48� O Visconde Partido ao Meio, Italo Calvino. * 49� Macuna�ma (1928), Mario de Andrade (1893-1945). 50� O Bosque das Ilus�es Perdidas (1913), Alain Fournier (1886-1914). * 51� Morte a Cr�dito (1936), Ferdinand C�line (1894-1961). * 52� Amante de Lady Chatterley (1928), D.H. Lawrence (1885-1930). * 53� O S�culo das Luzes (1962), Alejo Carpentier (1904-1980). * 54� Uma Trag�dia Americana (1925), Theodore Dreiser (1871-1945). 55� Am�rica (1927), Franz Kafka. 56� Fontamara (1930), Ignazio Silone (1900-1978). * 57� Luz em Agosto (1932), William Faulkner. ## 58� Nostromo (1904), Joseph Conrad. 59� A Vida Modo de Usar (1978), Georges Perec (1936-1982). * 60� Jos� e seus Irm�os (1933-1943), Thomas Mann. 61� Os Thibault (1921-1940), Roger Martin du Gard (1881-1958). 62� Cidades Invis�veis (1972), Italo Calvino (1923-1985) 63� Paralelo 42 (1930), John dos Passos (1896-1970) # 64� Mem�rias de Adriano (1951), Marguerite Yourcenar (1903-1987). ## 65� Passagem para a �ndia (1924), E.M. Forster (1879-1970). # 66� Tr�pico de C�ncer (1934), Henry Miller (1891-1980). * 67� Enquanto Agonizo (1930), James Faulkner. ## 68� As Asas da Pomba (1902), Henry James (1843-1916) * 69� O Jovem T�rless (1906), Alfred Musil. 70� A Modifica��o (1957), Michel Butor (1926). * 71� A Colm�ia (1951), Camilo Jos� Cela (1916). 72� Estrada de Flandres (1960), Claude Simon (1913) # 73� A Sangue Frio (1966), Truman Capote (1924-1984). # 74� A Laranja Mec�nica (1962), Anthony Burgess (1916-1993). ## 75� O Apanhador no Campo de Centeio (1951), J.D. Salinger (1919). ## 76� Cavalaria Vermelha (1926), Isaac Babel (1894-1944). ## 77� Jean Christophe (1904-12), Romain Rolland (1866-1944). ## 78� Complexo de Portnoy (1969), Philip Roth (1933). 79� N�s (1924), Evgueni Ivanovitch Zamiatin (1884-1937). * 80� O Ci�me (1957), Allain Robbe-Grillet (1922). * 81� O Imoralista (1902), Andre Gide (1869-1951). 82� O Mestre e a Margarida (1940), Mikhail Afanasevitch (1891-1940) 83� O Senhor Presidente (1946), Miguel �ngel Asturias (1899-1974). # 84� O Lobo da Estepe (1927), Herman Hesse (1877-1962). # 85� Os Cadernos de Malte Laurids Bridge (1910), Rainer Maria Rilke (1875-1926). ## 86� Sat� em Gorai (1934), Isaac Bashevis Singer (1904-1991) ## 87� Zazie no Metr� (1959), Raymond Queneau (1903-1976). # 88� Revolu��o dos Bichos (1945), George Orwell. 89� O An�o (1944), P�r Lagerkvist (1891-1974). ## 90� The Golden Bowl (1904), Henry James. 91� Santu�rio (1931), William Faulkner. * 92� Morte de Artemio Cruz (1962), Carlos Fuentes (1928). * 93� Don Segundo Sombra (1926), Ricardo Guiraldes (1886-1927). * 94� A Inven��o de Morel (1940), Adolfo Bioy Casares (1914). * 95� Absal�o, Absal�o (1936), William Faulkner. * 96� Fogo P�lido (1962), Wladimir Nabokov (1899-1977). ## 97� Herzog (1964), Saul Bellow (1915). ## 98� Memorial do Convento (1982), Jos� Saramago (1922). 99� Judeus sem Dinheiro (1930), Michael Gold (1893-1967). 100� Os Cus de Judas (1980), Ant�nio Lobo Antunes (1942). Update: Pronto, marquei os livros! Os que li est�o marcados com *, # e ##. * Os que eu li porque sou uma tra�a desde a mais tenra idade e pouca coisa me escapou; # Os que li com muito gosto; ## Os que adoro. Pensando nessas cota��es, pensei quantas permaneceriam as mesmas numa releitura. Por exemplo: tenho quase certeza de que, hoje, n�o gostaria tanto de Jean Christophe, do Lobo da Estepe ou do Quarteto de Alexandria como gostei quando era garota. Ulisses j� tentei ler diversas vezes e nunca consegui passar da metade -- e isso num tremendo esfor�o de reportagem. J� desisti dele h� tempos, embora goste muito de Finnegan's Wake (e mais ainda de Dubliners). Tamb�m j� desisti de gostar de Virginia Woolf. Eu sei, eu sei. Falha minha. Em compensa��o, cada vez gosto mais de Scott-Fitzgerald, de Joseph Conrad e de Henry James; Isaac Bashevis Singer � um dos meus favoritos, nunca li nada dele de que n�o gostasse. O outro Isaac, Babel, tamb�m est� no meu cora��o. � Sombra do Vulc�o, Cem Anos de Solid�o, Herzog e O Apanhador no Campo de Centeio j� foram e relidos v�rias vezes; e Proust vai e volta da cabeceira. Enfim. Eu teria tanto a dizer a respeito de cada um desses livros, mesmo daqueles de que n�o gosto...! Cresci � sombra deles e de seus irm�os; n�o consigo imaginar o que teria sido a minha vida sem a sua companhia. De tudo o que eu sei e sou, os livros ser�o sempre a melhor parte. 13:19
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Net na janela
 Bom dia! 11:11
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Fofas!!!Gente, l� na Marina W. -- que, por sinal, lan�a seu livro de cinema hoje, l� na Travessa, a partir das 20hs -- tem a foto de uma fam�lia de capivaras que s� vendo! Filhotinhos e tudo! A coisa mais linda! 01:23
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29.11.04
Emerg�ncia felinaGiniki, que todos com certeza conhecem dos coment�rios, pede socorro para uma gatinha: Carlota � uma gatinha mista de siam�s, encontrada muito maltratada pela filha de uma amiga, no Graja�, e que foi muito bem cuidada por ela(s). Levada � veterin�ria e tratada, agora est� aqui em Niter�i, num gatil, precisando de um lar!!!
A hist�ria toda est� aqui, no fotolog da Bel. Ela � lindinha!!! N�o posso ficar com ela, nem as amigas, que j� t�m um "gat�o" que d� um certo trabalho pois tamb�m precisa de cuidados constantes. 15:47
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Oi Multimidia
 Keaton ama caixas... 15:35
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 s+arck, o mouseUm dia ganhei um mouse lindo de presente. Era transparente e tinha uma luz vermelha no cora��o, mas ? tristeza! ? era Mac, e eu sempre fui PC. L� se foi o ratinho para um amigo, enquanto eu voltava para o camundongo cinza e mixuruca que habitava minha escrivaninha. Aos poucos, por�m, os mouses foram ficando cada vez mais chiques e elegantes. A evolu��o faz sentido. Por mais caros que sejam, eles s�o sempre relativamente baratos dentro do contexto hi-tech; e mesmo quem n�o troca de computador h� anos provavelmente j� trocou de mouse neste meio tempo, at� porque ainda n�o se inventou um que resista, invicto, � inclem�ncia do uso. Agora, a Microsoft lan�ou uma novidade que tem tudo para virar tend�ncia: mouse de autor, com pre�o � altura. Desenhado por Philippe Starck (mais conhecido pela concep��o de hot�is em que a decora��o � o m�ximo para que a gente esque�a que os quartos s�o m�nimos) o s+arck � mesmo um lindo objeto. N�o parece confort�vel � primeira vista mas, surpreendentemente, � muito agrad�vel de usar ? e melhor ainda de ver em cima da mesa, com a sua faixa de luz colorida. Em tempo: eu sei que o plural de mouse � mice , mas o cotidiano tecnol�gico brasileiro tem raz�es que a gram�tica desconhece. A balada do bordel virtualNa semana passada, a Delegacia de Repress�o aos Crimes pela Internet fechou um bordel virtual aqui no Rio. As mo�as foram interrogadas e liberadas, mas os donos foram para a cadeia. Seu crime? ?Manter, por conta pr�pria ou de terceiro, casa de prostitui��o ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou n�o, intuito de lucro ou media��o direta do propriet�rio ou gerente?, conforme reza o artigo 229 do C�digo Penal. Pois algu�m precisa avisar urgentemente � delegada titular da DRCI que, num bordel virtual, n�o se realizam encontros , seja para fins libidinosos ou n�o. Neles h� apenas mulheres peladas diante de webcams, usando a imagina��o e brinquedos er�ticos para satisfazer pedidos teclados por usu�rios do outro lado da tela, quando n�o do outro lado do mundo: o site era fechado a conex�es feitas do Brasil, para preservar a identidade das funcion�rias. Custa crer que, a essa altura do campeonato, ainda se encontre, em plena cidade do Rio de Janeiro, tal grau de hipocrisia e de obscurantismo. Enquanto a zelosa delegada cuida de proteger mo�as que n�o pediram prote��o, continua aberta a temporada de ca�a aos turistas n�o-virtuais que se arriscam pelas ruas. (O Globo, Info etc., 28.11.2004)Update: a prop�sito da quest�o do bordel virtual, achei muito interessante um dos coment�rios feitos aqui no blog, mas que voc�s talvez n�o tenham visto porque o post a que ele se refere j� est� l� no p� da p�gina. A gente n�o deve acreditar em tudo o que l� na internet, e manda o bom senso desconfiar de todas as fontes desconhecidas mas, sinceramente, n�o vejo nenhum motivo para n�o acreditar na procd�ncia do coment�rio, supostamente assinado por tr�s das mo�as que trabalhavam no indigitado bordel: "Isso que aconteceu � ridiculo. Somos o que essa delegada chama "prostitutas virtuais", trabalhamos com esse americano h� mais de um ano, e nunca nenhum homem nos tocou ou fez algo que n�o quisessemos...
N�o tem v�timas ou inocentes nessa hist�ria, j� que optamos por esse estilo de trabalho, no qual conquistamos muitas coisas, n�o somente materiais... Temos orgulho do que somos e do que fazemos.
Por que essa delegada n�o vai atr�s dos verdadeiros bord�is (coisa que no Rio de Janeiro nao falta...)? Deixe as prostitutas virtuais (se assim voc� prefere chamar)em paz, porque nosso material de trabalho n�o � tanto nosso corpo, mas sim nossa intelig�ncia. Convencer um homem a pagar mais de 600 reais s� para conversar conosco(por 40 minutos) � algo que n�o � qualquer um que consegue, coisa que as verdadeiras prostitutas t�m que ficar horas sendo usadas, at� mesmo correndo s�rio risco de vida.
Ent�o por favor todos vcs prestem muita aten��o nisso, antes de sair falando qualquer coisa na televis�o, r�dios e jornais, s� para "mostrar" que faz alguma coisa, estude muito bem antes de acusar algo ou algu�m." (Mel, Karen e Lulu) 13:03
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    Festa!A noite de s�bado foi de total indecis�o para mim. Assistia � festa da �rvore aqui de cima ou descia l� para baixo? Se descesse, assistia bem da margem (local privilegiado para fotografar os fogos), do meio da muvuca ou do camarote do Bradesco, para o qual tinha um convite? Havia ainda a possibilidade de ir �s casas de v�rios vizinhos amigos; est� virando tradi��o o povo da Lagoa dar festas no dia da inaugura��o da �rvore. Preferi descer e explorar as possibilidades l� embaixo. Nunca vi tanta gente aqui na Lagoa, nunca! Era quase imposs�vel andar entre as pessoas. Consegui chegar at� � beira d'�gua, onde encontrei um colega estrategicamente posicionado; ele estava fotografando para o Bradesco. Conversamos um pouco, fiz umas fotinhas do clima e fui em frente. O Cantagalo era uma r�plica da Central, sem tirar nem p�r. Tinha barraquinhas de tapioca, milho cozido, a�ai, acaraj�, salsich�o, churrasquinho, frango com catupiry, cachorro quente incrementad�ssimo, queijo coalho, doces variados do Sul ("se n�o gostar n�o paga", diz a propaganda auto-confiante), pizza na lenha, espetinho de camar�o, sandu�ches diversos, caipirinhas de fruta, cerveja, refrigerantes, sorvetes artesanais e Kibon, que mais? ah, empadinhas, algod�o doce e pastel. Isso que eu vi em comes e bebes, mas muita coisa deve ter me escapado. Havia tamb�m os onipresentes vendedores de bijuterias, alguns ambulantes oferecendo pulseirinhas e colares que brilham no escuro, mais um monte de gente trabalhando com brinquedinhos de todos os tipos, de bichos de pel�cia �quelas cobras e lagartos de papel que se mexem sozinhos quando puxados por uma cordinha. Uma confus�o desgra�ada, mas muito divertida: a pr�pria festa do interior plantada no cora��o da Zona Sul. O Rio tem desses baratos inesperados e surpreendentes. Acho que n�o h� cidade no Brasil ou no mundo em que se veja algo assim. Fiz fotos das barraquinhas e fui para o camarote do Bradesco. Todo mundo muito chique, Cora R�nai de jeans e camiseta pretos, o ser despencado por excel�ncia -- mas tudo bem. Com aquela �rvore brilhando l� na frente, quem � que ia olhar para mim? Achei um cantinho bom na frente do camarote, sentei no ch�o e fiz �timas fotos. Quando o concerto e a queima de fogos acabaram, me despedi dos anfitri�es e voltei para o meio da muvuca, que estava irresist�vel. Jantei um acaraj� maravilhoso e um chicabon, bebi uma �gua de coco e, uma hora depois, voltei para casa, onde os gatos me receberam com grandes manifesta��es de apre�o. Bia explicou que, durante os fogos, eles ficaram inteiramente zuretas, correndo de um lado para outro. Buscavam ref�gio no quarto, mas o barulho dos fogos ecoava na pedra; fugiam para a sala e l�, al�m do barulho, ainda havia aquele brilho todo... Coitados dos meus quadrupinhos!!! Al�m deles, fiquei -- e ainda estou -- muito preocupada com os outros bichos do Cantagalo. A capivara n�o deu as caras; teve ju�zo para ficar quieta na sua toca, mas imagino que tenha ficado assustada demais, a pobrezinha. Com exce��o de alguns bem-te-vis, nenhum dos p�ssaros do peda�o apareceu no domingo, o que n�o seria t�o grave se alguns n�o estivessem chocando. N�o sei como vai ser isso daqui pra frente. O que n�o era problema at� pouco tempo atr�s, agora � preocupante, pelo menos para mim e para as pessoas que curtem a fauna local; a quantidade de p�ssaros da Lagoa aumentou muito no ano passado. Como ser� poss�vel conciliar a festa da �rvore, que � t�o bonita, com o bem-estar das criaturinhas? Em tempo: excepcionalmente, as fotos acima n�o s�o de celular. Foram feitas com c�meras digitais "de verdade"... 02:33
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28.11.04
Oi Multimidia
 A cachoeira do quarto 16:40
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Oi Multimidia
 Chove muito... 15:41
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27.11.04
Oi Multimidia
22:22
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19:28
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19:16
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19:10
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19:06
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17:56
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17:14
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16:34
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Oi Multimidia
 No Centro 15:49
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O pomboPaulo Polzonoff escreveu um lindo texto sobre o caso do pombo, que gentilmente dedicou a esta sua (dele; e de voc�s) amiga. Leiam aqui. 14:02
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A festa na internetDica do Paulo Afonso: a festa da �rvore vai ser transmitida ao vivo no seu ( dela, �rvore) website. 13:26
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Socorro urgente!Pessoal, ser� que algu�m conhece algu�m que conhece algu�m na subprefeitura da Lagoa? Pelo seguinte: h� quatro ou cinco anos o pessoal da vela do Cai�aras mantem a tradi��o de sair com os barcos no dia da inaugura��o da �rvore e esperar a sua ilumina��o dentro d'�gua. Eles p�em luzes e mensagens de paz nos barcos, e enfeitam muito o evento, junto com os pedalinhos. Mas ontem a subprefeitura proibiu que continuassem com o que, afinal, j� era tradi��o anual. Nenhuma justificativa foi apresentada. O pior � que a probi��o s� atinge os velejadores, j� que os pedalinhos -- pagos! -- podem continuar a participar, como sempre fizeram. A turma est� arrasada. Participar da festa da �rvore � um momento aguardado com muita alegria por todos, que preparam os barcos para a ocasi�o com o maior carinho. Se o problema � a queima de fogos, que se estabele�a um per�metro de seguran�a em torno da balsa que os transporta; mas ainda que seja isso, por que esta preocupa��o n�o existe em rela��o aos pedalinhos?! J� levei o caso para o jornal, mas t�nhamos que encontrar algu�m desta subprefeitura urgente, em tempo h�bil para rever esta decis�o infeliz. Proibir os maiores usu�rios do espelho d'�gua de contribuir para a festa com a presen�a dos seus lindos barcos � simplesmente o fim! �dio. �dio. Raiva. Raiva. Grrrrrrrrrrrrrrrrr... 11:37
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26.11.04
Oi Multimidia
23:31
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Engarrafamento...
20:11
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Vamos salvar o site do c�ncer de mama?A Suely encontrou esta nota num blog amigo: O Site do c�ncer de mama est� com problemas pois n�o t�m o n� de acessos e cliques necess�rios para alcan�ar a cota que lhes permite oferecer 1 mamografia gratuita diariamente a mulheres desprivilegiadas. Demora menos de um segundo para ir ao site e clicar na tecla cor-de-rosa que diz "Campanha da Mamografia Digital - Gratuita". Isto n�o custa nada e pelo n� di�rio de pessoas que clicam os patrocinadores (Avon, Tupperware,....) oferecem a mamografia em troca de publicidade. Aqui est� o Website: Basta um clique! Aproveitando, a� vai mais uma boa dica dos coment�rios: Que tal dar uma olhada no site do Hospital M�rio Kr�eff? Para quem n�o sabe o HMK fica localizado na Penha, Rio de Janeiro. Leia a hist�ria do hospital que foi criado em junho de 1939 por um grupo de m�dicos liderados pelo cancerologista que lhe d� o nome, o Hospital M�rio Kr�eff. O dr. M�rio Kr�eff � considerado o iniciador do INCA, e fundou o HMK para os pacientes terminais de c�ncer que n�o tinham para onde ir.
Com 64 anos de exist�ncia, a ABAC ? Associa��o Brasileira de Assist�ncia aos Cancerosos, mantenedora do Hospital M�rio Kr�ef, cumpre fielmente as exig�ncias da legisla��o filantr�pica, ou seja, cuida da sa�de ? na �rea c�ncer ? de uma parcela crescente da popula��o, sem qualquer ajuda financeira dos Governos. A sobreviv�ncia de nossa Institui��o se deve, basicamente, � sensibilidade do povo, que nos ap�ia e ajuda, de diferentes formas, a manter os servi�os de excel�ncia que prestamos. (Marcia) 13:47
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A balada do bordel virtualNada como um bom rep�rter na �rea! O Alexandre Cruz Almeida levantou a hist�ria do fechamento do tal bordel virtual; antes, j� tinha escrito sobre as garotas de programa da internet. A delegada pode at� ser muito simp�tica, como ele diz, mas, sinceramente, sofre profunda falta do que fazer -- o que, convenhamos, � estranho numa cidade como o Rio. N�o havia menores de idade trabalhando l� e, aparentemente, as mo�as estavam bastante contentes com o, hmmm, "ambiente de trabalho", digamos assim. Levar gente para a cadeia por incitar terceiros a atos libidinosos, a essa altura do campeonato, e neste espec�fico trecho do planeta, � de uma hipocrisia que beira a imoralidade. Se bem entendi a delegada, sexo virtual pago s� � legal em salas de chat abertas, quer dizer: s� se for suruba ou orgia. Assim a dois, num cantinho discreto, nem pensar. Faz algum sentido isso?! N�o � o suprassumo do rid�culo?! A lei d� respaldo � delegada, mas nem tudo o que � legal � necessariamente justo ou sensato. Os tempos e os costumes mudam muito mais r�pido do que o c�digo penal; uma pessoa que tem o poder de uma delegada deveria ter tamb�m um m�nimo de discernimento para definir as suas prioridades. O bordel virtual n�o estava incomodando ningu�m, pelo contr�rio -- imagino que estivesse at� resolvendo o problema de muita gente. Enquanto isso, continua aberta a temporada de ca�a a turistas... * suspiro *02:39
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 Wagner Tiso 01:41
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 Geraldinho Carneiro se dirige �s massas 01:10
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00:45
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 Claudinha e Ferreira Gullar, Marilia Kranz e Olivia Hime 00:43
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25.11.04
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 Esta foto e' irresistivel... 15:48
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 No engarrafamento 15:45
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 A caminho 15:39
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 Copa 13:24
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 Copacabana 13:13
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 Di�rio de bordoDois dias em Rond�nia, no set de "Mad Maria"Ter�a-feira, 16 de novembro: Porto Velho, para quem espera selva fechada ou mesmo cidades como Manaus ou Bel�m, mergulhadas em lendas e no imagin�rio amaz�nico, � uma surpresa. � pequena, simp�tica e tem cantos que, n�o sei por qu�, lembram a Ilha do Governador dos meus tempos de crian�a. O calor est� perfeitamente razo�vel, mas todos s�o un�nimes em dizer que hoje � um dia excepcional. Amanh� sa�mos �s sete, grava��es em Santo Ant�nio. A produ��o � meticulosa e tem um quadro de avisos enorme no hall. Diz o seguinte: Figura��o: 60 barbadianos 02 espanh�is mortos 05 espanh�is 25 chineses 15 diversas ra�as Gostei desses 02 espanh�is mortos. Se houver papel para uma centro-europ�ia morta, vou me oferecer; � a �nica coisa que me sinto capaz de fazer em termos de interpreta��o. Notem que n�o � "morrendo", � mortos mesmo. � tarde dormi e sa� sozinha para um passeio ao p�r-do-sol. Andei bastante. Os pontos altos da cidade, numa primeir�ssima impress�o: -- O cheiro das ruas. H� �rvores frut�feras por toda a parte, e o cheiro � uma gl�ria. -- O sol enorme e avermelhado do poente. -- A hospitalidade das pessoas. Imaginem que comecei a conversar com tr�s mo�as perto do rio e, a certa altura, perguntei se sabiam onde podia alugar uma bicicleta. Aqui n�o se alugam bicicletas, mas uma delas logo se prontificou a me emprestar a sua, que usa pouco. Quem vem da selva de asfalto estranha a generosidade, a gentileza. * * * Quarta-feira, 17 de novembro: Tive que acordar �s seis, tendo ido dormir �s duas; fui para um lugar t�o quente que, misteriosamente, ficar ao sol era melhor do que ir para baixo das �rvores; descobri que repelente para insetos n�o funciona com formiga. E, querem saber? Adorei cada minuto! A produ��o de "Mad Maria" � uma aventura em si mesma. Se cuidar das min�cias de um filme de �poca j� � complicado em est�dio, imaginem o que � em plena selva amaz�nica! Estou impressionada com a paci�ncia de todos, do diretor aos figurantes; e cheguei � conclus�o de que eu n�o serviria sequer para fazer um dos espanh�is mortos. Os pobres t�m que ficar im�veis ao sol, derretendo, enquanto a cena se repete e se repete e se repete. Quando, afinal, os gestos ficam perfeitos, as falas entram nos lugares certos, nenhuma nuvem atrapalha e tudo se encaixa direitinho, um problema t�cnico qualquer estraga tudo. Eu teria um ataque; mas Ricardo Waddington, que tem fama de ser terr�vel, diz apenas "Raiva. Raiva. �dio. �dio. Grrrrrrrrrrr." com voz de desenho animado. Encontrar a velha locomotiva de 1909 em pleno funcionamento � arrepiante. O trabalho de restaura��o foi feito por quatro velhinhos que a produ��o encontrou em Guajar�-Mirim, e que ainda se lembram do que faziam h� d�cadas, quando cuidavam da sua manuten��o. Sem querer, a Globo descobriu uma esp�cie de Buena Vista Social Club dos ferrovi�rios. * * *Ana Paula Ar�sio, que �, indiscutivelmente, um dos b�pedes mais lindos de se ver, fotografa tudo, o tempo todo. Sei o que � isso. Para nossa decep��o, por�m, com exce��o de insetos, h� pouqu�ssimos bichos na �rea do set, vizinha a uma pedreira. Na hora do almo�o, algu�m lhe traz uma linda lagarta azul de presente e ela fica no auge da felicidade. Pronto. Como n�o gostar de algu�m que sabe apreciar devidamente uma lagarta azul?! * * *Enquanto isso, Amora Mautner, minha amiga querida e uma das diretoras da miniss�rie, enfrenta um problema ex�tico. Tem que filmar uma cena de sucuri que j� aconteceu -- sem a sucuri -- num lago escuro. A sucuri, no entanto, � empr�stimo do zool�gico e n�o pode sair da cidade. Como fazer com que a �gua de uma piscina adquira a mesma estranha tonalidade da �gua daquele lago? Testes, testes e mais testes. Solu��o: pinta-se o fundo de um certo tom de marrom e junta-se uma determinada quantidade de corante � �gua. Mistura-se bem, acrescenta-se sucuri a gosto e serve-se ao telespectador, que sequer desconfiar� do trabalho que foi inserir a cobra na hist�ria. * * *Juca de Oliveira est� chocado com o desmatamento que tem visto ao longo dos �ltimos meses. Est� igualmente revoltado com o que aconteceu com a Madeira-Mamor�, e acha que algu�m tinha que ser responsabilizado por isso: como se assassina de forma t�o perversa uma estrada de ferro e, de quebra, a auto-estima de toda uma regi�o? Concordo inteiramente. O sucateamento desta ferrovia teve requintes de crueldade que n�s, do Rio de Janeiro, conhecemos bem. Aqui tamb�m o Pal�cio Monroe foi derrubado sem qualquer raz�o objetiva, exceto o capricho mals�o de um general no poder. Juca pensa ainda no que se poderia fazer para chamar a aten��o do pa�s para o que acontece aqui. H� tantas queimadas que n�o se v� mais um c�u claro em Rond�nia; a floresta desaparece diante de nossos olhos, literalmente, v�tima da cobi�a de gente que n�o a entende nem respeita. Rezo para que um bom esp�rito o ilumine, mostrando como chegar ao cora��o de quem n�o tem alma. (O Globo, Segundo Caderno, 25.11.2004)Mais uma coluna que os leitores do blog j� conhecem...10:33
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24.11.04
Eu, hein...A pol�cia fechou um bordel virtual exclusivo para estrangeiros que funcionava no Centro. O site n�o podia ser acessado do Brasil e, como em todos os estabelecimentos do g�nero, as mo�as trabalhavam com webcams e salas de chat. O pre�o era salgad�ssimo, U$ 5 por minuto, mas, em compensa��o, sexo mais seguro,imposs�vel. A not�cia do Globo On Line n�o d� muitos detalhes, mas se elas eram maiores de idade, se estavam l� de livre e espont�nea vontade e se consideravam justa a remunera��o que recebiam dos patr�es, qual � o crime?! 17:08
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 Catumbi 16:32
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 Botafogo 15:59
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 Ipanema 15:37
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 Copacabana 13:26
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M�sica boa! De gra�a!Aviso da Laura: Pausa para propaganda: hoje, quarta-feira, �s 18h30, a Camerata Quantz (sob minha dire��o) vai tocar l� na Unirio, na Urca. � de gra�a. Venham, se puderem: o programa est� bonito! 05:49
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 Um taxi perdido na selvaNo �ltimo dia que passei em Porto Velho as grava��es de "Mad Maria" foram interrompidas por volta das tr�s, logo depois do almo�o. Chovia a c�ntaros.  Mais tarde, passando a chuva, se realizariam as primeiras tomadas noturnas. Para isso, uma equipe de t�cnicos trabalhara o dia inteiro, instalando toda a esp�cie de luzes e refletores na floresta. Parece �bvio, e �, mas, para mim, observar aquilo foi uma revela��o: n�o � que faz mesmo sentido deixar as noturnas para o fim das grava��es? Imaginem s� se, al�m de todos os problemas "normais", o pessoal ainda tivesse que se preocupar com os cabos e fios passando entre as �rvores! A primeira condu��o para o set deixaria o hotel �s oito; a segunda, �s dez. Resolvi aproveitar o intervalo para dar uma volta de bicicleta.  Zanzei sem destino pelas ruas largas cheias de mangueiras, parando aqui e ali para brincar com gatinhos (h� muitos gatos em Porto Velho), ver a vista do rio e admirar revoadas de p�ssaros se preparando para dormir.  Quando voltei para o hotel, todo mundo j� tinha ido pro set. A tal leva das dez acabou n�o sendo necess�ria e l� estava eu, entregue � minha pr�pria sorte. Um lado de mim queria tomar um bom banho e desabar na cama; o outro estava morrendo de curiosidade em rela��o �s grava��es noturnas. Nem preciso dizer qual deles prevaleceu... Havia um �ltimo taxi em frente ao hotel, com dois sujeitos ao lado. Pelo que entendi eram s�cios no carro. Um sabia direitinho onde se realizavam as grava��es, mas quem me levou foi o outro, depois de tomar a dire��o com o colega. J� fiz v�rias corridas estranhas de taxi, mas esta foi, sem d�vida, a mais not�vel de todas. Uma estrada de terra batida e um escuro de br�u do lado de fora; um taximetro de alma nova-iorquina do lado de dentro, iluminando dois b�pedes que n�o tinham no��o do caminho. Os telefones celulares n�o recebiam sinal; o r�dio do taxi funcionava, mas n�o havia mais ningu�m na escuta. E a floresta, por toda a parte a floresta. O set ficava a quinze quil�metros de Porto Velho; rodamos pelo menos uns quarenta. Ainda me lembro que, num determinado momento, me ocorreu que eu deveria estar apreensiva em rela��o �quilo; o motorista, pelo menos, n�o estava nada feliz. Mas achei a sensa��o de estar perdida num taxi em plena selva amaz�nica t�o curiosa e original que s� conseguia pensar nela. Quando finalmente chegamos ao local das filmagens, metade da equipe j� tinha voltado para o hotel; a outra metade estava correndo para as vans antes que as luzes fossem apagadas. Mal tive tempo de fazer duas m�seras fotos; logo uma das produtoras me agarrou pelo bra�o e me carregou embora.  Eram duas da manh�. Em tese, as grava��es iriam at� �s tr�s, mas o trabalho rendeu tanto que acabou uma hora antes. Fiquei muito frustrada de n�o ter visto nada -- mas, por outro lado, at� o fim da vida vou me lembrar que, numa noite de novembro do ano de 2004, eu estava na Amaz�nia, dentro de um taxi que rodava perdido pela floresta. 03:06
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23.11.04
Oi Multimidia
22:47
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hic...Nossa. Deu um tilt no telefonino, que saiu repetindo a foto... Eu, hein. Parece que bebe. 18:11
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15:52
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15:44
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15:44
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 Ufa! H� tempos venho tentando fazer uma foto direita deste camarada. N�o � bonito, ele? 13:52
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22.11.04
 Iuhuuuuuuuuuuuuuuu!!!Adivinhem de quem � a foto da �rvore... :-DA bicicleta � a velha conhecida de todos, sim. 03:16
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01:26
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00:14
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00:12
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21.11.04
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 A vista da janela do quarto 16:07
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Querido Di�rioL� fora est� um tempo cinza e meio frio. Aqui dentro est� quentinho e muito bom; acordei ao meio-dia, mais ou menos, com a Fam�lia Gato em peso na minha cama -- a Bia viajou a trabalho, de modo que at� o Lucas, que tem contrato de exclusividade com ela, est� aqui. Olhei para o bonito mato que se v� nas janelas da parte de tr�s da casa, observei a gataiada � minha volta, a pilha de livros e revistas na mesinha de cabeceira e pensei: -- Hoje n�o saio da cama, pronto. Trouxe o notebook para c�, fiz umas pipocas de microondas, peguei uma latinha de Coca Light... e agora estou me sentindo uma criatura palerma e muito culpada, mas content�ssima na sua domesticidade pregui�osa. Mais tarde conto um pouco mais das minhas aventuras amaz�nicas, OK? Bom domingo, gente. Ah: as fotinhas do primeiro teste de luz da �rvore da Lagoa foram, claro, um furo deste blog. Para variar... :-) 15:42
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20.11.04
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21:44
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21:40
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21:28
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 O primeiro teste da arvore! 21:18
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19:44
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19:34
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 Lar doce lar 19:13
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Aten��o, angloparlantes!O Janj�o me mandou uma maravilha de texto que um amigo mandou para ele. Est� em ingl�s, estou com pregui�a de traduzir, mas achei que valia a pena trazer pra c� mesmo assim: Hear hear! To the citizens of the United States of America:
In the light of your failure to elect a proper President of the USA and thus to govern yourselves, we hereby give notice of the revocation of your independence, effective today. Her Sovereign Majesty Queen Elizabeth II will resume monarchical duties over all states, commonwealths and other territories. Except Utah, which she does not fancy. Your new prime minister (The Right Honourable Tony Blair, MP for the 97.85% of you who have until now been unaware that there is a world outside your borders) will appoint a minister for America without the need for further elections. Congress and the Senate will be disbanded. A questionnaire will be circulated next year to determine whether any of you noticed. To aid in the transition to a British Crown Dependency, the following rules are introduced with immediate effect: O resto est� aqui, � muito engra�ado. 18:09
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LigeirinhoVolta e meia eu confiro de onde v�m os visitantes do blog e vou l� conhecer ou rever outros blogues. Uma das fontes mais constantes de internautas � o Ligeirinho, um blog extremamente popular. Explica-se: cada segundo ou terceiro post � uma mulher pelada, ou um link para uma cole��o inteira de fotos de mulheres peladas. Haja mulher! Tem tamb�m uns MP3s bem escolhidos e umas piadinhas que, digamos, n�o ficariam bem no internETC.Mas o interessante � que, entre uma coisa e outra, o Ligeirinho � um excelente blog de tecnologia. Sempre atualizado, sempre em cima do la�o, enfim -- muito bom mesmo. 18:08
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17:14
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Puxei este post pra c� pra cima de novo porque os coment�rios est�o �timos; agora, j� temos at� o depoimento de uma vencedora da promo��o Swatch da Coca Light!Outra perguntaDepois de passar v�rios meses conferindo cuidadosamente as tampinhas das garrafas e o fundo das latas de Coca Light, vejo que chegou ao fim a promo��o do Swatch. Eu sei que h� autoridades que garantem a lisura do processo, e ademais quem sou eu para duvidar da Coca-Cola e de outras honradas empresas que promovem sorteios do g�nero -- mas a verdade � que nunca, jamais, em tempo algum, ganhei, ou conheci algu�m, que tivesse ganhado qualquer coisa em especiais de refrigerante, margarina, sab�o em p�, o que seja. Voc�s conhecem? 02:26
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19.11.04
Segredos de uma miniss�rieQuando "Mad Maria" for ao ar, voc�s v�o ver uma cena chocante: num dado momento, os chineses voltam para o acampamento trazendo um trabalhador e uma capivara mortos. O trabalhador � um figurante que morreu de mentirinha, est� vivo e bem e faturou uma di�ria legal; j� a capivara, coitadinha, morreu de verdade. Veio congelada de S�o Paulo, de uma fazenda onde se criam capivaras para abate (!). Gra�as a Deus essa cena foi filmada na semana passada e fui poupada de ver a falecida; afinal, o fato de ser criada em fazenda n�o a torna menos capivara ou menos digna de viver sua pac�fica vidinha de roedora. O resto de assado da foto, por�m, � falso como uma nota de tr�s.  Voc�s tamb�m v�o ver os personagens de F�bio Assun��o e Ana Paulo Ar�sio mergulhados em ton�is de banha, engordurados at� a raiz dos cabelos, mas n�o precisam ficar com nojo. A "banha" era manteiga de Karit�, um creme cheirosinho e �timo para hidratar a pele.  Como faz um espanhol morto que est� de olho aberto para n�o parecer um espanhol vivo? F�cil: ele fica olhando fixo para um objeto, no caso um pedacinho de carv�o, perfeitamente integrado � paisagem. A t�cnica serve para falsos-mortos dequalquer nacionalidade, em qualquer produ��o. N�o subo a foto porque, a essa altura, acho que ningu�m aguenta mais ouvir falar nos espanh�is mortos, n�?  O �ndio Joe Caripuna, que tem um papel importante na hist�ria, n�o � um ator se fazendo de �ndio mas, ao contr�rio, um �ndio se fazendo de ator -- e se saindo muito bem. Ele foi escolhido atrav�s de testes e "importado" diretamente de Manaus.  No romance do M�rcio Souza, os jovens enfermeiros ingleses rec�m-chegados mant�m a pose e continuam se vestindo � maneira europ�ia. Se voc�s acham que Marcelo Serrado e Andr� Frateschi contaram com algum modern�ssimo truque de figurino para suportar o calor debaixo daquela roupa toda, esque�am. O figurino deles � WYSIWYG (*): jaleco de manga comprida sobre camisa de manga comprida sobre camiseta de manga comprida... Ah, o que n�o se faz pela arte! (*) WYSIWYG: antiga abreviatura de tecnologia, para What You See Is What You Get. Usava-se na �poca em que, normalmente, o monitor mostrava uma coisa e o que sa�a na impressora era outra. � dif�cil imaginar, hoje, a emo��o que essas sete letras causavam nos usu�rios. Pronuncia-se u�ziuig.15:10
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14:11
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 Mad Maria, pelo telefonino 14:09
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Nossos comerciaisMudei a barra dos an�ncios a� para cima. Do jeito que estava era mais discreto mas, por outro lado, eles ficavam sempre na mesma... assim como a minha conta do Google, que est� rid�cula: os �ltimos 30 dias renderam U$ 10,37 -- e isso s� porque alguns de voc�s s�o uns amores e clicam nos benditos quadradinhos chova ou fa�a sol. Porque an�ncio interessante, mesmo, n�o aparece aqui h� tempos. Vamos ver se na nova posi��o o Google capta o esp�rito da coisa e p�e a� uns reclames bacaninhas, como os da Cosac & Naify, por exemplo, ou aquela p�rola que apareceu no Alma Carioca, recomendando os cinco quartinhos acolhedores de uma pousada... em plena favela! 04:20
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   Pr�xima parada: Porto Velho, Rond�nia"Vemos na paisagem do Pampa rio-grandense um p�ssaro chamado quero-quero, que � considerado a sentinela do Pampa. O quero-quero, diferentemente de outras aves, faz os seus ninhos no ch�o, vivendo a maior parte do tempo em contato com a terra e apegado ao lugar onde vive. A este lugar em que o quero-quero, outros bichos e o pr�prio ser humano costumam ficar, no linguajar ga�cho n�s chamamos de "quer�ncia". Em portugu�s esta palavra se reporta ao verbo querer. A quer�ncia � um lugar que tem uma vontade, um querer origin�rio, conforme a pr�pria etimologia da palavra indica. Mas n�o � um querer isolado e separado do querer humano, dos animais e das plantas que ali vivem. O querer da quer�ncia requer o querer de tudo o que ali vive, de tudo o que pertence ao lugar, inclusive a paisagem. Ser apegado a um determinado lugar � ser aquerenciado. O processo de se apegar a um lugar se expressa com o verbo "aquerenciar". Ser aquerenciado significa tamb�m estar de bem com a vida, estar na posse da plenitude do sentido da vida. Na sabedoria camponesa aqui do sul do Brasil, da Argentina e do Uruguai, do ga�cho, a felicidade � o pr�prio sentido de pertencer a um lugar.
A quer�ncia � a intimidade com a natureza e com as coisas do local em que se vive. � ser parte das hist�rias das pessoas, dos animais e das plantas de um lugar. � ter a pr�pria identidade pessoal, a pr�pria hist�ria individual, insepar�vel de toda a teia destas hist�rias. � estar em casa no mundo. Por outro lado a pessoa que � infeliz, que n�o encontrou o seu lugar no mundo, que est� de mal com a vida, � "desaquerenciada". A pessoa desaquerenciada n�o tem paradeiro fixo, vive inquieta, sempre � procura de um outro lugar, insatisfeita, angustiada, no estado de car�ncia, de falta. Na perspectiva da sabedoria ga�cha, o problema ecol�gico � a Humanidade estar desaquerenciada da M�e Terra, da Pachamama, de Gaia, a suprema morada do homem.
O F�rum Social Mundial � uma tentativa planet�ria de aquerenciar a Humanidade na Terra. Mas, para que isso aconte�a, cada ser humano deve ser alerta e vigilante como o quero-quero, deve exercer a sua condi��o de cidadania planet�ria defendendo a Terra e a Humanidade em cada local onde vive. Cada cidad�o do mundo pode se inspirar no exemplo da sentinela do Pampa: ao pressentir a aproxima��o de um perigo, o quero-quero d� o alarme, come�a a gritar o canto que deu origem ao seu nome e a fazer investidas contra o intruso atrav�s de v�os rasantes". Este � o come�o da "Declara��o de Porto Alegre pelo aquerenciamento planet�rio", do ecologista e fil�sofo Celso Marques, da Associa��o Ga�cha de Prote��o Ambiental. A leitora Marlene Zornitta mandou o link e acertou em cheio: fiquei encantada de encontrar os passarinhos de que tanto gosto como s�mbolos de causa t�o justa e nobre. Amar o planeta � mesmo a conseq��ncia mais ampla de amar o seu canto, a sua quer�ncia; o mundo come�a no quintal da gente. O resto vem por acr�scimo. Leiam a �ntegra do artigo, voc�s v�o gostar. Ele est� dispon�vel no site do Projeto Roessler, em querencia.notlong.com. * * *Um dia, quando eu ainda morava em Bras�lia, um amigo voltou da Amaz�nia trazendo fotos extraordin�rias. Era o fot�grafo Marcos Santilli, que n�o vejo h� tempos; mas ainda vejo, gravadas na mem�ria, algumas das imagens que ele foi buscar na Madeira-Mamor� -- que eu, carioca ignorante, nem sabia que existia. Nos meus 25 anos, estava descobrindo o Brasil; saber daquela estrada de ferro morta, em Rond�nia, foi uma experi�ncia fascinante. A duras penas -- ainda n�o havia internet! -- consegui desencavar algum material sobre aquele del�rio do capitalismo equivocado; quando M�rcio Souza escreveu ?Mad Maria?, o livro caiu como uma luva na minha imagina��o, povoada por peda�os soltos de informa��o. Resultado: cismei que queria porque queria ir l�, ver por mim mesma o que ainda havia para ver. Infelizmente, n�o consegui convencer nenhum dos meus editores da urgente necessidade disso; e, m�e de dois filhos pequenos, tampouco consegui convencer a fam�lia de que aquele era um bom lugar para as nossas f�rias. Fiquei frustrad�ssima. Mas depois o mundo mudou, eu mudei e, j� de volta ao Rio, a Madeira-Mamor� acabou muito longe, tanto geogr�fica quanto emocionalmente. At� que, h� coisa de um ou dois meses, eu soube que a Globo estava produzindo uma miniss�rie baseada no livro do M�rcio. L� mesmo, em plena selva. Caramba, pensei, preciso ver isso! � agora ou nunca. De modo que, quando voc�s estiverem lendo esta cr�nica, estarei em Rond�nia, realizando o sonho de muitos e muitos anos. Na volta conto tudo, prometo -- at� porque, maravilha das maravilhas, � exatamente para isso que eu vou. (O Globo, Segundo Caderno, 19.11.2004)Voc�s j� leram trechos desta coluna antes, aqui no blog. Ela foi enviada ao jornal no domingo de madrugada, com essas tr�s fotos do casal de quero-queros do Cantagalo, porque eu n�o conseguia me decidir entre elas. A foto que saiu publicada foi a primeira. Acho que a minha favorita � a dos passarinhos ao p�r-do-sol, mas este tipo de foto, que funciona bem no monitor, em geral sai horr�vel na impress�o. De qual voc�s gostam mais? 03:44
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18.11.04
  Comigo me desavim, ou Ana Paula Ar�sio e a lagarta azul Cheguei h� pouco, estava tomando banho e pensando na lagarta azul quando caiu uma ficha de lascar: o meu futuro como fot�grafa de celebridades, ou como fotojornalista tout court � zero. Zilch. Null. � �bvio que a foto era a Ana Paula Ar�sio fotografando a lagarta! � evidente, e claro como o dia; mas quem diz que ao ver aquela pequena maravilha consegui ter esta brilhante id�ia?! Tudo o que eu queria era uma boa macro da lagarta, muito dif�cil de obter, ali�s, porque ela n�o parava quieta e estava doida para ir embora. * grande suspiro * 01:03
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17.11.04
 Mad MariaTive que acordar �s seis da manh� tendo ido dormir �s duas; fui para um lugar t�o quente que, misteriosamente, ficar ao sol era mais jogo do que ficar debaixo das �rvores; descobri que repelente para insetos n�o funciona com formiga. E, querem saber? ADOREI CADA MINUTO! A produ��o de Mad Maria � uma aventura �pica em si mesma. Se cuidar das min�cias de um filme de �poca j� � complicado em est�dio, imaginem o que � na selva amaz�nica. A simples quantidade de repeti��o de cenas s� porque os atores est�o suando demais � de enlouquecer; mas n�o adianta enxugar a cara com uma toalha, porque � preciso que exista algum suor. A diferen�a entre algum suor e suor demais �, acreditem, abissal. Constatei isso por mim mesma, vendo as imagens naquele monitorzinho atrav�s do qual os diretores acompanham a c�mera.  Fiquei impressionada com a paci�ncia de todos, do Ricardo Waddington aos figurantes; e cheguei � conclus�o de que eu n�o conseguiria fazer sequer um dos espanh�is mortos de que falei no post de ontem. Os pobres t�m que ficar im�veis ao sol, derretendo, enquanto a cena se repete e se repete e se repete. No fim, quando afinal tudo d� certo, os gestos ficam perfeitos, as falas entram nos lugares e nenhuma nuvem atrapalha, h� um problema t�cnico qualquer. Eu com certeza explodiria em xingamentos; mas o Ricardo Waddington apenas diz "Raiva. Raiva. �dio. �dio. GRRRRRRRRRRR" com voz de desenho animado. S�o todos doidos, mesmo.  Ver a velha locomotiva fabricada em 1909 restaurada e funcionando direitinho foi muito emocionante. O trabalho de recupera��o foi feito por quatro velhinhos que a produ��o descobriu em Guajar�-Mirim, que ainda se lembravam do que faziam h� d�cadas, quando cuidavam da sua manuten��o. Sem querer, descobriram uma esp�cie de Buena Vista Social Club dos ferrovi�rios.  Ana Paula Ar�sio, que � indiscutivelmente um dos b�pedes mais lindos de se ver, fotografa tudo. Sei o que � isso. Para nossa decep��o, por�m, h� pouqu�ssimos animais na �rea do set, que fica perto de uma pedreira; mas a certa altura algu�m trouxe para ela uma linda lagarta azul de presente e ela ficou no auge da felicidade.  Eu n�o conhecia a Ana Paula, a n�o ser de encontros casuais, mas como n�o gostar de algu�m que sabe apreciar devidamente uma lagarta azul?!  Amora Mautner, minha queridinha e uma das diretoras, estava com um problema ex�tico. Tem que filmar uma cena de sucuri que j� aconteceu, sem a sucuri, num lago muito escuro perto daqui. A sucuri, no entanto, � um empr�stimo do zool�gico e n�o pode sair daqui. Como conseguir fazer com que a �gua de uma piscina fique da mesma cor da �gua do lago? Testes, testes e mais testes. Solu��o: pinta-se o fundo de um certo tom de marrom e junta-se uma certa quantidade de corante � agua. Mistura-se bem, acrescenta-se sucuri � gosto e serve-se � plat�ia, que sequer desconfiar� do trabalho que foi inserir a cobra na hist�ria.  Juca de Oliveira est� chocado com o desmatamento que tem visto ao longo dos �ltimos meses. Tamb�m est� revoltado com o que aconteceu com a Madeira Mamor�, e acha que algu�m tinha que ser responsabilizado por isso: como se assassina de forma t�o perversa uma estrada de ferro e auto-estima de uma cidade? Concordo com ele, totalmente. O sucateamento desta ferrovia teve requintes de maldade que n�s conhecemos bem no Rio, onde o Pal�cio Monroe foi derrubado pelo mesmo motivo -- o capricho mals�o de meia d�zia de milicos.  Na hora do almo�o, conversando com os atores, fiquei sabendo que rola um clima de intriga muito chato na imprensa local. Frases que eles nunca disseram s�o inventadas, outras, que disseram, s�o tiradas de contexto e distorcidas, gerando uma sucess�o de mal entendidos. Rond�nia fica a 3.500 kms do Rio, a miniss�rie acaba logo e, em tese, isso n�o teria -- como n�o tem -- a menor import�ncia. Mas eles est�o tristes porque, sem exce��o, est�o adorando o lugar e a aventura magn�fica que est�o vivendo. A rela��o dos f�s com as celebridades sempre me assusta. Os f�s desenvolvem sentimentos fort�ssimos e irreais pelos seus �dolos; alimentam uma paix�o de m�o �nica que a rigor n�o � nada, mas que � menor contrariedade transforma-se num �dio igualmente intenso e inexplic�vel. Estranho, muito estranho.  Terminei o dia fazendo um tour pela cidade com os meus mais novos amigos de inf�ncia, a Iva (a da bicicleta) e Ren�, seu marido. Os dois vieram me buscar no hotel, me mostraram muitas coisas bonitas, me falaram da sua vida aqui e, por fim, me levaram a um barzinho ideal, cheio de coisas boas para beliscar. Ao contr�rio do dia, a noite estava amena, com uma brisa gostosa que vinha do rio. Estou gostando demais de tudo aqui, do meu encontro inesquec�vel com Mad Maria � simpatic�ssima hospitalidade local. At� a ducha do banheiro, que ontem estava meio assim-assim, hoje virou um Ni�gara. N�o sei o que deu nela, e nem vou perguntar: vai que ela se chateia e volta a ser o que era... Bom, pessoas, com isso me retiro. Com sorte, tenho quatro longas horas de sono at� o despertador tocar. 03:20
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16.11.04
 Porto Velho A cidade, para quem esperava selva fechada ou mesmo cidades como Manaus ou Bel�m, mergulhadas em lendas e no imagin�rio amaz�nico, � uma surpresa. � pequena, simp�tica, tem cantos que, n�o sei por que, me lembram a Ilha do Governador dos meus tempos de crian�a. O calor estava perfeitamente razo�vel, mas todos foram un�nimes em dizer que ontem foi um dia excepcional. O hotel � bom, tem um restaurante correto, bons colch�es, a ducha � mais ou menos, mas o ar refrigerado � nota mil. Amanh� sa�mos �s sete, grava��es em Santo Ant�nio. A produ��o � meticulosa e tem um quadro de avisos enorme no hall. Um deles diz: Figura��o:
60 barbadianos 02 espanh�is mortos 05 espanh�is 25 chineses 15 diversas ra�as Gostei desses 02 espanh�is mortos. Se houver papel para uma centro-europ�ia morta vou me oferecer; � a �nica coisa me sinto capacitada para fazer em termos de interpreta��o -- notem que n�o � "morrendo", � mortos mesmo. � tarde dormi e sa� sozinha para um passeio ao p�r-do-sol. Andei bastante. Os pontos altos de Porto Velho, numa primeir�ssima impress�o: -- O cheiro das ruas. H� �rvores frut�feras por toda a parte, e o cheiro � uma gl�ria. -- O sol enorme e avermelhado do fim da tarde. -- As pessoas, muuito simp�ticas. Imaginem que comecei a bater papo com tr�s mo�as perto de rio, e perguntei se elas sabiam onde eu podia alugar uma bicicleta. Aqui n�o h� aluguel de bicicleta, mas a Iva -- este o nome dela -- vai me emprestar uma que comprou e nunca usou. Tem que encher os pneus, mas amanh� vou l� pegar. N�o � a coisa mais gentil? Boa noite a todos. Amanh� tenho uma longa jornada pela frente. Ah, sim: em rela��o � conex�o -- sem problemas! A plaquinha CDMA da Vivo � o que h� de bom, estou pilotando o notebook a 230,4Kbps. Enquanto isso, ou�o a trilha sonora de Chocolat, escrita por Rachel Portman (que tamb�m fez a maravilhosa trilha de Cider House Rules); as caixinhas de som s�o �timas. Estou feliz. 03:36
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15.11.04
 Ol�, voc�s a� embaixo...! Conforme se v�, cheguei s� e salva, inda que morta. Dormi quatro horas, e agora vou sair para ver um pouco da cidade. Aqui s�o 17h28, duas horas de diferen�a, pois. Fiquem bem! Beijinhos para todo mundo. 19:18
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Oi Multimidia
 A primeira etapa e' daqui a Brasília. Depois, Porto Velho. 07:56
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Oi Multimidia
07:52
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Oi Multimidia
07:44
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Oi Multimidia
 Fui 07:42
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14.11.04
Recadinho da LauraA Laura, como quase todo mundo aqui j� sabe, � a minha irm�. Pois ela me pediu para divulgar esta notinha: A nossa amiga Suely Vendas est� dando aula como volunt�ria na creche do Pav�o-Pav�ozinho. S�o crian�as de 1 a 5 anos de idade. Ela me disse que falta tudo. Tudo mesmo. Estamos pedindo doa��o daquelas coisas b�sicas que se usam em creche: l�pis de cor e de cera, pilots, pinceis, tintas guache, massa de modelar, papel colorido, cartolina, cola, carimbos, tesouras infantis, papel celofane ou crepom, livros, brinquedos e jogos de todo o tipo, al�m de produtos de higiene pessoal -- toalhas, sabonete, shampoo, pasta de dente e escovinhas infantis -- para o banho da crian�ada. Biscoitos tamb�m servem! E o que mais as pessoas inventarem!
As doa��es podem ser feitas direto para a Suely: 2539 5462 ou para mim: Laura: 2539 7848, S�o Clemente 158 apto 604.
Muito obrigada!
Em tempo: � ajuda direta mesmo, ningu�m vai embolsar dinheiro, n�o passa por ONG ou programa governamental, nada. Portanto, pessoas, est� dado o recado. Quem puder contribuir com alguma coisa a gente agradece muito. 17:52
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Ta�, � mesmo...Colhido na mailbox: "Com Bush reeleito, o Exterminador do Futuro ao seu lado e o Super-Homem morto, quem � que vai nos defender agora?!" 16:15
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Historinha felinaPara come�ar bem o domingo, a linda e ver�dica historinha felina vivida pela fam�lia da Bia Petri; por "manh� de hoje" entenda-se, por�m, uma semana atr�s -- � que a vossa blogueira anda meio lerda nos posts... "Eram 6:20 da manh� de hoje quando eu e meu marido acordamos com miados de nossa gatinha mais nova -? chama-se Iali.
Mas era aquele tipo de miado que comunica que alguma coisa muito errada est� acontecendo. Moramos numa cobertura, no 12 andar, em Icara�, Niter�i. Temos rede de prote��o em todas as janelas, mas n�o na mureta do terra�o. Temos cinco gatas -? que s�o nossa vida... ?- h� oito anos e nunca nenhuma delas havia manifestado tanta vontade de conhecer o toldo do apartamento do andar abaixo do nosso.
Mas gato � assim, inventa sempre uma hist�ria diferente.
Pois bem, Iali pulou da mureta do terra�o para o tal toldo. Embora meu marido seja bem alto, e por mais que ele tentasse alcan��-la, n�o havia jeito. Para piorar a situa��o, o material do toldo -? que j� estava velho -? furou.
Liguei ent�o para os bombeiros -? 3 GBM de Niter�i -? e rapidamente eles chegaram aqui. Em poucos minutos salvaram Iali.
J� escrevi ao Comandante da Corpora��o para agradecer a presteza e a efici�ncia desses bombeiros. Esse tipo de a��o exemplar s� faz aumentar nossa confian�a numa Corpora��o j� reconhecidamente competente.
Antes de irem embora, agradecemos muito a eles e eu comentei como a popula��o se sente amparada pelo trabaho deles. Um dos bombeiros ent�o deu um pequeno sorriso de satisfa��o.
Foi bonita a cena!
(....)
Ver hoje o trabalho competente e a dedica��o dos bombeiros para salvar o que boa parte da popula��o chamaria de um simples gatinho preto me traz um alento enorme, quase imposs�vel em tempos t�o intoxicantes como este em que vivemos.
Iali, Sofia, Alice, Brigite e Mi� Mi�, meu marido e eu come�amos a semana com um grande exemplo de humanidade." (Bia Petri) 04:56
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13.11.04
 A �ltima foto da mariposa. E agora? Qual saiu melhor? Nessa tem um detalhe que eu photoshopei pra ver como ficava: o poste. Detesto esses postes alt�ssimos aqui da Lagoa, que atrapalham tudo o que a gente fotografa da janela.21:16
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Rond�niaPessoas, hel-l�-ou... Estou vendo pelos coment�rios que h� certa confus�o em torno das datas da viagem; mas eu s� vou na segunda, OK? Depois de amanh�. Ainda h� tempo para dicas... :-D18:40
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 Indo para casa 17:59
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 Copa 16:54
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 E outra... 15:49
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 Uma j� chegou... 15:38
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 Esperando pela Laura, pela Bia e pela Mam�e 15:30
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 Outra vers�o da foto da mariposa (a terceira � parecida com esta, mas vertical; depois eu posto tamb�m). Bom fim de semana para todos! 13:40
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 Martin�lia e Faf�, com um dos seus modelitos mais discretos... 01:09
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00:05
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12.11.04
Oi Multimidia
 Show!!! 23:35
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 No engarrafamento 16:13
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 Adivinhem s� quem me chamou a aten��o para esta pequena mariposa pousada do lado de fora da janela? Mal tive tempo de pegar a c�mera; fiz tr�s fotinhas e zum, ela foi embora. N�o sei se teve id�ia do cruel destino que a aguardava do lado de dentro, ou se cansou de ficar parada. Agora tem sete peludos inconformados aqui ao meu lado, miando para a janela... *suspiro* 14:27
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A vida por um (sem) fioCelular -- um grito de socorro Cena um: m�e amorosa leva filhinho para a escola. No caminho, ficamos sabendo que J�ssica Martin (Kim Bassinger) � professora de ci�ncias. Cena dois: J�ssica volta para casa, troca duas palavras com a diarista e, antes que a gente possa dizer Sony-Ericsson, � seq�estrada por um bando sinistro que n�o hesita em matar a dom�stica. Que n�o restem d�vidas na cabe�a do p�blico: eles s�o maus, muito maus. Cena tr�s: em pleno cativeiro, J�ssica consegue conectar os fios de um telefone quebrado -- ela � professora de ci�ncias, lembram? -- e pede socorro ao desconhecido que atende do outro lado da linha. Este calha de ser Ryan (Chris Evans), um boyzinho desocupado mas de bom cora��o, que se comove com o que escuta e vai � luta. A �nica coisa que os une, e que pode levar � salva��o de J�ssica, � aquela prec�ria conex�o telef�nica. Mas se ela est� pendurada por dois fios t�nues como a plausibilidade dessa hist�ria, ele est� de posse, Deus seja louvado!, de um Nokia 6600, a �ltima palavra em celular. O filme, que em m�os erradas poderia ser o mais longo comercial de telefone de todos os tempos, � uma del�cia. � cheio de suspense, de viradas inesperadas, de bom humor e de boas sacadas, cumprindo �s mil maravilhas a nobre miss�o de divertir o espectador. A �nica coisa que me aflige, neste e em todos os outros filmes em que celulares da Nokia fazem figura��o, � o comportamento bizarro dos usu�rios. Embora conhe�am todos os truques dos aparelhinhos, nenhum deles jamais se lembrou de fazer a primeira coisa que faz qualquer cidad�o ao comprar um celular na vida real: mudar o som da campainha. (O Globo, Rio Show, 12.11.2004)13:27
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Pr�xima parada: Rond�nia!Pessoas, estou indo a Porto Velho na segunda, e fico at� quinta. Vou aproveitar a desculpa de acompanhar as grava��es de uma miniss�rie da Globo para ver de perto a estrada de ferro Madeira Mamor�, que me fascina desde que, nos anos 70, ainda em Bras�lia, um amigo chamado Marcos Santilli, de quem me perdi ao longo da vida, voltou de l� com umas fotos assombrosas. Um ou dois anos depois, outro amigo, M�rcio Souza, escreveu "Mad Maria" -- que devorei como uma tra�a ansiosa. Este �, por sinal, o romance que deu origem � s�rie agora filmada. J� estive em Manaus e em Bel�m algumas vezes, mas esta � a primeira vez que vou a Rond�nia. Pergunto: algu�m j� esteve l�? Alguma recomenda��o especial, dica, sugest�o? Agrade�o de antem�o! Mesmo tendo que embarcar �s oito da manh�, estou empolgad�ssima com esta viagem... :-)01:37
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   Quando desci para fazer umas fotos na Lagoa, acabei me encontrando com a nossa popstar quadr�pede -- que estava num �timo dia, disposta a conversar com a imprensa. Aproveitei a oportunidade e... clic clic clic! 01:04
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11.11.04
   The ugly AmericanVoc�s viram o site onde os americanos conscientes de que dividem o planeta com outras pessoas pedem desculpas ao resto do mundo. Pois � claro que j� existe um outro, onde os americanos que querem que o mundo se lasque d�o a resposta (obrigada pela dica, Maur�cio!). Olhei para alguns daqueles caras e fiquei muito impressionada; perto deles, Bush parece um intelectual refinado, um poeta l�rico, praticamente uma flor de estufa. N�o � � toa que, no site do bem, apareceu esta foto:  O texto diz: "Querido Mundo, sentimos muito. Metade de n�s est� apavorada. E com raiva. Tanta raiva que estamos cuspindo fogo. Por favor, perdoem-nos. N�s estamos tentando consertar as coisas. Eu tinha medo do meu presidente, mas agora tenho medo do meu pa�s tamb�m... Com votos de Paz e Amor, Angela e Massachusetts" Houston, we have a problem! 05:00
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 Adeus, "Brasileirinho"!Maria Beth�nia despede-se no Canec�o e cronista divaga, pensando no Napster e nas gravadoras No comecinho de setembro recomendei aqui, aos 17 leitores do Xex�o (os meus 17 estavam de f�rias), que n�o perdessem, por nada!, o extraordin�rio ?Brasileirinho?, da n�o menos extraordin�ria Maria Beth�nia ? disparado um dos shows mais lindos que j� vi e, certamente, o mais afinado com o momento que vive o brasileiro, em geral, e o carioca, em particular, t�o feridos na sua auto-estima. O Brasil de "Brasileirinho", dizia eu e continuo dizendo, � o avesso da pocilga pol�tica, o oposto da bo�alidade violenta e acachapante que nos corta os dias; � a p�tria querida, o pa�s do cora��o e das mem�rias que tanto amamos, e no qual, afinal, nos reconhecemos. Pois depois de uma temporada paulista, "Brasileirinho" est� de volta ao Canec�o. S�o s� tr�s dias, a partir de amanh�. E a� -- definitivamente -- adieu, adi�s, good-bye, porque a vida segue e h� novos sons e novos caminhos a percorrer. "Brasileirinho" ser�, ent�o, apenas uma lembran�a na estante e no player , entre os outros CDs e DVDs. Depois n�o digam que n�o avisei. * * * Quando Maria Beth�nia foi contratada pela Biscoito Fino, em 2002, ouvi gente estranhando, achando que ir para uma gravadora independente era uma esp�cie de mau passo para quem, como ela, vinha de uma carreira vitoriosa nas grandes multinacionais, as famigeradas "majors". Nunca entendi este ponto de vista. Para mim, era exatamente o contr�rio; e mais uma prova da intui��o fenomenal de Beth�nia. Tendo acompanhado de perto a luta que as "majors" travaram para liq�idar o Napster (a rede onde se trocavam arquivos de m�sica pela internet), eu estava convencida, como ainda estou, de que elas s�o organismos fadados � extin��o, por falta de agilidade e de vis�o. * * * Para quem ignora o sucedido: no Napster, que era uma �nica rede, situada num �nico e espec�fico ponto da internet, alguns milhares de usu�rios, na maioria estudantes, trocavam m�sicas entre si. A maior demanda era, claro, pelo som da moda; mas posso assegurar que poucas vezes se viu tanta gente t�o interessada em descobrir a m�sica e a cultura de outros pa�ses do que naqueles servidores. Durante aquele tempo feliz, conheci cantores gregos, espanh�is, africanos; recomendei uma quantidade de can��es brasileiras e at� alguns fados para desconhecidos que, dos pontos mais distantes do planeta, batiam na minha janela virtual perguntando o que havia de bom para se ouvir na minha l�ngua. E l� -- s� l� -- encontrei Domenico Modugno cantando "L?uomo in frack", depois de ter percorrido dezenas de lojas de discos italianas ao longo de tantas e tantas f�rias. A verdade � que, para um imenso contingente de ouvintes, o Napster virou tamb�m a rede ideal para resgatar do descaso das gravadoras cardumes inteiros de int�rpretes e repert�rios esquecidos, presos em discos e fonogramas cuja reedi��o n�o oferecia suficientes atrativos comerciais. Para as gravadoras, incapazes de perceber o que estava acontecendo por tr�s dos computadores, o que havia ali era �nica e exclusivamente uma coisa: pirataria. Conseq�entemente, apontaram contra o Napster a sua resposta padr�o para qualquer amea�a -- o ex�rcito de advogados mais bem pagos do planeta. Foi uma luta feia e equivocada, bastante semelhante, guardadas as devidas propor��es, � luta de Bush contra o terrorismo. Primeiro resultado: gra�as � publicidade gerada pela repercuss�o do processo, o Napster, at� ent�o relativamente desconhecido, virou febre na internet -- e gente que sequer ouvira falar em MP3 viu-se, de um dia para outro, baixando m�sica freneticamente. Segundo resultado: assustados com a f�ria assassina das gravadoras, os milhares de antigos e milh�es de novos usu�rios se espalharam por dezenas de outros sistemas, todos parecidos com o Napster, mas sem a sua universalidade e centraliza��o. Pior: uma multid�o fugiu para os bra�os dos piratas de verdade, esses que vendem CD a dois real, e que seriam um alvo t�o leg�timo para a RIAA. Terceiro resultado: em meio � batalha jur�dica, a roupa suja das gravadoras acabou sendo lavada em p�blico. Junto com a persegui��o movida ao Napster e aos usu�rios, isso lhes valeu a antipatia eterna de seus principais consumidores. Tiro no p� � pouco. * * * Ora, neste cen�rio praticamente p�s-apocal�ptico, num mercado em que, al�m de tudo, a �nica preocupa��o parecia ser vender quantidades cada vez maiores de m�sicas cada vez piores, o espa�o para as gravadoras independentes foi se ampliando. Livres dos efeitos colaterais da Grande Guerra do Napster, caprichosas e sem medo de nadar contra a corrente, elas s�o, hoje, a salva��o de quem quer ouvir o que quer ouvir -- e n�o o que as gravadoras querem que ou�a. Vejam o ecl�tico cat�logo da Biscoito Fino, por exemplo, para ficarmos apenas na que nos trouxe o inesquec�vel "Brasileirinho". Tem Ol�via Byington, Z� Renato, Yamand� Costa, Paulo Moura, Wagner Tiso, Mi�cha, Billy Blanco, Bibi Ferreira e mais uma constela��o de sonho, sem falar na prata da casa, Francis e Olivia Hime -- uma de suas donas, junto com Kati Almeida Braga. Logo ter� quase todo o Tom Jobim, junto com a Jobim Music. � um verdadeiro ch�o de estrelas, a Elenco do (ainda) novo mil�nio. (O Globo, Segundo Caderno, 11.11.2004)03:10
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10.11.04
Oi Multimidia
 Que tal? 21:49
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Oi Multimidia
 Copa 20:27
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Update: N�o sei por que, a legenda n�o veio. Dizia: Da s�rie Gatos que Ralam: esta gatinha trabalha na Taywana Bijuterias, na Figueiredo de Magalh�es 219 -- e �, claro, o xod� da clientela. A loja � humilde, n�o tem nada de muito especial, mas sempre se acham umas coisinhas l�. 19:39
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 Em Copa... 16:02
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 No Copa 15:45
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 Tutu embaixo da mesa 13:54
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 Bom dia! 11:52
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     Ah, coitados... H� um site onde americanos que n�o votaram em Bush est�o pedindo desculpas ao resto do mundo. N�o vai adiantar nada, porque estamos todos fritos do mesmo jeito, mas pelo menos � muito simp�tico da parte deles. Convenhamos, ali�s, que esses inocentes est�o em pior situa��o que a gente. N�s pelo menos n�o precisamos viver no meio daquela paran�ia, ouvindo tudo o que o Gr�o Biltre tem a dizer; j� eles n�o t�m para onde fugir, at� porque n�o cabe todo mundo no Canad�. Tsk, tsk... 06:12
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 Lar doce lar! 05:10
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05:01
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 Sempre a minha espera... :-) 04:59
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04:48
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 FUI! 04:45
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 F-O-I 04:39
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Surfando esperoEnquanto espero o carro da reda��o para ir para casa, descobro isso: h� 35 configura��es poss�veis de Vaio 170! 04:19
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Eu, hein... Vi no Pedro Doria, marquei, s� agora tive tempo de conferir se era o que eu estava pensando. Estranho, muito estranho. J� vi bastante disso, mas com dom�nio com.br � a primeira vez. Ou a pol�cia t� dando mole, ou armou uma arapuca hi-tech. Update: S� agora ouvi a m�sica, ali�s muito manieirnha -- os micros do jornal n�o t�m som. T� com todo jeito de trote. 04:07
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03:20
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 Madrugada no jornal 02:55
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Exatamente!Marina W tamb�m foi ao show da Bebel Gilberto. N�o cheguei a v�-la por l�, mas lendo o seu blog vi que tivemos a mesm�ssima impress�o; a diferen�a � que ela descreveu esta impress�o muuuuuuuuuito melhor do que eu. De quebra, lembrou uma coisa que me deixou revoltada, mas que esqueci de comentar: o pre�o da Coca-Cola. R$ 8.50 a latinha, pode isso?! O Waldir tamb�m foi, mas este eu encontrei -- s� que, enquanto eu vinha embora �s carreiras, pra p�r o trabalho em dia, ele ficou at� altas horas, comemorando o anivers�rio. Parab�ns, querido Waldir! 02:14
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9.11.04
Oi Multimidia
 S+arck 21:39
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 Revezamento: Tati 20:17
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Oi Multimidia
19:10
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Oi Multimidia
18:06
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Oi Multimidia
16:11
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Oi Multimidia
16:07
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Oi Multimidia
16:01
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  Menina do RioDesde que a Bebel Gilberto virou Bebel Gilberto eu n�o assistia a show dela; vale dizer, h� muito tempo. Pois ontem fui ao show do Tim Festival, no Golden Room -- e adorei. O repert�rio � �timo, a voz nem se fala e a banda est� � altura. Mas o melhor � ver a Bebel no palco, uma esp�cie de resumo todo nosso da World Music. Os ritmos e os gestos t�m um qu� de indiano, um tanto de africano e muito de Brasil; mais especificamente, de um jeitinho bem dengoso e carioca de ser. Ta�: um show de show. 02:01
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8.11.04
Oi Multimidia
 Netcat 21:35
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Oi Multimidia
 Um dois tres testando... 18:16
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  Para quem andava reclamando -- e com raz�o -- da falta de fotos da Fam�lia Gato, a� vai a Pipoca em dose dupla. As duas fotos foram feitas no mesmo dia, quinta ou sexta, n�o lembro bem; a diferen�a de tonalidade � que uma (a de cima) foi feita sem flash, e a outra com. N�o est� linda a minha popstar quadr�pede? 05:20
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 O Link, equivalente do Info etc. do Estado de S�o Paulo, revela alguns segredos da minha vida digital. Eles foram capturados pela Mari-J� Zilveti, como borboletas presas na rede de uma longa conversa que come�ou num dos telefones fixos aqui de casa, prosseguiu por dois celulares no taxi e terminou num dos ramais do Globo. Fiquei muito feliz com o carinho dela e dos meus demais colegas do Link, e orgulhosa da sua atitude simp�tica e generosa. 03:15
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7.11.04
 Um notebook pra chamar de meuH� tempos -- desde 1998, mais precisamente -- eu n�o configurava um notebook meu do zero, quer dizer: uma m�quina novinha para ser minha fiel companheira, com a qual me sinta completamente � vontade e na qual n�o sinta falta de nada. Aproveitei o fim-de-semana chuvoso, praticamente n�o sa� de casa e dediquei a maior parte do tempo que sobrou dos escreve.escreve.escreve.escreve. l�.l�.l�.l�... l� de baixo para arrumar o Vaio -- que j� est� quase no ponto. Desinstalei muitas coisas, instalei outras tantas. Saiu o Norton Antivirus, entrou o Avast; saiu o Internet Security, entrou o Zone Alarm; saiu o Works, entrou o Office; saiu o IE, entrou o Firefox; saiu o Outlook, entrou o Thunderbird. Pela primeira vez, tenho uma m�quina sem Eudora; vamos ver se consigo sobreviver sem ele. Criei v�rios tipos de conex�o, inclusive uma discada, movida a ISM, meu provedor favorito. Baixei o iPass, software de uma esp�cie de cons�rcio global de provedores, que funciona �s mil maravilhas em todas as partes do mundo. Que mais? iTunes e Winamp, para m�sica; Irfanview, meu software de predile��o para dar uma olhada r�pida e fazer ajustes b�sicos em imagens; Photoshop 7; Picasa; o Houaiss e o Maxi Dic, da Melhoramentos, um dicion�rio multil�ngue. O Aur�lio n�o entrou porque as minhas instala��es est�o esgotadas -- arghhhhhhhhhhhhhhhh, o horror que eu tenho a prote��es de software mal pensadas!!! Depois disso, claro, tive que configurar cada programa de acordo com as minhas idiossincrasias: as imagens devem ser exibidas em janela cheia? Uma ap�s a outra? Que tipo de arquivo � aberto com o qu�? E assim por diante. S� o Photoshop � coisa para um dia de trabalho, considerando-se que uso pelo menos meia d�zia de plugins. E o pior � que tenho que prestar aten��o em todas as insta��es, porque o HD desta m�quina n�o � afinal t�o grande, e � bom guardar espa�o para as m�sicas e as fotos. Os toques finais (ou quase): escolher uma foto para wallpaper (que ainda vai mudar milhares de vezes) e colar minhas iniciais na tampa. H� alguns anos achei uma loja que vendia alfabetos cortados em pl�stico adesivo, em diversos tamanhos. Comprei uma cole��o de C, T e R amarelos, em v�rios modelos. Pois o �ltimo set acaba de ser colado no Vaio. Na parte de baixo, um adesivo de Veneza, que j� trouxe de caso pensado para o meu futuro notebook; para que ele possa sonhar com o lugar ao qual um dia iremos juntos, passar uma boa temporada. 23:55
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  A quer�ncia e os quero-queros"Temos na paisagem do Pampa riograndense um p�ssaro chamado quero-quero, que � considerado a sentinela do Pampa. O quero-quero, diferentemente de outras aves, faz os seus ninhos no ch�o, vivendo a maior parte do tempo em contato com a terra e apegado ao lugar onde vive. A este lugar em que o quero-quero, outros bichos e o pr�prio ser humano costumam ficar, no linguajar ga�cho n�s chamamos de "quer�ncia". Em portugu�s esta palavra se reporta ao verbo querer. A quer�ncia � um lugar que tem uma vontade, um querer origin�rio, conforme a pr�pria etimologia da palavra indica. Mas n�o � um querer isolado e separado do querer humano, dos animais e das plantas que ali vivem. O querer da quer�ncia requer o querer de tudo o que ali vive, de tudo o que pertence ao lugar, inclusive a paisagem. Ser apegado a um determinado lugar � ser aquerenciado. O processo de se apegar a um lugar se expressa com o verbo "aquerenciar". Ser aquerenciado significa tamb�m estar de bem com a vida, estar na posse da plenitude do sentido da vida. Na sabedoria camponesa aqui do sul do Brasil, da Argentina e do Uruguai, do ga�cho, a felicidade � o pr�prio sentido de pertencer a um lugar." (Celso Marques) 21:02
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6.11.04
   escreve.escreve.escreve.escreve.telefone.blablabla.blablabla.blablabla.escreve. escreve.escreve.escreve.escreve.telefone.blablabla.escreve.instalasoftware. configuram�quina.reboot.brincacomgato.instalasoftware.reboot.testa.testa.testa. l�.l�.l�.l�.l�.l�.l�.l�.escreve.escreve.fazcarinhonogato.escreve.telefone. blablabla.blablabla.tiragatodecimadoteclado.blablabla.blablabla.blablabla. estudatelefone.liga.desliga.conecta.l�.l�.l�.fazcarinhonogatox7.desce. bicicletanalagoa.banhodechuva.sobe.cumprimentagatox7.banhodechuveiro.escreve. escreve.escreve.telefone.blablabla.gatonocolo.blablabla.seveste.sai.FESTA.FESTA. volta.cumprimentagatox7.tratafoto.tratafoto.tratafoto.tratafoto.limpav�mitodegato. tratafoto.tratafoto.tratafoto.tratafoto.capinablog.regablog.cama. zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz... no som, diversos concertos para violencelo tocados por jacqueline dupr�. 06:07
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5.11.04
Surfe de cordelF�bio Fabuloso O Bonequinho est� olhando porque esta �, sinceramente, a posi��o mais neutra que consegue assumir. N�o sendo surfista, n�o tem como avaliar, pragmaticamente, a qualidade do que lhe � apresentado na tela. Achou bonitas algumas tomadas de cena, empolgou-se com a habilidade de F�bio Gouveia ? o ?F�bio Fabuloso? do t�tulo ? e dos outros surfistas apresentados. O Bonequinho acha que, para quem pratica o esporte, o filme � um prato cheio, digno de ser aplaudido de p�; para as namoradas dos surfistas, que v�o ao cinema fazer companhia aos queridos, � legal, e pode ser aplaudido sentado. O problema � que nem s� de surfistas e namoradas de surfistas se faz o p�blico. Para o resto da humanidade, que at� acha surfe um belo esporte mas contenta-se perfeitamente com os eventuais cinco minutos que v� na televis�o, ?F�bio Fabuloso? pode ser uma roubada: a gente s� se d� conta de que ele foi filmado nos lugares mais lindos do mundo por causa das legendas: Taiti, Fernando de Noronha, Hava�... Na tela, o que se v� � sempre a mesma coisa: uma onda enorme, habilmente cavalgada por um rapaz montado numa prancha. O que salva ?F�bio Fabuloso? da mesmice dos filmes de surfe � que ele n�o nega as origens paraibanas nem no sotaque nem na apresenta��o: � um cordel da gota serena, em que as pranchas substituem, assumidamente, as peixeiras dos cabras. (O Globo, Rio Show, 5.11.2004) 21:04
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Coisas de telefoneO telefonino est� doente, coitado: n�o consegue enviar fotinhas. O pior � que estou �s voltas com um Motorola V710 que ainda n�o sei usar direito, e nem tenho tempo para ver o que h� de errado com o bom e velho Nokia. Essa minha profiss�o tem um lado bom e um lado ruim. O lado bom � que a gente v� os brinquedinhos antes de todo mundo; o lado ruim � que, quando come�a a se acostumar com eles, eles v�o embora... O Treo 600, por exemplo: estou com muita saudade. E estou tamb�m muito frustrada, porque o que eu mais queria saber a respeito da brincadeira n�o fiquei sabendo: quanto custa usar intensamente aquele aparelhinho, tal como usei na viagem a Florian�polis (ali�s: n�o desesperem, amigos -- um dia, as nossas fotos ser�o postadas!). A Claro diz que os chips de teste n�o t�m veloc�metro, n�o marcam o uso. Acho essa explica��o estranha; ent�o n�o h� registro algum do que aquele espec�fico n�mero consumiu em voz e envio de dados?! Eu, hein. Por outro lado, ontem mesmo me escreveu um leitor dizendo que a operadora n�o oferece mais GPRS para pessoas f�sicas, s� para o mercado corporativo. Ele, que gastou os tubos num daqueles Sony Ericsson sonho-de-consumo est�, agora, a ver navios. Tenho a impress�o de que a raz�o pela qual n�o me disseram quanto custa usar um Treo � que o uso deve sair quase t�o caro quanto o aparelhinho em si; ainda n�o me esqueci da primeira semana de f�rias na It�lia, de telefonino em punho, content�ssima por estar vivendo sem fronteiras -- at� ver os cem euros que tinha posto no celular desaparecerem como num passe de m�gica. No fim da temporada, com o que gastei usando o telefonino, poderia ter comprado o seu irm�o mais novo e mais esbelto... 05:48
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Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!Eu DETESTO hor�rio de ver�o. DETESTO.05:43
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4.11.04
Fotinha de telefone
Estou testando um novo telefone com camera. E apanhando que s�... 20:34
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 Nelson Freire, ontem de noite. 19:16
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ThunderbirdInstalei o Thunderbird, novo cliente de email Mozilla, no notebook. Isso foi h� tr�s dias e, at� aqui, tudo bem, como dizia o suicida que pulou do d�cimo andar ao passar pelo terceiro. Ele me parece um crossover do Outlook com o Eudora; a cara � mais para Outlook, as fun��es mais para Eudora. Importou muito bem os endere�os e filtros do Eudora, mas at� agora n�o percebi o seu potencial anti-spam. Acho que estou chegando ao limite da resist�ncia humana; 99% do que chega � minha mailbox � spam. As mensagens de verdade s�o trituradas no meio do caminho pelos muitos filtros com que, inutilmente, tento me defender. Ali�s, n�o sei se est� acontecendo com voc�s tamb�m -- mas na minha mailbox o �ltimo hit do mundo spam � rel�gio falsificado. Acho que j� h� mais spam de Rolex falso do que de Viagra, Xanax e Vicodin, at� aqui os campe�es incontestes do lixo digital. V� entender. 04:17
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 O Rio de Janeiro continua lindoFelicidade: uma longa pedalada noite adentroO Mill�r gosta muito de usar uma frase que, h� tempos, � piada particular na nossa roda: "Cu�ndo yo pienso que yo soy general del glorioso ej�rcito de la Republica del Paraguay, yo me tiemblo de mi mismo". N�o tenho no��o de onde ele tirou isso, mas no s�bado passado me senti meio assim. Quando lembro que passei quase seis horas andando de bicicleta, yo me tiemblo de mi misma. Tudo come�ou da forma mais simples poss�vel. N�o resisti � luz deslumbrante l� de fora, peguei a c�mera e fui para a Lagoa. Parei no Cantagalo para fotografar o casal de quero-queros e a minha garcinha branca favorita, que acompanhei enquanto pescava o jantar e que consegui, at�, fotografar de caranguejo no bico. � mansinha e, se a gente n�o fizer movimentos bruscos, pode passar a tarde a seu lado, que ela n�o se incomoda. No Cantagalo me encontrei, por acaso, com um �timo amigo que s� conhecia de internet (viva, Andr�, at� que enfim!); com a Marcela, minha vizinha de porta, acompanhada pelas duas cadelinhas que, at� hoje, desafiam o entendimento dos gatos; e com o Ney Latorraca, que mora logo ali, e que me contou uma �tima hist�ria de encontro com a capivara. Depois de toda a social, segui pelo lado da Curva do Calombo e parei na altura do Vasco para ver a outra capivara, que anda meio arredia. J� estava escuro, n�o havia mais um fiapo de luz mas, usando o tronco de uma �rvore como apoio para a c�mera, ainda consegui fazer uma foto dela. � certamente a pior foto de capivara do mundo, mas pelo menos o momento ficou registrado... De l� passei no clube, onde desencontrei da Bia para a aula de spinning das seis e meia (at� porque j� eram quase oito), mas me encontrei com a Renata Sab�ia, que consegue manter a linha mesmo fazendo os melhores sorvetes do planeta. Conversamos sobre uns sabores tentadores que v�o entrar em cartaz no ver�o, tomei um caf� e segui em frente. Quando estava na reta para casa (pedalando -- yes!!! -- sem as duas m�os) vi a lua surgindo, linda linda, por tr�s da montanha. Parei encantada e, enquanto tirava mais fotos, decidi correr at� a praia. Uma lua daquelas, sinceramente, tinha que ser fotografada sobre o mar. O detalhe � que, at� ent�o, eu ainda n�o havia sa�do de bicicleta pelo meio do tr�nsito, muito menos do tr�nsito noturno. Mas l� fui, assim mesmo. Peguei a Vin�cius e consegui chegar � Vieira Souto pelo meio dos carros e do povo sem atropelar ningu�m e sem me machucar; da ciclovia de Ipanema fui at� o Arpoador, segui para Copacabana e, viva! ainda peguei a lua cheia, redonda como um tamanco, iluminando os pescadores do Posto Seis. A noite estava t�o bonita, por�m, que decidi continuar. Parei de novo logo adiante, para fotografar a est�tua do Drummond (que ainda n�o conhecia) e, de l�, fui at� o Copacabana Palace, de onde comecei a jornada de volta. No meio do caminho, encontrei a Claude Amaral Peixoto com seus dois c�ezinhos, muito parecidos com os da Marcela. Demos um tempo num quiosque para p�r a vida em dia e, na seq��ncia, enquanto ela ia passear com os bichinhos, eu voltava para a ciclovia. Minha id�ia era ir direto para casa, mas tive que parar no Posto Seis. � que havia uns p�ssaros interessant�ssimos perto do mar, uns tr�s martins-pescadores e uma meia d�zia de outros, que nunca tinha visto, meio parecidos com ping�ins e com um penacho branco bem comprido. Carreguei a bicicleta para areia e l� fiquei, contente, observando como driblavam as ondas. Ainda tentei fotograf�-los tamb�m, mas eles n�o me deixaram chegar suficientemente perto -- e milagre, afinal, a c�mera ainda n�o faz. Considerando que j� era quase meia-noite e que, �quela hora, at� as capivaras j� estariam dormindo, me despedi deles e toquei para Ipanema, onde refiz o caminho da ida, �s avessas. Na Vin�cius, comi duas empadinhas de camar�o no botequim que fica ao lado da Casa Nelson e, pouco depois, estava em casa, contemplando, no computador, a colheita do dia. A primeira foto da tarde foi feita no bosquezinho em frente de casa, �s 16h58; a �ltima, dos p�ssaros, �s 23h17. Foi uma tarde puxada mas dormi feliz, de alma leve. No dia seguinte, o resultado das elei��es completou o fim-de-semana perfeito. * * * Mudando de assunto: juro que n�o entendi o au� contra os m�dicos que atenderam a C�ssia Eller. Uma pessoa bebe todas, cheira todas, chega ao hospital nas �ltimas -- e a culpa � dos m�dicos? A overdose foi de Plasil, � isso? Acho que est� faltando bom senso nessa hist�ria. Ou boa f�. Enquanto isso, ainda n�o li uma linha sobre os veterin�rios que atendiamm os galos nas rinhas recentemente estouradas. Quem s�o -- e onde est�o -- esses Harry Shibatas do mundo animal? (O Globo, Segundo Caderno, 4.11.2004)Os leitores do blog, naturalmente, j� leram esta cr�nica -- ou quase ela -- antes. Na verdade, a sugest�o de que o post sobre o passeio fosse publicado no jornal partiu daqui mesmo, dos coment�rios; valeu, gente! :-)03:57
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3.11.04
ResumindoBia recebeu um email de um amigo americano: "Well, you probably already heard the news . . . Bush won. I am moving to canada. Talk to you later. 19:07
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Oremos, irm�os!O pessoal da Internacional diz que tudo depende agora de Ohio -- mas n�o sinto qualquer otimismo neles. Para o Brasil, Bush ou Kerry d�o na mesma. Pessoalmente, acho os dois igualmente insuport�veis -- com a diferen�a que, como j� escrevi aqui uma vez, consigo ouvir o Kerry falar sem ter �nsias de v�mito. No Pal�cio do Planalto, a torcida (n�o declarada em alto e bom som, por motivos �bvios, mas sabida de todos em Bras�lia) � por Bush; em tese porque o Kerry seria ainda mais protecionista do que o Bush. Acontece que o Brasil n�o � uma ilha solta no mundo, como os americanos acreditam que (eles) s�o. Acho uma (prov�vel) vit�ria de Bush um desastre mundial, nem tanto pelos que os Estados Unidos venham ou n�o a fazer -- e que Kerry n�o faria ou deixaria de fazer muito diferente -- mas por causa do recado que o eleitor americano d� ao mundo, e que � simples, muito simples: Dane-se, mundo. Uma vit�ria de Bush significa que os Estados Unidos est�o contentes em ser o que s�o: um pa�s arrogante, totalit�rio e paran�ico, isolado da comunidade mundial, detonando o meio ambiente sem remorsos -- isso quando n�o o ambiente inteiro, que o diga o Iraque. Uma vit�ria de Bush � o triunfo do terrorismo, tanto o propriamente dito quanto o de estado; � o cerco cada vez maior �s liberdades civis, �s diferen�as de pensamento, a uma exist�ncia mais esclarecida, mais entrosada, mais consciente. 02:34
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2.11.04
Enquanto isso, l� em cima... As coisas est�o apertadas! Pesquisas de boca de urna d�o vit�ria para Kerry, mas os colegas da internacional, que est�o acompanhando as apura��es passo a passo, dizem que, por enquanto, ainda n�o d� pra prever nada. Afe. 23:20
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Mundo animalO Renato Guimar�es postou esta not�cia nos coment�rios; ta� uma cena que eu consigo imaginar perfeitamente! Voc� p�e a roupa na m�quina, se ausenta um minuto e pronto, � o que basta para um gatinho fazer besteira. Isso quase aconteceu aqui em casa algumas vezes, quando eles eram menorzinhos... Gato sobrevive a dez minutos na m�quina de lavar
Um filhote de gato com oito semanas de vida sobreviveu dentro de uma m�quina de lavar ligada por dez minutos na Gr�-Bretanha. A dona do gatinho Milo, Ginny Troth, de Worcestershire, ligou a m�quina sem perceber que o filhote tinha entrado dentro dela.
Depois de percebido o erro, o filhote foi levado imediatamente ao veterin�rio com hipotermia e �gua nos pulm�es, mas parece ter se recuperado completamente. (BBC, Londres) Ri muito com isso. Em compensa��o, fiquei arrasada com a primeira p�gina do jornal, ao ver a cara dos c�es descritos como " Matilha assassina". As pessoas maltratam os animais, deixam que passem fome e sede, n�o demonstram qualquer carinho por eles -- o que esperam em troca?! Tenho pena da senhora que foi morta mas, de todo o cora��o, mais pena ainda tenho dos pobres bichos, que devem ter levado vidas de c�o, literalmente -- e agora est�o no CCZ, com a pecha de "assassinos", provavelmente � espera de serem sacrificados. O caso dos pitbulls � diferente. A v�tima n�o tinha nada a ver com eles, estava apenas levando lixo para a lixeira. Os dois c�es que a atacaram foram mortos a pauladas. Neste caso, pelo menos, h� pessoa certa em cana: a que criava os cachorros. Pitbulls s�o um caso problem�tico para mim. Alguns amigos dizem que s�o c�es de boa �ndole, deturpados pelos criadores; mas h� tantos e tantos casos de ataques que fico pensando se ieso � realmente assim. At� porque nunca vi um d�lmata deturpado a este ponto, digamos, ou um cocker, ou mesmo um labrador, que � um c�o de todo tamanho que poderia dar cabo de uma pessoa, se quisesse -- mas os que eu conhe�o n�o querem nada, s� brincar e beber �gua de coco. H� diferen�as de temperamento muito claras entre os c�es de v�rias ra�as; n�o sou especialista neles, mas acho prov�vel que exista, sim, uma ou outra ra�a particularmente agressiva. O que eu sei, com certeza, � que cada epis�dio desses s� faz queimar a imagem dos bichos, em geral. Por que algu�m tem que criar exatamente a mais agressiva de todas as ra�as?! Ou a mais facilmente transform�vel em fera?! Para mim, o cachorro diz muito a respeito do dono -- exce��o feita aos protetores, que recolhem, sem distin��o de ra�a, credo ou cor os coitadinhos criados por humanos pouco confi�veis. Mas isso j� � outra hist�ria. 16:10
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Danke!H� algum tempo eu soube que o site do Deutsche Welle, canal de not�cias alem�o, estava fazendo um concurso para escolher os melhores blogs do mundo, os BOBs (Best of the Blogs). N�o levei muito a s�rio. Acho imposs�vel a tarefa de escolher sequer o melhor blog de uma �nica modalidade numa s� l�ngua, quem dir� o melhor blog gen�rico do mundo: afinal, como comparar um blog t�cnico em �rabe com um blog coletivo sobre a Uni�o Europ�ia em alem�o?! De qualquer forma, o fato � que, para minha (grata, confesso) surpresa, acabo de saber, pelo Marcelo Concei��o, do Estraga Filmes, que o internETC. est� entre os dez finalistas da categoria Blogs Jornal�sticos em Portugu�s (h� sete l�nguas oficiais na parada). Como seria de se esperar, o que n�o falta � concorrente brasileiro; amanh� vou fazer uma lista completa dos conterr�neos que est�o na disputa. � bacaninha esta brincadeira, porque h� bons pr�mios tanto para votantes quanto para votados... :-)05:16
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1.11.04
 Bike in Rio, a pol�micaMuito interessante o rumo que tomaram os coment�rios no post sobre o passeio de bicicleta. A cidade anda t�o intranq�ila que o singelo relato de uma tarde de lazer por pouco n�o vira roteiro de aventura. N�o � � toa que as pessoas est�o assustadas. O Rio est� mesmo violento. � uma cidade sem lei, onde o suposto secret�rio de seguran�a se d� ao luxo de deixar o cargo para fazer campanha por um pudim. Faroeste perde. Mas -- n�o minimizando em absoluto o caos em que estamos mergulhados -- maior do que a viol�ncia � o sentimento de inseguran�a. E, a meu ver, � isso o que mais tem afetado as nossas vidas. A gente saber que pode ser assaltado logo ali, a qualquer hora do dia ou da noite, � uma viol�ncia enorme, ainda que a gente jamais venha a ser assaltada. O pior � que � isso que leva as pessoas a se trancarem, a evitar a noite, a viver sem paz. N�o tenho d�vida de que um dia vai chegar a minha vez. J� fui assaltada em Olinda, em Salvador e em Roma; em Nova York levaram a minha bolsa no front desk do Drake, um hotel supostamente chique. As estat�sticas est�o contra mim aqui no Rio, onde nunca me aconteceu nada [toc toc toc]. Ainda. Mas vivo aqui, amo esta cidade e n�o quero deixar de aproveitar o privil�gio de ser daqui. N�o que eu me recuse a tomar conhecimento da situa��o; apenas n�o vou deixar de viver a vida porque, um dia, algu�m pode (vai) me levar a bicicleta e/ou a m�quina, ou mesmo (tomara que n�o!) me dar um tiro. A minha id�ia, por�m, � que, se a gente se deixa influenciar excessivamente por isso, acaba agindo como aquelas pessoas que n�o se envolvem com ningu�m por medo de sofrer no futuro, ou que n�o t�m bichos de estima��o porque, quando eles morrem, a gente quase morre tamb�m. Claro que tomo precau��es; tamb�m n�o sou doida! Guardo a chave num bolsinho interno da bermuda, por exemplo, ou pendurada no pesco�o: ficar sem bicicleta � chato, mas pior �, num caso desses, ficar trancada do lado de fora da casa. Levo apenas o crach� do jornal, porque tiro segunda via no dia seguinte, sem burocracia. Tamb�m n�o saio de bicicleta usando j�ias; guardo a c�mera numa bolsa de pano comum, sem qualquer aspecto hi-tech. A bicicleta, como voc�s j� viram nas fotos, � a Caloi mais simples que h�. Evito fotografar perto de grupos suspeitos -- mas tento evitar mais ainda a paran�ia de achar que todo mundo � suspeito. H� mendigos que se abrigam embaixo de uma �rvore no territ�rio da capivasca. Pois s�o s� mendigos; nunca tive problema com eles. Sinceramente? Ontem tive mais medo de ser atropelada ou de atropelar algu�m do que de ser assaltada, porque nunca havia andado antes no tr�nsito. E pronto, � isso. Confesso que adoraria ter uma bicicleta melhor, e gostaria muito de poder sair com as duas c�meras -- mas a� seria provocar demais o destino, e eu n�o abuso da sorte. 04:32
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 Assessoria ornitol�gicaPessoal, por favor, algu�m sabe me dizer o nome dessas aves? S�o grandinhos, um pouco maiores do que pombos, e estavam na beira d'�gua ali na altura da col�nia de pescadores do Posto Seis, bem tarde da noite, aparentemente ca�ando caranguejos ou tatu�s. Obrigada! 04:15
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Impeachment a R$ 1. J�!A derrota dos garotinhos em Campos � algo a comemorar com brinde e fogos de artif�cio. Imaginar que o sr. garotinha pudesse se candidatar � presid�ncia me deixava doente, literalmente doente. Afastado o susto, fico me perguntando como � que a dupla ainda est� solta, depois de tudo a que se assistiu nos �ltimos dias; a pol�tica fluminense chegou, nessas elei��es, a um grau de bandalha inaceit�vel, eu diria at� jamais visto se, neste pa�s, a gente j� n�o tivesse visto de tudo. At� quando vamos ter que conviver com isso?! Ser� que assistir passivamente ao desmonte total do estado por esta chusma � tudo o que nos resta a fazer como cidad�os?! ARGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! 03:35
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Muito bom!Acabo de ver um an�ncio �timo na GloboNews! A c�mera vai mostrando um monte de marmanjos trist�ssimos, com legendas assim: "o time dele ganhou de 6 x 3", "o time dele ganhou de 5 x 2" e por a� vai; ao fundo, a solene m�sica para os funerais da Rainha Mary, de Purcell -- aquela mesma que Kubrick usou na trilha sonora de "Barry Lindon" (que �, ali�s, um dos meus filmes favoritos). O comercial � para o pacote de jogos do Brasileir�o e, com certeza, n�o � novidade para ningu�m; mas ando vendo t�o pouca televis�o que, quando dou com uma coisa legal, fico empolgada. 02:34
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