30.4.04


:-)))

Estou adorando a janelinha do Moblog a� ao lado, essa onde agora se v� o pr�dio espelhado a reda��o! Uma esp�cie de CoraCam: � t�o f�cil mandar as fotinhas...

Para ver a foto ampliada, � s� clicar; e a� se v�em tamb�m as anteriores, entre as quais uma s�rie da Tutu, bocejando e dormindo ao sol.






Livro pipoca

Estou lendo O C�digo Da Vinci. Os personagens n�o t�m qualquer densidade, a pesquisa hist�rica n�o quer dizer nada, o estilo liter�rio deixa a desejar... mas o livro � �timo, sensacional, tudo de bom!

Altamente recomend�vel para quem est� a fim de se divertir.





29.4.04


Tem uma foto minha aqui...



E tem umas fotinhas minhas l�, no Textamerica, um moblog cujas atualiza��es voc�s podem acompanhar pela nova miniaturinha a� da barra ao lado.

Clicando se pode ver a foto ampliada, com espa�o para coment�rios e tudo. Detalhe: essas s�o fotos feitas e transmitidas por celular.








Drogas


A libera��o pode amenizar o que a guerra piora
Para quem acompanha o blog, a coluna desta semana n�o � novidade; voc�s j� leram -- e debateram muito! -- este texto. As modifica��es que fiz na vers�o para o jornal foram m�nimas.

Est� na moda condenar os usu�rios de drogas como co-respons�veis, quando n�o respons�veis diretos, pela viol�ncia que assola a cidade. Al�m da id�ia bizarra de que s� existe viol�ncia por causa das drogas, h� um racioc�nio simples (e simplista) por tr�s disso: �Se ningu�m consumir, os traficantes n�o ter�o a quem vender�.

De fato. Onde n�o h� demanda, n�o h� oferta. Mas � t�o f�cil dizer �Parem de consumir!� quando n�o consumimos nada, n�o �? Agora olhem em volta e vejam quantas pessoas voc�s conhecem irremediavelmente viciadas em subst�ncias legais: chope, u�sque, tranq�ilizantes, cigarro, carboidratos...

Eu mesma, por exemplo, que n�o fumo nem bebo, preciso emagrecer. Muito. N�o estou acima do peso porque quero, porque desconhe�o o mal que isso me faz � sa�de ou porque me agrade; pelo contr�rio. Meu maior desejo seria entrar em forma.

�Mas � t�o f�cil emagrecer!�, dizem todos os magros. �Basta parar de comer doce!�

Pois �. � o que venho tentando fazer desde que me tenho por gente � sem o menor sucesso. Minha sorte � que a depend�ncia qu�mica de a��car n�o me p�e for�osamente em contato com criminosos. Posso comprar chocolate em qualquer lugar sem ser amea�ada de morte por traficantes, sem ser achacada por maus policiais, sem correr o risco de ir em cana. Se amanh� o chocolate for proscrito, eu talvez ag�ente uma ou duas semanas, mas � prov�vel que, mais cedo ou mais tarde, acabe indo buscar uns bombons de cereja onde quer que seja, ao pre�o que me pedirem.

Parece brincadeira, mas n�o �. Estou falando s�rio. Tentem largar um simples h�bito para imaginar como � dif�cil, quando n�o imposs�vel, abandonar um v�cio. E eliminar a tal demanda.

Para mim, o �nico meio de se resolver o problema das drogas � fazendo com que elas deixem de ser um problema � pelo menos, um problema de pol�cia. Em outras palavras, liberando o seu consumo, e tirando a distribui��o das m�os do crime organizado.

� l�gico que quando falo em consumo livre n�o estou falando num sentido consumista. Ningu�m que prop�e a libera��o das drogas com um m�nimo de seriedade � louco de sugerir a distribui��o descontrolada, com marcas chiques, gente sarada fazendo propaganda em outdoors e merchandising na novela das oito. A libera��o das drogas deve ser uma libera��o sem charme, hype , n�on ou embalagens vistosas.

Sei que esta � uma id�ia radical, malvista por boa parte da sociedade; tamb�m sei que contraria interesses e levanta quest�es � inclusive diplom�ticas � de uma complexidade indescrit�vel. Mas acho que deve, pelo menos, ser discutida. Ser� que a distribui��o legal de drogas, controlada pelo Estado, seria t�o pior do que a atual distribui��o ilegal, controlada pelo tr�fico?

O consumo n�o �, em si, um caso de pol�cia. � caso de sa�de p�blica � o que n�o significa que os dependentes sejam coitadinhos doentes e inimput�veis, pelo contr�rio. Mas s�o, ainda assim, pessoas que precisam de tratamento. Se isso j� � dif�cil em plena legalidade (vide alcoolismo), que dir� na ilegalidade...

O fato � que, desde que o mundo � mundo, a Humanidade se droga. N�o h� registro de civiliza��o que n�o tenha inventado uma bebida, descoberto um cogumelo, mascado umas folhas. Achar que, justamente agora, nesses tempos nervosos, vamos subitamente parar com isso �, no m�nimo, uma perigosa ingenuidade.

Outro fato � que qualquer adolescente de cidade grande tem, hoje, acesso �s drogas. O que muitos n�o t�m, at� por causa da clandestinidade, � a quem recorrer, seja para se informar, seja para pedir socorro. � evidente que todos preferir�amos filhos �limpos�; mas, sem medo de encarar a realidade, o que � pior, a garotada comprando maconha na farm�cia, abertamente, ou, como hoje, se envolvendo com traficantes e n�o raro com a pol�cia, com as previs�veis conseq��ncias?

N�o � a ilegalidade que mant�m os jovens longe das drogas, mas a educa��o e a informa��o. E, suspeito, uma certa carga gen�tica.

N�o acredito que todos passassem a se drogar indiscriminadamente caso as drogas fossem liberadas. Cigarro e �lcool est�o a�, para quem quiser, e nem todo mundo se torna fumante ou alco�latra. De qualquer forma, o custo de campanhas educativas e de tratamentos contra a depend�ncia seria uma fra��o do que custa a guerra (perdida) contra o tr�fico. Com a vantagem de n�o fazer tantas v�timas inocentes.

L�gico que a viol�ncia, como um todo, n�o acabaria com a libera��o das drogas. Os bandidos que hoje se dedicam ao tr�fico n�o virariam pedreiros ou f�sicos nucleares da noite para o dia. Provavelmente apenas mudariam de ramo, dedicando-se com mais afinco a roubos e seq�estros. Mas a m�dio ou longo prazo acho que a viol�ncia pode diminuir, sim. At� porque as quantias extraordin�rias de dinheiro que atualmente circulam pelas favelas teriam outro destino. Hoje, como todos sabemos, o tr�fico paga R$ 500 por semana para adolescentes em come�o de �carreira� (sem trocadilho!); qual � atividade honesta que pode competir com isso? Qual � o est�mulo que o jovem cooptado pelo tr�fico tem para permanecer na escola, aprender um of�cio, tornar-se um cidad�o de bem? N�o adianta dizer a um vapor que o trabalho dignifica. A realidade � sua volta op�e uma multid�o de desempregados ou subempregados, aterrorizados por marginais ricos, cheios de mulheres e com status de celebridade na m�dia. Morrem todos aos 20 anos? Ora, para um menino de 15, 20 � uma idade quase t�o distante quanto o conceito da pr�pria morte.

Em �ltima inst�ncia, a quest�o se resume a uma pergunta b�sica: a guerra do nosso cotidiano est� servindo para alguma coisa?


(O Globo, Segundo Caderno, 29.4.2004)





28.4.04










Segredos de Photoshop

Respondendo ao Tom Taborda e ao Marcelo, que pediram maiores informa��es sobre as fotos anteriores:

  • Tomzinho, n�o puxei para 800 ISO, porque na DX6490 isso limita o tamanho da imagem a 640 x 480. Deixei em 400 ISO e aumentei a exposi��o.

  • A imagem original era mais escura do que a primeira dessas a�; infelizmente n�o tenho mais nenhum exemplo, porque ajustei o brilho de todas. A tarefa � simples, feita com a op��o Curves ou Levels do Photoshop; em geral prefiro Curves.

  • Segundo passo: usar o JPEG Repair do Alien Skin Image Doctor, um conjunto b�sico de plugins. Se voc�s repararem, ele ainda deixa uns pontinhos soltos, os "hot pixels".

  • Terceiro passo: usar mais um plugin, o Hot Pixels Fix, da DCE Tools. Esses pontinhos at� dariam para consertar na m�o, mas ia dar um trabalh�o.

    Voil�!

    Update: Baixei o Neat Image, sugerido pelo Abel Alves, e passei a primeira imagem direto por ele, nos comandos autom�ticos, quer dizer -- s� clicando nos bot�es indicados, sem ler as instru��es. O resultado � a quarta foto. Valeu, Abel!





  • 27.4.04











    Festa!

    No s�bado comemoramos os anivers�rios do Jo�o Nuno e da B�rbara, respectivamente namorado e filha da Ol�via Byington, querida amiga. Com exce��o das duas fotos com o bolo, todas as outras foram feitas � luz de velas, com a Kodak DX6490.

    Este � um pequeno milagre digital: com filme normal, teria sido imposs�vel fazer essas fotos. O efeito impressionista foi causado por um plug in do Photoshop para remover "artefatos", aqueles gr�os que insistem em aparecer nos jpgs feitos em pouca luz.

    Ainda assim, a minha foto favorita teve flash. � aquela em que o Jo�o Nuno e a B�rbara apagam as velas. Fiquei content�ssima em conseguir clicar no momento certo, em que eles sopravam, quase todas as velinhas j� estavam apagadas e a Teodora e a J�lia faziam aquelas caras... :-)

    PS: Jo�o Nuno, querido, volte logo! J� estamos todos morrendo de saudades...





    26.4.04


    Orkutando

    Sim, eu tamb�m estou no Orkut. Depois de receber insistentes emails de amigos que j� estavam l�, acabei me inscrevendo e ampliando a minha rede de conhecidos. Fiz at� lista de filmes favoritos e subi retratinho e mais umas fotos.

    Estou encantada com a capacidade de tessitura de redes do sistema, muito superior � ou, pelo menos, muito mais f�cil de usar � do que a de sistemas semelhantes que andei vendo ao longo do tempo; reencontrei amigos meio perdidos, como o Peter Moon, e �dolos como Julf Helsingius, que mantinha o remailer an�nimo penet.fi nos tempos da internet a vapor e �, at� hoje, um dos her�is de quem viveu aqueles tempos: perguntem s� ao Cat. Que, ali�s, tamb�m j� est� l�. Como est�o Phil Zimmerman (que inventou o PGP), Steve Wozniak (o outro Steve da Apple), Mitch Kapor (o homem da Lotus e, depois, da Electronic Frontier Foundation) e dezenas de outros luminares da �rea.

    Apesar disso, sinceramente, ainda n�o descobri para que serve todo este potencial. Mandei um bilhetinho pro Julf relembrando os velhos tempos, dei um al� pro John Perry Barlow (imaginem se ele n�o estaria l�!) e me declarei f� do Cesar Valente, autor de um dos melhores blogs brasileiros, o Carta Aberta.

    Participo de algumas comunidades, e � por a� que vejo a maior utilidade do sistema; mas, por enquanto, acho que o Orkut s� faria mesmo sentido para mim se, em vez (ou ao lado) do perfil est�tico de apresenta��o de cada um, se pudesse publicar l� um blog ou fotolog.


    (O Globo, Info etc., 26.4.2004)







    Chernobyl, hoje

    H� extamente 18 anos aconteceu o desastre que botou Chernobyl no mapa virtual do nosso, digamos, inconsciente coletivo -- mas, em compensa��o, tirou do mapa real uma regi�o de cerca de 60 quil�metros de di�mtero, a zona de exclus�o, visitada pela motoqueira Elena.

    Uma �rea que estima-se superior a 100 mil quil�metros, dividida entre R�ssia, Ucr�nia e Belarus, ainda sofre a contamina��o por c�sio 137 em n�veis acima do aceit�vel.

    AQUI, para os angloparlantes, um link para a situa��o local, hoje. E AQUI, um outro para o festival de desinforma��o da propaganda sovi�tica, retirado de um livro interessant�ssimo: The long road to recovery: Community responses to industrial disaster, com cap�tulos dedicados a outras calamidades, do vazamento de g�s em Bhopal ao derramamento de �leo do Exxon Valdez.






    Que fracasso, o sucesso!

    N�o h� nada melhor para tirar um site do ar do que... o sucesso! � assim: algu�m come�a a fazer uma p�gina �til, interessante, que agrada a muitas pessoas.

    Essas pessoas avisam �s outras que h� l�, naquele tal endere�o, um site muito bacana. As outras v�o, gostam, avisam aos amigos -- e assim sucessivamente, at� que os custos de banda explodem e o autor � obrigado a tirar o site do ar.

    O Pulso �nico, de que falei no post abaixo, � um caso t�pico. O Eduardo faz sozinho um zine que muita equipe junta n�o consegue fazer. Acha novidades, mostra coisas curiosas, oferece horas de divers�o para os internautas. Pois h� meses anda circulando pela rede procurando um provedor gratuito onde possa manter o seu trabalho. Ora est� num endere�o, ora noutro.

    Outro caso � o maravilhoso Alma Carioca, do Paulo Afonso, um dos melhores reposit�rios de cr�nicas, casos e fotos da cidade. O Paulo Afonso, que luta h� tempos para manter o Alma Carioca no ar, est� jogando a toalha: simplesmente n�o d� conta de pagar os mais de R$ 500 mensais de provedor a que o sucesso do site o obriga.

    Ser� que n�o h� nenhum provedor interessado em bom conte�do que tenha visto estes sites?!







    Com a corda toda

    O Pulso �nico est� a mil -- cheio de joguinhos e descobertas interessantes. N�o deixem de ir l�, � um dos melhores sites para quem quer se divertir na rede!

    Uma vez l�, n�o deixem, por favor, de prestigiar (leia-se clicar) os anunciantes do Eduardo Stuart, que est� lutando t�o valentemente para manter essa del�cia de site no ar...






    Nossos comerciais

    Tr�s semanas de an�ncios renderam ao blog U$ 109,88. Acho que j� d� para fazer uma previs�o. A primeira semana, de novidade, n�o conta; a julgar pelas duas �ltimas, talvez ainda entrem uns U$ 25 em caixa.

    Daqui pra frente, tenho a impress�o de que esses anunciozinhos v�o acabar rendendo uns U$ 100 mensais.

    Ainda n�o d� pra viver de blog mas, de qualquer jeito, � uma graninha, n�? :-)






    A Cris foi l� no Pedro e achou isso:




    Estive no Rumor))), leitura obrigat�ria para quem quer ficar bem informado em tecnologia e telecomunica��es, e achei esta imagem arrepiante que a Cris De Luca pescou no Pedro D�ria: o mosaico que forma o Bush � composto de retratos dos soldados que morreram no Iraque.





    25.4.04



    24.4.04




    P�gina 23, linha 5

    Olha que divertida a brincadeira que achei l� na Bia Badaud:

    Instru��es:

    1. Pegue o livro mais pr�ximo de voc�;
    2. Abra o livro na p�gina 23;
    3. Ache a quinta frase;
    4. Poste o texto em seu blog junto com estas instru��es.


    Acho que, para quem n�o tem blog, vale postar aqui nos coment�rios, mesmo.

    Ent�o, traduzindo (do ingl�s):
    Augusto teve sucesso porque, em vez de tentar reinventar o sistema pol�tico, simplesmente abriu lugar para si mesmo no topo.

    O livro � o guia Italy, da Lonely Planet, que anda morando aqui na escrivaninha porque, em junho, vou para a It�lia com a mam�e. O livro que estava em cima dele, curiosamente, n�o tem nada na p�gina 23, al�m da frase "Guia de Introdu��o"; � o manual do Norton Systemworks.





    23.4.04


    Drogas: o xis da quest�o

    Est� muito na moda condenar os usu�rios de drogas como co-respons�veis, quando n�o respons�veis diretos, pela viol�ncia que assola a cidade. O racioc�nio � simples (e simplista): "Se ningu�m consumir, os traficantes n�o ter�o a quem vender".

    � t�o f�cil dizer "P�rem de consumir" quando n�o consumimos nada, n�o � mesmo? Mas olhem em volta e vejam quantas pessoas voc�s conhecem irremediavelmente viciadas em subst�ncias legais: chope, u�sque, tranquilizantes, cigarro, carboidratos...

    Eu mesma n�o fumo nem bebo, mas preciso emagrecer horrores. N�o estou acima do meu peso porque quero, ou porque isso me agrada; pelo contr�rio.

    Adoraria ser magra.

    "Mas � t�o f�cil emagrecer!", me dizem todos os magros. "Basta parar de comer doce, ou deixar os carboidratos pra l�..."

    Pois �. � o que eu venho tentando fazer desde que me tenho por gente. Sem o menor sucesso. E olhem que nem estou falando de drogas pesadas.

    A minha sorte � que a depend�ncia qu�mica de a��car n�o me p�e em contato com criminosos. Posso comprar chocolate em qualquer lugar sem ser v�tima de achaques da pol�cia, sem ser amea�ada de morte por traficantes e sem correr o risco de ir em cana.

    Se amanh� o chocolate for proscrito, eu talvez ag�ente uma ou duas semanas, mas � bem prov�vel que, mais cedo ou mais tarde, acabe indo buscar as minhas barrinhas onde quer que seja, ao pre�o que me pedirem.

    Parece brincadeira, mas n�o �. Estou falando muito s�rio.

    * * *

    Para mim, o �nico meio de se resolver o problema das drogas � fazendo com que elas deixem de ser um problema -- pelo menos, um problema policial.

    Em outras palavras, liberando o seu consumo da forma mais ampla poss�vel.

    � l�gico que quando falo em libera��o de consumo n�o estou falando no sentido consumista do termo. Ningu�m que prop�e a libera��o das drogas com um m�nimo de seriedade � louco de propor a sua distribui��o descontrolada, com marcas chiques e mocinhas e mocinhos glamurosos fazendo propaganda na tev� e merchandising na novela das oito.

    A libera��o das drogas deve ser uma libera��o sem charme, sem glamour, sem neons ou embalagens vistosas.

    Antes de fugirem assustados daqui do blog, pensem: o que � pior, a distribui��o legal controlada pelo estado ou a atual distribui��o ilegal controlada pelo tr�fico?

    O consumo n�o �, em si, um caso de pol�cia. � um caso de sa�de p�blica. Muito dif�cil de tratar mesmo em plena legalidade -- vide a quantidade de brasileiros viciados em drogas l�citas -- mas virtualmente imposs�vel de controlar na ilegalidade.

    Qualquer adolescente de cidade grande tem, hoje, acesso �s drogas que quiser. O que muitos n�o t�m, justamente por causa da criminaliza��o das drogas, � a quem recorrer para se informar ou para pedir socorro.

    N�o � a ilegalidade que mant�m os jovens longe das drogas, mas a educa��o e a informa��o. E, tenho quase certeza, uma certa predisposi��o gen�tica.

    Ent�o, o que � pior: a garotada comprando maconha na farm�cia a custo de cigarro, digamos, ou subindo o morro, �s escondidas, pagando pelo bagulho o que tem e -- mais freq�entemente -- o que n�o tem?

    * * *

    N�o acredito que a libera��o das drogas aumente exageradamente o seu consumo. Cigarro e �lcool est�o a�, � solta, e nem todo mundo vira fumante ou alc�olatra s� por causa disso. De qualquer forma, o custo de campanhas educativas e de tratamentos contra a depend�ncia custariam uma fra��o do que custa a guerra contra o tr�fico. Com a vantagem de n�o fazer v�timas inocentes.

    * * *

    Ali�s, a guerra contra as drogas, conforme a gente sabe, nunca deu certo em lugar algum. A humanidade sempre se dopou, e vai continuar se dopando, seja l� com o que for.

    A Col�mbia � um pa�s destru�do por esta guerra in�til e, ao que eu saiba, continua exportando quantidades industriais de drogas para o mundo inteiro.

    * * *

    � claro que a viol�ncia, como um todo, n�o acabaria com a libera��o das drogas, at� porque nem todo criminoso � traficante. Os criminosos que hoje se dedicam ao tr�fico n�o virariam pedreiros ou carpinteiros da noite para o dia. Suponho que mudariam de ramo, seq�estrando e roubando em larga escala.

    Estou convencida, por�m, de que, a m�dio ou longo prazo, a viol�ncia pode diminuir, sim, com a legaliza��o das drogas. Hoje qualquer menino ganha, no tr�fico, 500 reais por semana. Para come�ar. Qual � atividade honesta que pode concorrer com isso? Qual � o est�mulo que um menino desses tem para permanecer na escola, aprender um of�cio, se tornar um cidad�o de bem?

    N�o adianta dizer a eles que a vida dos traficantes � curta. Uma crian�a mal tem no��o do que � a vida, quem dir� a morte.

    * * *

    N�o tenho a ingenuidade de supor que existem solu��es m�gicas, muito menos de que a sociedade brasileira venha a discutir realisticamente a quest�o das drogas. O tema � pol�mico demais e h� interesses muito grandes envolvidos nisso.

    Este � s� o meu ponto de vista, a minha id�ia sobre um dos aspectos dessa confus�o em que estamos metidos.






    Informa��o � poder

    Dois trens de carga transportando materiais altamente explosivos colidiram na Cor�ia do Norte, um dos �nicos pa�ses do mundo onde ainda se consegue esconder um desastre que causa cerca de 3 mil mortes v�timas e sabe-se l� quantas mortes. A not�cia est� chegando � BBC atrav�s da China (o acidente aconteceu numa regi�o de fronteira entre os dois pa�ses), da Cor�ia do Sul e de uma foto de sat�lite que mostra a nuvem de fuma�a sobre a �rea.

    Enquanto isso, numa empresa americana no Kuwait, Tami Silicio, que teve a ousadia de fotografar caix�es de soldados mortos no Iraque foi demitida, junto com o marido. Desde 1991, o Pent�gono pro�be fotos de soldados mortos, caix�es ou qualquer coisa que lembre aos americanos que uma guerra n�o � um videogame em que s� morrem os "outros".

    Essas duas not�cias me pareceram estranhamente parecidas.





    22.4.04




    Nossos comerciais

    Amanh� os anunciozinhos do Google completam 20 dias. A bonan�a financeira dos primeiros dias, quando eram novidade, acabou, como seria de se esperar; mas eles continuam totalmente incompreens�veis. Anteontem, por exemplo, 13 cliques renderam U$ 2,51; mas ontem, 21 cliques n�o deram mais do que m�seros U$ 0,65.

    At� o momento, o blog arrecadou U$ 97,85. N�o vamos quebrar o banco mas, pelo menos, a hospedagem anual no Blogspot Plus j� est� paga... :-)






    A Col�mbia n�o se fez em um dia

    A carta do professor Silvio Reis, publicada aqui na semana passada, teve uma repercuss�o extraordin�ria. No blog, a discuss�o ultrapassou 500 coment�rios, em diversos posts; nas minhas duas caixas postais, deixei de contar os e-mails no s�bado, quando j� eram mais de 200. N�o foi poss�vel responder a todos pessoalmente, � claro, mas li um por um, encaminhei a maioria ao professor e agrade�o de cora��o aos leitores que escreveram, e continuam escrevendo. Foi bom saber que o desabafo do Silvio, que t�o bem falou por quase todos n�s, encontrou eco na sociedade.

    Digo �quase� porque, na avalanche de mensagens de solidariedade e apoio, houve algumas vozes dissonantes. Mais especificamente, tr�s, defendendo a governadora e o secret�rio; e cerca de uma d�zia protestando que n�o se pode atribuir a eles, exclusivamente, o atual estado de coisas.

    Isso � incontest�vel, e em nenhum momento se fez aqui esta acusa��o. Pelo contr�rio: a covardia e a omiss�o em rela��o � seguran�a do estado s�o generalizadas e, at� por isso, estarrecedoras. A prefeitura nada faz contra o crescimento desordenado das favelas, enquanto o governo federal age como se o Rio ficasse em Marte ou no Iraque. N�o � problema seu, n�o merece aten��o sua, n�o quer dizer nada. O presidente Lula, que n�o perde ocasi�o de fazer discursos, continua mudo em rela��o � quest�o. Afinal, a Rocinha n�o fica em S�o Paulo.

    Este descaso absoluto, por parte de todos, � de cortar o cora��o. Quando a gente acha que chegou ao fundo do po�o com a guerra da Rocinha, d� de cara com o bonde do Lulu, no S�o Jo�o Batista, desafiando abertamente a pol�cia: sete �nibus de bandidos, que deveriam ter sido recolhidos � delegacia mais pr�xima. Ou algu�m vai querer me convencer que aqueles eram cidad�os honestos e trabalhadores, que foram se despedir, na santa paz, do amigo morto?! Passam-se dois dias, e a pol�cia encontra minas terrestres em poder de traficantes...

    �s vezes a gente olha para a Col�mbia e se pergunta como p�de um pa�s daquele tamanho mergulhar t�o profundamente no caos. A resposta est� aqui, na nossa cara: assim, passo a passo, com a coniv�ncia e a omiss�o das autoridades, com a incompet�ncia estabelecida em todos os n�veis da administra��o. A governadora e o secret�rio seu marido podem at� n�o ser os �nicos do lote, mas s�o, certamente, os que t�m a pior atitude. Ou falta de.

    * * *

    Na ter�a-feira, finalmente, o governo tamb�m se manifestou a respeito da coluna da quinta passada, atrav�s de um e-mail enviado por Carlos Henrique Vasconcellos, coordenador de Comunica��o Social da Secretaria de Seguran�a P�blica:

    �O espa�o cedido em sua coluna do dia 15 de abril �s virulentas e desrespeitosas cr�ticas do professor Silvio Reis � classificadas pela ilustre jornalista como �desabafo� � � autoridade conferida � governadora Rosinha Garotinho pelo povo do Estado do Rio de Janeiro e ao secret�rio de Seguran�a P�blica e ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, por ela nomeado, terminou por lan�ar ofensas que n�o contribuem em nada com o que h� de mais importante no jornalismo: a promo��o do debate para a paz social.

    A publica��o de um texto marcado pelo irracionalismo e absolutamente destoante do tom empregado pelo titular da coluna em sua dura (mas respeitosa) cr�tica aos epis�dios que envolveram a tentativa de invas�o da Rocinha ultrapassou os limites do aceit�vel. A tentativa de achincalhe, que beirou o xingamento, da autoridade m�xima do Governo do Rio e do ocupante de uma das mais importantes de suas secretarias de Estado � um absurdo. Impressiona-me o fato de que, mesmo com a dr�stica redu��o dos atuais �ndices de criminalidade no Estado, o suposto exerc�cio da democracia n�o tenha sido utilizado t�o ferozmente contra aqueles que, nos �ltimos anos, estiveram � frente do governo e pouco ou nada fizeram para combater, de fato, � criminalidade.

    Sinceramente, seria muito melhor que, neste momento, estivesse aqui somente rebatendo as cr�ticas feitas por voc�, Cora, mas, infelizmente, a abertura para uma cr�tica de t�o baixo n�vel definiu como prioridade a discuss�o em um outro plano, ou seja, o do papel da imprensa no tratamento das quest�es que envolvem o Estado e o Governo. Afinal, � necess�ria a seguinte reflex�o: por que a sensa��o de inseguran�a n�o condiz com a realidade de que o tr�fico de drogas est� sendo enfraquecido economica e belicamente, n�o somente na Rocinha, mas na maioria das 600 favelas da Regi�o Metropolitana do Rio? Vamos ao debate.�

    * * *

    Mudando de assunto, antes de come�ar a chorar: n�o percam o show de Ney Matogrosso e Pedro Lu�s e a Parede, no Canec�o! � o avesso do baixo-astral que domina a cidade, um banho de auto-estima carioca, uma mistura fenomenal de tribos diferentes em grande m�sica: a banda boa do Rio.


    (O Globo, Segundo Caderno, 22.4.2004)






    Horror!

    No Paran�, um estudante de veterin�ria (!) jogou �lcool num c�o e ateou fogo. O coitadinho, cujo "crime" fora ter sido atra�do pela cadela do monstro, morreu alguns dias depois, em conseq��ncia dos ferimentos.

    H� testemunhas do fato, o caso foi amplamente noticiado, mas a Unipar n�o quer se manifestar ou tomar provid�ncias contra o assassino at� a conclus�o do processo.

    Visto daqui, � dist�ncia, o comportamento da universidade parece at� prudente e razo�vel. O �nico problema � que, quando o processo se concluir, Thiago B. de Lima j� ter� se formado como... veterin�rio!

    Eu, honestamente, n�o sei o que pensar disso. Uma pessoa capaz de um ato destes devia ir para o hosp�cio, e a chave tinha que ser jogada fora.

    Maiores detalhes da horr�vel hist�ria AQUI.






    Faz sentido?!

    Juro que n�o entendi o que passou pela cabe�a da turma que inventou o meigo Dia do Carinho na Rocinha. De que adianta meia d�zia de socialites e celebridades subirem o morro levando flores para gente que est� precisando de seguran�a, sa�de, educa��o e emprego?!





    21.4.04


    182 em 360

    Capturei l� no Pedro D�ria:
    Um panorama em QuickTime VR � uma experi�ncia � parte: � uma fotografia imersiva. O usu�rio pode ver um giro de 360o, olhar para cima ou para baixo.
    Pois ele achou site com 182 panoramas chocantes do planeta. Lindo!







    Problemas com o blog

    H� alguns dias tem estado complicado entrar aqui. No fim de semana a confus�o foi geral. Agora que tive um tempo para averiguar, descobri que algo nos servidores do Blogspot pegou diversos blogs de mau jeito.

    O problema: os wwws n�o estavam sendo aceitos. Quem marcou a URL como www.cora blogspot.com n�o conseguia acesso; mas quem vinha via www.cronai.com ou cronai.com, que redirecionam para cora.blogspot.com (sem www.) entrava tranq�ilo.

    A p�gina de status do Blogger informa que o problema j� est� resolvido.





    20.4.04


    A Secretaria de Seguran�a responde

    Hoje de manh�, recebi um email de Carlos Henrique Vasconcellos, coordenador de comunica��o social da secretaria de Seguran�a P�blica do RJ. Diz o seguinte:
    "O espa�o cedido em sua coluna do dia 15 de abril �s virulentas e desrespeitosas cr�ticas do professor Silvio Reis � classificadas pela ilustre jornalista como �desabafo� � � autoridade conferida � governadora Rosinha Garotinho pelo povo do Estado do Rio de Janeiro e ao secret�rio de Seguran�a P�blica e ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, por ela nomeado, terminou por lan�ar ofensas que n�o contribuem em nada com o que h� de mais importante no jornalismo: a promo��o do debate para a paz social.

    A publica��o de um texto marcado pelo irracionalismo e absolutamente destoante do tom empregado pelo titular da coluna em sua dura (mas respeitosa) cr�tica aos epis�dios que envolveram a tentativa de invas�o da Rocinha, ultrapassou os limites do aceit�vel. A tentativa de achincalhe, que beirou o xingamento, da autoridade m�xima do Governo do Rio e do ocupante de uma das mais importantes de suas secretarias de Estado � um absurdo. Impressiona-me o fato de que, mesmo com a dr�stica redu��o dos atuais �ndices de criminalidade no Estado, o suposto exerc�cio da democracia n�o tenha sido utilizado t�o ferozmente contra aqueles que, nos �ltimos anos, estiveram � frente do governo e pouco ou nada fizeram para combater, de fato, � criminalidade.

    Sinceramente, seria muito melhor que, neste momento, estivesse aqui somente rebatendo as cr�ticas feitas por voc�, Cora, mas, infelizmente, a abertura para uma cr�tica de t�o baixo n�vel definiu como prioridade a discuss�o em um outro plano, ou seja, o do papel da imprensa no tratamento das quest�es que envolvem o Estado e o Governo. Afinal, � necess�ria a seguinte reflex�o: por que a sensa��o de inseguran�a n�o condiz com a realidade de que o tr�fico de drogas est� sendo enfraquecido economica e belicamente, n�o somente na Rocinha, mas na maioria das 600 favelas da Regi�o Metropolitana do Rio? Vamos ao debate."

    Carlos Henrique Vasconcellos, coordenador de Comunica��o Social da Secretaria de Seguran�a P�blica do RJ
    Ser� publicada na minha coluna de quinta; mas j� na edi��o de amanh� do Globo voc�s poder�o ler as novidades a respeito do enfraquecimento b�lico dos traficantes.








    Animais

    No National Geographic, um programa mostra o esporte favorito de uns imbecis americanos: matar doninhas. Os cretinos t�m carros possantes, bin�culos e armas dignas de traficantes cariocas; e passam o dia detonando os animaizinhos, que s�o a base do ecossistema das plan�cies. Alguns chegam a gastar 2.500 balas com essa "divers�o". Contam vantagem, os covardes, como se isso fosse uma grande coisa.

    Update: Apesar de tudo, s� rindo...

    Olha o que deixaram aqui nos coment�rios:
    Os animais alvejados eram doninhas-bombas mu�ulmanas, que estavam preparando um ataque suicida e estavam escondendo armas de destrui��o em massa. Tamb�m apoiavam Osama Bin-Laden e ajudaram a planejar o ataque em Madrid. Iremos at� o fim com as doninhas, para libert�-las e pra que elas possam viver em democracia, nem que pra isso seja necess�rio matar a todas. Que isso sirva de exemplo para os outros animais, voantes ou n�o. God bless America. Bush










    18.4.04


    Orkut

    O Orkut, voc�s sabem, � a mais nova coqueluche da internet. Uma esp�cie de Friendster ou Six Degrees mais bem afinado, lan�ado pelo Google em janeiro, onde a id�ia � formar comunidades, grupos de discuss�o e, at�, encontrar namorada ou namorado.

    O sistema � poderoso, bem desenhado e, acreditem, est� quase todo mundo l�.

    E, naturalmente, j� h� uma quantidade de sites anti-Orkut, apontando para o fato interessante de que, ali, o Google passa a ter completo conhecimento dos seus usu�rios, ou para os termos realmente esquisitos do registro, pelo qual o sistema passa a ser �nico propriet�rio de qualquer coisa criada por l�.

    Est� na cara que ainda vai se falar -- e se discutir -- muito sobre ele.

    A �nica coisa que eu ainda n�o consegui descobrir a repeito do Orkut, mesmo, � como fazer alguma coisa �til com ele.

    Ah sim: para os angloparlantes, aqui h� uma cole��o de links de broncas relativas ao Orkut.






    Ali�s...

    Como � que a governadora pode, sinceramente, acreditar na evolu��o das esp�cies?






    Passeata no dia 25!

    Chegou � minha mailbox uma convoca��o para uma passeata contra os diminutivos no pr�ximo dia 25, no Posto Seis, �s 10 da manh�.

    Todo mundo de preto, em sinal de luto pelo Rio.

    A convoca��o, pelo que entendi, nasceu no grupo batuqueirosmonobloco, do Yahoo. Voc�s j� receberam algum email a respeito, est�o sabendo de alguma coisa?

    Eu, naturalmente, dou o maior apoio.

    Agora, s� queria saber por que cargas d'�gua o pessoal que organiza passeata escolhe um hor�rio desgra�ado desses!!! Dez da manh� de domingo?!

    O que custava fazer uma passeata depois do almo�o, digamos? Ou, v� l�, ao meio-dia, bem antes do almo�o?

    Ia ter muito, muito mais gente...














    Cantando para subir

    Ontem � noite fui ao Canec�o ver "Vagabundo", o espet�culo de Ney Matogrosso e Pedro Luiz e a Parede. A gente acha que s�o dois sons que n�o t�m nada a ver, duas tribos totalmente diferentes, essas coisas.

    Acontece que o show � simplesmente o m�ximo!

    Os m�sicos s�o da pesada, as m�sicas s�o excelentes, n�o h� um s� minuto de t�dio.

    � tudo bom demais.

    Este � um daqueles shows antol�gicos, imperd�veis, que vai ficar na mem�ria coletiva por muitos e muitos anos. Um show super carioca, ant�doto certeiro contra o baixo astral dos diminutivos.

    Tem at� Disritmia, do Martinho da Vila, que, por acaso, � uma das m�sicas favoritas do Mill�r. Ali�s, o Martinho estava na plat�ia, junto com Jo�o Bosco.

    Quanto �s fotos, esta foi a primeira vez que levei a minha c�mera nova, uma Kodak DX6490, para a noite. N�o se portou bem?





    16.4.04


    Uma sugest�o pr�tica

    A Andrea Gouvea Vieira, jornalista e candidata a vereadora, me mandou este email:
    "Apoio incondicional! Quero criar na minha ONG Desatando os N�s do Rio um grupo de umas 200 pessoas que possam ser acionadas por e-mail e que topem se deslocar quando for preciso gritar e protestar contra as loucuras dos Governos daqui.

    Por exemplo, Rosinha vai aprovar na Assembl�ia projeto que tira dinheiro da Sa�de para dar aos programas assistenciais - todos dirigidos pelos evang�licos. Pois vamos cercar a Assembl�ia para pressionar.

    Ou a sociedade se mexe ou continuaremos nesta situa��o."
    Quem estiver a fim de participar do movimento, deve mandar um email para ela.








    Amando Gatos com Todas as Letras

    Este � o t�tulo de um simp�tico livrinho de cem p�ginas, muitas fotos e contos, relatos e poemas sobre gatos. Com organiza��o de Glorinha Santos, em�rita gateira que trabalha para cerca de 70 felinos, re�ne 17 autores que t�m, em comum, o carinho aos gatos: Aguinaldo Silva, Ana Maria Tagliavini, Beatriz de Carvalho D�Amato, Cidinha Souza Pinto, Cl�udio Cavalcanti, Ferreira Gullar, Franklin Chang, Glorinha Santos, Guilherme M. Ramalho, Heloisa Seixas, Liliana Ottanelli, Marco Lucchesi, Maria L�cia Frota, M�cio Bezerra, Roberto G�udio, S�nia Hirsch e Vera Macedo.

    Eu estaria entre eles, mas sou uma criatura enrolada que atrasa a vida dos outros e n�o entrega nada no prazo. A Glorinha e o M�cio esperaram o m�ximo que puderam, mas a blogueira que vos catamilha fez um papel�o e n�o conseguiu terminar o textinho que prometera. Tsk!

    O lan�amento � hoje � noite, a partir das 20hs, na Livraria da Travessa, Rua Visconde de Piraj� 572, em Ipanema.

    N�o deixem de ir: vai ser uma linda festa felina!






    Galinha subserviente

    Tem doido para tudo, mesmo...! Digitem o comando DIE, � uma com�dia.






    Repercuss�o

    O Globo tem um Painel de Leitores que, todos os dias, responde � seguinte pergunta: "Qual assunto ou reportagem mais chamou a sua aten��o em todo o jornal?". Pois ontem, logo depois da manchete ("PM mata chefe do tr�fico na Rocinha e cerca rival"), veio a minha cr�nica; na verdade, a carta do Silvio Reis, que t�o bem falou por (quase) todos n�s.

    O jornal e eu recebemos dezenas de emails de leitores, igualmente enojados com a postura dos governadores e o seu �bvio desamor � cidade. Como aqui nos coment�rios, muitos discutiram as raz�es da viol�ncia, o papel dos usu�rios de drogas, o papel da pol�cia e do ex�rcito.

    Dois me descascaram por "poupar" o prefeito; mas, na verdade, n�o poupei ningu�m. Acho que todas, todas as autoridades, sem exce��o, foram omissas e covardes. O sinistro casal de governadores foi o alvo prim�rio porque, afinal, ela �, lamentavelmente, "governadora" do estado; e ele, secret�rio de "seguran�a".

    A postura incompetente e, repito, covarde, dos dois foi apenas a gota d'�gua no mar de frustra��o, ang�stia e asco em que estamos mergulhados -- e que desaguou no desabafo do S�lvio.

    � evidente que os dois n�o s�o os �nicos culpados pela atual situa��o; nem � disso que est�o sendo acusados.

    A grande maioria dos leitores manifestou grande ansiedade e vontade de participar de alguma coisa -- qualquer coisa! -- que possa ajudar a reverter o abandono a que fomos relegados. Pessoalmente, acho que sair de branco por a� pedindo paz n�o resolve, porque este � um pedido vago, sem destino certo; mas sair �s ruas contra o governo j� funcionou muito bem neste pa�s.

    Como organizar isso? Como marcar manifesta��es? Como juntar os descontentes?

    N�o sei, mas suponho que a internet possa ser usada de forma muito eficiente. H� um imenso potencial de mobiliza��o na rede que ainda n�o est� sendo devidamente explorado, n�o s� para cobrar provid�ncias das autoridades enviando-lhes emails, mas tamb�m para convocar a galera para panela�os e outras manifesta��es de civismo.

    Este blog est� aberto a propostas e a chamados.





    15.4.04




    Omiss�o e covardia

    Tendo escrito na semana passada sobre Chernobyl, eu pretendia voltar hoje � quest�o da energia nuclear. O tema rendeu um �timo debate l� no blog e alguns leitores enviaram mensagens muito interessantes para a reda��o. Afinal, Angra fica logo ali e os gringos est�o rosnando.

    Mas, entre a cr�nica da semana passada e a desta, o tempo fechou sobre a nossa, apesar de tudo e sempre amada, cidade. No meu cora��o, a quest�o da energia nuclear passou para segundo plano. � mente, restou registrar o absurdo da constata��o: chegamos ao ponto em que escrever sobre energia nuclear, vivendo a apenas 150km de uma usina, seria aliena��o diante da realidade.

    N�o que o despreparo e a incompet�ncia das autoridades tenham me surpreendido. Como carioca, h� tanto tempo convivo com governos desastrosos que, ao contr�rio, estranharia o m�nimo sinal de efici�ncia.

    Mas o show de omiss�o e covardia a que assistimos no fim de semana foi in�dito, de virar o est�mago. Uma �rea gigantesca e estrat�gica para todo o movimento da cidade entrou em guerra, houve mortes, milhares de pessoas n�o puderam voltar para casa, crian�as ficaram sem aula � e n�o se teve sinal da �governadora�. O secret�rio de �seguran�a�, que n�o titubeou em aparecer na TV interrogando um suspeito suspeit�ssimo, preferiu continuar de folga. E, em Bras�lia, ningu�m � ningu�m! � teve nada � nada! � a declarar at� o come�o da semana.

    O que � isso?!

    Em qualquer lugar mais ou menos civilizado do mundo, quando uma cidade explode, as autoridades, ou pretensas autoridades, tentam, pelo menos, fazer de conta que est�o a postos, atentas, �tomando provid�ncias�. Prefeitos, governadores, deputados, secret�rios, ministros � todos v�m a p�blico, com ar grave, marcar presen�a.

    Presidentes se manifestam.

    Tentam � pelo menos! � fingir que fazem jus aos cargos de representantes do povo que ocupam. Tanto eles quanto n�s sabemos que nada daquilo far� muita diferen�a; mas � de praxe, e faz parte do of�cio, �tranq�ilizar a popula��o�, dando as caras nos maus momentos.

    Enquanto as autoridades municipais, estaduais e federais se escondiam, silenciosas, durante o feriado, a internet fervilhava. Entre manifestos, protestos e e-mails indignados, chamou a minha aten��o o desabafo que Silvio Reis, pacato professor e cidad�o de bem, enviou, no s�bado � tarde, para a governadora. At� a noite de ter�a-feira, sua assessoria sequer acusara recebimento.

    �Prezada Governadora,

    Eu n�o acredito que a senhora ou o seu marido sejam capazes de enfrentar o problema da seguran�a p�blica no Rio de Janeiro. N�o digo resolver, afinal s�o muitos anos de descaso de governos anteriores (como o do padrinho pol�tico do seu marido, o sr. Leonel Brizola), digo enfrentar, mostrar trabalho.

    At� o momento o seu marido s� se apresenta para patetices como a do caso Staheli e agora, na Semana Santa, o que vemos? Uma guerra entre os narcotraficantes que simplesmente ignoraram a pol�cia, e a senhora e o seu marido estavam de folga em Angra dos Reis e mandaram dizer pela assessoria de imprensa que n�o iriam falar por estar de f�rias. O Rio explodindo, a imprensa s� falou da Rocinha, mas na Tijuca se ouviram tiros durante toda a noite tamb�m, e a senhora e o seu marido de f�rias.

    � inadmiss�vel este desrespeito que a senhora e o seu marido t�m pelo Rio de Janeiro. � insuport�vel, � irritante, � absurdo, � angustiante enfrentar esse seu despreparo e o do seu marido, � angustiante t�-los como governadores do Rio.

    Todas as noites espero angustiado a minha mulher voltar do trabalho, corro angustiado para casa para acalm�-la, e s� vejo meu sofrimento aumentar.

    Estou cansado da sua cara de deboche e da cara de falsidade do seu marido. Estou cansado de voc�s. E nunca pensei que fosse capaz de fazer algo em rela��o a isso mas eu vou fazer o que todos devem fazer: lutar politicamente para expuls�-los da vida pol�tica para sempre. Quero o casal Garotinho longe do meu Rio de Janeiro, quero voc�s longe daqui e vou fazer isso pelo meu voto e pelo voto de milhares de pessoas que como eu est�o indignadas com essa situa��o vergonhosa. Eu vou lutar politicamente pelo enterro pol�tico do casal Garotinho!

    Sumam da nossa vida.

    N�o quero saber o que voc�s v�o fazer, n�o quero saber do seu cabelo, da sua igreja, s� que voc�s n�o ocupem nunca mais nenhum cargo p�blico.

    BASTA!!!

    E espero encontrar apoio em qualquer lugar, n�o me interessa saber de quem � o apoio, aceito apoio do diabo para tir�-los da vida p�blica da minha Cidade Maravilhosa. S� temo que ele j� seja aliado do casal Garotinho. Os eventos da Sexta-feira Santa me deixaram at�nito com o despreparo e com o perigo real de guerrilha urbana entre os grupos narcoterroristas.

    ADEUS!�


    (O Globo, Segundo Caderno, 15.4.2004)






    14.4.04


    Aos teclados, cidad�os!

    S�lvio Reis, autor do excelente desabafo enviado � governadora, est� cumprindo a promessa de lutar politicamente contra o insuport�vel casal. Mandou hoje emails a todos os deputados do PMDB pedindo a demiss�o do secret�rio de "seguran�a":
    Caro Deputado,

    Solicito a sua aten��o para o problema de Seguran�a P�blica que estamos vivendo no Estado do Rio de Janeiro, cujos eleitores foram respons�veis pelo seu Mandato.

    Considerando que o atual Secret�rio de Seguran�a P�blica, Anthony Garotinho, � filiado ao seu partido, o PMDB.

    Considerando o hist�rico democr�tico do PMDB em sua trajet�ria pol�tica desde os tempos do antigo MDB.

    Considerando que o atual Secret�rio de Seguran�a P�blica, Anthony Garotinho, � incapaz de cuidar da situa��o com o profissionalismo e seriedade necess�rios e exigidos pelo cargo.

    Considerando o relacionamento entre a atual Governadora e o atual Secret�rio.

    Considerando o estado de sa�de e emocional da Sra Governadora, que a torna incapaz de agir em favor dos interesses do Estado do Rio de Janeiro.

    Solicito a demiss�o do atual Secret�rio de Seguran�a P�blica do Estado do Rio de Janeiro, Sr Anthony Garotinho e sua substitui��o por um profissional s�rio, com hist�rico � altura do desafio e dos anseios da popula��o do Estado do Rio de Janeiro.

    Agrade�o a sua aten��o.

    Silvio Reis


    Vamos ajudar o Rio de Janeiro fazendo chegar aos deputados o nosso descontentamento com a atual situa��o!

    Estes s�o os emails dos deputados; para facilitar o envio do seu protesto, copie-os e cole-os no campo C�pia ou Para do seu programa de email.

    dep.almerindadecarvalho@camara.gov.br;
    dep.andreluiz@camara.gov.br;
    dep.bernardoariston@camara.gov.br;
    dep.edsonezequiel@camara.gov.br;
    dep.eduardocunha@camara.gov.br;
    dep.fernandolopes@camara.gov.br;
    dep.josedivino@camara.gov.br;
    dep.josiasquintal@camara.gov.br;
    dep.leonardopicciani@camara.gov.br;
    dep.marialucia@camara.gov.br;
    dep.moreirafranco@camara.gov.br;
    dep.nelsonbornier@camara.gov.br;
    dep.vieirareis@camara.gov.br

    Update: Bruno Litio observou, aqui nos coment�rios, que talvez seja mais interessante mandar o protesto 'para os deputados estaduais. Aqui est�o os emails deles:

    AlbanoReis@alerj.rj.gov.br
    AparecidaGama@alerj.rj.gov.br
    delioleal@alerj.rj.gov.br
    domingosbrazao@alerj.rj.gov.br
    Ednarodrigues@alerj.rj.gov.br
    Elianaribeiro@alerj.rj.gov.br
    GracaMatos@alerj.rj.gov.br
    JorgePicciani@alerj.rj.gov.br
    JoseTavora@alerj.rj.gov.br
    Leandrosampaio@alerj.rj.gov.br
    Nelsondoposto@alerj.rj.gov.br
    NelsonGoncalves@alerj.rj.gov.br
    noeldecarvalho@alerj.rj.gov.br
    PauloMelo@alerj.rj.gov.br
    pedroaugusto@alerj.rj.gov.br
    RobertoDinamite@alerj.rj.gov.br
    Samuelmalafaia@alerj.rj.gov.br
    Sergiosoares@alerj.rj.gov.br
    uziasmocoto@alerj.rj.gov.br
    WashingtonReis@alerj.rj.gov.br

    Eu acabo de mandar um email para eles todos.










    ClassiBlog

    O Tom Taborda, ass�duo colaborador do blog que muitos de voc�s conhecem dos coment�rios, avisa: tem este estudiozinho para alugar na Urca. Fica num terceiro andar, em frente a uma pracinha, e tem at� varanda envidra�ada (entre as �rvores e o poste, na foto da fachada).

    O pre�o � R$ 800, mais taxas, e a tarefa de alug�-lo est� com a Lucia: 9388-6388.






    Brinquedinhos bons

    Estou escrevendo este post da sala, com dois brinquedinhos que me emprestaram: um notebook HP Compaq nx5000 brasileirinho da silva e uma placa de conex�o CDMA1x da Vivo. At� aqui, tudo s�o flores: a conex�o equivale a uma conex�o discada r�pida e o notebook, ainda que seja um sujeito parrudinho, categoria desktop replacement -- mais pesado do que os ultra-thins com que estou acostumada -- � �timo.

    A tela, comparada aos miudinhos, � um espanto: e-nor-me!!!

    Por enquanto, estranho s� duas coisas: teclado em portugu�s (em geral trabalho com teclado americano, sem cedilha, e com os acentos em local diferente) e touchpad.

    Nada que brincar mais um pouquinho n�o resolva... :-)








    Angra e... Rosinha?!

    A coluna da semana passada, em que eu falava de Elena, a motoqueira de Chernobyl, rendeu panos pras mangas e muitas d�vidas (a come�ar pela pr�pria palavra: como diabos se escreve Chernobyl?). Voc�s leram aqui a mensagem de um engenheiro nuclear a favor das usinas de Angra; agora leiam o que escreveu o leitor Lucillo Bueno.
    L� com muito interesse e muita admira��o o artigo que voc� publicou sobre a coragem da motoqueira Elena, que voltou a Tchern�bil, desafiando um inimigo inv�sivel e mortal, movida pelo sentimento quase at�vico de retornar ao ber�o natal. Voltou para contar o que aconteceu de fato ao seu lugar de origem e para nos relembrar da condena��o desse lugar � morte, pelos pr�ximos 600 anos.

    Para mim, foi imposs�vel ler essa hist�ria sem fazer analogia com a situa��o das Usinas At�micas brasileiras. Com o que pode acontecer, se Angra I ou II sofrerem um acidente na propor��o do que ocorreu em Tchern�bil. Come�a que o o Governo n�o tem um plano realista para retirar as pessoas da regi�o. O existente define a responsabilidade federal apenas sobre um raio de cinco quil�emtros em torno das usinas. O resto, justamente a �rea ocupada pelos 150 mil habitantes de Angra, fica por conta da Prefeitura. O que significa dizer que esses moradores s� contam com a Rio-Santos para escapar, porque nem a estrada de ferro existente no Porto de Angra dos Reis, e que hoje est� desativada, foi considerada como possibilidade para tirar as pessoas da regi�o, no caso de um acidente nuclear.

    Isso � extremamente preocupante, quando lembramos o que v�rios sites sobre o acidente de Tchen�bil relatam: s� no primeiro dia, a nuvem de radia��o atingiu um raio de 70 quil�metros de di�metro. E deveria ser o suficiente para tirar o sono dos respons�veis por Angra I e II, se considerarmos que a dist�ncia entre Ita�rna, onde est�o as usinas, e Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, � exatamente de 70 quil�metros. Como na Costa Verde prevalece o vento sudoeste, � f�cil concluir que numa situa��o de vazamento nas usinas, a nuvem radioativa de Angra chegaria ao Rio de Janeiro j� no primeiro dia.

    Fico me perguntando, ent�o, por que insistir nestes monstrengos que s� geram energia el�trica a custo alt�ssimo para um pa�s t�o privilegiado em bacias hidrogr�ficas. Recursos cuja m� administra��o quase nos levou a um apag�o, em 2001, e que, claro, contribuiu para o lobby pr� Angra III. Questiono como pode-se cogitar construir mais uma usina nuclear, se at� hoje as existentes n�o sabem o que fazer com os dejetos que geram -- o pr�prio lixo at�mico. Como n�o levar em considera��o os riscos para a popula��o de Angra e do pr�prio Rio de Janeiro.

    As respostas para cada uma dessas quest�es passam por interesses muitos e outros que nada t�m a ver com a seguran�a e o bem-estar da popula��o. Passam por fatores provavelmente semelhantes aos que determinaram a constru��o das usinas de Tchern�bil e que est�o ligados �s causas do acidente que devastou a regi�o russa. A trag�dia que gerou a cidade-fantasma � qual Elena retorna.

    Eu s� espero que, no futuro, n�o haja Elenas cariocas pedalando em nossas ciclovias, para irem at� a Rio-Santos matar as saudades..."

    O meu pensamento vai mais por a� do que pela estrada tranq�ila apontada pelo engenheiro. Se a quest�o n�o fosse no m�nimo pol�mica, usinas europ�ias n�o estariam sendo desativadas.

    Mas o que me preocupa mesmo em rela��o �s usinas de Angra � que elas est�o no Brasil. Em todos os sentidos.

    Voc�s conseguem imaginar o que seria um desastre nuclear sob a administra��o Garotinho?! Com o apoio federal do PT?!

    Ma-nh�������...!!!






    Nossos comerciais (continua��o)

    Acho que as iscas que eu joguei pro Google funcionaram!

    Pela primeira vez em uma semana, os an�ncios l� de cima mudaram no meu browser; por outro lado, sumiram os t�tulos dos anunciozinhos e as URLs. No momento h� dois sites de leil�o (Arremate e Mercado Livre), um rel�gio de parede e -- agora sim, est�o falando comigo! -- chocolate.

    Diet, mas chocolate... :-)

    Mais uma coisa estranha: como contei a voc�s, daqui de casa, que � onde edito o blog, n�o consigo clicar nos an�ncios. Isso � compreens�vel: eles querem evitar. No entanto, tamb�m n�o consigo clicar nos an�ncios de outros blogs e websites que usam o AdSense -- e isso n�o faz o menor sentido.

    Ah: o blog j� faturou U$ 70,57.

    Vai quebrar o banco...

    Vou escrever pro povo do Google para saber dessas coisas.





    13.4.04


    ARRRRGGGGGGHHHHHHHHH!!!!!

    -- Eu acho muito estranho que durante um per�odo todas pessoas estavam comentado que a seguran�a no Rio melhorou. Um fato que acontece, l� na Rocinha, de uma briga entre bandidos para tomar conta de um ponto de drogas, a� parece que toda pol�tica de seguran�a veio por �gua abaixo. N�o veio n�o! Este � um fato.
    Rosinha Garotinho, em entrevista � r�dio CBN.






    Habeas blog

    Delegada sem senso de humor � fogo! Felizmente uma ju�za teve bom-senso e liberou o blog Bangu 1, que havia sido retirado do ar por ordem judicial.

    Enquanto isso, na Rocinha...






    Nossos comerciais

    Hoje a barra de an�ncios do Google a� de cima completa dez dias e U$ 65.34. N�o posso divulgar os �ndices, mas o FAQ do Google n�o fala nada a respeito do total arrecadado, portanto acho que posso revelar isso a voc�s.

    Durante o feriado quase n�o entrou nada na caixinha, mas menos por falta de cliques do que por falta de gente: afinal, todo mundo tem mais o que fazer em feriado do que se conectar e ficar cavucando a internet.

    Mas uma coisa continua me deixando muito intrigada: para mim, os an�ncios n�o mudam nunca. Ou, pelo menos, o tema dos an�ncios n�o muda. At� agora, n�o vi ningu�m oferecendo acerola, flores ou ovos de p�scoa; nada dos livros, video-clubes ou clippings de not�cias que j� encontrei em an�ncios em outros websites.

    A �nica coisa que me oferecem � recupera��o de HD, recupera��o de HD, recupera��o de HD -- mas isso n�o preciso mais, obrigada, j� fiz.

    O que � que tem aparecido nos browsers de voc�s?

    Ah sim: as palavras acima est�o em negrito a t�tulo de teste. Me disseram que o Google tem uma prefer�ncia por palavras grifadas. Vamos ver se ele se toca de que h� outros assuntos no mundo al�m de discos detonados...






    Na base do baseado

    Foi o util�ssimo Ueba que deu a dica; o texto, �timo, est� no Chongas.






    Mais um teste de QI

    Como sabe quem acompanha este blog h� algum tempo, n�o tenho a menor f� em testes de QI; ali�s, n�o tenho f� nem em QI -- a n�o ser no cl�ssico Quem Indicou, que n�o falha nunca.

    Mas testes de QI s�o perfeitos para uma coisa: distrair a gente e dar alguns n�s nos miolos. Aqui est� um todo baseado em seq��ncias l�gicas visuais, que dispensam o conhecimento desta ou daquela l�ngua.

    Se voc� estiver no trabalho, aproveite! S�o 40 minutos de express�o de grande concentra��o garantida.

    Pesquei l� no Pulso �nico. �s vezes vou l� ver os arquivos do querido Eduardo Stuart.






    Otimista, como sempre...

    Desesperado com a Rocinha? Enojado com a Rosinha? Leia o Jabor!

    N�o tem nada a ver com o Rio, mas est� imperd�vel.





    12.4.04


    Escreve um cidad�o

    "Prezada Governadora,

    Eu n�o acredito que a senhora ou o seu marido sejam capazes de enfrentar o problema da seguran�a p�blica no Rio de Janeiro. N�o digo resolver, afinal s�o muitos anos de descaso de governos anteriores como o do padrinho politico do seu marido, o Sr Leonel Brizola, digo enfrentar, mostrar trabalho.

    At� o momento o seu marido s� se apresenta para patetices como a do caso Staheli e agora na semana santa o que vemos? Uma guerra entre os narcotraficantes que simplesmente ignoraram a policia e a senhora e o seu marido estavam de folga em Angra dos Reis e mandaram dizer pela assessoria de imprensa que n�o iriam falar por estar de f�rias. O Rio explodindo, a imprensa s� falou da Rocinha mas na Tijuca se ouviram tiros durante toda a noite tamb�m, e a senhora e o seu marido de f�rias.

    � inadmissivel este desrespeito que a senhora e o seu marido tem pelo Rio de Janeiro. � insuport�vel, � irritante, � absurdo, � angustiante enfrentar esse seu despraro e do seu marido, � angustiante t�-los como governadores do RJ.

    Todas as noites espero angustiado a minha mulher voltar do trabalho, corro angustiado para casa para acalm�-la, e s� vejo meu sofrimento piorar como o do caso da vizinha que foi sequestrada (e dane-se as firulas dos seus advogados imorais, � sequestro!!!) e morta em S�o Gon�alo.

    Estou cansado da sua cara de deboche e da cara de falsidade do seu marido. Estou cansado de voc�s. E nunca pensei que fosse capaz de fazer algo em rela��o a isso mas eu vou fazer o todos devem fazer: Lutar politicamente para expuls�-los da vida politica para sempre. Quero o casal Garotinho longe do meu Rio de Janeiro, quero voc�s longe daqui e vou fazer isso pelo meu voto e pelo voto de milhares de pessoas que como eu est�o indignadas com essa situa��o vergonhosa.

    EU VOU LUTAR POLITICAMENTE PELO ENTERRO POLITICO DO CASAL GAROTINHO!

    SUMAM DA NOSSA VIDA.

    N�o quero saber o que voc�s v�o fazer, n�o quero saber do seu cabelo, da sua igreja, s� que que voc�s n�o ocupem nunca mais nenhum cargo publico.

    BASTA!!!

    E espero encontrar apoio em qualquer lugar, n�o me interessa saber de quem � o apoio, aceito apoio do DIABO para tir�-los da vida p�blica da minha Cidade Maravilhosa. S� temo que ele j� seja aliado do casal Garotinho.

    Os eventos da sexta-feira santa me deixaram at�nito com o despreparo e com o perigo real de guerrilha urbana entre os grupos narcoterroristas.

    Pe�o desculpas aos amigos para quem estou enviando uma copia (oculta) deste desabafo. Conto com o apoio de voc�s.

    ADEUS!

    Atenciosamente,

    Silvio Reis"







    Privacidade? Na rede?
    Est�o me gozando...

    Acho muito curiosa a celeuma que vem sendo armada em torno do GMail, novo servi�o de email anunciado pelo Google (vejam reportagem do Andr� Machado na p�gina 4) .

    Est� todo mundo no auge da preocupa��o com quest�es de privacidade porque, em troca do Gigabyte que oferecer� aos usu�rios, o Google vai �varrer� a correspond�ncia em busca de palavras-chave, para adicionar �s mensagens publicidade dirigida. Mais ou menos como acontece atualmente na sua m�quina de busca ou nos websites que usam o sistema de an�ncios AdSense.

    A meu ver, por�m, esta quest�o simplesmente n�o existe � at� porque s� vai usar o servi�o do Google quem quiser. A tal varredura da correspond�ncia s� afetar�, portanto, usu�rios que decidam usar o GMail, e que pouco est�o se importando se algu�m varre ou n�o as suas mensagens. Duvido que perigosos terroristas da Al Qaeda venham a trocar emails conspirat�rios via GMail, ou mesmo que gente de bom senso use, hoje, um hotmail da vida para enviar Informa��es Realmente Relevantes (IRR) � se � que ainda existem Informa��es Realmente Relevantes por a�.

    Eu, pessoalmente, j� deixei de acreditar em privacidade � na rede ou fora dela � h� muito tempo. No dia em que tiver uma IRR para mandar para algu�m, vou usar um sistema de criptografia b�sico, como o PGP, ou enviar uma carta pelo correio. Daquelas simplinhas, mesmo � registrado chama a aten��o.

    De resto, todo o conceito de privacidade � muito relativo � e muito recente. At� outro dia, a humanidade vivia amontoada e todo mundo sabia da vida de todo mundo. Como ainda sabe: afinal, qual � a privacidade que se tem atualmente numa cidadezinha do interior, numa rua inglesa ou num edif�cio com porteiro curioso? A melhor prote��o que se pode ter � n�o escrever jamais, num email, nada que n�o possa sair na primeira p�gina do jornal � para n�o sair na primeira p�gina do jornal.

    O mais estranho em rela��o � grita contra a varredura do Google � que ela nada mais � do que o que j� fazem in�meras ferramentas anti-spam, pelas quais se paga um bom dinheiro. Elas ferramentas percorrem cabe�alhos e conte�do das mensagens em busca de palavras-chave, mas com um prop�sito diferente do Google: o de eliminar o lixo. Em tese, por�m, poderiam ser t�o fuxiqueiras quanto se teme que venham a ser as do GMail.

    Babylon & Michaelis


    Novidade no Babylon Pro: a empresa israelense fechou acordo com a Melhoramentos para p�r online, � disposi��o dos seus 22 milh�es de usu�rios, o �Michaelis moderno dicion�rio da l�ngua portuguesa�, cujos 200 mil verbetes v�m se somar ao verdadeiro mar de palavras do portal, especializado em tradu��o e convers�es de modo geral.

    At� breve, Cris!


    Cristina De Luca, �s�cia-fundadora� do Info etc. , que ajudou a criar e com o qual colabora desde o primeiro n�mero, despede-se hoje destas p�ginas � mas n�o dos leitores. Ela poder� ser encontrada em breve, com o brilho de sempre, numa banca perto de voc�s... ;-)


    (O Globo, Info etc., 12.4.2004)






    Al�m de incompetentes, covardes.
    Todos, sem exce��o!

    Com a inefici�ncia das autoridades n�s j� cont�vamos; estamos, infelizmente, acostumados. Afinal, para uma cidade chegar ao ponto a que chegamos, as autoridades precisam ser muito, mas muito incompetentes.

    O show de omiss�o e covardia a que estamos assistindo, por�m, � in�dito -- e de virar o est�mago.

    H� uma guerra comendo solta na cidade, e n�o se tem sinal da "governadora"; o secret�rio de "seguran�a", que no outro dia estava todo pimp�o na tev� interrogando o maluco da vez, engoliu a l�ngua e agora est� mudo; em Bras�lia, ningu�m -- ningu�m! -- tem nada -- nada! -- a declarar.

    O que � isso?!

    Em qualquer lugar mais ou menos civilizado do mundo, quando uma cidade explode, as autoridades, ou pretensas autoridades, tentam, pelo menos, fazer de conta que est�o a postos, atentas, "tomando provid�ncias".

    Governadores, secret�rios e ministros fazem ares graves e v�m a p�blico dizer bobagens: faz parte do of�cio dar as caras nos maus momentos.

    Presidentes se manifestam.

    � de praxe.

    Tentam todos -- ao menos! -- fingir que fazem jus aos cargos que ocupam.

    Aqui, no entanto, tudo o que temos � a declara��o esdr�xula do vice-governador propondo a constru��o de um muro em volta das favelas.

    O resto � sil�ncio.

    Como diz o Ivan Lessa, com licen�a, que eu vou l� dentro vomitar.





    11.4.04



    Boa P�scoa!

    A Bia esteve numa fazenda de avestruzes na semana passada para fazer uma reportagem para o Fant�stico e trouxe algumas fotos.

    Roubei este camaradinha a� para desejar a todos uma �tima P�scoa: afinal, ovo por ovo, eles s�o campe�es. Quer dizer, elas, claro!

    Do nosso Departamento de Cultura In�til: voc�s sabiam que um ovo de avestruz equivale a duas d�zias de ovos de galinha? Isto � um teste: flores livros cinema





    10.4.04




    O outro lado

    "Cara Cora

    O saite da ucraniana � mesmo impressionante, e minhas poucas palavras aqui n�o s�o para desmerecer isso, de forma alguma. O relato � humano e tocante.

    Mas como pesquisador, especialista trabalhando na �rea desde 1978, n�o posso me furtar a deixar sem respostas alguns poucos absurdos surreais contidos na sua coluna de hoje. Vou tentar ser resumido sobre um assunto t�o complexo:

    1. N�o morreram "milhares de pessoas" no acidente. S� se conhecem de morte direta do acidente cerca de 34 pessoas, a maioria bombeiros que se espuseram diretamente para tentar tapar o buraco aberto pela explos�o de vapor. Sim, � verdade que pode haver muitas outras mortes decorrentes de c�nceres adquiridos sem tratamento, porque a �rea era [�] t�o pobre que n�o havia, por exemplo, pastilas de iodo para fornecer � popula��o [o que evita que se inale o Iodo-131 que pode causar c�ncer da tire�ide]. Assim, o n�mero exato de mortes � rigorosamente desconhecido, mas isso n�o quer dizer que morreram "milhares" de pessoas. A ind�stria do petr�leo na d�cada de 1980 em Cubat�o matou dezenas a centenas de pessoas, assim como fez nascer diversas crian�as sem c�rebro. Mas o fato de n�o conhecermos o n�mero exato de pessoas atingidas pela polui��o atmosf�rica em Cubat�o n�o nos autoriza a dizer que podem ter sido "milhares" ou "centenas de milhares", pois n�o?

    2. As pessoas que tenham morrido ou que venham a morrer devido a insistirem em morar na �rea, mesmo conhecendo os riscos, na minha modesta opini�o n�o podem ser contabilizadas como mortes que passam para o p�blico como decorrentes do acidente, porque isso mascara a gravidade do acidente. Se um aster�ide radioativo cair numa �rea e matar, digamos, 50 pessoas, fazendo com que uma grande �rea fique radioativa, n�o se pode imputar ao aster�ide a causa da morte das pesoas que, posteriormente, mesmo sabendo dos riscos, insistam em morar l�. Eu defendo o direito de se suicidar, eu me sensibilizo profundamente com essas pessoas, at� concordo de certa forma com o argumento delas, mas n�o se pode somar os suic�dios �queles mortos que foram atingidos diretamente, por exemplo, e da� tirar conclus�es sobre o n�vel de gravidade do evento. � pol�mico, por exemplo, se devemos contabilizar mortes por erup��es vulc�nicas as de pessoas que insistem em morar dentro da regi�o de risco imediato em caso de erup��o.

    3. O reator de Chernobyl, apenas para esclarecimento da popula��o brasileira, � t�o parecido com Angra 1, 2 e 3 quanto um carrinho de m�o se parece com um Mercedez em termos de seguran�a. Os reatores semelhantes � Angra 1, do tipo PWR, s�o em n�mero de cerca de 430 em opera��o no mundo, com um �nico acidente, o de TMI nos EUA, que destruiu o reator mas n�o matou nem um passarinho do lado de fora, em mais de 30 anos.

    4. Ainda h� tr�s reatores semelhantes ao de Chernobyl que explodiu funcionando nos pa�ses que eram a URSS; embora medidas de seguran�a tenham sido tomadas e assim a seguran�a destes reatores seja hoje maior do que era na �poca, ainda constituem projetos de risco inaceit�vel, e que preocupam a comunidade internacional.

    Cordialmente,

    Pedro P. de Lima-e-Silva
    Engenheiro Ambiental
    Servi�o de Seguran�a Radiologica e Ambiental
    Divis�o de Reatores Nucleares
    Comiss�o Nacional de Energia Nuclear"
    A carta � muito gentil e o autor est�, � �bvio, infinitamente mais bem preparado do que eu para falar sobre energia nuclear.

    Agrade�o, de cora��o, a gentileza que teve em escrev�-la, e publico-a para que voc�s conhe�am os argumentos do outro lado.

    Digo "outro lado" porque, apesar de n�o conhecer a respeito do assunto mais do que aquilo que se pode encontrar na internet, sou -- em princ�pio -- contra o uso de energia nuclear onde existam outras alternativas. Leia-se, em primeir�ssimo lugar, o Brasil.

    N�o ignoro que praticamente todas as formas de gera��o de energia s�o poluentes e/ou causam grandes danos ao meio-ambiente (vide Itaipu), mas o uso de algo que pode dar t�o errado quanto Chernobyl me deixa no m�nimo intranq�ila -- para n�o dizer apavorada, mesmo.

    Isso pode ser -- e provavelmente � -- fruto da minha ignor�ncia; mas ainda n�o consegui encontrar argumentos que de fato me conven�am do contr�rio.

    Sei que a tecnologia do setor fez enormes progressos, e que hoje se trabalha com muit�ssimo mais seguran�a; assim como sei que � praticamente imposs�vel que um acidente como o de Chernobyl venha a se repetir. No entanto, o assunto est� longe de ter passado em julgado, e continua dando margens a discuss�es intermin�veis e acaloradas (sem trocadilho!).

    Desconfio, portanto, de todas as informa��es que recebo a respeito, seja do pessoal contra energia nuclear, seja do pessoal a favor.

    Por exemplo: nosso amigo engenheiro que me perdoe, mas como � que algu�m pode acreditar que um desastre daquelas propor��es matou apenas 34 pessoas?! Pode algu�m, em s� consci�ncia, aceitar qualquer dado oficial sa�do da Uni�o Sovi�tica?!

    No mais, acho imposs�vel mascarar a gravidade de um acidente que contaminou uma regi�o daquele tamanho para todo o sempre. Ou, v� l�, apenas para os pr�ximos 600 anos.

    Por outro lado, tamb�m n�o acredito inteiramente nos dados horripilantes que venho recebendo de ativistas contra as usinas nucleares, mas eles, ainda que estejam enganados ou sejam excessivamente alarmistas, est�o tentando salvar o mundo -- e isso merece minha inteira simpatia.

    O que me impressionou no site da Elena foi, justamente, a aus�ncia de sectarismo. Ela mostra o que viu e conta o que sabe, sem ser panflet�ria.

    Os fatos -- e as fotos -- falam por si.






    Fala s�rio!

    William Waack, no intervalo do filme rid�culo e num mesmo par�grafo:

    "Cobertura completa do tiroteio que j� matou pelo menos cinco pessoas na Rocinha, onde traficantes enfrentam rivais e a pol�cia... Brasil vai mandar tropas para ajudar a manter a paz no Haiti..."

    Peral�!

    O que � que o Haiti tem que n�s n�o temos?!






    Glub glub glub

    Titanic, que est� passando na televis�o, � mesmo um dos filmes mais rid�culos que j� vi. A id�ia de que houvesse aquela luz toda acessa no navio durante o naufr�gio; a fleuma dos m�sicos que n�o sentiam frio algum; o capit�o na ponte de comando todo arrumadinho, de unforme seco; e, sobretudo, o parzinho rom�ntico enfrentando a �gua do Atl�ntico Norte, sobrevivendo aos mergulhos sem nem ao menos roupa de neoprene... sinceramente.

    *sigh*






    Nossos comerciais

    Hoje finalmente tive um tempinho para ler todo o FAQ do AdSense, e descobri que n�o posso divulgar as estat�sticas para voc�s: s�o consideradas informa��o confidencial.

    Poxa. :-(





    9.4.04


    O blogueiro de Bagd� -- ao vivo e a cores!

    Eu achava que o Salam Pax, do Blog de Bagd�, era um garoto novo; estou vendo uma entrevista com ele e, no come�o, fiquei meio desapontada. Ele � um jovem senhor, meio carequinha.

    Mas estou me acostumando.

    Como j� dava para perceber pelo blog, � muito simp�tico... :-)





    8.4.04


    B2P*

    Cientistas israelenses testam sistema Wi-fly e concluem: � mais r�pido do que ADSL!

    * B2P: Back To Pigeons








    Em Chernobyl, os rel�gios n�o contam as horas

    "Esta � a nossa estrada. N�s vamos ver cada vez menos carros e outros sinais de civiliza��o � medida em que nos aproximarmos da Cidade Fantasma. A terra vai ficando mais barata e as estradas v�o ficando melhores... exatamente ao contr�rio do que acontece em qualquer outro lugar do mundo. � um press�gio do que est� por vir.�

    Estamos na estrada com Elena, vinte e tantos anos, motoqueira, moradora de Kiev, Ucr�nia. �s vezes, ela aponta sua Kawasaki Ninja rumo ao Norte, e viaja no tempo para abril de 1986. Seu destino geogr�fico � a zona contaminada em torno da usina de Chernobyl, palco do pior desastre nuclear que j� se viu.

    �O tempo parou na Cidade Fantasma� � escreve em seu website. � �Talvez seja porque os rel�gios aqui n�o contam as horas. Contam apenas n�veis de radia��o.�

    Al�m do primeiro nome e do n�mero de uma caixa postal, Elena revela muito pouco a respeito de si mesma. Filha de um f�sico nuclear envolvido em pesquisas sobre o acidente, cresceu � sombra de Chernobyl, tem bons conhecimentos de f�sica e de biologia, e compara suas viagens de moto atrav�s da zona morta � travessia de um equilibrista na corda bamba:

    �Num dos lados da vara com que se equilibra est� a intensidade da emiss�o dos raios gama; na outra ponta, est� o tempo de exposi��o aos raios. O arame, por�m, tamb�m est� coberto por uma poeira escorregadia, e � nela que reside o maior perigo.�

    Elena n�o tira os olhos do contador Geiger e, por precau��o, viaja sempre sozinha, pelo meio da estrada, para n�o correr o risco de respirar a tal poeira, que seria eventualmente levantada por outros ve�culos:

    ��s margens da estrada, a radia��o j� � duas ou tr�s vezes maior do que no meio. Se voc� se afastar um metro, ser� quatro ou cinco vezes mais intensa. A radia��o est� no ch�o, na grama, nas ma��s e nos cogumelos, mas n�o � retida pelo asfalto, o que torna viagens pela �rea relativamente seguras.�

    O impacto do website simples, sem maiores sofistica��es tecnol�gicas, � t�o extraordin�rio quanto universal. Suas 28 p�ginas de texto e de fotos atra�ram, em menos de um m�s, cerca de dois milh�es de visitantes. Num fen�meno t�pico da internet, c�pias fi�is, chamadas �espelhos�, t�m aparecido por toda a rede, gra�as a internautas dispostos a fazer com que o conte�do chegue aos quatro cantos da Terra. Resultado: calcular o seu n�mero exato de leitores �, hoje, t�o dif�cil quanto calcular o n�mero exato de v�timas de Chernobyl.

    �Quantas pessoas morreram de radia��o? Ningu�m sabe � nem por alto. Os n�meros oficiais v�o de 300 a 300 mil mortos, e outras fontes chegam aos 400 mil. A conta final n�o ser� conhecida durante as nossas vidas e, talvez, sequer durante as dos nossos filhos.�

    A estrada, percorrida por Elena no come�o da primavera, passa por aldeias abandonadas, casebres em ru�nas, bosques desertos. A desola��o � geral, e inquietantemente assustadora. Al�m da pr�pria Elena e dos guardas que impedem a passagem de pessoas n�o-autorizadas nos pontos de entrada da zona morta, o �nico outro b�pede que se v� nas fotos � um homem numa carro�a:

    �Ele � um dos 3,5 mil que ou se recusaram a deixar a �rea ou voltaram para as suas aldeias depois da fus�o nuclear em 1986. Admiro esses indiv�duos, que s�o, todos, fil�sofos � sua maneira. Quando voc� pergunta se n�o t�m medo, respondem que preferem morrer de radia��o em casa a morrer de saudades numa terra estranha. Eles comem a verdura das suas pr�prias hortas, bebem o leite das suas pr�prias vacas e se declaram saud�veis... mas o velho da carro�a � um entre apenas 400 sobreviventes. Talvez venha a se juntar, em breve, aos seus 3,1 mil vizinhos, que descansam para todo o sempre na terra dos seus adorados lares.�

    Elena, boa e atenta fot�grafa, �, principalmente, �tima escritora, num ingl�s fluente cujas pequenas falhas vem corrigindo aos poucos. Seu texto, informado e informativo, claro e desassombrado, revela perplexidade diante da trag�dia e, sobretudo, uma profunda humanidade. Vai ser surpresa para mim se n�o acabar em livro com lan�amento mundial e/ou document�rio do Discovery.

    �A �rea de Chernobyl permanecer� contaminada pelos pr�ximos 48 mil anos, mas humanos poder�o repovo�-la dentro de uns 600 anos. Os especialistas dizem que, at� l�, os elementos mais perigosos ter�o desaparecido, ou ter�o se dilu�do suficientemente pelo resto do mundo. Se o governo dispuser do dinheiro e da vontade pol�tica necess�rios � pesquisa cient�fica, � poss�vel que se descubra alguma forma de limpar ou neutralizar a contamina��o um pouco antes. Caso contr�rio, nossos distantes descendentes ter�o de esperar at� que a radia��o volte a n�veis toler�veis. De acordo com as melhores estimativas, isso vai acontecer daqui a 300 anos... ou, para outros cientistas, s� daqui a 900. Eu acho que ser�o 300, mas as pessoas sempre dizem que sou muito otimista.�


    (O Globo, Segundo Caderno, 8.4.2004)







    Chalabi 1 x BBC 0

    Nunca tive boa impress�o de Ahmed Chalabi, o suposto l�der iraquiano apoiado pelos Estados Unidos. Agora, por�m, a BBC est� me fazendo mudar de id�ia.

    Estou assistindo a "Hard Talk", um programa de entrevistas que costumava ser bom, mas est� apenas rid�culo. No lugar de Tim Sebastian, uma entrevistadora, que obviamente decidiu que Chalabi � um marginal, tenta bancar a dona da verdade com ele -- que est� se saindo muito bem.

    Para come�o de conversa, responde com calma �s perguntas hist�ricas, mal formuladas e, sinceramente, bastante bobas da mo�a; e cobra dela a objetividade que ela, como jornalista, deveria ter por princ�pio.

    Acho que todo entrevistado tem que ser tratado com cortesia e, na medida do poss�vel, com tranquilidade. N�o adianta gritar, fazer cara feia e n�o deixar que responda a perguntas acusat�rias; em �ltima inst�ncia, cabe ao p�blico decidir se ele merece ou n�o confian�a, e se est� ou n�o com a raz�o.

    A isso se chega com boas perguntas e com fatos bem apurados.

    N�o suporto essas entrevistas em que os jornalistas tratam os entrevistados como criminosos -- ainda que eles o sejam -- e n�o os deixam terminar sequer uma frase.

    Arre!





    7.4.04


    Vestido para matar

    Desde que a pol�cia carioca apresentou o caseiro Jossiel como assassino confesso do casal Staheli -- e que o secret�rio de seguran�a (!) fez aquele papel pat�tico de aparecer ao lado do "monstro", como se tivesse solucionado pessoalmente o caso -- tenho pensado no problema das camisetas.

    Sei que � muita futilidade me deter num detalhe desses diante de tal trag�dia, mas realmente fiquei pensando no que estaria passando pela cabe�a do pessoal da Essencial ao ver a sua marca exposta com tal destaque em circunst�ncia t�o pouco edificante.

    No dia seguinte, um dos diretores da Mary Zaide, dona da grife, deu uma declara��o ao Joaquim, dizendo que aquela era apenas uma camiseta promocional feita para um evento, daquelas que as pessoas passam para os empregados, etc.

    Ficou meio esquisita a declara��o, mas � compreens�vel que o rapaz n�o soubesse o que dizer. Afinal, o que � que se pode fazer diante disso? Se voc� vende roupas, est� sujeito a v�-las usadas por todo o tipo de gente, de caseiros suspeitos a secret�rios de seguran�a.

    Isso, no entanto, me trouxe � cabe�a uma velha d�vida que volta e meia se manifesta: o que leva certas empresas a fazer camisetas promocionais t�o feias?!

    Produzir uma camiseta feia ou uma bonita custa o mesmo pre�o. Muitas das camisetas que a gente ganha por a� s�o excelentes como acabamento, e eu n�o teria nada contra us�-las no dia-a-dia... se n�o fossem t�o espaventosas.

    H� tempos me pergunto porque a Brahma, por exemplo, n�o faz umas camisetinhas mais maneiras, que a gente gostasse de usar, em vez dos monstrengos que distribui no carnaval. N�o era melhor para a marca ver uma ocasional celebridade flagrada fazendo gin�stica ou indo � praia com o seu modelinho mais discreto?

    Enfim.

    Tou s� pensando em voz alta.

    Mas que nunca vou entender a pol�tica das camisetas horrendas, l� isso n�o vou.

    Ah, sim: no dia seguinte, o caseiro apareceu com uma camiseta do Yahoo.

    E, como seria de esperar, desdisse tudo o que disse ao Coronel Bolinha na tev�.







    6.4.04


    Privacidade

    Muito curiosa a celeuma em torno do Gmail, novo servi�o de email anunciado pelo Google.

    Est� todo mundo estressado com quest�es de privacidade, porque o Google deve usar um sistema semelhante ao dos an�ncios a� de cima para p�r propaganda dirigida nas msgs (ou seja: preparem-se para receber um monte de an�ncios de colch�es para cavalos!). Para isso, a correspond�ncia seria varrida por m�quinas de busca, e � a� que a porca est� torcendo o rabo.

    Mas gente, essa quest�o simplesmente n�o existe! At� porque s� vai usar o servi�o quem quiser. Duvido que perigosos terroristas da Al Queda venham a trocar emails via Google, ou gente de bom senso use um Hotmail da vida para enviar Informa��es Realmente Relevantes (IRR) -- se � que ainda existem Informa��es Realmente Relevantes por a�.

    Eu j� deixei de acreditar em privacidade -- na rede ou fora dela -- h� muito tempo. No dia em que tiver uma IRR para mandar para algu�m, vou usar um sistema de criptografia b�sico, como o PGP, ou mandar uma carta pelo correio. Daquelas simplinhas, mesmo.

    E pronto.

    De resto, todo o conceito de privacidade � muito relativo -- e muito recente. At� outro dia a humanidade vivia amontoada e todo mundo sabia da vida de todo mundo. Como ainda sabe.

    Afinal, qual � a privacidade que se tem numa cidadezinha do interior, ou num edif�cio com um porteiro curioso?

    A melhor prote��o que se pode ter � nunca escrever num email nada que n�o possa sair na primeira p�gina do jornal -- para n�o sair na primeira p�gina do jornal.






    Plant�o chocolate

    Chamando todos os choc�latras! O BuscaP�, site de compara��o de pre�os, avisa que est� no ar o seu especial de P�scoa. A id�ia � facilitar a vida do consumidor que pesquisa pre�os de ovos de P�scoa & similares.

    Como o patroc�nio � do P�o de A��car, o que aparece de ovo por l� n�o � brincadeira; mas, honra seja feita, o servi�o mostra outras lojas quando t�m pre�os melhores.

    O site fica no ar at� 11 de abril, domingo de P�scoa.

    Al�m da compara��o de pre�os h�, na p�gina de abertura, um interessante ranking dos seis ovos mais procurados. No momento em que vos catomilho, o campe�o � o Alpino, que nem acho aquelas maravilhas: sou mais chocolate amargo ou Diamante Negro, sempre t�o mal cotados...








    Barcelona m�s que mai!

    Demorou, mas at� que enfim algu�m na Espanha chega � conclus�o de que tourada � uma barbaridade: a cidade de Barcelona est� pensando em banir o "esporte".

    N�o era sem tempo.

    Tinha que ter sido banido h� s�culos -- antes mesmo de come�ar.





    5.4.04


    Recuperando dados... em casa!

    H� coisa de dois meses perdi um disco r�gido inteiro. L� se foram 120 gigabytes, n�o todos ocupados, naturalmente, mas mesmo assim o suficiente para me dar uma baita dor de cabe�a. V�rias empresas se especializam na recupera��o de dados; mas aproveitando o lim�o oferecido para fazer a proverbial caipirinha, decidi procurar uma solu��o mais r�pida e, possivelmente, mais barata. Eu tinha backup de boa parte dos dados, e podia continuar trabalhando sem aquele HD; n�o se tratava de um caso de UTI.

    Percorri sites de seguran�a e de downloads, li blogs e coment�rios de usu�rios, rodei programas que ou n�o conseguiam enxergar o disco doente ou liam tudo � mas sem a estrutura de diret�rios e sem os nomes dos arquivos. Finalmente achei um software, com o sugestivo nome de �Get Data Back� ( em www.runtime.org), que n�o s� encontrou direitinho o disco, como foi capaz de ler todos os dados que l� estavam, com respectivos diret�rios.

    Tirando a �bvia perda de tempo, a recupera��o dos dados transcorreu sem maiores problemas. A US$ 69, o �Get Data Back� provou ser �tima compra, com uma vantagem extra: em modo demo, ou seja, de gra�a, ele l� o que h� no disco perdido. O usu�rio s� paga se quiser de fato recuperar os arquivos encontrados, copiando-os para local seguro.

    Os programas de recupera��o de dados devem, sempre, ser instalados num disco diferente do danificado. Um dos segredos da recupera��o � n�o gravar absolutamente nada no HD doente, de onde os programas apenas l�em os dados, como se os estivessem escaneando. Uma vez lidos, eles s�o salvos no outro HD, onde se instalou o programa � um disco livre de problemas e com espa�o suficiente, � claro, para armazenar o que se quer recuperar do falecido.

    Advert�ncia: se voc� tem medo de computador, ou se a sua vida est� inteirinha naquele HD detonado, recorra aos servi�os de um profissional da �rea. E se a sua m�quina est� perfeita, com tudo funcionando direitinho, aproveite: este � o momento ideal para fazer um bom backup dos seus dados.

    * * *

    Por falar em disco r�gido, para mim, o grande milagre da inform�tica n�o est� na velocidade dos processadores, mas na multiplica��o da armazenagem. Meu primeiro HD, do tamanho de um tijolo, com m�seros 20Mb, custou US$ 750, ou US$ 37,50 por megabyte; hoje, discos de 200Gb n�o s�o incomuns � um Seagate Barracuda 7200.7 sai, nos EUA, a cerca de US$ 160 � ou seja, insignificantes fra��es de centavo por megabyte.

    Isso sem falar no tamanho cada vez menor que a armazenagem ocupa: basta ver os cart�es de mem�ria cada vez menores e mais poderosos que usamos em nossos PDAs e c�meras digitais. A pr�pria Seagate, ali�s, acaba de lan�ar uma linha de HDs de 2,5�, a Savvio, com at� 73Gb para uso empresarial, quer dizer, duros na queda: al�m de serem 70% mais compactos do que os habituais discos de 3,5�, os bichinhos consomem 40% menos energia e t�m tempo de busca do processador 15% mais r�pido. E voc�s viram aqui, h� tr�s semanas, o micro micro drive da Toshiba, que deve chegar ao mercado com 3Gb, ou seja, bem umas 150 vezes maior do que o meu primeiro HD � aquele, que eu nunca esque�o.

    Moda online

    Lula Rodrigues est� assinando uma coluna semanal no rec�m-inaugurado site da TNT. Eu adoro o Lula, que curte moda na medida certa e sabe, como ningu�m, ver o humor que se esconde por tr�s de tantas sedas, desfiles, alfinetes. Na coluna de estr�ia, que fica no ar at� sexta que vem, tudo sobre o homem de saia.


    (O Globo, Info etc., 5.4.2004)






    Nota zero para o Discovery!

    Os programas s�o �timos, mas acho que n�o h� caso registrado na televis�o mundial de intervalos mais ruidosos e desagrad�veis.

    N�o s� os mesmos an�ncios s�o repetidos duas ou tr�s vezes no mesmo intervalo, como todos, mas todos mesmo, t�m uma trilha sonora, sonoplastia ou seja l� como se designe aquele barulho, insuport�vel.

    Bota insuport�vel nisso!

    A rela��o custo x benef�cio est� come�ando a n�o compensar mais.

    Quer dizer: prefiro n�o assistir mais aos �timos document�rios a ter que aturar a droga daqueles intervalos.

    Que raiva!






    Recado para a Sue

    Querida, parab�ns pela casa nova! Esse condom�nio a� est� ficando bem frequentado que s�...

    O �nico problema � que n�o estou conseguindo comentar, as caixinhas simplesmente n�o abrem nem no Firefox nem no M$ IE... :-(





    4.4.04


    Viva!

    Parab�ns pro Fant�stico, que fez uma linda homenagem ao Evandro Teixeira, um dos nossos maiores fotojornalistas!

    � muito bom ver espa�os dedicados a quem j� passou dos 30, n�o � "celebridade" nem faz parte do elenco de Malha��o.

    A verdade � que ando ligeiramente cansada de ver os holofotes sempre apontados para a mesma (duvidosa) dire��o.






    4.4.04

    Que data bonitinha, n�?






    An�ncios Google

    Como voc�s podem notar, h� uns an�ncios a� em cima.

    � a barra do AdSense, do Google, que instalei para ver como (e se) funciona. Pode ser que mude de lugar e/ou formato nos pr�ximos dias, ou suma de todo -- por enquanto � s� uma experi�ncia, e pe�o a voc�s um pouco de paci�ncia com o visual canhestro.

    A boa not�cia � que, se funcionar e render alguma coisinha, pode vir a ser uma forma de auto-sustento do blog. Que, por enquanto, ainda me custa uns trocados em moeda forte...

    Update: Aqui h� um bom FAQ, em portugu�s, para quem quiser saber mais sobre o servi�o do Google. Em tese, a gente ganha pelos clics no an�ncios, e recebe cheques em d�lar, enviados dos EUA pelo correio, quando tiver mais de US$ 100 na conta. O Google n�o diz quanto gera cada clic, mas deve ser coisa de centavos, ou fra��o de centavos. Minha impress�o � que, a menos que a gente tenha um site porn�, ou outra coisa qualquer de grande rotatividade, n�o d� para ganhar nada.

    Como eu disse, � s� uma experi�ncia, mesmo. Estou querendo descobrir quanto d�, se as pessoas clicam, que tipo de an�ncios aparecem, etc. Quando eu chegar a alguma conclus�o, � claro que voc�s ser�o os primeiros a saber.





    3.4.04










    A Casa dos Budas Ditosos, com Fernandinha Torres.

    Numa palavra -- perfeito.





    2.4.04


    Uma bike em Chernobyl

    A Barbara Locke, que � funcion�ria do Roscoe, um dos gatos mais engra�adinhos de S�o Francisco, me mandou esta dica sensacional: o site de uma motoqueira russa que adora passear pela cidade fantasma de Chernobyl.







    1.4.04


    Querem ficar malucos?

    Ent�o tentem completar este teste: um alfabeto feito com letras retiradas de logotipos de marcas de tecnologia bem conhecidas. A coisa � t�o aflitiva que os caras vendem as respostas!

    Update: N�s j� chegamos a 23 24 respostas certas aqui no Info etc. -- s� faltam o U e o V.

    ACABAMOS!!!

    N�o comprem as respostas, mais tarde eu dou a pala aqui...

    Felizmente o caderno s� fecha amanh�...








    O dia em que n�o matei o presidente

    -- Caramba! � exclamou um amigo quando viu o Lula t�o pertinho, nas minhas fotos. � Se voc� quisesse, podia ter matado o presidente...

    Ao longo da semana, v�rias pessoas que visitaram o meu fotolog me fizeram esta curiosa observa��o: durante a entrega do pr�mio Faz Diferen�a, do GLOBO, l� no Copacabana Palace, eu podia ter matado o presidente. Nenhuma dessas pessoas � particularmente anti-Lula, nem eu sou um modelo de pessoa particularmente feroz, � eterna espera do momento ideal para detonar as autoridades presentes. Mas ter feito meia d�zia de fotos Dele me p�s, quem diria, na categoria de pesadelo de guarda-costas.

    Fiquei intrigada com a rea��o. J� fiz fotos de toda a esp�cie de personalidades, de artistas pl�sticos a bailarinos, passando por atores internacionais antip�ticos e at� pol�ticos, mas nunca ningu�m jamais me disse que eu podia ter matado qualquer delas. Ser� que o presidente, mesmo num pa�s que n�o tem qualquer tradi��o no ramo, �, de repente, o Grande Alvo? Engra�ado: se eu tivesse feito uma entrevista com o presidente, ou at� tomado caf� a s�s com o presidente, como fez o Franklin Martins na quarta-feira, ningu�m diria nada.

    N�o, a quest�o n�o parece estar na proximidade, mas no uso da m�quina. Mais do que isso, no uso pessoal dela, na captura do instant�neo que n�o se espera. Se eu fosse fot�grafa profissional, e l� estivesse com dez quilos de equipamento, ningu�m diria nada tamb�m. Mas, ponham em cena uma ainda misteriosa � por diminuta? � c�mera digital, e as coisas mudam instantaneamente � sem trocadilho � de figura.

    V� entender!

    * * *

    Quando o presidente Jimmy Carter esteve no Brasil, em 1978, eu trabalhava em Bras�lia, e fui destacada para a cobertura. Os americanos, sempre mais preocupados com assassinos de presidentes do que n�s brasileiros, revistaram todos os jornalistas e me levaram um estilete que, na �poca, se usava muito para cortar pap�is em diagrama��o. O diabo do estilete era importado, caro, complicad�ssimo de comprar e n�o me foi devolvido.

    Mandei uma carta indignada para a embaixada, reclamando da apropria��o ind�bita e, para minha surpresa, dez dias depois recebi um estilete novinho em folha. Com um estojinho de l�minas sobressalentes.

    Mas, estilete ou n�o estilete, o fato � que eu ou qualquer dos meus colegas, seguindo a l�gica da c�mera digital, poder�amos ter matado facilmente o presidente Carter. Apesar da ditadura, os tempos eram menos paran�icos, e em pelo menos duas ocasi�es ele atravessou trechos cercados de populares, apertando m�os aqui e ali. A minha, inclusive: eu havia me plantado em meio � multid�o, estrategicamente, para surpreend�-lo com uma ou duas perguntas fora do script.

    N�o me lembro mais do que perguntei ou do que ele respondeu, mas me lembro at� hoje do orgulho que senti quando, no dia seguinte, o curto di�logo virou manchete como a entrevista exclusiva que, afinal, n�o deixava de ser. Como se v�, n�o era t�o dif�cil contentar jovens jornalistas numa �poca em que fazia parte da rotina da profiss�o passar horas de p� diante do Minist�rio da Justi�a ou do Forte Apache apenas para ouvir o perp�tuo �Nada a declarar� das autoridades.

    * * *

    O Zuenir reclamou do terno e da gravata, eu � que vivo de jeans e camiseta � reclamei da roupa chique; mas foi muito legal a festa dos pr�mios do GLOBO. Foi bom ver juntas tantas pessoas t�o talentosas, t�o dedicadas, t�o brasileiras. Foi bom ouvir o portugu�s perfeito carregado de sotaque no discurso do professor Radovan Borojevic, especialista em c�lulas-tronco; bom ver o audit�rio aplaudindo de p� o bravo coronel Erir Ribeiro; bom ter a honra de entregar o pr�mio a um artista t�o merecedor como Aderbal Freire-Filho.

    Valeu a pena sair do meu modelito nerd habitual para conhecer, afinal, o estilista Oskar Metsavath, da Osklen, a quem sempre admirei � dist�ncia pela criatividade e pelo apoio dado a jovens atletas; abra�ar Luiz Schwarcz, um dos meus editores favoritos; e me emocionar com a presen�a digna e elegante de dona Gilda Vieira de Mello, m�e do alto comiss�rio S�rgio Vieira de Mello, cuja morte no Iraque comoveu o mundo.

    Foi, enfim, uma bela ocasi�o para celebrar o pa�s e as pessoas que fazem o pa�s. Apesar de todos os problemas o Brasil � imbat�vel no cora��o da gente; e � �timo conferir, entre um juiz venal aqui e uma quadrilha de pitboys ali, que a paix�o da gente ainda tem tanta raz�o de ser.

    * * *

    Apesar das muitas fotos do presidente, a minha favorita da noite foi esta, do Jos� Dirceu, ao lado de dona Lily Marinho, prestando aten��o � Maria Rita. Mas a cole��o completa pode ser vista em public.fotki.com/cronai /oglobo.


    (O Globo, Segundo Caderno, 1 de abril, 2004)