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30.4.03
 Eta semaninhas tumultuadas, s�! Agora estou fazendo as malas, viajo amanh�, isto �, logo mais. 02:26
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Da mailboxO psic�logo fazia testes para admiss�o de novos candidatos em uma empresa de sele��o. - O senhor pode contar at� dez, por favor! - Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, tr�s, dois, um. - Por que voc� contou de tr�s pra frente? - � que eu trabalhava na Nasa! - Sinto muito, est� reprovado! Entra o pr�ximo. - O senhor pode contar at� dez, por favor! - Um, tr�s, cinco, sete, nove, dois, quatro, seis, oito, dez! - Por que voc� contou primeiro os �mpares e depois os pares? - Porque eu trabalhava como carteiro. - Sinto muito, est� reprovado! Entra o pr�ximo. - Antes de come�armos, por favor me diga uma coisa, o que o senhor fazia no emprego anterior. - Eu era funcion�rio p�blico! - OK! O senhor pode contar at� dez? - � claro! Dois, tr�s, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, valete, dama, rei e �s. Piada � sempre uma coisa inteiramente improv�vel, n�? 02:16
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29.4.03
 N�o � para quem quer, � para quem pode: ganhei do Fl�vio Damm! 13:14
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28.4.03
Meu blog, meu tesouroFinalmente algu�m encontrou o caminho das pedras! O jornalista Nelito Fernandes, meu colega da ��poca�, � o primeiro blogueiro brasileiro a receber pelo fruto do seu trabalho, realizando, assim, o sonho de onze entre dez confrades. Na semana que vem, embolsa um cheque de R$ 1.570,17 pela publicidade veiculada no seu Eu, Hein?. Isso ainda n�o faz dele um milion�rio.com, mas j� representa um not�vel progresso em rela��o a outros blogueiros que, como a vossa escriba, ainda pagam para blogar. Nelito foi, logo depois da Daniela Abade, do Mundo Perfeito, o segundo blogueiro a ser �contratado� por um provedor. Impressionado com a popularidade dos seus divertidos cartazinhos e com os cinco mil visitantes di�rios do �Eu, hein?�, o Terra chamou-o para uma parceria interessante para ambos: o �Eu, Hein?� (que hoje conta tamb�m com a participa��o de Claudia Valli) fica hospedado l�, e o lucro dos banners � dividido. Entre os anunciantes, Brasil Telecom, Minist�rio da Sa�de, GM, Farm�cia em Casa, Fiat e Editora Globo. A Telef�nica foi a que mais apoio deu ao blog: seu banner foi exibido 77 mil vezes para os atuais oito mil visitantes di�rios. Espero que tenha sido bom para eles tamb�m, e tor�o para que essa moda pegue. (O Globo, Info etc., 28.4.2003)16:42
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Marketing Hacker, o livro: conversas impressasEm agosto do ano passado, Hernani Dimantas, autor do projeto Marketing Hacker � uma iniciativa que todo mundo que freq�enta a internet.BR conhece � me pediu que escrevesse o pref�cio para seu novo livro, nascido, justamente, desse projeto. Aceitei com o maior prazer, e escrevi isso. Agora �Marketing Hacker: a revolu��o dos mercados� est� na pra�a. J� foi lan�ado em Sampa, � o n�o-fic��o mais vendido da fnac e chega ao Rio amanh�. O lan�amento � na Livraria Marcabru (Rua Marqu�s de S�o Vicente 124, loja 206), a partir das 19h30. (O Globo, Info etc., 28.4.2003)16:40
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Ta�: boa id�ia!Acabo de receber um release muito interessante. Gostei do conceito e gosto tamb�m do livro. Confiram aqui. 15:56
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04:33
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*sigh*Acabo de vir da mailbox do jornal. H� 1709 itens l�. Tenho a sensa��o de que estou perdendo o tempo da minha vida separando spam de release (h� diferen�a?) e de mensagens verdadeiras (a minoria). 03:04
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"Sapatos s�o chocolates para os p�s"
Achei aqui. E ele achou aqui. 02:25
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 Campanha do Rep�rter Mosca, entusiasticamente apoiada por este blog. 02:02
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27.4.03
Fernanda StupidMinha amiga Ana Lagoa, que n�o � de passar correntes, encaminhou este artigo ao seu c�rculo de correspondentes. Fez muito bem. Eu n�o vi o programa a que se refere o texto -- tudo o que vejo em televis�o s�o jornais, a BBC, o Discovery e o Animal Planet, fora um filme de vez em quando -- mas o que o Joaquim escreveu no outro dia me deixou de cabelo em p�. Se aquela baixaria l� � o que elas entendem por "ser mulher", aviso: tou fora, criando uma ala dissidente. O que vimos s�bado passado no Saia-Justa, programa comemorativo de um ano no ar, foi uma l�stima. � lament�vel que um programa dito "cabe�a" e "inteligente" tenha colocado no ar o coment�rio de uma das participantes: Fernanda Young, sobre o seu conceito de velhice. Fernanda Young se destaca no programa por sua prepot�ncia, sua falta de humildade, sua superficialidade, suas frases feitas supostamente inteligentes, sua inseguran�a disfar�ada em querer aparecer a qualquer custo, sua falta de respeito ao ser humano, sua imaturidade, sua agressividade e seu �dio interior. Querendo mostrar que � "mulher-cabe�a feita" ela n�o passa de uma adolescente querendo se auto-afirmar, o que condiz com o sobrenome que adota, j� que no ingl�s "young" significa : jovem, pessoa nova. Fernanda � a nota que destoa no programa. � a pe�a que n�o encaixa.
Pois no anivers�rio de um ano do programa a "jovem" interrompe Marisa Orth que dizia que o que ela achava mais lindo era a gargalhada de uma crian�a e o sorriso de um velho, e ainda em off (a c�mera ainda estava na Marisa) Fernanda Young diz: "Eu t� cagando pra velho" e, n�o satisfeita, completa: "Eu tenho uma teoria que at� j� escrevi a respeito: Todo velho � um filho-da-puta que envelheceu. Sabe aquela hist�ria de que "vaso ruim n�o quebra"? Pois �, pra mim velho � um vaso ruim, � por isso que n�o quebrou; se chegou � velhice � vaso ruim, � filho-da-puta!"
� lastim�vel o conceito que essa jovem tem sobre o velho, o idoso. O grave n�o � tanto o que ela pensa, que isso � problema dela, ela que inevitavelmente s� ter� duas escolhas no futuro. ou morrer� antes do tempo, ou envelhecer� para ver como � viver num pa�s com pessoas que pensam como ela e tratam o velho com total desrespeito. O grave � essa jovem dizer isso em Rede Nacional, numa posi��o de formadora de opini�o, que � a posi��o do artista na sociedade. Essa jovem deveria ser condenada judicialmente a trabalhar como volunt�ria em lares de idosos e abrigos de velhos por anos a fio at� aprender o valor que o velho tem, e assim servir de exemplo para que isso n�o se repita, para que outros n�o usem do direito da palavra com essa total irresponsabilidade num ve�culo de comunica��o.
A insanidade, desrespeito, falta de educa��o e generosidade, prepot�ncia, imaturidade e falta de intelig�ncia levam pessoas como essa Fernanda Young a esquecer o que idosos morreram fazendo, ou ainda fazem, em vidas dignas que d�o dignidade ao nosso pa�s. Copiemos o modelo do Oriente, onde a opini�o dos velhos � buscada, respeitada e seguida, em sociedades onde � experi�ncia se d� o devido valor. (Alexander Zimmer) 14:20
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 IAU!!!!!Ela voltou!!! Que surpresa maravilhosa!!! Valeu, Raphael!!! 05:58
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Recado do Edney"No �ltimo dia 21, meu site, o InterNey, foi invadido por hackers. A �nica coisa que n�o consegui restaurar foi a lista de inscritos no InterNey-Not�cias. Estou enviando esta mensagem para todos os meus conhecidos; se voc� estava inscrito nesta lista pode se inscrever novamente aqui. A InterNey-Not�cias � uma lista atrav�s da qual envio dois ou tr�s e-mails por semana com links para sites e not�cias interessantes que encontro pela net diariamente." Falando s�rio: que palha�ada, esses caras! Hackear um site do bem como � o InterNey, que tantos servi�os presta � comunidade, � o que h� de pior. 05:37
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.  Ouch...Pessoal, desculpem o ritmo meio lento, mas o dedo mindinho est� atrapalhando na hora de escrever. N�o digito com os dez dedos, o que �, ali�s, uma das minhas tristezas. Quando aquela cadeira me mordeu, ainda pensei, "Ufa, pelo menos n�o foi um dedo importante!", dedos importantes sendo o polegar da m�o esquerda, para a barra de espa�o, e o indicador e o dedo do meio das duas m�os para todas as outras teclas. Eu tinha a impress�o de que quase n�o usava o mindinho, mas estava errada. N�o uso o mindinho da m�o esquerda, mas o da m�o direita tamb�m vai na barra de espa�o. Sem ele, a minha velocidade -- a bem dizer, a minha lentid�o -- fica rid�cula. O machucado, visto assim de fora, n�o parece mais grande coisa. J� nem estou usando bandaid. O diabo � que o dedo ainda est� inchado e d�i quando � apertado ou bate no teclado. H� duas manchinhas de sangue pisado ao lado dos cortes, que j� cicatrizaram 05:03
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 Acabo de ouvir na BBC, no "Earth in review", que os �rabes chamam os gafanhotos de "dentes do vento". Genial, n�? 04:47
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26.4.03
 Sangue e areiaQuando comecei a escrever esta coluna, em janeiro, achei que seria moleza. No fundo, coluna de segundo caderno � uma esp�cie de bate-papo: eu escrevo daqui, voc�s l�em da� e vamos em frente, tocando a vida e pensando nas contas do fim do m�s. Mas � claro! �- n�o � bem assim. �s vezes uma conversa interessant�ssima, que dura um jantar inteiro, n�o d� m�sero par�grafo; �s vezes, o que a gente acha �timo no domingo parece uma bobagem na segunda; e palavras perfeitamente boas, que faziam todo o sentido na conversa, se rebelam sem mais nem menos, e se recusam a impressionar o papel, por falta do gestual. H� assuntos que tento, em v�o, encaixar em algum lugar � o tempo passa e eles continuam mudos, atropelados pelos acontecimentos ou pelo meu estado de esp�rito. Outros, dos quais tento fugir, for�am a barra, d�o um jeito de entrar na p�gina. Do primeiro caso n�o mostro exemplos, porque ainda tenho esperan�a de ver meus mudinhos dando o recado; do segundo, nem preciso falar � ultimamente, o ataque ao Iraque tem ocupado todos os espa�os. N�o adianta imaginar que escrevo o que quero; a coluna se escreve. Este � um chav�o dos mais batidos, mas me sigam, por favor: s�o tantas as coisas que influenciam a escrita que, no fim, a minha vontade � quase secund�ria. Hoje mesmo, por exemplo: sobre o que � que eu poderia, ou deveria, escrever, num feriado prolongado � a n�o ser sobre este trabalho, que me arranca do dolce far niente ? Sei que parece exagero, mas acreditem: n�o �. A partir do momento em que comecei a coluna, comecei a viver em fun��o dela. N�o sei se isso acontece com os outros colunistas, mas minha refer�ncia b�sica passou a ser o que � ou n�o � bom assunto, ou at� mesmo o que d� ou n�o d� boa ilustra��o. * * *No domingo � tarde, na praia, duas carrocinhas de sorvete paradas perto d'�gua, ambas pintadas da mesma maneira tosca, anunciavam �7 bolas a 1 real�. Os dois vendedores, sentados cada qual sobre sua carrocinha, davam um tempo e batiam um papo. � Caramba, que foto que eu estou perdendo! � exclamei. � Como � que fui deixar a m�quina em casa?! � M�e, relax! � disse a Bia. � Esquece essa m�quina! Voc� est� na praia, curtindo o feriado. Que coisa! Pensei: a Bia tem raz�o, tenho que aprender a desligar. Decidi ent�o reclinar a cadeira e deixar todas as fotos poss�veis para l� � mas eis que pus a m�o direita na ponta errada e uma catraca quase levou um peda�o do meu mindinho. Foi uma dor que nem vos conto e uma sangueira s�. A Bia imediatamente chamou um vendedor de mate, pediu uma pedra de gelo, embrulhou na canga e me deu. Enquanto eu tentava achar a melhor forma de aplicar aquilo, uma mo�a se aproximou, sol�cita, com um copo de �gua mineral: � N�o p�e o gelo na ferida porque pode queimar. Faz assim, �: p�e o gelo no copo e depois mergulha o dedo na �gua gelada. Pode ficar com a minha �gua. Talvez fosse bom tomar uma antitet�nica. Fiquei admirada. � Voc� � m�dica? � Que nada, n�o sou, n�o... Inclusive, nem posso ver sangue que desmaio. � que j� me aconteceu isso uma vez. Ela n�o tinha mesmo que ser m�dica, � claro; era brasileira. Esta cena s� se v� aqui � uma pessoa se dar ao trabalho de acudir uma completa desconhecida, acompanhada e j� �atendida�, por assim dizer, e ainda lhe oferecer a sua �gua. Comovida, comentei isso com a Bia (que tem a experi�ncia de quatro anos vividos naquele pa�s) e concordamos: em nenhum outro lugar do mundo isso acontece. Fiquei olhando para o sangue t�o vermelho pontilhando a areia e obtemperei (!): � P�, isso tamb�m dava uma boa foto... Meio macabra, mas muito legal. � M�e!!! * * *Tirando a catraca assassina, a cadeira em que eu estava era �tima. Ela � um lan�amento mais ou menos recente da Ordem e Progresso, que fica em frente ao C�sar Park e � uma das mais competitivas barracas da Praia de Ipanema. O aluguel est� a R$ 2. Por R$ 5 se pode alugar a espregui�adeira de pl�stico branca, com cara de resort, que n�o machuca ningu�m e deve ter seguro de vida. � f�cil reconhecer o pessoal da Ordem e Progresso. Eles trabalham com uns aventais de pl�stico estampados com a bandeira nacional que poderiam ser bolsas do Gilson Martins em outra encarna��o. O servi�o � t�o caprichado que at� o coco vem com um corte especial, mais largo do que o comum: a lasquinha recortada funciona como uma tampa. Ficamos t�o bem impressionadas que viramos freguesas; a Bia at� desistiu do clube do qual � s�cia. Ah, voc�s n�o sabem? No Leblon tem uma barraca chiqu�rrima, que d� prefer�ncia aos associados. Tem at� p�gina na web. Com a anuidade de R$ 10, ganha-se desconto nas cadeiras e nos cocos. O visual � o melhor poss�vel, a �gua bate pertinho e a gente pode acompanhar todo o movimento. D� cada foto que s� vendo. (O GLOBO, Segundo Caderno, 24.4.2003)02:49
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25.4.03
 Como perder um homem em dez diasDesligue o c�rebro Era uma vez uma jornalista linda, inteligente e engra�ada, que trabalhava para uma revista feminina mas sonhava com o v�o mais alto dos Grandes Assuntos; e era uma vez um rapaz lindo, nem t�o inteligente e um pouco menos engra�ado, mas de resto totalmente gracinha, que trabalhava para uma ag�ncia de publicidade com as contas de cervejarias e artigos esportivos, mas sonhava com a conta dos diamantes. Por um desses misteriosos acasos do cinema, no mesmo dia em que ela (Kate Hudson) topou o desafio de perder um homem em dez dias, ele (Matthew McConaughey) aceitou a aposta de conquistar uma mulher... em dez dias! Mas n�o qualquer mulher, e sim ela, a jornalista sonhadora. E n�o em �dez dias� de qualquer tempo, mas no mesm�ssimo prazo. O resto � hist�ria � ou melhor, historinha. �Como perder um homem em 10 dias� (�How to lose a guy in 10 days�) � a t�pica com�dia rom�ntica americana. Os protagonistas s�o no fundo bonzinhos, apesar da total falta de escr�pulos que demonstram ao aceitar desafio e aposta, e os outros personagens s�o apenas caricaturas: a editora de moda, as jornalistas, o dono da ag�ncia, os publicit�rios... enfim, acho que todos n�s j� vimos este filme antes. Mas, tudo bem, vamos ver de novo e vamos at� nos divertir com o enredo sem p� nem cabe�a, as situa��es de sempre e o final previs�vel. As meninas v�o amar e os meninos v�o se sentir her�icos por suportarem duas horas de bobagem em nome do amor. No fim, seremos felizes para sempre. (O Globo, Rio Show, 25.4.2003)18:42
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18:38
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 Depois de tr�s dias, o blog desencalhou. Quem matou a charada foi -- para variar -- o meu querido Eduardo Stuart. Ele escreveu: "Aparentemente, o problema estaria no blogspot, j� que a ferramenta de publica��o est� acusando disk quota limit (26Mbytes). Existe realmente um limite de armazenamento, mesmo o blog sendo Pro? N�o h� uma op��o para aumentar esse limite?" Lembrei ent�o que, na �ltima empacada, em janeiro, Rudy Winnacker, do Blogger, me disse que estava aumentando o limite de 200 para 800 arquivos (estranho sistema, n�o?). Nem pensei no limite de arquivos dessa vez porque n�o deveria ser problema -- afinal, os tais 200 vencidos eram as imagens armazenadas no BlogSpot praticamente desde que o blog come�ou. Pelo sim pelo n�o, resolvi seguir a dica do Eduardo. Apaguei um monte de JPGs e... pimba! Na mosca. Da� chego a duas conclus�es: N�o preciso deixar o Blogger, mas preciso urgentemente sair do BlogSpot, at� porque o "suporte" -- huahauahauahauaha! -- � p�fio; Talvez seja este o problema que afeta tantos blogs mudos.
Sobra, por�m, uma d�vida: o BlogSpot tem acesso FTP, que permite apagar arquivos antigos; o que faz, por�m, quem hospeda o blog no BlogSpot comum, sem FTP?
Em tempo: Eu n�o sei, Eduardo, como se pode aumentar o limite do BlogSpot Pro -- que tem, sim, uma quota fixa para cada blog. O Rudy aumentou a minha na base da amizade, mas obviamente deve existir uma outra maneira de se fazer isso. Por outro lado: onde � que a gente v� esta informa��o que voc� conseguiu?
05:03
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21.4.03
 P�scoa � isso -- simplesmente perfeito. 21:05
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Bia Badaud ou O blog que faltavaUma das melhores vozes da blogosfera finalmente tem casa pr�pria: a Bia Badaud, que todos conhecemos t�o bem de coment�rios, acaba de criar um blog. Para quem est� chegando agora: ela � uma das maiores reservas naturais de bom-senso, uma daquelas rar�ssimas pessoas que agem movidas pelo civismo aut�ntico e por uma invari�vel vontade de contribuir para melhorar o mundo � sua volta. � engra�ada, gente fin�ssima e, ainda por cima, escreve bem que s�. 04:04
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20.4.03
Free ou free?Adorei essa notinha da Bia sobre a tatoo do Rodrigo Santoro. 13:59
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Os irm�os siamesesDennis conta no Caderno M�gico a incr�vel hist�ria dos irm�os Chang e Eng Bunker, que nasceram no Si�o (hoje Tail�ndia) em 1811, unidos pela cintura, e morreram nos EUA em 1874, deixando duas vi�vas e 22 filhos. � um relato impressionante, que poderia facilmente ser um dos contos do Dennis, n�o fosse por um detalhe: � tudo verdade. 03:01
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Ta�, esse vale a espera para carregar... 02:23
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19.4.03
 Ganhei do Matusca! Os gatos n�o ficaram LINDOS?! :-))) 17:58
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03:50
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18.4.03
 Foi a Cris quem fez este banner. 19:02
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Boa P�scoa, pessoas!02:21
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Hmmm..."Diz uma folha trazida pelo vento que o ataque que derrubou o Terra por tr�s dias foi uma vingan�a de ex-funcion�rios que n�o poderiam ter sido demitidos, pois sabiam bem demais como ele funcionava. � a teoria mais plaus�vel, n�o?" (Mario AV) 01:50
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Novo perigo na vida de Rageh OmaarA CNN est� querendo roubar o Rageh Omaar da BBC. Vai ser uma pena se ele topar. A CNN � uma estranha m�quina de dissolver gente, que foge de qualquer toque pessoal no notici�rio. Richard Quest, por exemplo, que era engra�ad�ssimo na BBC -- ainda que falando de economia -- virou um xarope. E Kevin Sites, que � apenas razo�vel na TV, foi impedido de continuar seu excelente blog do Iraque, onde escrevia com -- c�us! -- opini�o pr�pria. Ali�s, por falar em BBC -- a emissora n�o esquece, e continua perguntando: "Cad� as armas de destrui��o em massa?" Hoje Colin Powell, que � o menos pior deles -- e que, antes da guerra, apresentou � ONU um rid�culo painel provando por A + B que o Iraque tinha essas armas -- disse que est� "razoavelmente convencido" de que elas existem. Ent�o t�. 01:34
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BLOG: os bastidores de uma novela01:31
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17.4.03
Concurso de receitasAcabo de receber um release interessante aqui no jornal. O site da Casa do Azeite Espanhol est� promovendo o 5� Concurso de Receitas com Azeite Ybarra, com o tema "Bolos para lanches e receber os amigos". As inscri��es come�aram no dia 16 e v�o at� 4 de maio. O primeiro colocado ganhar� uma cesta com quatro latas de azeite Ybarra de 500 ml cada, cole��o de quatro tigelas de lou�a com o logo da Asoliva (Associa��o Espanhola da Ind�stria e Com�rcio Exportador de Azeite de Oliva) e uma cole��o com tr�s livros e dois livretos de receitas produzidos pela Casa do Azeite Espanhol. Os autores das 20 melhores receitas recebem um exemplar do livro "Reescrevendo a Culin�ria Brasileira com Azeite de Oliva Espanhol". 21:05
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 N�s n�o usamos black-tieA colunista decide esquecer que h� uma guerra l� fora, mas a vida light tamb�m tem seus problemasUma praga terr�vel abate-se sobre a noite carioca: as grandes festas est�o sendo organizadas por paulistas. Antes que me entendam mal: n�o tenho nada contra paulistas, claro, nem contra festas. Tamb�m n�o tenho nada contra festas paulistas e at� me lembro de uma ou duas, excelentes, em que me diverti muito. Em S�o Paulo. No Rio, a combina��o n�o funciona, ainda que as fotos fiquem maravilhosas na �Caras�. A diferen�a entre o que � divertido em S�o Paulo e o que � divertido no Rio mostra-se quase intranspon�vel. Por exemplo, n�o h� hip�tese de um carioca achar interessante um programa marcado para as oito em que, �s onze, ainda n�o tenha sido servida uma gota de �lcool. At� eu, que n�o bebo, acho esquisito. Mas isso aconteceu, mais uma vez, no domingo passado, numa festa que � como costuma acontecer com as comemora��es paulistas � me seduziu pela localiza��o: a Escola Naval, na Ilha de Villegaignon. Antes de me p�r a caminho, devia ter lembrado de outro comes & bebes que, no come�o do ano, me ganhou com aceno semelhante. O convite falava apenas numa ilha, sem dizer qual. Ora, quem resiste a uma ilha misteriosa? Ningu�m, � claro: e foi assim que, numa noite tormentosa, todos os dois mil convidados surpreenderam a organiza��o ao comparecer pontualmente para o embarque, junto com outros tantos penetras, num lugar onde cabiam no m�ximo 500 pessoas. Passei uma hora terrivelmente aflitiva no cais, de onde fiz meia volta e tomei o rumo de casa; no caminho, parei numa pizzaria e fui feliz sozinha. * * *O principal problema das grandes farras paulistas no Rio �, justamente, a estrat�gia. A gente sai com a n�tida impress�o de que quem montou aquilo no papel nunca viu o cen�rio na vida real, tal o desconhecimento de causa. Uma festa numa ilha, como id�ia, � tudo de bom � sobretudo se o nome da ilha for mantido em segredo at� o �ltimo momento. Na pr�tica, � um desastre, e qualquer organizador carioca sabe disso. Por isso, ali�s, � que nunca se fazem grandes badala��es nas ilhas. A Ilha de Villegaignon, por�m, n�o � bem uma ilha, j� que se chega a ela de autom�vel. Fica ali atr�s do Santos Dumont, logo depois da cabeceira da pista, e deve ser um dos lugares mais deslumbrantes do Rio. Infelizmente, a festa foi dentro de uma tenda, de onde n�o se via nada. Exatamente igual a uma outra, ainda � esta realizada h� coisa de dois anos, no Forte de Copacabana. Imaginem aquela loca��o deslumbrante... embrulhada para presente! Esta do Forte foi, por sinal, uma celebra��o ex�tica. Black-tie. Vamos combinar: black-tie no Rio � o que h� de triste! Ningu�m tem roupa, o improviso � geral e, no fim, fica todo mundo t�o mal vestido quanto qualquer excurs�o latino-americana ao inverno europeu, a l� toda da fam�lia e dos conhecidos passeando de �nibus na neve. Mas tergiverso. Voltando �s tendas: elas revelam o que parece ser uma das grandes diferen�as entre n�s e os paulistas. Eles n�o ligam a m�nima para a vista � no que, ali�s, fazem muito bem, considerando que moram em S�o Paulo. No entanto, n�o passaria pela cabe�a de um carioca levar algu�m aos pontos mais lindos da cidade e, depois, botar uma tenda entre este algu�m e a vista. Se � para ficar do lado de dentro, vamos para o Golden Room, ora. Comentei isso com uma amiga que havia chegado antes de mim e que, �quela altura, j� havia bebido bem uns cinco copos d��gua. � Ah, voc� n�o est� sabendo de nada! � disse ela. � N�o foi pela vista que escolheram a Escola Naval; foi pela seguran�a. Outra amiga, ali ao lado, completou: � Sim, sim: acharam que as pessoas iam se sentir melhor protegidas pelos militares... N�o ca�mos na gargalhada porque est�vamos com muita fome. A experi�ncia da nossa gera��o com a �prote��o militar� n�o chega a ser um passeio � coisa que os organizadores do Rio, cidade tradicionalmente do contra, sabem muito bem, �s vezes at� por experi�ncia pr�pria. Qualquer que seja o motivo, por�m, a Escola Naval n�o � a escolha feliz que parece ser. O tr�nsito at� l� � afetado pelos v�os do Santos Dumont � e o atraso causado pela cancela que retinha os carros na cabeceira da pista teve conseq��ncias. O jantar seria antes, o show, depois. Por causa dos avi�es, e para desespero geral, o show foi antes. Acho que � por isso que nenhum dos meus amigos, nem mesmo os que cobrem a noite, foi � Escola Naval antes. * * *Devo dizer, contudo, que eu me diverti muito. Nunca saio de casa sem uma das minhas duas c�meras digitais �- e, nessa noite, havia um prato cheio para mim (al�m do da Pizzaria Guanabara, aonde fui parar com os amigos estressados com a Lei Seca). A entrada para a tenda era um t�nel especialmente pensado para as tais fotos maravilhosas da revista �Caras�. Entre as luzes, as cores e as idiossincrasias da m�quina, acabei fazendo a minha festa particular. Rogo �s empresas que t�m algo a comemorar no Rio, contudo, que pensem carinhosamente em chamar gente da terra na hora de inventar novidade. Afinal, nem todo mundo anda com c�mera digital por a�. * * *Enfim. Essas s�o trivialidades da noite de uma cidade sitiada, bobagens sem import�ncia diante do que anda acontecendo dos port�es da Escola Naval para l�. E, antes que o amigo paulista comece a escrever indignado para o jornal, aviso: para c� de Bagd�, nem isso chega a ser muito s�rio. (O GLOBO, Segundo Caderno, 17.4.03) 17:09
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16:51
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16.4.03
  Lun�ticaHoje, a� pelas seis, no engarrafamento da Avenida Atl�ntica, falando com o Mill�r pelo celular, vi o que me pareceu ser um daqueles bal�es luminosos usados para fazer propaganda; mas havia alguma coisa estranha. N�o dava pra ver onde o bal�o estava preso. Olhei melhor e vi que era a Lua. Imensa, amarela, ainda quase colada � �gua, redonda como um tamanco. Fui descrevendo essa lua esplendorosa da Rainha Elizabeth � Figueiredo de Magalh�es, trist�ssima de ter deixado a c�mera em casa. Voltei ao assunto no Aterro, onde, mais alta, ela iluminava o P�o-de-A��car. E, depois que desliguei a conversa com o Mill�r, liguei correndo pro trabalho da Bia, pra que ela n�o deixasse de dar uma olhadinha pela janela. Agora, j� no jornal, fiquei na maior alegria quando o Marcelinho me chamou pra ver uma coisa no Digicol, nosso arquivo digital: l� estava ela, devidamente capturada pelo Marcos Trist�o! O mundo � vasto, variado e mal freq�entado mas, em termos de efeitos especiais, continua imbat�vel. 20:55
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04:10
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O que � isso, companheiros?O governo acaba de pisar feio -- muito feio! -- na bola: n�o vai condenar Cuba na Comiss�o de Direitos Humanos da ONU. As desculpas, que ficamos conhecendo atrav�s dos argentinos: Cuba � "um pequeno pa�s embargado" e, al�m disso, "estamos contra a guerra no Iraque". Pequeno pa�s embargado Cuba de fato �, mas isso n�o d� a Fidel o direito de prender e fuzilar quem n�o pensa como ele. Ao se posicionar assim, o Brasil parece esquecer a luta que aqui foi travada para que hoje tiv�ssemos plena liberdade de express�o e pud�ssemos escolher livremente os nossos governantes. Quanto a estarmos contra a guerra no Iraque, � �bvio que estamos -- mas o fato de os americanos se portarem feito selvagens n�o justifica que, de agora em diante, todos os seus inimigos possam faz�-lo tamb�m. Que papel�o o nosso, francamente. 03:48
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Terra em transeO Info etc. recebeu dezenas de msgs de usu�rios indignados do Terra, que passaram quase tr�s dias sem email. Ningu�m sabe ainda o que aconteceu; nem o Terra nem a EMC fizeram qualquer declara��o relevante, exceto aludir a uma vaga falha de hardware. Fernando Madeira, diretor-geral do Terra, por exemplo, diz que "trabalhamos ininterruptamente para assegurar, al�m do restabelecimento dos nossos sistemas, a total garantia de seguran�a, privacidade e confiabilidade dos servi�os Terra". Ficar calado dava na mesma, e insultava menos a intelig�ncia dos usu�rios. Na rede, o boato � de ataque hacker, o que � sempre uma possibilidade. O Terra nega. Assim enquanto gente, a n�vel de usu�ria, o que me deixa com a pulga atr�s da orelha � uma frase do diretor-geral, "A integridade das caixas postais foi preservada". Sabem como �, eu sou do tempo em que a gente descobria que o pau estava comendo nas for�as armadas quando algum general ia � TV dizer que as for�as armadas estavam coesas... Enquanto isso, usu�rios de banda larga est�o mandando o Terra (e outros provedores) �s favas e recorrendo � autentica��o autom�tica, gentilmente oferecida pelo excelente website da ABUSAR (Associa��o Brasileira dos Usu�rios de Acesso R�pido). Fazem muito bem. 01:36
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A viagem do ano: n�o percam, est� �timo!01:01
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15.4.03
 Estou atrasad�ssima, como sempre, mas n�o resisti a este lan�amento: por US$ 5.95 (mais postagem) voc� leva o baralho mais falado dos �ltimos tempos. 14:51
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Habemus Velox!Ent�o: ontem � tarde a Juliana voltou com um modem para instalar no lugar do router, que teve que voltar para a Telemar para a mudan�a de protocolo. O Velox passou boa parte do dia fora do ar, e esta era a mensagem que o 0800 dava, mas aqui, por algum milagre que n�o sei, voltou a funcionar. S� que a� eram quase cinco e eu fui resolver algumas coisas b�sicas com a Bia. Jantamos muito bem no Caf� Felice, onde, na mesa ao lado, um casalzinho vivia a eterna cena "gosto muito de voc� como amiga..."; depois fomos ao Zona Sul, fizemos as compras necess�rias e voltamos para casa. Agora acabei de escrever a coluna de quinta que vem, e ainda vou escolher uma foto. O Velox continua funcionando (!). Estou totalmente sem coragem de encarar a mailbox, com as msgs acumuladas. 05:47
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13.4.03
Velox: updateBom, hoje foi assim: me ligaram no come�o da tarde l� do Velox, informando que tinham checado o problema por l� e l� estava, aparentemente, tudo bem. Perguntaram ent�o se podiam vir aqui em casa para checar a ponta de c� e eventualmente trocar o modem? Eu disse que sim e fiquei esperando. E continuo sem Velox porque a Juliana, que veio checar a m�quina e a linha e � um amor de pessoa (tem gato, inclusive) me garantiu, depois de ver tudo, que o problema � no arm�rio e isso ela j� n�o consegue destrinchar. De modo que, at� segunda ordem, estou por conta do homem do arm�rio que, amanh�, dar� um jeito em tudo. Dizem. At� l�, vou � luta -- quer dizer, ao cinema, aos amigos, � farra. Afinal, hoje � domingo e eu tamb�m sou filha de Deus. Fui! 16:30
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 N�o � genial?! Achei no Dudi (que agora tem coment�rios). O autor tem um website mas, infelizmente, com a minha conex�o -- que neste momento diz 41333 mas t� com cara de 28800 -- n�o estou conseguindo ir a lugar algum. Pois �: continuo sem Velox. J� liguei, j� gastei horas naquele 0800 infeliz, e nada, nada, nada... *sigh* 05:14
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12.4.03
Fora do arMeu Velox subiu no telhado;O modem do desktop n�o t� legal;S� consigo me conectar do notebook, a 44Kbps;Bu�������!!!
21:53
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Para ler DEPOIS do pesco��oBem, eu desobedeci � Rosane Serro, que me mandou um email com este t�tulo irresist�vel. Li. Estou postando, porque acho important�ssimo come�armos a gritar: afinal, at� quando o Brasil vai ser omisso assim em rela��o a Cuba?! Que eu saiba -- espero, sinceramente, estar mal-informada -- at� agora, tudo o que o nosso chanceler Celso Amorim fez foi dizer que, abre aspas, ``A situa��o dos direitos humanos sempre nos preocupa em qualquer pa�s; as a��es mais estridentes (!) nem sempre s�o as mais eficazes", fecha aspas, que vergonha! E volto ao trabalho; depois a gente conversa. "Car�ssimos e adorados amigos:
Eu sei que � sexta-feira � noite e a grande maioria de voc�s est� fechando a edi��o de s�bado e respirando fundo pra fechar domingo. Por isso o aviso do Subject...
Esse meu email � um apelo e um convite. E como todo mundo est� correndo, vou ser breve:
Os amigos brasileiros do poeta e jornalista cubano Ra�l Rivero (grupo no qual essa missivista se inclui) est�o se mobilizando para tentar que o governo brasileiro conceda asilo pol�tico ao escritor. Um dos maiores nomes da literatura cubana contempor�nea, Ra�l foi recentemente condenado num processo rel�mpago, pela Justi�a de Cuba, a 20 anos de pris�o sob a acusa��o de trai��o.
Aos 58 anos e com problemas de sa�de, Raul defende a n�o-viol�ncia e n�o merece passar o restante de sua vida numa pris�o sem ter cometido nenhum crime -- a n�o ser o de praticar um jornalismo independente. Atualmente, ele ocupa o cargo de vice-presidente do Comit� de Liberdade de Imprensa e Informa��o da Associa��o Interamericana de Imprensa. O seu trabalho de organizar uma ag�ncia de not�cias independente com 40 jornalistas em Cuba -- apesar da proibi��o que exercesse a profiss�o -- foi premiado pela entidade Rep�rteres sem fronteiras e pela Universidade de Stanford.
Mas acima de tudo, o que eu queria dizer pra voc�s, � que esse cara, baixo, gordo, de voz rascante, igual um Vinicius caribenho e de um humor ferino � toda prova � uma das pessoas mais fascinantes que j� conheci. Em Havana, ele abria sua casa e suas cadeiras de balan�o para todo jornalista que lhe batia na porta - ou que encontrasse num "Rum das cinco" na Uneac (Uni�o dos Escritores e Artistas Cubanos), como foi o meu caso. E sempre, sempre recusou qualquer presente. Um l�pis gasto que fosse. Ainda que penasse com a falta de papel, canetas e fitas de m�quina para trabalhar.
E no Rio de Janeiro, tenho certeza, Ra�l estaria ao nosso lado no Capela, no Jobi, no Botequim, no Belmonte e onde quer que houvesse uma gargalhada, uma opini�o, um sentimento, um verso, um t�tulo, uma manchete, um golpe no peito. Porque ele � um de n�s.
Enfim, a maneira que estamos encontrando de encaminhar um pedido de asilo pol�tico ao governo brasileiro � coletando assinaturas num abaixo assinado eletr�nico que est� no site:
http://raulrivero.blogspot.com
Se voc�s quiserem participar, basta clicar no "Adicione um coment�rio" e deixar o nome e e-mail para que possamos incluir na lista. Sabemos que ser� uma articula��o de dif�cil costura mas vamos come�ar encaminhando esse documento ao novo embaixador brasileiro em Havana, Tilden Santiago.
No site, voc�s tamb�m poder�o saber mais sobre a vida de Ra�l.
� isso...
Valeu, pessoal! Obrigada por me ouvirem. Hoje (e sexta � noite l� � dia pra se pedir a aten��o de algu�m???) ou nesses dias em que as coisas andam do avesso.
Um beijo em todos,
Rosane 00:01
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11.4.03
 Sabem a foto da gatinha com o rato? Ent�o: quem fez foi a Luluka, irm� da Nel. Que tamb�m tem um blog, onde achei essa gracinha de .gif e onde acabo de ler um post emocionante sobre o que � ser enfermeira num hospital universit�rio. (O post chama-se "Desabafo"; voc�s v�o ter que rolar um pouco a tela, � um Blig e n�o vi permalinks por l�.) 20:40
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Cut&PasteAo vivo durante a aula de Lab. de Eng.Soft.
considerações da professora: "A Microsoft doou graciosamente os Visual Studio.NET para vocês utilizarem". Eu mereço.
[Agora ela está explicando a maravilha da plataforma .NET e todas as maravilhas da Microsoft, como o Application Wizard]
[Agora ela está aprendendo a usar o .NET, que é pra idiotas, mas nem tanto. ]
A professora sugeriu que usassemos o VS.NET para desenharmos a interface do nosso aplicativo web. Como a média de QI da classe é superior ao da professora, todos decidiram usar HTML mesmo pra fazer a interface (o óbvio). A graça é que tem um grupo que morre de medo dela, então estão fazendo em HTML e deixaram o VS.NET aberto pra quando ela passar achar que eles estão usando o VB. É o fim.
Outra pérola: "Porque vocês não vão conseguir fugir do padrão Microsoft". No comments.
Esse é o Departamento de Computação e Sistemas da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. ( Daqui, por aqui.) 14:49
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�GUA!Mais um texto dos coment�rios. Com a palavra, a Esther Maria Duarte Lucio Bittencourt: "Enfim estamos falando sobre o assunto, que � muito grave. O governo passado j� havia processado a Nestl� e a Perrier por este caso da Pure Life. Era a �nica argumenta��o para peg�-los. Assim como pegaram o Al Capone pelo imposto de renda. Mas quando os jornalistas locais foram entrevistar o pessoal das multinacionais, no Parque das �guas de S�o Louren�o, eles informaram que ningu�m faria nada definitivo contra eles, pois eles soltam verba para pesquisas no Brasil.
Muitas fontes secaram. �gua Magnesiana, nem pensar. Ela era oferecida para o povo todo em tornairas que d�o para a rua. Quem desejasse era levar vasilhas e tomar da �gua. Depois ficou um tempo sem �gua. E agora ela deve vir de alguma outra fonte, sem g�s. Eles poderiam, por contrato, escavar para retirar �gua at�, se n�o me engano, 30 metros de profundidade. Triplicaram o buraco. E n�o h� tempo para reposi��o das �guas pela chuva. Em breve o Parque das �guas poder� virar um deserto.
Nas cidades vizinhas estamos atentos para que estas empresas n�o consigam ganhar concess�es. Em S�o Louren�o o pessoal reclama, faz passeata, e nada adianta. Existe sempre o pol�tico e seus interesses...
Na Calif�rnia estas multinacionais perderam uma causa e foram for�adas a acabar com a explora��o predat�ria. � o que contam os que lutam pela causa da �gua por aqui. e neste precedente repousa alguma esperan�a que o povo ainda possa ter.
Eles fizeram, no ano passado, ou retrasado uma grande obra na empresa, ampliando suas instala��es, aterrando uma parte do lago do parque. Tem�amos que ganhassem a concess�o para explora��o da �gua em Caxambu e Contendas, mas parece que ainda est�o lutando por isto. Esta �, por�m, a �nica justificativa para a amplia��o das instala��es, j� que a �gua por l� est� secando.
Eles est�o fazendo acumpuntura no solo. Parece que � uma equipe da Holanda que vem e enterra no solo umas placas negras, que chamam de agulhas. Aqui no Parque das �guas de Caxambu j� existem algumas. Plantadas h� muito tempo.
Vamos continuar denunciando o que est� acontecendo aqui. � crime. Nosso subsolo est� todo vendido." Gente, eu estou ficando cada vez mais chocada com essa hist�ria das �guas. Tinha apenas uma vaga no��o do que est� acontecendo em S�o Louren�o at� receber um email do GilsonJR me chamando a aten��o para o assunto e me dando o link para a p�gina da Cidadania pelas �guas. Acho que est� havendo pouca divulga��o disso na imprensa: este � um assunto da maior seriedade, que tem que ser discutido j�, ou daqui a pouco todas as est�ncias hidrominerais ser�o lembran�a do passado. � l�gico que vou levar o caso pro jornal, mas independentemente disso, proponho que a gente tente fazer barulho aqui na rede, criando links e circulando informa��es entre os blogs. Quem sabe assim a gente consegue chamar a aten��o de algu�m que possa, efetivamente, fazer alguma coisa. 13:56
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Tava demorando... Um oficial iraquiano chama os oito s�sias do Saddam e diz: --Tenho boas e m�s not�cias. A boa not�cia � que Saddam est� vivo. Todos os s�sias comemoram. -- A m� not�cia � que ele perdeu um bra�o. 01:43
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�GUA!Este coment�rio do Andre Decourt (com uma editada b�sica minha) � da maior import�ncia: Galera, o neg�cio de S�o Louren�o � ser�ssimo. Tenho um amigo que � promotor de justi�a em MG (de Cataguazes; no momento est� quebrando um dobrado) e segundo ele, v�rias fontes -- como a Magnesiana, por exemplo -- j� secaram. O len�ol fre�tico do munic�pio se rebaixou de forma alarmante. Aos que j� foram a S�o Louren�o: lembram da fonte D. Pedro, em que v�rias vezes n�o se conseguia entrar porque era tanta �gua que inundava a fonte? Pois �, isso n�o acontece mais
O pior � que a Nestl� pega aquela �gua maravilhosa, totalmente natural, tira todos os sais minerais, os recoloca artificialmente e cormecializa a �gua com o nome de Pure Life. Para mim, o nome dela � Pure Death, pois destr�i algo que a natureza demorou milhares de anos para fazer. � uma �gua fast food. Segundo qu�micos industriais, tal �gua Pure F*ck poderia ser feita com �gua da bica que seria igual, j� que a Nestl� s� aproveita o H2O.
Ou seja: � um absurdo! Temos que ventilar essa not�cia!!! (Andre Decourt) 01:34
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Sai de baixo!Dando uma carona pro sem-blog Tom Taborda: Encantado com a eficiente a��o do Governo Bush em derrubar um cruel tirano e restabelecer a liberdade no Iraque, aproveito para indicar outras a��es imediatas, embasadas no mesmo e elevado motivo, guiado por Deus-todo-poderoso: Segundo o "Annual Report Summaries 2002", o mais recente relat�rio anual publicado pela Amnesty International, ainda falta intervir em: 47 pa�ses onde ocorreram execu��es extrajudiciais 35 pa�ses onde pessoas 'desapareceram' 111 pa�ses onde pessoas foram torturadas ou maltratadas pelas for�as de seguran�a, pol�cia ou outras autoridades do Estado 56 pa�ses onde existem prisioneiros de consci�ncia 54 pa�ses onde as pessoas foram arbitrariamente detidas ou aprisionadas, sem acusa��o ou julgamento 50 pa�ses onde pessoas foram condenadas � morte; e, em 27 deles, as senten�as foram executadas 42 pa�ses onde graves abusos contra os Direitos Humanos foram cometidos por grupos armados de oposi��o, tais como a matan�a deliberada e arbitr�ria de civis, tortura e rapto de ref�ns. �ps, s� que o problema da lista acima � que os EUA fazem parte desta mesma lista, por abusos cometidos contra os Direitos Humanos. Sobretudo depois de 11 de setembro -- na �poca do relat�rio, que plota apenas o ano de 2001, 1.200 pessoas, sobretudo estrangeiros, haviam sido detidos incomunicados; e, em novembro do mesmo ano, o Pres. Bush passou uma lei estabelecendo uma comiss�o militar especial, para julgar cidad�os n�o-americanos suspeitos de envolvimento com o "terrorismo internacional", que atropela as normas internacionais de um julgamento justo. Os EUA igualmente ignoram e desrespeitam a ONU, a Conven��o de Genebra, os acordos internacionais de Armas Qu�micas e Nucleares e os acordos internacionais do Meio Ambiente. Como j� dizia Juvenal, o romano (55 A.D. - 127 A.D.), "Quid custodiet ipsos custodes?" (Quem nos protege dos nossos 'protetores?) 01:12
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10.4.03
 Consumo: a infelicidade ao alcance de todos"A maior parte das crian�as da Febem roubou a primeira vez para consumir, instigada pela propaganda maci�a que tem a petul�ncia e a insensatez de ditar o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Os desejos destes meninos e meninas podem ser um t�nis igual ao do �dolo rap, a bolsinha da Xuxa, a sainha da Carla Perez ou a droga que ir� abrir o portal do poder. Eles pensam assim: � Besta � tu que perde tempo e sa�de trabalhando � mesmo que estejam naquela situa��o degradante de internos da Febem.� A declara��o � da psic�loga Henriette Tognetti Penha Morato, da USP, e quem me chamou a aten��o para ela foi o educador Cl�udio R�bio, o Claudinho � que, como tantos outros bons amigos de internet, nunca encontrei na �vida real�. Sempre preocupado com crian�as, sobretudo com aquelas que vivem e morrem �s margens do �sistema�, Claudinho � mestre em encontrar coisas assim, que d�o o que pensar. Essas palavras estavam, paradoxalmente, numa reportagem sobre os riscos que correm as crian�as superprotegidas, escrita por Lilian Primi e publicada pelo �Estad�o�. O n�vel de infelicidade gerado pela sociedade de consumo nunca deixa de me assustar. Houve um tempo em que as crian�as usavam sapatos � melhores ou piores, conforme a sua situa��o social, mas essencialmente iguais: eram apenas cal�ados. Hoje s�o Nikes, Adidas e Reeboks, e um menino mata outro menino por um par de t�nis. N�o porque n�o tenha o que cal�ar, mas porque n�o tem o t�nis que a publicidade diz que � bacana, o t�nis que � fundamental para que seja reconhecido pelo seu c�rculo social. O pior � que, em seus sonhos malogrados de consumo, as crian�as da Febem n�o s�o a exce��o, mas a regra: o que as separa das crian�as da classe m�dia � que n�o t�m a quem infernizar em casa, pedindo mais um bon�, mais uma Barbie, mais uma camiseta. Mesmo os adultos mais atentos e mais cr�ticos, que reagem contra o consumo �bvio das etiquetas do lado de fora, acabam, por exemplo, bebendo uma vodka em vez da outra, s� porque a imagem que uma conseguiu criar combina melhor com o seu jeito de ser, ou com o que gostariam que fosse o seu jeito de ser � e essa �mensagem� est� l�, no fundo da cabe�a, na hora de comprar. N�o importa que n�o se consiga diferenciar uma da outra sem os r�tulos, ou mesmo que nem se beba; uma � cool , a outra n�o �. A partir da�, vamos inventar mil raz�es para justificar a escolha que n�o fizemos. Perversamente, as imagens do consumo nunca funcionam no positivo, isto �, quem bebe a vodka (ou usa o t�nis, ou fuma o cigarro) n�o se sente particularmente feliz por causa disso; mas quem vai ao shopping e n�o pode levar o que � cool sente-se inferior ou, no m�nimo, inadequado � e volta para casa com uma frustra��o pr�-fabricada, uma sensa��o ruim que a cada dia faz mais e mais v�timas. At� porque n�o h� limites para essa infelicidade. H� sempre um novo objeto a ser cobi�ado, um novo patamar de desperd�cio a alcan�ar, at� se chegar aos 3.500 pares de sapatos da Imelda Marcos ou �s torneiras de ouro de Saddam Hussein, � sua maneira crian�as da Febem, desmascaradas pelas crian�as da classe m�dia l� de cima, que tudo podem. * * *Eu estava escrevendo esta coluna quando recebi o e-mail de uma amiga: �Era s� o que faltava!!!! Um imbecil est� anunciando gatos pretos para fins de magia negra na Semana Santa!!! Tem pessoas desesperadas dando lances para tentar salvar os gatos... Onde iremos parar, meu Deus???� Meu cora��o gelou. Coitados dos gatinhos pretos! Antes mesmo de conseguir carregar a p�gina do Mercado Livre, mil coisas me passaram voando pela cabe�a. Que �rg�o poderia receber uma den�ncia contra o vendedor? Com quem se poderia falar no Mercado Livre para impedir essa barbaridade? Que editoria aqui no jornal poderia fazer uma reportagem a respeito do assunto, antes que os bichinhos fossem arrematados? Quanto eu teria no banco? Socorro!!! Finalmente, cheguei � p�gina macabra, onde fui recebida por letras garrafais: �Resposta para todos: os gatos pretos s�o �dolos esculpidos de tamanho pequeno, para servir como santinho... N�o � gato de verdade, � est�tua... S� tem este t�tulo para chamar a aten��o... Muito obrigado pela visita, j� sei como chamar a aten��o de todos: � s� colocar um t�tulo bom como este! Estat�stica at� o presente momento: 213 visitas em pouco tempo.� Ufa. (O Globo, Segundo Caderno, 10.5.2003)Update: Para os leitores habituais do blog, este texto � muito familiar: ele nasceu aqui, e depois foi para o jornal, com modifica��es. Quanto � quest�o dos gatinhos, conforme est� se vendo agora (leiam os coment�rios do post) parece que � mais s�ria. Aparentemente o canalha estava de fato vendendo gatinhos pretos, e inventou que eram est�tuas quando viu a repercuss�o do an�ncio. � caso de pol�cia. Felizmente, a turma que defende animais em SP se mobilizou e est� apurando os fatos. 16:33
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 Esta � a N�ga, gatinha da Nel, flagrada no momento em que levava para casa a primeira refei��o s�lida dos seus filhotes. 16:22
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Cuidando da nossa �guaA comunidade de S�o Louren�o, de onde vem a �gua hom�nima, est� processando a Nestl� por explorar, de forma predat�ria, as �guas locais. Um detalhe que me chamou a aten��o: segundo a ONG Cidadania pelas �guas, que est� � frente do movimento, cerca de dois ter�os das reservas de �gua pot�vel de mesa do planeta (algo diferente de "�gua mineral", mas a gente em geral n�o sabe) j� est�o em m�os da sui�a Nestl�, sob diferentes nomes fantasia. 16:14
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Enquanto isso, em Cuba... O camarada Fidel se aproveita do barulho no Iraque para condenar 75 intelectuais em julgamentos sum�rios. Segundo a BBC, eles foram presos de mar�o para c�: s�o poetas, jornalistas, m�dicos, at� economistas. As penas dos que j� foram julgados chegam a 28 anos de pris�o. O chanceler cubano alega que todos fazem parte de um compl� dos Estados Unidos para desestabilizar o governo. � uma desculpa muito conveniente num momento em que o mundo inteiro est� por aqui com os EUA, e pode at� ser verdade -- mas n�o � assim que a banda toca. Ou, pelo menos, n�o deveria ser. Nada justifica um julgamento sum�rio, em corte fechada. Nada justifica a pris�o de uma pessoa apenas porque calha de ter opini�es diferentes daquelas que o Comandante gostaria que tivesse. Aqui no Brasil temos o h�bito de olhar Fidel, que � inegavelmente carism�tico, com admira��o e carinho. Por acaso, ele est� do lado "certo", lutando contra os EUA -- e, al�m de tudo, aqueles cubanos de Miami s�o, de fato, uma gente de quinta. Por causa disso nos iludimos, achando que ele � uma esp�cie de ditador "bonzinho". Mas, putz! quando � que vamos abrir os olhos?! N�o h� ditadores "bonzinhos". 02:12
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They shoot horses, don't they?"A muni��o explodiu entre a equipe da ag�ncia de not�cias Reuters e atingiu o cinegrafista ucraniano Taras Protsyuk, o brit�nico Paul Pasquale e dois outros jornalistas, incluindo a rep�rter libanesa-palestina Samia Nakhoul, al�m de Jos� Couso, do canal espanhol Telecinco.
Os americanos se justificam com o que todas as evid�ncias provam ser uma clara mentira. O general Bufford Blount, da 3� Divis�o de Infantaria, afirmou que seus ve�culos estavam sob fogo de franco-atiradores instalados no hotel Palestine.
O testemunho do general n�o � verdadeiro. Eu estava passando por uma rua entre os tanques e o hotel no momento em que ele foi atingido -- e n�o havia nenhum tiroteio."(Robert Fisk, no The Independent) 01:02
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"I can't think of anything scarier than a world in which the most fiercely armed nation in history has convinced itself that war is easy, cheap, and fun." (John Perry Barlow, em circular aos amigos) 00:26
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9.4.03
19:46
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V�rusEstou precisando instalar um Norton -- em mim. Uma gripe chat�ssima me pegou... :-( 18:17
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O tempora!A gente tenta n�o falar nisso, tenta deixar pra l� e fazer de conta que n�o � com a gente, tenta, tenta, mas n�o d�. Agora deram para matar jornalista deliberadamente e para bombardear zonas residenciais s� porque o homem pode estar jantando por l�. Enlouqueceram de vez, e o pior � que a gente enlouquece junto. Hoje, voltando para casa do jornal, tarde da noite, passei pela Lagoa quase deserta e, de repente, a calma dessa paisagem noturna que eu amo me perturbou. Me lembrei, num sobressalto, da nossa famosa �ndole pac�fica e de uns artigos e not�cias que andei lendo a respeito do estado prec�rio das nossas For�as Armadas, e pensei, "C�us, o Lula tem que fazer alguma coisa! Temos de comprar mais avi�es!" Ent�o eu pergunto: pode, isso?! E pergunto outra coisa: se eu, que sou total e completamente contra a guerra, qualquer guerra, j� estou aqui me preocupando se estamos ou n�o armados pro caso desses biltres nos atacarem, o que n�o estar�o pensando os militares, e que corrida armamentista n�o se est� armando (com ou sem trocadilho) pelo mundo inteiro?! Que tempos, meu Deus, que tempos. 02:02
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8.4.03
22:13
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(Achei aqui; foi -- �tima! -- dica da Fal.)20:53
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ForumN�o se espantem com o sumi�o do link pro Forum; ele saiu do ar mesmo. O Forum foi criado como alternativa aos coment�rios quando o YACCS deu um piti, mas precisaria de mais tempo meu e maior dedica��o -- coisas muito dif�ceis no momento, entre o caderno, as duas colunas e os v�rios frilas, mais aquele meu h�bito antigo chamado vida pessoal... � turminha animada que ainda andava por l�, muito obrigada pela for�a, e desculpem qualquer coisa. 19:12
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15:56
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7.4.03
   Comida de avi�oConfesso: eu amo comida de avi�o. E n�o estou sozinha: o Luis Fernando Ver�ssimo, que � gourmet de carteirinha, tamb�m gosta muito. Agora, a Barbara Locke acaba de encontrar um site totalmente dedicado ao assunto, com contribui��es de uma quantidade de gente espalhada pelo mundo. Muito legal! 22:50
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 Chico na Livraria da TravessaRelembrando os 30 anos da morte de Pablo Picasso, em 8 de abril de 1973, Chico Caruso lan�a nesta ter�a-feira, dia 8 de abril, a partir das 20hs, na Livraria da Travessa, "Pablo Mon Amour". O livro conta a hist�ria atrav�s de 26 desenhos, cujos t�tulos formam um poema. A Livraria da Travessa fica na Rua Visconde de Piraj� 572, em Ipanema. O telefone � 3205-9002. 20:02
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OOPS!Mais um caso de pl�gio: The Agonist, quem diria, tira a metade do seu material daqui. 17:19
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Ele sabe das coisas... "Gosto de gatos. S�o silenciosos e s�bios. Gostam de m�sica cl�ssica, detestam barulho. S�o pensativos, sinceros, n�o bajulam o dono e nem ningu�m. J� tive muitos. Quando trabalho de madrugada, gosto que fiquem comigo. Eles sobem na minha mesa e ficam quietinhos, enquanto escrevo." Manoel Carlos, ao Globo (Jornal da Fam�lia). 17:03
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  Boas novidades no mercado das imagensSempre que publico fotos da Fam�lia Gato encontro, entre os emails contentes de donos de gatos semelhantes ou, simplesmente, apreciadores de animais, reclama��es de leitores que n�o gostam do espa�o dedicado aos bichinhos. Caderno de inform�tica, insistem eles, � para divulgar tecnologia. Eu concordo discordando: afinal, s� consigo fazer fotos como essas do Mosca gra�as � fotografia digital, que me permite tirar quantas fotos sejam necess�rias para o flagrante de um bocejo. * * *Claro que n�o seria imposs�vel fazer isso com uma c�mera comum, usando filme; mas seria muito, muito mais caro. Como pode atestar qualquer pai que tem uma c�mera digital, a conseq��ncia imediata desta s�bita liberdade financeira significa mais fotos � e mais fotos, por sua vez, significam melhores fotos, at� porque, com o tempo, a gente vai se aperfei�oando. Na semana passada, a Kodak do Brasil anunciou a chegada oficial da Digital DCS Pro 14n, c�mera lan�ada durante a �ltima Photokina, mas que levou um tempo a dar as caras no mercado, mantendo todos os fot�grafos digitais em suspense com suas imagens de at� 13,9 megapixels. Ela usa as lentes Nikon F que a maioria dos profissionais j� t�m, gra�as a um sensor com o mesmo tamanho de um quadro de filme 35 mm. Com exce��o da Canon EOS-1Ds, todas as outras digitais t�m sensores menores, que exigem convers�o da dist�ncia focal. N�o � s� a resolu��o da DCS Pro 14n que est� deixando todo mundo interessado, mas tamb�m o pre�o, de US$ 5 mil nos EUA (US$ 7 mil aqui), bem inferior aos US$ 8 mil (l�) da concorr�ncia imediata. Parece muito, e ainda �, mas para quem acompanhou a evolu��o da esp�cie, que nasceu em torno dos US$ 25 mil, est� come�ando a ficar palat�vel. Curiosidade: uma foto feita pela DCS Pro 14n vai a 15Mb, grav�veis simultaneamente em microdrives IBM ou cart�es compact flash, e nos novos cart�ezinhos MMC/SD, em formato RAW ou ERI-JPEG � uma tecnologia propriet�ria da Kodak que pode ser lida atrav�s do seu pr�prio software (dispon�vel para download gratuito na internet) ou do Photoshop, da Adobe. H� mais informa��es sobre esta maravilha no seu website, onde recomendo a todos ver as amostras de fotos, simplesmente deslumbrantes, e na p�gina da Kodak BR, mais modesta e com menos detalhes, mas, em compensa��o, j� traduzida para portugu�s. � claro que esta � uma c�mera superdimensionada para quem quer apenas fazer boas fotos das crian�as ou dos gatos, mas cada vez que algo assim aparece, o mercado todo d� uma chacoalhada geral para baixo. J� houve tempo em que as m�quinas de 5 megapixels, que hoje custam menos de mil d�lares (sempre l�) e s�o classificadas como amadoras (ainda que s�rias) eram o que havia de mais sofisticado no planeta. * * *Outro an�ncio interessante foi feito pela D-Link, que comunicou ao distinto p�blico a disponibilidade, no Brasil, de um dos astros da cobertura do ataque ao Iraque: o videofone DVC-1000. Este tem um precinho mais camarada, apenas US$ 850, at� razo�vel se a gente levar em considera��o que este n�o � um lan�amento voltado ao usu�rio dom�stico, mas sim �s empresas, que podem evitar o vaiv�m de seus executivos nesses tempos explosivos atrav�s de videoconfer�ncias. O i2eye (seu nome fantasia) � compacto, pesa menos de 400 gramas, vem com controle remoto e pode ser conectado diretamente a uma televis�o, sem necessidade de passar por computadores. Apesar disso, aten��o: ele n�o dispensa uma conex�o banda larga. (O Globo, Info etc., 7.4.2003)16:32
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04:36
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Bom dia!Cris Carriconde, nos coment�rios: "Voltei para lembrar que hoje � o dia do jornalista. Que fique uma homenagem para os guerreiros que est�o l� no olho do furac�o e aos que transmitem as informa��es para o resto do mundo!" 02:58
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(8{> - CartilhaRoubei do Matusca, obviamente: N�o tem jeito. Um desastre ambiental de propor��es terr�veis atinge o Rio de Janeiro. Qual � a primeira provid�ncia da nossa governadora? Atacar o governo de Minas Gerais. � a cartilha dos garotinhos mimados: Primeiro esperneie. Depois saia acusando um coleguinha. S� mais tarde, emburrado, tente entender o que aconteceu e se �os mais velhos� podem resolver. S� falta um cascudo.
Ainda bem que a Igreja, sempre atenta, j� tomou provid�ncias. Liberou o consumo de carne vermelha na Semana Santa. Parece, que por enquanto, �gua tamb�m pode.
Ah! A tal empresa Guataguazes continua funcionando 02:44
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6.4.03
 Bionic�o, um leitores do Mario AV, escreveu o seguinte: "Pelo menos essa guerra (....) est� fazendo a gente olhar mais e aprender mais sobre a cultura do outro. Nunca se falou tanto da cultura �rabe como agora e estamos vendo o quanto ela � bela."
Pois. 23:50
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!!!Acabo de ver uma reportagem simplesmente chocante. John Simpson, editor internacional da BBC, por pouco n�o foi morto na tarde de hoje, no Iraque -- mais uma quase-v�tima do "fogo amigo" americano que, dessa vez, levou a vida de pelo menos 10 soldados curdos e americanos, deixando incont�veis feridos. Entre os mortos, Kamaran Abdurazaq Muhamed, o tradutor da sua equipe. Ele tinha 25 anos, e aceitou o convite de Simpson para trabalhar no ataque pela adrenalina. Simpson contou que o oficial que dirigia as tropas que acompanhava pediu que algu�m desse um jeito num tanque iraquiano que estava atirando na sua dire��o. Logo depois apareceram dois avi�es, voando baixo. Em vez de ir contra o tanque, o piloto foi contra as tropas. Simpson, que ficou ferido, diz que chegou a ver a bomba, pintada de vermelho e branco, caindo de um dos avi�es. As cenas s�o impressionantes, capturadas atrav�s da lente suja de sangue. 20:07
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Infelicidade a bom mercado"A maior parte das crian�as da Febem roubou a primeira vez para consumir, instigada pela propaganda maci�a que tem a petul�ncia e a insensatez de ditar o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Os desejos destes meninos e meninas podem ser um t�nis igual ao do �dolo rap, a bolsinha da Xuxa, a saiinha da Carla Perez ou a droga que ir� abrir o portal do poder. Eles pensam assim: -- Besta � quem perde tempo e sa�de trabalhando --, mesmo que estejam naquela situa��o degradante de internos da Febem." Henriette Tognetti Penha Morato, do Instituto de Psicologia da USP O Claudinho me mandou este texto ontem. O n�vel de infelicidade gerado pela sociedade de consumo sempre me assusta, inclusive porque n�o vejo como vamos sair disso algum dia. Houve um tempo em que as crian�as usavam sapatos -- melhores ou piores, conforme a sua situa��o social, mas essencialmente iguais. Eram apenas cal�ados. Hoje s�o Nikes, Adidas, sei-l�-o-qu�s. Um menino mata outro menino por um par de t�nis. N�o porque n�o tenha o que cal�ar, mas porque n�o tem o t�nis que a publicidade diz que � bacana. Mesmo as pessoas mais atentas e mais cr�ticas se deixam seduzir e acabam bebendo Absolut em vez de Smirnoff, digamos, porque a imagem que a Absolut conseguiu criar combina mais com o seu jeito de ser -- e essa "mensagem" est� l�, no fundo da cabe�a, na hora de escolher. N�o importa que n�o se consiga diferenciar uma da outra sem os r�tulos ou mesmo que nem se beba; a Absolut, como sabemos todos que conhecemos sua espetacular campanha, � cool, e estamos conversados. O pior � que essas imagens nunca funcionam no positivo, isto �, quem est� bebendo Absolut, ou usando Nike, ou fumando Camel, n�o se sente particularmente feliz por causa disso; mas quem vai ao shopping e n�o consegue levar o que � cool, ou quase cool, sente-se inferior ou, no m�nimo, inadequado -- e volta para casa com uma frustra��o pr�-fabricada, uma sensa��o ruim que, num mundo mais justo, n�o estaria l�. N�o me perguntem como a gente sai dessa, porque, como j� disse, n�o sei. Ainda agora, procurando um nome de vodka para contrapor � Absolut, ca� no site da Stolichnaya e fiquei deslumbrada -- e olhem que eu n�o bebo. 16:23
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A mesma coisa, mas diferenteA tarde de s�bado na Livraria da Travessa virou uma grande social. Ontem encontramos um monte de amigos. Um voltou de viagem e est� impressionad�ssimo com o anti-americanismo que encontrou por toda a parte. Na Sui�a, por exemplo, foi jantar com um amigo ingl�s. Estavam voltando para o hotel a p�, conversando em ingl�s, quando, ao passarem por um grupo de estudantes, um deles gritou: "Fuck Bush!". Meu amigo ainda pensou em ir nos estudantes e dizer: "Olha, nada a ver! Eu sou brasileiro e ele � ingl�s!" mas a� pensou: "Oops, ele � ingl�s... vai dar na mesma, eles v�o gritar Fuck Blair!" Mas, estranhamente, n�o d� na mesma. Ningu�m est� feliz com a Inglaterra, a Inglaterra est� na mesma guerra mas, curiosamente, a bronca n�o � com a Inglaterra. H� uma s�rie de fatores contribuindo para isso, o primeiro sendo, indubitavelmente, o fato que a Inglaterra deixou de ser um imp�rio h� tempos. Ningu�m tem medo que, amanh�, por exemplo, d� uma louca na Inglaterra e ela venha a invadir a Amaz�nia; j� dos Estados Unidos sob a atual administra��o tudo se pode esperar. Os outros fatores apenas imagino, mas pode ser que para a imagem menos negativa da Inglaterra esteja contribuindo, em boa parte, a sua imprensa, que em nenhum momento se deixou amorda�ar. Pelo contr�rio -- os melhores artigos sobre o ataque t�m sido publicados nos jornais brit�nicos, e a BBC vem dando um show de boa cobertura na televis�o. E, claro, comparado a Bush, Tony Blair � um estadista da pesada. 04:18
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5.4.03
05:27
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  Valeu, Knuttz, adorei essa dica... :-))) 03:43
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4.4.03
21:44
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 "A guerra � um massacre entre pessoas que n�o se conhecem para o benef�cio de pessoas que se conhecem, mas n�o se massacram." (Paul Val�ry)20:38
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O "x" do problemaLawrence Lessig, numa pequena entrevista a Andr� Machado que estamos dando no Info etc. na segunda-feira: "A coisa mais importante � que as pessoas entendam como a arquitetura da internet controla sua liberdade. Se elas n�o compreendem de onde a liberdade est� sendo retirada, n�o ter�o nada contra o que lutar." Matou a pau. � por isso que � importante saber o que � a internet, como funciona, por onde passa. N�o adianta dizer, como tantos dizem, que "N�o entendo nada dessas coisas, detesto tecnologia, uso a rede como um motorista usa um carro" -- at� porque esta analogia est� errada. No caso, � melhor dizer "Uso a rede como quem anda de �nibus" -- com todas as implica��es nisso contidas. 20:02
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Cat v� a CNNS�o 5:49am no Rio, 12:49am em Bagd�. Est� passando ao vivo na CNN a epop�ia de um soldado iraquiano ferido h� mais de 6 horas entre duas pistas da autoestrada de acesso ao aeroporto internacional Saddam em Bagd�. Um dos rep�rteres "embedded" da CNN, com habilidade m�dica, est� tratando do ferido, com a prote��o de dois militares americanos. Detalhes tocantes de bolsinhas de soro, ataduras ensang�entadas e luvas cir�rgicas. � um salvamento emocionante. Como s�o caridosos e humanos os americanos. � uma cena de cortar o cora��o, ver a compaix�o desse ex�rcito t�o bondoso.
O soldado, que tem uma cruz dourada no uniforme, indicando que n�o � pouca bosta, gesticula loucamente, como se estivesse doendo pacaralho a interven��o do rep�rter doutor. Ele se debate. No instante seguinte, o cameraman muda o enquadramento para mostrar s� os militares que cercam o ferido, mas n�o mais seus bra�os nem nenhuma parte de seu corpo.
Passa um tempinho e a maca j� est� pronta, e v�o pegar a v�tima para levar para local mais seguro. Agora j� s�o uns 8 milicos em volta do carinha. Tudo transmitido ao vivo pelo videophone, com direito a narra��o minuciosa de todos os movimentos. Pronto, j� botaram o sujeito dentro de um ve�culo m�dico.
Agora sim, est� tudo ok, o homem est� salvo. A cobertura deve ter servido, pelo menos um pouco, para comprovar que o ex�rcito americano � composto de seres benfazejos e movidos apenas pelas inten��es mais puras. E a CNN ent�o nem se fala. Um primor de cobertura, ainda mais com um rep�rter que � her�i. Desculpem, tenho que parar pois as l�grimas me turvam a vista. (Carlos Alberto Teixeira) 18:02
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Ali�s:Se voc�s s� tivessem um dia a mais para viver, fariam o qu�? (Adianto que eu, possivelmente, perderia o dia tentando chegar a uma conclus�o sobre o que fazer...) 14:27
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14:10
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 Otimismo. Contagiante.Ontem � noite, ouvindo o Jornal Nacional enquanto editava o caderno da guerra, o Marcelinho chegou � conclus�o de que est� na hora de fazermos, cada um, o que sempre tivemos vontade -- como naquela eterna quest�o, "Se voc� s� tivesse um dia a mais de vida, o que faria?". Depois deste ataque ao Iraque, ningu�m mais vai estar seguro em lugar nenhum no mundo. Se sobrar algu�m da confus�o toda, pode morrer dessa pneumonia asi�tica letal que grassa por a�. Aqui no Rio, um pobre estado sem governo, as coisas est�o cada vez piores. Mas nem adianta a gente se trancar em casa, porque as frutas e vegetais vir�o envenenados da feira... Como escreveu e desenhou o Art Spiegelman em In The shadow of no towers (que vem sendo publicado em cap�tulos na London Review of Books), pra que deixar de fumar? � poss�vel que o cigarro nem tenha tempo de acabar com a gente. Update: Que cabe�a, a minha: esqueci da conjuntivite. 04:27
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3.4.03
Clique aqui......e teste a velocidade da sua conex�o. Cortesia da McAfee. 18:48
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Acompanho, pela RTP, a cobertura da Guerra do Iraque, desde a primeira hora. Emocionante. Melhor cobertura internacional, seja no alcance, na atualidade ou na an�lise. Entusiasmado, passei a ver os outros programas da RTP. E, como carioca (natural do Rio) tamb�m fiquei encantado com as raparigas que atuam nos outros programas. D�-me a impress�o de que voc�s s� contratam "garotas de Ipanema". Mill�r Fernandes 16:32
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"To prevent terrorism by dropping bombs on Iraq is such an obvious idea that I can't think why no one has thought of it before. It's so simple. If only the UK had done something similar in Northern Ireland, we wouldn't be in the mess we are in today. Continua." (Terry Jones, The Observer)
16:29
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16:03
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Janj�o me mandou, recebeu da Alemanha inda agorinha; tem que dar um tempo pra ver. 04:21
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 Por que odeio a guerra e outras considera��es Ta� uma coisa que nenhum b�pede dotado de um m�nimo de sensibilidade precisaria explicar: por que odeia a guerra. J� li muitos artigos e alguns tratados tentando justificar a guerra � n�o necessariamente esta, mas qualquer guerra; n�o necessariamente neste s�culo, mas em �pocas em que ainda se consideravam �her�icos� os feitos do campo de batalha. N�o adianta. Nada me convence. N�o h� argumento que, na minha cabe�a, justifique um monte de desconhecidos se matando uns aos outros, apenas porque algu�m, que provavelmente vai ficar bem a salvo da matan�a geral, assim o decidiu. Para mim, a guerra � qualquer guerra � ser� sempre a prova mais completa de que falhamos por completo como os animais superiores que pretendemos ser, e que �civiliza��o� n�o passa de um conceito muito bonito, mas cada vez mais distante das nossas vidas. Al�m das grandes raz�es �bvias, h� uma outra raz�o pela qual odeio a guerra � seja a guerra declarada do Iraque, seja a nossa guerra carioca n�o declarada de todos os dias, que dona Ros�ngela parece achar um fato perfeitamente normal. � que, a partir do momento em que uma guerra � anunciada, ou come�a a tomar forma, o nosso pensamento � seq�estrado. O meu, pelo menos, est� preso �s orgias de viol�ncia, triste, de asa cortada. Ando num estado de preocupa��o permanente, quase incapaz de me afastar dos notici�rios e do computador, onde, em vez de percorrer os blogs amigos e brincar com os Sims ou o xadrez, fico compulsivamente procurando mais informa��es. Praticamente deixei de assistir a v�deos e DVDs e a pilha de livros ao lado da cama est� intocada; a seu lado, cresce a pilha de recortes, cadernos especiais, prints de artigos estrangeiros e coment�rios da web. Troco id�ias com os amigos, e percebo que o desconforto n�o � paran�ia minha, mas sensa��o geral. � como se as nossas vidas estivessem em suspenso, acontecendo numa esp�cie de realidade paralela, em que tudo remete � guerra. Tudo passa a ser secund�rio e adi�vel diante deste horror cont�nuo, diante do choque e do pavor, diante das implica��es futuras que cada palavra imbecil pronunciada em Washington (ou no Rio) pode vir a ter. Um trocou as sauda��es de h�bito do e-mail por �O mundo vai acabar�; outra deixa um coment�rio, manda um beijo e acrescenta: �Sabe que me sinto t�o desconfort�vel, que assinar com beijos parece rid�culo.� Este � o problema. Tudo parece rid�culo diante da guerra. As nossas afli��es cotidianas se tornam rid�culas, as nossas preocupa��es corriqueiras se tornam rid�culas, mesmo as nossas piores afli��es se tornam rid�culas. Um dos meus gatinhos favoritos morreu h� tr�s semanas. Sinto falta dele todos os dias, era o meu companheiro de trabalho, sempre em cima da escrivaninha disputando espa�o com o mouse e o teclado; mas l� no fundo me censuro por sofrer essa perda, porque, enfim, ela tamb�m me parece rid�cula diante de uma guerra. Subitamente, tudo o que faz a nossa humanidade, os nossos sentimentos e as nossas delicadezas passa a ser rid�culo. Como mandar um abra�o? Como se despedir com um beijo? Como chorar um gatinho? * * *Meu av� lutou durante a Primeira Guerra e contava hist�rias das trincheiras. Uma vez seu regimento passou meses num ponto qualquer do mapa onde nada acontecia � eles do ex�rcito austro-h�ngaro de um lado, os inimigos russos do outro. N�o lembro dos detalhes, se acabou muni��o ou se houve um claro nos planos de batalha, mas o fato � que, com a espera, ficaram amigos. Os soldados dos dois lados sa�am das respectivas trincheiras, se encontravam na terra de ningu�m � que eu, quando crian�a, achava sempre algo extraordin�rio, assombroso: terra de ningu�m � bebiam, comemoravam juntos a chegada de not�cias de casa. Um dia, inesperadamente, ouviu-se um intenso tiroteio no lado dos russos. Os do meu av�, surpresos, recolheram-se � sua trincheira e pensavam no que fazer quando apareceu um dos russos: � Imaginem que mandaram para c� uns caras novos, que queriam fazer guerra contra voc�s...! Mas j� est� tudo bem, demos um jeito neles. * * *Minha filha, que mora na Lagoa e trabalha na Barra, anda apavorada e carrega uma �bolsa cenogr�fica� com algumas coisas bobas dentro para entregar para os assaltantes; a bolsa de verdade fica no porta-malas. Isso porque � uma mo�a otimista, que acha que n�o v�o levar o carro. Meu filho mora nos Estados Unidos e est� desesperado. Dia desses escreveu: �Ontem � noite eu estava assistindo � cobertura dos ataques. Eles mostravam uma c�mera congelada na paisagem noturna de Bagd�. Volta e meia passava um carro, um �nibus ou uma pessoa qualquer. Do meio do nada desandei a chorar e n�o conseguia parar. S� pensando nas in�meras fam�lias, parecidas com a minha, duas criancinhas dormindo, mulher gr�vida, etc. Alheios a tudo o que est� acontecendo at� que um Tomahawk lhes ca�a na cabe�a. Um pouco depois mostraram um batalh�o daqui de Michigan pronto pra embarcar. Os soldados ainda cheios de espinhas na cara, 18, 19 anos. Gente que foi t�o manipulada pelos Rumsfelds da vida quantos os iraquianos pelo Saddam. Fiquei pensando nos pais de alguns desses que v�o ter que receber o que restou dos filhos numa bolsa pl�stica. Mais choro. Horr�vel pra todo mundo.� * * *Apesar de tudo, a praia continua. Linda. (O Globo, Segundo Caderno, 3.4.2003) 04:06
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2.4.03
Pessoal, esta emerg�ncia � s�ria: a Gl�ria adotou um gatinho que um guarda municipal quase matou. O bichinho est� bem agora, mas levado ao veterin�rio para avalia��o, descobriu-se que � portador do v�rus da FeLV, a leucemia felina. Essa doen�a n�o � imediatamente mortal, e o animal pode viver com o v�rus durante muitos anos. Mas � transmiss�vel para outros gatos, e por isso ela n�o vai poder ficar com ele. O gatinho ser� despejado da cl�nica amanh�, j� que pode contaminar os outros gatos que est�o l�. Ele � bonito, gentil e carinhoso: ser� que algu�m sem gatos n�o se disporia a adot�-lo? 21:10
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Macabro, mas necess�rioO general Tommy Franks diz que n�o � papel das tropas ficar contando os iraquianos mortos; n�o seja por isso. Este site conta. 05:24
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Ca�...Na minha mailbox, uma mensagem chocante: a IBM estaria vendendo o Lotus Notes para a Microsoft. Quem n�o conhece o Notes, n�o faz id�ia do impacto desta not�cia; a compra pela IBM j� havia sido suficientemente traum�tica, mas pela Microsoft...?! Bom, os detalhes est�o aqui. 05:12
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04:56
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Fa�a amor... & guerra?!Um dos leitores do blog me mandou um link incr�vel: um site de sexo acaba de criar duas divis�es, dirigidas respectivamente ao pessoal pr� e anti guerra. A julgar pela explica��o do site, isso n�o � um golpe promocional, mas uma forma de evitar dissabores -- aparentemente, os desaforos de parte a parte estavam estragando a divers�o. A coisa fica, portanto, dividida assim: os usu�rios, identificados pelo IP e por cookies, ser�o encaminhados � vers�o U (EUA, Reino Unido, Austr�lia e Pol�nia) ou F (Canad�, M�xico, Fran�a, Alemanha e assim por diante). Na vers�o U, n�o entrar�o mais contribui��es francesas, e ser�o inclu�dos temas de apoio �s tropas inglesas e americanas no Iraque; na vers�o F ser�o recusadas colabora��es do Texas, e quaisquer imagens de car�ter b�lico. Nesta, ser�o inclu�dos temas de apoio � paz. Olha, gente, agora eu acredito no Janj�o: o mundo vai acabar. 04:14
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 Ridendo castigat moresUma prova de como esta guerra est� perturbando todo mundo � que, at� agora, ainda n�o apareceram as piadinhas de costume. Cairiam muito mal e acho que, instintivamente, mesmo a turma da pesada sente isso. A vingan�a da web vem em forma de cartuns, de muitas montagens ofensivas aos animais e photoshopadas como os iraquianos disfar�ados do post abaixo. Tudo relativamente light e sem refer�ncias diretas ao horror. Ainda bem. Em tempo: se os macacos tivessem um org�o de classe, a essa altura j� estariam protestando e processando algu�m. Eu estaria fechando com eles. Mesmo assim, n�o d� para n�o admirar a paci�ncia do camarada que fez esta montagem: as express�es s�o realmente iguais. 03:24
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 Veio pela internet, com um t�tulo sugestivo: The Western View. 02:43
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1.4.03
 O Paulo Afonso A. Teixeira, fot�grafo digital em�rito e amigo virtual deste blog, acaba de me mandar este lindo presente -- o Leblon em dois tempos: "Duas fotos, no mesmo espa�o, em tempos diferentes. Uma delas, de Augusto Malta, feita em 18 de agosto de 1934, mostra um Leblon de muitas casas, vegeta��o na praia. A outra, atual, mostra o que conhecemos. Do Hotel Leblon, s� restou a fachada, encoberta por uma amendoeira. Da Maternidade Dr. Bel�m, nem isso." Em tempo: o Paulo Afonso tem um �timo site sobre o Rio, o Alma Carioca. 18:52
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Como � que eu vivia antes do suco de p�ssego light?!16:14
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�timo mapaVeja onde est�o os jornalistas no Iraque neste excelente mapinha da Poynter Online -- que, ali�s, sempre tem bons links pra gente explorar. 14:02
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Enquanto isso, no Iraque... A BBC acaba de informar que mais 11 civis foram mortos num ataque a�reo das for�as de coaliz�o. Vamos ver, daqui a pouco, o que eles fizeram de errado: mania desses iraquianos de ficar se enfiando debaixo de bomba, s�. 13:29
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 It was just found that President Bush has two well differentiated brain hemispheres. The left one has nothing right and the right one has nothing left.Outra contribui��o do Janj�o ao nosso esfor�o de guerra. 13:13
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 Camerata Quantz Hoje, no IBAMHoje, �s 21 horas, no IBAM, concerto da Camerata Quantz, composta por Alexandre Bittencourt, Claudio Frydman & Laura R�nai, flautas, Caio Benevolo, cello e Jo�o Rival, cravo -- a galera da foto acima (a Laura, como voc�s sabem, � minha irm�). No programa, obras de Boismortier, Telemann, Haydn, Domenico Scarlatti e, �a va sans dire, Quantz. E um detalhe legal: � gr�tis! A Camerata nasceu no ano passado, a partir de saraus realizados por alunos, ex-alunos e professores da UNI-RIO. No come�o, a id�ia b�sica da turma era apenas se divertir, explorarando o repert�rio de c�mara do s�culo XVIII; com o tempo, passaram a se encontrar com regularidade e acabaram formando o conjunto, que � o embri�o do n�cleo de m�sica antiga da UNI-RIO. Desde a sua cria��o, a Camerata Quantz j� se apresentou na Sala Alberto Nepomuceno e na Sala Villa-Lobos (da pr�pria UNI-RIO), na igreja Nossa Sra da Lapa dos Mercadores (no projeto M�sica nas Igrejas) e na TVE. Est� agradando: para os pr�ximos meses, j� t�m apresenta��es marcadas no Rio (na Mans�o Figner) e em S�o Paulo (no Centro Cultural Banco do Brasil). 08:21
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Um bando de comunistasQue semana! No Leme, encontro do Icann com direito à presença de Vint Cerf; no Posto 6 o I-Law, reunindo uma turma realmente da pesada. Copacabana me engana: eu achando que ia ser fácil pular de um ponto a outro, e mal consegui acompanhar o I-Law... Foi uma experiência interessantíssima ver todos os problemas legais da vida digital destrinchados, um a um, por algumas das melhores cabeças pensantes do ramo. Foi, também, uma experiência assustadora, considerando a pequena quantidade de vitórias obtidas por essa turma ? que, se mérito e Justiça tivessem peso, deviam ganhar todas. A questão ? difícil de encarar, mas, vamos combinar, inelutável ? é que, nos Estados Unidos das megacorporações, o dinheiro fala mais alto. E pronto. Não adianta argumentar, encontrar paralelos brilhantes, apelar para a inteligência do juiz ? até porque, na maioria dos casos, os juízes ainda são bastante ciber-incompetentes. A tecnologia evolui muito mais rapidamente do que a lei. É esta defasagem que a MPAA e a RIAA ? principais litigantes nos casos de direito autoral americanos ? tratam de usar a seu favor. Casada ao seu poderio econômico avassalador, ela tem contribuído para atrapalhar o desenvolvimento científico, invadir a privacidade dos cidadãos e ameaçar a liberdade de expressão na rede. * * * Os grandes advogados que participaram do I-Law pertencem a uma nova espécie. São híbridos de tecnólogos e juristas. Sei que para quem não é da área isso pode parecer o suprassumo da chatice elevado ao cubo, mas acreditem: a mistura é poderosa, e os moços são pessoas dotadas de extrema criatividade e extraordinário espírito público, coisa que não se pode dizer de muitos advogados. Sua missão é defender a internet, a cultura e a liberdade de expressão da mão pesada do sistema, que não se conforma com a natureza anárquica da rede. São ?comunistas de idéias?, como gostam de afirmar; o que, conforme disse Gilberto Gil, faz todo o sentido: qualquer coisa que diga respeito à comunidade é comunismo, pois não? Por que este seminário foi realizado aqui? Porque, obviamente, nem só o lado corporativo do mundo sabe que o Brasil é um mercado da maior importância. O lado pensante também sabe disso, e sabe mais: sabe que temos leis melhores do que as leis americanas, sabe que temos uma cultura em que ainda é papel do estado zelar pela sociedade, e sabe que, se há solo fértil para novas idéias, este solo é aqui. Mas é preciso que o nosso ecossistema seja protegido, é preciso que a sociedade esteja atenta ao que acontece e que pense, junto com o governo, os caminhos que vamos trilhar. Ou não. Jonathan Zittrain, por exemplo, levantou, na sexta à tarde, uma bandeira da maior importância: nos EUA, aos poucos, os provedores de serviço internet estão sendo transformados em polícia da rede. O estado descobriu que, realmente, fica muito difícil ir atrás de cada internauta individualmente; mas é muito fácil ir atrás dos provedores. Que, por sua vez, passam a ir atrás dos internautas infratores. Que num primeiro momento podem ser perseguidos por pornografia ou pirataria, mas amanhã, se é que já não nesse momento, serão perseguidos por suas opiniões. Outro ponto delicado: a tendência de se dar ao empregador todos os direitos sobre a vida digital dos empregados, coisa que também tem acontecido por aqui. Isso, concordo com Zittrain, é extremamente grave. Boa parte da humanidade só tem acesso à internet no trabalho. Ainda que máquinas e conexão de fato pertençam ao empregador, o empregado não pertence, e tem direito à sua privacidade e intimidade. Usando uma analogia grosseira, mas verdadeira, imaginar que um empregador tem direito a ver toda a correspondência do empregado equivale a achar que ele tem o direito de vigiá-lo quando vai ao banheiro, já que a privada, a energia elétrica da bomba e a água são pagas pela empresa. * * *Site da semana: www.waketheworld.org, um repositório de sensacionais cartazes contra o ataque ao Iraque, em P&B, prontos para serem impressos em casa e levados à passeata mais próxima. 05:31
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BIZARRO!!!Marina W. pede para avisar a todos que algo muito, muito estranho est� acontecendo no Blowg:
"Escrevi um post e fui clicar no blowg pra ver como ficou. Qual n�o foi minha supresa ao cair num blog americano (?) , de outra pessoa, e com meus posts recentes l� dentro. Desconectei, tentei de novo e meu endere�o vai direto pro outro blog, que se chama And she said. N�o sei se isto � obra de hacker ou se � coisa de internet mesmo." � esquisit�ssimo, mesmo! O pior � que a barra lateral do outro blog continua l�, de modo que, em vez do elegant�rrimo Blowg, temos um h�brido incompreens�vel. Vou ver se descubro o endere�o do outro blog pra ver onde foi parar o template da Marina.
Algu�m tem id�ia do que pode estar acontecendo? Meninos...? Help!!!Update: Esquece! Voltou... :-))) 01:55
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A principal diferen�a entre o Imp�rio Romano e o Imp�rio Americano � que, no Imp�rio Romano, o Senado foi o m�ximo a que um cavalo chegou.Janj�o me mandou, recebeu ainda agora por email. Publico, ainda que ache extremamente desrespeitoso para com os cavalos, animais que muito aprecio. 00:45
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