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31.1.02
 Longe deste insensato mundoA dica � da Forbes (por supuesto...), para quem quer curtir � altura o Valentine's Day, dia dos namorados l� deles; mas cai como uma luva para quem quiser se adiantar um pouco na data (14 de fevereiro) e fugir do carnaval carioca em grande estilo: pacote para namorados no Palazzo do Hotel Bauer, em Veneza. T�. Como se se dizia antigamente, excussez du peu: aquela cidade, aquela vista, aquele hotel, aquelas camas com aqueles len��is deslumbrantes... e, de quebra, vaso de flores, cesta de frutas e champagne geladinha no quarto, mais massagens para dois, passeio de g�ndola e jantar no restaurante do hotel, em pleno Canal Grande... e uso � vontade do fitness center e de sua jacuzzi a c�u aberto, para quem, depois disso tudo, ainda tiver disposi��o sobrando. A rom�ntica brincaderinha sai a �720 por noite, e o hotel exige perman�ncia m�nima de duas noites. Para quem est� achando que a esmola � demais (o Palazzo do Bauer custa at� mais do que isso, sem metade das frescuras, durante a alta temporada) informo: em fevereiro faz um frio do c�o em Veneza, semelhante, em desconforto e insuportabilidade, ao nosso ver�o aqui do Rio. Mas, para quem quer mesmo ficar debaixo das cobertas... 14:28
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Olhem que lindo!!! Ganhei da Meg!02:54
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30.1.02
Bloghemia, aqui me tens de regresso...(Voc�s n�o v�o se livrar dos detalhes...) O mais importante: fiquei muito comovida com as demonstra��es de carinho que voc�s todos me deram aqui nos coment�rios e no livro de visitas. Espero jamais ter que retribuir... ;-) 18:25
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27.1.02
E, com essa, este vosso blog entra em recesso. Novos posts assim que os m�dicos deixarem, a sa�de permitir e Deus for servido.
At� l�!05:40
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Usando o feiti�o contra o feiticeiroVoc� anda preocupado com o tipo de figurinha que freq�enta o seu computador? Desencane! Depois da busca por v�rus on-line, j� oferecida a todos os internautas por empresas como a Symantec ou a Panda, chegou a vez da busca por arquivos suspeitos, que d� uma geral no disco e entrega toda e qualquer coisa que possa ser minimamente desabonadora para uma m�quina de fam�lia -- ou, pior ainda, de escrit�rio. Este servi�o de limpeza � feito por um sistema chamado ContentAudit ("N�s informamos. Voc� decide."), que se apresenta como Inimigo P�blico da Pornografia On-line, sobretudo a subliminar, aquela que chegaria ao seu computador atrav�s de manobras ardilosas: "Os sites adultos, como aqueles usados pelos porn�grafos, est�o entre os marqueteiros mais agressivos da internet, e podem infiltrar conte�do no seu computador sem o seu conhecimento ou consentimento" -- explica o FAQ do CA. -- "A maior parte deste material se aloja em cookies ou arquivos ocultos. Isso pode chegar ao seu computador de diversas maneiras. As mais comuns s�o atrav�s do 1) recebimento de e-mail; 2) da conex�o � internet; 3) do download de aplicativos da rede; e 4) da instala��o de programas." O ContentAudit faz, naturalmente, um estardalha�o enorme a respeito dos perigos da internet, esta selva selvagem em que tantas e tantas criancinhas inocentes j� se perderam. "Seus filhos podem n�o se dirigir intencionalmente a um site de pornografia, mas inocentemente chegar a um deles. E, uma vez l�, ser� dif�cil sair, j� que esses sites s�o freq�entemente interligados entre si, assim prolongando a exposi��o das crian�as ao seu conte�do." Sim, claro, claro. O CA trabalha conferindo arquivo por arquivo a partir de uma base de 500 palavras perigosas: adult, porn, warez, sex... por a� vai. Os arquivos question�veis s�o listados, para que voc� possa se desfazer deles rapidinho, antes que sejam encontrados pelo chef... digo, pelas crian�as. Quando estive l�, �s 4h07 do dia 27 de janeiro, 19,694,541,695 arquivos j� haviam sido vistoriados mundo afora e, deles, 100,151,064 eliminados. A verifica��o da m�quina � gr�tis, mas para ver e eliminar no ato o material suspeito � preciso comprar o software, que custa US$ 19,95. Esta, por�m, � uma despesa da qual, na minha modesta opini�o, todos podemos nos poupar tranq�ilamente. O ContentAudit diz que, pelas suas estat�sticas, um PC t�pico cont�m cerca de 28 mil arquivos; deles, cerca de 230 s�o considerados question�veis e, destes, 11% costumam ser, efetivamente, "perigosos". Ou seja, 25 arquivinhos de nada. Grandes coisas! Dos 247 itens mals�os encontrados entre os meus quase 40 mil arquivos, a maioria � de uma inoc�ncia que at� dep�e contra mim: um artigo chamado "O homem ilustrado" foi indigitado por esconder lust; uma cr�tica que minha irm� escreveu sobre uma grava��o das sonatas de L�clair para flauta, violino e baixo cont�nuo foi censurada por causa da palavra climax; a falecida revista Suck.com, que eu tanto amava, e cujas edi��es chegadas � minha mailbox ainda guardo com carinho, foi respons�vel por mais de uma centena de admoesta��es, bem como a correspond�ncia recebida do FuckedCompany, excelente site que vem acompanhando minuciosamente o estouro da bolha das ponto.com. Isso para n�o falar numa foto de dois dos gatinhos que intitulei, inocentemente, "Assim ou Assado" -- mas que o CA, obviamente, leu como Assim ou Assado. Moral da hist�ria? ADOREI o ContentAudit! Gra�as a ele pude reencontrar o endere�o de um util�ssimo site de warez que eu n�o sabia mais onde tinha posto, e a URL da p�gina que um dos f�s do Cruz (o sensacional ilustrador do Cat) criou no Yahoo, e que atende pelo sugestivo nome de sexybraziliancomicbabes... Recomendo! 05:18
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26.1.02
Zero para o TerraDurante algum tempo, fui usu�ria do Terra. Isso era necess�rio porque eu contratei o Velox, DSL da Telemar e, na �poca, o Terra era o �nico provedor que trabalhava com o Velox. Detestei de sa�da a forma de cadastro do servi�o, que s� me permitia acess�-lo como Rio1005952 (bem f�cil de decorar, n�?) mas, apesar disso, convivemos sem incidentes at� que, h� cerca de dois meses, o cart�o de cr�dito do qual eram debitadas as mensalidades venceu e, conseq�entemente, uma delas foi para o espa�o. Recebi o aviso do Terra, e prontamente entrei com um novo n�mero de cart�o na p�gina de administra��o da minha conta. Simples, n�o? N�o. Enfaticamente N�O. O pagamento da mensalidade vencida tem que ser feito atrav�s de boleto banc�rio. Que tem que ser impresso. Uh? Boleto? Impresso? Diga isso a um notebook solto no mundo...! Por que boleto banc�rio? Por que n�o aceitar o bendito cart�o? Telefonei para o suporte, onde fui atendida por uma af�vel m�quina que me ofereceu diversas op��es que, por sua vez, me ofereceram diversas outras op��es. N�o havia humanos dispon�veis no momento. Deixei para resolver depois. Enquanto isso, como a nova mensalidade estava OK, achei que podia viajar e resolver a parada assim que voltasse. Nada pior do que uma multa poderia me acontecer em dois meses, certo? Errado. Quando voltei, meu acesso � Internet estava cortado. OK, isso � o que acontece a usu�rios inadimplentes. Fiz uma conex�o discada atrav�s do ISM, que continua sendo o meu provedor favorito (e que agora, felizmente, j� tem Velox), e fui checar a minha correspond�ncia atrav�s do webmail do Terra, para onde estavam sendo encaminhadas as minhas mensagens. E foi a� que descobri que o Terra n�o � apenas burocr�tico e complicado. � tamb�m, e principalmente, ruim, muito ruim. No sentido �perverso� da palavra. V� l� que, para se defender de usu�rios inadimplentes (ainda que pagantes) um provedor corte-lhes o acesso. V� l� (at�!) que os impe�a de enviar e-mails at� que regularizem sua situa��o. Mas impedir algu�m de ver o e-mail que lhe foi legitimamente enviado � um comportamento feio, impiedoso, desumano e, possivelmente, criminoso. Tenho certeza de que o Terra haver� de ter mil raz�es cont�beis e �legais� para se justificar. N�o me interessam. Um provedor de servi�o internet tem uma fun��o social da maior import�ncia, e N�O PODE tratar dessa forma os seus usu�rios. Muita gente depende de correio eletr�nico para viver. As minhas mensagens, naturalmente, estavam a salvo na Well, onde sou feliz h� mais de dez anos -- e onde, uma vez, por uma confus�o de cart�o semelhante, passei v�rios meses sem pagar a conta sem que nada de mal me acontecesse: afinal, eles me conhecem, e eu conhe�o eles. Quanto � minha conta no Terra, foi oficialmente encerrada, apesar da amabilidade e da compreens�o manifestadas pela atendente (humana!) assim que soube que o Terra n�o veria mais a cor do meu dinheiro. Olha aqui, � Terra, amabilidade e compreens�o a gente d� mostrando respeito consistente ao usu�rio! Sinto, mas voc�s n�o passaram no teste. O Globo, 28.01.02 -- � isso mesmo, voc�s est�o lendo antes de todo mundo!16:42
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Mais uma tirinha que o Tip (agora em nova encarna��o) descobre, eu vou l� e roubo...07:37
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Paulistas, help!Acabo de receber este e-mail: Ajude-me por favor, preciso saber como encontrar ajuda para alguns gatos em S�o Paulo... vc pode me indicar alguma sociedade protetora... tem c�es tb... e vivem sofrendo.... vc conhece algum �rgao em S�o Paulo que eu possa contatar? agrade�o Bjos patEu sou totalmente ignorante de SP; h� algu�m a� que possa dar este help animal b�sico � Patr�cia? Se houver, por favor mande um e-mail pra ela com as coordenadas... Valeu, algu�m! 03:06
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 � isso a�!Recomenda��o do Mario AV n�o tem erro: por exemplo, esta entrevista do Tom-B ao EyePunch: EyePunch. Hoje, fala-se muito em regulamenta��o do Design, necessidade ou n�o de forma��o acad�mica, conceito x ferramenta, etc. D� sua opini�o neste campo minado.
Tom-B. eu acho que: 1. regulamenta��o � curral, serve pra gado; 2. curso � o pior lugar pra se aprender alguma coisa; 3. o conceito deve ser formalizado depois do trabalho ficar pronto, de preferencia depois do autor morrer; 4. � f�cil treinar um macaco pra usar o computador.Matou a pau! Para quem n�o sabe (h� ainda algu�m que n�o saiba disso no mundo conectado?), o Tom-B � um ilustrador totalmente da pesada (vide ping�ins acima). O resto do papo est� aqui, devidamente pescado para voc�s. 02:36
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25.1.02
Sem coment�rios IIUm dos papos recorrentes em rela��o � internet � a pouca disposi��o manifestada pelos usu�rios de pagar pelos servi�os que consomem. Eu n�o estou t�o certa disso. Minha impress�o � que as pessoas n�o pagam pelo que n�o precisam, mas n�o se importam em pagar pelo que de fato apreciam e acham necess�rio -- uma vez que o pre�o seja razo�vel. Um exemplo: durante uns tempos, o New York Times fechou as porteiras a quem n�o fizesse assinatura do seu servi�o on-line. Eu, que adoro o NYT e era leitora ass�dua, fiquei sentid�ssima, mas disse adi�s sem maiores traumas, e continuei lendo o Mercury News, o SF Chronicle e o Los Angeles Times na santa paz. Tanta gente pensou assim que, rapidinho, o NYT voltou atr�s, e partiu para um sistema mais inteligente de capta��o de recursos: venda de material do arquivo. Claro: quem precisa de uma mat�ria antiga paga sem chiar os U$ 2.50 pedidos (como eu mesma j� paguei algumas vezes). Mas h� uma grande diferen�a entre precisar de material de arquivo, e apenas ter vontade de ler o jornal. O princ�pio que est� por tr�s da tese do internauta n�o-pagante me parece semelhante aos c�lculos da ind�stria de software, que acha que todo usu�rio de c�pia pirata �, em tese, um elemento pagante. Sem chance. Eu gosto muito do Thumbs Plus, para dar mais um exemplo pessoal, mas n�o chego a gostar os U$ 79,95 que a Cerious pede; j� do Eudora estaria disposta a gostar at� mais do que os U$ 49,95 do afeto comprovadamente demonstrado via Amex. Foi este tipo de afeto que me levou a tirar o banner de cima deste blog. Aqueles banners n�o me irritavam (eles est�o entre os mais toler�veis do ciberespa�o), mas acho apenas justo dar uma for�a � galera do Blogger e do Blogspot. Da mesma forma, estaria disposta a demonstrar o meu carinho e (razo�vel) gratid�o a um sistema de coment�rios que n�o nos deixasse na m�o. Voc�s tamb�m n�o estariam? E, com esta pergunta, o internETC. orgulhosamente inaugura um novo feature... 04:48
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Sem coment�riosGente, n�o sei mais o que fazer em rela��o � quest�o dos coment�rios. Ali�s, saber sei sim; mudar o blog de vez para um servidor de verdade, que me permita manter os coment�rios l� quietinhos, com backup e tudo, como manda o figurino. � demais a gente querer que um sistema gratuito, mantido gra�as � abnega��o de um ou outro Bom Samaritano, funcione sem falhas. Banda custa caro, provedor de servi�os n�o � entidade sem fins lucrativos e... bom, o resultado � o que a gente est� vendo agora com o Fala S�rio, mas antes j� viu com o Reblogger e com o Snorland. Isso ser� resolvido em breve, prometo. Sei que venho dizendo isso desde o ano passado, mas � que as coisas se complicaram para o meu lado: vou ser operada na pr�xima segunda-feira, ent�o imaginem que n�o tenho tido propriamente calma e disponibilidade para cuidar deste assunto. (A opera��o � a retirada de um mioma e, en passant, do �tero que o cerca; n�o � nada s�rio -- dizem! porque n�o � neles, n�?! -- mas, por mais que eu saiba disso objetiva e racionalmente, confesso que parte de mim n�o est� l� muito convencida...) Mas, enfim, voltando � quest�o dos coment�rios: at� segunda ordem, acho que vou postar, no pr�prio blog, de vez em quando, observa��es como as que o Hiro, o Jean e o Paulo fizeram em rela��o �s c�meras digitais, que podem ser consideradas servi�os de utilidade p�blica para quem est� querendo comprar uma m�quina. Isso, � claro, desde que A) algu�m consiga usar o Fala S�rio; e, B) eu consiga ler o que l� foi escrito. Se isso for de todo imposs�vel, recomendo a todos, mais uma vez, que usem o �lbum de visitas. Coment�rios:Da Fer: Cora, eu recomendo que voc� contrate o servi�o de um bom web host [eu uso a LocalWeb, ai no Brasil, pago R$ 87 por trimestre] e instalar o Greymatter ou outro programa independente. Dai voc� n�o vai ter mais esse tipo de problemas. Estamos fazendo isso com o Sub Rosa da Meg!! :-) Da Suely: Encontrei um tagboard, ou seja, me cederam um tagboard a custa de muitos choramingos, uma gra�a, bem pequeno mas � um pequeno chat, precisa de suporte ssi, vc sabe se o blog suporta? Do Eduardo: Para ter suporte � SSI (Server Side Includes), voc� precisar� hospedar o seu blog em um servidor que o suporte. A maioria tem capacidade para isso (Apache, IIS etc), mas nem sempre este servi�o est� dispon�vel para uso. Entre em contato com o suporte do servidor em quest�o para saber se este servi�o est� ou n�o dispon�vel e como incorpor�-lo ao seu template (dependendo do tipo do servidor, a sintaxe � diferente). Nos servidores da Tripod (que � onde o meu blog est� hospedado), eles oferecem este servi�o, que tem funcionado a contento (a se��o "Destaques da Semana" e "Curtas & R�pidas" fazem uso de SSI). Espero ter ajudado. Ajudou, queridinho, � claro! Como sempre, ali�s... :-)02:39
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24.1.02
 Eles est�o se superando!N�o sei se voc�s sabem, mas em avi�o americano n�o se serve mais ado�ante. Se algu�m quiser ado�ar aquela coisa que, nos Estados Unidos, atende por caf�, tem que ser com a��car mesmo, e olhe l�. Eu, desligada que sou, nem cheguei a me tocar disso nos v�rios trechos que percorri durante minha �ltima viagem, at� porque n�o bebo daquele caf�, e ch�, s� puro. Mas a minha irm� n�o s� bebe caf� como presta aten��o em coincid�ncias -- e, n�o contente com isso, ainda faz perguntas indiscretas. E ela descobriu o seguinte: o ado�ante foi banido das aeronaves americanas, pelo menos as da American Airlines, porque � em p�! Ou seja, ao contr�rio do a��car, que � granulado, pode ser facilmente confundido com... antrax. Pode, isso?! Ali�s, por falar em antrax, vale ler a nota que o Cat mandou pra GloboNews.com a respeito do assunto. Adendo, em 26.01.02Um dos leitores da GloboNews.com, onde esta nota foi originalmente publicada, mandou o seguinte coment�rio: Isso n�o � paran�ia americana, � SEGURAN�A. Talvez se os brasileiros tivessem um pouco disso n�o viveriam �s escuras ou ref�ns de tanta viol�ncia. O caf� que voc� tanto gosta � hoje ainda plantado e colhido por escravos ou semi-escravos no Brasil. Voc� j� fez algum coment�rio sobre isso? MarceloZel, sabe o qu�? Nessas horas eu acho que tanto voc� quanto o Mill�r est�o certos... N�o se amplia a voz dos idiotas, mas que � irresist�vel, l� isso �. 20:26
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 Gostou da foto deste quarteto de siamesinhos? Ent�o clica aqui: voc� vai cair no Kitten Generator, um site que o Pedro Doria (e o Eduardo Stuart, conforme me lembrou a Fernanda Guimar�es-- t�o vendo que amiga ingrata eu ia me revelando?! mas � que naquele dia n�o consegui entrar no site e depois me esqueci...) descobriram, e que est� cheio de fotos assim, de gatinhos, uma mais linda que a outra. 20:04
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 Pequenas mis�rias digitaisPara os angloparlantes: TUDO o que voc� sempre quis saber sobre DSL (leia-se, no Rio, Velox) e nunca teve coragem de perguntar. Na Slate. 06:23
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Pequenas felicidades digitaisNo (merecido) au� criado em torno do novo iMac, outros produtos apresentados durante a MacWorld passaram quase despercebidos. Foi o caso de algumas excelentes c�meras digitais, como as Coolpix 775 e 885, que j� v�m com um bot�o para transferir as fotos, automaticamente, para o computador -- tend�ncia cada vez mais comum entre as m�quinas fotogr�ficas digitais para usu�rios dom�sticos -- e sua irm� mais esperta, a Coolpix 5000 (minha pr�xima c�mera digital), um s�rio sonho de consumo que vem deixando muitos cora��es (e contas banc�rias) abalados.  Tamb�m, pudera: s�o 5.0 megapixels a menos de mil d�lares nas boas lojas do ramo...! S� para comparar, h� menos de dois anos, foi este o pre�o que paguei pela Sony DSC P1 -- tamb�m uma linda c�mera, mas que vai a "apenas" 3.3 megapixels... e hoje, conseq�entemente, pode ser encontrada a cerca de US$ 600. Investimento pior, financeiramente, s� mesmo a��es da falecida Enron; mas o que me diverti com esta valente Sony desde que moramos juntas ultrapassa, disparado, essa reles diferen�a cambial... Como um dos fortes do novo iMac � a habilidade para gerenciar imagens (resultado do seu poder de processamento associado ao iPhoto, software dos sonhos de todo mundo que brinca ou trabalha com figurinhas) encontrar estandes da Nikon, da Olympus, da Fuji e da Canon entre empresas como Adobe ou Quark fazia todo o sentido no Moscone Center. Dif�cil era prestar aten��o nas pequenas maravilhas em exibi��o, com o iMac2 roubando todas as cenas.  A Canon Elph PowerShot S110, del�cia prateada e min�scula, do tamanho de um ma�o de cigarros, resolu��o de 2.1 megapixels, zoom 2X e pre�o de mercado em torno de US$ 350, era uma esp�cie "c�mera oficial" da feira: todo mundo que demonstrava produtos Apple estava com uma pendurada no pesco�o, para n�o deixar d�vidas quanto � facilidade de conviv�ncia entre os iMacs e a foto digital. Foi uma �tima escolha. A PowerShot S110 � uma tenta��o que recomendo sem restri��es a qualquer pessoa que queira uma m�quina simples, pr�tica, daquelas que a gente joga na bolsa e leva para todo lugar -- e que, ainda assim, � capaz de produzir excelentes resultados. Coment�riosDo Hiro Kozaka: Eu tenho uma Canon s300, a irma mais velha da s110. Tem as mesmas caracteristicas da s110 sendo que tem um zoom otico de 3x ao inves de 2x da 110. Como usuario desta pequena maravilha s� tenho elogios. A unica restricao e' o tempo da bateria e o Compact Flash de 8Mb. Se alguem estiver pensando em comprar uma s110 digo que � MUITO BOM comprar uma bateria extra para nao perder nenhum momento e um CF de 128Mb que hoje nos EUA ja sai por apenas US$70,00. Do Jean Bo�chat: Eu tenho uma s100, o modelo anterior. Como j� disse aqui antes � o melhor custo-benef�cio que existe em termos de fotografia digital. Mas confesso que tamb�m desejo essas Nikons. =^) Do Paulo: Tenho uma S110 h� alguns meses. O tamanho � tudo! D� para carregar no bolso da frente de um jeans. A grande diferen�a da S110 p/ a S100 parece mesmo ser a dura��o da bateria. Enquanto do modelo antigo todo mundo reclamava da bateria, nesta a pequen�ssima mem�ria de 8M praticamente sempre lota antes de a bateria acabar (mesmo apagando as fotos piores e usando flash direto). Recomendo! Pra falar um pouco mal: as fotos com flash ficam muuuuito piores que as de dia; o zoom praticamente n�o existe, � mesmo s� para retratos; a m�quina � racista (!), foi mesmo feita para gringos branquelos, fotos de pessoas negras ficam muito piores. 05:27
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23.1.02
Aproveitando que estou calma...Lamentamos informar que o b�pede que cuida da atualiza��o deste blog continua fora de combate, e recorrendo a pr�ticas pouco criativas para mant�-lo em dia. Agora, por exemplo, manda ver a dica da Ana Lagoa, enviada por e-mail aos seus (dela) amigos & amigas: "A Unicamp acaba de divulgar que o p� de caf� usado (aquela borra que fica no filtro) espanta o Aedes e impede que ele ponha ovos. Os especialistas da universidade recomendam, portanto, que se coloque uma colher de borra nos pratinhos de recolher �gua e na terra das plantas de vasos e de jardins, sobretudo jardins de entradas de pr�dios, que atraem muitos mosquitos." Ta�: simples, pr�tico, eficiente e... barato. Ali�s: gr�tis. Quando � que o governo vai aprender que � de solu��es assim que o Brasil precisa, e n�o de novas taxas e impostos arrancados a f�rceps de quem j� n�o tem mais nem para o sup�rfluo (posto que o essencial j� dan�ou h� s�culos)?! Como assalariada, ou seja, a �NICA categoria que paga impostos neste pa�s de autoridades corruptas ou, no melhor dos casos, assustadoramente incompetentes, estou CHEIA de ver meu suado dinheirinho sustentando banqueiro falido, parlamentar vadio, oposi��o sem sentido, pol�cia incapaz e, sobretudo, um presidente que acha que nada, mas absolutamente nada do que acontece por aqui � com ele. Como � que esta corja n�o tem sequer o desconfi�metro (j� nem falo em cojones) de olhar l� pra baixo e ver o que est� acontecendo com a Argentina?! Por mais cordial e paciente que seja uma sociedade (t�, eu sei, n�o � bem este o caso dos nossos vizinhos) h� um ponto em que simplesmente n�o d� mais, e ela explode. � isso que est�o querendo fazer conosco, ver o quanto de viol�ncia generalizada e de insensibilidade pol�tica ag�entamos?! ARGHHHH!!!!Ah, sim, e antes que eu me esque�a: vamos todos n�s, internautas, propor um acordo ao Papa. A gente n�o d� mais palpite sobre a regulamenta��o da Igreja, e ele n�o fala mais sobre a internet. E pronto. 16:26
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22.1.02
Di�rio de bordo Tentativa de auto-retrato durante o take-off de Dallas.05:36
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Di�rio de bordo: Pausa em L.A.    Entre a MacWorld, em S�o Francisco, e a parada b�sica em Austin para ver a fam�lia, passei uma tarde inesquec�vel em Los Angeles, by Scarlett Freund (comigo na foto: a minha mais nova amiga de inf�ncia), que me levou para um tour maravilhoso do Getty Museum.
Ainda vou escrever sobre este museu, que � deslumbrante; sei que estou devendo v�rios posts a voc�s, e alguns papos s�rios, mas � que, desta vez, al�m da habitual falta de tempo, est� faltando sa�de tamb�m.
(Gente, como eu detesto ficar doente...!!!)03:36
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"Hoje em dia ningu�m precisa ser nada pra ser alguma coisa" (Mill�r)03:28
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20.1.02
Grandes not�cias felinas no Epinion... :-)20:50
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iLuxoO Maur�cio Martins me mandou este link -- macint�xicos e f�s da Pixar em geral, corram l� que � muito engra�ado!!!06:09
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A Laura volta hoje! :-)05:59
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Eu era assim... Voc�s se lembram da Tatiana Quintella? Publiquei uma foto dela aqui no blog h� algum tempo, e prometi outras para depois: � que na �poca eu estava restrita ao material do ThinkPad. Agora estou de volta a uma das esta��es de trabalho (como fica chique isso, n�?), com acesso a todas as fotos arquivadas, e j� posso cumprir o prometido. E fiquei assim! E sabem quem � esta? Pois �, ela mesma, com um ano e meio de idade... N�o ficou uma gata? N�o s� uma gata, ali�s, como uma gata brasileira: est� finalmente no Brasil, para onde voltou h� alguns meses a sua b�pede, e minha querida amiga, Theresa Quintella -- nossa embaixadora em Moscou quando a Tatiana entrou para a fam�lia. 05:25
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19.1.02
Capturado no Mario AV.06:42
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Artigo sobre blogs na OJR: Let Slip the Blogs of War. 06:34
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Educa��o b�sicaBlogs amigos discutem uma Ep�stola do Stallman contra o uso de .docs em e-mails. Sinceramente, acho estranho que sequer se discuta isso -- na minha cabe�a � ponto pac�fico, h� s�culos, que o envio de e-mails em qualquer formato que n�o TXT, RTF e, v� l�, HTML, � das atitudes mais grosseiras que um b�pede conectado pode adotar. De onde tira a criatura a id�ia de que eu uso Word? De onde imagina que, ainda que eu use, trabalhe com ele 24 horas por dia aberto na m�quina? E o que a faz supor que tenho tempo suficiente para esperar que aquela maravilha do mundo ocidental carregue, no suspense inenarr�vel de ler as suas palavras?! Que pretens�o!!!Quando a gente lida diariamente com uma mailbox inadministr�vel como � a minha l� do jornal, � imposs�vel sequer descrever a irrita��o que uma msg dessas d�. N�o h� a menor hip�tese de que eu sequer a leia: a tecla delete � a serventia da casa. ARGHHH!!!(�, eu sei, tou num humor de c�o, desculpem. Os gatos j� me avisaram disso, e est�o fazendo o poss�vel para resolver o problema.) 06:19
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Dica de siteO Renato Parada passou por aqui, deixou este link, cliquei l�, gostei, taqui: Dharmanet. 00:12
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18.1.02
Enquanto isso, num estranho pa�s tropical...Gente, � s�rio, muito s�rio! Os monarquistas est�o passados com o Quinto dos Infernos! Eu, que n�o vejo novelas nem seriados, confesso que j� me divirto suficientemente com o simples fato de saber que ainda existem monarquistas no Brasil. Ali�s, nem falamos nisso: mas que Casa dos Artistas sensacional � o Pal�cio de Buckingham, n� n�o?! 23:19
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China: t� feia a coisaQuem achou que, com a entrada para a OMT, a China ia come�ar a se civilizar em termos de direitos humanos, achou errado: um comunicado postado no in�cio desta semana na p�gina do Minist�rio da Ind�stria da Informa��o avisa que os provedores de acesso ficam, de agora em diante, obrigados a filtrar as mensagens de seus usu�rios em busca de temas pol�ticos, e os responsabiliza pelo que venha a ser postado nos seus (deles, usu�rios) websites. As ordens fazem parte de uma s�rie de novas regulamenta��es que, al�m de intensificar o arrocho geral, obriga as redes chinesas a usarem software nacional, e produtores estrangeiros a garantirem, por escrito, que seus programas n�o cont�m rotinas ou furos que permitam espionagem ou cracking de sistemas chineses. (A �nica coisa positiva disso tudo � que, com essa, a Microsoft deve ficar de fora daquele gigantesco mercado: ou Bill Gates ser� capaz de garantir que o Windows � � prova de hacking, cracking ou backdoors?! � ruim!) * Mas, sem brincadeira, a situa��o da internet chinesa � simplesmente alarmante. No dia 28 de setembro passado, quatro jovens intelectuais foram levados a julgamento, acusados de subvers�o. Seu crime? Criar um forum de debates sobre pol�tica e direitos humanos na web. Presos no dia 13 de mar�o de 2001, o engenheiro de sistemas Yang Zili, o jornalista Xu Wei, o ge�logo Jin Haike e o escritor Zhang Honghai -- todos na faixa dos 25 anos -- passaram sete meses � espera do julgamento, e aguardam, at� agora, o veredicto. * Ser� implic�ncia minha, ou ser� mera coincid�ncia o fato de Bill Gates ter mandado um e-mail para todos os fundion�rios da M$, no mundo inteiro, exigindo prioridade para o quesito seguran�a?21:37
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17.1.02
Valeu a dica, Stanley!04:45
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Da Apple para os outros: bem-vindos!Num folheto sobre o iMac fartamente distribu�do no Moscone Center (pequeno empreendimento imobili�rio do primo americano do Rep�rter Mosca), havia uma p�gina, a �ltima, especialmente dirigida a usu�rios Windows, dando-lhes as boas vindas. Confesso que achei estranho encontrar um recado para PCzeiros numa feira em que o meu ThinkPad era motivo de olhares mais arrevezados do que um gato numa exposi��o de c�es, mas parece que o folhetinho n�o era um especial MacWorld, mas sim algo produzido para circula��o ampla, geral e irrestrita: o Fritz D'Orey, MacAmigo das antigas, me mandou um link para o mesmo recadinho sutil, que se encontra tamb�m aqui. 01:14
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HP: a trama se adensaWalter Hewlett, filho de William Hewlett (o "H" da HP) nunca fez gosto na proposta de uni�o entre a HP e a Compaq -- e tamb�m nunca fez segredo disso, para desespero da CEO Carly Fiorina e dos outros membros da diretoria que tiveram a infeliz id�ia. E bota infeliz nisso! Agora, por�m, ele acaba de dar seu golpe mais duro na id�ia: mandou um memorando para os acionistas da HP, instando-os a votarem contra a uni�o com a Compaq. Ele acha (e, de resto, a julgar pela recep��o dada por Wall Street ao an�ncio h� poucos meses, acha certo) que uma fus�o com a Compaq ser� um tiro no p� da HP, cujas a��es perder�o em valor a curto, m�dio e longo prazos. E agora: vencer� o charme da Poderosa Fiorina, ou o bom-senso de Hewlett, o Herdeiro? 00:50
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Leitura obrigat�riaAlberto Dines, como sempre, manda muito bem. Este artigo, in�cio de uma s�rie intitulada A Hora da Verdade, devia ser leitura obrigat�ria em todas as escolas de jornalismo, reda��es e, sobretudo, diretorias de empresas jornal�sticas. Ele p�e o dedo na ferida mais funda quando fala sobre o efeito delet�rio das "consultorias especializadas" sobre a nossa imprensa. Como todo jornalista em atividade h� algum tempo, eu tamb�m assisti ao desenrolar desta trag�dia -- impotente sim, Betinho, mas calada n�o: o que eu chiei a respeito disso, sempre, o tempo todo, voc� nem imagina; ou, ali�s, talvez at� imagine sim, me conhecendo, como conhece, h� tanto tempo. Mas quem ouve jornalista?! O novo Monde e a crise da m�dia brasileiraAlberto DinesPouco antes do fim do ano, foram demitidos mais de cem jornalistas nas reda��es do Dia e do Jornal do Brasil, no Rio. Meses antes, o trator passara impiedoso na reda��o do Globo e nos jornal�es Folha e Estad�o. Os leitores n�o foram avisados (a n�o ser nos sites da internet, inclusive este Observat�rio). Simultaneamente, ocorriam gigantescas degolas ou enxugamentos na ind�stria automobil�stica, nos transportes a�reos e nos servi�os banc�rios, todos razoavelmente noticiados pela m�dia, tanto a generalista como a especializada. Isso significa que a sociedade brasileira est� basicamente desinformada sobre o que ocorre dentro do sistema que lhe passa informa��es e ju�zos. N�o sabe que este sistema est� em crise. Ignora que o modelo est� falido. Desconhece que os nomes dos figur�es que constam do expediente ou cabe�alho falharam redondamente. Sobretudo, n�o percebe que est� sendo ludibriada por aqueles que se assumem como guardi�es de sua boa-f�. Tomam o seu dinheiro -- ou a sua confian�a -- mas entregam-lhe um produto incompleto. Roto. O leitor precisa saber que o jornal que tanto lhe agrada est� sendo produzido por menos pessoas de modo que entenda eventuais falhas ou, se n�o houver falhas, perceba que a empresa estava sendo pessimamente gerida porque havia gente demais para produzir a mesma qualidade. Algu�m estava gastando o seu dinheiro de forma errada. A isto chama-se prestar contas, ser transparente, respons�vel, digno de respeito. Se a m�dia esconde do seu p�blico a crise num setor de tamanha import�ncia, tudo o que contar sobre as afli��es ou al�vios de outros segmentos ser� prec�rio e parcial. Se � otimista ou catastrofista no notici�rio, se defende esta ou aquela posi��o pol�tica -- tudo precisa ser visto num cen�rio minimamente veraz no qual a pr�pria m�dia deve estar espelhada. Isto posto, � imperioso examinar um caso particular: o do jornal O Dia, do Rio de Janeiro. � paradigm�tico. Quando ainda pertencia aos antigos propriet�rios (a fam�lia do ex-governador Chagas Freitas), a empresa era considerada bem administrada, s�lida, embora o jornal fosse dirigido a um p�blico menos qualificado. N�o importa aqui a forma com que se deu a troca de acionistas, importa que os novos donos e seus executivos desenvolveram de forma not�vel a performance da empresa e do jornal. Passou a ser considerado modelar pelos pr�prios pares. Menina dos olhos da Associa��o Nacional dos Jornais, galardoada e mimada, experimentou todos os modismos importados pela corpora��o patronal. E, principalmente, serviu de campo de prova para uma corja de aventureiros internacionais, auto-intitulados "consultores", que depois de encherem os bolsos com os polpudos honor�rios e usando O Dia como plataforma, abancaram-se na maioria das empresas jornal�sticas de m�dio e grande porte, de ponta a ponta do pa�s. Sem nunca ter pisado numa reda��o, redesenharam os jornais, mudaram os pressupostos cl�ssicos do jornalismo brasileiro. Deram as costas aos compromissos de uma imprensa num pa�s t�o recentemente democratizado. Os desastrosos anos 90 da m�dia brasileira -- que continuam at� hoje -- coincidem com esta incurs�o dos consultores da Universidade de Navarra (Espanha) e seus associados em Miami. Os resultados est�o a�: O Dia � uma sombra do que foi -- em circula��o e em n�mero de funcion�rios. E o resto da imprensa est� de l�ngua de fora, pedindo penico, enganando os leitores com um jornalismo cada vez mais cascateiro, leviano, diversionista e irrespons�vel. E os "consultores" com seus prepostos continuam engabelando um patronato desnorteado e descabelado. Pior: agora engabelam diretamente a opini�o p�blica atrav�s de um or�culo semanal na p�gina dois do Estad�o e menos freq�entemente na p�gina de opini�o do Globo. Onde a crise da nossa imprensa, obviamente, n�o existe. Essa gente tirou o emprego de centenas de profissionais brasileiros de todas as idades, jogou na rua da amargura jornalistas experientes que cometeram o pecado de calar-se quando os empres�rios embarcaram nos estapaf�rdios semin�rios inovadores e na doidice das reengenharias, consultorias, reformas e redesenhos. Le Monde inova: sem crisesE aqui entra o franc�s Le Monde, que na �ltima segunda-feira, 14 de janeiro, estreou nova fase com algumas inova��es visuais e, principalmente, muitos avan�os conceituais. A Europa atravessa seri�ssima crise econ�mica com a locomotiva alem� batendo pino. A m�dia vai atr�s: o grupo germ�nico Leo Kirch, um dos maiores imp�rios medi�ticos europeus, est� � beira da fal�ncia. Os atentados terroristas nos EUA e os seus desdobramentos na �sia Central e Oriente M�dio obrigaram as empresas a ampliar os investimentos n�o apenas em coberturas longas em paragens distantes, mas tamb�m em novas tecnologias e equipamento. Mas os resultados do Monde t�m sido excepcionais: h� sete anos, estava � beira da insolv�ncia. No ano 2000 sua circula��o subiu de 330 mil exemplares para 395 mil, com lucro de quase 30 milh�es de d�lares. Depois do 11 de setembro, ganhou mais 10 mil leitores fi�is e pretende conquistar outros 10 mil gra�as ao seu padr�o de equil�brio e isen��o num momento de tantas paix�es e desvario pol�tico. A nova fase n�o come�ou com o redesenho, ao contr�rio, o redesenho � conseq��ncia natural de um esfor�o concentrado e persistente que come�ou h� tempos. Tamb�m n�o ser� a ado��o de um manual de estilo que melhorar� a circula��o do jornal (como pretende a narcisista Folha sempre querendo colocar-se como epicentro do mundo). Na contram�o do mundo, o Monde est� mudando e melhorando porque ningu�m apelou para malabarismos de consultorias malucas. � a "prata da casa" que est� dando alento ao jornal. Em �poca de mudan�a, os jornais mais do que nunca precisam ser confi�veis, passar a imagem de honradez e dec�ncia. E sobretudo sabedoria. Em vez de degola, o Monde aposta em qualidade. � preciso n�o esquecer que os jornalistas do Monde tamb�m s�o seus principais acionistas e que a holding a ser criada vai captar na Bolsa de Valores de Paris cerca de US$ 80 milh�es. A aprova��o da emenda ao artigo 222 da nossa Constitui��o democratizou o capital das nossas empresas jornal�sticas e tamb�m permite que os jornalistas brasileiros sejam acionistas e que suas a��es sejam negociadas no mercado de capitais. Mas a nenhum de nossos geniais empres�rios jornal�sticos, seus financistas ou consultores, ocorreu a id�ia de, em vez de emascular as reda��es com as matan�as peri�dicas, convocar os profissionais para, juntos, superarem as dificuldades. Todas as informa��es sobre a situa��o e projetos do jornal franc�s foram publicadas no pr�prio. Le Monde jamais escondeu suas crises e seus n�meros. Por isso � confi�vel. (continua)00:20
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LAR, DOCE LAR!Ou, em outras palavras, tou de volta... 00:01
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14.1.02
Recado � fam�lia: Pessoal, eu resolvi ficar um dia a mais com os meninos... e, olha, depois de visitar a Claudinha e as quatro crian�as, que junto com os dois que levamos fizeram uma algazarra e tanto, dif�cil est� sendo n�o esticar por pelo menos mais uma semana... As crian�as est�o as coisinhas mais simp�ticas, gostosas e educadas --- a tal ponto que, s� l� pro meio da noite, � que a gente descobriu que o Rosental n�o estava em casa. U�, � mesmo, cad� ele? "Ah, no M�xico", explicou a Claudinha n�o sem um certo ar de al�vio... Enfim: uma aut�ntica zorra brasileira em Austin, com requintes de sofistica��o deste quilate: Claudinha: Paulo, vov� bebe um guaran�? Paulinho: Nossa, com o maior prazer..! Claudinha: Prefere da Ant�rtica ou da Brahma? PODE ISSO?! Enfim, to make a long story short, isso significa que saio daqui apenas hoje, segunda, dia 14, chegando ao Rio na ter�a, dia 15, no mesmo hor�rio anteriormente previsto.(10h30). E depois conto tudo. E com riqueza de detalhes, n�, Mill�rzinho? Beijos, saudades! Daqui a pouco tou ai. 09:36
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iPhoto: eu quero, tu queres, ele quer...Escrito ainda na semana passada em S.FCO, mas postado apenas agora, em AUSTIN, TX -- Prometi h� alguns posts falar sobre o iPhoto mas, depois de escrever esta mat�ria para a edi��o de hoje do Info etc., me senti muito cansada para continuar tecendo varia��es em torno do mesmo tema; perd�o, pois, pelo atraso. O problema � que, entre o ritmo acelerado da MacWorld, uma passagem rel�mpago por Los Angeles e uma tosse enjoad�ssima que n�o me larga desde que sa� do Rio, cheguei ontem aqui a Austin (onde moram os meus netinhos LIIINDOS!!!) cansada demais at� para... me conectar, voc�s acreditam?! Por isso, ali�s, � que n�o tenho respondido aos e-mails que me t�m sido enviados. N�o � falta de educa��o n�o, meninos, � falta de tempo mesmo: prometo responder assim que voltar para casa.Como a essa altura sabem aqui at� as pedras da rua (para grande irrita��o de Bill Gates, que mesmo vestido de Harry Potter na abertura da CES em Las Vegas n�o conseguiu ser t�o not�cia quanto Steve Jobs, vestido com a mesma velha cal�a azul e desbotada de sempre), o iMac foi planejado (como o tablete Myra da Microsoft) para ser uma esp�cie de centro da vida digital, o ponto de converg�ncia de toda a parafern�lia que hoje nos cerca, de players de MP3 a PDAs, passando por c�meras de video, celulares e, l�gico, m�quinas fotogr�ficas. Para isso h�, do lado de tr�s da j� famosa base semi-esf�rica, duas sa�das FireWire e cinco sa�das USB -- nas quais se pode, incidentalmente, pendurar at� 128 perif�ricos. Nenhuma serial e, gra�as aos c�us, nenhuma paralela: a id�ia � espetar ou desespetar da m�quina o que for preciso, esteja ela ligada ou n�o, e partir para a a��o sem que seja necess�rio configurar coisa alguma. Tudo isso seria muito interessante como conceito, mas um fiasco como pr�tica, se n�o houvesse, unindo todas essas possibilidades, uma boa base de software. E isso, � for�oso reconhecer, o iMac tem de sobra. N�o h� nada t�o simples ou consistente para o usu�rio de gadgets digitais quanto o conjunto iTunes (MP3), iMovies (edi��o de v�deo), iDVD (cria��o de DVDs) e iPhoto. Os primeiros elementos desse time j� eram conhecidos, e at� t�m equivalentes no mundo PC; a grande novidade apresentada na MacWorld foi o iPhoto. E ele �, confesso, um dos motivos da minha atra��o pelo iMac -- at� porque, entre outras coisas, acaba, de forma l�gica e elegante, com as dificuldades de armazenagem das fotos digitais, grande dor de cabe�a de quem n�o tem paci�ncia (como eu n�o tenho) para renomear, no ato, arquivos obscuros como DSC02345 ou DCP_5678 -- nomes pelos quais atendem as fotos que fa�o, respectivamente, com a Sony P1 e a Kodak DC4800. Em vez disso, imaginem o seguinte: faz-se uma s�rie de fotos, conecta-se a m�quina ao computador, que a reconhece automaticamente e importa todas as imagens para um diret�rio que usa a mais simples das analogias -- um rolo de filme. Terminada a opera��o, aparece na tela a imagem deste rolinho, trazendo ao lado thumbnails de todas as fotos que ele contem. O "rolo" pode ser rebatizado � vontade, os thumbnails podem ser rearranjados de acordo com o tema, mas aquele grupo est� l�, com a data do dia, como um conjunto de negativos arrumado numa gaveta. A visualiza��o dos thumbnails �, por sinal, extremamente r�pida e f�cil. Pode-se ver um filme, uma pasta, um certo jogo de fotos marcadas por determinadas caracter�sticas comuns -- "favoritos", por exemplo, ou "gatos", ou "viagens" -- ou, ainda, todas as imagens, e ao mesmo tempo. Apontar o mouse para cima ou para baixo aumenta ou diminui o tamanho das fotos instant�neamente, e esta � uma caracter�stica que, como o iMac em si mesmo, s� se consegue apreciar de verdade vendo o seu funcionamento ao vivo. Al�m disso, o iPhoto torna extremamente simples a impress�o e a disponibiliza��o on-line das fotos, a cria��o de slideshows, sua queima em CDs e pedidos de c�pias � Kodak. Para quem acha que isso � pouco, h� ainda um programa de pagina��o com seis templates diferentes que permitem a cria��o de �lbuns com uma, duas, tr�s ou quatro fotos por p�gina. Encomendados online, eles se transformam em livrinhos de capa dura, com at� 50 p�ginas, impressas em papel couch�. Lindos!Mas isso, por enquanto, ainda n�o funciona para usu�rios brasileiros. Quem quiser um livrinho desses -- e tenho a ligeira impress�o de que n�o h� fot�grafo digital no planeta que n�o queira pelo menos meia d�zia -- tem que ter cart�o de cr�dito e endere�o americanos. T� bom, t� bom -- apesar do entusiasmo de alguns de voc�s pela minha paix�o fulminante pelo iMac2 -- eu nunca disse que a Apple era perfeita, disse? ;-)06:12
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D�vidas fotogr�ficasAUSTIN, TX -- "Cora, me tira uma d�vida", escreveu a Paula Foschia no meu �lbum de visitas. "Uma vez vc disse que tinha uma Sony P1, mas observei que a maioria das fotos do i-mac vc fez na Kodak. Na sua opini�o, quais as diferen�as principais entre essas c�meras? Se tiver um tempinho, me mande um mail, pls! Estou comprando uma c�mera e as suas fotos e coment�rios me deixaram MUUUITO confusa...*rs*" OK, Paulinha, por partes:  Porque usei mais a Kodak: Porque tenho mais mem�ria pra ela do que pra Sony e, al�m disso, a Sony est� com um defeito pequeno, mas que me deixa extremamente insegura, sobretudo em situa��es de trabalho, que � n�o ler corretamente o estado de carga da bateria. Mais ou menos como um marcador de gasolina errado num carro. O que a Kodak tem de melhor: A flexibilidade em ambientes com pouca ilumina��o, e o software, mais poderoso e intuitivo.  O que a Sony tem de melhor: O tamanho fenomenal, o design campe�o, a capacidade de fazer pequenos filminhos MPEG. De qual das duas gosto mais: Imposs�vel responder. Gosto igualmente de ambas, a tal ponto que as mantenho sempre por perto. Qual ser� a minha pr�xima c�mera: A Nikon Coolpix 5000, outra tenta��o irresist�vel que encontrei na MacWorld, para c�mulo de meus pecados. O que � que um ser humano normal pode querer com tr�s c�meras digitais ao mesmo tempo?! U� -- e eu � que vou saber?! Pergunte a um ser humano normal. 04:49
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11.1.02
Datas, pre�os, abobrinhasS. FCO. -- Eu comecei escrevendo isso como resposta aos coment�rios do post da� de baixo, mas depois preferi passar para c�, j� que recebi uns e-mails com as mesmas perguntas: quando? quanto? e, como uma coisa puxa a outra... Enfim, � o seguinte: o iMac2 chega ao mercado americano at� o fim do m�s, primeiro na vers�o mais poderosa (U$ 1.800); em fevereiro, chega o modelo intermedi�rio (U$ 1.500); e, finalmente, em mar�o, o entry-level (U$ 1.300). Ao Brasil, tipicamente, essas coisas levam dois ou tr�s meses para chegar ap�s aportarem nas lojas daqui; portanto, se tudo der certinho, iMac2 in Rio s� l� para mar�o. Gente da AppleBR com quem conversei calcula o pre�o local, no chut�metro declarado, em torno dos R$ 5/6 mil. � que eles dependem de taxa cambial, impostos de importa��o y otras cositas m�s para chegar a uma conclus�o de custos concreta. Mesmo levando em considera��o apenas o que a m�quina oferece -- aquele monitor flat fora de s�rie, a capacidade de armazenagem, mem�ria, velocidade, etc. -- j� seria um bom pre�o; o NetVista da IBM, por exemplo, com metade do espa�o de HD e sem queimador de CDs custa U$ 400 a mais do que o iMac2 b�sico, enquanto o Gateway Profile 3S, outro PC que vem sendo exaustivamente usado nas compara��es dos analistas de mercado, oferece a mesma mem�ria e o mesmo espa�o de disco, mas sem Ethernet ou queimador de CD. A quest�o, por�m, � que o iMac2 � toda uma outra hist�ria. N�o d� para se compar�-lo com qualquer outra m�quina existente. Eu sei que � dif�cil imaginar isso apenas pelas fotos, mas a forma como aquele monitor est� conectado � base, a suavidade com que desliza, a eleg�ncia e o sil�ncio do conjunto, s�o intang�veis incalcul�veis. Beleza n�o p�e mesa at� certo ponto: quando a essa beleza se aliam poder e intelig�ncia, a combina��o fica irresist�vel. Claro, sempre vai haver gente achando que computador de verdade � a boa e velha caixa baunilha, e este �, ali�s, um ponto de vista perfeitamente defens�vel. Sinto dizer mas, hoje, h� pouca coisa mais antiga e datada do que um iMac 1.0 colorido. Havia meia d�zia deles na sala de imprensa da MacWorld, e a meu ver eles ficaram... bem, pat�ticos, sobretudo os que ainda tinham aquele insuport�vel mouse redondo. Nada envelhece mais r�pido do que a pen�ltima moda. Vide, a esse respeito, os iBooks coloridos de 1999, mesmo ano de lan�amento do IBM ThinkPad 560Z em que digito essas mal tecladas -- eles parecem muito mais velhos do que este micrinho, que continua sendo um perfeito exemplo de m�quina elegante e bem projetada. Enfim, considera��es filos�fico-tecnol�gicas � parte, acho muito interessante ver como o novo iMac est� mexendo com a cabe�a das pessoas, e despertando rea��es extremadas. Isso, naturalmente, fora da MacWorld, porque, l�, o iMac j� foi rebatizado: chama-se iWant. 06:31
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9.1.02
Acaba de dar na Wired...S. FCO. -- "Tim Bajarin, president of market research firm Creative Strategies, and someone not inclined to hyperbole, predicted the new iMac will become the best-selling computer of all time. Bajarin predicted Apple will sell 12 million of the new machines in the next three years. Over the last three years, Apple sold 6 million of the original iMacs, which makes it one of the best-selling computers ever." O resto taqui.Eu n�o sou analista de mercado, mas h� anos e anos vivo neste (e deste) mercado e, quer saber o qu�? concordo com ele. 21:17
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B�pedes e quadr�pedesMeu amigo querido Jean Boechat est� trist�ssimo, e eu o entendo perfeitamente: um dos seus c�es, o Charles 'Prince' Bronson, se foi. Qualquer pessoa que conviva com animais sabe como as nossas vidas ficam mais divertidas, ricas e, sobretudo, humanas, ao lado deles. No seu blog, o Jean publicou um lindo poema que escreveu, h� alguns anos, para os tr�s quadr�pedes da fam�lia: [ Os Cachorros: Jean Boechat ]Tenho tr�s c�es. Dois s�o pai, um � m�e. Um � pugilismo, � pulo, � lambida. � guarda, � afilhado, � artista de cinema. Outro � a pr�pria educa��o. � carinho. � amor. � dama, � secret�ria, � ritmo, � praia. � f�ria. Tem outro que � lorde oriental. Admirador da boa m�sica, da boa comida, das artes e damas em geral. � amigo, parece meu av�. Trato como filho. Entre pulgas, latidos, mordidas, arranhos e brigas, convivemos em perfeita harmonia. Tenho tr�s cachorros. Um para a noite, dois para o dia. (SP 03/94) 20:26
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 Jornalismo s�rio � outra coisaQuerem ver um camarada cuspindo marimbondo? Leiam o David Coursey, da ZD Net. Ele est� quicando com o "furo" da Time, e n�o sem raz�o: afinal, quando perguntou para a Apple se poderia ver o novo lan�amento antecipadamente para poder escrever a respeito (com embargo at� segunda, � claro; pr�tica comum em jornalismo de tecnologia) o pessoal de RP disse que n�o, que ningu�m, absolutamente ningu�m, teria acesso �s m�quinas. E a�, na segunda, surprise!: l� estava o Josh Quittner, feliz da vida, dando nome, sobrenome e CPF da av� do novo lan�amento. Eu n�o suporto o Coursey, discordo de quase tudo o que ele escreve, sobretudo quando se mete a achar que o governo americano tem mais � que meter as patas na internet por "quest�es de seguran�a" (arghhh!!! pra que � que fui falar nisso?! eu estava de t�o bom humor at� agora...) mas tenho que concordar que, do ponto de vista jornal�stico, este "furo" � extremamente question�vel. H� um ar de balc�o de neg�cios numa barganha dessas (voc� me d� a capa, eu te dou exclusividade e ainda dou umas rasteiras na tua concorr�ncia) que me incomoda muito, n�o por causa desta mat�ria particularmente, mas por causa da corros�o de credibilidade que epis�dios assim causam � imprensa como um todo. Conseguir a capa da Time era, obviamente, do melhor interesse da Apple, e isso � claro para qualquer leitor. Mas, daqui para a frente, quem garante a integridade das pr�ximas capas da revista? Como � que a gente vai acreditar que eles est�o dando destaque ao que acham que merece destaque, por motivos leg�timos, e n�o por causa de acertos de bastidores feitos pelo departamento de marketing? 09:08
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Mordendo a ma��S. FCO -- O iMac �, para variar, o novo pomo da disc�rdia da Apple. H� gente odiando o seu look de Luxo Jr. (vide o CAT, nas Parab�licas) e gente que, como esta vossa amiga, est� completamente deslumbrada com a sua eleg�ncia e simplicidade. Eu at� entendo a posi��o de quem reclama do iMac sem t�-lo visto em pessoa. Por incr�vel que pare�a, ele n�o � uma m�quina fotog�nica, como eram os iMacs d'antanho, e suas melhores qualidades n�o podem ser apreciadas � dist�ncia. Ele � uma m�quina que a gente precisa ver de perto, precisa pegar e usar para apreciar verdadeiramente. O que h� de t�o diferente nele? Para come�o de conversa, o �bvio: a forma. Sim, ele se parece mais com uma l�mpada de mesa do que com o computador tal como o conhecemos -- mas quem disse que as l�mpadas de mesa t�m copyright de formato? Ou que um computador precisa, necessariamente, se parecer com outro computador? A forma � bonita e funcional em si mesma, como objeto; e funciona que � uma beleza para um computador. Steve Jobs destacou uma frase durante o keynote: Each element has to be true to itself, ou seja, cada elemento deve ser aut�ntico, deve ser sincero consigo mesmo. Este � um princ�pio b�sico do bom design, que pode ser aplicado a tudo. O caso do iMac � exemplar. Nada sobra, nem tenta ser o que n�o �, ou n�o precisa ser. Reparem que, na base, aquela meia esfera mais ou menos do tamanho de meia bola de futebol, est� todo o computador. N�o h� mais nada al�m daquilo, nada. E n�o � qualquer computador. � um computador com uma performance inacredit�vel, absurda; um sonho para quem mexe com arquivos pesados. Baseado num PowerPC de 700MHz ou 800MHz, o iMac pode ter at� 1Gb de RAM (o default � 128Mb para o modelo mais barato e 256Mb para o mais caro) e at� 60Gb de disco r�gido; ele tem uma placa gr�fica espert�ssima (a nVidia GeForce2 MX com 32Mb de mem�ria DDR) e, em seu modelo mais avan�ado, um drive que n�o s� l� como queima DVDs. Detalhe: tudo isso trabalha em sil�ncio. N�o h� um s� rosnado de disco, um s� zumbido de ventilador, para nos lembrar que a m�quina est� ligada, e funcionando. Chega a ser estranho. Muito estranho! Indo adiante: o pesco�o, aquela haste em a�o inoxid�vel que une o monitor � esfera da base -- eis outro exemplo de opera��o macia, perfeita. A gente puxa, empurra, vira para um lado e para o outro, e tudo � muito f�cil, muito leve, muito... silencioso. N�o sei quanto tempo esta maravilha se conserva, mas todos os t�cnicos com quem conversei me garantiram que a maciez e a estabilidade da opera��o podem sobreviver � vida �til do computador em si mesmo. Isso, por�m, acho que s� o tempo vai dizer. E eu, honestamente, estou disposta a pagar para ver. Por fim chegamos ao monitor, ponto alto, em todos os sentidos, do iMac. Dois destaques: um para a nitidez, que � espetacular, outro para aquela sutil moldura de acr�lico transparente que parece frescura mas, na verdade, � a "al�a" perfeita para o manuseio. Como ela parece ser uma extens�o da tela, a id�ia de "intimidade" com o computador � curiosamente forte: a gente n�o est� puxando ou empurrando uma coisa qualquer, mas sim aquele ponto luminoso em que se concentra a nossa aten��o. E n�o, meninos, n�o pensem que eu agora dei para fazer tecnologia conceitual. � que, como todo mundo que trabalha com arquivos gr�ficos, eu tamb�m enfrento o velho problema de ter de virar e desvirar monitores que n�o foram feitos para isso para que os companheiros ao lado possam ver melhor o que estou querendo mostrar. Al�m do qu�, h� vantagens insuspeitas em se poder virar um monitor no angulo exato que se quer. Rolem esta p�gina a� para baixo e confiram a foto que fiz de um iMac exibindo este blog. As condi��es de luz eram porcas (muita luminosidade, e excessivamente difusa) mas ficou legal, n�o ficou? Pois, olhem: nunca fotografei uma tela com mais facilidade. Em suma: desta vez, depois de mais de quinze anos de PC, a Apple finalmente me ganhou. Pela primeira vez encontro, num Mac, qualidades operacionais e funcionais que v�o al�m de uma carinha bonita e de uma cor da moda. Nos pr�ximos cap�tulos, o iPhoto, que a meu ver ser� a killer app do novo iMac, e as minhas d�vidas filos�ficas em rela��o a um sistema t�o fechado. 07:42
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"Podem existir graus de virgindade?" Quem pergunta � um leitor do venerando "The Times", ingl�s (n�o confundir com a famigerada "Time", americana, que tanta pol�mica est� causando aqui na MacWorld) e quem continua a hist�ria � o S�lio Boccanera, numa del�cia de mat�ria escrita para a GloboNews.com. 06:08
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8.1.02
18:15
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   S. FCO. -- Gente, prometo escrever logo mais; por enquanto, d�em s� uma olhadinha na hora deste post, e calculem h� quanto tempo estou acordada se, antes das oito, eu j� estava na fila para assistir ao keynote de hoje, digo ontem... Eu ainda n�o tive coragem de fazer esse c�lculo, pra n�o cair dura pra tr�s. Por enquanto, j� me dou por satisfeita se cair na cama pra dormir um pouquinho! (Fotos feitas com a Kodak DC4800)10:12
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7.1.02
Adivinhem de onde vem este post...???S. FCO. -- Acertou quem disse "Diretamente do teclado de um iMac igual ao da capa da Time ai embaixo..." Sim, meninos. Estou teclando (de pe', numa especie de estante gigantesca cheia de iMacs) no estande da Apple, por enquanto aberto apenas `a imprensa (mas acho que TODO MUNDO que veio `a abertura da MacWorld e' da imprensa). A exposi...ihhh, eis o problema, sem acentos nem cedilhas... a exposissa... sem til tbm... exposissaum (arghhh!) so' abre amanha. Bem. Brincadeirinhas de acentos `a parte (disso PCs nao-aculturados tambem sofrem), so' tenho uma coisa a dizer: ESTA MAQUINA E' O MAXIMO!!!Estou apaixonada: simples, rapida, bonita, muito funcional. O design, pura e simplesmente, uma obra-prima, aquilo que deveria ser qualquer computador: inobtrusivo, elegante e... divertido. Um Luxo Jr. interativo. Como todo mundo que usa PCs, estou tendo alguma dificuldade para me acertar com o teclado (que, independentemente disso, e' excelente) e com o mouse; porisso -- e tambem porque ainda ha' muito a ver por aqui -- escrevo mais tarde, do Thinkpad da foto. E mando a foto da foto... Adendo, seis horas depois: Olha, era para voc�s terem lido isso BEM mais cedo, mas justo hoje o Blogger resolveu dar chabu... Era s� o que faltava! A foto segue depois, quando eu estiver de volta � base. 17:56
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Parem as m�quinas!  S. FCO -- Eu tinha acabado de chegar de Los Angeles, e estava na W. Smith do aeroporto de S�o Francisco comprando os jornais do dia quando foi entregue ao pessoal do balc�o um pacote com a nova edi��o da revista Time. Quando vi aquilo, n�o consegui deixar de dizer um "Uau!" em alto e bom som, que chamou a aten��o de um camaradinha ao meu lado... que tamb�m n�o resistiu, e mandou ver o "Wow!" l� dele tamb�m: na capa, Steve Jobs e sua nov�ssima cria��o, o iMac II. O meu "Uau!" referia-se meio � m�quina, meio ao furo sensacional do Josh Quittner; o dele, imagino, era 100% dedicado � m�quina. CHOCANTE! Modelo quero-um-tamb�m!!!Enquanto n�o saem aquelas fotos lindas da Apple, curtam essas, que fiz ao lado do meu bom e velho Thinkpad de guerra (sem segundas inten��es, juro...). Este � um furo (de segunda m�o, v� l�) desse blog que voc�s est�o lendo/vendo em primeira m�o; n�o s� n�o est� no site da Time, que ainda traz a edi��o passada como capa, como ainda n�o chegou nem ao site da Spymac; o pessoal da Apple que est� aqui no hotel, a quem contei sobre o meu achado, tentou encontrar a Time pelas bancas do centro, mas ela s� circula oficialmente amanh�. Ha!A julgar n�o s� pelas fotos, mas por toda a mat�ria (e pelo pr�prio fato de Jobs ter topado dar a entrevista, mostrado a m�quina e a Time ter concordado em dar a capa em troca disso) a onda feita pela Apple, desta vez, se justifica plenamente. A id�ia b�sica � a seguinte: n�s vivemos cercados por c�meras digitais, webcams, players de MP3, Palms e mil outros gadgets -- todos ligeiramente incompat�veis entre si, e todos cada vez mais dif�ceis de usar. Pois o nov�ssimo iMac pretende ser uma esp�cie de hub simpl�ssimo de usar, ao qual todos os nossos brinquedinhos poder�o ser conectados, sem maiores dificuldades. Tem um cora��o G4 e j� vem pronto para qualquer aspecto da nossa vida digital, de arquivo e tratamento de imagens � grava��o de CDs. Segundo a Time, o modelo mais caro vai custar cerca de US$ 1.800 (quanto � que isso d� em Euro?). Em suma: est� revelada a Grande Surpresa do keynote de amanh�. Talvez n�o a �nica, mas certamente a mais importante... Adendo, antes de ir dormir:: Mario AV descobriu o furo via edi��o canadense da Time; leiam o que ele escreveu, est� (as usual) muito claro e bem pensado. Eu s� acrescentaria um detalhe, em rela��o � obvia semelhan�a entre o novo iMac e o Luxo Jr., aquela simp�tica lampinha do filme da Pixar: a nova m�quina vem sendo desenvolvida h� dois anos. Seria curioso descobrir quando o Luxo Jr. virou logo da Pixar... Afinal, ele � uma imagem que j� est� definitivamente incorporada ao nosso inconsciente coletivo como objeto cool e do bem. 02:09
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Me engana que eu gostoS. FCO -- A "seguran�a" nos v�os aqui nos Estados Unidos continua sendo uma piada. Fazem perguntas prim�rias: "H� algum explosivo na sua bagagem?" Passam aquele detector de metais ao longo do corpo da gente. Agora -- novidade! -- mandam levantar o p� para olhar a sola do sapato (pelo menos, aquele desenho bonitinho dos Kukini Nike est� tendo os seus 15 minutos de fama). Se voc� � sorteado, reviram as suas malas, mandam ligar o notebook, fazem meia d�zia de perguntas. Mas as minhas c�meras digitais, cujo espa�o de bateria daria para camuflar diversas coisas mal intencionadas, passam inc�lumes, assim como o meu gel de cabelo em spray, onde um terrorista criativo poderia estocar uma quantidade de Sarin suficiente para abater um metr� de T�quio, quem dir� um avi�ozinho da American Airlines. Pior que isso � o Brasil tentando fazer "a sua parte". As filas na Federal, para entrar para a �rea de embarque, est�o cada vez mais lentas; a revista dos passageiros, idem. Quando voc� acha que j� passou por tudo, esque�a: na porta do avi�o h� dois ou tr�s agentes revirando mochilas e maletas de m�o com aquele ar compenetrado de quem est� salvando o mundo. Resultado? Duas horas de atraso na sa�da do avi�o que, somadas �s filas e inspe��o em Miami (sim, meninos, eu fui sorteada) me fizeram perder a conex�o para S�o Francisco. Neste momento, estou quicando a bordo de um avi�o que vai para Los Angeles, de onde, enfim, pegarei -- duas horas depois, se ningu�m mais me revistar -- um teco-teco pra S�o Francisco. Resultado: em vez de chegar � cidade �s 10h30, vou chegar, com sorte, �s 15h. Mas eles acham que assim os c�us da Am�rica est�o seguros. 02:06
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5.1.02
Crian�as, FUI. Aguardem o pr�ximo post deste blog da muy leal e her�ica cidade de S�o Francisco.Ah, sim: n�o deixem de ler (como sempre!) o Mario AV, o Evas�o de Privacidade, o Mozzzzzzzzca, o Concatenum, a Rossana, o Hernani, a Meg, o Marcelo e a Zel, Claudia e o Paulo, a Nancy... c�us, estou precisando preparar, urgentemente, a minha lista de blogs favoritos... inclusive porque a Bia taqui ao meu lado h� meia hora dizendo M�e, vambora... voc� tem um v�o agora e vai perder por causa de blog?!... ta�, boa meta de Ano Novo.15:18
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4.1.02
Dez milh�es de verdinhas: s� isso?!Quando � que algu�m levanta US$ 10 milh�es do nada em cem dias e, ainda assim, fica com cara de tacho? Ora, quando prometeu conseguir dez vezes mais, como fez a e-Bay, num momento de muito entusiasmo patri�tico mas pouco fio terra com a realidade... A id�ia, nascida, como tantas outras, no dia 11 de setembro, era fazer com que os usu�rios do site de leil�es apregoassem objetos especiais e doassem o dinheiro obtido com a venda a institui��es de caridade; em contrapartida, a e-Bay abriria m�o da sua comiss�o sobre as vendas. Apesar de alguns itens quentes, como uma foto de Joe di Maggio doada pelo ex-prefeito Rudy Giuliani, a "comunidade e-Bay" ficou, desta vez, aqu�m das expectativas... mas nisso � que d� a gente botar o chap�u onde n�o alcan�a. 22:46
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Mais um teste idiota! Quem seria voc� como mascote corporativo? Eu at� que gostei do meu resultado:

O Corporate Mascot Test pode ser feito aqui. 20:08
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O Jardim das MacieirasCome�a na pr�xima segunda-feira a MacWorld de S�o Francisco, tradicional encontro anual da tribo Apple na Costa Oeste. Como acontece a cada MacWorld, a boataria j� come solta na rede h� algumas semanas: vem coisa nova e grande por a�, garantem os especialistas e os fan�ticos da seita. Coisa nova, tudo bem: isso � com Steve Jobs mesmo, que poucas vezes desaponta o seu eleitorado. Mas grande? Isso fica por conferir. Da �ltima onda de MacBoatos, saiu o iPod, um player de MP3 que � de fato lindo e muito mais divertido do que 99,9% dos players de MP3, mas n�o chega a ser propriamente o prod�gio do mundo ocidental. No caso, a estrat�gia de total sigilo da Apple, que chega �s raias da paran�ia, funcionou como um gol contra -- afinal, por bacaninha que seja um player, nada justifica tamanha expectativa em torno do lan�amento de um deles. O resultado � que o iPod, que poderia, em outras circunst�ncias, ter sido recebido com genu�no entusiasmo, acabou na rubrica do "Mas era s� isso?!"Ao mesmo tempo, por causa disso, certo (justificado) ceticismo passou a rondar as MacSurpresas . Estou longe de ser especialista em Macs. Na verdade, at� confesso minha pouca familiaridade com essas m�quinas -- que considero, n�o obstante, as mais bonitas do peda�o -- porque contrariam, frontalmente, a minha cren�a nos sistemas abertos, ferramentas da verdadeira liberdade digital. Mas, pelo que tenho lido e ouvido de boas fontes, quem est� fazendo pouco do novo show de Jobs deve acordar e ficar esperto. Os adivinhos que sabem ler folhas de ch� de ma�� dizem que o fato de Jobs estar fazendo o keynote speech na segunda-feira, um dia antes da abertura da MacWorld, � um fato in�dito, que fala por si mesmo; e alguns sites at� j� t�m imagens do que seria, em tese, a nova novidade: o iWalk, um PDA para deixar qualquer outro PDA no chinelo. Pelas fotos do SpyMac, ele � mesmo muito interessante. Outros rumores d�o a entender que estaria no forno, em algum vago lugar, a remota possibilidade de um sistema operacional Apple que rode em PCs. Dif�cil, talvez, mas n�o imposs�vel, considerando-se que no MacOS X, o sistema mais recente da empresa, bate um cora��o Unix. Esta "terceira via" operacional poderia, sem sombra de d�vida, ser um baita sucesso. A Apple sabe melhor do que ningu�m a import�ncia de um bom look and feel -- que � o que falta a todos os sabores do Linux, a meu ver, para que ele seja visto com mais carinho e entusiasmo pelos usu�rios finais. Por outro lado, a verdade � que a Apple vive da venda de m�quinas. Sob este aspecto, o lan�amento de um sistema operacional para incrementar as m�quinas (mais baratas!) da concorr�ncia n�o faz nenhum sentido... Bom, quem viver, ver�. Este blog trar� not�cias em primeira m�o: viajo no fim-de-semana para conferir as novidades ao vivo. Aguardem! 05:11
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 O que fazer com o trocoSugest�o para quem ficou com algum mico preto na carteira: origami. H� livros inteiros sobre a minuciosa arte de dobrar c�dulas e, naturalmente, um monte de websites diferentes sobre o assunto (OK: sobre qu� assunto n�o h� h� montes de websites?!) A moeda favorita para a pr�tica deste origami financeiro, pelo menos a julgar pelos websites que visitei, � o d�lar, mas � �bvio que essa escolha tem mais a ver com a localiza��o geogr�fica dos autores dos livros, sites e origamis do que com a beleza das notas; sob este aspecto, as toneladas de c�dulas europ�ias agora agonizantes oferecem um material de trabalho muito mais interessante, tanto pela varia��o de cores quanto pelos diferentes tamanhos dos papeluchos.  H� at� quem recicle moedas antigas por bom pre�o. � o caso deste site aqui, onde se podem comprar pacotes de 18 notas que sa�ram de circula��o em diferentes pa�ses pela m�dica quantia de US$ 3,95. Como trilha sonora ideal para se concentrar no tenaz exerc�cio das dobraduras em papel moeda, recomendo You Never Give Me Your Money, dos Beatles, lembram? aquela que diz: You never give me your money You only give me your funny paper... 02:52
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3.1.02
Dica de viagem: Rolf Potts19:58
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 DERNIER CRIEste blog comunica a seus simp�ticos, am�veis e, sobretudo, pacientes leitores que, apesar dos excessos de fim de ano, est� vivo e bem -- e aproveita o ensejo para desejar a todos, ainda que com pequeno atraso, um Feliz e Pr�spero 2002: com muito euro no bolso, sa�de pra dar e vender. 06:36
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Clicando at� o fimEntre as lembran�as digitais mais impressionantes do dia 11 de setembro de 2001, est�o cerca de 150 fotos preservadas no cart�o CompactFlash de uma das c�meras de Bill Biggart, fot�grafo profissional soterrado quando a segunda torre do World Trade Center desmoronou.  Bill, que trabalhava para uma pequena ag�ncia alternativa de Nova York, sa�ra de casa �s primeiras not�cias sobre os atentados, e telefonara para a mulher, Wendy, pouco depois do colapso da primeira torre. Disse que estava s�o e salvo na companhia de uma equipe de bombeiros, e que em breve a encontraria no est�dio de ambos, a poucas quadras das torres, com a primeira leva de trabalho. Wendy s� soube dele cinco dias depois, quando seu corpo foi encontrado junto com os dos bombeiros que acompanhava. A seu lado, a sacola com equipamentos e filmes destro�ados. Os pertences de Bill foram liberados pela pol�cia duas semanas depois da cat�strofe, e Wendy logo os levou para o est�dio de Chip East, fot�grafo ele tamb�m e melhor amigo do seu marido. As duas c�meras de filme estavam em peda�os, e foi imposs�vel salvar delas mais do que meia d�zia de fotos, parcialmente veladas; a c�mera digital, por�m -- uma Canon EOS D30 -- estava relativamente inteira. Mais importante do que isso: o CompactFlash estava intacto. Atrav�s das fotos - algumas delas est�o em digitaljournalist.org -- � poss�vel refazer a meia hora final da vida de Bill Biggart. Ele observa a queda da primeira torre e as pessoas ao seu redor, em estado de choque com o que acontece; olha para cima e, aos poucos, se aproxima mais e mais do Ground Zero. A nuvem de poeira � cada vez mais densa, h� policiais e bombeiros por toda a parte e, finalmente, a foto �nica, que ningu�m mais fez: o Marriott cortado ao meio. A hora gravada no arquivo: 10h28m. A segunda torre cairia menos de um minuto depois, �s 10h29m. (O Globo, 30.12.01)06:09
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O �ltimo d�lar em Buenos AiresComo todos os brasileiros, eu tamb�m n�o morro de amores pelos argentinos (ou pelas generaliza��es...); confesso, por�m, a minha tristeza e total perplexidade diante do que acontece com aquele povo que, afinal, n�o est� assim t�o longe do cora��o da gente, e � (descubro agora) como um irm�o enjoado, com quem a gente implica mas, apesar disso, pertence � fam�lia e � quer�ncia: como � que um belo pa�s daqueles vai para o saco assim de repente, sem mais nem menos? Como � que aquelas pessoas que at� ontem estavam t�o bem, ou pelo menos n�o estavam t�o mal, de repente explodem com aquela viol�ncia incontrol�vel? Como � que acontece uma coisa dessas? Ningu�m merece. Ou explica. Durante os feriados, no auge da confus�o, o Dines escreveu um artigo que estou para recomendar a voc�s desde ent�o; pois aqui est� ele -- com uma semana de atraso mas, em compensa��o, junto com outro, igualmente imperd�vel, do Luiz Garcia. 05:47
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Mais boa leitura...Pequena amostra de um grande artigo do Cl�udio de Moura Castro, um dos mais argutos observadores de tudo -- gente, coisa, pa�ses -- que conhe�o, sempre �timo escritor: "� de se reconhecer que algo mudou nas dietas americanas, n�o � mais a velha culin�ria do cachorro quente e do hamb�rguer. Chegaram a pizza e o taco, ambos eminentemente port�teis e r�pidos, como exige o pa�s da efici�ncia. N�o h� fidelidade �s ra�zes culturais da culin�ria, que de resto sequer existem. Vale tudo, mexicano ou italiano, n�o importa a bandeira, desde que seja rapidinho. A falta de comprometimento com as artes culin�rias � total. N�o se discute comida, n�o faz parte do imagin�rio, n�o se gasta muito tempo com assunto t�o trivial e menor. Culin�ria n�o � uma arte nem maior nem menor. � uma opera��o log�stica. O americano sofisticado se preocupa com comida, mas � no aspecto bioqu�mico da nutri��o. E a� vem o exagero. Conta calorias, consulta o teor de s�dio, reduz o sal, exorciza o colesterol, se enche de verdes, e engole uma pastilha de fibra se a dieta da tabela n�o foi atendida. Est� em pauta a balan�a e n�o a poesia culin�ria." 05:04
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