31.10.04






Duas fotos soltas da garcinha. Depois subo mais.



A s�rie completa desta escalada est� no Fotki: � s� clicar na foto.










Estou me estranhando...

Tem uma frase que o Mill�r gosta muito de usar e que j� virou uma esp�cie de piada particular na nossa roda:

"Cu�ndo yo pienso que soy general del Ej�rcito del Paraguay, yo me tiemblo de mi mismo".

N�o tenho no��o de onde ele tirou isso, mas hoje estou meio assim: quando me lembro do que acabei de fazer, yo me tiemblo de mi misma. Vejam s�: sa� de bicicleta para dar a volta na Lagoa.



Parei no Cantagalo para fotografar os quero-queros e a garcinha branca, que acompanhei durante um temp�o e consegui at� fotografar fazendo uma boquinha: era uma vez um caranguejo!



No Cantagalo me encontrei, por acaso, com o Andr� e o Lucky (viva, Andr�, at� que enfim!), com a Marcela, minha vizinha de porta, com as duas cadelinhas que s�o o grande mist�rio da vida dos gatos, e o Ney Latorraca, que me contou uma �tima hist�ria sobre um encontro seu com a capivara.



Depois de toda essa social, segui em frente, parei ali no Vasco para ver a outra capivara (que est� muito arredia). J� estava escuro, n�o havia mais um fiapo de luz e fiz a pior foto de capivara do mundo, mas pelo menos o encontro ficou registrado...



Passei no clube -- onde desencontrei da Bia mas encontrei com dois amigos -- segui em frente e, quando estava ma reta para casa (andando sem as duas m�os!) vi a lua surgindo linda, linda por tr�s da montanha. Parei, tirei mais fotos... e decidi arriscar ir at� a praia para fotograf�-la sobre o mar.



Peguei a Vin�cius e fui at� a Vieira Souto no meio dos carros e do povo sem atropelar ningu�m e sem me machucar, peguei a ciclovia de Ipanema, fui at� o Arpoador, segui para Copacabana e, ufa! ainda peguei a lua l�, bem em cima do Posto Seis.



A noite estava t�o bonita que fui em frente. Parei de novo logo adiante, para fotografar a est�tua do Drummond e, de l�, fui at� o Copacabana Palace, de onde comecei a volta.



No meio do caminho, encontrei a Claude com seus dois c�ezinhos, muito parecidos com os da Marcela. Demos um tempo num quiosque para p�r a vida em dia e, na seq��ncia, enquanto ela ia em frente com os bichinhos, eu voltei a pedalar.




Tive que parar no Posto Seis, porque havia uns p�ssaros interessant�ssimos perto do mar; e toquei para Ipanema, onde refiz o caminho da ida, �s avessas. Comi duas empadinhas de camar�o no botequim que fica ao lado da Casa Nelson e, pouco depois, estava em casa.

A primeira foto da tarde foi feita �s 16h58:



A �ltima �s 23h17; � mole?!



A Kodak, que estava no batente desde a hora do almo�o, merece uma medalha de Honra ao M�rito. Apesar de eu ter gasto um bom tempo revendo e apagando imagens enquanto estava no clube, e de ter tirado quase 300 fotos, ela ainda tinha um restinho de bateria quando voltamos do espantoso p�riplo.

E com isso aqui fico, desejando a todos bom domingo.





30.10.04



A ang�stia do tempo

Antes do p�r-d-sol

Um dia, um jovem casal se conheceu num trem e passou a noite andando por Viena. O filme era "Antes do amanhecer". Celine (Julie Delpy) era uma gracinha e Jesse (Ethan Hawke) uma coisa, de t�o bonito. A hist�ria terminava em aberto: os dois se despediam de manh�, com a promessa de um encontro marcado para seis meses depois. A Bonequinha remoeu essa frustra��o por algum tempo, mas logo se esqueceu do filme, simp�tico por�m dispens�vel -- e provavelmente condenado � sess�o da tarde perp�tua se, por acaso, n�o tivesse dado origem ao pungente "Antes do p�r-do-sol".

Nove anos se passaram e, num encontro em Paris, Celine e Jesse t�m muita coisa para p�r em dia, mas muito pouco tempo para faz�-lo: dentro de duas horas, ele tem que pegar o v�o de volta para Nova York. Ela emagreceu (demais) e continua linda; ele ficou, c� entre n�s, com uma cara c�nica e ruim. A lembran�a do que foram, no entanto, acabou gravada para sempre, n�o s� neles mas tamb�m em n�s. No encontro em tempo real a que assistimos, quase como voyeurs , os dois falam do mundo e da vida em geral -- mas o que importa, de verdade, � a ang�stia do tempo passado, a d�vida irremedi�vel do que poderia ter sido mas n�o foi.

Tanto Jesse quanto Celine s�o pessoas "realizadas". Ele escreveu um livro sobre aquela noite em Viena, � casado e tem um filhinho; ela � ativista pol�tica e namora um rep�rter fotogr�fico. Por tr�s das fachadas de sucesso, contudo, escondem-se as muitas camadas de tristeza, amargura e desilus�o de que se faz a vida.

E a felicidade? Ah, esta � como a pluma, que o vento vai levando pelo ar.

(Rio Show, 20.10.2004)

Antes do p�r-do-sol foi mat�ria de capa do Rio Show, e ganhou duas cr�ticas, a outra escrita pelo Hugo Sukman, que deu a mesma cota��o.

Fizemos "Ele e Ela assistindo" e, pela primeira vez na hist�ria do jornal, houve uma Bonequinha na p�gina! Foi, ali�s, uma dificuldade usar essa Bonequinha; acontece que o Bonequinho � uma marca e, como tal, n�o pode ser mexido.

A decis�o teve que ir at� a diretoria, que topou; mas como brincadeira, e s� desta vez, mais ou menos como quando fizemos um Bonequinho com saco de pipoca na m�o no teste das pipocas dos cinemas.

Mais tarde vou ver se escaneio a minha alter-ego e trago pra c�. Achei bem bonitinha... :-)






Durma-se com um barulho desses!

Esta linda fam�lia de corujas buraqueiras n�o foi feliz no quesito moradia: cavaram a toca bem no heliponto do Recreio!

Os pilotos dizem que basta ligar o motor para que elas venham para a "porta", preocupadas.

N�o sei se a foto (de Marcelo Miguez) vai ou n�o sair na edi��o de amanh� do jornal, mas n�o resisti e roubei pra c�.





29.10.04



T� explicado

Todo mundo achou a not�cia esquisit�ssima, mas o Kibe fez mais: achou a raz�o...






Transpar�ncia

O presidente Lula, sob o impacto da pris�o do seu Gr�o Marqueteiro, mandou o ministro da Justi�a fazer apura��es rigorosas. N�o sobre as suas (dele, Duda) atividades ilegais, como seria de se esperar, mas sobre as atividades da Pol�cia Federal -- que cometeu a tremenda imprud�ncia de trabalhar como deve, sem se deter diante de carteiradas.

Deu na Folha:
"Apesar de julgar que Duda deu "bobeira" e que "estava no lugar errado na hora errada", Lula disse achar "estranho" o flagrante na reta final das elei��es. Para ele, qualquer membro do governo poderia estar sujeito a alguma a��o de setores da PF "fora de controle". Bastos n�o participou na reuni�o de segunda, mas a Folha apurou que Lula lhe pediu para checar a vers�o de que n�o houve "arma��o" e que, se julgasse necess�rio, trocasse comandos. O presidente disse a interlocutores que o marqueteiro continuar� na linha de frente de suas a��es de propaganda."
N�o � bacana a candura do presidente? Igualzinho ao Duda, ele tamb�m n�o esconde nada.

Imagino que todo homem p�blico sinta a tenta��o de pensar assim, mas a maioria disfar�a e faz de conta que, para eles, a lei � igual para todos, em qualquer �poca do ano.

J� o nosso presidente deixa claro que, para ele, os eventuais pilantras do governo, ao contr�rio dos eventuais pilantras da ral�, t�m que estar a salvo de delegados enxeridos, que resolvam investigar o que n�o devem em v�spera de elei��o.

Para o Lula, o problema � a pol�cia, e n�o a contraven��o.

O pior � que nem d� para dizer que estamos, pelo menos, diante de uma linha original de pensamento, porque esta � a filosofia que norteia, h� tempos, o "governo" do Rio de Janeiro, onde os bons policiais v�m sendo sistematicamente transferidos para as delegacias mais desimportantes.

Acho que n�s, ot�rios, que continuamos achando que este pa�s ainda tem jeito, temos que protestar LOGO, ou breve o delegado Ant�nio Rayol, que vem estourando rinhas de galo e n�o se deixou intimidar com a carteirada do Duda, acaba sendo transferido para controlar o contrabando de gelo no interior do Piau�.

O email do ministro Marcio Thomaz Bastos � gabinetemj@mj.gov.br.

Por favor sejam gentis e n�o mandem mensagens desaforadas, que s�o sempre contra-producentes.





28.10.04



Vejam quem chegou!!!

O meu novo notebook, um Vaio S170, est� finalmente em casa, travando contato com a fam�lia. Os detalhes: Pentium M 4, 1500GHz, 512RAM, 60Gb, DVD-CDRW, wi-fi, Bluetooth, sa�das firewire e USB (2); a tela tem 13"3 e � excelente, e estou achando o teclado muito bom.

Ele � levinho e tem um lindo design mas, curiosamente, n�o � sexy. J� tentei explicar para a Laura o que � uma m�quina sexy, mas isso ou a pessoa sabe e sente de cara, ou n�o. � uma coisa assim de... pele, sabe? Tipo qu�mica?

Um notebook sexy chama a aten��o de todo mundo; este Vaio n�o.

Para mim, isso � uma vantagem. Gosto mais de m�quinas inteligentes e poderosas, de trabalho, do que de m�quinas vistosas, feitas para impressionar; ali�s, pensando bem, nem s� m�quinas...

Em suma: me perguntem se estou feliz... :-)










Carta aberta para Duda


Alguns conselhos para o Gr�o Marqueteiro


Prezado Duda,

Sou grande admiradora do seu trabalho, assim como s�o todas as pessoas que viram uma simples troca de �culos transformar o Maluf numa figura respeit�vel. Para os ignorantes das sutilezas do marketing pol�tico, entre os quais me incluo, o que voc� faz por seus clientes � puro sortil�gio, coisa de demiurgo. Que o encantamento do Maluf esteja enfim se quebrando n�o �, claro, culpa sua. No segundo turno ele trocou seus �culos encantados pela bengala branca que ganhou de presente da Marta e ta�, deu no que deu.

Admiro tamb�m o seu desprendimento. Qualquer homem menos dedicado a seus empregadores teria tirado um tempinho, ao longo desses anos todos, para dar uma guaribada na pr�pria imagem. Todo mundo sabe que em casa de ferreiro o espeto � de pau, mas tamb�m n�o precisava ser pau de galinheiro, caro Duda! Se voc� conseguir sair dessa, d� um tempo, esque�a a pol�tica, cuide um pouco de si mesmo. E n�o estou falando s� da imagem, n�o, mas do aspecto f�sico tamb�m, que, como dizem as peruas na intimidade do sal�o de beleza, est� "um lixo". Fora de Bras�lia e dos sofisticados c�rculos das rinhas de galo, o seu filme est� pra l� de queimado, acredite.

Apesar disso, entendo o seu drama. N�o duvido, em momento algum, da sinceridade com que voc� diz amar os galos, nem da profundidade desse sentimento. O amor pode, no entanto, se manifestar de maneiras perversas, e nem todas s�o universalmente compreendidas. Veja os espanh�is, por exemplo. Eles acreditam, piamente, que amam os touros, assim como os ped�filos acreditam, do fundo do cora��o, que amam as crian�as. Talvez at� a governadora Rosinha Garotinho acredite que ama o povo, quem sabe?

O problema � que h� um fosso intranspon�vel entre os que comungam dessas cren�as e os que, de forma talvez menos criativa, insistem em associar o amor � ternura, ao respeito ao pr�ximo e aos bons tratos, sentimentos que voc�s acham rid�culos. � por causa desta maioria de pobres de esp�rito, incapazes de perceber o que h� de sublime na dor (alheia), que certas formas de amor pouco convencionais acabaram fora da lei.

Entendo como isso deve ser chocante (e inesperado!) para voc�, entendo tamb�m como tudo deve-lhe parecer injusto, depois de todos os servi�os que voc� prestou ao pa�s sem fins lucrativos. Mas a verdade � que, para as pessoas comuns, que n�o compartilham dos seus gostos refinados e n�o sabem distinguir um Roman�e Conti de um Brunello de Montalcino, uma rinha de galos � uma atrocidade. Elas n�o conseguem entender a sua frase memor�vel: "Para os galos, � prefer�vel morrer na luta do que acabar na panela". Alegam que os galos n�o foram consultados, como se isso fosse poss�vel ou relevante; e ficam horrorizadas quando sabem que o p�blico da rinha vibra com cada corte, delira com cada perfura��o, vai ao �xtase com cada olho vazado.

Melhorar sua imagem junto a esse bando de frouxos n�o vai ser f�cil, caro Duda, nada f�cil. � prov�vel que voc� nem esteja interessado no que gente t�o pouco distinta pensa ou deixa de pensar a seu respeito, mas n�o se esque�a que, a cada dois anos, esses z�s man�s -- que sequer t�m acesso direto a ministros -- transformam-se em votantes. E o diabo � que j� come�a a se espalhar, entre os amantes de bichos, a id�ia idiota de que n�o se deve comprar produtos ou votar em candidatos que contratem os servi�os de quem goza com o sofrimento de animais.

Algumas criaturas politicamente corretas t�m confrontado esses eleitores e lhes perguntado se � assim que se faz, se � pelo marqueteiro (que palavr�o, Duda) que escolhem seus candidatos. Tolinhos! Voc�, melhor que ningu�m, sabe que, nos �ltimos tempos, � justamente assim que se tem escolhido, ou n�o se poderia sustentar a nobre linhagem dos seus tantos e t�o ricos galos de briga.

Mas o cerne da quest�o n�o � este. � que, para os que gostam de bichos, empresas ou candidatos que se relacionam com quem promove a tortura ilegal de animais indefesos n�o s�o dignos de confian�a.

Sinceramente? Quer saber? Est�o feias as coisas para o seu lado. Horr�veis, mesmo. Mas, talentoso como �, voc� pode dar a volta por cima. Quem sabe n�o convence as pessoas de que, ao contr�rio do que imaginam, voc� a-d-o-r-a animais? Fa�a alguma coisa por eles, pode ser um primeiro passo! Digo mais: tendo contato com bichos em circunst�ncias normais, voc� pode at� vir a descobrir algo novo, como aquele afeto que surgiu entre Humphrey Bogart e Claude Rains no fim de "Casablanca" -- o come�o de uma bela amizade.

Estude o caso da Suipa, por exemplo, a sociedade protetora que n�o pode acolher os seus galos por falta de condi��es adequadas. L�, um grupo de volunt�rios trabalha, exaustivamente, para garantir um m�nimo de bem-estar a quadr�pedes que o mundo desprezou. Ora, quem cuida de quadr�pedes com amor bem pode cuidar dos seus b�pedes. Procure a Suipa, Duda, com o cora��o -- e a carteira -- abertos.

Os 6.500 c�es, 850 gatos e sei l� quantos outros bichos abrigados pela sociedade sobrevivem de doa��es feitas por particulares. Os problemas s�o grav�ssimos, e as d�vidas, enormes -- mas, ainda assim, correspondentes a apenas um ter�o dos R$ 1,7 milh�o que circulavam em apostas no seu Clube Priv�.

Imagine, Duda Mendon�a, que oportunidade extraordin�ria! Pelo m�dico pre�o de uma d�zia de galos de briga, pelo equivalente a oito caixas de vinho, voc� tira a Suipa do vermelho, salva a vida de uns 7.500 animais e d� aquela melhorada na imagem. S� tem um por�m: � tudo rigorosamente dentro da lei.

Para adiantar a sua vida, aqui v�o os dados da conta da Suipa:

Banco Ita�, Ag�ncia 0584, CC 45500-0, CNPJ 00.108.055/0001-10.

N�o h� de qu�.

PS: Por favor, ajudem a Suipa! A situa��o � desesperadora. Qualquer dep�sito, por pequeno que seja, ser� de grande valia.


(O Globo, Segundo Caderno, 28.10.2004)






Premoni��o

Voc�s conhecem a piada do portugu�s que vai andando pela rua, v� uma casaca de banana l� na frente e fica desesperado porque sabe que vai escorregar?

Ent�o. Estou na mesma situa��o. H� uma isca extremamente tentadora no site da Microsoft, o Photo Story 3. � um interessant�ssimo produto para imagens digitais gratuito, provavelmente resposta da M$ � distribui��o do Picasa pelo Google.

Bom. L� fui eu baix�-lo. Acontece que ele exige que o Windows esteja ativado, coisa que o meu jamais foi. Apesar de ter um exemplar perfeitamente genu�no e aut�ntico aqui ao meu lado, o que uso na m�quina � uma licen�a de fabricante que n�o precisa verifica��o.

N�o por nada; � que detesto dar satisfa��es a empresas, sobretudo � M$.

Mas por um programinha esperto para fotos digitais... ah, o que custa ativar o Windows, n�o �? De modo que l� fui eu alterar o Registry para entrar com a Aut�ntica e Verdadeira Chave do Windows.

Como seria de prever, ela n�o foi aceita. E, em geral, quando essas engrongas acontecem, o Windows simplesmente se recusa a entrar no ar quando se liga a m�quina novamente.

T�, eu tenho v�rias sa�das para a situa��o; uma � n�o desligar o computador, o que n�o � problema, j� que ele vive ligado. S� que acabei de baixar as atualiza��es do antiv�rus e h� uma tela nojenta do Norton me olhando. Sei que, ao menor esbarr�o, ela vai me reinicializar a coisa.

Al�m disso, n�o � bom viver com uma bomba rel�gio � espera do pr�ximo boot.

Outra sa�da � instalar o meu Windows, aquele que tem a Aut�ntica e Verdadeira Chave; mas s� Deus sabe se esta droga vai ou n�o se instalar por cima do Windows adrede instalado, e a minha intui��o diz que N�O.

Tamb�m posso dar um F8 quando a m�quina estiver entrando no ar e escolher voltar � op��o de �ltima vers�o que funcionava.

Algo, por�m, me diz que o que vem por a� � uma dor de cabe�a sem tamanho.

Portanto, queridos, se eu sair do ar nas pr�ximas horas, voc�s j� sabem o que aconteceu.

Foi aquela maldita casca de banana l� na frente...

Update:

Tudo bem com o desktop!

1. Me mandaram o n�mero da licen�a do Windows que est� instalado;

2. Depois de dois dias ligado (eu estava �s voltas com o notebook), ele se saiu lindamente com um F8.

3. Depois que li o artigo desencavado pelo Tom, fiquei cabreira e perdi a vontade de baixar o Photo Story 3. Ainda vou pensar mais sobre isso. O que � que voc�s acham? Vale a pena ativar, n�o vale, � irrelevante?

Muito obrigada pelas dicas e pela torcida!





27.10.04


Terror!

Acabei de escrever a cr�tica de um filme, fechei o computador e ia pegando uma carona com a Ana Cristina Reis quando o pessoal do Rio Show me chamou:

-- Olha, aqui no espelho mostra que ainda est�o faltando 41 linhas na tua cr�tica...

Cum�?!

-- Ainda est� sem t�tulo, inclusive.

S� pode ser erro do espelho: se terminei o t�tulo ainda agora!

Relutantemente, dei tchau para a Ana Cristina (e a carona), abri o terminal e... faltavam 41 linhas da cr�tica!!!

Fechei o terminal, abri de novo, fechei... e continuavam faltando as malditas 41 linhas!!!

SOCORRO!!!

S�o quase onze horas, quero ver se ainda pego a Mariana na livraria, n�o tenho nem cabe�a nem estado de esp�rito para escrever tudo de novo!!!

Pedi uma gilete para cortar os pulsos.

Ningu�m tinha.

Na falta, aceitei um Diamante Negro.

Enquanto isso, fu�ando daqui e dali, o pessoal do sistema -- Aleluia, irm�os! -- encontrou a vers�o final da cr�tica. L� no fundo, como se fosse a primeira.

Go figure.

Tudo bem, tou indo, mas juro que vou mandar a conta do cardiologista para a Tecnologia.






Muito pior que o Duda

N�o � novidade nenhuma, j� saiu em todos os jornais, mas fico realmente enfurecida cada vez que penso nisso; ontem, o Gravat� mandou para os amigos o recorte do Di�rio Oficial:
PORTARIA N o 2.946, DE 18 DE OUTUBRO DE 2004 -- O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTI�A, no uso de suas atribui��es legais, com fulcro no artigo 10 da Lei n.� 10.559, de 13 de novembro de 2002, publicada no Di�rio Oficial de 14 de novembro de 2002 e considerando o resultado do julgamento proferido pela Primeira C�mara da Comiss�o de Anistia, na sess�o realizada no dia 21 de junho de 2004, no Requerimento de Anistia n.� 2003.01.31858, resolve: Declarar CARLOS HEITOR CONY anistiado pol�tico, concedendo-lhe repara��o econ�mica, de car�ter indenizat�rio, em presta��o mensal, permanente e continuada, correspondente ao cargo de Editor de Opini�o, no valor de R$ 23.187,90 (vinte e tr�s mil, cento e oitenta e sete reais e noventa centavos), respeitando o teto de R$ 19.115,19 (dezenove mil, cento e quinze reais e dezenove centavos), com efeitos retroativos a partir de 07.10.1998 at� a data do julgamento em 21.06.2004, perfazendo um total retroativo de R$ 1.417.072,75 (um milh�o, quatrocentos e dezessete mil, setenta e dois reais e setenta e cinco centavos), nos termos do artigo 1�, incisos I e II da Lei n.� 10.559, de 2002. M�RCIO THOMAZ BASTOS.
Isso � imoral, indecente e asqueroso; eu me sinto extremamente envergonhada de ser jornalista quando vejo um "colega" desfalcando com tamanha desfa�atez os cofres p�blicos.

Mais envergonhada ainda me sinto como brasileira, ao perceber que o cidad�o que deveria estar zelando pela Justi�a no pa�s assina semelhante injusti�a. Para um Cony, que a gente conhece, quantos Fulanos e Beltranos n�o existem por a�, nas sombras, se locupletando da mesma maracutaia?!

O milh�o e meio que o Cony vai embolsar pelo sacrif�cio de ter trabalhado na Manchete a vida inteira � um milh�o e meio que deixar�o de ser empregados em escolas e em hospitais; os vintinho que vai faturar por mes poderiam pagar o sal�rio de vinte professores -- e dos "bem remunerados".

O pior de tudo � a decep��o. Eu gostava do Cony, como pessoa e como escritor; mas n�o consigo continuar a respeitar, ou sequer ler, algu�m que se acha no "direito" de ter tal "repara��o".






Ele voltou!

Roubei a not�cia e o desenho do blog da Mariana, que � das coisas mais lindas de ver:

O Pequeno Nicolau, de Goscinny e Semp�, grande her�i de um bando de gente, voltou �s paradas!

Adoro as hist�rias do Pequeno Nicolau. H� muuuuuuuuuuuuuitos anos, ainda na �poca do Manhas & Manias, fiz uma pe�a baseada nelas para o Claudinho Baltar.

A pe�a se chamava "1, 2, 3 e... j�!", e ficava uma gra�a no palco.

Tenho as melhores recorda��es daquele tempo.

�s vezes sinto muitas saudades do meu alter ego de teatro, fico pensando em escrever alguma coisa, em traduzir, sei l�.

Um dia, quem sabe, eu volto tamb�m.





26.10.04


Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia









Uma �tima carta!

"Ilmo. Sr. Delegado Antonio Carlos Rayol
Titular da Delegacia de Crimes contra o Meio Ambiente e Patrim�nio Hist�rico

Prezado Senhor,

Desejo cumpriment�-lo pelo sucesso da Opera��o Rudiz, que culminou com a dilig�ncia efetuada no centro galista Clube Priv� Cinco Estrelas e a pris�o em flagrante de seis pessoas diretamente envolvidas na atividade criminosa de envolvimento e participa��o na explora��o de apostas em rinhas de galos. Por gentileza, apresente meus cumprimentos ao seu colega Dr. Lorenzo Pomp�lio da Hora.

Como brasileira fiquei orgulhosa com o gesto desabrido da Pol�cia Federal em afrontar atitudes arrogantes de indiv�duos que tentam se aproveitar de sua posi��o de prest�gio, como o Sr. Jos� Eduardo "Duda" Mendon�a, fazendo apologia do crime no momento de sua pris�o, tentando constranger os policiais no cumprimento de seu dever com o atrevimento de telefonema ao Ministro da Justi�a e com bravatas alusivas a cargo junto ao presidente, o que provocou inclusive jocoso malentendido, uma vez que o digno delegado entendeu ser o delinq�ente assessor do presidente do clandestino clube galista, quando na realidade o Sr. Mendon�a se referia ao pr�prio presidente da Rep�blica. Mais acintoso � o fato de ter a imprensa exibido painel, ou quadro de honra onde publicamente � reconhecido o papel de " benem�rito" do referido senhor � organiza��o criminosa.

Em meu nome pessoal e como representante do Forum Nacional de Prote��o e Defesa Animal, que congrega dezenas de entidades zo�filas, espero que esta atitude sirva de exemplo e de gesto pioneiro, para que as pol�cias federal e estaduais ajam com rigor, desmantelando todos os centros onde se desenvolve a atividade criminosa de explora��o de apostas �s custas do sofrimento animal, nesses "cassinos de galos".

� guisa de informa��o e principalmente para justificar minha indigna��o, relato que em 1990 foi aprovada por decurso de prazo, em Salvador, Bahia, a Lei nr. 4.149/90, que regularizava as rinhas de galo no munic�pio, justamente local de origem do Sr. " Duda" Mendon�a.

Na ocasi�o, como presidente da organiza��o Uni�o em Defesa da Natureza juntamente com outras entidades, a Liga de Preven��o � Crueldade contra os Animais, presidida pela advogada Dra. Edna Cardozo Dias, de Belo Horizonte, MG e a Sociedade Zo�fila Educativa, do Rio de Janeiro, RJ, presidida pela saudosa veterin�ria Dra. Claudie Dunin, representamos junto ao Minist�rio P�blico da Bahia, que impetrou uma A��o Direta de Inconstitucionalidade junto ao Tribunal de Justi�a, em 30 de janeiro de 1991, com o pedido de declara��o da inconstitucionalidade da lei municipal.

A ADIN foi julgada procedente pelo pleno do Tribunal de Justi�a da Bahia, tendo como relator o Desembargador Jutahy Fonseca, com a seguinte ementa:

"A��o Direta de Inconstitucionalidade. Brigas de galos. Proced�ncia.
� inconstitucional a lei municipal que disciplina a briga de galos porque submete os animais a crueldade (art. 214, VII da Constitui��o Estadual e art. 225, par�grafo 1o, item VII, da Constitui��o Federal)
Salvador, 12 de junho de 1992"

N�o h� sombra de d�vida, portanto, de que as rinhas de galo configuram um crime ambiental, tipificado no art. 32 da Lei 9.605/98, combinado com a descri��o do fato pelo Decreto-Federal 24.645/34, Art. 3o., inciso XXIX, que define como mau-trato:

"realizar ou promover lutas entre animais das mesmas esp�cies ou de esp�cies diferentes, touradas e simulacros de touradas, ainda mesmo em lugar privado;"

� sabido que o sr. Mendon�a participa de rinhas de galo h� muito tempo, tendo mesmo cinicamente admitido tal "hobby", em livro autobiogr�fico denominado " Casos e Coisas", da Editora Globo. Portanto desde a edi��o do livro � criminoso confesso. Por isto, e por ter trabalhado com empenho pela declara��o da inconstitucionalidade da " lei galista" de Salvador, sempre encarei as pr�ticas criminosas do Sr. Mendon�a com mais indigna��o ainda, pois me sentia impotente e feita mesmo, com o perd�o da express�o, de palha�a, por termos as tr�s ambientalistas acionado o Minist�rio P�blico e o Poder Judici�rio e termos obtido a grande vit�ria na Bahia, para depois lermos desanimadas as afirma��es do Sr. Mendon�a a respeito de suas pr�ticas s�dicas, tamb�m em entrevista � revista Veja, ainda mais contando-se este senhor entre os amigos do presidente da Rep�blica. Sentia-me vivendo num pa�s sem respeito �s leis, uma verdadeira rep�blica de bananas.

Agora, sua confiss�o debochada � p�blica e transmitida a todo o pa�s em rede nacional de TV, fazendo apologia da pr�tica criminosa com olhar altaneiro, no mais puro estilo " o senhor sabe com quem est� falando" e sorriso ir�nico nos l�bios.

Espero com otimismo que ser�o tomadas provid�ncias para que os centros de rinhas de galos sejam varridos do pa�s, a bem da moralidade e do resgate da nossa confian�a nas autoridades constitu�das.

Creia, Dr. Rayol, haja o que houver, o m�rito da coragem e da honradez ningu�m h� de lhe tirar.

Ana Maria Detthow de Vasconcellos Pinheiro
Vice-presidente do Forum Nacional de Prote��o e Defesa Animal"






25.10.04


Comprando um novo notebook: � d�vida!



Depois de mais de cinco anos de vida em comum, tive finalmente que me separar do fiel ThinkPad 560Z, que lutou com todas as for�as contra a obsolesc�ncia, a falta de drivers e um defeito esquisito na fonte que ningu�m explica: RIP! Se eu pudesse gastar em notebooks o que o Duda Mendon�a gasta em rinhas de galo, compraria um novo IBM ThinkPad sem pestanejar; mas o pre�o dessas maquininhas maravilhosas s� passa mesmo pela generosidade das goelas corporativas ou pela garganta elegante de quem est� acostumado a beber Romanee Conti no jantar. De modo que abri a temporada de ca�a ao novo companheiro de viagem meio �s cegas.

Considero a compra de um notebook uma das decis�es mais complicadas na vida dos b�pedes conectados. A quantidade de marcas, linhas, s�ries e sub-divis�es existentes � inacredit�vel; as possibilidades de que algo d� errado s�o, naturalmente, infinitas. A melhor forma de comprar um notebook �, resolvida a parte financeira, tra�ar o quadro mais claro poss�vel do que se espera dele.

Como o uso b�sico da minha futura m�quina ser� em viagens, � importante que ela seja leve: qualquer coisa acima de dois quilos, nem pensar. Pelo mesmo motivo, deve ter boa vida de bateria. Esses dois detalhes apontam para um Centrino, tecnologia da Intel especialmente desenvolvida para notebooks; portanto, uma parte da charada est� resolvida. Como, em viagem, o notebook passa a ser meu processador b�sico de imagens, tamb�m � necess�rio que tenha uma boa tela, um m�nimo de 512RAM e um espa�o razo�vel de HD. Hoje esta express�o significa algo em torno de 40Gb. Pronto: dois outros pontos resolvidos! Preciso ainda que a m�quina tenha v�rias op��es de conectividade: wi-fi, rede, modem, infra-vermelho e, se poss�vel, bluetooth. Isso porque, a toda hora, acesso n�o s� a internet, mas gadgets de diferentes tipos.

N�o quero mais saber de notebooks com drives externos, como era o caso do falecido 560Z, por um motivo muito simples: atualmente, vejo um notebook como um eventual player de DVDs. Na �poca em que o 560Z nasceu, DVDs ainda eram novidade at� no departamento de eletrodom�sticos; mas imaginem que fun��o pr�tica esta para uma pessoa que viaja quase sempre sozinha, que n�o gosta de televis�o e que, volta e meia, passa horas e horas em aeroportos, � espera de conex�es!

* * *

Minha lista de exig�ncias � complexa, mas nascida da experi�ncia. E nem chega a descrever uma m�quina topo de linha, porque, como quero um notebook leve, a tela n�o pode ser muito grande; e, como trabalho com fotografia, tamb�m n�o pode ser muito pequena, como a dos Vaio da s�rie T (10"5). Exclu�das, portanto, as duas pontas car�ssimas da parada (telas ultra grandes e ultra pequenas), exclu�do o tamanho padr�o que influi no peso (telas de 15"), fico num meio-termo entre 12" e, no m�ximo, 14".

Agora � s� pegar a lista e ver quais m�quinas seguem esses par�metros b�sicos. H� ainda mil varia��es poss�veis a partir deles, tanto t�cnicas quanto est�ticas, mas as chances de compatibilidade entre notebook e usu�ria j� est�o praticamente garantidas.

* * *

A receita vale, claro, para qualquer um. Se o fator pre�o n�o for preponderante, como tantas vezes �, n�o se deixe seduzir pela primeira carinha bonita que encontrar. Pense no que vai fazer com seu notebook, de que forma ele se encaixa no seu estilo de vida e, a partir da�, comece a montar, mentalmente, a m�quina perfeita para voc�. Um super-port�til � muito �til para quem viaja constantemente, mas para quem � viciado em games 3D, por exemplo, n�o h� nada que supere uma m�quina parruda e potente.

Em suma: cada roca com seu fuso, cada micro com seu uso.


(O Globo, Info etc., 25.10.2004)








Esta, excepcionalmente, n�o � uma foto de celular.

Foi feita com a Kodak DX6490, mais ou menos do mesmo ponto de onde tirei a fotinha anterior (aquela sim, feita com o Nokia 7650); d� at� uma compara��o interessante.

Boa semana para todo mundo!





24.10.04


Entre raquetadas e beijos


Wimbledon -- o jogo do amor


No auge da carreira, Peter Colt (Paul Bettany) foi o 11 colocado no ranking mundial do t�nis. Quando o filme come�a, por�m, passaram-se oito anos desde o seu momento de gl�ria. Aos 31, ele est� na 119 coloca��o, desanimado e pronto a abandonar as quadras. Mas eis que o destino interv�m, d�-lhe uma chave errada na portaria do hotel e ele encontra Lizzie Bradbury (Kirsten Dunst), grande promessa do esporte, disputando a sua primeira competi��o em Wimbledon.

A partir da�, ningu�m precisa ser propriamente a m�e Dinah para saber como o filme vai terminar, mas diga-se a favor do diretor Richard Loncraine que, apesar disso, o interesse do p�blico se mant�m at� o fim -- nem tanto por causa da historinha de amor, mas por causa de Wimbledon, lugar t�o famoso a respeito do qual sabemos t�o pouco.

Todos j� vimos suficientes filmes sobre F�rmula 1, basquete, atletismo e futebol -- para n�o falar em esportes ex�ticos como beisebol e quadribol -- para conhecer os seus bastidores, mas n�o � todo dia que aparece um filme sobre t�nis. Ora, � muito interessante ver como funciona Wimbledon, como s�o seus vesti�rios, como vivem os atletas por l�. Para n�s brasileiros, ent�o, ainda h� um gr�ozinho de emo��o extra, j� que � imposs�vel deixar de pensar no Guga no meio daquela festa.

N�o sei se um especialista ter� a mesma impress�o, mas para o Bonequinho as partidas foram �geis, convincentes e emocionantes, garantindo bons momentos de divers�o.

Quanto � dupla rom�ntica... Bem, n�o � dif�cil imaginar pelo menos meia d�zia de atores mais carism�ticas nos pap�is de Peter e Lizzie -- mas, curiosamente, essa falta de charme expl�cito os faz mais simp�ticos e plaus�veis, assim como uma certa revers�o de expectativa. Ela � direta e durona, ao passo que ele � gentil e indeciso, uma esp�cie de Hugh Grant louro e anguloso. "Wimbledon" � a t�pica com�dia rom�ntica inglesa, inconseq�ente, leve e gostosa de assistir, ideal para quem quer dar um tempo neste insensato mundo.


(O Globo, Rio Show, 22.10.2004)






Oi Multimidia

Oi Multimidia

Lagoa









Olha os meus queridos a�: Paulinho e seus tr�s bipinhos -- Em�lia, Joseph e Alicia!

N�o s�o a coisa MAIS LINDA DO MUNDO essas criancinhas?! (pergunta a v�, absolutamente objetiva e imparcial)





23.10.04


Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia

:-)







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Aqui, agora







Por falar nisso...

Se h� uma coisa que me irrita � gente que v�, em tudo, a Teoria da Conspira��o da Hist�ria! Neste caso do Duda Mendon�a, por exemplo: o que houve de gente achando que tudo n�o passava de golpe para tir�-lo da campanha da Marta ou para desmoralizar a dita campanha...

Ah, me poupem!

Para come�o de conversa, ao que tudo indica, a campanha da Marta � um fiasco. T�o grande, ali�s, que at� o Gr�o Marqueteiro j� jogou a toalha, ou n�o estaria placidamente aqui no Rio, curtindo o seu "hobby" entre amigos �s v�speras da elei��o em S�o Paulo. � l�gico que, a essa altura, ele sabe que n�o h� de ser a sua presen�a ou a sua aus�ncia que vai mudar o rumo das coisas.

O que aconteceu de fato � que a Pol�cia Federal est� concluindo uma s�rie de investiga��es sobre rinhas de galos, brigas de pitbulls e outros "esportes" do mesmo quilate, e vai estourar v�rios estabelecimentos do g�nero ao longo das pr�ximas semanas.

Calhou de pegar o ex-marqueteiro do Maluf de primeira, s� isso.

Este fato constrangedor poderia ter sido evitado de forma simpl�ssima: bastaria que o sr. Duda Mendon�a fosse uma pessoa de bem, que n�o se diverte vendo o sofrimento de animais. E que, se n�o fosse pedir muito, n�o se julgasse acima do bem e do mal, s� porque � rico e tem amigos poderosos.

O epis�dio tamb�m poderia ter sido evitado se o governo exigisse de seus prestadores de servi�os pelo menos um m�nimo de respeito �s leis do pa�s. Se "todo o Brasil sabia" que Duda Mendon�a se diverte com rinhas de galos, � de supor que seus empregadores tamb�m soubessem -- e que cobrassem dele uma postura mais digna.

Pessoalmente, acho que todos n�s amigos de animais dever�amos nos lembrar do sr. Duda Mendon�a nas pr�ximas elei��es, boicotando candidatos que contratem os seus servi�os.

P.S. -- Gente, o que � aquele Babu???!!!






Mundo animal

O que salva a humanidade � que, se de um lado tem Duda Mendon�a, do outro tem gente como o pessoal do Grupo Amigos dos Animais:
"Roberta, por favor n�o estou conseguindo repassar para o Grupo, repasse para mim!

Hoje, na Rodovi�ria do Rio de Janeiro, Plataforma 11, Embarque, corria para c� e para l� uma gatinha branca e cinza, prenha, ainda por cima... Fiquei desesperada, pois ali mesmo � que estacionam os �nibus, para os embarques para diversas cidades.

Estava vendo a hora que um deles ia atropelar a gata! Eu, sem poder fazer nada, cheia de malas e prestes a embarcar, tamb�m, aqui para Minas Gerais. Mesmo assim, consegui telefonar para a Andr�a e como n�o a encontrei, deixei recado na secret�ria eletr�nica.

Seria interessante que algu�m que more nas imedia��es resgate a pobre gata, pois parecia amedontrada. Caso isto n�o ocorra, com certeza corre o risco de ser atropelada e morta! Beijos, Evelyn.
N�o sei o final da hist�ria, mas tenho certeza de que, a essa altura, algu�m j� andou l� pela rodovi�ria procurando a tal gatinha.






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Fui!






22.10.04


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Soleil soleil







Oi Multimidia

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O boteco ao lado do jornal






21.10.04


Enfim uma boa not�cia!

Duda Mendon�a acaba de ser preso num clube onde os freq�entadores se divertiam com rinhas de galos.

Por mim, podiam jogar fora a chave da cela.

E uma �tima sugest�o!

Vejam s� que boa a id�ia da Deize: o dinheiro das apostas -- que, comentava-se l� no jornal, estava acima do milh�o de reais (um s� cheque encontrado, por exemplo, era de R$ 23 mil) -- bem que podia ser doado � Suipa e a outras entidades de defesa de animais!

Advogados da casa, por favor: num caso desses, normalmente, o que acontece com o dinheiro? Tratando-se -- como se trata -- de ato criminoso, pode esta grana ser devolvida aos propriet�rios? Ou vai para a Uni�o, ou desaparece durante o inqu�rito, ou o qu�?

H� alguma possibilidade de se fazer campanha no sentido de que este dinheiro sujo venha a ser usado para o bem dos bichos?

Update: Enquanto a campanha n�o come�a, por favor n�o se esque�am de que a Suipa encontra-se em situa��o desesperadora, precisando muito do nosso aux�lio. Qualquer quantia � bem-vinda:

Banco Ita�, ag�ncia 0584, conta 45500-0
CNPJ 00.108.055/0001-10

Na p�gina da Suipa, � poss�vel fazer doa��es atrav�s de cart�es de cr�dito.

Se algu�m tiver ra��o ou rem�dios que possa doar, vale tamb�m. A Suipa fica na Avenida Dom H�lder C�mara 1.801, em Benfica. O telefone para contato � 2501-1085.

Para updates regulares sobre a situa��o, freq�entem o fotolog do Riccardo Naman ou o seu website.






Mais um clique!









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Chico







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Chico







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A caminho...






20.10.04



Informa��o: caminho
certo para a depress�o


Est� muito dif�cil acompanhar o notici�rio e ser feliz

Responda r�pido: o que � mais deprimente, a reportagem do "Fant�stico" sobre o Bolsa Fam�lia ou o evidente despreparo do ministro Patrus Ananias? A cidade da coca�na e da carnificina ou o estado da pouca vergonha a R$ 1? O PT querer pegar carona no desempenho da sua campe� enjeitada Luizianne ou achar perfeitamente normal aliar-se aos malufistas? A possibilidade de Bush afinal se eleger presidente ou o fato de que esta possibilidade existe?

J� pensei muito sobre tudo isso e, sinceramente, n�o consegui chegar a nenhuma conclus�o. Tudo me parece igualmente imoral e mals�o, tudo me � igualmente nojento. Ver aquelas pobres crian�as miser�veis no interior do pa�s foi de cortar o cora��o; ver aquele ministro pat�tico tentando defender o indefens�vel foi de ferver o sangue.

A reportagem do "Independent" carregou nas tintas, mas n�o disse nada de novo; muito mais prejudicial � nossa imagem (e ao nosso amor-pr�prio) �, a meu ver, a eterna mania das autoridades "ofendidas" de enviarem cartas de protesto a governantes, produtores de desenhos animados e jornais estrangeiros. Este provincianismo cr�nico me d� vontade de ler o jornal escondida debaixo do sof�, de pura vergonha.

* * *

No caso do PT, o problema �, essencialmente, filos�fico. N�o sou petista, nunca tive qualquer simpatia pelo PT, mas, at� outro dia, era obrigada a concordar quando se dizia que ele era um partido diferente dos demais. Afinal, seguia uma linha ideol�gica bem definida e parecia avesso a fisiologismos. A sua atual desconstru��o como conjunto de pessoas unidas por um ideal (e n�o pela sede mesquinha de poder que se constatou por todo o pa�s) � t�o humilhante para petistas quanto para n�o-petistas. Em �ltima inst�ncia, ela prova aquilo que todos est�vamos cansados de saber, mas t�nhamos medo de confirmar: no Brasil n�o existe pol�tica, s� politicagem.

Para algu�m da minha gera��o, que levou a luta social a s�rio e que acreditava que a raiz de todos os males era a ditadura, � triste demais ver a que ponto chegamos. Alegremente irmanado a ACM, Sarney, Newton Cardoso, Roberto Jefferson e outros exemplares do pior entulho autorit�rio, o PT nos d� uma li��o muito objetiva: tanto faz o car�ter das pessoas, tanto faz o car�ter dos partidos. Pelo poder vale tudo, pelos fins justificam-se os meios, quaisquer que sejam.

Mas ent�o, para que partidos? Para que manter essa farsa hip�crita, essa encena��o a bom mercado? Para que -- e com que moral -- continuar a falar em "esquerda" e em direita""?

Ali�s: existe conceito mais antigo? Ser� que ainda d� para se definir o mundo em termos t�o simplistas? O camarada Putin, por exemplo, � de esquerda ou de direita? E o pragm�tico (sem perder a dureza jamais) Hu Jintao? E o companheiro Fidel? E os antigos companheiros do companheiro, que mofam na cadeia por crimes de opini�o, convenientemente esquecidos pelo mundo?

Na verdade, acho que "esquerda" e "direita" transformaram-se em termos puramente afetivos, sem qualquer rela��o com propostas ideol�gicas -- exatamente como os nossos "partidos" pol�ticos. "Esquerda", em tese, � quem est� com a gente e a gente acha bacana; "direita" s�o os outros. Tanto faz quem a gente seja, ou quem sejam os outros: a pol�tica brasileira inventou os pontos cardeais complacentes.

* * *

De todas as raz�es perfeitamente v�lidas para depress�o apresentadas pelo notici�rio, a mais sinistra e perigosa �, claro, a possibilidade da elei��o de Bush. Kerry est� longe de ser uma figura simp�tica ou carism�tica; ele � apenas um pouco mais toler�vel do que Bush e um pouco mais civilizado. � poss�vel ouvir sua voz sem sentir �nsias de v�mito, o que -- pelo menos do meu ponto de audi��o -- vai melhorar consideravelmente a qualidade dos notici�rios da CNN e da BBC.

Tenho pesadelos quando penso num Bush legalmente eleito, livre para dar r�deas � paran�ia do seu fundamentalismo crist�o, solto para correr atr�s do Ir� ou de quem Dick Cheney considere interessante para os neg�cios. Mas tenho mais pesadelos ainda quando penso que, ven�a quem vencer, metade dos americanos est� de acordo com a forma como o pa�s vem sendo conduzido, e vai continuar se lixando para o resto do mundo.

* * *

Para n�o dizer que n�o falei de flores, termino com um ponto de luz: ou�am "Can��o transparente", o maravilhoso CD da Ol�via Hime, lan�ado pela Biscoito Fino! Gostoso, inteligente, bonito de doer -- um b�lsamo contra a baixaria do cotidiano, ant�doto certo para a falta de delicadeza que nos cerca.


(O Globo, Segundo caderno, 20.10.2004)






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Home sweet home!







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Odeio ir embora depois que o pessoal da limpeza chega...






19.10.04


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Continua chovendo







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Ufa!







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O transito nao transita







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Il pleut...







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Piove, governo ladro!







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Downtown






18.10.04


Oi Multimidia

Oi Multimidia

Real-time: Mami falando com Paulinho, que mandou as flores pela internet, viu a foto no blog e ligou na sequ�ncia. J� o post foi clicado e est� seguindo pelo telefone...







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Olha como vieram lindas as flores, Paulinho! Vov� ficou toda feliz...







Oi Multimidia

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Vejam que maravilha!







:-D

Amigos, tenho �timas not�cias!

Tudo correu t�o bem que, acreditem, a Mam�e j� est� em casa...

Muito obrigada a todos pelo carinho e pelas vibra��es positivas!

Isso � o que vale na vida, e disso se faz a vida.

Viva!!!






Mami

Mami






17.10.04


Off-line

A parada na sorveteria e a passada pelas Lojas Americanas descritas nos posts abaixo foram para espairecer um pouco.

Ontem de manh� o telefone tocou cedo ao lado da minha cama: era Mam�e, dizendo que a tia Eva, de 89 anos (�ltima irm� do Papai), havia levado um tombo dentro de casa, na cozinha, e que, aparentemente, estava com o bra�o quebrado.

Mam�e veio para c�, enquanto eu pulava da cama, tomava banho e me vestia; fomos pegar tia Eva na casa dela e lev�-la ao Hospital Silvestre, onde um ortopedista muito simp�tico e atencioso constatou a fratura perto do ombro e imobilizou o bra�o. A tia fica com as faixas at� ter�a, quando o m�dico vai decidir se deve oper�-la ou n�o.

Mas antes disso, na segunda de manh�, quem vai ser operada � Mam�e, que est� com n�dulo no seio. Os m�dicos dizem que o dito n�dulo foi descoberto bem cedo e que n�o h� motivos para maiores preocupa��es, mas a gente se preocupa, naturalmente.

Gravat� j� est� tendo uma conversa s�ria com os orix�s, para que fiquem de plant�o amanh�...







iPod mini, a febre


Quando o iPod mini pintou nas paradas, muita gente olhou, achou lindo mas n�o entendeu muito bem o que levaria algu�m a gastar cerca de US$ 250 por um player de 4Gb, podendo comprar um iPod de 20Gb, de quarta gera��o, por apenas US$ 50 a mais. Do ponto de vista de espa�o, a rela��o custo X benef�cio entre o mini e seus irm�os mais velhos n�o tem mesmo muita l�gica; mas desde quando as coisas do cora��o t�m a ver com l�gica?!

O iPod mini � mais do que um reles player; � uma paix�o, que est� levando milhares de jovens � loucura, no mundo inteiro. Ele � miudinho, colorido e levinho, cabe em qualquer bolso, tem acess�rios espertos como bra�adeiras e... ora, � um iPod mini!

O mundo � do iPod, que une forma e fun��o como nenhum outro player. Imbat�vel no quesito design, expert em lan�ar tend�ncias, a Apple anunciou, quinta passada, que seus lucros simplesmente dobraram no �ltimo trimestre; em nove anos, este � o melhor resultado da companhia, que em apenas tr�s meses vendeu dois milh�es de iPods. Com isso, passam a existir no mundo cerca de seis milh�es de felizes propriet�rios do gadget sonoro mais quente de todos os tempos.

A concorr�ncia n�o est� dormindo no ponto, mas n�o h� muito que possa fazer. A Sony, que perdeu o bonde da hist�ria ao abrir m�o do MP3 nos seus players -- nisso � que d� produzir ao mesmo tempo m�sica e tocadores de m�sica! -- j� se confessou muito arrependida e promete uma nova linha, quem sabe antes do fim do ano; e, na mesma quinta em que a Apple divulgava o seu balan�o, a Dell anunciava um novo player miudinho, o Pocket DJ, de 5Gb, que chega �s lojas em novembro por US$ 200. Vi as fotos. O brinquedo � jeitoso e bonitinho, mas... n�o � um iPod.

Por enquanto, o �nico player n�o-Apple que me parece capaz de despertar a cobi�a da turma que sonha com um iPod noite e dia � o Gmini XS200, da Archos, este m�s no mercado pelo mesmo pre�o do iPod mini e mais ou menos o mesmo tamanho, mas com 16Gb a mais, ou seja, 20Gb de disco: capacidade para cinco mil m�sicas, contra as mil do mini. A Archos, fundada na Fran�a em 1988, sempre se caracterizou por fazer produtos pr�ticos e compactos, com �timo design; mas trabalha em pequena escala e � desconhecida no Brasil.

E que tal o iPod mini? Sinceramente? Perfeito! Depois de duas semanas de conviv�ncia harmoniosa, estou, eu tamb�m, apaixonada pelo bichinho. Sim, ele podia ter mais espa�o de armazenagem; e, sim, l�gico, podia ser mais barato. Mas o som � o mesmo som impec�vel dos iPods mais velhos, os comandos do seletor que � a marca registrada da fam�lia s�o suaves como car�cias e o download do PC via USB funciona sem falhas. A bateria dura umas oito horas (no meu caso, um dia inteiro e mais um pouco) e as cerca de mil m�sicas que armazena d�o para passar o fim de semana fora tranq�ilamente, sem sentir falta do som de casa. Fomos juntos para Florian�polis, e ele se mostrou um companheiro de viagem impec�vel: j� estou com a maior saudade...

(O Globo, Info etc., 18.10.2004)







Gato! Gato! Gato!

Desta vez, a festa � do meu gatinho b�pede, o Joseph -- todo pimp�o na foto com o presente que pediu de anivers�rio!

N�o � o m�ximo um tiquinho de gente desses pedir um viol�o de presente?

Por enquanto, Paulinho e Kelyndra dizem que ele demonstra mais talento para barulho do que para m�sica propriamente dita, mas como os maiores autores divergem em rela��o ao que � m�sica propriamente dita, pode ser que voc�s estejam vendo uma foto hist�rica.

Para a v� coruja que vos tecla, uma coisa � certa: todas as fotos deste gatinho s�o hist�ricas.






Tempo, tempo, tempo

Mais um!

E outro!






Desodorantes, pre�os, maternidade

Nas Lojas Americanas parei em frente � g�ndola de desodorantes, pensando na vida: Nivea ou Dove?

-- Nossa! -- exclamou uma senhora ao meu lado. -- Car�ssimo! Vi na Drogasmil a tr�s e cinq�enta.

Outra ouviu a conversa e juntou-se a n�s.

-- Mas olha, o pre�o deste est� �timo!

Era uma promo��o, tr�s pelo pre�o de dois, s� que eu n�o conhecia a marca.

-- Moderato? � bom -- me garantiu a primeira senhora, pegando um pacotinho e olhando a, digamos, configura��o.

Para mim n�o servia, n�o tinha op��o sem cheiro. N�o uso cremes, desodorantes & cia com cheiro. A senhora que havia chegado por �ltimo tamb�m n�o. A outra n�o se incomoda, desde que o cheiro n�o seja muito forte, e nos mostrou um Rexona at� razo�vel.

Fato � que l� ficamos um bom tempo, trocando id�ias sobre desodorantes e cheiros, tr�s alegres comadres. Depois peguei um Dove, a outra pegou o tal Moderato e a terceira foi para a Drogasmil. Nos despedimos contentes, desejando umas �s outras a suprema gl�ria carioca: que d� praia amanh�.

-- Vamos torcer, n�?

Mais adiante, indecisa entre pipoca para micro-ondas light ou normal, quase fui atropelada por um menino que queria porque queria que a m�e fosse l� do outro lado da loja para ver n�o sei o qu�.

-- Manh�����! Manh�����!!! Manh�����!!!!!

A m�e deu dois berros com o garoto e virou-se para mim:

-- � palavrinha mais chata essa, "Manh�"...! Quem � que aguenta isso o dia inteiro?!

Como � que algu�m pode tratar assim a mais sublime de todas as palavras?! Simples: basta ser m�e. Manifestei, pois, minha mais completa solidariedade -- embora ficasse brincando com essa id�ia na cabe�a, enquanto ela desabafava do estresse que � o cerco publicit�rio do Dia da Crian�a.

Ainda estava muito traumatizada, pobre mulher.

Filosofia � parte, fui para o caixa meia hora depois, com muito mais compras do que precisava e duas grandes certezas: a de estar levando tudo errado, e a de que uma das coisas que mais amo na minha terra � esta infind�vel capacidade que a gente tem de jogar conversa fora com desconhecidos.





16.10.04


Love, love, love

No come�o da noite, parei para comer um sorvete de figo com �gua de coco no Mil Frutas da Garcia D�vila. Na mesa ao lado, um t�pico casal da Zona Sul: bronzeados e em forma, ele com o cabelo ligeiramente grisalho, ela de short c�qui, pernas bonitas e sand�lia da Mr. Cat. Elegantes, quase discretos; classe m�dia muito bem tratada.

N�o, n�o costumo reparar tanto assim nas pessoas; pelo contr�rio, seria a pior das testemunhas num tribunal. Mas acontece que eles estavam "discutindo a rela��o" e, aos poucos, minha aten��o se afastou do Treo, onde conferia a mailbox, para a conversa dos dois.

Logo cheguei � conclus�o de que, se ele n�o � terapeuta, faz terapia h� tanto tempo que j� incorporou todos os cacoetes verbais � linguagem, perd�o!, ao discurso; j� ela est� de mal com o mundo, n�o sei dizer se tempor�ria ou definitivamente.

Francamente -- que papo chato! Que sucess�o de clich�s! Que cena pobre!

H� quantos bilh�es de anos homens e mulheres n�o repetem esta mesma conversa, com as devidas variantes?! Quanto tempo e energia a humanidade j� n�o gastou neste mesmo quadro, ela arrasada e chorosa, ele cheio de raz�o, ambos insuport�veis?!

No meio da discuss�o que, percebia-se, � recorrente, ele olhou o rel�gio e pediu a conta. Ela foi ao banheiro, deu um jeitinho na cara e os dois foram embora de m�os dadas, s� assim, como se nada houvesse.

Mais um casal daqueles que a gente v� de longe e pensa: "Ah, como � lindo o amor!"






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15.10.04



Suipa: socorro urgente!

A Suipa, que existe h� 61 anos, � uma sociedade que vive �nica e exclusivamente das doa��es de gente que gosta de bichos. Hoje abriga oito mil animais abandonados, em sua maioria c�es e gatos, contando apenas com a generosidade alheia.

N�o � uma tarefa simples; mas, com a greve dos banc�rios, o que era dram�tico virou tr�gico. A situa��o � alarmante. As d�vidas acumuladas somam R$ 650 mil, os sal�rios dos funcion�rios est�o atrasados e a sociedade periga fechar de vez.

Por favor, amigos, n�o vamos permitir que isso aconte�a! Qualquer doa��o, por pequenina que seja, ser� muito bem-vinda.

A Suipa abriu uma conta corrente exclusivamente para esta emerg�ncia. Aqui est�o os dados:

Banco Ita�, ag�ncia 0584, conta 45500-0.

Se algu�m tiver ra��o ou rem�dios que possa doar, tamb�m ser�o bem-vindos. A Suipa fica na Avenida Dom H�lder C�mara 1.801, em Benfica. O telefone para contato � 2501-1085.

L� no Fotolog, reproduzi o pedido de socorro do Riccardo Naman, um dos diretores da Suipa.







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Sou sempre a ultima a sair... *suspiro*







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Na redacao se veem coisas estranhas...






14.10.04



Demorou!

H� tempos o povo do Google fala numa ferramenta de busca para desktops, semelhante � que a gente usa na web, s� que habilitada a encontrar documentos na m�quina do usu�rio.

Pois a beta do Google Desktop acaba de ser lan�ada e j� est� dispon�vel aqui!

Estou louca para chegar em casa e testar a novidade...






Em boca fechada n�o entra mosca...
ou algo no g�nero

Volta e meia aparece algum estudo provando, por A + B, que o uso de celular faz mal � sa�de. No dia seguinte, aparece meia d�zia de estudos provando que n�o, bobagem, nada disso.

A bola hoje est� no campo do Sim, celulares fazem mal. Leiam aqui.







Tempos ruins, pessoas
boas: lembran�as


Na Bras�lia dos anos 70, respeitar sertanistas como
Apoena Meirelles era mais f�cil do que entend�-los



Fui morar em Bras�lia em 1972 e s� n�o fui infeliz para sempre porque, antes que a d�cada seguinte come�asse para valer, j� estava de volta ao Rio. Detestava aquele barro vermelho que grudava em tudo, a aridez da paisagem, a falta de humanidade das superquadras; n�o estava preparada psicologicamente para morar em endere�os chamados W3 e SQS, para depender de autom�vel para as m�nimas coisas e para conviver com os protagonistas e figurantes de uma ditadura que me oprimia. No dia-a-dia deste conv�vio, mais do que a brutalidade do regime me chocava a brutalidade das pessoas, a grossura das autoridades, a sua falta de educa��o, o seu despreparo, a insensibilidade ampla, geral e irrestrita.

A famosa falta de esquinas nem me fazia tanta falta assim. Naquela �poca o Rio ainda era uma cidade onde a gente andava a p� com calma, e sa�a para passear na rua, � toa, para bater perna, ver vitrines, por os assuntos em dia, espairecer. Em algumas esquinas havia barzinhos onde se parava para beber alguma coisa ou tomar caf� em p� com os amigos; mais ou menos como hoje, com a diferen�a que s� se tinha taquicardia quando se via o namorado passando no �nibus ou se olhava para o lado e se dava de cara com uma lenda viva tomando cafezinho. Um grupo de moleques correndo era s� isso, um grupo de moleques correndo, n�o um arrast�o. E arrast�o, por sinal, era s� um tipo de pesca, e um grande sucesso da Elis Regina.

A esquina n�o era uma refer�ncia geogr�fica, mas existencial. Para mim n�o era a esquina urban�stica que fazia falta na Bras�lia dos anos 70, mas tudo aquilo que fazia a vida de uma cidade, especialmente de uma cidade civilizada. Amigos que at� hoje moram l� e amam perdidamente os seus pagos ficam sentidos com a minha vis�o, mas a percep��o do espa�o � sempre pessoal e, l�gico, influenciada pelas circunst�ncias da vida e dos gostos de cada um. Viver no dep�sito de autoridades bo�ais, milicos perigosos e funcion�rios p�blicos contrariados que era a Bras�lia de ent�o foi o lado escuro da minha exist�ncia, a parte amarga que me foi dada para que eu pudesse apreciar, devidamente, cada dia que veio depois.

� �bvio que, no meio daquela escurid�o toda, existiram algumas luzes; muitas, at�, se eu pensar nos amigos e nas descobertas que a cidade me proporcionou, entre elas a vis�o de um Brasil que ia muito al�m daquele que se via do Rio de Janeiro. Em Bras�lia descobri, por exemplo, a melhor de todas as tribos ind�genas -- a dos sertanistas, como os irm�os Cl�udio e Orlando Villas-Boas e Apoena Meirelles, assassinado no �ltimo domingo. Volta e meia eles estavam l�, resolvendo coisas na Funai.

Eu trabalhava em outros setores e n�o tinha conv�vio cont�nuo com eles; mas todo mundo se conhecia naquela capital ainda pequena, e todos os caminhos levavam aos mesmos lugares. Encontr�-los era uma aventura intelectual de alta voltagem. Eu era fascinada pelos Villas-Boas, j� ent�o verdadeiros mitos, mas, naturalmente, me sentia mais � vontade com Apoena -- pertenc�amos � mesma gera��o. A ess�ncia da minha lembran�a dele �, paradoxalmente, uma sucess�o de discuss�es acaloradas, com poucas chances de entendimento.

Explica-se. Nascido na selva, ele era um defensor feroz e intransigente dos �ndios, ao passo que eu, c�tica criatura urbana, sempre vi com desconfian�a a quest�o ind�gena. Do meu ponto de vista, era muito dif�cil, quando n�o imposs�vel, entender certas posi��es suas, invariavelmente marcadas pela parcialidade irracional dos apaixonados; mas, at� por isso, n�o havia como n�o gostar dele e, sobretudo, como n�o respeit�-lo.

A verdade � que, apesar de tantas vezes discordar dos sertanistas, sempre tive a maior admira��o pelos que conheci. Pessoas bem preparadas, em que a forma��o humanista se aliava a uma coragem extraordin�ria, eles combatiam, todos, o bom combate; afinal, se eventualmente erravam, era por idealismo e dedica��o, ao contr�rio dos s�rdidos poderosos que enfrentavam.

Voltei para o Rio em 1981. Nunca mais vi nenhum sertanista ? mas, �s vezes, tinha not�cias daqueles meus antigos conhecidos pelos jornais. Ainda h� pouco, no caso dos garimpeiros assassinados, l� estava o Apoena, mais uma vez dando raz�o aos �ndios -- e eu, do lado de c� da p�gina, ainda discutindo, em pensamento:

-- Caramba, rapaz, se toca, n�o h� inocentes nessa hist�ria!

Ainda assim, h� her�is; e Apoena Meirelles foi um deles.


(O Globo, Segundo Caderno, 14.10.2004)





13.10.04


Oi Multimidia

Oi Multimidia

Favela da Mare







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Xerem









Projeto M�dici

Ta� uma empreitada hist�rica da pesada: desde junho passado, um grupo de especialistas est� exumando e estudando os M�dici, de Floren�a, a fam�lia mais poderosa do Renascimento italiano, em busca de pistas sobre sua sa�de, alimenta��o, caracter�sticas f�sicas e outras informa��es contidas nos restos mortais.

Primeira Grande Revela��o: Garcia e Giovanni, filhos de Cosimo I que faleceram praticamente ao mesmo tempo em 1562, e que desde ent�o se acreditava terem sido v�timas de assassinato, morreram provavelmente de mal�ria, doen�a que, logo depois, levaria sua m�e, Eleonora de Toledo.

Acontece que n�o h� qualquer marca de corte nos ossos dos rapazes, o que aponta contra a teoria do assassinato: ainda que seja teoricamente poss�vel liquidar algu�m com facas e espadas sem atingir os ossos sequer de rasp�o, na pr�tica isso n�o � prov�vel.

Enquanto aguardam os resultados dos testes de DNA, os historiadores se debru�am sobre os relatos da �poca que d�o conta de severos acessos de febre sofridos pela fam�lia pouco antes da tr�gica seq��ncia de mortes.

Eleonora de Toledo, que media 1m58 e que, como as damas do seu tempo, usou saias compridas a vida inteira, n�o escapa do momento da verdade, ainda que este chegue quatro s�culos depois de sua morte: tinha as pernas tortas.

Tinha tamb�m dentes muito ruins, o que foi normal durante s�culos: reparem como ningu�m sorri com dentes � mostra nos retratos antigos.

No total, a equipe de cientistas vai investigar 19 m�mias, duas m�mias esqueletais (seja l� isso o que for), 23 esqueletos e ossos de cinco outros indiv�duos.

� uma pena que justamente os dois membros mais famosos e interessantes do clan, Cosimo "Pater Patriae" (1289-1464) e Lorenzo, o Magn�fico (1449-1492), fiquem fora do projeto. Seus t�mulos, esculpidos por Michelangelo, foram considerados fr�geis demais para se abrir.

E, j� que estamos nisso: "Abril Sangrento -- Floren�a e o compl� contra os M�dici", de Lauro Martines (Imago, 343 p�ginas) � um dos melhores livros que li ano passado. Um complemento perfeito para a minha "biografia" favorita da fam�lia, "Ascens�o e queda da casa dos M�dici", de Christopher Hibbert, publicado aqui pela Companhia das Letras.





12.10.04


Fotos do Treo 600 -- e tr�s letras pol�micas

O mundo dos congressos tamb�m tem a sua moda: ultimamente, nada mais chique do que organizar eventos em Florian�polis, de prefer�ncia no Cost�o do Santinho -- onde fiz fotos testando o Treo 600 descrito pelo S�rgio Stern nesta edi��o. O resort � a constru��o cercada de p�ssaros da foto do centro; mas a verdade � que, num congresso como o Secop 2004, em que os participantes t�m apenas tr�s dias para saber tudo o que est� acontecendo em termos de inform�tica p�blica, o m�ximo que se consegue � respirar o ar da praia, comer uns camar�es e voltar para casa jurando que um dia se vai l� de f�rias...

Uma das grandes not�cias do Secop 2004 (que reuniu cerca de 400 participantes) aconteceu na pr�pria abertura do evento, quando Pedro Jaime Ziller de Ara�jo, presidente da Anatel, anunciou o lan�amento do Servi�o de Comunica��o de Dados, ou SCD -- uma esp�cie de gigantesca intranet que se prop�e a levar a internet, em banda larga, aos mais distantes rinc�es do pa�s.

Para que t�o nobre prop�sito saia do campo das boas id�ias e passe para a realidade, ser�o usados recursos do Fust -- e a criatividade dos envolvidos no processo, de prestadores de servi�os a autoridades municipais.

A cria��o do SCD, que j� rendeu muita discuss�o e pano para as mangas, nascer� de um decreto (!) que j� est� prontinho para ser assinado pelo presidente Lula. Por enquanto, uma das poucas coisas que se sabe a seu respeito, concretamente, � que os prestadores do servi�o e seus concession�rios dever�o usar software livre. Isto � l�gico e faz todo o sentido: afinal, governo algum pode ficar dependendo de uma ou outra empresa (sobretudo uma) para garantir o bom andamento da m�quina administrativa.

Segundo Pedro Jaime, que dividia seu tempo no Secop com a Assembl�ia Mundial de Normaliza��o das Telecomunica��es (n�o tou dizendo que organizar congresso em Santa Catarina virou moda?), o SCD vai garantir o acesso � rede com equipamentos de baixo custo em todas as escolas p�blicas de ensino fundamental e m�dio, "num horizonte de cinco anos", beneficiando 170 mil unidades de ensino e cerca de 39 milh�es de alunos. "O SCD re�ne diversas inova��es tecnol�gicas e promove a converg�ncia de terminais, das redes, dos servi�os e conte�dos, estabelecendo um novo paradigma da presta��o de servi�os de telecomunica��es", disse ele. Se for mesmo assim, t� �timo e a gente aplaude de p� -- mas, como j� estamos em outubro, e a burocracia n�o � propriamente uma F�rmula 1, na melhor das hip�teses as primeiras licita��es para o SCD s� ser�o feitas no ano que vem.


(O Globo, Info etc., 11.10.04)

As fotinhas a que me refiro s�o aquelas que voc�s viram aqui, em primeira m�o...





11.10.04


Mas soltaram todas as bruxas ao mesmo tempo ou o qu�?!






Adeus, Super Homem

Nossa, mas o notici�rio est� de lascar!

Agora acabam de dizer que morreu o coitado do Christopher Reeve.

Que vida, n�? Trag�dia grega perde...






Apoena



Apoena

Acabo de chegar em casa. Liguei a televis�o para ver o repeteco do Fant�stico, na GloboNews, e o assunto era o assassinato do Apoena Meireles.

Foi um choque.

Conheci Apoena em Bras�lia, h� mais de 20 anos. A cobertura da Funai e das quest�es ind�genas em geral era feita pelas sucursais da capital, e eu trabalhei em duas delas, a da Folha e a do JB.

Nunca cobri a �rea. Ao contr�rio, sempre tive certa implic�ncia com quase tudo que diz respeito a �ndio; implico com a id�ia do bom selvagem, com o tamanho das reservas que, mais dia menos dia, viram um pa�s � parte, com a pol�tica indigenista e com a suposi��o de que o �ndio �, necessariamente, amigo da natureza.

Isso n�o quer dizer que n�o tenha pena -- muita pena -- da situa��o em que se encontram os nossos �ndios, at� porque n�o vejo qualquer possibilidade de sobreviv�ncia, a longo prazo, das suas tradi��es e do seu antigo estilo de vida.

Pois quando eu estava em Bras�lia discutia muito tudo isso com os colegas e com os sertanistas que conheci por l�.

Um deles era o Apoena.

Me lembro bem dele, um dos defensores mais intransigentes que os �ndios jamais tiveram. Muitas vezes me irritava com a sua posi��o, que me parecia de uma parcialidade quase irracional; mas ele era t�o sincero que, no fim, era imposs�vel n�o gostar dele e n�o respeitar aquela teimosia t�o apaixonada.

Voltei para o Rio em 1981. Nunca mais nos vimos mas, pelos jornais, �s vezes sabia dele. Ainda h� pouco, naquele caso dos garimpeiros assassinados, l� estava o Apoena, mais uma vez dando raz�o aos �ndios -- e eu, do lado de c� da p�gina, ainda discutindo, em pensamento: "Caramba, Apoena, se toca, n�o h� inocentes nessa hist�ria!"

Que morte mais besta, meu Deus.

Que tristeza.





10.10.04




Capivara!

Eu sei, eu sei -- estou devendo v�rias figurinhas que prometi postar no fim de semana, mas estou um caquinho. Quem sabe amanh� n�o tenho mais energia?

Para n�o dizerem que n�o fiz nada, por�m, olhem quem encontrei hoje quando passeava de bicicleta pela Lagoa...!






Segredo

Olha ela l�...





9.10.04



8.10.04


Novo brinquedo

Pronto, mais um v�cio na pra�a: o Link, esp�cie de crossover de Orkut e Multiply, by Estad�o...






Oi Multimidia

Oi Multimidia

Florianopolis







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Floripa







Florian�polis, direto!

Olha, eu n�o sou de contar vantagem, n�o gosto de humilhar ningu�m, mas acontece que o Cesar Valente fez uma ampla cobertura da minha viagem no Carta Aberta, com fotos e tudo!

Sei que estou pegando pesado, mas puxa, n�o � qualquer um que pode se vangloriar de ter reportagem num dos melhores blogs.BR, n�o mesmo... Al�m disso, ADOREI a minha mini-temporada em Santa Catarina, onde me encontrei com tantos amigos e tantos camar�es.

No fim de semana, quando virar gente novamente, vou postar umas fotinhas feitas com c�mera de verdade; agora estou t�o cansada que tou naquela de pensar se vale o esfor�o de me levantar daqui da cadeira para ir at� a cama, sabem como �?

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...





7.10.04


Um zool�gico
no meu quintal


Fica muito dif�cil ir � academia de gin�stica
quando se vive em plena selva urbana



Quando voltei de f�rias, resolvi come�ar vida nova. Passei a acordar mais cedo e a ir menos a festas, cortei os restaurantes e cheguei a me matricular numa academia de gin�stica, onde fiz muitas aulas de spinning. Fiz tamb�m a bobagem de escrever uma cr�nica a respeito disso e, desde ent�o, volta e meia recebo emails de leitoras empolgadas e solid�rias, que querem saber a quantas anda minha vida de atleta.

Bem, tenho boas e m�s not�cias.

Sinto dizer que n�o tenho feito grandes progressos no spinning, mais ou menos pelos mesmos motivos pelos quais jamais ganhei na loteria: � que nunca jogo na loteria.

Tenho explica��es. Andei bem gripada uns dez dias, depois fui a S�o Paulo, voltei pro Rio, fui a S�o Paulo de novo, voltei, a� veio o festival de cinema e, se tudo correr conforme o previsto, quando voc�s estiverem lendo esta cr�nica, estarei na apraz�vel cidade de Florian�polis, exercendo o meu lado hi-tech no Semin�rio Nacional de Inform�tica P�blica (Secop 2004).

Entre uma coisa e outra trabalho no jornal, sou m�e de fam�lia, atendo �s necessidades dos gatos que me deixam usar parte da casa, leio, brinco com celulares e c�meras digitais, mantenho um blog. Meu tempo n�o est� dando nem para a sa�da. Se a academia ainda ficasse longe e eu precisasse ir de carro, tudo bem; mas quem pode se dar ao luxo de fazer spinning numa academia ao lado de casa, � qual se vai de bicicleta?!

Acontece que adoro andar de bicicleta na Lagoa. Por isso, em vez de ir pelo lado do Cai�aras e chegar rapidinho, vou pelo lado do Cantagalo - e n�o chego nunca. O problema � que h� tantas atra��es pelo caminho que, quando finalmente passo por l�, j� estou atrasada demais para a aula. �s vezes at� paro naquele antro de sa�de e disposi��o, bebo um suco, tomo um caf�, fa�o uma social e um pouquinho de exerc�cio. Mas o spinning, mesmo, acho que s� vou retomar na pr�xima segunda.

Se a rela��o com o spinning n�o anda l� aquelas maravilhas, a rela��o com a bicicleta est� cada vez melhor. Ainda n�o sei subir e descer meio-fios, mas j� me ponho em movimento com certa dignidade, paro sem dar vexame e at� tiro as m�os do guidon - uma de cada vez, � claro.

Nesses meses todos levei apenas um tombo. L� ia eu pelo lado de dentro, na faixa de areia, para um poss�vel encontro com a capivara, quando vi um casal de frangos d'�gua pertinho da margem. Dei uma freada brusca, um tanto incompat�vel com a areia; que, ao contr�rio, provou ser altamente compat�vel com meu joelho (mais tarde, em casa, levei um temp�o tirando os gr�ozinhos do machucado). Felizmente, ningu�m me viu pagar este mico; mas, infelizmente, os frangos d'�gua se assustaram com o barulho e foram embora, os ingratos.

De resto, tenho tido muito sucesso nos meus encontros com bichos. Dar uma volta de bicicleta dia sim dia n�o me ajuda a conhec�-los melhor. H� duas gar�as brancas grandes e uma pequena no Cantagalo que j� n�o me estranham; h� tamb�m um casal de quero-queros, chocando, que n�o quer-quer intimidades com estranhos. Os dois franguinhos d'�gua daquele trecho tamb�m s�o meio desconfiados mas, neste caso, a culpa � toda minha: � �bvio que n�o causei boa impress�o no primeiro encontro. Ainda no Cantagalo, h� soc�s, viuvinhas e uns bem-te-vis enfezados que, semana passada, botaram um gavi�o para correr. Se eu n�o tivesse visto n�o acreditava, mas assim foi.

H� gar�as-azuis em alguns pontos espec�ficos, especialmente perto do Piraqu� e na col�nia de pesca; a da foto adotou o Ant�nio do coco e vive no barco. Come na m�o dele e est� t�o mal acostumada que recusa savelhas. De modo geral, as aves da col�nia s�o muito mansinhas. J� emfrente ao Vasco, em pleno territ�rio da capivara, h� a maior passarada de todas. Num s� dia, contei seis diferentes tipos de aves por l�.

O meu grande desafio animal da Lagoa �, agora, encontrar e fotografar as tartarugas do Piraqu�. Segundo fontes fidedignas, h� pelo menos tr�s, de bom tamanho, no canal da General Garzon. Alguns amigos estranham que elas sobrevivam �quela polui��o toda; pois eu, sinceramente, estranho ainda mais que sobrevivam aos humanos.

(O Globo, Segundo Caderno, 7.10.04)






Foto de telefone

Foto de telefone







Foto de telefone

Foto de telefone







A vista do quarto

A vista do quarto







Foto de telefone

Foto de telefone







Foto de telefone

Foto de telefone







Foto de telefone

Foto de telefone






6.10.04

Nourrau



Aha! Descobri como fazer tags de html...





Postando do Secop 2004, via Treo 600:



Ainda preciso aprender a configurar certas caracteristicas desta maquininha, mas ja descobri uma ferramenta de blog do Avantgo.



Estou na abertura do Secop, aqui em Florianopolis. Pelos primeiros discursos, ja da para ver qual vai ser a tonica do encontro: todo o poder ao software livre.



Sei que muita gente tem objecoes a isso, mas eu acho que e totalmente por ai: sistemas de informatica publicos nao podem ser fechados, dependentes de uma ou outra - especialmente uma - empresa estrangeira.





5.10.04


Oi Multimidia

Oi Multimidia

Fui!







Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Para variar sai as carreiras, mas ainda tive tempo pra fazer um lanche no aeroporto - estava morrendo de fome. Obrigada, amigos, pela ajuda metereologica!







Socorro meteorol�gico

Estou correndo contra o tempo, terminando um texto que tinha que ter sido entregue na sexta passada; daqui a algumas horas embarco para Florian�polis, pro Secop 2004.

H� algum leitor manezinho na casa pra me dizer como est� o tempo a�, por favor?

Muito grata!






Oi Multimidia

Oi Multimidia

Fiz toda uma s�rie, com o telefone, dos gatos vistos de baixo para cima. Mesinhas de vidro t�m sua utilidade!







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Tutu adora se esconder no tubo do m�vel deles







Awwwww

Ele at� ronrona...






Vapt-vupt

Gozado: o Jampa pegou um pitaco daqui, e eu peguei um de l�.

N�o deixem de conhecer a Realidade Virtual!





4.10.04


Oi Multimidia

Oi Multimidia

Pipoca



N�o � que funcionou?! Mandei a foto direto do celular, atrav�s do Flickr...








VIVA!!!

Hoje � anivers�rio da minha gatinha querida -- a minha gatinha b�pede Em�lia que, na foto, est� posando junto com a Pipoca durante a sua �ltima visita ao Rio, em julho passado.

� um desconsolo a gente ser av� � dist�ncia, vendo os bipinhos da gente crescendo em fotos e ouvindo relat�rios dos pais; mas, por outro lado, � uma felicidade ter uma neta engra�ada, bonita e inteligente como a minha Em�lia, a minha interneta.

Muitos beijos, queridinha, que voc� seja sempre feliz e que continue sendo, sempre, a grande fonte de alegria que � para toda a fam�lia!






Fotolog: como sair do buraco?

Na quarta-feira passada, o Fotolog surpreendeu os usu�rios com uma tela de abertura inusitada: nela, Cypher, um dos seus tr�s fundadores, pedia a ajuda de todos para evitar o colapso definitivo do site. A quest�o � que o Fotolog est� na bacia das almas. Tem d�vidas superiores a U$ 70 mil, porque n�o � f�cil sustentar um site com meio bilh�o de page views por m�s (equivalentes a 22 Terabytes de banda) se, dos seus supostos 650 mil "inquilinos", apenas oito mil, se tanto, pagam o aluguel. No momento, o Fotolog tem uns 70 servidores para processar e armazenar 21 milh�es de fotos com respectivas mensagens. Apenas na �ltima sexta-feira entraram cerca de 125 mil novas fotos no ar.

Para quem acompanha o site desde o in�cioo, esses n�meros s�o, justamente, a raz�o dos seus males. O que fez o sucesso do Fotolog foi, ao lado da interface imbat�vel, a facilidade de uso e a velocidade de postagem e visualiza��o das imagens. Quando ele "explodiu" e come�ou a crescer de forma desordenada, o que antes funcionava t�o direitinho passou a ser, como era de se prever, uma corrida de obst�culos.

* * *

Ao longo do �ltimo ano, praticamente n�o houve momento em que alguma coisa n�o estivesse engui�ada. Ou eram as fotos que n�o abriam, ou os coment�rios que se trancavam, ou as listas de favoritos que desapareciam. A administra��o reconhecia os problemas, informava que estava instalando novos servidores, agradecia a paci�ncia do distinto p�blico... e continuava fazendo tudo como antes, mantendo as portas abertas ao maior n�mero poss�vel de inscri��es gratuitas. Num m�nimo de tempo.

Este comportamento, profundamente injusto para com os pagantes, foi questionado � exaust�o no grupo de discuss�o, onde um n�cleo de fotologgers aguerridos sugeria provid�ncias sensatas como trancar o site para novas inscri��es gratuitas at� que o sistema se estabilizasse, criar uma limita��o para o n�mero de fotologs por usu�rio ou dar um tempo determinado para os testes gr�tis. Pensem em qualquer sa�da poss�vel para um site de comunidades e ela foi, em algum momento, aventada no forum.

* * *

Ningu�m entende por que a administra��o insiste em se manter numa rota visivelmente equivocada; mas o poder de sedu��o do Fotolog � t�o grande que, mesmo desestimulados e sentindo-se desprestigiados, os floggers de f� continuam gravitando em torno da sua �rbita. A tal ponto que, em menos de 48 horas, o "chap�u" do Paypal recolheu mais de U$ 8 mil. Usu�rios que h� tempos haviam cancelado o pagamento das mensalidades em protesto contra as constantes falhas do servi�o voltaram a ativ�-las; outros registraram-se como pagantes pela primeira vez.

A verdade � que, apesar de todas as imita��es e novidades do ciberespa�o, ainda n�o se inventou nada melhor do que o Fotolog; e, ainda que se invente, ser� dif�cil, se n�o imposs�vel, reproduzir num outro contexto o mesmo clima de "fam�lia" que se criou por l�. Resta agora torcer para que, com o susto -- e a not�vel demonstra��o de afeto recebida -- a administra��o d� ouvidos aos usu�rios e pise no freio enquanto h� tempo.

Para quem gosta do Fotolog, e at� hoje n�o se tocou de que internet � um neg�cio muito caro, fica o meu mais sincero apelo: aproveitem que agora, atrav�s do Ubbi, se pode pagar em reais (e em diversas modalidades) e -- por favor! -- registrem-se como pagantes. S�rio mesmo. Abram m�o de um cinema, de umas cervejas, de um lanche no MacDonalds, de uma camiseta nova, um brinco ou um brinquedo. Garanto que quinze reais mensais n�o v�o fazer nem parte da falta que far� o Fotolog, caso venha a ser desativado.


(O Globo, Segundo Caderno, 4.10.04)






Teoria conspirat�ria da hist�ria.
Ser�?

J� vi muitos websites que p�em em d�vida a exist�ncia do avi�o que atingiu o Pent�gono, mas nenhum se compara a este aqui.

� de arrepiar.





2.10.04


Arruma��o

Gostaram da tirinha de fotos a� da esquerda? � uma das bossas do Flickr, uma esp�cie de Fotolog com toques de Multiply, para onde est� se bandeando uma turma antiga, basicamente angloparlante, do Fotolog. N�o que a gente acredite que o Fotolog vai realmente acabar; mas seguro morreu de velho.

Com as barbas de molho, o Flickr n�o cobra por espa�o de armazenagem e sim por uso de banda.

Espertos, eles.

* * *

Vou ter que pensar seriamente sobre a minha vida digital. Do Orkut, felizmente, j� estou mais ou menos fora; mas ningu�m tem tempo, sa�de e criatividade para manter blog, moblog, Fotolog, Multiply, Flickr e que sei mais eu.

Sem falar no email; mas este, no meu caso, j� � p�gina virada. H� coisa de dois anos, achei totalmente catastrofistas as previs�es que diziam que em breve o spam ia matar o email.

Hoje dou a m�o � palmat�ria.

H� dias em que simplesmente n�o abro mais a mailbox. N�o compensa. S�o quase mil msgs no jornal, umas 200 em casa. O simples trabalho de conferir o que � ou o que n�o � spam me consome o dia inteiro, e tenho mais o que fazer.

Todos os filtros que testei s�o rid�culos. Seguram mensagens de amigos, convites para festas e fotos dos netos, mas deixam passar tudo o que � an�ncio de Viagra, scam do Serasa e chamada de site porn�.

Haja.






T� feia a coisa

J� est�o processando blog... por causa de coment�rio! Foi o que aconteceu com o Imprensa Marrom, que teve que sair do ar por causa de uma liminar judicial.

Assino embaixo do que o Inagaki escreveu; n�o dou meu pitaco agora pelo adiantado da hora e por estar ainda no jornal, �s voltas com a coluna de segunda-feira.

Mas, de certa forma, nem preciso, n�? Acho que, a essa altura, a maioria de voc�s j� sabe o que penso a respeito deste tipo de coisa...

E agora, de volta ao trabalho.

*suspiro*

Update: O que eu penso disso?

Penso que, para variar, estamos imitando os Estados Unidos no que o pa�s tem de pior -- no caso, processos movidos pela gan�ncia e pela m� f�.

O pior � que o judici�rio brasileiro est� inteiramente despreparado para lidar com quest�es relativas � internet. Ainda que houvesse fundamento na causa, dono de blog com sistema de coment�rios aberto n�o pode ser processado por coment�rios l� deixados.

A empresa que se julgou prejudicada podia, no m�ximo, ir atr�s de quem fez o coment�rio, e olhe l�.

Preparem-se.

Este caminho em geral n�o tem volta e tende a ficar cada vez pior.





1.10.04


Dos coment�rios

H� tempos estou para trazer este excelente coment�rio do Oswaldo Claro Jr. para c�; ele se refere ao caso do avi�o brasileiro derrubado no Adri�tico, lembram?
Ol� Cora,

como leitor regular de suas colunas desde a �poca do JB n�o poderia deixar de comentar sobre o ca�a brasileiro afundado no litoral italiano durante a segunda guerra que vc. relatou na quinta-feira passada.

Por coincid�ncia, fa�o parte da equipe do Sentando a Pua! , site sobre a avia��o militar brasileira na Segunda Guerra. Este site originou um filho, o site sobre o P-47 Thunderbolt.

Em ambos os sites acredito que vc. encontrar� as informa��es que procura, sen�o, vejamos:

1. A FAB enviou a It�lia n�o uma esquadrilha mas sim todo um grupo de ca�as (o 1o. Grupo de Avia��o de Ca�a - 1o GAVca) composto de quatro esquadrilhas de P-47D.

2. O 1o GAVca realizou 445 miss�es com vinte e uma aeronaves derrubadas e sete pilotos mortos (cinco em combate e dois em treinamento)

3. N�o temos conhecimento de nenhuma queda sobre o mar por�m, se tiver acontecido, o mais prov�vel � que tenha sido nas miss�es 297 (aeronave B4 pilotada pelo Corr�a Neto), 215 (aeronave B6 pilotada pelo Brandini) ou 436 (aeronave C6 pilotada pelo Goulart). Em todas essas miss�es os pilotos saltaram de para-quedas al�m de terem realizado os ataques pr�ximo da costa italiana. Ali�s, a miss�o 297 passou por cima do Adri�tico pr�ximo a Veneza.

4. Se vc. quiser dar uma olhada no mapa dessas e outras miss�es � s� apontar para este link. L�, vc. tem como ponto de partida o hist�rico de cada uma das esquadrilhas.

5. Pela foto que vi no jornal tudo leva crer ser de fato um Thunderbolt e, se n�o podemos afirmar ser da FAB, com certeza n�o era ingl�s pois a RAF s� utilizou aquele tipo de ca�a no teatro de opera��es CBI (China-Birm�nia-�ndia) e por um breve per�odo no Egito. A Fran�a Livre s� os utilizou contra alvos alem�es sobre territ�rio frances e posteriormente sobre a pr�pria Alemanha.
URSS voou P-47 apenas localmente e o M�xico s� nos �ltimos meses da guerra no Pac�fico. Ufa!

Portanto, se caiu durante a guerra, ou � brasileiro ou americano (hip�tese que acho mais prov�vel).

Al�m disso, o Jackson Flores tem raz�o em lembrar que a AMI (Aeronautica Militare Italiana) voou P-47 ap�s a guerra e bem poderia ser um deles a aeronave afundada. Est� certa tamb�m a informa��o do acidente do ten. Santos em 07/01/45 quando caiu com o P-47 (B2 da esquadrilha amarela). Ele conseguiu saltar e salvou-se mas, pouco depois, foi abatido voando um P-47 da esquadrilha azul (44-20339; P-47D-30-RE) vindo a falecer.


Abra�os

Oswaldo Claro Jr.
Equipe Sentando a Pua!










D�vida ornitol�gica

Algu�m sabe me dizer o nome deste passarinho?

Ele � bem pequeno, arisco e muito veloz, n�o p�ra quieto.