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28.2.05
 Update fotogr�fico: Bia, Laura e Mami no n�o-anivers�rio, no S�tio.Parab�ns, Mami!Hoje Mam�e faz quase-anivers�rio: ela � de 29 de fevereiro. Pois a� do alto desta torre de observa��o, que fica acima das �rvores da floresta, mentalizei um desejo para todas as felicidades que ela merece: Mam�e � o m�ximo! Muitos beijos, Mami. J� terminei de fazer as malas e estou a caminho... :-)05:31
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FotosArrumei a ordem das fotos, e consegui fazer um show de slides com algumas fotos do Canal; tamb�m h� um showzinho do casal apaixonado. 03:09
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Romance panamenho
Sexo selvagem!!!Ta�, voc�s n�o podem se queixar: agora, neste blog, h� mesmo de tudo! � s� clicar AQUI para ver um lindo casal panamenho no auge da paix�o... 02:38
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27.2.05
Duas ou tr�s coisas que j� sei daqui Sexta � noite, a Samsung encerrou o encontro em grande estilo, nas ru�nas da antiga Ciudad de Panam�: um cen�rio dram�tico e muito bonito, com uma temperatura perfeita para o (delicioso) jantar ao ar livre, lua cheia no c�u, m�sica, boa comida e bebida a rodo. Pontualidade e m�todo podem n�o ser o forte dos panamenhos, mas festa � com eles mesmos. O resultado foi uma das noites mais legais que j� vivi em encontros desse tipo. S� para dar uma id�ia: a certa altura, um dos coreanos se animou, subiu no palco e cantou La Bamba. E arrasou!!! Meus colegas jornalistas foram embora s�bado de manh�, bem tristes, e eu fui � luta. A essa altura j� li dois ou tr�s pequenos guias de viagem. A escolha de coisas a se fazer no Panam� � impressionante: o pa�s � uma surpresa das mais agrad�veis. Imaginem: 80 quil�metros separam o Atl�ntico do Pac�fico. Pode-se nadar um mar de manh� e mergulhar no outro � tarde;
H� o Canal -- que eu, pelo menos, poderia ficar admirando dias a fio sem me aborrecer;
H� um trem que se pode pegar pela manh� para passar o dia em Col�n, na outra ponta do Canal, no Atl�ntico. Este trem acompanha o Canal, e � lindo;
Col�n, dizem, � um charme. Uma cidade portu�ria que j� viu melhores dias, com hot�is majestosos ao lado de pens�es de quinta, bares suspeitos, intenso movimento de cargueiros, a segunda maior Zona Franca do mundo, guardas corruptos, contrabandistas... em suma, um sonho! N�s j� vimos este filme e lemos este livro muitas e muitas vezes;
Estamos, n�o se esque�am, num pa�s caribenho. Isso significa �guas quentes e cristalinas, corais, �reas de mergulho fenomenais, praias de todos os tipos e tamanhos;
Aqui fica uma das florestas tropicais mais bem cuidadas do mundo. O Canal depende da chuva para funcionar e, enquanto a floresta existir, existir�o chuvas. H� incont�veis op��es de passeios ecol�gicos;
H� ilhas bel�ssimas a uma ou duas horas de barco;
A Cidade do Panam�, em si mesma, � tudo de bom. Al�m das ru�nas, distra��o para uma tarde ou manh�, h� o Casco Viejo. Explico umas e outro: em fevereiro de 1619, Henry Morgan, um dos cors�rios da Rainha Elizabeth, atacou e saqueou a cidade. O que ele n�o destruiu, os habitantes incendiaram, para n�o entregar mole o outro ao bandido.
N�o adiantou nada, j� que ele voltou carregado de riquezas; os poucos que escaparam acharam mais prudente reconstruir num ponto mais protegido, o hoje chamado Casco Viejo. L� cresceu a cidade colonial, que � o que se pode imaginar de bonito, com �rvores antigas e constru��es lind�ssimas.
A �rea est� hoje meio abandonada. Digo "meio" literalmente: parte est� caindo aos peda�os, como Havana ou o Pelourinho antes da reforma, e a outra, j� restaurada, mostra como o conjunto vai ficar daqui a alguns anos.
N�o sei se por causa dos franceses e depois dos americanos que vieram fazer o Canal, o Casco Viejo me lembra demais New Orleans. � outro lugar onde eu poderia passar dias e dias batendo perna e explorando ruas, casas, pra�as, cantinhos;
H� tamb�m o lado novo da cidade, onde brotam edif�cos como cogumelos em dia de chuva. Tudo lavagem de dinheiro, porque n�o h� atividade econ�mica que justifique tantas constru��es -- h� 20% de desempregados numa popula��o de tr�s milh�es -- e a quantidade de edif�cios e casas vazios � enorme, mas o fato � que h� um lado moderno e din�mico que se mostra nos shoppings, nos barzinhos -- a vida noturna � animad�ssima -- e nos cassinos.
O clima � muito agrad�vel, e a comida nem se fala. Como o pa�s ainda � relativamente inexplorado do ponto de vista tur�stico, hot�is e restaurantes n�o s�o caros, ainda que tudo seja pago em d�lar. A moeda local, o Balboa, � um dinheiro-fantasma: existe apenas em moedinhas, e olhe l�. N�o h� c�dulas. Assim, embora em todos os locais os pre�os estejam em Balboas, o que se usa mesmo s�o as verdinhas.
Go figure.
Os panamenhos s�o umas simpatias. S�o descansados, gentis e festeiros, e todos, mas todos que encontrei, mostram-se genuinamente empenhados em passar uma boa imagem da cidade e do pa�s.
Ajuda muito ser do Brasil, campe�o de popularidade das Am�ricas, mas a verdade � que o povo, coitado, tem perfeita no��o do estrago que faz a corrup��o generalizada na id�ia que a gente tem do Panam�, e tenta, � sua maneira, compensar com pequenos gestos e cortesias. Nas lojas os comerciantes nos instruem a respeito das corridas de t�xi, nos t�xis os motoristas alertam para os custos dos restaurantes, nos restaurantes os gar�ons comentam os pre�os das lojas.
Por exemplo, a corrida do hotel ao shopping deu U$ 1,25 e dei U$ 2 ao motorista; na lojinha onde comprei o gato de palha, a dona me perguntou o hotel em que estava hospedada e recomendou:
-- N�o d� mais de um d�lar ao taxista!
Ficou indignada quando soube que dei 75 centavos de gorjeta para um cara que teve a ousadia de cobrar 25 centavos a mais.
Enquanto isso, h� dois anos a politicalha local construiu um viaduto por sabe-se l� quantos milh�es de d�lares superfaturados, que amea�a cair e est� interditado, atrapalhando o tr�fego.
Isso numa terra onde, ainda no in�cio do s�culo passado, foi executada uma das maiores obras de engenharia de todos os tempos, e onde existe uma ponte -- a das Am�ricas -- que � de tirar o chap�u.
O Panam�, digo.
Que, por sinal, vem do Equador.
Mas isso j� s�o outros quinhentos.
Depois eu conto da Zona do Canal, da Gar�a Ladra e da minha aventura de logo mais: optei por ir � floresta, claro, onde um telef�rico carrega a gente por cima das copas das �rvores.
Bom domingo, galera!
03:16
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   Compras!O Panam� tem um artesanato rico, variado e original. A gente quer comprar tudo, porque tudo � muito bonito! As pe�as mais t�picas chamam-se "molas", e s�o esses bordados recortados de v�rias cores, como o porquinho que comprei. S�o feitas por �ndios Kuna e, considerando-se a quantidade de trabalho, custam bem barato. H� molas de todos os feitios e tamanhos, de pain�is gigantescos para parede, como se fossem tape�arias (a mais de mil d�lares), a recortes miudinhos (por cinco, como numa das fotos do Flickr); elas enfeitam bolsas, vestidos, camisetas. A arte � considerada Patrim�nio Cultural pela Unesco, e h� protestos no pa�s porque alguns vizinhos andam copiando a t�cnica e vendendo como se sua f�ra. Portanto, fica o alerta: molas leg�timas, s� as panamenhas. N�o aceitem imita��es! O gatinho, que achei a coisa mais esquisita e simp�tica, � de um tipo de tran�ado de palha t�o denso que fica r�gido e pode adquirir diferentes formas. Existem pratos, jarras e m�scaras feitos assim; o meu gato �, imaginem, uma bolsa! L� em casa, por�m, vai virar decora��o. Finalmente, os sapinhos. Estes pertencem a uma das artes que mais me fascinou, o entalhe em tagua. A tagua � uma semente branca, dura, conhecida como "marfim vegetal"; parecem umas castanhas do par� grandes, mais ou menos como um ovo. As pe�as t�m, em geral, o tamanho dos netsukes japoneses. Representam quase sempre bichos: cobras, lagartos, tartarugas, on�as, insetos. O pre�o varia, � claro, conforme a sofistica��o da esculturinha. H� algumas t�o inacreditavelmente entalhadas e pintadas, t�o originais em concep��o e execu��o, que chegam a custar U$ 300. Os pre�os dos meus tesouros est�o nas fotos: � s� ver com o mouse. N�o fiz excelentes compras?! 02:47
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26.2.05
Ah, sim: Antes eu tinha dito meio de farra, e dois ou tr�s de voc�s manifestaram interesse; agora � oficial. Eu s� precisava ver se (e como) me adaptava � Panasonic. Estou vendendo a Kodak DX6490 por R$ 1.200,00. A c�mera est� excelente, s� n�o digo novinha porque, como todo mundo aqui sabe, ela j� trabalhou um bocado. Dou um cart�o de 128Mb junto. Emails para cronai@well.com. Em tempo: estou aproveitando a banda larga para subir o backup das fotos para o Fotki. Nesse bolo h� de tudo, nada est� organizado ou editado, e a previs�o do software � de seis horas de upload (s�o quase 160 fotos). Al�m do material do Canal e dos �nibus, h� umas fotinhas do evento e das ru�nas � noite. Mas repito: est� uma bagun�a que s�, sem trato nenhum na maioria das fotos... 14:14
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A windy day at the Canal...

Povo, tem umas fotinhas do Canal no Flickr! Est�o desarrumadas, mais tarde arrumo tudo, mas agora vou ao Casco Viejo, parte antiga da ciudad.
Beijos, queridos!
Bom fim-de-semana para todos!
PS: O cabelo n�o ficou bom mesmo n�o, mas tamb�m n�o chega a tanto... rs
O neg�cio �: como venta neste Canal!!!
13:18
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25.2.05
A man, a plan, a canal: PanamaGente, eu fui ao Canal!!! � simplesmente sensacional, uma obra de tal engenho que a gente fica besta ali parada, olhando, pensando como pode uma pessoa imaginar um sistema t�o bem bolado e, sobretudo, meter os peitos na empreitada monumental -- ainda mais �quela altura (princ�pios do S�culo XIX). Parte do grupo foi naqueles �nibus birutas que existem aqui, outra parte em confort�veis �nibus de turismo, com ar refrigerado e todos os confortos. Adivinhem em qual parte eu estava... :-)Agora tou voando, tenho 15 minutos para tomar banho, me vestir e estar l� embaixo: vamos jantar na parte velha da cidade. At� mais! 21:13
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Ah, sim... Consegui ficar at� segunda! Apareceu um lugarzinho solit�rio no v�o -- era tudo o que eu precisava, e l� vou eu. Isto �, c� fico eu. N�o faria o menor sentido voltar... amanh�!!! E a agenda de hoje est� novamente caregad�ssima. Ent�o, fica assim: hoje � tarde dou outra fugida com os amigos, provavelmente para ver o Canal. Amanh� a Samsung oferece um tour pela cidade, que n�s brasileiros perder�amos, j� que o avi�o para SP sai �s 11h15; mas pelo menos esta brasileira vai aproveitar a oportunidade. � tarde, dependendo do tempo, vou passear na praia ou bater perna pela cidade. E, no domingo, estou pensando em fazer um passeio de dia inteiro a uma reserva florestal, que fica meio longe da Cidade do Panam�. Enfim: algo assim. Enquanto isso, fiquei com saudades de "I love Paris", que baixei e agora ou�o com Ella Fitzgerald (peguei outras grava��es tamb�m, mas a Ella, a meu ver, � imbat�vel). I love Paris. Muito. Curioso isso, n�: como a gente fala em viagem quando est� viajando! Mais ou menos como quando, almo�ando ou jantando com amigos, comendo do bom e do melhor, a gente fica relembrando outros banquetes. Adoro essa minha vida... :-)))04:30
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On a cab to Armador
 Um t�xi para ArmadorDeu-se ent�o que, a uma certa altura, Cora, Catia e J�lio, tr�s denodados jornalistas brasileiros, resolveram partir para a aventura: eis que tinham tr�s horas inteiras totalmente livres antes do jantar!
A foto foi feita a caminho de Armador, aquela marina que aparece numa das fotos a�reas; reparem que estradinha maneira foi constru�da no mar at� l�!
Passamos o tempo tomando cerveja (eles) e comendo sorvete (eu), conversando e vendo a cidade mudando de cor ao p�r-do-sol, l� longe.
O tempo est� perfeito, t�o bom que a gripe desistiu de mim.
(Ainda assim, Lucas e Suely, continuo tomando o xarope: voc�s s�o umas gracinhas, a patrulha mais carinhosa e do bem dos sete mares... :-))
Continuo sem ter visto muita coisa, al�m desta pequena fuga -- mas estou apaixonada pelos �nibus panamenhos, que s�o uma viagem. Das antigas, no sentido alternativo de "trip": confiram!
Tem umas poucas fotinhas no Flickr.
Amanh� espero ter mais coisas para contar.
Hoje o dia foi de trabalho, mas bem legal, porque o pessoal da Samsung nos mostrou umas c�meras de video/foto digitais lindinhas, home theaters do barulho e uma televis�o de plasma de 80" que � um sonho.
Detalhe engra�ado: ganhamos uma camisa e uma p�lo Samsung para usar, se quis�ssemos. Acho que, como eu, todo mundo achou super pr�tica a id�ia, de modo que parec�amos um bando de colegiais uniformizados, ou convidados de um camarote discreto.
O que, pensando bem, nem est� t�o longe da realidade...
03:56
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24.2.05
ShrekJ� n�o se fazem contos de fadas como antigamentePassei os �ltimos dias de molho, com a M�e de Todas as Gripes. Foram longos dias espichada na rede, sem �nimo para ler, fotografar, brincar com os gatos ou o computador; no m�ximo conseguia folhear revistas para ver as figurinhas, e olhe l�. De umas tantas p�ginas me sorriram o Pr�ncipe Charles e sua Camila, por outras tantas passaram Ronaldinho e a Cicarelli, batidos, como se tentassem driblar o mico monumental em que se transformou a festa cafona do seu n�o-casamento. Apesar da gripe, sorri de volta para Charles e Camila. Honestamente? Acho bonita essa hist�ria, e fico feliz por eles. N�o tenho a obsess�o dos ingleses pela fam�lia real, �a va sans dire , mas acho aquilo l� muito divertido, uma esp�cie de ?Big Brother? permanente, com a vantagem de que a gente s� ouve falar neles uma vez por m�s, se tanto, e mesmo assim fica conhecendo todos os personagens. N�o chego a perder o sono por isso, mas volta e meia me pego com pena deste pobre Charles, nascido e criado para ser rei, e que, at� agora, passado mais de meio s�culo, ainda n�o foi nada, nada, nada, nem fez outra coisa na vida a n�o ser esperar, esperar, esperar... A senhora sua m�e, sabemos todos, vai muito bem, obrigada -- e, ao que consta, n�o demonstra qualquer vontade de abdicar e passar a bola adiante. Sim, � l�gico que o pr�ncipe tem uma vida de luxo e conforto que nenhum de n�s sequer sonha; sim, � claro que coitado mesmo � quem nasce nos grot�es da mis�ria mais negra, destinado a morrer sem qualquer luz ou possibilidade; sim, � �bvio que h� problemas muito mais s�rios e reais (sem duplo sentido!) ali na esquina; mas, ainda assim, n�o consigo deixar de ter d� deste pobre privilegiado que, em uma ou duas horas, sem mexer um s� dedinho, ganha o que eu levo o ano inteiro para ganhar; que nunca precisou se aborrecer com a infiltra��o permanente no corredor nem comunicar � Telemar que um telefone inoperante precisa de conserto. Minha impress�o � que, no fundo, tudo o que ele queria � que o deixassem em paz com seus cavalos, criticando a arquitetura contempor�nea e conversando com as plantas. Em vez disso, teve que se curvar �s conveni�ncias da corte, abrir m�o da namorada de juventude e casar com uma garota hist�rica e bul�mica, que adorava vida social e era a queridinha das massas. No entanto, basta olhar para ele e para Camila para ver -- sem maldade, please ! -- que foram feitos um para o outro. N�o sei se Diana casou sem saber do papel de Camila na vida de Charles. Acho quase imposs�vel, porque num mundinho daquele tamanho, mesmo sem contar com os holofotes da m�dia, todos sabem de tudo. Tamb�m acho muito dif�cil acreditar que, por mais jovem que fosse, ela tivesse se casado sem saber no que estava se metendo. Naquela �poca, mais do que hoje, um casamento real ainda estava mais para assunto de seguran�a nacional do que para desenho da Disney. Suponho que o que a tenha deixado t�o infeliz tenha sido a total impossibilidade de conquistar o marido, algo muito frustrante para qualquer pessoa um pouquinho mais rom�ntica, mas certamente intoler�vel para uma mulher estonteante e carism�tica, que tinha o mundo inteiro a seus p�s. A trag�dia de Diana j� foi exaustivamente discutida por todos; mas sempre achei muito mais interessante, do ponto de vista dram�tico, a infelicidade do pr�ncipe, obrigado a conviver com aquela criatura celestial que lhe dava nos nervos. * * *Em tempo: algu�m duvida que, se Camila fosse uma beldade, este casamento j� n�o teria acontecido h� anos, na mais santa paz? * * *J� Ronaldinho -- que, ao contr�rio do pr�ncipe Charles, vive, de fato, uma vida de rei -- pagou caro por brincar de casamento no Castelo de Caras. O jogador modesto e simp�tico, de quem todo mundo gostava, revelou um lado novo-rico t�o cheio de detalhes antip�ticos -- a come�ar pela noiva -- que chega a ser dif�cil imaginar maior gol contra. Sobretudo quando se pensa que, enquanto a Cicarelli armava o barraco milion�rio, o outro Ronaldinho reunia um time de craques para ajudar as v�timas da tsunami. Anda muito mal assessorado, o rapaz. � perfeitamente compreens�vel que n�o quisesse um batalh�o de jornalistas na festa, mas, se n�o tivesse proibido os convidados de levar c�meras e celulares, a essa altura estar�amos todos comentando os detalhes da decora��o, o vestido da noiva e aquela p**** de lustre que amea�ava cair o tempo todo, em vez de nos concentrarmos nos 15 minutos de fama da linda penetra. Nessa hist�ria pat�tica, cheia de personagens e atitudes rid�culas, o Mico Preto ficou com os patrocinadores da Cicarelli, que foram dormir com a princesa e acordaram com a bruxa. (O Globo, Segundo Caderno, 24.2.2005)13:09
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Flying to Panama

¿Hola, que tal?Ol�, pessoas!
Cheguei s� e salva hoje � tarde � Ciudad de Panama -- que, por enquanto, s� entrevi de janelas, primeiro a do avi�o, depois a do �nibus.
Do que vi, gostei.
Imensa revoada de p�ssaros na sa�da do aeroporto; uma coisa meio caribenha, meio nordestina: nas cores, no clima, no jeito legal das pessoas. O espanhol que eles falam, por�m, � incompreens�vel. Mais dif�cil mesmo s� o nosso portunhol para eles. N�o entendem nem quando a gente diz ¿Hola, que tal?
O hotel � bom, mas muito frio e impessoal. Um daqueles mega-complexos feitos para abrigar exatamente o que est� acontecendo aqui, uma conven��o com centenas de pessoas: a Samsung trouxe 400 revendedores, analistas de mercado e jornalistas, de todos os cantos das Am�ricas e Caribe.
O mix � sensacional. J� encontrei gente de Caracas, da Guatemala, de Trinidad, para n�o falar nos brasileiros.
A agenda est� apertad�ssima, e comecei negocia��es para ficar um dia ou dois a mais. Pelo programa, volto s�bado de manh�, com apenas uma tarde livre no meio das apresenta��es.
O pior � que amanh� tem um caf� da manh� pros jornalistas �s oito da matina.
� sempre assim: eles nos tratam na palma da m�o, mas arrancam o couro...
Frase do dia, pin�ada na revistinha de bordo da Copa, uma das poucas companhias a�reas que conhe�o que n�o se curvou ao besteirol americano e ainda usa talheres de verdade, decentes, no servi�o:
"Panam�, puente del mundo, coraz�n del universo."
Ta�: definitivamente, n�o se pode acus�-los de pensar pequeno.
P.S. -- H� fotinhas a�reas no Flickr; basta clicar na foto acima para ver. As nuvens estavam lindas pelo caminho.
02:17
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23.2.05
Tchauzinho!S� deu tempo de abrir o terminal aqui da Varig, em Sampa, e... pronto, est�o chamando o meu v�o pro Panam�. Mando not�cias de l�. Fui! 12:34
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Oi Multimidia
08:06
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Oi Multimidia
08:00
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Novos sonhos digitaisCome�ou ontem, em Orlando, a PMA 2005, tradicional feira de fotografia que atualmente -- nem preciso dizer -- � a grande vitrine do que h� de novo em imagem digital. Voltada a profissionais e revendedores (como a antiga Comdex em rela��o aos computadores) a PMA atrai, cada vez mais, a aten��o de amadores e entusiastas, curiosos em saber qual ser� seu pr�ximo objeto de desejo. Agora que a quest�o dos megapixels j� est� mais ou menos equacionada, e que os usu�rios j� descobriram que nem s� de quantidade de pontinhos vive a foto digital, as c�meras est�o mais interessantes do que nunca. Os fabricantes esmeram-se em apresentar novidades, cuidam do design, da velocidade entre os cliques e, principalmente, da qualidade das lentes -- que ser�o sempre a parte mais importante do aparelho. Ficou imposs�vel responder � velha pergunta: "Qual � a melhor c�mera digital?" Cada vez mais diferentes entre si, elas v�m sendo projetadas para se adaptar � imensa quantidade de usu�rios, seu poder de compra, seus estilos de vida, suas necessidades de imagem. H� uma c�mera perfeita nos sonhos de cada fot�grafo mas, mesmo assim, para alcan�ar este ideal, ainda � preciso recorrer a duas ou mais c�meras na vida real. As super zoom s�o fenomenais, por exemplo, mas grandinhas; as ultra-compactas s�o �timas para carregar na bolsa, mas n�o enxergam t�o longe... e por a� vai. Parece excessivo ter mais de uma c�mera digital, mas esta � uma realidade � qual as pessoas que se dedicam seriamente ao hobby v�o, aos poucos, se habituando -- para a alegria da ind�stria. Assim como nos tempos do filme era normal ter dois corpos e v�rias lentes, ter diversas digitais tamb�m ser� comum com o tempo -- e, sobretudo, com a queda de pre�os. Uma coisa � certa: nunca se adquiriram tantos megapixels por t�o pouco. A Concord conseguiu quebrar a barreira dos US$ 100, e apresenta a ultra-compacta 5042, primeira c�mera digital de 5 mp a US$ 99. Na �rea das c�meras para amadores e entusiastas, uma das grandes tend�ncias da PMA 2005 s�o zooms poderosos ou, pelo menos, mais generosos do que os m�seros 3x at� aqui padr�o, e conseq�entes estabilizadores de imagem. Esta tecnologia, j� empregada h� tempos em filmadoras, come�a a chegar com muito sucesso �s digitais. (Aqui no blog voc�s viram um exemplo disso na foto da Lua. Se n�o fosse o estabilizador da Lumix, eu nunca conseguiria fazer aquela foto sem trip�, como fiz. Tenho a m�o at� firme, mas nem tanto...) Outra tend�ncia importante, parecida com a que domina o mundo dos celulares: c�meras fashion, miudinhas, bonitas, produzidas em cores diferentes -- de prefer�ncia para combinar com os iPods minis, imbat�veis aijesus do mundo hi-tech. Aqui ao lado, nas fotos, uma pequena amostra das novidades: 1) Apresentada na CES, em Las Vegas, a EasyShare-One da Kodak � verdadeiramente revolucion�ria. Tem mem�ria interna de 256Mb e conex�o wi-fi atrav�s de um cart�o opcional. Nela se podem guardar muitas fotos, como num �lbum digital, e enviar o que se quiser pela rede. 2) Com zoom 4x �ptico, 4 megapixels, 20 diferentes modos de exposi��o, capacidade de fazer filminhos sonoros e 180 gramas, a Canon A520 � um brinquedinho simp�tico com desempenho de gente grande. Uma �tima c�mera para quem est� come�ando e quer descobrir a foto digital. 3) A ultra-compacta Sony DSC-T33, de 5 megapixels, com zoom 3 x �ptico, joga todas as suas cartas no design limpo e elegante. 4) Figurinha dif�cil, a Caplio RV1 da Ricoh estar� � venda basicamente na Europa e �sia. Pequena, r�pida e com �tima bateria, tem lente de 28mm, em compara��o com os 35mm habituais. Uma pequena grande-angular cheia de qualidades! 5) A Exilim Pro EX-P505 � descendente direta das Exilims fininhas da Casio. Continua compacta (ma non troppo), tem zoom �ptico 5x e 5 megapixels, mas o seu grande forte � fazer v�deos em MPEG 4 VGA, ou seja, 640 x 480, em �tima resolu��o. 6) O barato desta Pentax Optio de 5 mp, zoom 3x �ptico est� em duas letrinhas: WP. Significam Water Proof, � prova d'�gua, o que faz desta pequena maravilha a companhia ideal para as f�rias. (O Globo, Info etc., 21.2.2005)Prometo os links todos assim que tiver um tempinho; agora vou fazer a mala -- que acabei n�o fazendo -- e descansar um pouco antes de sair daqui, de madrugada, para pegar o v�o da 8h para SP, no Gale�o.
O pior � que o v�o pro Panam� sai �s 13h30, se n�o me engano: um hor�rio t�o decente...
Postarei fotos e not�cias do Panam� assim que for poss�vel. Vai ser muito interessante fazer esta viagem para um pa�s a respeito do qual sei t�o pouco.
Fiquem bem, todos! 02:41
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Oi Multimidia
00:10
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22.2.05
Oi Multimidia
22:28
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Oi Multimidia
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The cutest gift!

18:56
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The cutest gift!

18:44
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Oi Multimidia
 Tati estuda a linda capivara de madeira que um leitor mandou de presente 14:16
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Happiness is a 12x zoom

Nada como uma boa lente!Eu j� ia dormir quando me lembrei de ter visto uma lua linda l� fora; cheguei na sala a tempo de v�-la se pondo por tr�s das montanhas e das torres do Sumar�.
Clicando na foto, voc�s v�o dar no Flickr, onde h� uma pequena seq��ncia.
Minha pr�xima compra � um bom trip�.
A Lua que me aguarde.
05:07
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Breve not�cia de um bipe gripadoCorreria! Fui ao Centro, levar o passaporte e o certificado da vacina contra febre amarela, que tomei na G�vea, para registro no Minist�rio da Sa�de; mas cheguei �s 16h30, e eles s� trabalham at� �s 16hs. O pessoal que ainda estava l� foi muito simp�tico, e garantiu que � poss�vel fazer isso no aeroporto, antes do embarque. Isso me deixou mais tranq�ila, e fui para o jornal, deixar a coluna da pr�xima quinta-feira pronta. Esta semana, excepcionalmente, ela n�o ser� ilustrada com foto feita por mim, mas sim com material da Reuters. Confesso que estava ligeiramente aflita, porque achei que viajava amanh�; mas descobri que n�o, que s� viajo na quarta, dia 23. Destino: Panam�. De acordo com a programa��o, volto tr�s dias depois, mas vou fazer o poss�vel para mudar isso e ficar l� pelo menos um ou dois dias a mais. Por tudo o que estou lendo, o pa�s � maravilhoso, e tem uma das maiores reservas ambientais da Am�rica Central. O chato � que ainda estou gripada. A febre passou, mas continuo numa moleza s�, e com uma tosse digna de terceiro ato da Traviatta. Vou me poupar um pouquinho e, hoje, n�o vou ao jornal. Vou ficar em casa, fazendo uma coisa inteiramente ex�tica pelos meus padr�es: arrumar a mala com calma, um dia inteiro antes da viagem. Tou ficando folgada, eu... :-)00:46
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21.2.05
Oi Multimidia
21:17
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Oi Multimidia
21:06
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Oi Multimidia
21:05
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Oi Multimidia
21:03
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Oi Multimidia
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Oi Multimidia
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Oi Multimidia
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Oi Multimidia
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Oi Multimidia
16:29
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20.2.05
More carnaval

Mais carnaval... e chega!Consegui terminar a sele��o de fotos de carnaval e subi para a Flickr como outro showzinho de slides.
Na verdade, essas fotos s�o anteriores �s do primeiro set. Aquelas fiz durante o Desfile das Campe�s, de uma frisa no camarote da Nova Schin, quer dizer, estava no ch�o, ao lado das escolas. As que subi agora foram feitas no domigo (camarote da Brahma) e na segunda (camarote da Vivo).
De todos os lugares, o melhor � a frisa, naturalmente; mas a�, em compensa��o, falta uma vis�o de conjunto da escola e uma vis�o melhor dos carros.
A Brahma � um lugar fenomenal como ponto de observa��o, pela altura, proximidade da avenida e altura no Samb�dromo -- para quem consegue um peda�o de janela. Isso, por�m, � quase imposs�vel. Tenho a impress�o de que tem gente que dorme l� dentro para pegar lugar.
Depois de muita luta, consegui ficar na segunda fila; mas era uma dificuldade, com gente agitando bra�os e bandeirinhas na minha frente. De dez fotos, uma sa�a razo�vel, e ainda assim gra�as ao zoom da Lumix.
No ano que vem preciso me lembrar de me credenciar a tempo, para ter tr�nsito livre e fotografar da avenida.
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  A saga de Odin230 dias separam essas duas fotos. Eric Snowdeal IV, que a fam�lia chama de Odin, nasceu no dia 4 de julho. Um bebezinho prematuro, pouco maior do que a caneta posta ao seu lado para dar no��o de tamanho. Seu primeiro mes de vida foi uma montanha russa emocional; ningu�m sabia se ele ia ou n�o escapar dessa. Como se pode ver, escapou, e vai muito bem, obrigado. � uma linda hist�ria, que vem sendo registrada no Flickr foto a foto, dia a dia, por Eric Snowdeal III, um pai fora de s�rie. 03:16
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19.2.05
Marca Barbante IIA marca � simplesmente pavorosa. � feia na forma, na escolha e na superposi��o das cores; a tipologia n�o podia ser mais banal e deselegante. O pre�o � uma piada de mau gosto com os contribuintes. Ela n�o � nem "memoriz�vel" (como a da Coca-Cola) nem "cobi��vel" (como a da Nike, que consegue triunfar at� quando manchada por den�ncias de trabalho escravo). A obriga��o de uma marca de charme ou de qualidade � ser irresist�vel; ela tem que ser uma daquelas coisas que, se estiver impressa num cinzeiro ou num pratinho, fa�a com que voc� tenha uma vontade simplesmente irresist�vel de roubar o dito cinzeiro ou pratinho, para depois exibi-lo em casa com orgulho e prazer est�tico. Diante de marcas assim, jamais ocorre a qualquer pessoa a id�ia de que a prima jeitosa at� que faz umas coisinhas parecidas no Photoshop. Mas tudo isso � considera��o paralela. O fato � que pa�s n�o tem marca. Pa�s tem bandeira. 23:44
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 Marca BarbanteEu ia escrever sobre isso mas o m�dico disse que devo evitar o estresse se quiser ficar boa da gripe at� viajar. Por enquanto, portanto, tudo o que eu tenho a dizer �: ARGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!! 16:26
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Viva!!!Estou muito feliz com esta not�cia: o Alexandre Cruz Almeida, do Liberal Libert�rio Libertino, ganhou uma bolsa para estudar em New Orleans. Merece muito. Ele � talentoso, criativo, trabalhador e obstinado; sabe o que quer e vai chegar l�. Parab�ns, querido Alexandre! Este blog, a autora, os gatos, a capivara e o tamandu� torcem por voc�. 14:40
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 The GatesNo Fotolog, um �timo grupo de fotos da instala��o de Christo e Jeanne-Claude no Central Park, The Gates. A turma de Nova York est� se esbaldando com a oportunidade, e produzindo uma quantidade de imagens interessantes. A foto acima � do Lightpainter, um dos meus floggers favoritas. 02:58
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  Not�cias do Tamandu� BoscoOlha ele de novo, que engra�adinho! N�o se preocupem com a vassoura, � l�gico que ningu�m quer fazer mal a ele. � que, quando acha que vai ser atacado, ele fica de p�, pronto para revidar... e a Angela acha que essa talvez seja a forma mais simples de descobrir o sexo do bichinho. Ela escreve: "Vc vai ser a madrinha do nosso tamandu�-mirim (olhei na internet, essa � a ra�a dele... igualzinho).
Ainda n�o descobri o sexo do anjo.
Ele tem umas unhas bem afiadinhas. Apesar de ser d�cil, quando se sente amedrontado fica de p�, nas patinhas, para atacar, ou seja, dar o famoso abra�o de tamandu�. S� que o bichinho � muito miudinho, o abra�o n�o deve ser apertado, mas as unhas... sei n�o... Um exame ginecol�gico pode me custar bons arranh�es!
N�o sei como ele entra e sai daqui de casa.
S� aparece de noite, por volta das 22h30; circula livremente, na dele, a gente s� de longe... Depois desce l� para o jardim, e some no mato.
O Jo�o est� apaixonado pelo bichinho, parece uma crian�a com algod�o doce.
Agora estou entendendo seu amor pela capivara!" � l�gico que aceitei, no ato, o honroso posto de madrinha do mimoso bichinho. Como j� estou bem melhor da gripe, talvez d� um pulo l� amanh� ou depois, para um plant�o b�sico de tamandu�. Mas n�o � s� o Jo�o n�o; eu tamb�m j� estou apaixonada, e olha que, at� agora, s� vi o animalzinho em fotos. QUE FOFO!!! 02:00
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18.2.05
 Emerg�ncia felina!Pessoal, essa linda ninhada foi abandonada na porta da Za�ra, aqui no Rio. S�o gentis, saud�veis e brincalh�es, e precisam muito de um lar. Aos interessados: mandem um email para ela. N�o s�o irresist�veis, esses quadrupinhos? 22:22
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Oi Multimidia
 Mas como?! Vai sair?! Depois de tudo o que fizemos por vc nos ultimos dias?! 16:49
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   P�ra tudo!Geeeeeeeeeeeeeeente!!! Olha que coisa mais bonitinha!!! Um lindo, perfeito e aut�ntico tamandu� aparece todas as noites na casa do Jo�o e da Angela Bosco, e l� fica a comer formigas. N�o � o m�ximo?! Em pleno Rio de Janeiro, ali na G�vea. Convenhamos: tem outra cidade igual no mundo?! Aaaaaaaaaaaangelaaaaaaaaaaaaa!!! Quero ir jantar com voc�s!!! 04:10
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17.2.05
GMailNa remot�ssima possibilidade de algu�m ainda n�o ter o GMail, aviso: recebi 50 convites! Se algu�m quiser, nome e email a� nos comentarios, por favor. 23:45
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Simpatia � quase amorRecebi hoje dois telefonemas da Telemar: o de um supervisor do departamento de atendimento e o de uma das assessoras de imprensa. Os dois foram extremamente simp�ticos. Voc�s dir�o, "Ora, Cora..." -- mas n�o � bem assim, n�o. Em geral, ali�s, � o contr�rio. Vou dar um exemplo radical. Quando desanquei a bolsa Vuitton e seu pre�o indecoroso, a resposta elegante e diplomaticamente correta teria sido uma cartinha sentida e cordial, explicando porque as Vuitton s�o t�o superiores e mais caras, com um convite para visita � loja e cafezinho com o gerente. Isso, � l�gico, me deixaria meio desarmada. Eu teria agradecido o convite, ficaria chateada comigo mesma por ter sido agressiva com gente t�o cort�s e talvez at� mudasse de opini�o a respeito do valor das bolsas se a carta fosse t�o bem escrita e argumentada quanto a que me enviou um amigo que trabalha nas altas esferas financeiras (e que, ali�s, n�o tem nada a ver com a Vuitton). De qualquer forma, ainda que isso n�o acontecesse, eu certamente passaria a olhar para a marca com alguma simpatia. Em vez disso, o que fez a diretoria da casa? Mandou para o jornal uma das cartas mais grosseiras que j� vi, confirmando de vez n�o s� a minha antipatia pela marca, como a de muita gente que leu a famigerada carta no jornal. Cheguei a receber mensagens de desagravo de alguns leitores! Entre tantas cartas, em tantos anos de jornal, esta hist�ria acabou ficando na minha cabe�a como exemplo t�pico do que � a falsa eleg�ncia. Pois a Telemar, � qual estamos todos presos aqui no Rio por falta de op��o na telefonia fixa, n�o tinha a menor necessidade de ser simp�tica; mas foi. Isso muda alguma coisa? Na verdade n�o, mas um gesto simp�tico � sempre um gesto simp�tico; melhor do que gesto nenhum e, sobretudo, melhor do que um gesto antip�tico. Registro, pois, a atitude gentil da Telemar. Eu preferiria que o telefone e o Velox tivessem sido consertados logo, mas a� tamb�m era querer demais, n�? Em tempo: aproveitei a mar� de bom entendimento para encaminhar � assessoria todas as reclama��es que me foram enviadas para o jornal. Se algum de voc�s tiver alguma pend�ncia com eles, mande ver... No mais, acho que quem matou a charada da "comunica��o de inoper�ncia" foi o Ricardo Andrade, nos coment�rios do post abaixo. Ele escreveu o seguinte: Cora, a vida inteligente do 'call center' da Telemar � a exist�ncia do pr�prio.
Explico: com o call center como anteparo entre a Telemar e o seu assinante, ela ganha prazos preciosos por deixar de cumprir com suas metas estabelecidas pela Anatel e n�o � punida.
Assim, com 'pobres mo�as' treinadas como m�quinas, surgem registros bizarros como 'registro de informa��o de inoper�ncia do telefone'. Esse registro n�o existe oficialmente e a Telemar n�o � punida (pois existe um prazo bem apertado para consertar aparelhos residenciais) e pode consertar seu aparelho quando quiser, entendeu? (Ricardo Andrade) Faz todo o sentido. E agora vou pra casa, que ainda estou tossindo feito sei l� o qu�. 23:28
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 Di�logo com a Telemar: nas raias da loucuraTeclo 104. A Telemar informa: este telefone mudou para 103 . Teclo 103. Boa tarde. Bem-vindo � Telemar 31. Se voc� j� � cliente Telemar, tecle pausadamente o DDD da cidade, mais o n�mero do telefone que deseja consultar . N�o me consulto com telefones nem desejo faz�-lo, mas quero me queixar do telefone l� de casa, que est� mudo. Aceito o portugu�s arrevesado do call center e teclo pausadamente 021 e o n�mero do telefone. O n�mero digitado foi DDD 21 telefone 2-5-2-1-0-*-*-*. Para confirmar tecle 3. Teclo 3. Dificuldade de acesso � internet ou conserto de telefone, tecle 2. Teclo 2. M�sica insuport�vel. -- Boa tarde. Com quem falo? -- Com Cora R�nai. -- Qual o telefone e a localidade? -- Aqueles que eu teclei pausadamente no come�o desta liga��o. -- Correto, senhora, mas qual o telefone e a localidade? -- Se essa informa��o n�o entra no sistema, para que voc�s pedem que a gente tecle, ainda por cima pausadamente? -- Correto, senhora, mas qual o telefone e a localidade? -- Eu quero falar com uma pessoa. Voc� pode me chamar um gerente, por favor? -- Senhora, hoje � feriado, n�o h� ningu�m da ger�ncia aqui. A senhora podia me informar o telefone e a localidade? Informo, resignada. Informo tamb�m o n�mero do registro da queixa. -- Um momento, senhora. M�sica insuport�vel. M�sica insuport�vel. -- Senhora, vou estar fazendo um pedido de conserto... -- N�o precisa, j� fiz. J� passei o n�mero do registro para voc�, inclusive. -- Correto, senhora. Vou estar fazendo um pedido de conserto referente ao seu registro. -- Pera� : quer dizer que s� agora voc�s v�o cuidar para que o telefone seja consertado?! -- Correto, senhora. O registro que a senhora me forneceu � referente a uma informa��o de inoper�ncia. Respiro fundo e teclo pausadamente at� dez nas minhas teclas mentais. Tento me lembrar que, do outro lado da linha, h� uma pobre mo�a que, possivelmente, nem trabalha para a Telemar, mas sim para um call center terceirizado que, ainda ontem, atendia a clientes com d�vidas sobre frangos congelados, repelente anti�caro ou algo do g�nero. -- Vamos ver se eu entendi. Quer dizer que ligar para voc�s e dizer que o telefone n�o est� funcionando n�o basta, n�o � suficiente? -- Senhora, a senhora precisa fazer um pedido de conserto. O registro de inoper�ncia que a senhora me forneceu refere-se apenas a uma queixa registrada h� cinco dias a respeito de um telefone que n�o funciona, mas n�o consta pedido de conserto. -- Mas para que � que eu ia me dar ao trabalho de ligar e informar que o telefone n�o funciona?! S� para desabafar com algu�m?! -- Senhora, no seu registro n�o consta pedido de conserto. -- Mas foram voc�s que estragaram a linha! Assim que o telefone ficou mudo, me disseram que a Telemar estava fazendo reparos na �rea e que tudo voltaria ao normal dentro de poucas horas. N�o voltou. Liguei de novo. Prometeram para o dia seguinte. E nada! Desde ent�o ligo para a Telemar todos os dias, v�rias vezes por dia. N�o ligo tanto assim nem para a minha m�e! -- Correto, senhora, mas no n�mero de registro que a senhora me forneceu consta apenas a informa��o de inoper�ncia. -- Mas o que � que voc�s acham que eu ia fazer com um telefone que n�o funciona?! -- Entendo, senhora, mas n�o h� pedido de conserto registrado, apenas uma informa��o de inoper�ncia. Esqueci que, do outro lado da linha, havia uma pobre mo�a que, possivelmente, trabalha numa empresa de atendimento terceirizada e blablabl�, e soltei os cachorros contra a Telemar. Os gatos me olharam de banda, e a Bia veio ver o que estava acontecendo. Vinha de celular na m�o, entretida numa conversa aparentemente amistosa. -- O que foi, m�e? -- Estou tentando explicar para a Telemar a diferen�a entre um telefone operante e um telefone inoperante, mas � in�til. -- Ah, que coincid�ncia! Estou falando com eles tamb�m, e eles est�o dizendo que v�m consertar o telefone daqui a pouco. -- Ent�o resolve da�, que eu desisto. Desliguei o celular � beira de um ataque de nervos; a Bia ainda falou alguns minutos no dela, como se estivesse conversando com uma pessoa de verdade. Meia hora depois tocou o interfone. Era a Telemar. Achei imposs�vel que fosse o pedido da Bia; mas era. Dez minutos depois, o telefone estava funcionando �s mil maravilhas, como se tivesse passado o carnaval esperto e falante, como qualquer outro telefone. O que � que ela fez que eu n�o fiz? Comparamos nossas t�cnicas de solicita��o de servi�o. Ambas hav�amos nos portado com calma e cortesia; eu s� explodi na �ltima liga��o. Ambas ligamos para o 103, e teclamos -- pausadamente -- o mesmo DDD e n�mero de telefone. A �nica diferen�a aparente � que eu disse que o telefone n�o estava funcionando, ao passo que ela simplesmente pediu que viessem consert�-lo. Pelo visto, para que a Telemar entre em a��o, n�o basta que um telefone esteja precisando ser consertado. Ele tem que querer ser consertado. (O Globo, Segundo Caderno, 17.2.2005)16:18
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Carnaval, Rio
 Fotos de carnavalAproveitando a volta do Velox, subi um slideshow de fotos de carnaval pro Flickr. Para ver, clique aqui. E agora, cama: estou melhorando, mas ainda estou tossindo e ainda estou meio lesa, n�o d� para facilitar. Boa noite, gente! 01:58
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16.2.05
A pol�mica no OIO Observat�rio da Imprensa publica entrevista com o Perin, um dos editores executivos do Globo, sobre a pol�mica da primeira p�gina. Bom fecho para o debate. 20:01
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Cal�nia!Du Moscovis est� correndo risco de ser processado pelos governadores acasalados. Acontece que ele, Du, disse ter se inspirado nos dois para compor o seu personagem, Reginaldo, em "Senhora do Destino". De uma notinha do Terra, gentilmente enviada pela Bia Badaud: A Assessoria de Comunica��o Social do Estado afirmou que Rosinha e Garotinho v�o processar o ator pela declara��o.
"Eles (Rosinha e Garotinho) ficaram indignados porque n�o s�o pol�ticos corruptos, assassinos e tampouco seq�estradores", disse o coordenador Guedes Freitas. Tou com o coordenador. Rosinha e Garotinho n�o s�o seq�estradores! 19:09
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"Cada deputado federal recebe um sal�rio de R$ 12,847,20; verba de gabinete para contrata�ao de pessoal (m�nimo de 5 e m�ximo de 20 funcionarios) no valor de R$ 35,000,00; verba indenizat�ria do exerc�cio parlamentar de R$ 12 mil, desde que apresentadas as respectivas notas fiscais; quota telef�nica e de correio no valor de R$ 4,278,55 e de aux�lio moradia de R$ 3 mil; 4 passagens por m�s, BSB/cidade/BSB pela Gol. J� somei tudo - R$ 69,045,75. Vai aumentar o sal�rio pra quanto mesmo?" 15:20
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Boletim m�dicoHoje acordei um pouco melhor, mas ainda estou com febre, tossindo, muito mole e desconcentrada. A melhor coisa � que a garganta n�o d�i mais. Vou continuar de molho, porque tenho a impress�o de que, nesse ritmo, amanh� estou boa, ou quase. Voc�s t�m sido uns amores! Muito obrigada pelas receitas e pelo carinho. Estou tomando MUITO l�quido (nem preciso pensar nisso, acho que a febre d� sede por si s�) e mal saio da rede; li o jornal aos pouquinhos, mas a �nica coisa que consigo fazer mesmo � cochilar, acordar, cochilar, acordar... ARGHHHHHHHHHHH!!! Tamb�m tenho pensado muito em que tecnologia sensacional � uma rede, n�o esta, hi-tech, mas aquela, de pano. Como todo mundo que usa rede de curti��o, aqui no Rio, eu tamb�m n�o sabia usar uma rede direito; deitava ao comprido, o que acaba com as costas de qualquer criatura em dois tempos. Um dia, minha amiga Iva, de Rond�nia, dormiu aqui em casa, e preferiu usar a rede. Perguntei se ela n�o amanhecia mo�da, e ela me explicou que n�o, de jeito nenhum; e me ensinou o pulo do gato. Basta deitar de trav�s, que a rede se amolda ao corpo da gente. Depois disso, nunca mais me espichei no sof� para ler; vou direto para a rede. Que �, tamb�m, a melhor coisa para quem est� nessa moleza. Ficar na cama seria um horror, muito terceiro ato da Traviatta; j� a rede tem um jeito light de ser que ajuda a melhorar o astral. Sei que o mundo est� complicado, que eu deveria escrever posts indignados contra o assassinato da freira americana e a n�o-rea��o do governo aos outros casos de assassinatos na Amaz�nia, e contra a elei��o deste indiz�vel Severino para a mesa da C�mara, mas a gripe p�s Tico e Teco fora de combate. Vou voltar pra rede; voc�s continuam a tocar o blog? Muito obrigada! :-)Ah, sim: a Bia pergunta se algu�m j� foi barrado em casamento, ou conhece algu�m que passou por este perrengue. 14:42
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15.2.05
(Off-topic total -- Continuo um lixo; n�o consegui ir trabalhar, n�o consegui ler ou ver televis�o, nada, nada, nada. Passei o dia na rede -- aquela, cor-de-laranja, que fica na sala -- mais dormindo do que acordada, com febre, dor no corpo todo, tosse e uma torneira no nariz. � c�us, � vida...)20:21
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 Aleluia, irm�os!!!A boa not�ciaDepois de uma manh� inteira de esfor�o e dedica��o, um funcion�rio Velox conseguiu p�r a minha linha para funcionar novamente. Os problemas de conex�o, segundo entendi, decorriam de desconfigura��o l�, na Telemar, como eu supunha desde o in�cio. Independentemente do que tenha sido, por�m, o fato � que me sinto de novo parte do mundo conectado. Ufa! A m� not�ciaQuem est� ca�da agora sou eu. Peguei a M�e de Todas as Gripes, estou com um febr�o e uma fraqueza s�; ontem fui dormir �s 23h30, d�i voc�s podem avaliar a gravidade do caso. N�o sei se debito a gripe ao carnaval, � vacina contra febre amarela ou a ambos. Se eu ficar meio sumidinha daqui n�o liguem, por favor. Sintam-se em casa e continuem o papo � vontade. Tem cafezinho na garrafa t�rmica e �gua na geladeira; os copos -- quatro dos seis mil subtra�dos � Brahma ( *); completei a cole��o no Desfile das Campe�s -- est�o ali no cantinho. (*) As caldeiretas com desenhos de Ziraldo, Jaguar, Ique e Mill�r foram o sucesso do camarote da Brahma. Das dez mil � disposi��o dos bacanas, mil quebraram. Mas s� sobraram tr�s mil para contar a hist�ria.
Os vips levaram seis mil. (Ancelmo G�is) Admira � que tenham sobrado tantos: esses copinhos simplesmente pediam para ser roubados... :-)14:04
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14.2.05
Tristeza corporativaA sa�da de Carly Fiorina da HP deixa o mundo corporativo mais sem gra�a. Era muito interessante acompanhar seu desempenho, e comparar seu estilo exuberante e marqueteiro com o da discreta Anne Mulcahy, da Xerox: as duas faziam a dobradinha feminina mais poderosa do mundo hi-tech, tradicionalmente dominado por homens. Fiorina nunca teve medo de bater de frente com a diretoria; na �poca da compra da Compaq, lutou com unhas e dentes pela id�ia de que as duas companhias tinham tudo a ver, algo dif�cil de perceber e at� hoje n�o assimilado por muita gente. Os resultados duvidosos dessa compra, aliados � sua famosa incapacidade de delegar fun��es, levaram ao fim do casamento de cinco anos com a HP. A empresa est� compreensivelmente tensa e sem dire��o aparente, e especula-se sobre a possibilidade de que venha a se dividir em pelo menos duas unidades. Alegrias editoriais IDepois de um ano catastr�fico, em que perdeu a editora e ganhou d�vidas astron�micas, o bravo Heinar Maracy, nome popular�ssimo nos c�rculos do Mac e do design, conseguiu juntar for�as, reunir os amigos e, mais uma vez, volta a fazer uma revista de Mac no Brasil. Na semana que vem, a nova vers�o da querida Macmania chega �s bancas, a tempo de comemorar 12 anos de vida. A revista est� mais gordinha do que os �ltimos n�meros lan�ados ano passado e vem com um CD-ROM especial, que roda tanto em Mac quanto em Windows, com um apanhado da produ��o art�stica macman�aca brasileira. Tem m�sicas, v�deos, fontes, ilustra��es, hist�rias em quadrinhos e poemas feitos por leitores e amigos da casa como Laerte, Ad�o Iturrusgarai, Elesb�o e Haroldinho, Andr� Abujamra e Augusto de Campos, entre outros. Alegrias editoriais IIBoa not�cia: o livro "Como fazer CDs de alta qualidade", de Andr� Machado e Aroaldo Veneu, que ensina o caminho das pedras para a grava��o de CDs, foi o campe�o de vendas da divis�o de tecnologia da editora Campus em 2004. Como prefaciadora coruja, lembro que o livro, que � mesmo �timo e merecedor do sucesso alcan�ado, nasceu de uma reportagem do Andr� que foi ao ar aqui no Info Etc., em 9 de fevereiro do ano passado. Tristezas do MMSOs usu�rios de MMS da Oi est�o desconsolados. H� mais de uma semana n�o conseguem mandar figurinhas dos seus celulares. Ningu�m merece: justo no carnaval! Tristezas do VeloxCertas sutilezas do atendimento ao usu�rio Velox escapam � minha compreens�o. Quando se liga para l�, a grava��o pede que se digite o n�mero da linha telef�nica; mas assim que um atendente finalmente nos resgata daquele ru�do insuport�vel que eles acham que � m�sica, a primeira coisa que pede �, novamente, o n�mero que acabamos de dar. Quando dou meu n�mero a qualquer supermercado ou empresa de r�dio t�xi que use com freq��ncia, a pessoa do outro lado imediatamente identifica a minha conta, e desfia mais informa��es a meu respeito do que eu mesma sei. No atendimento do Velox, por�m, a ignor�ncia � sempre a mesma: total. Seria razo�vel supor que a cada n�mero estivesse conectada uma ficha com as caracter�sticas da configura��o da m�quina daquele espec�fico usu�rio: PC com Windows XT, router 3Com, essas coisas. Mas nem essa associa��o absolutamente elementar a Velox consegue fazer. Assim, cada vez que liga para l�, o pobre usu�rio � obrigado a desfiar o mesmo rol de informa��es b�sicas e burocr�ticas. Apesar disso, sendo a sonhadora que sou, fico imaginando um servi�o em que, al�m dos dados da m�quina, constasse tamb�m uma cota��o para o n�vel de entendimento do usu�rio: digamos, uma estrela para quem aat� agora n�o se acertou com o computador porque acha que o mouse � um pedal, duas para quem j� sabe qual das luzinhas � o led do DSL e por a� vai. N�o faz sentido que, cada vez que uma criatura razoavelmente familiarizada com o equipamento ligue para l�, tenha que partir daquele zero tatibitate com atendentes treinados para lidar com criancinhas do maternal. Num mundo de fato perfeito, por�m, nada disso seria necess�rio, j� que o Velox funcionaria... (O Globo, Info etc., 14.2.2005)05:58
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As voltas que o mundo d�Sou totalmente contra o desenvolvimento de armas nucleares, mas gostaria de entender por que os Estados Unidos acham que podem ter bombas nucleares e o resto do mundo n�o. O que d� ao �nico pa�s que j� usou efetivamente armas nucleares o direito de reclamar quando os outros se armam?! N�o tenho nenhuma simpatia pela Cor�ia do Norte, mas tamb�m n�o vejo como condenar um pa�s por avisar aos EUA que se cuidem, sobretudo depois de ter sido alinhado no "Eixo do Mal" pelo sutil George W. Bush. Que coisa. Nunca pensei que, um dia, eu chegaria a temer pelo Ir� por n�o ter uma bomba at�mica. 01:26
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12.2.05
Cr�nica do jovem Hughes, ou das desvantagens de n�o morrer aos 30 O que � que Howard Hughes, Che Guevara e James Dean t�m em comum? Simples: os tr�s s�o �cones firmemente arraigados no nosso imagin�rio. A diferen�a � que Che e James Dean morreram jovens e logo viraram material para posters e camisetas, ao passo que Hughes, que talvez tivesse condi��es de lhes fazer companhia nas paredes e no peito de milh�es de adolescentes, viveu demais, e morreu velho e maluco. �s vezes, sobreviver no tempo da pr�pria vida prejudica a sobreviv�ncia no tempo rarefeito do inconsciente coletivo; vide, por exemplo, Marilyn Monroe e Brigitte Bardot. Em lugar de cineasta e aviador audaz, Howard Hughes cristalizou-se na eternidade como retrato supremo dos males do capitalismo, primeiro nome que vem � mente quando se repete, pela en�sima vez, que dinheiro n�o traz a felicidade. At� assistir ao filme de Martin Scorsese, era este o Hughes de que eu tinha not�cia: o milion�rio mau, recluso, obsessivo e paran�ico, com medo de micr�bios, que n�o cortava o cabelo e as unhas e n�o fazia a barba, n�o sa�a do quarto nem via a luz do sol. De repente, eis que surge na tela uma vers�o radicalmente nova deste homem. Sempre milion�rio, mas jovem e audacioso, apostando alt�ssimo nas suas id�ias e ideais, um �s da avia��o, um revolucion�rio versado nas manhas da pol�tica e da corrup��o, capaz de dar a volta num senador sem escr�pulos e num concorrente indigesto, com Jane Russell, Katharine Hepburn e Ava Gardner a tiracolo. Depois da surpresa inicial de descobrir que, um dia, Howard Hughes tamb�m foi jovem, vem a segunda surpresa: Leonardo diCaprio, que nunca me convenceu como ator, est� �timo na sua pele. � bonito demais para o papel, mas este "problema" n�o chega a afetar a atua��o, at� porque, na verdade, o esquecido Howard Hughes jovem poderia ser representado por praticamente qualquer ator branco, magro e de bigodinho. Tarefa consideravelmente mais complicada enfrentam Cate Blanchet, que faz Katharine Hepburn, e Kate Beckinsale, que faz Ava Gardner. Temos refer�ncias visuais demais das duas antigas atrizes para que qualquer das duas que as representam consiga ser convincente. Cate, a Blanchet, tem sido mais elogiada do que Kate, a Beckinsale, mas para mim � mais f�cil acreditar na sua Ava do que na Kate da Cate. * * *O filme, em si, � um Grande Espet�culo: reconstitui��o minuciosa e primorosa de �poca, trilha sonora sensacional, profus�o de cenas empolgantes. Tudo acentuado um pouco al�m do realismo, como, digamos, um som ligeiramente acima do normal. A id�ia, imagino, � dar ao espectador a sensa��o de que ele n�o est� assistindo a um filme, mas que est� dentro do filme. E n�o qualquer filme, mas um filme da �poca em que se passa ?O aviador?. O efeito � acentuado pelas cores, pelo enquadramento e pelo comportamento dos atores, que poderiam ter sa�do direto dos anos 40. O �nico problema � que, ao inv�s de nos aproximar do filme e dos personagens, este tratamento nos afasta. Seria curioso voltar no tempo e ver como uma plat�ia de ent�o se sentiria diante do filme; mas hoje, o que deveria ser intimidade acaba se traduzindo em distanciamento e frieza. Como numa t�pica fita dos anos 40, tamb�m, Scorsese opta por n�o aborrecer excessivamente o espectador com o lado sombrio de Hughes. Seria imposs�vel contar a sua hist�ria sem aludir � loucura, mas tudo termina antes do mergulho final no abismo. O p�blico percebe que ali est� um homem com s�rios problemas mentais, mas n�o chega a entrar no terror absoluto da doen�a. Afinal, pela est�tica em tela, est� no cinema para se divertir, n�o para sofrer. � claro que ?O aviador? n�o tem este nome � toa. Para quem gosta de avi�es hist�ricos, poucos filmes se comparam a este. As cenas de v�o s�o longas e magn�ficas. Na mais rom�ntica, Hughes sobrevoa Hollywood � noite com Katharine Hepburn; na mais espetacular, cai com o XF-11, levando de rold�o um quarteir�o inteiro de Beverly Hills. A quem tiver curiosidade de saber o que aconteceu aos moradores das casas atingidas, informo: morreu um cachorro, mas todos os humanos escaparam. O detalhe, que n�o est� no filme, pode ser encontrado no livro de Charles Higham, que o inspirou. (O Globo, Segundo Caderno, 13.2.2005)19:49
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ShrekEstava vendo o Pr�ncipe Charles com a sua Camila, anunciando o casamento. Ta�, acho bonita essa hist�ria, e fico feliz por eles. Imaginem o que � a vida deste pobre coitado, que nasceu e foi criado para ser rei, mas que tem uma m�e que n�o larga o trono por nada -- e que, a julgar pelo hist�rico familiar, ainda vai passar muitos e muitos anos como rainha?! No fundo, tudo o que ele queria � que o deixassem em paz com seus cavalos, tocando violoncelo e conversando com as plantas; em vez disso, teve que abrir m�o da namorada de juventude e casar com uma garota hist�rica e bul�mica, que adorava vida social e era a queridinha das massas. Basta olhar para ele e para Camila para ver -- sem maldade, please! -- que foram feitos um para o outro. N�o sei se Diana casou sem saber da exist�ncia de Camila. Acho quase imposs�vel, porque num mundinho daquele tamanho, mesmo sem contar com os holofotes da m�dia, todos sabem de tudo. Tamb�m acho muito dif�cil acreditar que ela casou sem saber no que estava se metendo. Naquela �poca, mais do que hoje, um casamento real ainda era um assunto de estado, cheio de contratos e cl�usulas, definido por juristas e conselheiros de toda a esp�cie. Imagino que o que a tenha deixado t�o infeliz tenha sido a total impossibilidade de conquist�-lo, muito frustrante para qualquer pessoa um pouquinho mais rom�ntica, mas certamente intoler�vel para uma mulher que tinha o mundo a seus p�s. A infelicidade de Diana foi exaustivamente discutida pelo mundo inteiro; mas sempre achei muito mais interessante, do ponto de vista dram�tico, a infelicidade do pr�ncipe, obrigado a conviver com aquela criatura celestial que lhe dava nos nervos. 17:34
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ConsultaPessoal, algu�m sabe onde se pode tomar vacina contra febre amarela sem ser no Gale�o? Algum lugar aqui pela Zona Sul, ou l� no Centro? � que vou pro Panam� no fim do m�s... :-)No mais: continuo sem Velox, pode isso?! Hoje nem chega a ser problema, porque estou morta e ainda preciso descansar antes de ir pro desfile das campe�s, logo mais; e amanh�, � claro, vou precisar me refazer da esb�rnia. S� n�o sei como vai ser a partir de segunda, quando o ano come�a de verdade. Ah: tem mais cartas no cartas � reda��o, inclusive o bloquinho das que sa�ram hoje no Globo. 17:15
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Cartas � reda��oOntem foi um dia brabo! A pol�mica a respeito da primeira p�gina rendeu dezenas de cartas � reda��o, emails simp�ticos de amigos e colegas e telefonemas de todo o tipo. Al�m disso, era fechamento do Info e, na madrugada anterior, eu fiquei acordada at� de manh� escrevendo uma cr�tica comprida do "Aviador". Ainda estou me conectando via dial-up em casa; no jornal, a internet passou o dia inteiramente travada. Separei as cartas que chegaram diretamente para mim e publiquei aqui; amnh� ou segunda vou pedir ao pessoal da se��o de cartas que d� um forward do monte de emails que est�o l�, para que eu possa postar o dossi� completo. 05:23
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11.2.05
 Mais uma do Segmund. Adorei -- at� porque ele tirou muuuuuuuitos quilinhos da vossa cronista... :-)15:18
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A not�cia que d� primeira p�ginaMeu colega e amigo Asc�nio Seleme, que fecha a primeira p�gina e que escolheu a foto da Luma para o domingo, publica hoje um artigo a respeito desta escolha. Est� l� no site do Globo, mas como precisa registro -- que nem todo mundo tem -- e como a gente discutiu o tema aqui, dou um cut&paste para facilitar: "O leitor pode muito bem imaginar como os jornalistas constroem a primeira p�gina de um jornal di�rio. � muito simples. Em primeiro lugar, tem que haver not�cia. De posse das principais informa��es do dia, os editores buscam as mais importantes para compor a capa do jornal. Decididas quais s�o as que merecem a primeira, deve-se estabelecer uma hierarquia entre elas: qual a principal, aquela que vai virar manchete; qual a imagem mais importante do dia, que repercutir� nas bancas e dar� mais uma informa��o ao leitor; como arranjar as demais not�cias de maneira a comportar o conte�do com impacto, conjunto e gra�a na p�gina mais nobre do jornal.
Na capa do domingo passado, primeiro dia de desfile das escolas de samba, a manchete s� podia ser de carnaval. O GLOBO tinha uma excelente hist�ria de carnaval, um relat�rio que mostrava as contradi��es entre as notas e os coment�rios dos jurados das escolas de samba em 2004. E o jornal dispunha tamb�m da foto, a foto s�ntese do carnaval da Sapuca�, que come�aria a eletrizar a cidade naquele domingo. Era a foto da Luma de Oliveira, a rainha das rainhas das escolas de samba. Foi Luma quem transformou as rainhas de bateria em institui��o do carnaval.
Alguma d�vida? Para n�s, os editores, a foto era aquela. Luma parecia uma pin-up, um desenho retocado, sem defeito. Como O GLOBO mant�m um ambiente aberto, democr�tico, onde todos opinam e t�m voz, a colunista e editora Cora R�nai, ao saber que est�vamos dando a foto da Luma, protestou. Ela julgava um absurdo darmos na capa do doming�o uma mulher "mentirosa e manipuladora". Cora concordava que Luma tinha tudo a ver com o carnaval, que era mesmo representante leg�tima da festa, mas discordava organicamente da sua presen�a na primeira p�gina do jornal. Argumentou que Luma fora acusada de presenciar o espancamento de um fot�grafo num resort e nada fez para impedir. E quem agia assim com um colega nosso n�o merecia nossa primeira p�gina.
Contra-argumentamos lembrando a Cora que o assunto em pauta era o carnaval, n�o a defesa dos jornalistas. N�o podemos fazer jornal pensando em defender uma ou outra categoria, mesmo que seja a nossa. Fazemos jornal, n�o panfleto. Que se Luma mentira, como de fato mentira no epis�dio daquela falsa gravidez, isso nada tinha a ver com a quest�o em pauta. A not�cia era o carnaval e a Luma era a melhor imagem do carnaval que disp�nhamos.
Cora finalmente insistiu que dev�amos dar ouvidos a ela porque falava como "perfeita representante das donas de casa da Zona Sul do Rio". Bom, a� n�o houve mais o que discutir, ca�mos na gargalhada, Cora inclusive, e encerramos a conversa.
J� tinha at� mesmo me esquecido do assunto quando me surpreendi com a coluna da Cora no Segundo Caderno de ontem. Concordo com ela que voto vencido n�o � convencido. E � obriga��o dela expor id�ias, dar opini�es. Para isso Cora tem uma coluna semanal. O que se espera dela � isso mesmo: id�ias. Entendi, contudo, que o tom foi um pouco al�m dos bons modos que pautou nosso debate durante o fechamento daquela edi��o dominical. Cora disse que ao promovermos Luma est�vamos "tripudiando da nossa profiss�o e apresentando ao leitor uma escala de valores lastim�vel". Ora, Cora. Atribuo esses termos a um arroubo juvenil. Ela sabe muito bem que os seus colegas jamais tripudiariam da sua profiss�o nem apresentariam ao leitor valores morais menores.
Se f�ssemos negar a Luma a primeira p�gina pelas raz�es expostas por Cora, ter�amos que afugentar da capa outros tantos personagens do nosso cotidiano. Not�cia tem que ser publicada. E esse � o principal crit�rio na escolha do que vai para a primeira: ser not�cia. E Luma � not�cia no carnaval como Rom�rio � no futebol e Bush � no mundo.
O editor pode at� n�o gostar de Luma, Rom�rio e Bush, mas n�o pode negar a eles espa�o no notici�rio por raz�es alheias � not�cia. (Asc�nio Seleme)" Fico chateada comigo mesma por ter magoado os colegas, que s�o, al�m de jornalistas competentes, pessoas muito queridas. Pe�o desculpas pela falta de jeito, porque acho que talvez pudesse ter dito o que disse com outras palavras, que n�o ferissem os seus sentimentos. Apesar disso, continuo mantendo minha opini�o. N�o acho que se deva negar espa�o a Luma no notici�rio, mas definitivamente n�o vejo por qu� homenage�-la com um p�ster daquele tamanho na capa. (De resto, tamb�m n�o vejo por qu� dar tanta import�ncia para o Rom�rio, mas isso j� � outra hist�ria; e do Bush, infelizmente, n�o temos mesmo como fugir.) Os rapazes acham gra�a quando me defino como representante das donas de casa da Zona Sul do Rio, e eu percebo a gra�a, que est� na pitada de exagero; mas, no fundo, este � o meu fio-terra, e � isso, exatamente, que eu sou -- uma carioca de classe m�dia, com a alma e o DNA da minha gera��o. Espero nunca perder esta identidade, porque nela est� a ess�ncia da minha rela��o com os leitores e leitoras, de quem tanto gosto. 02:42
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Mapas!Isso � mesmo novo, ou s� eu � que ainda n�o conhecia? 02:07
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Enquanto isso, na mailbox do ministro... Exmo. Sr. Dr. M�rcio Thomaz Bastos, Ministro da Justi�a, Hoje � o 50º dia da Opera��o Holocausto.
Finalmente o ano est� come�ando, segundo diz o humor popular. Para n�s, do F�rum Nacional de Prote��o e Defesa Animal, 2005 j� vai alto e prosseguimos em nossa arenga c�vica de protestos di�rios. Como o tempo passa! Est� chegando o dia que o Delegado Dr. Deuler da Rocha Gon�alves J�nior estabeleceu como prazo, com seu rec�m adquirido poder legiferante, para pormos os olhos e as m�os nos autos do Inqu�rito de nr. 133/2004, aquele que investiga 150 pessoas envolvidas em malfeitorias variadas, detidas na rinha Clube Priv� Cinco Estrelas no dia 21 de outubro passado.
Obter o inqu�rito parecia � primeira vista coisa simples, j� que � um direito legal assegurado a todo advogado, mas � medida que o tempo passa parece-nos inating�vel. Que pena! Logo a n�s, protetores da fauna, definidos como respons�veis por tutelar os animais pelo Decreto 24.645/34, este direito � negado. Sr. Ministro, algum malentendido est� ocorrendo. Como V. Exa. � advogado criminalista com larga experi�ncia em defender rica�os envolvidos em estrepolias, ousamos pedir-lhe um aconselhamento. Trata-se do seguinte: quarta-feira passada, dia 2 de feveiro, nossa advogada esteve na Delegacia de Meio Ambiente e Patrim�nio Hist�rico -- DELEMAPH e pediu para ver os autos do pol�mico inqu�rito, que se encontraria aninhado sob as asas do Delegado Dr. Deuler da Rocha Gon�alves J�nior.
Ao fazer o pedido ao Dr. Deuler, a advogada ouviu deste a resposta de que seria melhor que ela pedisse para v�-lo quando "fosse encaminhado � justi�a". No dia seguinte, quinta-feira, a advogada voltou, com um pedido por escrito para ver o misterioso documento.
Dr. Deuler determinou que a advogada protocolasse a peti��o e em cinco dias �teis ele iria resolver se entregaria o inqu�rito. Humildes, aceitamos o prazo imposto e come�amos felizes a contagem regressiva at� o dia estipulado para a obten��o da pe�a: a pr�xima ter�a-feira, 15 de fevereiro. Nem � necess�rio dizer que ter�a-feira pr�xima estaremos na DELEMAPH.
Pensamos at� em fazer uma pesquisa junto � opini�o p�blica, algo do tipo: "Voc� acha que o Dr. Deuler entregar� o Inqu�rito de nr. 133/2004 na pr�xima ter�a-feira, prazo que ele, com seu novel poder legiferante, determinou? Clique 'sim' ou 'n�o' ". Seria at� divertido, Sr. Ministro, se outro fato intrigante n�o tivesse ocorrido paralelamente. A advogada Dra. Leda Leal da Costa, Vice-presidente da entidade carioca Defensores dos Animais, esteve tamb�m na DELEMAPH na segunda-feira, 31 de janeiro. Foi recebida pelo escriv�o Sr. Coelho e em seguida surgiu o Dr. Deuler.
Quando a Dra. Leda pediu para ver a enigm�tica pe�a inquisitorial, foi informada pelo escriv�o, na presen�a do Dr. Deuler, que n�o seria poss�vel v�-la, uma vez que "tinha sido encaminhada para a justi�a". Deve haver algum malentendido: dia 31 de janeiro o escriv�o Sr. Coelho informa � Dra. Leda que o inqu�rito n�o poderia ser mostrado "porque tinha seguido para a justi�a". Dia 3 de fevereiro o Dr. Deuler sugere � advogada do FNPDA que aguarde para ver o inqu�rito "quando este for para a justi�a". Ali�s, n�o entendemos por que o inqu�rito haveria de seguir para a justi�a. Em primeiro lugar, est� parado, portanto longe de concluso. Em segundo lugar, uma vez terminado o inqu�rito e feito o relat�rio pelo delegado que o presidiu, ele � encaminhado ao Minist�rio P�blico, que o analisa para posteriores provid�ncias, entre elas oferecer a den�ncia ao juiz. Qual conselho V. Exa. nos daria, se estivesse advogando? Procurar o Minist�rio P�blico Federal no Rio de Janeiro, talvez? Afinal, alguma infra��o h� de estar sendo cometida. Como este assunto est� sendo acompanhado com interesse por muitos destinat�rios, Sr. Ministro, permita V. Exa. que forne�amos o telefone do escriv�o Sr. Coelho a todos. Assim, quem puder nos ajudar, por favor, telefone � Pol�cia Federal no Rio de Janeiro, pedindo not�cias do inqu�rito. O n�mero � 021 3213-1666. Assim, quem sabe, Dr. Deuler descobre se a misterios�ssima pe�a emplumou-se, bateu asas e voou do ninho. Esta met�fora tem a ver com um elogio/cr�tica que desejamos fazer, com rela��o � arte plum�ria ind�gena. Lemos no Jornal do Brasil de 5 de fevereiro de 2005 que uma equipe de policiais federais, sob a coordena��o do Delegado Paulo de Tarso Teixeira, apreendeu em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, aproximadamente 150 pe�as feitas com partes de animais silvestres, como cocares, braceletes e colares com dentes de macacos e de on�as e penas de papagaios.
"Para a PF, foi um dos maiores golpes no tr�fico internacional de animais silvestres j� realizados." (...) "O material seria vendido nos Estados Unidos por R$ 1,3 milh�o e pertence � antrop�loga Rosita Pereira Heredia, de 43 anos, que mora nos EUA. Ela decidiu colaborar com a investiga��o conjunta da PF com a Fish and Wildlife Service (FWLS), ag�ncia que cuida de crimes ambientais." (...) "Rosita Pereira Heredia est� sendo processada desde 1998 nos EUA pela FWLS. A antrop�loga � acusada de vender ao ent�o diretor do Museu de Arte Smithsonian, Lawrence Small, artesanato ind�gena no valor de US$ 460 mil (R$ 1,1 milh�o)." (...) "-- � a maior cole��o de arte plum�ria ilegal da hist�ria" -- diz o delegado Jorge Pontes, Chefe da Divis�o de Crimes Ambientais da PF. Desejamos cumprimentar a Pol�cia Federal por esta dilig�ncia que � parte da Opera��o Pindorama. Desejamos fazer duas observa��es finais: achamos que j� � hora de se fechar o cerco n�o s� a enfeites ind�genas ilegais com partes de animais, mas proibir-se a venda de qualquer enfeite ind�gena feito com partes de animais silvestres. Afinal, ou o �ndio vive como �ndio em sua reserva, alimentando-se da ca�a e da coleta de vegetais, ou ca�a macacos, on�as, papagaios e araras, alguns at� em extin��o, para manufaturar ornamentos a serem comercializados em lojas no Brasil e at� no exterior -- e ent�o n�o � �ndio. Isto para n�s configura ca�a profissional e como tal � ilegal. Hipocrisia: extin��o j�. Por fim, queremos lembrar ao Dr. Deuler que assim como a Pol�cia Federal apreendeu as pe�as feitas com penas e dentes de animais silvestres, assim tamb�m as rinhas de galos devem ser estouradas e investigadas. Afinal papagaios, araras, galos de briga, todos t�m direito � tutela do Estado. Ana Maria Pinheiro Vice-presidente F�rum Nacional de Prote��o e Defesa Animal A persist�ncia e determina��o da Ana Maria s� s�o compar�veis ao descaso e � covardia do ministro que, at� hoje, apesar de estar recebendo um email diferente todo santo dia, at� agora n�o se dignou a responder um s� deles. Por favor, vamos colaborar na briga: basta ligar para a Pol�cia Federal, aqui no Rio -- 021 3213-1666 -- e pedir not�cias do inqu�rito 133/2004. Provavelmente algu�m vai dizer uns desaforos do lado de l�, mas quem sabe assim se tocam que h� cidad�os atentos neste pa�s... 02:03
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10.2.05
O saboneteRosana Hermann, dando um banho geral: maravilhoso! 06:28
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9.2.05
 Capivara, Luma, escolas: fragmentos de carnavalS�o tr�s dias de folia e brincadeira... para n�o falar em quest�es mais s�riasQuando acordei no domingo e vi aquele c�u claro, t�o limpinho depois de um tempo aparentemente intermin�vel de chuva, agradeci a Quem de Direito -- e, como o resto da cidade, fiquei na torcida. Gosto de carnaval at� debaixo d'�gua, mas convenhamos que, a seco -- pelo menos meteorologicamente falando -- tudo fica melhor, da farra inocente dos bloquinhos modestos � apoteose da Sapuca�. �, A� de Cima: valeu! * * *-- H� um come�o de movimento de retorno �s marchinhas sim, -- confirmou Eduardo Dusek. N�s nos encontramos � noite, na ida para o Samb�dromo, e conversamos sobre isso. No dia seguinte, de tarde, a estr�ia do bloco Capivara Ensaboada confirmou a tend�ncia. Repetida algumas vezes entre antigos sucessos, a Marcha da Capivara "pegou" entre os foli�es, que, tarde da noite, voltavam para casa cantando a musa: A roedora foi parar l� na Baixada Ai meu Deus que tremenda solid�o Prender a bicha assim n�o � legal Solta a capivara nesse carnaval. * * *J� outra musa, a Luma, foi motivo de pol�mica com os colegas que fecham a primeira p�gina. Ningu�m discute a beleza da Luma ou da foto que saiu na capa de domingo mas, pelo menos na minha cabe�a, esses n�o s�o os �nicos crit�rios que devem orientar a escolha da principal foto da primeira p�gina de domingo do meu jornal. Digo "meu jornal" n�o apenas como jornalista da casa, mas tamb�m como leitora apaixonada do Globo. Ningu�m tem nada a ver com o que acontece entre a Luma, o ex-marido, o bombeiro e o soldado, mas promover algu�m que mente patologicamente e que manipula a imprensa como ela faz -- inclusive fisicamente, que o diga o fot�grafo da "Caras" -- � tripudiar da nossa profiss�o e apresentar ao leitor uma escala de valores lastim�vel. Uma foto da Luma na primeira p�gina do jornal equivale, para mim, ao seguinte recado: "Se voc� tiver uma bunda suficientemente bonita pode fazer o quiser, que para n�s n�o tem import�ncia. Pode mentir e desmentir tudo o que mentiu � vontade, pode at� achar �timo ver gente apanhando, que n�s relevamos. A �nica coisa que conta � ser gostosa." Expus meus argumentos e os colegas ficaram at� ligeiramente abalados -- mas n�o o suficiente para trocar a foto: -- Ah, � carnaval, e ela � a cara do carnaval. Fui voto vencido, mas n�o convencido. Luma s� � a cara do carnaval porque a imprensa decidiu que ela � a cara do carnaval; ora, uma vez que ficou decidido que ela � a cara do carnaval, ela passa, automaticamente, a ser a cara do carnaval. Mal comparando, como os bicheiros homenageados na avenida -- todos eles, tamb�m, a cara do carnaval. Algo me diz que, dando continuidade � tradi��o iniciada no ano passado, no carnaval que vem devo voltar ao assunto. At� que apare�a uma nova "cara do carnaval", continuaremos assim: os rapazes da primeira p�gina dando a Luma em destaque l�, e eu dando um ataque de nervos aqui. *suspiro** * *Mist�rio: por que � que a escola que tem as cores mais bonitas faz quest�o de ir contra o seu verde e rosa, t�o carregados de tradi��o? Desfilando sem as suas cores, a Mangueira simplesmente n�o � a Mangueira, � uma escola qualquer. E que enredo desengon�ado! Dava d� ver os componentes fantasiados de torre de transmiss�o, fazendo aquele esfor�o todo para sambar sem romper os fios que os uniam. Ali�s, com aquela quantidade de torres e cabos, dona Dilma do Lula nunca mais precisaria explicar nada a ningu�m. O que fica dif�cil de explicar � como escolas tarimbadas como Mangueira e Portela insistem em dar tantos tiros nos pr�prios p�s. J� a Viradouro, que n�o agradou a alguns especialistas, foi cativante do come�o ao fim, com carros criativos e bem acabados, fantasias de bom-gosto e um samba �timo de cantar. O desfile visto pelo setor 1, onde eu estava, foi lindo e cheio de surpresas, perfeito apesar do carro quebrado a reboque. A escola saiu de l� campe�, e assim ficou no meu cora��o at� a entrada triunfal da Imperatriz, que lavou a alma de um samb�dromo traumatizado pelo triste espet�culo da Portela. Fala-se muito dos carnavais "tecnicamente corretos" da grande Rosa Magalh�es, como se isso fosse uma esp�cie de defeito. Pois se �, eu bem que gostaria que todas as escolas sofressem disso. A Imperatriz se renova a cada ano, n�o recicla id�ias, n�o apela para o grotesco ou para a vulgaridade. A despeito de todas as novidades apresentadas pela Unidos da Tijuca, que de fato est� criando um estilo pr�prio, a minha grande viagem fiz, este ano, nas asas dos seus cisnes inesquec�veis. (O Globo, Segundo Caderno, 10.2.2005)20:36
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Apura��o Socorro. Tenho que ir pro jornal e n�o consigo me afastar da TV. Estou achando muito injustas as notas dadas � Viradouro. Update: N�o adianta, eu nunca me afino com a comiss�o julgadora. Imperatriz em quarto? Viradouro em oitavo? Fala s�rio... :-(Ali�s, para mim, entre Beija-Flor e Unidos, a Unidos deu de dez. 16:36
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Bahia
 Cheguei muito cansada do jornal. Ontem passei o dia escrevendo e editando fotos, em vez de sair para pular carnaval, como deve ser. Por falar em carnaval: no outro dia postei uma s�rie de fotos de Porto Seguro no Flickr. Est�o bem bonitinhas... :-)05:32
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 Ontem � noite, na reda��o, o Jorginho, um dos campe�es da Editoria Rio, fez esta foto minha e do Alexandre Sassaki, editor de fotografia do jornal. Em geral n�o gosto de ser fotografada, mas fiquei feliz: tenho muito orgulho em ser amiga e colega dessas duas feras. 04:57
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8.2.05
 Foi um rio que passou...N�o sou portelense, mas quase chorei quando vi esta �guia indo embora, com a Velha Guarda logo ali atr�s. Apesar de saber que atraso no desfile � mortal, juntei-me ao coro que xingava a diretoria da escola: nunca fui ao Maracan�, mas acho que deve ser assim, a arquibancada toda gritando fillhadaputa!!! em un�ssono. Como, impedir logo a Velha Guarda de desfilar?! Ficaram malucos?! Depois de muita confus�o, a diretoria (e a �guia) voltaram atr�s, e o carro e a Velha Guarda foram para a avenida -- �s carreiras, em clima de vel�rio, mas aplaudidos pelas arquibancadas. Foi muito triste. 20:50
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Que horror!Andr�a Lambert, que cuida de tantos gatinhos do Rio, me mandou uma not�cia que saiu no Dia. Depois, quando a gente diz que quem maltrata animais tamb�m maltrata humanos, acham que � exagero... Seguran�a foi executado ap�s brigar por gato
O seguran�a Marcos Ant�nio Ramos da Silva, 37 anos, que trabalhava para o vereador de S�o Jo�o de Meriti Carlos Roberto Rodrigues, o Bebeto (PMDB), foi morto domingo ap�s uma briga por causa de um gato num bar do munic�pio. Segundo o irm�o da v�tima, M�cio Luiz, um homem chutou o animal, Marcos gritou para ele parar e acabou atingido por 13 tiros. O seguran�a foi enterrado ontem no Cemit�rio de Vila Rosali. 20:41
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Oi Multimidia
 Para mim, a Viradouro fez o desfile mais lindo do ano. Vai ser dificil fazer melhor. E' campea! 04:50
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7.2.05
Oi Multimidia
 Viradouro! 23:57
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Oi Multimidia
19:37
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Oi Multimidia
 Capivara Ensaboada! 18:39
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Oi Multimidia
18:22
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Oi Multimidia
18:17
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Boletim telecom Continuo sem telefone, sem Velox e sem acreditar na Telemar; sem surpresas, pois. Ontem fui ao camarote da Brahma, na perfeita defini��o do Mill�r, o melhor lugar para fugir do carnaval no Rio. Encontrei mil amigos e me diverti muito com eles mas, com exce��o da Mangueira, em que, gra�as ao Fernando Caruso, consegui meia brecha de janela, vi pouqu�ssimo dos desfiles. A grande id�ia do camarote, este ano, foi recriar uma quadra de escola de samba; a�, entre um desfile e outro, todo mundo ca�a na folia. Um dos sucessos: os copos assinados por cartunistas. H� copos com desenhos feitos pelo Jaguar, pelo Mill�r, pelo Ziraldo e pelo Ique. Acho que nunca se roubaram tantos copos do camarote, mas a �d�ia, pelo que entendi, � mesmo essa. Discretamente, como quem n�o quer nada, fiz uma cole��o quase completa, com tr�s lindos copinhos. No primeiro break fotografo e mostro proc�s. E agora vamos pra rua, pra aproveitar o sol e o carnaval! Em tempo: fiquei muito desapontada com a Mangueira. Fez um desfile burocr�tico at� no enr�do e, mais uma vez, fugiu das suas lindas cores. T� dif�cil! 17:14
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Bloco Blogue Estou h� dias com este link sem saber por que n�o entrou e agora vi: salvei como draft. Se me der um sorvete periga de eu tascar na testa, viu?! Afe! O fato � que o Bloco do Matusca t� na rua. Todo mundo l�! 17:08
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Oi Multimidia
 Tati descansa da folia 14:57
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Oi Multimidia
01:32
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6.2.05
Oi Multimidia
20:04
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Oi Multimidia
19:25
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Oi Multimidia
18:40
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carnaval 2005
 carnaval 2005 Meninos da Mangueira, sexta de tarde, no desfile mirim.
17:41
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a chuva deu um break...
 Continuo sem telefone e sem Velox, apesar das promessas da Telemar que, h� quatro dias, garante que o conserto � pra j�. T�, me engana que eu gosto... Se a Telemar � a inefici�ncia personificada habitualmente, fica dif�cil acreditar que vai aproveitar justamente o carnaval para inaugurar uma nova fase de compet�ncia e respeito ao consumidor. Quanto a mim, estou aproveitando a falta de internet * para fazer mini-maratonas de cinema: ontem � noite, depois de um dia de atividades muito variadas, assisti Summertime e Brief Encounter, de David Lean, dois daqueles filmes que, quanto mais vejo, mais gosto. Hoje, logo mais, tem Samb�dromo. Leia-se: muitas fotos! Fiquem bem, e tenham todos um �timo carnaval!!! * N�o estou inteiramente desconectada; aqui em casa temos duas linhas, e estou aproveitando a que sobrou para me conectar, neste momento a poderosos 48Kbps. 16:03
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5.2.05
Ah, o trabalho que d�...Noblat fala do seu (dele) blog: �timo! 06:07
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4.2.05
 Outra do Segmund... 18:00
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Cora unpluggedO Velox e o meu telefone est�o fora do ar desde ontem. Estou me conectando pelo notebook, atrav�s da segunda linha da casa, via dial-up (o modem do desktop n�o est� funcionando -- claro que s� descobri isso agora). Boa noite a todos. Vou aproveitar para p�r a leitura em dia. 02:11
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3.2.05
Oi Multimidia
21:38
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Oh, que coincid�ncia!Fui dar uma olhada no painel geral dos coment�rios, e descobri uma seq��ncia de cr�ticas ao M�rio Moscatelli. At� a� tudo bem, ningu�m � obrigado a gostar de ningu�m, e assim como tem amigos, o Moscatelli ter� certamente inimigos. O que chamou a minha aten��o, por�m, foi que entre essas cr�ticas havia elogios � Cedae. A� acendeu aquela luz vermelha. Peral�: elogios � Cedae?! Algo estranho estava acontecendo. Por curiosidade, bloqueei um dos IPs. E, dito e feito, sa�ram do ar os coment�rios de Pedro, Antonio Cunha, barao, Rodrigo Paiva e Andrea Silveira. Todos vindos do 200.165.163.46. * suspiro *Depois este povo n�o entende por que a gente n�o acredita numa s� palavra vinda do governo... 18:22
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Dia da MarmotaNo que d� uma mailbox entupida! S� agora vi o cart�o que a Bia me mandou, desejando Happy Groundhog Day; que foi ontem, dia 2. N�o, n�o estamos malucas. � que um dos nossos filmes favoritos � Groundhog Day (O Feiti�o do Tempo); volta e meia repetimos as falas uma para a outra. Quando estamos sem assunto -- � raro, mas acontece -- assistimos ao DVD, pela en�sima vez. No passado escrevi um post inteiro sobre esta magna data; vou ver se acho. 05:14
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 Manu Chao e o choque da realidadeL� estava eu lendo o jornal, tranq�ilinha, quando descobri que logo mais rolava um show do Manu Chao no Circo Voador. Como assim, Manu Chao? No Circo Voador? Em plena segunda? Que maravilha! Liguei para uma amiga: -- Olha que bom, tem show do Manu Chao hoje � noite, no Circo Voador! -- E voc� est� querendo ir?! -- Claro que estou! Tem jeito melhor de come�ar a semana? -- Ah, tem sim. V�rios. -- Mas � o Manu Chao, puxa... -- Mas � o Circo Voador, ora. -- Que � que tem? A gente j� foi tanto ao Circo Voador! -- "Foi", disse bem. Foi. H� quanto tempo voc� n�o vai l�? -- ... -- Ent�o? -- Calma, n�o faz tanto tempo assim. S� estou tentando lembrar... -- Est� vendo o que eu quero dizer? * * * �s dez e meia, quando ela ligou avisando que estava passando na reda��o para me pegar, reclamei: est�vamos atrasadas at� pelos meus par�metros. O show come�ava �s dez. Ela caiu na gargalhada: -- �, faz tempo mesmo que voc� n�o vai l�... Chegamos �s onze, e de fato nada dava a impress�o de que algo aconteceria num futuro pr�ximo; muito menos, de que este algo seria um show do Manu Chao. O �nico algo mencionado nos cartazes e ingressos chamava-se La Phaze. Havia uma fila razo�vel na porta, mas dentro um tel�o mostrava um clipe ca�do do David Bowie, enquanto os presentes passeavam distra�dos, bebendo cerveja e falando ingl�s. Eram turistas, claro, que tamb�m acreditaram no hor�rio divulgado. * * * Al�m de turistas, eram todos muito jovens; mais jovens, mesmo, do que os meus filhos. Aqui e ali, uma pessoa da minha idade, ou quase, igualmente deslocada e perplexa. Troc�vamos olhares c�mplices e a minha amiga cutucava, maldosa: -- Olha l�, coitado! Ele tamb�m caiu no conto do Manu Chao! E olha aquele casal ali, perdidinho... Voc�s deviam ter alugado uma van, todos juntos, para passar o fim de semana em Mau�. Levavam uns CDs da Mercedes Sosa, do Inti Illimani, da Violeta Parra... Aposto que iam se divertir muito mais. O pior � que eu come�ava a desconfiar que ela tinha raz�o. Quando um DJ finalmente subiu ao palco, tive certeza. Nem o pessoal que estava dan�ando manifestou qualquer entusiasmo. -- Este a� � o La Phaze? Minha amiga descolada n�o sabia. Perguntamos a algumas pessoas � nossa volta, mas ningu�m sabia -- e, pelo que percebi, ningu�m se importava. O que parecia ser consenso � que o mo�o j� tinha esgotado a sua acolhida. Estava na hora de dar lugar a quem quer que estivesse escalado; mas o DJ n�o dava mostras de querer ir embora. Subimos nas arquibancadas, descemos, comemos acaraj�, subimos de novo... e o DJ l�. Meia-noite, e o ambiente estava come�ando a esquentar. O n�mero dos que falavam portugu�s j� era igual ou superior ao dos que falavam outras l�nguas, todos vaiavam o DJ com a mesma empolga��o, mas isso n�o mudava em nada o fato de que eu estava na contram�o da faixa et�ria. Alguns olhavam para mim abertamente, como se estivessem tentando descobrir se eu vinha do paleoz�ico ou do mesoz�ico. Quando percebiam que eu os percebia, sorriam com ternura, como a gente sorri para criancinhas ou velhinhos que est�o fazendo algo particularmente ex�tico para a sua idade. A sensa��o � parecid�ssima com a de quem usa manequim 44 ou 46 na Fashion Rio: nenhuma faz bem � auto-estima. -- Cad� aquela van que voc� falou? -- perguntei � minha amiga. -- Est� na hora de ir para Mau�. Enturmada com outros amigos que encontramos, ela resolveu ficar; enquanto eu, irritada com a roubada mas aliviada por ir embora, tomei o rumo de casa. Estava no port�o do Circo Voador quando uma grande agita��o tomou conta do espa�o. Parei para ver o que era -- e n�o � que l� estava o Manu Chao prometido? Voltei rapidinho, ignorando os olhares de curiosidade da garotada. Ent�o eles acham que ningu�m sabia se divertir no pr�-cambriano?! * * * Manu Chao cantou quatro m�sicas, levou a plat�ia ao del�rio e caiu fora. Para mim, valeu, at� pela inesquec�vel aventura antropol�gica. Tenho um fraco incorrig�vel por ritmos latinos e por artistas que reclamam contra o estado geral do mundo, sobretudo quando fazem isso com boa m�sica e com bom humor, como ele faz. A quem nunca ouviu Manu Chao, mas que n�o se importaria de estar naquela van rumo a Mau�, recomendo calorosamente. "Clandestino", um de seus CDs mais recentes, n�o faria feio em Woodstock. (O Globo, Segundo Caderno, 3.2.2005)02:45
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Concurso de fotosAten��o, povo das digitais! H� um concurso de fotos de carnaval no nominimo! 02:37
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TrevasInspira��o descaradamente roubada do Pedro D�ria: Na noite do s�bado 17 de abril, um corpo de apar�ncia incomum foi levado pela pol�cia ao necrot�rio da Avenida Ipiranga. Tinha duas protuber�ncias esquisitas na testa. O m�dico-legista abriu o couro cabeludo, abaixou a pele at� o nariz e se deparou com algo muito raro: dois chifres implantados na carne, feitos de teflon. Cada um era quase do tamanho de uma barra de chocolate Prest�gio. Assim come�a a reportagem que deu o controvertido Pr�mio Esso do ano passado ao rep�rter Renan Antunes de Oliveira, do Jornal J�!, de Porto Alegre. Para maiores detalhes sobre o Renan, basta consultar o meu querido compadre de Florian�polis, que escreveu sobre o pr�mio e o premiado illo tempore. Em outras palavras: quando a gente vem com o milho, ele j� est� voltando com o fub�. 02:30
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2.2.05
Oi Multimidia
20:55
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Mad Maria
Estou adorando Mad Maria. Est� impec�vel como produ��o, reconstitui��o de �poca, dire��o, tudo -- mas uma das coisas de que mais gosto � do trabalho do Juca de Oliveira como Collier. Conhe�o poucos atores com a densidade at�mica do Juca. Fenomenal! Subi mais fotos das filmagens pro Flickr. L�, por�m, as legendas est�o em ingl�s, idioma "oficial" do site. 05:26
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 Brunetti, Sherlock Holmes sem cachimboA cena come�a a se tornar comum em Veneza. Cada vez mais turistas, sobretudo europeus, querem saber onde fica a chefia da pol�cia. Nada lhes foi roubado, nem sofreram qualquer tipo de viol�ncia; apenas querem ver onde trabalha o comiss�rio Guido Brunetti, que conhecem t�o bem, e ter uma id�ia mais concreta do mundo em que vive. O fato de Brunetti ser um personagem de fic��o � t�o irrelevante para eles quanto a exist�ncia de Sherlock Holmes para quem vai atr�s de suas pegadas em Baker Street mas, exceto pelo fato de serem ambos detetives, Brunetti e Holmes n�o podiam ser mais diferentes. N�o h� nada de exc�ntrico no comiss�rio, cujo maior charme � ser, justamente, um homem comum, o que pode ser constatado em "Morte em terra estrangeira" (360 p�ginas, R$ 37,50), que a Cia das Letras est� enviando �s livrarias. Perto da meia idade, pai de filhos adolescentes, amante da boa cozinha e dos bons vinhos, Brunetti � um zeloso funcion�rio p�blico, que luta para manter a integridade e a sanidade mental num mundo cada vez mais vazio e corrupto. Resignado com o fato de que n�o vai conseguir mud�-lo, encontra conforto na companhia da mulher, Paola, professora universit�ria, que luta, por sua vez, contra um sistema de ensino cheio de falhas, professores despreparados e alunos desinteressados. Certos problemas que enfrentam s�o t�o familiares que, se os dois n�o fossem italianos, poderiam ser cariocas; e, se n�o fossem criaturas de fic��o, poderiam ser Donna Leon, a autora da s�rie estrelada pelo comiss�rio. J� a pr�pria Donna Leon, americana radicada na It�lia desde 1981, seria irresist�vel como personagem se, por acaso, n�o existisse de verdade. Nascida nos Estados Unidos h� 63 anos, ela passou um bom tempo correndo o mundo, sobrevivendo ora como guia de turismo, ora como redatora de publicidade, ora como professora de ingl�s. Viveu na Su��a, na China, na Inglaterra, no Ir�... A aventura acabou na Ar�bia Saudita. � claro que uma mulher livre e independente, acostumada a pensar com a pr�pria cabe�a, n�o podia dar certo naquele pa�s medieval; e n�o deu mesmo. Tanto que chegou � conclus�o de que estava na hora de criar ra�zes. Para quem conhece Veneza e j� leu Donna Leon, sua escolha de pouso faz todo o sentido: a eleg�ncia coerente e sofisticada que a escritora cultiva combina com a cidade, que faz o poss�vel e o imposs�vel para manter o mundo l� fora. Autora n�o tem televis�o e n�o vai ao cinema Ela n�o tem televis�o e n�o vai ao cinema, mas � uma leitora voraz de livros e jornais e promove a �pera, sobretudo barroca, com a energia e a tenacidade de quem defende uma esp�cie em extin��o. Gosta de Jane Austen e de Henry James, das cantatas de Bach, dos orat�rios de Haendel e de gente de esp�rito; detesta livros de auto-ajuda, desperd�cio, celulares, turismo de massa e livros sobre crimes de verdade. Como n�o gostar de algu�m assim?! O comiss�rio Brunetti e Paola dividem, entre si, muitas dessas prefer�ncias. Sua vida dom�stica � civilizada e pac�fica, e em muitos di�logos do casal se podem encontrar as opini�es de Donna Leon sobre a vida como ela �. Ali�s, uma das caracter�sticas mais curiosas dos seus livros � que, paralelamente � trama policial -- que, diga-se, volta e meia quase desaparece de cena -- encontra-se sempre um olhar arguto e sens�vel sobre os temas do momento. Donna Leon tem um �timo senso de humor e opini�es muito bem definidas sobre assuntos delicados, que n�o se incomoda em manifestar com todas as letras. Os crimes que, em tese, seriam a raz�o de ser dos romances, s�o, quase sempre, simples pretextos para a abordagem de quest�es sociais mal resolvidas. Brunetti l� pouca coisa al�m de Hist�ria Como a sua criadora, Guido Brunetti n�o v� televis�o. Gosta de ler mas, curiosamente, como quase todos os detetives de fic��o, nunca � visto com um policial nas m�os. -- Brunetti l� pouca coisa al�m de Hist�ria, -- explica Donna Leon, respondendo ao meu e-mail. -- Mas, se ele lesse policiais, acho que leria Sciacia. E ela, l�? -- Li muitos quando estava na universidade e quando era mais jovem. Depois parei por um tempo, e voltei a l�-los quando passei a escrever resenhas para o "London Sunday Times". Hoje leio muito poucos: Ruth Rendell, Frances Fyfield, Martin Cruz Smith. �s vezes volto a Chandler ou Ross MacDonald. Meus gostos liter�rios s�o uma mistura dos gostos de Guido e de Paola. Leio muito Hist�ria, mas continuo fiel a Jane Austen, Dickens e Henry James. Mais ou menos na metade da s�rie -- al�m de "Morte em terra estrangeira", a Cia das Letras s� lan�ou no Brasil mais um dos 13 t�tulos j� existentes, "Morte no Teatro La Fenice" -- entra em cena uma das suas melhores personagens, a signorina Eletra, jovem e elegante secret�ria do chefe de Brunetti, que esconde por tr�s do visual de patricinha uma alma feroz de hacker. � uma del�cia acompanhar as suas transgress�es, e o sentimento ambivalente do comiss�rio em rela��o �quela investiga��o de resultados. Ao contr�rio de Guido e Paola, por�m, a signorina Eletra n�o tem nada de Donna Leon: -- Eu uso o computador como uma m�quina de escrever -- confessa. -- Quer dizer: uso para escrever e ler cartas e imprimir p�ginas de texto. Tirando isso, n�o sei fazer nada. A internet � um mist�rio para mim, embora eu consiga falar a seu respeito como se a entendesse. A outra grande personagem dos livros do comiss�rio Brunetti � a sua cidade, uma Veneza quase trivial, cotidiana, com seus problemas e alegrias, e uma massa permanente de turistas que, n�o raro, acabam com os nervos dos moradores. Na pele do comiss�rio, ela nos mostra como vive a cidade que mal entrevemos dos hot�is, e nos conduz pelos canais e calles mais escondidos, oferecendo, aqui e ali, uma rica e detalhada vis�o dos interiores das casas e pal�cios que sempre tivemos vontade de ver. -- A maioria dos lugares se parece, ainda que vagamente, com lugares que de fato conhe�o -- diz. -- Alguns dos restaurantes existem de verdade, e uma ou outra loja. Alguns dos objetos do comiss�rio s�o meus, mas o apartamento dele � bem maior e mais imponente que o meu. A vista dele tamb�m � melhor. Apesar da familiaridade com a cidade, das d�cadas l� vividas e do italiano fluente (ela tamb�m entende o dialeto local) Donna Leon n�o se considera veneziana: -- Vou ser sempre estrangeira. Uma estrangeira bem-aceita, mas ainda assim estrangeira. (O Globo, Segundo Caderno, 2.2.2005)02:11
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1.2.05
Voc�s se lembram disso?21:40
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Cheque do GoogleGente, como � que se troca cheque que chega do Google? N�o, infelizmente os nossos comerciais ainda n�o renderam novos frutos; � que a Patr�cia me fez esta pergunta, mas lembro que quando comentei aqui que troquei o cheque num doleiro quase me mataram... 20:57
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Enquanto isso, nos coment�rios... Est�o rolando uns papos �timos! As conversas j� deixaram os posts longe: Tom Taborda est� dando uma aula sobre teclados aqui, Suely e Antonio Carlos conversaram sobre cartuchos de impressoras aqui e, aqui, o Antonio Carlos descobriu, gra�as ao Tom, porque foi agredido do nada quando era crian�a e estudava na Fran�a. Acho que vou contratar o Tom para co-autor oficial do blog... :-) 20:14
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 Emerg�ncia felina!Pessoal, estes gatinhos, abandonados no Jockey, est�o precisando desesperadamente de bons lares. J� foram tratados e cuidados pelas valentes protetoras que os encontraram e, como voc�s podem ver pelas fotos, s�o absolutamente lindinhos. Se algu�m estiver precisando de um gato, ou se conhecer algu�m que precise, por favor entre em contato! Os telefones das protetoras que os abrigaram s�o 9314-1751, 9233-4577, 2294-4411, 3181-7227, 8105-2071 e 3326-0694. 16:14
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Deu no Miami HeraldDepois de chegar �s p�ginas do Boston Globe, a Capivara da Lagoa foi parar no Miami Herald. A mat�ria do Paulo Prada continua basicamente a mesma do BG, exceto por alguns detalhes a respeito dos �ndices de polui��o e do crescimento urbano, destacados pelo Herald. O jornal pede inscri��o, gratuita, f�cil e indolor, mas quem n�o quiser perder tempo ou tiver alguma bronca ideol�gica em rela��o a inscri��es pode usar o Bug me not!, util�ssimo website desenvolvido para dar um jeitinho nessas coisas. 15:37
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