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30.9.04
1 2 3 testando...
Na semana que vem, chega ao mercado o Treo 600, um misto de Palm, celular e camera digital. Este Treo tem um pequeno teclado com o qual estou tentando me familiarizar. � uma m�quina bem bonitinha... 14:20
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 Elei��es: o povo, unido, n�o t� nem a�Um conhecido que est� se candidatando � assembl�ia me telefonou, desconsolado. N�o tem dinheiro, est� amargurado com as campanhas milion�rias que lhe sorriem em cada esquina e n�o se conforma com a proibi��o de espalhar cartazes, faixas e galhardetes pelas ruas. Foi, ali�s, a �nica voz dissonante que ouvi no coro geral de louvor ao TRE pela preserva��o da limpeza f�sica da cidade -- pelo menos isso, j� que na limpeza moral n�o h� quem d� jeito. O mo�o � educado e civilizado e, at� onde posso julgar, candidata-se por genu�no esp�rito p�blico. Acha que a papelada que nos parece t�o desnecess�ria e poluente ainda � a forma mais barata de publicidade, e que uma campanha clean como a que tivemos favorece os candidatos que t�m mais recursos. Al�m do qu�, diz ele, a cidade toda empapelada ganha um ar de festa. Observo que festa n�o precisa necessariamente ser sin�nimo de sujeira, mas ele insiste: -- Ent�o voc� n�o est� vendo? Essas s�o as elei��es mais frias que j� tivemos! * * *Na livraria me encontro, por acaso, com outra conhecida que tamb�m se candidata. � uma pessoa gentil e educada, e est� apavorada com o que a espera, caso consiga vaga na gaiola de ouro. Tem ouvido coisas de arrepiar a respeito de uns inquilinos j� instalados que, para o bem de todos e felicidade geral da cidade, deviam estar trancados numa boa gaiola n�o metaf�rica. A duas semanas das elei��es, ela n�o consegue disfar�ar o cansa�o e mal esconde o des�nimo. Apesar de valente e lutadora, acha que vai ser dif�cil realizar qualquer coisa com a meia d�zia de gatos pingados que chegar�o � assembl�ia sem segundas inten��es -- e, sobretudo, sem o apoio da popula��o, que est�, a seu ver, absolutamente ap�tica: -- Um vereador precisa do apoio do povo, mas a verdade � que ningu�m quer saber de pol�tica, ningu�m... * * *J� uma terceira amiga candidata, que provavelmente foi tigre na outra encarna��o, est� disposta a mudar o mundo a partir da C�mara Municipal do Rio de Janeiro. Percorreu a cidade de alto a baixo, chamou outros candidatos �s falas, fez e aconteceu. Mas mesmo ela est� impressionada com uma coisa: o horror do povo aos pol�ticos. As pessoas n�o querem dar nem bom-dia aos candidatos, que dir� ouvir o que t�m a dizer. -- Todo mundo reclama do estado de coisas, mas quando algu�m decide deixar a fala��o de lado e p�r m�os � obra, todo mundo some. Ningu�m quer falar com pol�tico! O pessoal v� candidato se aproximando e foge correndo. * * *Meus amigos candidatos que me perdoem, mas a rea��o do povo � perfeitamente compreens�vel. N�o estamos tendo as elei��es mais frias de todos os tempos por falta de galhardetes ou de cartazes empastelando a cidade, mas sim por falta de vergonha na cara dos pol�ticos que elegemos no passado. O povo n�o tem o menor interesse em ajudar os vereadores, porque os vereadores, salvo rar�ssimas exce��es, n�o t�m nenhum interesse em ajudar o povo. E ningu�m quer mais ouvir conversa de pol�tico porque sabe, por experi�ncia, que dar ouvidos a candidatos � pura perda de tempo. N�o devia ser assim, naturalmente, mas �. A popula��o � constantemente instada a vigiar seus parlamentares, a cobrar posi��es de seus vereadores, a ficar de olho no que fazem os seus representantes. Ora, pobre popula��o! Ela j� se d� por muito satisfeita quando consegue se defender do que lhe armam os que deveriam agir em seu interesse. Quando afinal perde a paci�ncia e solta o verbo, reclama no vazio. Suas palavras n�o encontram eco em canto algum, salvo, eventualmente, no jornal -- mas o mundo gira, a Lusitana roda e, no dia seguinte, as not�cias s�o outras. A pol�tica, esta nobre atividade humana, que numa das acep��es do ?Aur�lio? � definida como a ?arte de bem governar os povos?, anda t�o desmoralizada aqui no Rio que chamar algu�m de pol�tico � ofensa grave. Ainda assim, desejo, de cora��o, toda a sorte aos candidatos bem-intencionados, sejam eles meus amigos ou n�o, pois s� atrav�s deles sairemos do atoleiro em que chafurda a cidade. Para que alguma coisa de fato mude, por�m, eles v�o precisar de mais do que boa sorte. Eles v�o precisar, como n�s precisamos, de um sistema em que o poder n�o seja uma simples moeda de troca; eles v�o precisar, como n�s precisamos, de um governo saneado, sem corruptos, demagogos ou diminutivos, em que a gente possa escolher candidatos por gostar deles, e n�o por ter engulhos ao olhar para os outros. Caso contr�rio, acabar�o tragados pela escumalha, como tantos antes deles. N�o, n�o se pode culpar a popula��o carioca por estar indiferente. Ela enterrou a �ltima utopia logo ali, ao lado da �ltima quimera, nas elei��es de 2002. (O Globo, Segundo Caderno, 30.9.04)03:50
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29.9.04
 O olho maior que a barriga, o passo maior que a perna, a d�vida maior que o bolsoO Fotolog est� na bacia das almas: tem d�vidas superiores a U$ 70 mil, est� sendo amea�ado de fechamento pelo provedor e pede, desesperadamente, a ajuda dos usu�rios. Fiz uma contribui��o de U$ 50 em mem�ria dos velhos tempos e, pela primeira vez em mais de um mes, postei uma nova foto. Isso n�o quer dizer que esteja voltando para l�. Eu adorava o Fotolog quando ele era, realmente, uma comunidade; quando, mal ou bem, havia um entrosamento entre os usu�rios e os administradores; quando postar era r�pido, e tudo funcionava direitinho. As coisas desandaram no momento em que a administra��o resolveu reunir o maior n�mero de usu�rios no menor tempo poss�vel. Resultado: aquele sistema veloz e bem azeitado, que conquistou todo mundo justamente pela efici�ncia, tornou-se uma m�quina lenta e emperrada, em que a cada segundo dia algo engui�a. A prova do seu extraordin�rio poder de sedu��o, por�m, est� no fato de que, apesar de tudo, os tais primeiros usu�rios continuam por l�. Mesmo desestimulados e sentindo-se desprestigiados pela administra��o, todos continuaram gravitando em torno da sua �rbita. Tor�o para que a empresa que surgiu no lugar da comunidade d� um jeito de sair dessa. Com todos os por�ns, o ciberespa�o vai ficar um lugar mais sem gra�a no dia em que o Fotolog for pro belel�u. A verdade � que nunca houve um sistema como ele. 23:31
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28.9.04
GMail: organizando a filaPessoal, acabo de enviar os dez convites para os dez primeiros da fila dos coment�rios anteriores a estes. N�o deu para todos, mas, por outro lado, v�rias pessoas ofereceram convites. Ent�o, vamos tentar organizar a situa��o. Quem ainda tiver convites, por favor deixe um recadinho aqui com o email ao qual devem ser encaminhados os pedidos; os que estiverem querendo, mandem email direto pro pessoal que tem os convites, t�? 22:02
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GMailSer� que algu�m ainda quer? Tenho mais dez convites pro GMail! Quem quiser, por favor deixe nome, sobrenome e email aqui nos coment�rios... 03:12
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Mill�r define esquerda e direitaN�o resisti e roubei pra c�: "A diferen�a fundamental entre Direita e Esquerda � que a Direita acredita cegamente em tudo que lhe ensinaram, e a Esquerda acredita cegamente em tudo que ensina." (Mill�r) 01:58
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27.9.04
 Picasa gr�tis: o que era bom ficou melhor Pouca gente notou, mas h� coisa de duas semanas um an�ncio passou a aparecer nos p�s das p�ginas de resultados de buscas de imagens do Google. Estranho, muito estranho! Afinal, uma das caracter�sticas que levou o Google a conquistar tantos milh�es de adeptos foi justamente a cara lavada, despida de comerciais. O banner, veiculado apenas na vers�o em ingl�s, chama a aten��o para um software de indexa��o de figurinhas: -- Voc� pode achar qualquer imagem que quiser na Web -- cutuca. -- E no seu computador? Boa pergunta; mas a grande quest�o continuava sendo o banner em si. Como conseguira o Picasa chegar �quele espa�o onde anunciante algum jamais estivera antes?! Simples, muito simples. Em pleno au� do IPO, quando n�o se falava em nada Google a n�o ser no valor das a��es, o Google comprou o Picasa. Na semana passada, antigos usu�rios do programa receberam um gentil email de Lars Perkins, ex-CEO da companhia e atual gerente geral da dobradinha Picasa-Google, falando a respeito da aquisi��o e informando que, daqui para a frente, o Picasa 1.6 est� dispon�vel para download gratuito no site www.picasa.comA not�cia � �tima para qualquer usu�rio que trabalhe com imagens -- sobretudo para os que, empolgados com suas c�meras digitais, acumulam TIFFs e JPEGs a uma velocidade inversamente proporcional ao tempo que t�m para organiz�-los. S�cia de carteirinha deste clube, adotei o Picasa pouco depois de seu lan�amento, em 2001. Ele � o melhor indexador de imagens que conhe�o no mundo PC e, com o passar do tempo, resolveu com bastante efici�ncia os bugs que atrapalhavam o desempenho das primeiras vers�es. A 1.6 ? cuja licen�a, ir�nicamente, renovei por US$ 29 h� meros tr�s meses ? est� redondinha, funcionando �s mil maravilhas. * * *O Picasa funciona assim: quando � instalado, pergunta ao usu�rio quais discos e diret�rios deve varrer em busca de arquivos de imagens, que arrumar� em pastas correspondentes �quelas em que se encontravam ou, na aus�ncia delas, em simples ordem cronol�gica. Dependendo da quantidade de figurinhas dispersas, do tamanho dos discos e da velocidade da m�quina, esta opera��o pode tomar certo tempo, ao fim do qual as pastas ser�o apresentadas como cole��es de miniaturas na tela. A varredura do Picasa � eficient�ssima. Muita gente boa j� se assustou com o que tinha na m�quina e nem lembrava mais ou, em alguns casos, sequer sabia que tinha. Fotos perdidas das f�rias de 1996, figurinhas fofas que chegaram pelo email, porn�s que certamente foram instalados por algum v�rus nefasto, os desenhos que as crian�as fizeram com o Paintbrush ? est� tudo l�. * * *Encontrar as imagens e organiz�-las � s� o primeiro passo. A partir da�, diversas coisas podem ser feitas com o Picasa, que tem, at�, ferramentas b�sicas de edi��o, como corte e ajuste de cores. As fotos podem ser enviadas por email, agrupadas em slide-shows com m�sica de fundo (escolha seu pr�prio MP3), impressas e assim por diante. O pr�prio Picasa pode se encarregar das novas imagens que chegam ao sistema depois da sua instala��o, lendo-as direto da c�mera, de cart�es e de CDs, permitindo ao usu�rio dar o nome que quiser � pasta e �s imagens que l� ficar�o arquivadas. � muito, muito bom. * * *Tenho a impress�o de que o que mais interessou ao Google, por�m, foi um programa auxiliar do Picasa chamado Hello!, que une mensagem instant�nea (como o Icq ou o Msn, por exemplo) com troca de fotos. Este programa vem sendo usado h� algum tempo em associa��o com o Blogger (que tamb�m pertence ao Google) para postagem de fotos em blogs, e est� tendo muito sucesso na fun��o ? at� porque resolve, sozinho, quest�es bastante cabeludas para principiantes, como o redimensionamento e o envio de imagens. Faz sentido para a m�quina Google ter, sob sua asa, o maior n�mero poss�vel de ferramentas de publica��o na web: a indexa��o passa a ser autom�tica. E faz mais sentido ainda ter uma ferramenta de comunica��o instant�nea, como o Hello!, que pode vir a ser o complemento ideal para o GMail, seu popular�ssimo sistema de email. (O Globo, Info etc., 27.9.04) 19:39
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Festival do Rio 2004Olhos que n�o v�emTudo o que � s�lido desmancha no arAnos 90: o Peru, depois do governo desastroso de Alan Garcia, cai nas m�os de Alberto Fujimori, visto como o salvador de uma p�tria corro�da pela hiperinfla��o, pela guerrilha, pela corrup��o. Dez anos depois, � o pr�prio Fujimori quem sai pela porta dos fundos, envolvido, atrav�s de Vladimiro Montesinos, o poderoso chefe do servi�o nacional de informa��es, num dos maiores esc�ndalos pol�ticos da Am�rica Latina. A turbul�ncia � geral. Quem estava por cima afunda, quem estava por baixo reaparece; as raposas felpudas b�iam ao sabor dos ventos, como sempre, enquanto o povo vai tocando sua vidinha, mais ou menos resignado com o fato de que todos os pol�ticos s�o farinha do mesmo saco. Este � o background para as v�rias hist�rias entrela�adas de Olhos que n�o v�em, do peruano Francisco Lombardi (o diretor de "Pantale�o e as visitadoras": um filme sens�vel e interessante que, apesar de alguns chav�es -- ou talvez at� por causa deles -- funciona curiosamente como instant�neo n�o s� do seu pa�s, mas de toda a regi�o. N�s j� vimos este filme, metaforicamente falando, no Brasil, na Argentina, no Chile, no Uruguai; apesar da l�ngua e da paisagem, estamos em casa com os militares, os corruptos, a viol�ncia e a pobreza. Somos todos �ntimos do caos. Durante a reviravolta da trama, um general perde o poder, um advogado corrupto perde a amizade dos ju�zes a quem subornava, dois velhos, vizinhos de leitos numa enfermaria, perdem e ganham discuss�es sobre a situa��o pol�tica, um apresentador de telejornal perde a cara imaculada e a alegria de viver, uma jovem perde a inoc�ncia, um casal de militantes perde, para come�ar, a estabilidade conjugal, e os para-militares que os atormentam perdem a pose e a liberdade. A trajet�ria de todas essas personagens se cruza em algum momento, em diferentes graus de densidade dram�tica, tendo o hospital como centro nervoso. O roteiro � engenhoso e funciona muito bem; sua maior virtude � evitar manique�smos f�ceis e dar dimens�o humana mesmo aos vil�es da hist�ria. Como todos os demais, eles tamb�m t�m suas ang�stias, seus medos, suas fraquezas. �s vezes, quase simpatizamos com eles. � margem do drama, mas por acaso do destino em pleno olho do furac�o pol�tico, est� o cont�nuo Gonzalo (Paul Vega), apaixonado por cinema e pela filha da dona da pens�o -- que, naturalmente, o despreza por completo. Quando se concentra na hist�ria deste implaus�vel e caricato personagem, o filme esbarra num acorde dissonante, que surpreende no primeiro momento mas depois n�o causa nada al�m do vago constrangimento que sentimos quando algu�m repete uma piada sem gra�a. Isso, por�m, n�o chega a comprometer este �timo filme. Afinal, a gente sabe: a ess�ncia da alma latina � assim mesmo, um torvelinho de paradoxos, depurada em doses igualmente exageradas de Gardel e Cantinflas. (O Globo, Segundo Caderno, 28.9.04)12:39
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Festival do Rio 2004Na cidade vaziaVozes d'�fricaAssisti a este filme angolano sem ter id�ia do que esperar. Ele n�o estava na minha lista, mas foi o �nico em que encontrei lugar a uma hora ainda razoavelmente decente. � um pouco arrastado, podia ter uma dire��o mais esperta, mas �, indiscutivelmente, um filme que merece ser visto. Um grupo de crian�as que ficaram �rf�s com a guerra � trazido de Bi� para Angola por uma freira; ao chegar ao aeroporto, o garoto N'dala escapa, e fica ao l�u por Luanda -- enquanto a coitada da freira fica desesperada � sua procura. A pobreza do pa�s � chocante at� para n�s brasileiros, que temos know-how do assunto; mas h� uma certa felicidade melanc�lica na m�sica, uma ginga e uma manha que a gente conhece e que torna tudo muito dom�stico. N�o fosse o sotaque, muitas cenas poderiam ter sido gravadas no Rio ou em Salvador que a gente nunca ia perceber a diferen�a. O ator mirim que faz N'dala � uma gracinha. Ele tem um jeito alegre e inocente que transmite, com rara efici�ncia, o ponto crucial do filme: a trag�dia terr�vel da inf�ncia perdida. Destaque para a trilha sonora, sensacional, e para o portugu�s de Angola, que � um espet�culo em si mesmo. Dica: Na quinta-feira, �s duas, �ltima sess�o de Um dia sem mexicanos. Vale a pena, � muito engra�ado! 04:34
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Adsense: o F�bio explicaO F�bio "The Man" Sampaio me mandou um email t�o interessante sobre o funcionamento dos anunciozinhos, que pedi a ele licen�a para postar aqui. Vc j� deve saber disso mas, repetindo, o Adsense exibe os anuncios dependendo de onde o usu�rio final (visitante da pagina) est� localizado, em um processo chamado IP "geotargeting". At� onde pude verificar, o Adsense se guia por palavras-chave encontradas na sua p�gina, que s�o comparadas com as palavras-chave fornecidas pelos anunciantes. O processo � "marromenos" ilustrado aqui e aqui.
Quando seu blog � "vasculhado" pelo Google ele deve armazenar em algum lugar as palavras-chave encontradas no(s) site(s) da sua conta, que ser�o utilizadas para fazer o "matching" dos anunciantes a serem exibidos.
As exce��es ficam por conta dos bloqueios dos anunciantes e dos bloqueios pela sua conta no Adsense, o que refor�a a prov�vel utiliza��o de um database que � atualizado periodicamente segundo os crit�rios do Google. E esse database deve ser atualizado "cross-location" ou seja, o Google varre o database de anunciantes e verifica quais palavras-chave encontradas em seu site est�o em conson�ncia com qual localiza��o informada pelos mesmos. Acredito que esse processo deva ser otimizado por reconhecimento de idioma atrav�s do algoritmo das "3 letras" encontrado em algumas subrotinas por a�. Ou seja, o anunciante faz campanhas utilizando "geotargeting" e o Google busca no database a compara��o entre as palavras-chave encontradas em seu site versus a localiza��o do visitante, e mostra o an�ncio mais adequado. Caso o Google n�o encontre esse par localiza��o-palavra-chave, ent�o exibe aqueles an�ncios horrorosos tipo "Qual o mais baixo ponto da Terra?".
A falha pode ser da falta de anunciantes para o local dos seus visitantes ou ent�o a falta de palavras-chave em seu site para exibir anunciantes. Interessante que o Google poderia exibir qualquer an�ncio, mas prefere n�o faz�-lo. Tamb�m n�o sei o crit�rio que o Google utiliza para alternar anunciantes.
Aqui est� um link que mostra como os anunciantes podem fazer campanhas; aqui h� outro link para explicar como o anunciante escolher boas palavras-chave. Para poder ver os an�ncios exibidos em cada localidade, utilize o Adsense Preview. Para saber onde vc est� via IP targeting utilize este link.
Existem dezenas de sites pela web oferecendo produtos para como obter o m�ximo rendimento a partir do Google Adsense, ou seja, quais palavras-chave colocar em sua p�gina (mesmo que escondidas) para atrair os anunciantes que mais pagam por cada CPR (cost-per-click). Adorei a explica��o, mas certas coisas ainda escapam � minha compreens�o. Por exemplo, quando estava fazendo uma pesquisa sobre capivaras (ou capybaras, em ingl�s) achei um monte de Adwords de pousadas no Pantanal -- muito mais interessantes, convenhamos, do que mais um servidor barato na �ndia! E, apesar de falar tanto na Fam�lia Gato, nunca vi nenhum an�ncio de ra��o para gatos, c�es ou periquitos adornando estas p�ginas. Tudo bem, deixa estar. Qualquer hora conto para voc�s como foi que ganhei mais de US$ 500 jogando em ca�a-n�queis de cassinos online. Eu estava fazendo uma reportagem sobre jogo online; gastei US$ 25, e tive um belo lucro. Por outro lado, nunca mais consegui me livrar dos spams dos cassinos... 01:42
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26.9.04
Ah... Para quem ficou curioso com a fotinha dos celulares a� ao lado, ontem foi um dia especial: Mam�e finalmente entrou na era da comunica��o tal como a curtimos, e � a feliz (hmmm... ainda n�o muito!) propriet�ria de um telefone celular! Na fotinha, parte da "fam�lia" reunida... 16:29
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Nossos comerciais II Como voc�s podem ver, reformulei o layout dos anunciozinhos do Google. Tentei de todas as formas p�r a barra na vertical aqui � direita mas n�o consegui; h� uma tal confus�o de scripts no meu template, a essa altura, que vou precisar da ajuda de um dos meus cavalheiros andantes do mundo web. O m�ximo que consegui foi transferir a maquininha de poker virtual ali pro lado, pra barra de links & outros que tais, pra ver se dou mais sorte no casino da publicidade online. Ali�s, essas duas palavras, poker e casino, grafado assim, � inglesa, com um S s�, s�o, de acordo com as estat�sticas, as que produzem os anunciozinhos com melhor rendimento. Porisso elas entraram no texto: quero ver se isso � verdade. Assim, quem sabe, em vez de ganhar US$ 0.03 por clic eu ganho US$ 0.05! � claro que, a essa altura, o que mais deve haver no mundo (al�m de casinos online, para a disputa estar t�o acirrada) � gente estudando a misteriosa arte de ganhar dinheiro com websites. Eu n�o cheguei a me dedicar muito ao assunto, at� porque o internETC. n�o chega a ser exatamente uma cash cow, mas tenho a impress�o de que, para blogs pequenos com um p�blico fiel, como este aqui, a melhor pedida talvez n�o sejam os Adsense, mas sim um patrocinador fixo -- desde que, naturalmente, se consiga encontrar um patrocinador fixo! (diz ela como quem diz, casualmente, que a melhor forma de ganhar dinheiro � topando com uma mina de ouro, casando com um milion�rio ou acertando na loteria: d�!) Enfim. Mais tarde vou ver se tiro a barrinha a� do lado e passo para a direita; estou achando horr�vel o efeito visual, mas agora vou sair correndo para pedalar um pouco antes que o sol se ponha. Beijos para todos! Update: Acabo de ver no Toplinks que a AP descobriu o que todos n�s j� sabemos: blog n�o � uma ferramenta para ganhar dinheiro. Outro d�! bem sonoro... 16:06
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24.9.04
Nossos comerciaisAnda fraquinha a coisa do Adsense aqui no blog: tr�s meses de an�ncio renderam m�seros U$ 45. Por outro lado, a verdade � que os quadradinhos t�m pouqu�ssimo a ver com o conte�do; tenho que descobrir a causa do problema, j� que, em quase todos os outros sites que acesso (inclusive minha p�gina do Multiply) os anunciozinhos s�o de fato bem adequados ao contexto. J� escrevi pro Google e, claro, eles n�o t�m id�ia do que possa ser. A minha impress�o pessoal, considerando a quantidade de an�ncios de servidores e solu��es para webmasters (em ingl�s) � que, de alguma forma, est�o confundindo o blog com o sistema de coment�rios -- que fica mesmo nos EUA. Vou perguntar pro F�bio "The Man" Sampaio, que sabe dessas coisas melhor que ningu�m. A boa not�cia � que o Google est� ciente das dificuldades de recebimento que sites como o Alma Carioca e o Ueba t�m enfrentado, e prometem solu��o: v�o, provavelmente, fazer dep�sitos diretamente na conta corrente dos editores. Garantem eles que ningu�m vai ficar sem o seu rico dinheirinho. J� a Receita Federal, consultada pela Elis, que est� fazendo mat�ria sobre o assunto, n�o tinha sequer no��o do que est�vamos perguntando... *suspiro* 14:57
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OrkutN�o entendo o desespero geral com o fato do Orkut estar fora do ar, mas, para todos os efeitos, continua valendo o velho golpe: � s� ir at� l� via Orcut, com C. De nada. 13:53
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 Um especial do internETC. -- a abertura do Festival do Rio 2004 em montagem das fotinhas de telefone! Os originais est�o no Moblog, a� ao lado: basta clicar na fotinha da Pipoca para chegar l�... 04:49
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Orelha para o livro "Blog: comunica��o e escrita �ntima na internet", de Denise Schittine:O que � um blog?Come�o a chegar � conclus�o de que esta pergunta, na sua aparente simplicidade, � a ciber-esfinge dos novos tempos. Aquilo que, para a maioria das pessoas, � -- como obedientemente aprenderam em jornais e revistas -- ?um di�rio de adolescente na web?, �, na verdade, algo t�o variado e complexo quanto a pr�pria rede. Ou, arrisco dizer, quanto a pr�pria alma humana. Blogs variam conforme o autor, o dia, o momento. Gente de todas as idades mant�m blogs ? inclusive a adolescente de 50 anos que assina esta orelha. Sua extraordin�ria facilidade de uso, respons�vel pelo sucesso inicial entre os internautas, conquista, a cada dia, novos adeptos, das previs�veis empresas de comunica��o a grandes manda-chuvas do mundo corporativo e at�, quem diria, pol�ticos em campanha -- embora ainda esteja para aparecer pol�tico que mantenha blog depois de eleito. Ciente da amplitude do universo que se abria diante dela, Denise Schittine sabiamente optou por examinar apenas uma de suas gal�xias, a do blog pessoal ? aquele que � mantido por puro gosto por pessoas t�o diferentes quanto a sofisticada Marina W., digamos, refer�ncia em eleg�ncia no mundo blog BR, ou o pragm�tico Edney de Souza, sem cujos conselhos a vida on-line de todos n�s teria sido t�o mais dif�cil. Duas perguntas b�sicas orientaram o seu trabalho: o que leva as pessoas a escreverem blogs, e o que as leva a lerem blogs. Como tudo o que diz respeito a blogs, esta tamb�m � uma tarefa simples apenas na apar�ncia, j� que h� tantas respostas para elas quantos blogs e leitores. Para mim, foi uma aventura interessant�ssima acompanhar uma autora t�o bem preparada pelo emaranhado de caminhos cruzados e pistas falsas do vasto mundo dos blogs, um terreno t�o escorregadio que j� fez muita gente boa perder o rumo e desistir da empreitada. Achei particularmente not�vel a naturalidade com que Denise aceita a falta de respostas definitivas; afinal, assim � a vida, assim � a Internet e, claro, assim tamb�m s�o os blogs ? mas nem todo mundo se convence disso. Cora R�nai Rio, julho de 2004 03:01
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23.9.04
 � hoje!Ali�s, agora: o lan�amento de "Blog: comunica��o e escrita �ntima na internet", da querida Denise Schittine! L� na Travessa: Rua Visconde de Piraj� 572, em Ipanema. O telefone � 3205-9002. A orelha foi feita por mim; quando voltar para casa vou postar o que escrevi sobre o livro, que achei muito bom. 19:39
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 Ah, sim:Vejam que bonitinhos os franguinhos d'�gua! S�o bem pequenininhos e muito jovens, por isso t�o coloridos. Quando mais velhos ficam maiores e pretinhos, com umas faixas brancas. 18:58
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 A vida secreta do BonequinhoH� mais coisas na vida do Bonequinho do GLOBO do que aplaudir de p�, aplaudir sentado, olhar, dormir ou sair do cinema. O Bonequinho se emociona, o Bonequinho torce, o Bonequinho passa por d�vidas torturantes, o Bonequinho fica indignado, o Bonequinho d� pulos de contentamento na poltrona, o Bonequinho sai da sala -- no fim do filme! -- andando nas nuvens, o Bonequinho arranca os cabelos de nervoso, o Bonequinho tem engulhos e, �s vezes, sincera vontade de se atirar pela janela. Sobretudo, o Bonequinho rala muito, ainda que, para a maioria dos mortais, ir ao cinema e dar palpite sobre o filme dificilmente se enquadre na categoria de rala��o. No �ltimo fim de semana, por exemplo, enquanto seus amigos aproveitavam as tardes lindas da primavera carioca e depois iam jantar feito gente civilizada, o Bonequinho estava trancado no escurinho do Odeon, junto com um monte de tipos estranhos, assistindo a meia d�zia de filmes diferentes, de um bom document�rio sobre a al Jazeera a um porn� que se acha filme-cabe�a. Na segunda, coitado, em vez de aproveitar o conforto da cama e dormir at� mais tarde, teve que acordar cedinho para estar l� novamente, �s dez em ponto, para assistir a "Santa menina". � mole?! A sorte do Bonequinho � que ele n�o s� consegue estar em v�rios lugares ao mesmo tempo como, ainda por cima, consegue permanecer num mesmo lugar tendo v�rias opini�es simult�neas. � por isso que as suas cr�ticas saem assinadas por tantos pseud�nimos. �s vezes, ele at� assina Cora R�nai, mas como este � um nome geralmente indispon�vel antes das 14h, a participa��o desta cronista como alter ego do personagem mais simp�tico do jornal tem sido muito espor�dica. Fico triste e vivo tentando (em v�o) mudar de vida, porque adoro ser Bonequinho. Acontece que ser Bonequinho � escrever sobre cinema de uma perspectiva �nica, totalmente carioca. Enquanto os demais jornais do mundo t�m que se virar com cota��es em estrelas, bolas e asteriscos, todos igualmente impessoais, o Bonequinho n�o s� resume a nossa opini�o como acaba se tornando personagem da cr�tica. N�o raro nos sentimos obrigados a explicar suas atitudes para os leitores, como aconteceu com o Eros Ramos de Almeida ainda semana passada: "O Bonequinho est� saindo do cinema s� porque foi obrigado a entrar", esclareceu. Pudera: o filme era "Anaconda 2, a ca�ada pela orqu�dea sangrenta" (!). Ser Bonequinho � ver metade dos filmes antes de todo mundo e metade quando sai em DVD; � passar meses sem ir a um cinema de verdade; e �, volta e meia, viver situa��es bizarras como, digamos, encontrar o padre Marcelo Rossi cercado por suas ovelhas, em plena manh� de s�bado, entoando hinos antes da exibi��o especial de "Maria, m�e do filho de Deus". Ser Bonequinho �, tamb�m, zoar muito o infortunado colega que cai numa dessas. Ao contr�rio do que � permitido ao p�blico (e do que mostra a sua imagem), o Bonequinho jamais sai da sala antes que o filme acabe. Por pior que seja o que est� na tela, l� fica o pobre coitado, pacientemente esperando os cr�ditos finais. No domingo mesmo, enfurnada no Odeon como seu alter ego , assisti, do come�o ao fim, a um dos piores filmes dos �ltimos tempos, "Um vazio no meu cora��o" ? o tal porn� metido a filme-cabe�a. L� se foram 98 preciosos minutos da minha vida, imolados em nome do cinema. Assistir a essas multissess�es no Odeon, por�m, que j� se transformaram em festas para iniciados, s� acontece em festival. Normalmente, o Bonequinho v� um filme por vez, nas cabines das distribuidoras -- salinhas confort�veis mas sem luxos, com uns 20 lugares, tipicamente escondidas em edif�cios do Centro. Houve tempo em que apenas os jornais eram levados a s�rio, e o Bonequinho podia se dar ao luxo de marcar dia e hora da sess�o; era chique demais mas era, tamb�m, uma experi�ncia muito solit�ria. Hoje o Bonequinho divide sess�es previamente marcadas com pelo menos uma d�zia de colegas, e curte mimos das distribuidoras, que p�em refrigerantes e salgadinhos � sua disposi��o. Na sess�o especial do ?N�ufrago?, por exemplo, houve farta distribui��o de �gua-de-coco com coco e tudo: achei t�o simp�tico e engra�ado que nunca me esqueci disso. J� do filme... Muitas vezes, sobretudo no circuito Esta��o, as cabines (como, por tabela, s�o chamadas as sess�es pr�vias para a imprensa) s�o realizadas nas pr�prias salas de exibi��o. Mas como elas t�m que estar dispon�veis para o p�blico na parte da tarde, o Bonequinho � obrigado a acordar cedo e ir para o cinema �s dez da manh�. Todo mundo tem sua cruz para carregar, e esta � a do Bonequinho. Nem todos os seus dez alter egos s�o t�o radicalmente noturnos quanto eu, por�m todos concordam neste ponto: ir ao cinema antes do almo�o � prejudicial � sa�de. O Bonequinho est� careca de saber disso mas, resignado, acerta o despertador e prepara-se para uma nova miss�o. Ah, o que ele n�o faz pela arte! (O Globo, Segundo Caderno, 23.9.04)04:35
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Orkut T�, eu sei que n�o estou perdendo grandes coisas, mas que � um saco ficar na jaula do Orkut, l� isso �. O pior � que j� tentei mandar o tal email que solta a gente, j� mandei um email de verdade para a administra��o, e nada. *suspiro* 02:19
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Philip RothPara os anglo-parlantes que gostam de Philip Roth: h� um �timo perfil no Guardian. 01:34
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22.9.04
  Dia de ventoHoje, quando sai pra dar uma volta de bicicleta, tentei encontrar as tartarugas do Piraqu�. Dei um bom tempo por l�, mas nada. Em compensa��o vi tr�s frangos d'�gua bem pequenininhos, mais coloridos do que os maiores; vi um casal de bem-te-vis botando um gavi�o pra correr; e vi um soc� solit�rio bem bonitinho. Estava ventando, e as gar�as ficaram todas despenteadas. 20:41
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21.9.04
Zire 72: o irm�o turbinado do Zire 71Uma das melhores m�quinas do ano passado foi, disparado, o Palm Zire 71: bom, bonito e (relativamente) barato, um daqueles aparelhos que a gente usa, usa e n�o se arrepende jamais de ter comprado. Foi um grande acerto da Palm mas, como todos os acertos da �rea, criou um grande problema. Afinal, como fazer usu�rios perfeitamente satisfeitos trocarem de equipamento? O Zire 72 -- que chegou ao mercado brasileiro h� uns dois meses, com pre�o inicial semelhante ao que tinha o Zire 71 quando foi lan�ado -- tem, pois, a delicada miss�o de desbancar o irm�o mais novo. Para isso vem com alguns atrativos interessantes: gravador de voz, c�mera com maior resolu��o (1.2 Mp) e capacidade de gravar v�deos, processador mais r�pido, 32Mb de RAM e -- importante! -- um Bluetooth bem configurado que permite conex�o descomplicada � internet atrav�s de alguns modelos de celulares (entre eles o fiel Nokia 7650 de que falei na semana passada). Nos EUA, a PalmOne j� lan�ou um cart�o Wi-Fi que possibilita ao Zire 72 conectar-se sozinho em ambientes sem fio. O pre�o da pequena maravilha? US$ 130, l�. Do meu ponto de vista, outra vantagem � a aus�ncia da base para sincroniza��o, que sempre considerei uma trapizonga desnecess�ria: o Zire 72 conecta-se ao computador atrav�s de um simples cabo USB, e estamos conversados. Isso facilita muito a vida de quem viaja com o Palm, mas sei que h� gente que prefere espetar a maquininha no slot do ber�o e v�-la recarregando baterias e sincronizando-se de p�, em cima da mesa. O som � parecido com o do 71: suficiente para ouvir num ambiente silencioso, como um quarto de hotel, lembrando um antigo radinho de pilha. Com fones, por�m, a coisa muda de figura e o som fica �timo, o que o transforma num bom player de MP3 -- desde que se tenha cart�o de mem�ria SD suficientemente grande para armazenar m�sicas. O Zire 72, que custa cerca de R$ 1.500, n�o vem nem com cart�o nem com fones. O look � elegante, mas j� ouvi reclama��es de que a linda pintura azul emborrachada descasca com facilidade; em compensa��o, o bot�o de liga/desliga fica no topo do Palm, o que evita que ele ligue sozinho na bolsa, como �s vezes acontece com o 71. O reset pode ser feito com a pr�pria canetinha, o que significa adeus aos clips de papel entortados. No geral, o Zire 72 � uma m�quina simp�tica e bem acabada, com uma excelente rela��o custo-benef�cio; mas, com exce��o do Bluetooth, que de fato faz muita falta ao 71, n�o consegue superar o irm�o mais novo como, digamos, "conjunto de obra". O Zire 71 continua tendo a melhor tela que j� vi num PDA, inclusive em modelos mais caros da pr�pria PalmOne e da Sony; e a sua c�mera, ainda que tenha menor resolu��o, � muito mais generosa do que a do 72, que em m�s condi��es de luz � praticamente cega. Al�m disso, o sistema de slide do 71 n�o s� protege a lente, como oferece uma "pega" melhor para se fotografar. Em boas condi��es de luz, no entanto, a qualidade das imagens do 72 � melhor, embora n�o se compare, naturalmente, com o resultado de c�meras digitais "de verdade". Em suma: se voc� tem um Zire 71 e n�o precisa de Bluetooth, continue com ele. Se voc� n�o tem PDA, ou acha que est� na hora de fazer upgrade, o Zire 72 � uma excelente op��o; mas n�o se esque�a de dar uma olhada no 71, que ainda se encontra -- e em liquida��o! -- em algumas lojas. (O Globo, Info etc., 20.9.04)21:53
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 Esta imagem, por exemplo, foi enviada pelo Hello! � um pouco menor do que as que eu envio pelo Blogspot: tem 320 pixels em vez dos 350 habituais -- mas, por outro lado, eu n�o preciso me preocupar em reduzi-la. O Hello! faz isso sozinho, como tamb�m p�e sozinho a moldura, do tamanho e da cor que a gente quiser.  Em tempo: da esquerda para a direita, Miriam Leit�o, Zuenir Ventura, Ancelmo G�is, Evandro Teixeira, eu e o Xex�o, na festa do Pr�mio Comunique-se. Acabei de receber a foto, enviada pelo Evandro, e adorei. Uma �tima lembran�a da festa, com tanta gente querida! Quanto ao Hello!: � excelente para quem n�o tem muita id�ia de como reduzir e subir fotos para um blog, mas est� longe do ideal para quem j� � macaco velho na �rea. 02:07
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Uma �tima pedida!Um dos meus programas favoritos para arrumar e, sobretudo, encontrar fotos � o Picasa. � feia a coisa aqui na m�quina, onde devo ter, f�cil, uns 100Gb de imagens; d� pra sentir o tamanho do drama, n�? O Picasa �, no fundo, uma c�pia do iPhoto do Mac. Ele recolhe as fotos do dispositivo -- m�quina, cart�o, CD -- numa pasta separada; tanto pasta quanto fotos ficam com o nome que voc� der. Gosto tanto do Picasa que, no passado, paguei a licen�a de uso, apesar de tamb�m usar dois �timos freewares, o XnView e o IrfanView. Pois o Picasa acaba de ser comprado pelo Google, e agora � gr�tis. Recomendo demais este programa: aproveitem a chance! * * *O que � que o Google tem a ver com a Picasa? Tudo, � claro. Primeiro, porque o Picasa tem um indexador, e uma m�quina de busca de fotos, inclusive por palavra-chave; depois, porque o Picasa desenvolveu o Hello!, um programinha de IM e transfer�ncia de imagens que combinou muito bem com o Blogger -- que, como todo mundo sabe, j� � do Google. Em suma: � ferramenta de publica��o na web? O Google quer. E pelo menos uma coisa a gente tem que reconhecer: eles sabem fazer compras... 01:15
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20.9.04
   JantarEsta � uma das freguesas dos pescadores aqui do Cantagalo, ligeiramente entalada com o jantar: este incha�o no pesco�o n�o � incha�o, mas o pobre de um peixe, cujos �ltimos movimentos a gente ainda podia ver no gog� da gar�a. Eu deveria ficar com pena do peixe -- na verdade, tenho a maior d� dos peixes que ficam pulando no ch�o, morrendo de falta de ar -- mas, no caso, acho t�o fascinante a forma como as gar�as se alimentam, que acabo hipnotizada pelo processo, t�o veloz que mal consigo fotografar. Hoje dei sorte, j� que a companheira pernalta foi um pouco mais esganada do que de h�bito. Vi os quero-queros, mas n�o consegui fotograf�-los; estava muito escuro. E assim, depois de acompanhar o jantar da gar�a, sa� correndo para ver se ainda pegava a capivasca l� do outro lado. No meio do caminho, meu estilo inconfund�vel na bicicleta me denunciou, e fui reconhecida pelo Fernando, um dos leitores do blog, que estava andando com o filhinho; ele me deu o mapa da mina das tartarugas do Piraqu�, minha pr�xima meta fotogr�fica. Valeu, Fernando! Muito obrigada! Ah, sim: consegui encontrar a capivara, que estava pastando encoberta pelo mato. Fiz meia d�zia de fotos �s cegas, com o flash, e depois fiquei conversando com o vendedor de coco enquanto admir�vamos aquela sombra roli�a, ao longe. 21:48
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Sexcut.comN�o gosto do Cocadaboa. J� gostei menos, quando o autor ficava no anonimato, porque a� juntavam-se � falta de afinidade as restri��es que fa�o a an�nimos covardes; agora, que o site tem nome, endere�o e telefone conhecidos, n�o � mais quest�o ideol�gica, � s� quest�o de gosto pessoal. Apesar disso, tenho que reconhecer que essa eles mandaram muito bem: o Sexkut foi um dos melhores trotes que vi na rede. Uma id�ia engra�ada, na qual era praticamente imposs�vel n�o cair. Afinal, se at� um Catster j� existe... 16:27
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 Levando um papo sobre o scanner com Tutu 04:58
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19.9.04
Relendo Jorge de SenaCada vez que leio Jorge de Sena descubro uma coisa nova, ou uma coisa antiga que me impressiona de maneira nova. GenesisDe mim n�o falo mais: n�o quero nada. De Deus n�o falo: n�o tem outro abrigo. N�o falarei tamb�m do mundo antigo, pois nasce e morre em cada madrugada. Nem de existir, que � a vida atrai�oada, para sentir o tempo andar comigo; nem de viver, que � liberdade errada, e foge todo o Amor quando o persigo. Por mais justi�a... -- Ai quantos que eram novos em v�o a esperaram porque nunca a viram! E a eternidade... � transfus�o dos povos! N�o h� verdade: o mundo n�o a esconde. Tudo se v�: s� se n�o sabe aonde. Mortais ou imortais, todos mentiram. (1946) FidelidadeDiz-me devagar coisa nenhuma, assim como a s� presen�a com que me perdoas esta fidelidade ao meu destino. Quanto assim n�o digas � por mim que o dizes. E os destinos vivem-se como outra vida. Ou como outra solid�o. E quem l� entra? E quem l� pode estar mais que o momento de estar s� consigo? Diz-me assim devagar coisa nenhuma: o que � morte se diria, se ela ouvisse, ou se diria aos mortos, se voltassem. (1958) 04:38
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Eu, heinO Orkut me mandou pra cadeia. O mais esquisito � que eu n�o fiz nada; na verdade, n�o tenho feito nada de nada por l�. V� entender... 03:47
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 Um vizinho da pesadaA� est� um dos frangos d'�gua que venho tentando fotografar h� tanto tempo! A foto � do Jo�o Quental, vizinho de bairro e de Multiply, que juntou a melhor cole��o de fotos de bichos da Lagoa que j� vi: tem at� tartaruga. D�em uma olhadinha, e vejam se n�o � mesmo uma maravilha. Ali�s: existe em alguma outra l�ngua palavra de t�o amplo espectro quanto o nosso bicho, em portugu�s? Bicho vale para formigas e elefantes, para peixes e p�ssaros, para cobras e lagartos e, �a va sans dire, para gatos e capivaras. � uma das minhas palavras favoritas. Bom domingo, pessoal! 03:11
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18.9.04
Vivendo & aprendendoPela primeira vez na vida, estou �s voltas com um processo. Tudo me parece esquisito no mundo legal, da linguagem e do cerimonial ao pr�prio F�rum, aquela micro-cidade com seus corredores imensos, seus cantinhos de tirar c�pia, seus terminais de consulta, seus ambulantes que passam pelos corredores vendendo caf� e chocolate como, na praia, se vendem mate e refrigerantes. Acho que nunca conseguiria ser advogada. � complicado demais, h� leis demais, protocolos e formalidades demais, papelada demais. Al�m disso, fico me perguntando como se pode viver defendendo o indefens�vel, ou movendo processos que v�o contra todas as leis do bom senso -- que nem sempre combinam, necessariamente, com as do c�digo penal. Por exemplo, como � que algu�m pode defender um Fernandinho Beira-Mar, uma Georgina do INSS, um juiz Nicolau? Sei que todo ser humano deve ter direito � defesa, e que � bom que assim seja, mas de um ponto de vista puramente emocional, como se pode defender criaturas assim?! � muito esquisito isso para mim, muito mesmo. 02:53
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17.9.04
Querem ficar malucos?Ent�o cliquem aqui: o sentido dos movimentos do cursor do mouse foi invertido. Voc�s t�m que sair de onde est�o e seguir a trilha branca at� o goal (�, assim, em ingl�s -- bem chique). Achei no Toplinks. � a coisa mais irritante que j� vi. Arghhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!! 02:11
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16.9.04
 Linda, linda, linda!Janj�o me mandou um link maravilhoso: uma foto de sat�lite do Rio. � um esc�ndalo de bonita e perfeita; por pouco n�o vi a capivara a� na Lagoa... 22:10
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 Um avi�o fantasma brasileiro no Adri�tico-- Tudo come�ou no ver�o de 1996 -- disse Riccardo Bottazzo. -- Um dia, um pescador veio nos contar que, numa praia de pedras n�o muito longe daqui, a sua rede andava se prendendo em alguma coisa que arrastava por uns bons 20 metros antes de se soltar. Fomos at� l� com ele, e passamos o ver�o inteiro procurando a tal coisa, que imagin�vamos ser um avi�o. Afinal, se fosse um navio, a rede n�o conseguiria arrast�-lo. Mais especificamente, ach�vamos que era um avi�o de reconhecimento americano que, durante a Segunda Guerra, costumava inspecionar e fotografar a Laguna e o porto de Marghera para transmitir informa��es aos bombardeiros. Este avi�o acabou se tornando t�o conhecido e familiar que os venezianos o chamavam de "Pippo". Riccardo, duplamente colega como jornalista e mergulhador, � assessor de imprensa da regi�o do Veneto e conselheiro da diretoria do Club Subacqueo San Marco. N�s est�vamos conversando na sede do clube, que divide os antigos armaz�ns de sal do Zattere com duas outras sociedades esportivas, a Canottieri Bucintoro e a Compagnia della Vela. * * * Os armaz�ns, que formam um lindo conjunto de edif�cios, foram constru�dos no S�culo XV, quando o com�rcio do sal era um important�ssimo esteio da ent�o poderosa economia veneziana. Foram reformados em princ�pios do S�culo XIX mas, apesar de terem perdido a fun��o original h� tempos, continuam sendo conhecidos como Magazzini del Sale . Dizem que a Funda��o Peggy Guggenheim, que fica ali perto, anda de olho neles, para transform�-los em �rea de exposi��o; as associa��es esportivas, compreensivelmente, detestam a id�ia. Mesmo numa cidade de canais como Veneza, � dif�cil encontrar melhor localiza��o para clubes de esportes aqu�ticos. Os armaz�ns s�o amplos e o Zattere, espa�oso e tranq�ilo, fica ao longo do Canale della Giudecca, que �, mal comparando, a Avenida Brasil da cidade. Por este largo e profundo canal passam embarca��es de todos os tipos, de barquinhos singelos a transatl�nticos de luxo, maiores e mais altos do que qualquer constru��o que se veja �s suas margens; passam canoas de remo, veleiros e ferries que transportam motos, carros de passeio, betoneiras e os caminh�es que abastecem o com�rcio; passam vaporettos, motoscafos, g�ndolas e os demais membros da ex�tica fam�lia de embarca��es venezianas. Quando anoitece e ningu�m est� prestando aten��o, passam at� lanchas de playboys, envenenadas, botando pega. * * * -- Aqui, o fundo do mar � literalmente coalhado de antiguidades -- observou Riccardo, que entre suas muitas atividades � tamb�m editor da simp�tica revista " El Mar", publicada pelas tr�s vizinhas dos armaz�ns do sal. -- Para mergulhar na Laguna precisamos, antes de mais nada, ter um plano de a��o bem definido, e apresent�-lo � superintend�ncia de bens hist�ricos submersos. Se ele for aprovado, inspetores e t�cnicos do patrim�nio nos acompanham durante os mergulhos. O suposto avi�o encontrado pelo pescador, no entanto, estava no Adri�tico, menos complicado de explorar. -- Procuramos muito. O ver�o terminou, a temperatura come�ou a ficar fria demais para mergulharmos e estavamos quase desistindo quando encontramos o avi�o. Mas n�o era o Pippo! Era um ca�a P47. A estrutura estava carcomida demais para que se pudessem ler as suas marcas, mas n�o era um avi�o americano, j� que os registros dos EUA n�o acusam nenhum P47 abatido na zona, nem ingl�s, j� que os ingleses n�o voaram por aqui durante a guerra. Passamos o inverno inteiro tentando descobrir o mist�rio. Telefonamos para todos os ex-combatentes ainda vivos, at� que, finalmente, um ex-oficial esclareceu a quest�o. O avi�o era brasileiro! Uma esquadrilha brasileira juntou-se aos americanos em 1944, realizando diversas miss�es na regi�o. Segundo o velho aviador consultado pelo pessoal do Subacqueo San Marco, sete ca�as brasileiros, que bombardearam a esta��o ferrovi�ria de Treviso e outros alvos estrat�gicos, teriam sido abatidos na �rea. Mas ou a mem�ria do ex-combatente italiano est� falhando, ou a lenda ampliou-se com o passar das d�cadas: em v�rias p�ginas da internet sobre a atua��o da FAB na Segunda Guerra, encontrei refer�ncia a apenas dois P47 derrubados no mar. Qualquer que seja a conta, por�m, um foi encontrado... para desaparecer em seguida. -- H� diversos grupos de mergulhadores piratas na Europa que vivem de revender o que encontram no fundo do mar, -- explicou Riccardo. -- N�o sabemos o que aconteceu com as bombas que o P47 carregava, mas um desses grupos achou o avi�o e roubou o motor para vender como ferro velho. Com isso, a carca�a ficou leve demais, � merc� das correntezas e das redes dos pescadores, que freq�entemente a arrastam por muitos metros antes de se soltarem ou se romperem. N�s mesmos, do Subacqueo San Marco, n�o o avistamos mais desde que o encontramos, nem sabemos onde, exatamente, se encontra neste momento. Veja s�: um verdadeiro avi�o fantasma, singrando as �guas do Adri�tico... (O Globo, Segundo Caderno, 16.9.04)15:25
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14.9.04
  SampaEstou viajando com Mam�e pra S�o Paulo, para a festa do Pr�mio Comunique-se. Ainda estou meio ruinzinha da gripe, mas acho que estou quase no final dos tais sete dias protocolares das viroses. A Fam�lia Gato est� extremamente contrariada com a vis�o da mala, ainda por cima porque a Bia j� saiu hoje cedo para Fernando de Noronha onde, coitada!, tem que fazer uma reportagem. Este povo que trabalha em televis�o sofre, vou te contar... Beijinhos para todos! 13:48
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13.9.04
  Moderno ou eterno?A Nokia, que det�m 30% do mercado mundial de telefones celulares, anda pensando na vida: 30% � muito, mas � menos do que os 35% que j� teve ? ainda que, em n�meros absolutos, ela n�o possa se queixar da vida. Afinal, o mercado mundial de celulares deve chegar aos 600 milh�es de aparelhos este ano. A concorr�ncia est� acirrada e a Nokia perdeu algo da fama de criadora de produtos irresist�veis desde que a onda fashion dominou o mercado, com celulares pequenininhos, bonitinhos e descart�veis, feitos para durar apenas os seis meses da temporada. O mais ir�nico � que foi ela quem deu partida a esta onda, ao apresentar uma linha de telefones num desfile do Kenzo, em Paris, h� alguns anos. A Nokia, campe� dos modelos retinhos, se ressente tamb�m da falta de flips, atuais xod�s do mercado; mas � claro que, no seu website, j� h� meia d�zia deles prometidos para o fim do ano. Esses flips devem fazer sua estr�ia comercial junto com tr�s celulares ultra fashion, apresentados na quinta passada em Shangai. Os tr�s, que misturam toques art dec� a elementos orientais, s�o t�o lindos, mas t�o lindos, que nem se parecem com telefones. Eu olho para o meu velho 7650, que nem est� mais no mercado, e me pergunto se � melhor ser moderno ou ser eterno ? a eternidade, aqui, reduzida �s devidas propor��es do mundo eletr�nico. O 7650 � pesado (154 gramas), grande (114mm x 56mm x 26mm), antiqu�ssimo (foi lan�ado h� mais de dois anos), n�o tem r�dio, n�o toca MP3, n�o dan�a tango nem chega a ser um campe�o de beleza, mas � o melhor telefone multim�dia que eu conhe�o. Tem uma interface maravilhosa e inteiramente personaliz�vel, uma das melhores c�meras integradas (vejam a defini��o das fotinhas no moblog!), bastante mem�ria (quase 4Mb), GPRS, um joystick �timo e, fundamental, bluetooth e infravermelho, para que a gente possa sincroniz�-lo com o computador, o Palm ou um outro aparelho semelhante. O 7650 foi o primeiro celular com c�mera integrada da Nokia. Na �poca, imaginava-se que um telefone n�o era bem um objeto para se trocar como se troca de camisa; conseq�entemente, a lente da c�mera, que � de pl�stico como praticamente todas as lentes de fonecams, ficava bem protegida pelo slide. A minha est�, at� hoje, completamente livre de arranh�es. Um dia vou ter que aposentar este fiel amigo; mas est� dif�cil encontrar substituto � altura. Uns t�m �timas c�meras, mas interfaces complicadas; outros t�m boas interfaces, mas n�o t�m nem infravermelho nem bluetooth; outros, ainda, s� t�m uma carinha bonita e nada mais. Quando fui recarregar o chip italiano em Veneza, o rapaz da loja quase chorou: ?Ah, a senhora ainda tem um 7650! Era o meu telefonino... Foi roubado, hoje tenho um muito mais moderno, mas sinto tanta saudade dele!? Eu disse que entendia perfeitamente e � verdade, como entendo. Pobre ragazzo. * * *Aten��o, fot�grafos digitais: encerram-se hoje as inscri��es para o concurso regional da Sony! Detalhes em www.sony.com.br/concurso. Corram l�, � uma boa! Enquanto isso, a De Pl� e a Oi iniciam, essa semana, uma parceria para a impress�o de fotos de celular. Usu�rios da Oi poder�o enviar as fotos direto de seus celulares para a De Pl� e retir�-las na loja mais pr�xima. As primeiras cinco c�pias s�o gratuitas; as demais custar�o R$ 1,50. Para usu�rios das demais operadoras o custo ser� de R$ 1,99 por foto. Vale lembrar que a De Pl� cobra apenas R$ 0,99 quando se levam mais de 20 fotos num CD... Dica: usem sempre a mais alta resolu��o poss�vel. (O Globo, Info etc., 13.9.04)13:33
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11.9.04
  Na quinta passada, ao anoitecer, muito fora de esquadro por causa de uma gripe chata que n�o me deixa em paz h� dias, fui dar um plant�o de capivara. N�o dei sorte; mas em compensa��o me encontrei com esta gar�a, que mora ao lado dos pedalinhos e � uma das aves mais mansinhas da Lagoa. S� para dar uma id�ia: as fotos n�o foram feitas com zoom, at� porque j� estava escuro e precisei usar o flash. 03:10
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  H� tempos venho tentando fazer uma boa foto dos frangos d'�gua. Que eu saiba, n�o s�o muitos na Lagoa. H� alguns ali perto do Flamengo, outros na �rea da capivara do Vasco e um casal vizinho dos quero-queros do Cantagalo. E, por falar nos quero-queros: eles est�o chocando! Em breve, se tudo correr bem, teremos filhotinhos na �rea. Eles s�o t�o simp�ticos. Bom fim de semana para todos! 02:32
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10.9.04
Pipoca de avi�oO Terminal Viktor Navorski, cidad�o de um pa�s fict�cio da Europa Central, est� em pleno v�o quando uma revolu��o dep�e o governo da sua terra natal. Para efeitos diplom�ticos, Krakhozia deixa de existir. N�s ficamos sabendo disso quando o encontramos pela primeira vez, na fila da imigra��o, inocente da situa��o kafkiana em que o destino o mergulhou. Dono de um passaporte e de um visto que n�o valem mais, cidad�o de um pa�s em suspenso, ele n�o pode entrar nos Estados Unidos, n�o pode ser deportado e nem tem por qu� ser preso. Diante da ins�lita situa��o, o chefe de seguran�a Dixon (Stanley Tucci) o deixa na �rea de desembarque, esp�cie de terra de ningu�m dominada por lojas t�o convenientes para o enredo do filme quanto para o merchandising da produ��o. Dixon imagina que logo a situa��o estar� resolvida; mas o tempo passa e Navorski fica, mais ou menos como o iraniano que, desde 1988, vive no aeroporto Charles De Gaulle, em Paris. Aos poucos ele aprende ingl�s, encontra expedientes para sobreviver e se enturma com os trabalhadores do aeroporto, uma tribo para Benetton nenhuma botar defeito: faxineiro indiano, copeiro hisp�nico, inspetora afro-descendente... enfim, uma verdadeira ode ao politicamente correto, t�o ao gosto do diretor. A vida no terminal nem seria t�o ruim se Dixon n�o come�asse a se sentir incomodado com o nosso simp�tico n�ufrago da globaliza��o e n�o tentasse se livrar dele de todas as maneiras. Mas Viktor Navorski � Tom Hanks, e logo o aeroporto em peso est� a seu favor, ajudando-o a driblar o perverso burocrata e, nas horas vagas, a conquistar uma aeromo�a. Com os mesmos elementos -- um inocente preso nas engrenagens do estado, revolu��es, a vida nos aeroportos depois de 11 de setembro -- se poderia fazer um grande drama ou, pelo menos, um bom filme cabe�a. Spielberg, por�m, optou por uma com�dia leve, um filme simp�tico que diverte sem dar ao espectador a dif�cil tarefa de refletir sobre o mundo contempor�neo. Procurar significados ou simbologias neste "Terminal" � t�o in�til quanto procurar, na vida real, uma aeromo�a igual a Catherine Zeta-Jones, que faz a amada de Navorski. Esque�am a l�gica, embarquem na hist�ria e... boa viagem! (O Globo, Rio Show, 10.9.04) 02:32
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Uma excelente dica do Pedro D�ria. 02:11
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8.9.04
A Mater Dolorosa de Beslan
A Mater Dolorosa de BeslanConsidera��es sobre a dor, a beleza e uma fotografia que personificou a trag�diaA mulher � jovem e bonita, muito bonita. Vestida com apuro, sobrancelhas feitas, cabelos presos num rabo-de-cavalo do qual poucos fios se soltaram, est� sentada no ch�o, de joelhos dobrados, bra�o esquerdo dobrado tamb�m, entre o tronco e a perna que a longa saia preta encobre. A m�o, enfeitada com dois an�is de prata, singelos como alian�as, toca o pr�prio pesco�o; o bra�o direito estende-se na dire��o do olhar. H� tal beleza e eleg�ncia na postura que a gente poderia at� pensar numa pose estudada -- n�o fosse pela m�o direita, que acaricia a cabe�a de uma crian�a morta. De todas as terr�veis imagens de Beslan, nenhuma me tocou mais do que esta m�e quase serena, mergulhada na intimidade da sua dor, sem uma l�grima sulcando o rosto ou um tra�o da sujeira e do caos � sua volta refletindo-se na roupa ou na compostura. Passei dias assombrada com a foto de Sergei Karpukhin, da Reuters, que foi publicada em jornais e revistas do mundo inteiro e que, obviamente, fisgou um nervo exposto do nosso inconsciente coletivo. * * * Num planeta ao qual n�o faltam desgra�as, a repeti��o torna tudo mais ou menos banal, da trag�dia infind�vel da �frica �s cenas de horror no Oriente M�dio, da devasta��o das guerras long�nquas � nossa pr�pria viol�ncia dom�stica, que vai da pobreza indescrit�vel da periferia aos assassinatos gratuitos da esquina. De certa forma, j� nos acostumamos com as fotos de legi�es de famintos, com as prociss�es de desassistidos que deixam suas terras com os poucos haveres, com as eternas velhinhas de len�o na cabe�a erguendo as m�os para os c�us diante de casas demolidas ou filhos mortos, com homens carregando crian�as feridas, com meninos armados at� os dentes; j� conseguimos ver fotos de mulheres e crian�as com pernas arrancadas por minas terrestres sem ter pesadelos durante semanas, j� at� tomamos caf� da manh� depois de conferir as �ltimas baixas dos tiroteios no Rio de Janeiro. Somos, felizmente, animais altamente adapt�veis, ou tanto e tamanho horror simplesmente nos paralisaria. Ainda assim, a associa��o da beleza com a trag�dia � sempre desconcertante. A segunda fatalmente deveria excluir a primeira, pelo menos no imagin�rio de uma sociedade em que o belo � um valor em si mesmo, acima de qualquer outro m�rito ou ju�zo. Afinal a� est�, no cinema, na televis�o, na propaganda: todo mundo sabe que ser bonito � ser feliz, e vice-versa. �s vezes nos lembramos de Marilyn Monroe, mas apenas como um conto moral, uma esp�cie de consolo por nossas eventuais imperfei��es; e mudamos logo de assunto, antes de precisar pensar. A pung�ncia da imagem da m�e de Beslan, por�m, em que a beleza se traduz em dor, d� um curto-circuito no nosso conformismo visual. Ela nos lembra algo que nunca esquecemos, mas que preferimos n�o recordar: a mis�ria n�o � nem feia nem bonita, apenas humana. E n�o h� nada -- situa��o geogr�fica, dinheiro ou mesmo beleza, este atributo dos deuses -- que possa nos livrar dela. Acontece que, quando uma imagem de fato vale por mil palavras, � muito dif�cil -- quando n�o imposs�vel -- tentar explicar seu valor. Olho para a foto extraordin�ria e o mist�rio � maior do que qualquer racionaliza��o que eu possa fazer. Atrav�s da dor muda, do gesto contido e da infinita delicadeza da jovem m�e russa, falam ao meu cora��o v�rios s�culos de arte ocidental, representados nos grandes quadros que, mesmo sem saber, registrei na mem�ria: aqueles em que a Virgem, linda, introspectiva e elegante como a Piet� de Beslan, tem no colo o filho morto. Em suma, a express�o m�xima da dor em todo o esplendor da beleza. * * *Pensar sobre esta fotografia emblem�tica foi a forma que encontrei de pensar e n�o pensar sobre o que aconteceu na R�ssia. Para mim, nada justifica semelhante grau de viol�ncia, nem o desejo de independ�ncia dos chechenos, nem a intransig�ncia com os seq�estradores por parte do governo russo. H� um ponto al�m do qual n�o h� explica��o poss�vel, um ponto al�m do qual n�o h� mais qualquer humanidade. Ao mesmo tempo, n�o consigo acreditar numa �nica palavra do que diz o Kremlin. Vladimir Putin � a perfeita encarna��o de um sistema paran�ico e patologicamente mentiroso, incapaz de dizer a verdade ainda que ela lhe seja favor�vel. Como no caso do escorpi�o da anedota, � uma quest�o de car�ter. N�o acredito que os seq�estradores da escola fossem separatistas chechenos, n�o acredito que fossem da al Qaeda, n�o acredito que o prisioneiro que vem sendo exibido na televis�o seja quem dizem que �, nem que os fatos aconteceram como se diz. N�o acredito em nada, rigorosamente nada. E nem no seu avesso. * * *Enquanto isso, no nosso am�vel para�so tropical, onde tudo vai bem e a classe pol�tica est�, como sabemos, num patamar de elevada civiliza��o e inquestion�vel civismo, o presidente do TSE ap�ia a lei que garante a acusados de crimes o direito de se candidatar. Ele est�, em tese, defendendo a Constitui��o. � um belo gesto, mas s� queria saber quem vai defender, depois, os cidad�os. (O Globo, Segundo caderno, 9.9.04)21:02
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7.9.04
Gatos & toxoplasmoseFiquei muito sentida com a morte da atriz Miriam Pires. N�o a conhecia pessoalmente, mas gostava do seu jeito de ser, simp�tico e sem estrelismos. Al�m do qu�, ela gostava de gatos -- e eu gosto de quem gosta de gatos. Como ela morreu de toxoplasmose, os pobres felinos entraram novamente na linha de fogo. Bom. H� exatamente um ano tivemos aqui um grande debate sobre toxoplasmose causado por uma not�cia leviana do site da BBC do Brasil, que dizia que cientistas l� na Caxaprego (aquele lugar vizinho do Cafund� do Judas) achavam que toxoplasmose causava altera��es de personalidade. O resumo da hist�ria �: toxoplasmose s� se pega de gatos com toxoplasmose e, ainda assim, ingerindo as fezes dos ditos gatos. Para quem quiser maiores detalhes, a� vai o que escrevi e a mensagem que uma m�dica da Funda��o Oswaldo Cruz me enviou � �poca. Infelizmente os coment�rios se perderam, pois havia muitas informa��es interessantes sobre o assunto enviadas por outros m�dicos e estudiosos da doen�a: "Um amigo me mandou, apreensivo, uma not�cia do site da BBC Brasil: ?Parasita de gato altera personalidade de humanos, diz pesquisa?. N�o tenho a menor confian�a em manchetes que terminam com as palavras ?diz pesquisa? ? pois, em geral, n�o tenho a menor confian�a em 99% das pesquisas. Para ficar apenas num fato da mem�ria recente, basta lembrar aquela que o Tony Blair apresentou � ONU, para provar que o Iraque estava at� os dentes com armas de destrui��o em massa. Guardei o e-mail dos gatos para ler depois. Mas, em menos de duas horas, 19 pessoas me enviaram links para a BBC. A coisa assumia propor��es alarmantes. Fui checar: ?Cientistas est�o responsabilizando os gatos por infectar metade da popula��o da Gr�-Bretanha com um parasita que pode alterar a personalidade das pessoas. Os dados emergem de pesquisas de universidades brit�nicas, tchecas e americanas, feitas em torno do Toxoplasma gondii, um protozo�rio que existe em quase toda a popula��o de felinos.? Depois dessas 50 palavras, s� me ocorreu uma 51�, inglesa, para casos assim: Bullshit ! Como sabe qualquer pessoa com um m�nimo de interesse por gatos, s� carregam este protozo�rio gatos que se alimentam de ratos. N�o h� hip�tese de um gato de apartamento transmitir toxoplasmose. Ent�o, ?quase toda a popula��o de felinos? onde, cara-p�lida? Pode ir tirando a minha Fam�lia Gato da�. ?Os homens infectados, segundo o estudo, tendem a ser mais agressivos, anti-sociais e menos atraentes. As mulheres, por outro lado, se tornam mais desej�veis e divertidas, mas menos confi�veis e possivelmente mais prom�scuas.? O ?achado? est� levando os cientistas a associar a contamina��o end�mica da popula��o de gatos com a cultura de um pa�s ? cientistas n�o perdem uma oportunidade de cientificar. A Fran�a, por exemplo, tem mais gatos infectados do que a Gr�-Bretanha, ?o que explicaria as mulheres francesas serem consideradas mais sensuais do que as brit�nicas.? Quer dizer: a atra��o irresist�vel da Camila Parker-Bowles, de quem o pr�ncipe Charles queria ser o Tampax, e por quem jogou tudo para o alto, inclusive a princesa Diana, provavelmente vem de um casal de siameses clandestinos que ela mant�m em cativeiro. Mas, olha a�, o estudo n�o foi feito por ?universidades brit�nicas, tchecas e americanas?, mas apenas por pesquisadores da universidade Charles, de Praga, que aplicaram question�rios a 857 recrutas tchecos. Qualquer pesquisa de comportamento geral que se baseie num grupo t�o espec�ficamente... uh, question�vel... nem deve ser questionada. Mas os ?cientistas? pesquisadores conseguiram descobrir que, entre esses recrutas, os que eram sorologicamente-positivos � toxoplasmose eram menos criativos e impulsivos, e tinham um QI mais baixo, ora vejam s�. O ?estudo? n�o passa de uma pensata cheia de termos cient�ficos, n�o chega a conclus�o alguma e ? palmas para os pesquisadores tchecos ? tem mais pontos de interroga��o do que refer�ncias bibliogr�ficas. Abrindo a possibilidade para que, amanh�, com os mesmos dados, outro grupo de cientistas prove exatamente o contr�rio. Como, por exemplo, que a falsa ci�ncia, amparada pelo mau jornalismo, � capar de fazer com que uma jornalista sensata do outro lado do mundo (eu, who else ?) se sinta obrigada a defender de p�blico a Tati, o Lucas, a Netcat, a Pipoca, a Tutu, o Mosca e a Keaton. Ah, sim ? como se pega toxoplasmose? A dra. Heloisa Justen, uma das maiores autoridades brasileiras em gatos, diz que a principal causa da doen�a na Europa, de onde vieram o ?estudo? e a reportagem sensacionalista, � comer carne crua. Gatos n�o passam nem perto. Aqui, sim ? � comer hortali�as mal lavadas e ter contato direto com fezes de gatos portadores do toxoplasma gondii. Mas por contato direto leia-se ingerir essas fezes ? que, ali�s, devem estar por ali h� pelo menos cinco dias, tempo necess�rio para que a forma infectante dos protozo�rios se manifeste. Enfim. � s� para n�o continuarmos comendo gato por lebre, o que estamos fazendo desde que a imprensa propriamente dita decaiu, a televis�o assumiu e BBC e Gugu passaram a ser farinha do mesmo saco." (O Globo, Segundo Caderno, 25.9.2003)E a carta da dra. Elizabeth:"Foi com prazer que li a sua coluna sobre a mat�ria rec�m-veiculada pela BBC quanto a uma ?poss�vel? rela��o da toxoplasmose com altera��es cognitivas e comportamentais. Na qualidade de m�dica respons�vel pelo ambulat�rio de Toxoplasmose do Instituto de Pesquisa Cl�nica Evandro Chagas/FIOCRUZ recebo h� anos pacientes encaminhados dos mais diferentes servi�os com as mais diferentes manifesta��es da infec��o, mas de modo geral, a t�nica � a desinforma��o tanto da popula��o quanto da classe m�dica. Toxoplasmose � uma infec��o causada por um protozo�rio (parasita composto por uma s� c�lula) que tem um ciclo evolutivo complexo onde o gato tem papel de perpetuador no meio ambiente.
Como foi claramente exposto na sua mat�ria, o contacto direto com o gato dom�stico n�o � fator de transmiss�o da infec��o uma vez que o gato dom�stico se alimenta de ra��o industrial. O Brasil � um pa�s de elevada endemicidade desta infec��o que em sua maioria n�o � acompanhada de manifesta��es cl�nicas severas. Costuma ser uma infec��o auto-limitada em geral n�o necessitando de tratamento espec�fico uma vez que as drogas dispon�veis podem ter efeitos colaterais consider�veis.
Por outro lado, quando adquirida durante a gravidez pode levar a les�es fetais graves e ocasionalmente irrevers�veis. Infelizmente apesar de estarmos no s�culo XXI e apesar de haver medidas profil�ticas que podem ser tomadas para evitar esta e outras infec��es de transmiss�o materno-fetal, ainda nascem crian�as com toxoplasmose cong�nita, que neste caso, pode levar a altera��es visuais e cognitivas no futuro uma vez que o parasito tem uma predile��o por afetar o tecido cerebral do feto.
N�o li ainda o artigo cient�fico citado na mat�ria, mas estudos epidemiol�gicos devem ser interpretados � luz de condi��es geogr�ficas, ambientais, sociais e acima de tudo metodol�gicas especiais. Para que uma conclus�o de um trabalho seja considerada uma ?verdade? deve ser pass�vel de reprodu��o em outros estudos que o referendem.
De qualquer modo, gostaria de lembrar que o que causa altera��o de personalidade � viol�ncia, ignor�ncia, fome e desinforma��o.
Por favor, consultem os profissionais especializados e deixem os pobres gatos em paz."
Elizabeth de Souza Neves, Crm 52-34588/9 19:39
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Uau!Grande dica da Bia: os bichos que a Márcia viu na África do Sul. Coisa linda, de verdade! 04:02
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Aliás...Como eu publiquei só um trechinho no outro dia, hoje vai a íntegra:PÁTRIA MINHA Vinícius de Moraes
A minha pátria é como se não fosse, é íntima Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo É minha pátria. Por isso, no exílio Assistindo dormir meu filho Choro de saudades de minha pátria.
Se me perguntarem o que é a minha pátria direi: Não sei. De fato, não sei Como, por que e quando a minha pátria Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água Que elaboram e liquefazem a minha mágoa Em longas lágrimas amargas.
Vontade de beijar os olhos de minha pátria De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos... Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias De minha pátria, de minha pátria sem sapatos E sem meias pátria minha Tão pobrinha!
Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho Pátria, eu semente que nasci do vento Eu que não vou e não venho, eu que permaneço Em contato com a dor do tempo, eu elemento De ligação entre a ação o pensamento Eu fio invisível no espaço de todo adeus Eu, o sem Deus!
Tenho-te no entanto em mim como um gemido De flor; tenho-te como um amor morrido A quem se jurou; tenho-te como uma fé Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito Nesta sala estrangeira com lareira E sem pé-direito.
Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra Quando tudo passou a ser infinito e nada terra E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz À espera de ver surgir a Cruz do Sul Que eu sabia, mas amanheceu...
Fonte de mel, bicho triste, pátria minha Amada, idolatrada, salve, salve! Que mais doce esperança acorrentada O não poder dizer-te: aguarda... Não tardo!
Quero rever-te, pátria minha, e para Rever-te me esqueci de tudo Fui cego, estropiado, surdo, mudo Vi minha humilde morte cara a cara Rasguei poemas, mulheres, horizontes Fiquei simples, sem fontes.
Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta Lábaro não; a minha pátria é desolação De caminhos, a minha pátria é terra sedenta E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular Que bebe nuvem, come terra E urina mar.
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem Uma quentura, um querer bem, um bem Um libertas quae sera tamem Que um dia traduzi num exame escrito: "Liberta que serás também" E repito!
Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa Que brinca em teus cabelos e te alisa Pátria minha, e perfuma o teu chão... Que vontade de adormecer-me Entre teus doces montes, pátria minha Atento à fome em tuas entranhas E ao batuque em teu coração.
Não te direi o nome, pátria minha Teu nome é pátria amada, é patriazinha Não rima com mãe gentil Vives em mim como uma filha, que és Uma ilha de ternura: a Ilha Brasil, talvez.
Agora chamarei a amiga cotovia E pedirei que peça ao rouxinol do dia Que peça ao sabiá Para levar-te presto este avigrama: "Pátria minha, saudades de quem te ama... Vinicius de Moraes." 03:41
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6.9.04
   CamarimOntem foi o �ltimo dia de "Brasileirinho". Fizemos duas mesas bacaninhas: Mam�e, Geraldinho Carneiro, Denise Bandeira e eu; e Olivinha, Jo�o Nuno, Egberto Gismonti e a Bibi, filha dele. O show foi um arraso. Tudo aquilo que eu j� tinha dito a voc�s; mas desta vez com a Nana Caymmi, que h� dois dias ligou para a Kati, produtora do show: -- Eu vou no domingo. -- Perfeito, -- disse a Kati. -- Vou mandar ver uma mesa para voc�... -- N�o, voc� n�o est� entendendo. Eu vou cantar. E assim foi. Nana estava na primeira vers�o do show, junto com a querida Mi�cha, mas desta vez, com os pais doentes, se afastou. Como o estado de sa�de deles deu uma estabilizada, quem veio ao espet�culo de encerramento teve a chance de pegar esta canja de alt�ssimo luxo. N�o sou muito de p�r foto minha aqui, agora -- com uma companhia dessas, como � que eu ia resistir?! Fico devendo a hist�ria da minha contribui��o � MPB; amanh� eu conto. 04:11
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O caso do filtro solar, precursor de confus�es"Senhoras e senhores da turma de 1997", dizia o discurso de Kurt Vonnegut no MIT que um amigo internauta me mandou da Calif�rnia. "Usem filtro solar. Se eu pudesse lhes dar uma �nica dica em rela��o ao futuro, filtro solar seria esta dica. Os benef�cios do uso do filtro solar a longo prazo j� foram comprovados pelos cientistas, ao passo que os meus outros conselhos n�o t�m base mais s�lida do que a minha viv�ncia mambembe.
Aproveitem a for�a e a beleza da sua juventude. Ali�s, deixem pra l�. Voc�s n�o conseguir�o entender a for�a e a beleza da sua juventude at� que tenham desaparecido. Mas, acreditem: dentro de 20 anos, voc�s olhar�o para suas fotografias e se lembrar�o, de uma forma que nem conseguem imaginar, quantas possibilidades existiam diante de voc�s, e como eram bonitos. Voc�s n�o est�o t�o gordos quanto pensam.
N�o se preocupem em rela��o ao futuro. Ou preocupem-se, mas saibam que isso adianta tanto quanto tentar resolver um problema de �lgebra pulando amarelinha.
N�o sejam displicentes com os cora��es dos outros. N�o aturem pessoas que sejam displicentes com o seu. Escovem os dentes. Lembrem-se dos elogios que receberem. Esque�am os insultos. Se conseguirem fazer isso, digam-me como se faz.
Conservem suas antigas cartas de amor. Joguem fora seus antigos extratos banc�rios. Sejam gentis com seus joelhos. Voc�s v�o sentir falta deles quando n�o os tiverem mais.
Aproveitem seus corpos. Usem-nos de todas as formas. N�o tenham medo do que outros possam pensar deles. O corpo � o melhor instrumento que jamais ter�o.
N�o leiam revistas de beleza. Elas apenas os far�o sentir-se feios.
Conhe�am seus pais. Nunca se sabe quando eles partir�o para sempre. Sejam gentis com seus irm�os. Eles s�o seu melhor v�nculo com o passado e, com grande probabilidade, as pessoas com quem mais poder�o contar no futuro.
Compreendam que os amigos v�o e v�m, mas h� alguns poucos, preciosos, aos quais devem se agarrar. Fa�am o poss�vel e o imposs�vel para vencer os espa�os na geografia e na vida, porque quanto mais velhos ficarem, mais precisar�o de gente que os tenha conhecido quando jovens.
Aceitem algumas verdades insofism�veis. Pre�os sobem. Pol�ticos prevaricam. Voc�s tamb�m ficar�o velhos. E, quando ficarem, ter�o a ilus�o de que, quando eram jovens, os pre�os eram razo�veis, os pol�ticos honestos e os jovens respeitavam os mais velhos.
Respeitem os mais velhos.
N�o fa�am besteira demais com seu cabelo, ou quando chegarem aos 40, ele estar� com cara de 85. Tomem cuidado com os conselhos que aceitam, mas sejam pacientes com quem os d�. Aconselhar � uma forma de nostalgia. � um jeito de pescar o passado do lixo, limp�-lo, repintar as partes feias e recicl�-lo, para que pare�a valer mais do que vale.
Ainda assim, confiem em mim quanto ao protetor solar."
Maravilhoso, n�o? Sinto informar, por�m, que Kurt Vonnegut jamais fez qualquer discurso no MIT. Esse texto, que corre pela internet h� algumas semanas, foi escrito, de acordo com o "Chicago Tribune" de ontem, pela colunista Mary Schmich, e � a mais recente lenda urbana da rede.
Entende-se. Ser� que algu�m que recebe uma msg recomendando a leitura de uma �tima coluna de Mary Schmich, do "Chicago Tribune", vai se dar ao trabalho de ler? Pois �. * * *Publiquei o texto acima em 8 de agosto de 1997, aqui mesmo no GLOBO, numa coluna chamada "Aviso aos Navegantes". Na semana seguinte, ou seja, no dia 15, voltei ao assunto. Depois de descascar um pouco a "Time", que andava portando-se horrorosamente mal com a internet e os ent�o relativamente poucos internautas, escrevi: "Para mostrar como est� por dentro, a "Time" manda, nas frases da semana: "Wear sunscreen, Kurt Vonnegut, at the Massachussets Institute of Technology". Ora, isso s� faz sentido para quem tem e-mail e recebeu, de algu�m, o tal discurso do filtro solar de que falei na semana passada. Em suma, � mais ou menos como se a revista estivesse piscando o olho para os leitores internautas, dizendo "Viram? N�s tamb�m recebemos".
Com isso comeu a mega-mosca da temporada, tanto mais injustificada porque, no dia 7 de agosto (a data de capa da "Time" � 11 de agosto), a vers�o on-line do "Chicago Tribune" publicara uma longa mat�ria pondo os pingos nos ii. Ali�s, na sua coluna de 2 de agosto, no jornal propriamente dito, Mary Schmich, verdadeira autora do discurso, j� havia escrito sobre o ti-ti-ti. Talvez porque, um dia antes, a vers�o eletr�nica da "Wired" (!) sa�ra com alguns trechos vonnegutianos.
No site da "Time" n�o se fala no assunto. No do Chicago Tribune, descobre-se o que os principais envolvidos acharam da hist�ria.
-- O texto � muito esperto, mas n�o � esperteza minha, -- comentou Kurt Vonnegut com a autora das suas (voc�s decidem) palavras. -- O ciberespa�o � assustador.
-- Bom, sem d�vida � muito melhor acharem que o meu texto � do Kurt Vonnegut do que acharem que � da Danielle Steel -- observou Mary Schmich, provando que realmente sabe das coisas.
Mas quem d� mesmo um banho � a "Wired". L�, Steve Silberman foi fundo, anteontem. Nada de mais bonito se escreveu sobre o hoax -- e, de modo geral, sobre a rede que tanto amamos e que, mais uma vez!, est� levando porrada.
P.S. sobre Kurt Vonnegut: Bad news! Aos 74 anos, aposentou a verve e a cabe�a aberta. Usa m�quina de escrever, odeia computadores e fez declara��es t�o mals�s que est�o sendo brandidas, agora, como Sagrada Escritura contra a rede pelos censores de plant�o. Que pena que ele n�o � Mary Schmich. * * *Lembrei dessa hist�ria porque foi esta a primeira vez em que o texto de uma pessoa mais ou menos desconhecida circulou pela internet com falsa autoria. "Vonnegut" e "MIT" eram, na �poca, palavras m�gicas para quem usava a internet; n�o havia como resistir ao apelo da mensagem. Mas quem j� estava online na �poca aprendeu: n�o se manda adiante texto recebido por email sem ter certeza de quem escreveu. Continua valendo. (O Globo, Info etc., 6.9.04)04:01
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5.9.04
   Novo desafio ornitol�gicoDepois da ave grandona que mais ou menos acertamos chamar-se baguari, algu�m poderia me dizer o nome desta gar�a miudinha? A ave ao lado � um quero-quero, pouco maior do que um pombo, s� para dar id�ia do tamaninho dela. � pequena mas esquentada, e dada a implicar com bigu�s que v�m pescar na mesma freguesia. Quanto ao casal de quero-queros, acho que estabeleceu mesmo resid�ncia aqui perto de casa. N�s nos encontramos praticamente todos os dias e j� estou pegando o jeito deles; consigo chegar bem perto sem que se chateiem com a minha presen�a. 18:24
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4.9.04
Vote!Cortesia involunt�ria da Girafa de Lisboa (que �, ali�s, um baita blog): este site que estende as elei��es americanas ao mundo inteiro. � brincadeirinha, claro, mas considerando-se o potencial que tem os Estados Unidos para acabar com o planeta, devia ser para valer. 21:11
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AbismoN�o consigo tirar as imagens terr�veis das crian�as russas da cabe�a. Nada justifica este grau de viol�ncia, nem o desejo de independ�ncia dos chechenos, nem a intransig�ncia com os sequestradores por parte do governo. H� um ponto al�m do qual n�o h� racionaliza��o poss�vel, um ponto al�m do qual n�o h� mais humanidade. 16:49
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 BisOntem consegui sair mais cedo do jornal do que de costume e... fui ver Beth�nia de novo. Estou apaixonada pelo show. Aqui em casa ou�o o CD e vejo o DVD, mas n�o � a mesma coisa. Nada substitui o espet�culo ao vivo, sobretudo um espet�culo triunfante como este, em que os cambistas perguntam se voc� tem ingresso para vender (!) e a plat�ia aplaude antes mesmo de ouvir uma nota. Encontrei v�rios amigos, e todos foram un�nimes: h� tempos n�o viam nada t�o lindo. O show sai de cartaz domingo, mas eu ainda volto l�, se n�o volto... 03:03
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3.9.04
    Animal PlanetSeu Antonio do coco trabalha perto da Col�nia dos Pescadores. Na hora do almo�o, aproveita para pescar. H� uma s�rie de aves suas freguesas, porque ele distribui pedacinhos de peixe, ou at� peixes inteiros, entre elas. Essa gar�a azul (ou gar�a real, ou baguari, ou... ainda n�o chegamos a uma conclus�o definitiva no outro post) fica tranq�ilamente pousada no barco enquanto ele navega e joga a rede. Depois come da m�o dele, uma coisa linda de ver! Quando enche a pan�a vai embora, e fica parada pensando na vida numa b�ia logo ali em frente. 03:05
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YIKES!Ouvindo Bush na BBC. � simplesmente assustador. Update: N�o, n�o � assustador. � muito mais do que isso. A sensa��o que eu tive foi, imagino, igual � que deviam ter as pessoas que, longe da Alemanha, ouviam os discursos de Hitler pelo r�dio: como � que o povo est� acreditando nesse cara?! Como podem ouvir todas essas barbaridades e... aplaudir?! Ser� que todos perderam a capacidade de racioc�nio, ser� que ningu�m pensa mais?! Ouvir Bush falar em compaix�o, em liberdade e em democracia me enoja, me parece uma piada de extremo mau gosto. Pior � ouvir a plat�ia aos uivos, Four More Years! Four More Years! Que pesadelo, meu Deus, que pesadelo. 01:08
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2.9.04
20:13
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 Consultoria ornitol�gicaPessoal, algu�m sabe me informar o nome deste p�ssaro desta ave? Os pescadores dizem que � um flamengo; conhe�o "flamingos", mas n�o s�o assim. O cara do coco diz que � uma gar�a, mas as gar�as s�o menores e brancas, n�o? 17:27
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Hoje, �s 17h30, no GNT... ...vai passar Nova York -- a cidade e o mundo. Segundo a Vera, que j� viu, o document�rio -- sobre a movimenta�ao de uma parcela da popula�ao que, indignada com o que o poder p�blico estava fazendo, resolveu se reapropriar da cidade e declarar definitivamente que ela pertencia aos seus habitantes e nao aos eventuais governantes -- � �timo. E, quem sabe, n�o nos d� umas id�ias ou, pelo menos, uma esperan�a... 13:22
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A gangorra emocional da semana Depress�o com o governo, reden��o com Beth�nia Quando eu estava crescendo no Bairro Peixoto, havia casas feias. Casas que n�o combinavam com uma id�ia particular do que era bonito, com o ideal dos livros de arquitetura ou, pura e simplesmente, com o olho da gente. Depois veio a especula��o imobili�ria e botou a cidade abaixo, sem fazer qualquer distin��o entre as casas: feias, bonitas, humildes ou suntuosas, todas foram demolidas para dar lugar aos edif�cios que a� est�o, iguais no descaso com a paisagem, na falta de capricho, de idiossincrasias e de um m�nimo de humanidade. Hoje n�o h� mais casas feias aos meus olhos. Diante da brutalidade do que se construiu no Rio, n�o consigo deixar de gostar de uma falta de simetria aqui, de um excesso de estuque ali, de uma indefini��o entre a vontade e a realiza��o. N�o consigo deixar de gostar das casas com personalidade, pequenas ilhas de car�ter e autenticidade numa paisagem urbana cada vez mais deteriorada. Ir ao Centro, onde alguns trechos n�o podem ser mais Habana Vieja de t�o deca�dos, � uma experi�ncia angustiante, cheia de altos e baixos emocionais. N�o importa quantas vezes eu passe pelas mesmas ruas, sempre me deslumbro com os casar�es. A sua gra�a, que resiste ao tempo e aos maus tratos, me faz sentir uma nostalgia enorme dos tempos em que o Rio era uma cidade faceira, que se cuidava; o seu estado de abandono e a inseguran�a que os cerca me fazem sentir um �dio implac�vel pelos sucessivos governos que os deixaram chegar a este ponto, e que a este ponto n�o souberam amar a cidade. H� uma teia de ruas cravejadas de maravilhas entre o jornal e Lapa, h� quarteir�es tocantes por tr�s do samb�dromo, remanescentes da sanha demolidora com que se abriu o Santa B�rbara. Nenhuma dessas �reas foi, em momento algum, uma �rea nobre. Os sobrados e casas que se mant�m de p�, constru�dos em fins do s�culo XIX e princ�pios do s�culo XX, falam de uma gente humilde em ascens�o, de uma pequena classe m�dia, de comerciantes que moravam no andar de cima das lojas. Qualquer dessas ruas pobrezinhas, por�m, tem, ainda hoje, mais beleza e mais car�ter do que qualquer avenida da Barra. * * *Ando muito sens�vel com o abandono do Rio. Olho para a minha cidade como quem olha para um amor ferido: a ressaca no Leblon, a luz das tardes do Aterro, as capivaras da Lagoa, as revoadas de p�ssaros -- tudo me d�i no cora��o, tudo me lembra que, tanto aqui quanto em Bras�lia, temos governos incapazes de se comoverem com toda esta beleza amea�ada. O sol se p�e por tr�s das montanhas, a lua cheia brilha sobre as �guas e a revolta quase me sufoca: como podem existir pessoas para quem o destino deste lugar aben�oado signifique t�o pouco?! Que esp�cie perversa de cegos est� no poder?! * * *"Se me perguntarem o que � a minha p�tria, direi: N�o sei. De fato, n�o sei Como, por que e quando a minha p�tria Mas sei que a minha p�tria � a luz, o sal e a �gua, Que elaboram e liquefazem a minha m�goa Em longas l�grimas amargas. Vontade de beijar os olhos de minha p�tria De nin�-la, de passar-lhe a m�o pelos cabelos..." * * *Pois �; mas voc�s precisam ouvir esses lindos versos do V�nicius ditos pela Maria Beth�nia! " Brasileirinho", que voltou ao Canec�o na semana passada e fica em cartaz at� domingo, � absolutamente emocionante, um dos espet�culos mais bonitos que j� vi. Ali est� o Brasil do cora��o da gente, essa mistura de ternura e perplexidade que nos acompanha e � t�o sutil, t�o distante dos ufanismos pol�ticos; a p�tria gentil e amada, t�o rica na sua simplicidade e t�o complexa nos seus sentimentos; a p�tria que, traduzida em m�sica, consegue o prod�gio de alcan�ar o �mago do cora��o urbano com um luar do sert�o. "Brasileirinho" toca naquela parte rec�ndita da alma brasileira que resiste aos modismos e ao som enlatado da globaliza��o. N�o h� erros neste show de acertos, do cen�rio de Gringo Cardia � luz de Maneco Quinder�, da dire��o de Bia Lessa aos arranjos e � reg�ncia de Jaime Alem; e, claro, acima de tudo, a voz e a presen�a inigual�veis de Maria Beth�nia. Devo dizer, ali�s, que sou devota de Maria Beth�nia, que divide o altar da minha m�xima admira��o com Fernanda Montenegro. Gosto muito de in�meros artistas, sou f� sincera de v�rios deles mas, diante de Beth�nia e de Fernanda, tenho sempre a sensa��o de estar na presen�a de seres de outra dimens�o, habitantes talvez de um planeta diferente, onde as pessoas j� evolu�ram o suficiente para descobrir a verdadeira ess�ncia das coisas. Agrade�o � minha boa estrela o privil�gio de ter nascido no tempo dessas duas mulheres extraordin�rias, para al�m do talento curiosamente t�o parecidas tamb�m na sabedoria, no recato e na eleg�ncia. (O Globo, Segundo Caderno, 2.9.04)01:42
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1.9.04
Emerg�ncia felina!A dra. Andr�a Lambert � a abnegad�ssima veterin�ria que cuida, entre outros, dos gatinhos do Campo de Santana. A situa��o l� est� cr�tica -- para variar. Vejam o email que ela enviou aos amigos: A situa��o no Campo de Santana continua muito triste.
O abandono nunca acaba, uma realidade de v�rios pontos da cidade do Rio de Janeiro e como muitos sabem, de todo o Brasil.
Por ser um parque p�blico no centro da cidade e pela facilidade de acesso o Campo de Santana � um local onde o abandono � intenso. S�os gatos adultos, filhotes e gatas com ninhadas. Esta semana recolhi l3 lindos filhotes sendo que cinco foram abandonados com as m�es e 8 sem a m�e.
Al�m destes filhotes, ainda tem cinco que chegaram antes e muitos adultos para ado��o. Sem falar nos doentes em tratamento e recupera��o da esteriliza��o
Ainda estou procurando um local para tentar fazer uma feira de ado��o. V�rias pessoas se ofereceram para ajudar e assim que tiver um local chamarei para come�armos a programa-la.
Por enquanto preciso de ajuda para manter os gatinhos e prepara-los para ado��o.
Agora tenho duas faturas de ra��o de quase 800 reais, uma vencer� dia 05 de setembro. E encomendei 30 doses de vacina e verm�fugo para vacinar todos os animais.
Tamb�m estou precisando de bacia higi�nica, len��is, e cobertores ou caminhas para gatos.
Com a grande quantidade de gatos, al�m do terra�o, os coloquei em outros locais da casa.
Para ajudar podem trazer a ra��o, medicamentos ou depositar qualquer quantia na conta corrente abaixo.
Banco Ita� Ag. 0703 Conta corrente 29426-4 CPF 913.001.427-15
Medicamentos: Benzetacil, verm�fugo Drontal ou Endal, Frontline, Fragyl pedi�trico, seringa tr�s e 5 ml, �lcool, papel - toalha, col�rio, pr�polis elixir, esparadrapo, azitromicina comp. depo-medrol.
E o mais importante � claro, conseguir bons donos para estes gatinhos.
Abra�os,
Andr�a Lambert Agrade�o de cora��o aos que puderem ajud�-la de alguma maneira. 21:21
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Correspond�nciaPostado no fotolog Anos 80, em 10 de agosto: A Vera foi a guardi� dos pap�is de carta que sua filha colecionou h� alguns anos... mas o tempo fez a tal pasta desaparecer!
Atualmente sua netinha est� muito a fim de colecionar pap�is de carta, como sua m�e fazia nos anos 80. Mas como aquela pasta que sua m�e e av� dariam para ela desapareceu... venho fazer um pedido:
Quem tiver pap�is de carta repetidos ou que queira doar para ela, favor enviar um email para vgcorrea@correioweb.com.br ou para mim mesmo (raih@uol.com.br) que encaminharei para ela.
Conto com voc�s!
Um grande abra�o, Ra�. Mensagem da Vera, postada pelo Ra� no �ltimo dia 31: Salve, Ra�, sou aquela av� que estava em apuros porque n�o localizava a pasta dos pap�is de carta da filha, agora desejados pela neta. Pois bem, quando divulguei meu apelo, encontrei as mais diversas manifesta�oes - surpresa, espanto, interesse, vontade de ajudar, nostalgia, disposi��o para recome�ar uma cole��o etc.
V�rias pessoas se prontificaram a me enviar seus exemplares repetidos, uma delas foi ao leil�o do Mercado Livre e arrematou dois lotes para me dar, outra me enviou sua cole��o inteira (235 pap�is), uma pessoa lembrou que tudo isso deveria ser uma excelente oportunidade para professores ensinarem as crian�as a escrever, para nao ficar s� no consumismo, algu�m ampliou a id�ia, lembrando que professores de arte poderiam estimular as crian�as a confeccionar seus pr�prios pap�is, uma m�e em BH prop�s um encontro para trocas, enfim, o assunto ferveu.
Hoje coloquei no correio a 1a. remessa para as netinhas, um pouco preocupada com a overdose de pap�is.
Tentei dar alguns recados (escrevam para as doadoras agradecendo, n�o troquem os originais etc), mas agora est� dado o start e ningu�m sabe aonde vai dar tudo isso. S� sei que me diverti bastante, conheci pessoas maravilhosas, voc� nesse meio, pude refletir sobre consumismo, enfim, valeu!
Mais uma vez, foi uma grande alegria conhecer sua prontid�o para escutar e agir, sucesso no seu trabalho e muito obrigada, Vera. Ah, eu amo muito tudo isso... :-)15:22
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Pelo JBVai ao ar uma manifesta��o contra os cortes no JB e contra as peculiares id�ias de administra��o de jornais do sr. Nelson Tanure no pr�ximo domingo, dia 5 de setembro, no posto 9 da Praia de Ipanema, �s 11h da manh�. 13:28
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   Beth�nia, imperd�vel" Brasileirinho", show de Maria Beth�nia que voltou ao Canec�o na semana passada e fica em cartaz at� domingo, � simplesmente imperd�vel. Tudo est� deslumbrante, dos cen�rios do Gringo Cardia � dire��o da Bia Lessa, dos arranjos e reg�ncia do Jaime Alem � luz de Maneco Quinder�. O repert�rio � o que h� de mais bonito, e a Maria Beth�nia... bom, est� mais Maria Beth�nia do que nunca. Lindo, lindo, lindo. 03:40
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Al�, ciclistas!Vejam s� que convite mais simp�tico encontrei nos coment�rios: Oi! Cora,
Eu e outros amigos lemos sua mat�ria e gostariamos de lhe fazer um convite:
Temos um grupo de amantes da bicicleta, m�dia de idade de 40 e 50 anos (eu sou a �nica mais nova do grupo, tenho 28 e mais velho tem 67), que todos os fins de semana, subimos pelo Horto at� a Vista Chinesa, Mesa do Imperador, as vezes at� as Paineiras para refrescar um pouco e j� fomos at� o Cristo de bicicleta.
Al�m de fazer exercicio fisico, � um �timo passeio, encontramos al�m de outros ciclistas, esquilos, tucanos, macacos, uma bela vista e com certeza �timas companhias. Algumas pessoas do grupo costumam subir durante a semana tamb�m, tenho certeza que ir� gostar muito.
Aguardo seu contato ou de algum outro leitor que com certeza gosta de andar de bicicleta, mas tamb�m acha uma chatice dividir a ciclovia com pedestres ou ficar pedalando numa academia sem sair do lugar. Garanto que ficar�o "viciados" pelo ar livre no meio da mata. Para os que t�m medo, andamos em grupo al�m de terem sempre uma dupla de policiais parados na Vista Chinesa que fazem tamb�m a ronda (j� somos at� amigos deles). Ser� um enorme prazer. Abra�os da amiga Renata e do grupo todo. Renata Paschoal Valeu mesmo, Renata! N�o sei se j� tenho esse preparo f�sico todo para sair subindo montanha de bicicleta, mas quem sabe...? A que horas voc�s costumam sair para esses passeios? 03:15
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