31.1.05


Teste

Teste

Teste com uma fotinha feita pelo Samsung Twist. Funcionar funciona, mas entra um monte de lixo na legenda. Em compensação, não fica se repetindo a vida toda...








MPx220: mistura de qualidades e problemas


Para muitos usuários, um telefone como o Motorola MPx220 da foto pode não passar de um belo objeto cheio de funções inúteis: afinal, para que é que alguém precisa de um celular de quase R$ 2.300?!

Bom, se o MPx220, comercializado pela Tim, fosse só um celular, a pergunta teria razão de ser; mas acontece que ele pertence a uma categoria de aparelhos mais aparentados com computadores e com PDAs do que com telefones propriamente ditos, como o Treo 600, o Blackberry ou o Communicator da Nokia.

Com eles se pode ler e responder emails, atualizar a agenda, surfar na web, gerenciar arquivos, usar aplicações especialmente desenvolvidas para determinados ambientes de trabalho. São máquinas inacreditavelmente complexas, que podem, em certos casos, substituir notebooks: numa viagem rápida, um executivo que esteja com um deles não perde o contato com a mailbox, a agenda ou as apresentações. Espaço é o que não falta: o MPx220 tem 64Mb de memória, e vem com slot para mini SD, onde se podem alternar quantas unidades de 128Mb sejam necessárias às necessidades do freguês. Além disso, é um aparelho universal, que funciona em qualquer lugar do mundo onde exista rede GSM, ou seja, em quase todo o planeta.

A diferença do MPx220 em relação aos outros smartphones à venda no país é o Windows Mobile, parecido com o que se encontra habitualmente nos computadores. Não sei se isso chega a ser vantagem. Para quem não gosta de interagir com interfaces diferentes, a familiaridade pode ser um ponto positivo; mas a quantidade de funções, da forma como se apresenta -- mais apropriada a um monitor -- acaba atrapalhando.

A seu favor, ele conta com um dos looks mais bonitos da Motorola; com uma construção sólida e bem acabada, que se ajusta muito bem à palma da mão; com uma tela clara de excelente definição e legibilidade; com excelente sincronia com o Outlook e perfeito entrosamento com o Messenger, o que não é pouco para quem precisa se manter em dia longe do escritório ou de casa.

Apesar de produzir imagens com 1.2 Megapixels, a qualidade das fotos do MPx220, porém, não é das melhores, sobretudo em interiores ou em condições de luz fracas; por outro lado, em boas condições, é capaz de fazer até filmes, limitados apenas pelo tamanho da memória disponível. Para quem pretende usar o celular como câmera digital, este aspecto não pode deixar de ser levado em consideração.

O aparelho que testei, que funcionou às mil maravilhas com dados, tropeçou, paradoxalmente, na sua função primária de telefone: em alguns casos, foi impossível manter a conversa. Parece que a Motorola já cuidou disso mas, ainda assim, recomendo aos interessados que chequem o telefone antes da compra.


(O Globo, Info etc., 31.1.2005)






Tsunami

Um site de fotos aéreas, antes e depois.

Impressionante.








O Zérramos mandou... :-)








Sessão Nostalgia

Um dos Telecines está passando Romeu e Julieta, de Zefirelli.

Asssisti a este filme quando chegou ao Brasil; tinha uns 13 ou 14 anos, e fiquei muito impressionada. Nunca tinha visto nada mais triste.

Também não tinha visto nada mais lindo do que Leonard Whiting, que fazia Romeu, o que muito contribuía para o impacto da história.

Revendo o filme tantos anos depois, confirmo que me lembrava muito bem da trilha sonora, da beleza de Olivia Hussey e de detalhes de muitas cenas; só não lembrava como o filme é bom.

Tanto que, milagrosamente, sobrevive não só à dublagem, como a uma peça sensacional chamada "Oh Romeo!", de Ephraim Kishon, que o Millôr traduziu há muitos anos.

Nela, Romeu e Julieta, que não morreram, estão casados há 20 anos. Tem filhos aborrecentes e brigam dia e noite -- inclusive com Shakespeare, que volta e meia entra na trama.

A certa altura Julieta cobra:

-- Sinceramente: nós vivemos uma única noite apaixonada de amor, acordamos em circunstâncias trágicas e, ato contínuo, começamos a discutir ornitologia. Você tem coragem de chamar isso de boa dramaturgia?!

Pois com tudo isso o filme de Zefirelli é um encanto.

O homem sabia das coisas: o clima da briga em que Teobaldo mata Mercúcio é perfeito. Apesar dos trajes de época, das espadas, daquela maravilha que é Florença como pano de fundo, o que vem à cabeça é:

-- Ahá, pitboys!

Fica tudo explicado.






Do lado de lá

Vocês se lembram de Raed, o blogueiro de Bagdá? Pois vale a pena ler o que ele e sua família têm a dizer a respeito das eleições no Iraque, em A Family in Baghdad.

Muito interessante!

Recomendo também visitar os links listados na barra à esquerda da página.





30.1.05


GRRRRRRRRRRRRRR!!!

Que raiva!!! O telefonino está doido. Tiro a foto, envio e ele diz que o envio falhou. Como já sei que a msg é falsa não faço nada de nada... e, ainda assim, lá fica ele, enviando fotos sub-repticiamente.

Assim é que, quando voltei da minha volta de bicicleta, encontrei duas todos da bicicleta (que agora tem uma cestinha, repararam?) e OITO de uma das capivaras coloridas do Palaphita.

Assim perco a vontade de mandar fotinhas, sinceramente.

Não brinco mais.






Oi Multimidia

Oi Multimidia







Sensacional

É incrível que tantos iraquianos tenham tido coragem de ir às ruas para votar.

E é maravilhoso, também.

Esta era a única resposta possível aos terroristas que prometiam um banho de sangue nas eleições.

Mataram até agora mais de trinta pessoas, é verdade, mas o povo mostrou que não se deixa intimidar.

A BBC, para variar, está fazendo uma grande cobertura. Os seus repórteres no país estão mandando matérias para um blog coletivo.






Viajando na viagem

O Flickr é uma fonte inesgotável de surpresas interessantes.

Hoje descobri o álbum de um travel writer, isto é, um autor de livros de viagem, aquela espécie abençoada que ganha dinheiro para viajar.

Ele se chama Carl Parkes, mantém um blog sobre a especialidade e posta fotos sensacionais na sua página do Flickr.

É coisa para horas de entretenimento.





29.1.05


Lagoa

Da seção de cartas do Globo:
Cedae na Lagoa

É falsa a versão atribuída a pescadores de que a Cedae despeja esgoto nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, conforme fez publicar (27/1) Cora Rónai em sua coluna ?Rio: mais abandonado do que a capivara na Reduc?. A fantasiosa história de pescadores, que acusam a Cedae de abrir comportas, de madrugada para despejar esgoto, se desqualifica pelo fato de a empresa não operar qualquer comporta no local. Onze elevatórias de grande porte, ligadas à rede coletora da Cedae, direcionam o esgoto produzido na região para o emissário submarino de Ipanema, que funciona muito bem há 30 anos.

Antônio Cunha
Asessor de Comunicação Social da Cedae
Enquanto isso, na minha mailbox:
Prezada Cora

Segundo o assessor de imprensa da CEDAE (carta ao leitor de hoje) a versão dos pescadores é fantasiosa!

1 - Já vi inúmeras vezes funcionários da CEDAE operando a comporta da Av. General Gárzon;

2 - Parece que o aspone não sabe da existência do documento que lhe enviei zipado, onde o resumo é que todo o sistema de saneamento da Lagoa estava em pandarecos em 2001.

Enfim, cada um defende seu contra-cheque como pode, uns falando a verdade, outros mentindo.

Infelizmente mais trinta toneladas de peixes mortos em Marapendi. Dá vontade de despejar tudo na porta da CEDAE e do Palácio Guanabara.

Um abraço

Mário Moscatelli

A Cedae que me desculpe, mas continuo preferindo acreditar nos pescadores, no Moscatelli e na evidência que as minhas narinas captaram algumas vezes.





28.1.05


Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia

No cinema... A essa hora!
*sigh*







A nova encarnação de Madre Teresa

Bill Gates em Davos, falando para a BBC, diz que o mundo rico tem que ser mais generoso com os pobres.

Como é que é?!

Eu só queria entender a lógica do Grande Benfeitor.

O mundo rico tem que ser mais generoso, mas a M$ pode continuar cobrando os preços extorsivos que cobra pelos seus produtos.

O mundo rico tem que ser mais generoso, mas a M$ cobrar mais de três salários mínimos pelo XP Pro ou praticamente seis salários mínimos pelo Office, aqui no Brasil, não tem nada demais.

[....]

Honestamente, e sem qualquer brincadeira: quando a História do nosso tempo for contada sem paixão, daqui a cem ou duzentos anos, as pessoas vão ter dificuldade em compreender como se permitiu a uma única empresa acumular tanto dinheiro, e se portar de forma tão predatória, sem que seus donos fossem para a cadeia.






27.1.05


Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia

E continua chovendo. Mas onde e' que estamos, Londres?!







Deu no NYT Globo

"Olha que coisa mais linda: disposto a provar que nem só garotas cheias de graça balançam a caminho do mar no Rio, o "New York Times" mandou para as areias cariocas seu correspondente, o polêmico Larry Rohter, e o fotógrafo John Maier em busca da epidemia de obesidade que o Brasil estaria enfrentando. Eles encontraram alguns típicos exemplos de mulheres ?cariocas? acima do peso: três tchecas."
Manchete do jornal de hoje, esta matéria está o máximo!

Detalhe: as "cariocas" do Rohter são, além de tchecas, boas de briga -- e estão processando o New York Times.

Tomara que ganhem a causa.








Rio: mais abandonado do que
a capivara na Reduc

Os sapos na fervura pedem instruções:
como é que se faz para sair da panela?



Como todo mundo, eu também gostei muito do artigo escrito por Maria Silvia Bastos Marques para O Globo, na semana passada. Nele, ela dizia que, no Rio, estamos vivendo como sapos na fervura, "nos acostumando, dia após dia, com situações que, olhadas à distância, nos pareceriam inadmissíveis e intoleráveis". Concordo com isso. As barbaridades que hoje passam por "coisas da vida" no Rio de Janeiro também me enojam e me fazem ferver o sangue.

Fico me perguntando até que ponto as autoridades assistirão a tudo o que está acontecendo como se não fosse com elas. Digo autoridades por força de hábito, claro, porque não reconheço, em nenhum dos poderosos, a definição do Aurélio para autoridade: "Aquele que tem por encargo fazer respeitar as leis". Digo autoridades, também, porque o povo, coitado, já está por aqui com a situação.

Concordando no atacado, discordo no varejo. Maria Silvia acha que estamos assistindo passivamente à deterioração acelerada da cidade mas, ao mesmo tempo, faz pouco caso de quem se mobiliza pela volta da Capivara à Lagoa. Ora, como uma das pessoas envolvidas nessa mobilização, esclareço que, vista sem preconceitos, a luta pela volta da Capivara vai um pouco além da localização geográfica de um roedor.

Estamos lutando porque o destino de um bicho que cativou tanta gente, e que deu um charme tão especial à Lagoa, foi decidido, intempestivamente, por um ou dois funcionários do zoo de Niterói, que sequer se preocuparam em saber de onde vinha aquele animal, como vivia e em que condições havia sido criado - embora não lhes faltasse disposição para convocar o Jornal Nacional a acompanhar sua viagem até a Reduc.

Estamos lutando porque esta ação, arbitrária e incompetente, nos deixou indignados.

Estamos lutando para que o estado e a prefeitura tomem providências em relação aos animais com quem dividimos a cidade, e que, no momento, estão abandonados à própria sorte.

Estamos lutando porque queremos que a comunidade seja respeitada, e porque gostaríamos que os usuários de uma região fossem ouvidos em questões pertinentes àquela região -- seja essa região a Lagoa, o Centro ou mesmo a famigerada Reduc.

Pode parecer pouco, mas é um exercício de cidadania como outro qualquer.

Ao mesmo tempo, pelo pouco que é, talvez possa produzir resultados. Se não a volta da nossa Capivara, pelo menos uma discussão a respeito do trato municipal e estadual com os animais, algo importantíssimo numa cidade cravada em plena Mata Atlântica, que recebe, com freqüência, baleias e pingüins desnorteados.

Estou inteiramente de acordo com Maria Silvia quando ela diz que precisamos sair da apatia e reagir -- mas, se a mobilização pela Capivara não vale, eu gostaria muito que ela me dissesse o que fazer, e como.

Estou inteiramente de acordo, também, com a sua idéia de que o Rio precisa ser uma Cidade-Estado -- mas, novamente, gostaria muito de saber o que propõe como ponto de partida para isso, e o que é que o cidadão -- este, que acusa de estar assistindo passivamente à destruição da cidade -- pode fazer em relação ao assunto.

* * *

A verdade é que o carioca está mais abandonado na sua cidade do que a Capivara na Reduc. Os governadores acasalados odeiam o Rio, o prefeito só pensa em ser presidente e o presidente, que detesta a cidade e não suporta os governadores, não está nem aí para nós. No máximo se preocupa em saber se os turistas estão sendo bem tratados, e olhe lá.

* * *

Há mais ou menos um mês eu estava conversando com amigos da Colônia de Pescadores da Lagoa, feliz com a quantidade de aves que via, quando um deles fez o alerta:

-- É, os pássaros estão uma beleza, mas os peixes vão morrer novamente, logo logo.

Perguntei por quê, e ele me disse que era impossível a sua sobrevivência com a quantidade de esgoto que a Cedae estava despejando na água:

-- Fazem isso de madrugada, para ninguém ver. Abrem as comportas e vem aquele monte de porcaria, direto. De manhã tudo já se misturou e ninguém repara, mas precisa ver o cheiro que fica isso aqui às três da manhã.

Pode até ser que a mortandade desta vez seja devida ao calor, à maré baixa ou a uma conjunção infeliz dos signos do zodíaco, mas o fato é que a Cedae, que deveria estar trabalhando para despoluir a Lagoa, está fazendo justamente o contrário. Se isso não é crime ambiental, não sei o que possa ser.

O mais triste é ver este descaso quando há tanta vida por lá. Os peixinhos da foto ainda estavam bem quando os fotografei, debaixo do deck do Cantagalo, na segunda à tarde: pela sombra projetada na areia, dá para ver como nadavam no raso, procurando ar.

Tadinhos deles.

E coitados de nós.

(O Globo, Segundo Caderno, 27.1.2005)






chuva













Pesquisa rápida

Se você fosse iraquiano, sairia de casa para votar?






O horror

Não me lembro de quando chorei vendo televisão; nem sei se já chorei vendo televisão. Talvez nunca -- não choro à toa e quase não vejo televisão.

Mas acabo de ver a reportagem da BBC sobre Aceh, um mês depois da tsunami, e não houve valentia que me segurasse as lágrimas.

Nunca vi devastação em tal escala.

Nunca vi desconsolo igual.

Há um ligeiro progresso: o hospital está limpo e tem condições de atender aos que o procuram, e as estradas começam a ficar novamente transitáveis -- mas para onde?

Não há mais nada em lugar algum.

As equipes de resgate continuam trabalhando nas ruínas das ruínas. Passado um mês da catástrofe, elas retiram dos escombros cerca de mil corpos todo santo dia.

Quantos dias ainda pode durar esta missão, ninguém sabe.

Não há palvras para descrever tanta tristeza.





26.1.05
ZOOOOOOOOOOOM! Gozado, as legendas das outras fotos saíram em cima. Pode ser porque tentei dar um espaço maior entre texto e foto. Agora vai pelo default; vamos ver o que acontece. Posted by Hello






Outro urubu. Há pelo menos um em cada poste... Posted by Hello






A vista, hoje: até os urubus estão desconsolados Posted by Hello






Atenção: este texto foi publicado na segunda-feira. A SPFW já acabaou!

SPFW: o show do Muti


A instalação mais bonita e impressionante dos últimos tempos fica em cartaz até amanhã, na Bienal, em São Paulo. Ela é a embalagem de luxo que Muti Randolph criou para a Fashion Week, dando ao prédio uma nova e singular arquitetura, e ao visitante a sensação de que mergulhou, de corpo inteiro, num mundo mágico de imagens e tecnologia.

Em todas as áreas de circulação, projeções diferentes se alternam, mostrando ora os desfiles, ora os trabalhos da exposição paralela "Olhares brasileiros", ora criações tridimensionais do próprio Muti, ora cenas da cidade de São Paulo, captadas e transmitidas em tempo real.

Algumas chegam a ter mais de 50 metros de largura, mas a gente só percebe isso quando, andando ao longo dos corredores, subitamente dá-se conta de que nunca viu nada igual.

Na verdade, o cenário é mais do que deslumbrante; é milagroso, mesmo. O fato de que tudo aquilo esteja não só tão bem integrado como funcionando tão bem é de tirar o fôlego. Dá vontade de nunca mais sair do prédio e de ficar lá, viajando nas imagens e na sua interação com o edifício e com as pessoas (como eu tive a sorte de ficar, por algumas horas, na quinta passada); dá vontade de aplaudir de pé ou, no mínimo!, de deixar uma mensagem cheia de entusiasmo em algum lugar.

Pois a minha fica aqui: achei o máximo!

* * *

Além do show de tecnologia envolvente do Muti, há outras atrações hi-tech na Fashion Week. No lounge da Motorola, onde se pode ver o Moto Razr, mais lindo e fininho dos celulares, há versões especiais de Alexandre Herchcovitch e de Fause Haten para alguns modelos de telefones, que estarão à venda nas lojas dos estilistas em edições limitadas.

E, escondidinho no lounge da FedEx, onde, por acaso, fui ver uns modelos de embalagens especiais para objetos sensíveis, estava uma máquina maravilhosa: o Atigo T, um computador "usável" da Xybernaut.

Crossover de notebook e PDA, ele é um tablet com uma alça plástica que se pode prender ao braço, deixando as mãos livres para outros trabalhos. É um modelo muito usado pelo pessoal da FedEx, por agentes de seguradoras e gente que, de modo geral, precisa de máquinas leves, resistentes e práticas.

Não entendi muito bem o que estava fazendo na Fashion Week, onde parece que vai participar de um desfile, mas gostei de encontrá-lo. É levinho, tem uma tela de 8.4" clara e legível, roda Windows XP num Transmeta Crusoe TM5800 de 1GHz, tem duas saídas USB, slot para Compact Flash e PC Card e, aparentemente, mil e uma utilidades.

Para ver fotos e todos os detalhes técnicos, vá a atigo.not long.com: a maquininha merece a visita.

* * *

Picasa2: tudo de bom!

A grande notícia da semana, porém, é que saiu a versão 2.0 do Picasa. O programa, que já era o meu gerenciador de imagens favorito na primeira versão, está ainda melhor e mais poderoso.

A interface está mais ágil e limpa, e dá acesso imediato a um set de ferramentas básicas de edição que, na verdade, supre as necessidades da maioria dos usuários de imagens digitais.

Além delas, há botões para impressão, queima de CDs, envio direto de fotos para blogs, envio por email ou pelo Hello, sistema de mensagem instantânea do Google que permite troca de imagens.

As favoritas podem ser marcadas com uma estrela e reunidas numa busca muito rápida. O melhor é que, com tudo isso, o preço continua o mesmo: grátis! Em www.picasa.com.

(O Globo, Info etc., 24.1.2005)






Oi Multimidia

Oi Multimidia

Chove!






25.1.05

Coitados desses filhotes! Estavam fugindo das águas mais fundas na Lagoa, hoje, para escapar da mortandade de peixes causada pela poluição. O papo de calor que estão tentando vender para a população é mentira. Há mais de um mês a Cedae vem abrindo as comportas de esgoto na madrugada, para ninguém perceber; os pescadores me cantaram essa pedra no Natal e avisaram: os peixes vão morrer. Não deu outra... :-(  Posted by Hello





24.1.05


Oi Multimidia

Oi Multimidia

A foto!







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Paulinho em Sampa, mostrando a foto dos miudos










Deu no The Boston Globe

Há tempos, mais exatamente desde que a Capivara apareceu, eu me perguntava por onde andavam os correspondentes estrangeiros que não viam que grande matéria estava dando sopa na Lagoa.

Ali estavam vários ingredientes para uma excelente reportagem dominical: um mistério, um exótico bicho silvestre em plena área urbana e um lindo exemplo de respeito à natureza numa cidade que, bem ou mal, freqüenta o imaginário do mundo.

Se o monstro do Lago Ness, que nem existe, e fica naquele fim de mundo, já deu tanto o que falar...!

Pois enquanto o New York Times se preocupava com besteira, o Boston Globe fez a coisa certa: correu atrás e, ontem, publicou uma ótima matéria sobre a Capivara, assinada pelo correspondente Paulo Prada -- que, apesar do nome, é americano.

O material já está devidamente clipado e arquivado em The Capybara Page, site inteiramente dedicado às capivaras, e referência mundial no assunto.

O pessoal do Novo Itamaraty, mais uma vez, nem precisa se dar ao trabalho de ir até lá.






O Duda Mendonça do futebol

Estou chocada com a entrevista do Maradona!

É tudo tão revoltante: a falta de espírito esportivo, a falta de caráter, a falta de escrúpulos, a falta de um mínimo de decência que acenda uma luzinha vermelha lá num canto qualquer daquela cabeça doente e avise, "Olha, isso é uma indignidade, isso não se faz!"

Não se faz, não se conta, não se acha engraçado.

E aquelas outras pessoas todas achando aquilo hilariante.

No mínimo, no mínimo, a Argentina tinha que ser suspensa da próxima Copa.





23.1.05




Olhaí quem vai ao ar daqui a pouquinho, no Fantástico: a Tetê da Mangueira!

Detalhe: ela é a fiel escudeira do Millôr há ... hmmm ... errr ... bom, digamos, MUITO tempo.

É por isso que todo mundo aqui em casa é Mangueira.

Não deixem de ver, ela é o máximo.

Viva, Tetê!!! Posted by Hello






Vivendo e aprendendo

Descobri lá no Flickr o jeito mais complicado de multiplicar números. Usam-se os dedos como referências.

Qualquer calculadora resolve a questão em dois tempos; o pessoal das antigas, que ainda aprendeu tabuada, sabe de cor.

Mas o curioso é que funciona, e é muito interessante como idéia.

Eu só queria saber quem inventa essas coisas...

Ah, sim: o pessoal do Novo Itamaraty não precisa nem se dar ao trabalho de clicar. Está em inglês e não estou com nenhuma disposição para traduzir.





Ontem, é claro, foi dia de brincar com a câmera nova. Ela é muito fácil de usar, mas, como toda máquina, tem macetinhos que a gente só aprende com prática. O zoom continua sendo o que eu mais estou gostando: este vizinho estava na calçada, lá embaixo (moro no quinto andar!). Há mais fotos no imagensPosted by Hello





21.1.05


Oi Multimidia

Oi Multimidia

Paulinho em SP






Tem mais uma série de zoom lá no imagensPosted by Hello






Emergência felina

Recado da Ana:
Amigos dos gatos,

Reconheço não ser esse o local, mas espalhem, espalhem, divulguem que sob a tutela de Paula Bokel (81052071) 14 lindos filhotes estão "guardados" aguardando lares verdadeiros.

Ora, Ana. Este é o local, como não.

Alguém se habilita?









Caos, ou: lar, doce lar

Estou dormindo no escritório, num colchonete.

O meu quarto está sendo pintado.

As minhas coisas estão todas embaralhadas, cobertas com panos e plásticos, escondidas pelos cantos, sumidas.

Há uma camada de poeira insidiosa pela casa inteira.

O cheiro de tinta está insuportável.

Os gatos estão histéricos.

O desktop pifou e não entra no ar nem por decreto.

Estou cansada demais para tentar matar a charada, mas acho que ele também está se ressentindo das obras.

O notebook vai bem obrigado e me permite trabalhar um pouco, mas o wi-fi foi pro espaço junto com o desktop.

Para que é que eu fui mexer com este bendito quarto?!

Se arrependimento matasse...






Família globalizada: não bom

Ter filho morando longe é muito complicado!

No dia a dia a gente até consegue empurrar a distância prum cantinho afastado do cérebro e vai tocando a vida, falando pelo telefone, mandando uns emails pra cá e pra lá; mas, quando a gente se vê, a saudade, ao contrário de diminuir, aumenta muito.

Na segunda, o Paulinho, que mora em Austin, chegou ao Brasil em viagem de negócios. Foi direto para São Paulo. Na quarta à noite fui me encontrar com ele que, na quinta de manhã, voou pra Brasília. De lá, hoje mesmo, volta para os Estados Unidos.

Adorei ver o meu bípede gringo, e fiquei muito orgulhosa do software que ele desenvolveu com os colegas -- mas agora estou morrendo de saudade, sentindo toda a falta que ele me faz.

Vejo as fotos dos miudinhos, e me dá muita tristeza não ter uma relação próxima e real com os meus netinhos -- que, objetivamente, mal conheço.

O pior é que, com o cretino do Bush no poder, os Estados Unidos ficaram longe demais, em todos os sentidos.

* grande, grande suspiro *





20.1.05


Sampa na linha

Catamilho essas mal tecladas da sala de imprensa da Fashion Week, em São Paulo.

Ontem à noite me encontrei com o Paulinho, que veio ao Brasil num pé e volta no outro, e que trouxe uma Panasonic Lumix FZ20 para a pobre e velha mãe doente; hoje resolvi aproveitar o feriado para ver as modas por aqui e, sobretudo, estrear a câmera -- que é, mesmo, tudo de bom.

Daqui a pouco volto pra casa.

Alguém quer comprar uma Kodak DX6490?








Nerds e fashionistas: tudo a ver!


Houve um tempo, entre os anos 80 e 90, em que Las Vegas era, com todo o respeito, ateologicamente (!), muito parecida com Meca. Durante uma semana, gente dos quatro cantos da Terra se dirigia para lá, enfrentando toda a sorte de percalços, formando uma multidão suarenta e compacta, que andava horas a fio, em filas intermináveis, em busca do mesmo objetivo.

A diferença é que Meca, sagrada, recebe os peregrinos muçulmanos do hajj, ao passo que Las Vegas, profana, recebia os nerds da Comdex -- uma feira de informática de proporções épicas, cuja importância é quase impossível explicar no mundo universalmente conectado de hoje. Ir ou não ir a Las Vegas era o divisor de águas entre as pessoas que estavam por dentro e as que não estavam; as que tinham alguma noção dos rumos do planeta e as que dependiam de relatos terceirizados para projetar seu futuro.

Resultado: quem pretendesse ser alguém no mundo da informática, ou seja, o mundo todo, ia obrigatoriamente a Las Vegas, cumprir o rito anual -- ajoelhar-se nos estandes de novidades, benzer-se diante dos Gates da vida e, naturalmente, ir a algumas festas.

Nos estandes viam-se protótipos de equipamentos sagrados e programas que ainda não eram sacralizados. Era assim, duvidem o que quiserem os ímpios. Nas conferências, os cardeais expunham seus novos evangelhos e ditavam princípios, que, hoje vemos, transformaram o mundo. Logo depois, nas festas, ficávamos todos de pé, cansados demais para mudar de lugar ou de posição, bebendo cerveja em copos de plástico, mas ainda discutindo sem cessar os novos mandamentos.

Eu, que não bebo, perdia de cara a metade da farra; mas isso não tinha nenhuma importância, já que a verdadeira diversão da Comdex era a caça aos brindes.

* * *

Não havia expositor, por pequeno que fosse, que não distribuísse bobagens aos participantes. Chaveiros, bonequinhos, canetas, canivetes, bolas, chaves de fenda, frisbees: havia de tudo no alegre festival das quinquilharias. Os mais fáceis, em geral bonés, eram freqüentemente atirados sobre os passantes; mas aí, claro, perdiam a graça. Como sói acontecer, todos queriam os difíceis.

Houve um ano em que o troféu dos troféus era a camiseta da campanha de um processador de texto. Para obtê-la, era preciso assistir à demonstração do software, que durava 15 minutos, e depois responder a algumas perguntas feitas pelos apresentadores. Ganhava-se no grito, literalmente.

Pois o grandalhão ao meu lado tanto fez e berrou que conseguiu uma delas, que saiu agitando em triunfo pelos corredores. Era Philippe Kahn, fundador e CEO da Borland, dono de uma das mentes mais brilhantes da indústria e de vários milhões de dólares, naquele momento mais invejado por ter descolado uma camiseta de dois tostões do que por ter revolucionado o mercado.

* * *

Me lembrei muito desta cena durante a Fashion Rio. Apesar de ser o oposto exato de uma feira de computador, nela também um dos grandes baratos é correr atrás das sacolas, bolsinhas, nécessaires e outras bugigangas distribuídas nos estandes, digo, lounges . A única coisa que muda é a natureza dos brindes: os indefectíveis bonés e chaves de fenda da Comdex, evento essencialmente masculino, dão lugar -- para minha indizível felicidade e imenso alívio: enfim, coisas fofas! -- às pulseirinhas e echarpes da feminíssima Fashion Rio.

No mais, nerds e fashionistas comportam-se exatamente da mesma forma, e têm a mesmíssima disposição para enfrentar as filas e tumultos que levam aos troféus mais disputados. O fato de já terem (termos!) incontáveis itens iguaizinhos em casa é detalhe à toa, de somenos importância.

Dignidade, o que é isso mesmo?

Perdão: não é indignidade. É volta à infância. À pessoal e à coletiva. Pois a verdade é que o tempo todo fingimos que somos altaneiros caras-pálidas, enquanto continuamos peles-vermelhas, dançando e cantando o primitivo. Não resistimos a espelhinhos e miçangas. Queremos apito.

* * *

A discussão sobre o gênero da palavra tsunami rendeu tantas mensagens que, a rigor, podíamos começar tudo de novo, desta vez discutindo se, uma vez aportuguesada, tsunami leva ou não circunflexo. De acordo com o Caldas Aulete, que injustamente esqueci de mencionar, leva; e é substantivo masculino.

Graças à leitora Suely Furokawa, no entanto, descobri o porquê desta preferência aparentemente incompreensível dos dicionários:

"Os substantivos são neutros em japonês, porém levam artigo masculino. Agora vocês podem entender por que japonês faz a maior confusão com artigos, aqui no Brasil!"


(O Globo, Segundo Caderno, 19.1.2005)





19.1.05


Oi Multimidia

Oi Multimidia

Aeroporto







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Rumo a SP







Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia







Iuhuuuuuuuuuuuu!!!

Estou BESTA com o novo Picasa! É muito, muito, MUITO bom; preenche uns 90% das minhas necessidades gráficas e, provavelmente, 100% das necessidades de 90% das pessoas.

Os meus 10% ficam por conta de pequenos detalhes em que o Photoshop ainda é imbatível.

Só para brincar um pouco, peguei umas fotos a esmo e editei com ele. Endireitei, cortei, corrigi luz e tonalidade.

Uma sopa.

Criei um blog separado para essas fotos, porque ele tem uma ferramenta de postagem direta simplíssima de usar. A quem interessar, está aqui; mas, antes de ir até lá, baixem o Picasa.

Continua grátis, por um desses mistérios insondáveis da web.

Suponho que esperam que as pessoas encomendem cópias, mas mesmo assim é esmola demais.

Valeu a dica, Camilo, muito obrigada!






Quatro anos de atraso

Na BBC, vejo Condoleeza Rice dizer, com toda a candura, que "O tempo da diplomacia é agora".

Então tá.






...

Às 14 horas de hoje, o Museu dos Rios Brasileiros, conhecido popularmente pela designação de a Casa dos Vidros de Água, localizado no que antigamente foi o Largo do Arouche, recebeu uma afluência fora do comum. De repente, para espanto dos vigilantes, centenas de pessoas começaram a entrar e a se espalhar. Aparentemente, queriam apenas olhar os milhares de litros que continham as águas dos rios, riachos, ribeirões, nascentes, lagos, lagoas, fontes e olhos d'água de todo o Brasil.

A Casa dos Vidros de Água foi o mais completo e admirado museu hidrográfico do mundo, apreciado 'por especialistas do universo inteiro que ali sempre fizeram suas pesquisas hídricas. Organizado na década de oitenta por cientistas da Universidade de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do Espírito Santo e da Paraíba, teve a colaboração de pesquisadores de todo o país. A cooperação popular foi grande. Levou-se doze anos para se atingir a perfeição atual.

Em dezenas de salas, cada uma abrangendo uma região, podia-se ver os litros, de colorações diferentes, além de gravuras, fotos, mapas, gráficos, legendas. A biblioteca e a filmoteca completavam o conjunto. A discoteca guardava relíquias, como o ruído das cachoeiras, principalmente da Foz do Iguaçu, o som da extinta pororoca, o murmúrio de regatos.

Quando os vigilantes se despreocuparam, relaxando a fiscalização, tudo aconteceu. Em questão de minutos. Sem que houvesse qualquer chance de impedir. As pessoas passaram a abrir os vidros e a beber a água. Bebiam e se molhavam. Saíam com as roupas ensopadas. Quando os Civiltares chegaram, minutos depois, sobrava um só vidro fechado. A maioria dos depredadores fugiu, arrebentando portas e janelas. Alguns foram presos. Suspeita-se que tenham sido aliciados por alguma organização. Sabe-se que no começo da tarde espalhou-se o boato de que a Casa dos Vidros de Água estava sem corpo de guarda. E que havia muita água estocada lá dentro.


Li isso há tanto tempo que esqueci.

Hoje, passeando pelo Pacato Cidadão, excelente blog da Deize, me reencontrei com o texto do Ignácio de Loyola Brandão, extraído de Não verás país nenhum, passado num futuro em que tudo o que resta dos rios brasileiros está no museu destruído.

É uma viagem, mas a gente que não se cuide...

Afinal, houve um tempo em que 1984 também era só ficção.

Grande lembrança, Deize!





18.1.05


Oi Multimidia

Oi Multimidia

Lucas








"Uma onda gigantesca dirigia-se à América do Sul, a mais de 400 milhas por hora..."

"Há quase sessenta anos, Will Eisner (com assistência de Jack Spranger) fez o desenho anexo, ocupando 3/4 de página ("Tidal Wave", The Spirit no. 314, 02/06/1946, pág.6).

Notar, na legenda, a velocidade que ele atribui à onda - e isso, repito, há quase sessenta anos!

Gênio é gênio."
Esta quem mandou foi o Carlos Martins.

Valeu, archivista!






GMail: uma grande dica!

Rafael Cotta fez uma descoberta e tanto, muito bom!





17.1.05




Um amigo fez esta foto minha na Fashion Rio e me mandou por telefone...






GMail!

Pessoas, há alguns leitores do blog com convites para o GMail sobrando. Quem quer?

Povo que tem convite, por favor repitam os seus nomes e emails aqui para que os que querem possam fazer contato, OK? Valeu!

Update: O GMail é o sistema de e-mail do Google, que oferece 1Gb de espaço grátis para o usuário. Isso significa que dificilmente a sua caixa postal vai estourar...

Tem uma interface limpa e agradável e funciona muito bem.

Como eles estão fazendo um crescimento controlado do sistema, só se pode abrir conta tendo um convite.






Oi Multimidia

Oi Multimidia

Tati







Beleza sem justa causa

Na semana passada publiquei, na coluna do Info etc., uma seleção de fotos das agências internacionais.

Pelo jornal passam, diariamente, umas 2.500 imagens: em geral celebridades da hora, políticos, eventos esportivos, guerras, miséria e toda a sorte de infelicidade.

No meio deste mix habitual encontram-se, aqui e ali, momentos de beleza sem justa causa, ou seja: lindas não-notícias de um mundo que também tem o seu lado bom.

Pois achei que ver um pouco disso seria ótimo para começar a semana.

Nem me ocorreu trazer a coluna para cá: era coisa para papel impresso mesmo. O problema é que as fotos não foram publicadas na edição online do jornal, cujos leitores ficaram -- metaforicamente -- a ver navios...


Mais não notícias

Com exceção de dois leitores que escreveram indignados, irritadíssimos com as fotos bonitas, e dos leitores online, que ainda não podem vê-las (o sistema não permite a sua inclusão), a coluna da semana passada foi um sucesso: houve até quem sugerisse uma página diária com o melhor do mundo, isto é, do... globo, ora! Sou a favor, claro. Acho uma pena que os bons momentos do planeta fiquem confinados às coleções das agências internacionais e ao nosso arquivo.

Faço um repeteco do formato hoje, excepcionalmente, mas na semana que vem volto à vida digital -- antes que os leitores indignados tenham um ataque de nervos. Aos leitores online: há um link para as fotos no meu blog.

Desta vez, os instantâneos mostram, no sentido horário, pescadores em Bucareste, meninos em Dakar e em Kabul, o barquinho de pesca em Sri Lanka, um cisne em Sarajevo, a cegonha negra coroada de um zoo espanhol, um macaquinho curioso em Buenos Aires, um gatinho na Jordânia e uma família colorida e enregelada no zoológico de Berlim.

Para quem gosta de ver fotos bonitas, fica a dica: PBase, ponto de convergência de bons fotógrafos do mundo todo.

Confiram -- e participem.


(O Globo, Info etc., 17.1.2005)







16.1.05


Oi Multimidia

Oi Multimidia

Dolce far niente







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Detalhe: ha um carona na rede...









Tsunami (Jap. / tsunâmi) sm. Geog. Onda gigantesca ou sucessão de ondas oceânicas que se deslocam em alta velocidade (podendo atingir mais de 700km/h), decorrentes de maremoto, erupções vulcânicas etc., e que têm grande poder destrutivo quando alcançam a região costeira.
Do Caldas Aulete, em nova e caprichada edição da Nova Fronteira.

"Os substantivos são neutros em japonês, porém levam artigo masculino. Agora vocês podem entender porque japonês faz maior confusão com artigos, aqui no Brasil! Sugiro ser democráticos e aceitar as duas opções. Masculino quando se refere a maremoto e feminno quando é ondona."
Da Suely Furukawa, aqui nos comentários.

"Se a pronúncia da palavra é com acento tônico na penúltima sílaba (na), pelo inciso XII, Regra 3.ª, do Formulário Ortográfico elaborado pela Academia Brasileira de Letras, em vigor há mais de 60 anos, "Os vocábulos paroxítonos finalizados em "i" ou "u", seguidos, ou não, de "s", marcam-se... com acento circunflexo quando nela figuram "e", "o" fechados ou "a", "e", "o" seguidos de "m" ou "n"..." Logo, se "tsunami" se pronuncia "tsunâmi", com o timbre fechado na penúltima sílaba, em que figura o "a" fechado, terminando o vocábulo em "i", seguido de "s", não resta a menor dúvida de que, em português, a grafia correta é "tsunâmi" ou "tsunâmis".
Do Sonilton Campos, também nos comentários.

Assim, suponho, está tudo esclarecido!

Os dois dicionários (Houaiss + Caldas Aulete) obviamente deram a palavra por substantivo masculino por causa do gênero no Japão, conforme explicado pela Suely.

Como fica claro no verbete do Caldas Aulete, tsunâmi não é sinônimo de maremoto, mas sim fenômeno decorrente de maremoto (e "erupções vulcânicas etc." -- muito embora eu nem goste de iumaginar que misteriosos cataclismas cataclismos não se esconderão neste inocente "etc."...).

E, naturalmente, seguindo o que está no dicionário e na cuidadosa explicação do Sonilton, confirmando desconfiança antes manifestada pelo José Luiz Fernandes, tem circunflexo no a.

Este blog fecha com o indiscutível circunflexo, mas continua discordando do gênero atribuído pelo dicionário. Em português onda, ainda que avassaladora, é substantivo feminino, assim como uma "sucessão de ondas".

Para mim faz todo o sentido importar e aportuguesar este estrangeirismo tão específico, mas não faz sentido nenhum manter o gênero que tem no Japão.





15.1.05


Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia







Oi Multimidia

Oi Multimidia

Fashion Rio








Atenção: é hoje!

E vai ser um ótimo programa...
Neste sábado, a partir das 19hs, Roda de Choro para o lançamento das camisetas da Capivara, a Musa do Verão. No Centro Cultural das Aguas, Parque dos Patins, Lagoa, perto da colonia dos pescadores. Telefone: 2540.6855







14.1.05




Ah, agora vai!

De um dos releases que chegaram à mailbox do jornal:
"Com intuito de incentivar o prazer pela leitura, a Secretaria de Estado da Cultura, dentro do programa São Paulo: Um Estado de Leitores, lança uma campanha publicitária em parceria com a agência DM9 e apoio da empresa General Optical. A jovem cantora popular Wanessa Camargo emprestou, sem qualquer custo, sua imagem para a iniciativa."







Leo Martins

Clique na charge e leia o artigo do Augusto Nunes: perfeito.






O lado espada da Fashion Rio

Hoje fui conhecer o lado business da Fashion Rio, afastado dos desfiles e da badalação mas, sob muitos aspectos, mais interessante: imaginem estandes montados como verdadeiras lojas, em que já se podem apreciar, hoje, as coleções que só vão chegar às lojas no inverno!

Algumas das marcas expostas fazem desfiles, mas a maioria a gente conhece bem do dia a dia: Cantão, Wollner, Rudge, Animale, Philippe Martin, Mariazinha...

Esta ala é freqüentada pelos compradores de fora, que vêm basicamente fazer contato e ver as coleções. O movimento é enorme, mas completamente diferente do fervo dos lounges.

Há até homens de terno e gravata na multidão!

Do que mais gostei:

  • Da nova marca da Cantão e, sobretudo, das novas roupas da loja. Lindas! Adoro a Cantão, que acho a cara do Rio, e que faz parte das minhas lembranças desde quando se chamava Cantão 4. Naquela época eu também gostava muito da Company e da Yes, Brazil!. A Yes, em tese, não tinha nada a ver comigo, mas o dono, Simão Azulay, era meu amigo e uma das pessoas mais criativas que conheci. Às vezes ele ligava e dizia que tinha uma saia ou uma blusa que eram a minha cara -- e eram mesmo! O preço era impraticável, mas ele dava um desconto, parecelava em sei lá quantas vezes... e eu acabava caindo em tentação. Assim comprei algumas das minhas roupas mais bonitas.

  • Da coleção da Rudge. Amo a Rudge, uma marca que sabe que há mulheres com mais de 50 60 quilos no mundo que, apesar disso, precisam, de vez em quando, de umas roupinhas mais transadas.

  • Da garra da Philippe Martin, que andava meio por baixo, mas que está voltando com tudo, cheia de brilhos e referências francesas. É dela, aliás, o brinde mais criativo e cobiçável da Fashion Rio, aquele abajurzinho que mostrei numa das fotos -- uma estrutura de ferro super simples, mas "vestida" com um jeans pequenininho, de verdade, igual aos irmãos grandões. Muito bonitinho!

    Por falar em brindes: uma coisa que sempre me intrigou foi o mistério das camisetas feias. Por que é que se faz tanta camiseta feia, se o custo é o mesmo de uma camiseta bonita? Essa dúvida aumenta monstruosamente durante o carnaval, quando a Brahma e outras empresas distribuem milhares de camisetas especialmente confeccionadas pelos mais famosos estilistas da praça -- todas absolutamente horrendas e imprestáveis fora dos camarotes!

    Nunca entendi o por quê disso.

    Há alguém na casa que saiba explicar a lógica marqueteira das camisetas horrendas?





  • 13.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    O DJ da Oi







    Oi Multimidia



    Oi Multimidia

    A nova marca da Cantão







    Oi Multimidia



    Oi Multimidia

    O abajur da Philippe Martin







    Oi Multimidia



    Oi Multimidia

    Palmeiras imperiais do MAM







    Oi Multimidia



    Oi Multimidia

    Candelária







    Oi Multimidia



    Oi Multimidia

    Cantral do Brasil








    Tsunami, a palavra

    Quase ninguém reparou, mas que nenhum jornalista se iluda ? há sempre um leitor atento às incongruências do jornal. Desta vez, o leitor foi Marcus Holanda, que escreveu perguntando por que, enquanto O Globo inteiro falava na tsunami, a minha crônica falava no tsunami; e, sobretudo, por que, no meu blog, a mesma crônica aparentemente se contrariava, tratando a onda no feminino. A questão do blog é simples: lá, tsunami estava no feminino porque é assim que falo e, conseqüentemente, é assim que escrevo.

    A questão do jornal é mais complexa ? e bem curiosa. Acho que, com exceção de meia dúzia de sismólogos, a tsunami pegou mesmo todo mundo de surpresa, sob todos os aspectos. Nos primeiros dias, o jornal a tratou no feminino porque, imagino, não ocorreu a ninguém que pudesse ser de outra maneira. Apesar de exótica e pouco usada, a palavra designa uma espécie de onda e, até segunda ordem, onda, em português, é substantivo feminino.

    * * *

    A tsunami permaneceu no feminino até quarta-feira, dia em que esta crônica é fechada. Pela manhã, nosso ombudsman Luiz Garcia mandou um alerta à redação, informando que, de acordo com o Houaiss, tsunami é masculino. Por esquisita que seja, esta é a única forma oficialmente ?correta?, já que o Aurélio não registra o termo. José Figueiredo, o atento colega que sofre com as minhas idiossincrasias, pega as bolas na trave e garante que esta crônica siga os padrões da redação do Globo, prontamente corrigiu os artigos "errados" ? e o caderno foi rodado.

    À tarde, durante a reunião de editores, a questão foi discutida e o Houaiss acabou sendo voto vencido. Prevaleceu a idéia, a meu ver inteiramente correta, de que deveríamos usar tsunami como a onda que é, independentemente do que diga o dicionário. O uso corrente da língua tem um quê de tsunami, uma força indomável que desafia regras e convenções gramaticais; além disso, por sagrados que sejam, os dicionários não são infalíveis.

    Resultado: no dia seguinte, como nos dias anteriores, o noticiário continuou dominado pela tsunami. Se o Segundo Caderno não rodasse no começo da tarde e se, por acaso, eu não tivesse escrito sobre o assunto, ninguém jamais teria sabido da dúvida atroz que, durante algumas horas, se abateu sobre o jornal.

    * * *

    Tenho uma relação muito particular com dicionários. Cresci junto com alguns deles numa época em que não eram criados em computador, mas em singelas fichas de cartolina, mantidas em ficheiros, gavetas e toda a espécie de caixas disponíveis. Lá em casa dividíamos o espaço ? já não muito grande ? com os três dicionários em que meu pai trabalhava quase que simultaneamente: o de francês, o de provérbios latinos e o de citações. E, volta e meia, estávamos com tio Aurélio, melhor amigo de papai e meu padrinho, que trabalhava num dicionário da língua portuguesa tão grande, mas tão grande, que precisava de um apartamento inteiro só para ele.

    As fichas eram pautadas e vinham, em geral, da Papelaria União, um dos lugares mágicos da minha infância: adorava ir àquela papelaria comercial, tão pragmática e sem graça pelos padrões das suas elegantes primas de luxo. Para mim, porém, não havia nada sem graça na Papelaria União. Eu gostava de tudo naquela loja, do cheiro às infinitas possibilidades de diversão oferecidas pela mercadoria: pastas, latas de lixo para escritórios, fita durex, cartões e cartolinas, rolos de papel pardo, lápis, tesouras, resmas de papel almaço, barbantes, cadernos, goma arábica...

    Papai colaborava com o dicionário do tio Aurélio, que, por sua vez, colaborava com os dicionários do papai. Ambos cultuavam a palavra exata, apreciavam o desafio de uma boa definição e passavam horas imersos nas tais fichas. Na primeira linha, um pouco mais forte do que as outras, anotavam a palavra em si; nas outras escreviam sua definição e, eventualmente, faziam anotações, referências a abonações e o que mais houvesse.

    Às vezes, de tantas modificações, as fichas ficavam imprestáveis, e tinham que ser passadas a limpo. Antes que fossem postas fora, porém, podíamos usar o verso para desenhar. Eu ficava contente, por um lado, porque a cartolina era muito melhor de riscar do que o papel comum que habitualmente ganhávamos; mas, por outro, ficava danada com as palavras do verso. Uma das grandes injustiças do mundo, aos meus olhos de criança, era que só os adultos pudessem usar fichas novinhas para brincar.

    * * *

    Manter as fichas em ordem alfabética era importantíssimo, já que elas tinham um talento todo especial para se esconderem entre as outras. Vez por outra alguém se distraía e pronto, era o caos: onde encontrar a palavra perdida?! Muitas vezes vi meu pai desesperado, procurando por uma palavra. O que pode soar como metáfora radical para a maioria das pessoas, para mim era um fato normal do cotidiano e tinha um sentido real, palpável. Uma palavra era, literalmente, uma ficha de 12 x 18, pautada, da Papelaria União.


    (O Globo, Segundo Caderno, 13.1.2005)






    Caça ao tesouro

    O cerumano, como diz a Bia B., é realmente um bípede esquisito; em certas circunstâncias, contenta-se com tão pouco que chega a ser cômico.

    Digo isso especificamente em relação à caça aos brindes de qualquer feira, das antigas Comdex de saudosíssima memória a eventos chiques como a Fashion Rio.

    Nas Comdex de Las Vegas vi, vezes sem conta, autênticos milionários pagando os maiores micos para conseguir camisetas, bonés e bugigangas diversas; na Fashion Rio, vejo o povo elegante louco para conseguir os troféus da vez.

    E, querem saber? É sempre muito divertido!

    Me lembro particularmente de uma Comdex em que, para ganhar a camiseta de uma empresa, você tinha que assistir a uma demonstração de software que durava uns 15 minutos, e responder, aos gritos, às perguntas feitas pelos apresentadores. Ao meu lado estava Philippe Kahn, da Borland (que fim terá levado?), que saiu do estande no maior entusiasmo por ter sido um dos contemplados.

    Acho que aquela foi a camiseta mais cara que já vi. Não tenho noção do tamanho da fortuna que PK já tinha àquela altura, mas com certeza 15 minutos do seu tempo dariam para comprar todo o estoque de uma loja de camisetas, se não a loja em si mesma.

    Na verdade, até 15 minutos do meu tempo já valiam mais do que a tal camiseta. E, no entanto, lá estávamos nós, não só ele e eu, mas quase toda a Comdex, se revezando nas várias sessões de demonstração.

    Nos áureos tempos da bolha, a quantidade de quinquilharias que eu trazia para casa era um absurdo. Para que é que eu queria mais uma caneta? Mais um chaveiro? Mais um boné horroroso? Sei lá. Mas lá vinha, na mala, aquela tranqueira toda.

    Na Fashion Rio é mesma coisa. Um dos grandes baratos é descolar as camisetas, sacolinhas, bolsas, necessaires e outras coisinhas distribuídas.

    Há filas de gente para qualquer brinde. E, por legais que eles sejam, é certo que todas aquelas pessoas já têm "N" itens iguaizinhos àqueles.

    Quantas bolsas de praia tenho no armário? Nem sei; mas sei que fiquei toda contente quando ganhei a linda tote bag do Ela (um dos melhores troféus desta FR, até porque vem com o livro da Patrícia Veiga dentro), a sacolinha de pano da Oi e a de plástico branco, com alças compridas, da L'Oreal.

    Isso para não falar na bolsa preta que o Gilson Martins fez para a Oi, tão perfeita para andar de bicicleta que alguém da Família Gato ficou com ciúme e fez pipi em cima.

    Ugh.

    Enfim, a verdade é que, no fundo, somos todos crianças, felizes em ganhar presentes. Tenho pena dos poucos adultos de fato indiferentes aos brinquedinhos: eles não sabem apreciar as pequenas graças da vida.







    12.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Virzi







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Sebrae







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Rossoni







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia









    Enquanto isso, na mailbox do ministro...

    Exmo. Sr. Dr. Márcio Thomaz Bastos,
    Ministro da Justiça,


    Hoje já é o 21o. dia da Operação Holocausto. O tempo passa. Freqüentemente aqueles no poder contam com essa passagem do tempo, para que certos fatos sejam esquecidos tanto pelos cidadãos como pela imprensa, essa grande força propagadora dos fatos.

    V. Exa. deverá voltar de suas férias em Nova York dia 17 deste mês e, esperamos, será informado de que alguma medida tem que ser tomada, com relação ao Inquérito de nr. 133/2004, que se encontra parado na DELEMAPH. Uma autoridade tem obrigação de investigar crimes e levar adiante inquéritos. Caso contrário, alguma infração há de estar sendo cometida. É impossível que num país em que o pobre cidadão caminha trôpego por um verdadeiro cipoal de leis, não exista alguma que esteja sendo infringida, ante uma omissão.

    Para nós, militantes, o tempo parou no último dia 21 de outubro, quando a rinha Clube Privê Cinco Estrelas foi estourada pela brava equipe de policiais federais que havia recebido denúncia de entidades protetoras de animais. Assim, pessoas que estavam no local indevido fazendo o indevido foram devidamente presas ou passaram a ser investigadas.

    Aqueles que no momento ocupam o Governo Federal apressaram-se a afirmar que a diligência havia sido orquestrada por motivos político-partidários. Se Niccolò de Machiavelli transpusesse o tempo e chegasse até nós, diria: "Essa gente se inspirou em minha obra Il Principe!" Pego em erro, o príncipe ou um seu aliado sempre deverá atribuir o flagrante do crime a maquinações mesquinhas de seus inimigos. Dessa maneira, os criminosos tornam-se vítimas, os heróis vilões são queimados numa fogueira e a verdade acaba sufocada na fumaça do esquecimento.

    Naturalmente, nos séculos XV e XVI não havia uma imprensa ágil nem a internet. Nem guardiões da lei.

    Por isso, V. Exa. pode ter a certeza de que as entidades protetoras de animais ficarão atentas ao prosseguimento do Inquérito de nr. 133/2004. O tempo não apagará os fatos de nossa memória. Também lemos Machiavelli.

    Ana Maria Pinheiro
    Vice-presidente
    Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal





    11.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    O melhor da Fashion Rio







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Ufa! Achei um taxi...







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Aliás...

    O Luiz Garcia também escreveu sobre o assunto no Globo de hoje ("O programa Universidade para Todos é um equívoco, a partir do nome").

    Parece até que estava aqui conversando com a gente...






    Tom explica

    A discussão sobre ensino e elite continua lá embaixo. O Tom Taborda fez um comentário perfeito:
    O problema -- a meu ver -- é a peversidade embutida neste uso de 'Elite'.

    Exemplifico:

    Digamos que os melhores skatistas sejam chamados de 'Feras'. Gente como o Bob Burnquist, capaz de realizar manobras que me parecem 'humanamente impossíveis', desafiando a Gravidade em cima de uma prancha com rodinhas, numa parede vertical.

    As revistas de skate e os programas de TV exibem lindas fotos, incríveis videos em câmara-lenta destas manobras radicais, que servem de exemplo do grau de excelência que um skatista pode alcançar.

    No entanto, o pódio, como sabemos, tem apenas três lugares. Portanto, o número de 'desclassificados' sempre será imensamente maior que o número dos 'Feras'.

    Digamos que uma revista, percebendo este filão e querendo agradar a maioria dos skatistas, comece a jogar matérias com insinuações que "os Feras monopolizam o mercado", "os Feras abocanham todos os patrocínios", "os Feras são filhinhos-de-papai" e assim por diante.

    E começam também a publicar matérias e produzir programas de TV onde qualquer um pode enviar seu vídeo se estabacando no chão, ou perdendo o equilíbrio, inventando uma nova categoria, 'SkateStunt', apresentada como o máximo, legal e maneiro, uma espécie de JackAss do Skate. Com entrevistas e destaque. A coisa vai crescendo e chamam um cômico tipo 'Ribamar' para ser o ídolo do SkateStunt. Depreciando ainda mais os 'Feras'.

    Como qualquer um pode ser um completo incapaz em cima do skate, o programa é um sucesso, abarrotado de fitas enviadas por uma multidão de SkateStunts. Alguns até conseguem patrocinadores e viver disso. Aêêêê galera naum têim prá maix ninguéim.

    A incompetência consegue assim mais público e destaque que mostrar manobras que poucos conseguem fazer. O 'pódio' é do tamanho do público. Todos cabem nele, o grau de exigência é tão baixo que não há exigência alguma. Sendo lançada uma campanha "Pódio para Todos".

    Resultado: ninguém mais busca a superação, e sim a mediocridade. Pega mal, ser 'Fera'.

    É por isso que chamei de perverso demonizar o que era Elite.

    O exemplo acima -- reconheço -- é tosco e simplório. Mas, acredite se quiser, é exatamente isso que vem acontecendo com a desmoralização do que é Elite. Para alguns autores, é uma propaganda consciente, intencional e proposital; para outros, um cacoete de efeito, sem pensar muito nas consequências.

    Basta prestar atenção nos 'exemplos' que pontuam a nossa cultura de comunicação de massa hoje em dia. Predominam os 'SkateStunts' em tudo quanto é área.

    Se qualquer um, "coitadinho", merece subir ao pódio que valor, que mérito terá este pódio? (Tom Taborda)






    SOS Autódromo

    Começo a me arrepender de não ter votado no Crivella para prefeito.

    Update: Gente, pelamordedeus, isso foi apenas modo de dizer! Escolhi o pior justamente para dar ênfase ao meu sentimento.

    O diabo é que, diante do quadro das eleições passadas, eu continuaria tendo que votar no Cesar Maia, porque, infelizmente, ele era a única opção viável.

    Votar na Jandira, por exemplo, de quem gosto muito, apenas ajudaria a eleger o Crivella.

    Votar na pessoa que a gente prefere nem sempre é a melhor saída.

    Temos um exemplo histórico bem próximo: se um monte de americanos politicamente corretos não tivesse votado no Ralph Nader em vez do Al Gore, o mundo não estaria hoje entalado com esta praga que é o Bush.









    Capifashion

    A Giselle que me desculpe, mas não tem para mais ninguém. Fashion mesmo, no Rio, é a Capivara!



    O Centro Cultural das Águas, onde acontece a exposição de fotos da Musa do Verão, lançou uma coleção de camisetas lindinhas, com design de Egeu Laus e ilustração de Romero Cavalcanti.

    Aí estão os três primeiros modelos, mas há outros no forno.



    O CCA fica na Lagoa, no Parque dos Patins, ao lado da Colônia de Pescadores.

    As camisetas podem ser compradas lá mesmo, a R$ 20.






    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Home is the sailor home from the sea







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou...






    10.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    A camiseta do dia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Gato desmaiado de calor






    9.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Elisa Lucinda, Cora, Ney e Lucelia Santos







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia






    8.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Pipoca







    Nervos de aço

    Um dos meus romances favoritos é "The Loved One", the Evelyn Waugh. Cenário? Os bastidores de uma funerária.

    Não eram duas caveiras que se amavam, mas dois embalsamadores.

    E a gente morre de rir ri às pampas.

    Pois acabo de chegar do Flickr, onde fiz uma das viagens mais perturbadoras. Visitei um dos álbuns de uma moça de 28 anos, que atende por Underbunny, e é embalsamadora.

    Fotografa detalhes do seu cotidiano.

    O diabo é que as fotos são lindas de morrer extraordinárias.

    Underbunny tem uma cultura visual fora do comum, um olhar surpreendente e, acima de tudo, um senso de humor fino e pungente.

    É incrível como consegue encontrar beleza num cenário onde a maioria de nós só enxergaria o horror.

    Penso nisso, e não consigo deixar de fazer a analogia com tanta gente que, cercada de beleza, prefere, invariavelmente, ver o lado ruim.

    Cada ser tem sonhos à sua maneira...





    7.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Lar doce lar







    Convite

    Pessoal, é hoje! Transcrevo o release:
    O Centro Cultural das Águas (CCA) inicia sua programação de 2005 com uma exposição, literalmente, de peso: CAPIVARA DA LAGOA: A MUSA DO VERÃO. A partir da próxima sexta-feira (07/01), estarão à mostra cem fotos da gorda roedora, que conseguiu superar, com seu charme e carisma, manequins de corpos e bronzeados exuberantes, tornando-se a musa deste verão no Rio de Janeiro.

    São fotos de profissionais e amadores do dia-a-dia do animal que há aproximadamente dois anos apareceu na Lagoa Rodrigo de Freitas, escolhendo-a como seu habitat. Os visitantes poderão conhecer flagrantes de rara beleza da intimidade da musa que acabou transferida para a Baixada Fluminense, depois de sua frustrada experiência como Garota de Ipanema, ao tentar aventurar-se ao mar, na Zona Sul.

    Depois de observar as fotografias -- copiadas e ampliadas pela De Plá -- e ler os textos escritos por leigos e especialistas, espalhados pelo salão do CCA, o visitante poderá também manifestar sua opinião sobre a transferência da capivara. As manifestações contrárias ou favoráveis ao novo habitat da embaixadora da Lagoa poderão ser deixadas por escrito no próprio Centro Cultural ou enviadas por e-mail.

    Nos fins-de-semana à noite, será exibido o curta-metragem CAPIVARA!, de Felipe Nepomuceno e Felipe Sussekind, que conta a história do aparecimento da capivara na Lagoa Rodrigo de Freitas. Produção independente da ZR1 filmes, o vídeo investiga sua existência e narra uma série de lendas criadas em torno dela, tendo como fio condutor entrevistas com pescadores, vendedores ambulantes, biólogos, bombeiros e freqüentadores da orla da Lagoa.

    Haverá uma exibição extra do curta-metragem no dia da inauguração (07/01), a partir das 19h.

    A exposição CAPIVARA DA LAGOA: A MUSA DO VERÃO fica em cartaz até o dia 6 de fevereiro. Serão exibidas também as sugestões de nomes para a roedora, depositados em uma urna no CCA. No último dia de exposição, ficará à mostra o resultado final de votos a favor ou contra a transferência da capivara. O Centro Cultural das Águas está aberto à discussão e acredita que sem isso não será possível chegarmos a um consenso sobre o que é melhor para o animal.

    O evento faz parte da programação do Projeto Água Viva, uma parceria entre a Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas), o Instituto Vivo e a ONG Produção Solidária. O Centro Cultural das Águas é o espaço ideal para a discussão de temas relacionados à preservação das águas e à prática da educação ambiental.

    Centro Cultural das Águas:
    Parque dos Patins, Lagoa Rodrigo de Freitas
    (próximo à Colônia de Pescadores Z-13)
    Informações: 21 2540-6855
    Horário: Qua a sex, das 10h às 18h30
    Sáb e dom, das 10h às 21h
    Entrada franca
    Hoje, excepcionalmente, numa cortesia do quiosque Palaphita Kitch, as capivárias coloridas do Pojucan vão dar um passeio do Cantagalo ao Parque dos Patins, para abrilhantar a inauguração da exposição.

    Venham todos, mesmo os que não acham graça na Capivara: garanto que depois de ver tantas fotos bonitas e engraçadas vocês vão mudar de idéia...






    Bia pergunta:

    Alguém já teve problema com formiga no computador? Som? Aparelho de tv? Videocassete?






    Dos comentários

    Gosto muito de conversar com a Bia Badaud, que é sensata, sabe das coisas, escreve bem e é mais enfezada do que eu, o que sempre é bom para treinar a retórica.
    Bia B: se as pessoas 'escutassem sinais', fariam dieta e exercícios, ao invés de procurar pílulas milagrosas de emagrecimento.

    se escutássemos a natureza, não jogaríamos pra dentro do corpo lixo industrial como coca cola, e toda aquela tralha com aromatizante, edulcorante, aromatizante.

    se tivéssemos bom senso não destruiríamos o meio ambiente em troca de moedas, como sempre fizemos.

    teríamos aprendido alguma coisa com as bombas atômicas no japão, mas aquela catástrofe, serviu pra alguma coisa? nadica. não enxergar sinais desse tamanho não é característica de uma espécie de futuro.

    e, sinceramente... por que ninguém fez campanha de coleta de alimentos pros africanos miseráveis, que aparecem esqueléticos na tv, de vez em quando, com moscas pousando nos lábios?

    sinceridade. tive pena das pessoas lá, mas tem coisas que me deixam de mau humor.

    Cora: Já pensei muito sobre este problema dos africanos também, Bia. A impressão que eu tenho é que o mundo desistiu emocionalmente da África: o dinheiro é sempre desviado, a ajuda nunca chega aos necessitados, as guerras continuam, tribos se matam e mutilam... é um desconsolo só, uma situação de guerra endêmica que desanima qualquer um.

    No caso da tsunami há o efeito surpresa, o inesperado da tragédia, a dimensão. Numa segunda ou terceira tsunami não sei se o auxílio chegaria a uma fração do que está sendo.

    Depois, mal ou bem, as pessoas atingidas agora viviam em sociedades que funcionavam: aldeias de pescadores, pequenas cidades, essas coisas. Não eram ricos, mas iam vivendo. É possível acreditar que, com a ajuda externa, algum dia reconstruirão o que for possível e seguirão suas vidas.

    Acho que esta crença já não existe em relação à África, infelizmente.

    Bia B: ... assim como mendigos em geral e crianças drogadas dormindo nas ruas também 'não funcionam', por isso não vale a pena ajudá-los...

    não estou sendo irônica, ao contrário, agradeço sua resposta.

    é mesmo, a gente geralmente tem mais boa vontade de ajudar a quem não precisa.

    acho este raciocínio tão realista... porque é exatamente como somos. não paramos pra questionar um modelo de sociedade que gera populações inviáveis, na África, aqui no Rio, no mundo.

    seguimos em frente, como diz a música do guilherme arantes, 'se há uma crise lá fora, não fui eu que fiz'.

    não sei se é certo ou errado, se é lei de seleção natural ou falta de exercício de humanidade por parte da humanidade. só sei que é assim.

    fico pensando o que acham disso as pessoas inviáveis, ou desinteressantes para o sistema. na boa.

    Cora: Não é bem que a gente ajude a quem não precisa; aquele pessoal lá na Ásia está precisado até demais. Mas lá, imaginamos, a ajuda vai ser útil e vai resolver alguma coisa.

    A ajuda vai ajudar.

    O que desanima é a completa inutilidade da ajuda que não resolve nada. Você hoje manda 50 dólares para a Ásia, e há uma boa probabilidade de que este dinheiro, ou parte dele, de fato seja aplicada na reconstrução da área devastada. Mas mandar 50 dólares para a África equivale a jogar o dinheiro fora ou, pior, a reforçar o caixa dos donos da guerra, que usam a fome da população como arma.

    Quanto aos meninos de rua, sinceramente, acho que muito dos que estão por aí não têm salvação. São filhos e talvez netos de crianças de rua, que cresceram sem qualquer noção de estrutura familiar ou social. Estão perdidos.

    Podemos tentar salvar as futuras gerações; mas isso não vai ser feito nem com esmola nem com demagogia.

    A única coisa que, a meu ver, pode dar jeito no problema, é criar um sistema de ensino decente, uma escola básica de verdade, e não a mentira que se vende como ensino básico, em que todos os alunos passam de ano automaticamente e saem da escola tão ignorantes quanto entraram.

    Sem educação é inútil querer pensar no resto.

    Discutir ensino universitário num país como o nosso é fazer cortina de fumaça, é fugir do x da questão. Cotas, não cotas, universidade para todos -- tudo inútil.

    A grande reforma da educação, que já deveria ter começado há muitos anos, se resume a bom ensino básico, bom ensino básico, bom ensino básico. E bom ensino básico.

    Eventualmente se poderia discutir também um ensino médio de qualidade; mas a triste realidade é que quando a base está podre não há estrutura que se sustente.

    Tem que mudar tudo, a começar pela preparação e pelos salários dos professores. Computador na sala de aula é muito bom e muderno, mas sem um bom professor, respeitado pelos alunos, não adianta xongas.

    Trouxe para cá porque esses comentários já estão lá embaixo e acho o tópico importante. Para quem acha que este blog anda falando demais de bichos, taí uma oportunidade de discutir humanos...





    6.1.05


    Ziglobe



    Ziglobe















    Pedras sonhando o pó na mina
    Pedras sonhando com britadeiras
    Cada ser tem sonhos à sua maneira


    (Noite Severina, de Lula Queiroga e Pedro Luís)



    Vagabundo, com Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede, não sai do meu som há dias. É bom demais.

    O show volta ao Canecão neste fim-de-semana, e acreditem: é imperdível.

    As fotos são de quando vi o show pela primeira vez, no ano passado.









    Ainda a tsunami

    Se a humanidade tivesse juízo, dedicava-se ao
    Grande Mistério: como é que os bichos escaparam?


    Não há outro assunto. A despeito da overdose de más notícias com que nos brinda, todo santo dia, o mundo globalizado, nunca se viu nada como essa tsunami, que varreu do mapa tantos lugares e pessoas. Segundo o Guinness Book, já aconteceram terremotos e inundações diversos ao longo dos séculos em que maior número de vítimas foi registrado -- por acaso, sempre na China, campeã absoluta de calamidades. Mas a China é longe, e mais longe ainda é a distância do tempo, que transforma qualquer desgraça em simples curiosidade histórica.

    A onda horrenda do fim do ano foi a primeira catástrofe de proporções bíblicas a ser devidamente registrada, filmada e transmitida, em tempo real, para todos os cantos do planeta. Mal terminara de sugar a vida para o mar, já sugava todas as atenções para os jornais, para a Internet, para a televisão. Diante das notícias que vêm da Ásia, tudo se torna trivial, por trágico que seja, dos homens bomba que explodem no Iraque ao incêndio em Buenos Aires.

    É que nada que seja feito pela mão do homem consegue superar, em potencial de espanto, a natureza em fúria. No mal que os homens fazem há sempre um propósito ou uma ignorância reconfortantes, ou seja: a estupidez e a maldade trazem as suas próprias respostas embutidas e, com elas, uma centelha minúscula de esperança. Hoje, o horror da destruição; amanhã, quem sabe, a descoberta da paz e da harmonia.

    Enquanto assistíamos à queda das torres do World Trade Center, ignorávamos quem era o autor do atentado ou o que o levara a isso; mas ninguém duvidava de que ali estava uma expressão suprema da perversidade humana, este horrível defeito que trazemos de nascença mas que -- olha a esperança aí -- um dia, talvez, se possa consertar.

    Que resposta nos traz, porém, um maremoto? Ele é inocente e puro, não existe como pessoa física, jurídica ou celestial; não tem segundas intenções, ou reivindicações de qualquer espécie. Ao mesmo tempo, ao contrário de tantas inundações e deslizamentos de terra, não pode sequer ser atribuído ao nosso descaso com o meio-ambiente.

    E aí, em última instância, a tsunami mexe também com a nossa orgulhosa suposição de que, mais cedo ou mais tarde, a humanidade dará um jeito de destruir o planeta. Pois o planeta acaba de dar um chega-pra-lá na humanidade e avisar que dispensa o auxílio; ele tem plena capacidade de se destruir sozinho, obrigado. E não está nem aí.

    * * *

    A quantidade de mistérios, dúvidas e questões filosóficas que a tsunami jogou na praia é proporcional aos estragos que fez. Nem é necessário chegar à existência, suposta bondade e motivações do Grande Arquiteto; só o fenômeno dos animais, salvando-se sabe-se lá como, já é motivo suficiente para mais reflexão e questionamento do que tudo o que se escreveu do 9/11 para cá a respeito das relações entre Ocidente e Oriente.

    Apesar de todo o progresso tecnológico, pode ser que a chave da nossa sobrevivência como espécie esteja na compreensão deste singular episódio. Que misteriosa qualidade de previsão é esta que os animais conservam e que nós perdemos? Terão todos eles a mesma capacidade de fugir a tempo dos terremotos, ou os que não a tem sabem ler, nos outros, os sinais do perigo? Como foi que nos afastamos dessa maneira dos demais habitantes do planeta? Será que foi isso que aconteceu com os dinossauros? Seremos nós, humanos, os próximos dinossauros?

    A prova definitiva de que há algo profundamente errado conosco é a pouca atenção que se deu a isso: apenas uma notícia solta, sem continuidade ou investigação. Daqui a alguns meses, quando Hollywood estiver lançando um filme sobre a tsunami servindo de pano de fundo para um romance entre Leonardo Di Caprio e Kate Winslet, pode ser que a National Geographic esteja levando ao ar um documentário sobre o Mistério dos Bichos. Deve fazer muito sucesso, sobretudo entre as crianças, como mais uma das Maravilhas do Reino Animal; mas logo os adultos estarão se dedicando a assuntos supostamente mais sérios.

    * * *

    Enquanto isso, neste país abençoado, que não tem tsunamis nem escala Richter, passou praticamente despercebida a notícia de que o Marqueteiro Mor comemorou a chegada do Ano do Galo com uma festa de arromba na sua rica mansão de Salvador. Para o ministro Antonio Palocci e o senador Aloizio Mercadante, que muito se divertiram na companhia de Duda Mendonça e de seus Romanée Conti, o crime obviamente compensa.

    Não houve notícia de onde passaram o réveillon os intrépidos policiais que prenderam Duda na rinha de galos; a eles, no entanto, desejo um Feliz Ano Novo. Quem sabe um dia a gente tenha a satisfação de viver num Estado de direito, em que a lei seja igual para todos, e em que os criminosos sejam punidos, em vez dos policiais que os investigam.

    * * *

    Elas chegam ao entardecer, como as de verdade, assim que o quiosque é aberto. São as capivaras coloridas do Pojucan, cada uma mais linda que a outra, alegrando o Palaphita Kitch, no Corte do Cantagalo. O espírito carioca, apesar de tudo, sobrevive. Viva!


    (O Globo, Segundo Caderno, 6.1.2005)






    A carta de hoje

    Exmo. Sr. Dr. Márcio Thomaz Bastos, Ministro da Justiça,

    Hoje é o 15 dia da Operação Holocausto, que fraturou as carreiras de quatro bravos policiais federais, que estouraram a rinha de galos Clube Privê Cinco Estrelas. Além de terem prendido entre outros delinqüentes o Sr. Duda Mendonça, a equipe investigava, pelo inquérito Nr. 133/2004, outros criminosos distribuídos por vários pontos do Brasil. A equipe foi desmantelada. O Ministro da Justiça não pode lavar as mãos, como Pôncio Pilatos.

    O Delegado Dr. Lorenzo Pompílio da Hora, que já estava isolado, foi finalmente transferido, segundo notícia do Jornal do Brasil de hoje, para a Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários.

    "Neste início de ano, o Delegado Rayol ganhou uma sala na Delegacia de Patrimônio", diz o JB. Continua o jornal: "O procurador da República Rodrigo Ramos Poerson pediu informações à polícia. Existe a suspeita de que a equipe esteja sofrendo represálias pela ação contra a rinha de galos."

    O jornal afirma que há suspeita. Para nós, do movimento de proteção animal, há certeza.

    A reportagem continua: "No lugar de Rayol e Lorenzo, assumiu a DELEMAPH o Delegado Deuler da Rocha Gonçalves Júnior." Surge, então, um déjà vu: "Deuler investigava a privatização do Grupo Telebras, em 1998, quando foi afastado do cargo. ... Na ocasião, a Polícia Federal informou que a saída do delegado do caso era um "ato de rotina".

    Que país! Como podemos exigir que os policiais investiguem fatos denunciados, se toda a vez que incomodam um poderoso de plantão são afastados por algum "ato de rotina"? Como podemos esperar que o atual delegado, que já sofreu afastamento anterior, se sinta tranqüilo para levar avante as investigações, se de um momento para o outro pode ser transferido para a Floresta Amazônica?

    A reportagem prossegue: "Nas mãos da polícia está agora o desmembramento do caso iniciado pela antiga equipe." Este é justamente o Inquérito de Nr. 133/2004 que mencionamos todo dia.

    Se o Delegado Geral da Polícia Federal ou o Delegado Executivo do Rio de Janeiro decidiram remover uma equipe que já estava envolvida numa investigação que interessa sobremaneira às protetoras de animais apenas por um "ato de rotina", data venia, não se trata de ato sensato ou eficiente, de interesse do contribuinte, mas sim voltado para a desmotivação e insucesso de qualquer equipe policial.

    Por isso é que muitas investigações não se concluem: quando os policiais se envolvem no trabalho e encostam num amigo do rei, vem um "ato de rotina" e muda a equipe. Os policiais também são brasileiros e agora vejo de perto que devem estar com a auto-estima muito baixa...

    Como cobrar motivação deles? Salários baixos, expostos a perigo, sem equipamento de trabalho, constantemente acuados... O Sr. Duda Mendonça vai precisar fazer uma campanha publicitária motivacional especial para eles.

    O jornal conclui: "A previsão era que fossem chamadas para depor cerca de cem pessoas encontradas no interior do clube de brigas de galo no dia da ação policial."

    Pois é, Senhor Ministro, é o tal Inquérito de Nr. 133/2004 do qual tanto falamos. As ONGs protetoras de animais vão prosseguir com essas mensagens diárias, para ver como vão ser intimadas e interrogadas essas pessoas.

    Este vai ser o Ano do Galo.

    Ana Maria Pinheiro

    Gente, eu amo essa mulher!






    Oi Multimidia



    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Keaton






    5.1.05


    Iuhuuuuuuuu!!!

    Gravadoras perdem outra vez na Justiça

    A indústria fonográfica americana sofreu nova derrota na Justiça. Por 2 votos a 1, a Corte de Apelações de St Louis confirmou decisão anterior que diz que as gravadoras não podem obrigar os provedores de internet a identificar os usuários que fazem download de música. Em dezembro de 2003, a Corte de Apelações em Washington já tinha se posicionado contrariamente a reivindicação da RIAA, Recording Industry Association of America, que representa as maiores gravadoras dos EUA. (Notícia da AP)







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Mosca









    Gente, olha que maravilha!

    Ganhei do Segmund: lá estou eu, clicando a Capivara numa Lagoa pré-tsunami.

    Gostei tanto! :-)





    4.1.05




    Objeto de desejo

    A esculturinha acima é um prosaico telefone sem fio -- só que da Bang & Olufsen, que transforma os objetos mais triviais em obras-primas de design.

    Já está à venda no Brasil mas, segundo o release, preço só sob consulta -- e agora estou muito ocupada para descobrir que ele está totalmente fora do meu alcance.

    Agora, que é lindo, lá isso é, né?






    Da mailbox do ministro

    Todos os dias, o ministro Márcio Thomaz Bastos vêm recebendo emails de militantes de grupos de defesa animal. Só quero ver até quando vai continuar ignorando a sua (dele) correspondência. Aqui está o que a formidável Ana Maria Pinheiro enviou ontem:
    Senhor Ministro,

    Hoje é o 13o. dia da Operação Holocausto, que sacrificou as carreiras de quatro bravos policiais federais, que estouraram a rinha de galos Clube Privê Cinco Estrelas. Além de terem prendido entre outros delinqüentes o Sr. Duda Mendonça, a equipe tinha aberto o inquérito Nr. 133/2004, que investigava outros delinqüentes distribuídos por vários pontos do Brasil, envolvidos em maus tratos a animais através desse sangrento, cruel e cafona jogo de apostas, atividade típica de gente do submundo.

    Recebemos informações pela imprensa de que V. Exa. foi passar férias em Nova York com seus familiares, retornando apenas no dia 17. Para nós, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, isto não faz nenhuma diferença, pois sempre haverá um assessor pondo V. Exa. a par da correspondência recebida. Além do mais, automaticamente nossa mensagem dirige-se a quem estiver exercendo interinamente a função de Ministro da Justiça. Quem sabe até o ministro interino não verá com mais preocupação o ato execrável perpetrado pelo seu subordinado, Diretor Geral da Polícia Federal, Dr. Paulo Lacerda.

    Portanto, continuamos com nosso envio de mensagens diárias, conforme prometemos, até que a DELEMAPH volte a funcionar com os quatro policiais afastados sem nenhuma justificativa ética.

    O importante é que não vamos nos calar enquanto a justiça não for feita. Somos militantes e a esses paciência e perseverança não faltam.

    Decidimos no ano de 2005 dedicar nossa atenção à cultura da infração, representada neste caso pela aceitação plácida às rinhas de galo, embora sejam um crime. Até um juiz da 5a. Vara de Recife decidiu há dias permitir o funcionamento de uma rinha local, em sentença esdrúxula, que merecerá uma representação ao MP de Pernambuco.

    Lemos também num órgão da imprensa a seguinte notícia:

    Soltando penas

    Duda Mendonça quer entregar logo à editora o seu livro sobre o episódio de sua prisão numa rinha de galo.

    Promete revelações fantásticas envolvendo a ação da Polícia Federal no caso. É briga de galo grande.


    A certeza da impunidade de Duda Mendonça, réu confesso, é tão grande, que o galista-mór da República se acha no direito de reforçar sua confissão lançando um livro e ainda ameaça fazer denúncias contra os policiais que o prenderam.

    Senhor Ministro, por mais fascinante que a grande obra literária de Duda Mendonça possa ser, não chegará aos pés do Inquérito Nr. 133/2004, bem mais abrangente, que está parado na DELEMAPH porque essa delegacia foi desmantelada.

    Esta vergonha tem que acabar.

    Ana Maria Pinheiro
    Vice-presidente
    Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia






    3.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Nossos comerciais

    Durante o fim-de-semana andei dando uma limpada no template e no blog, que está no limite do tamanho; preciso apagar posts e fotos antigos para postar novos.

    Acho que este será o ano em que o internETC. mudará de endereço. Ainda não sei quando vai se realizar esta operação, nem para onde vai o blog, mas tudo aponta nesse sentido.

    Teremos, portanto, alguns momentos de turbulência tecnológica a bordo.

    Aproveitei que estava com a mão na massa e instalei aí ao lado um link pro Buscapé -- que, de acordo com as informações obtidas aqui nos comentários, é a forma mais segura de fazer uma caixinha.

    Funciona assim: cada vez que vocês quiserem fazer uma pesquisa de preços em estabelecimentos na internet, façam a partir do blog. A cada busca, entram cinco centavos de reais para a conta.

    A verdade é que, no fundo, todos esses pinga-pingas são quebra-galhos. O ideal seria ter um bom patrocinador, mas sou um desastre de marketing e gerenciamento. Portanto, se alguém souber de alguma empresa que ache legal patrocinar um blog, ou se alguém quiser assumir este lado, podemos conversar.

    Afinal, seria muito legal se 2005 fosse, também, o ano em passei a ganhar dinheiro com blog -- em vez de gastar.










    "An affair to remember..."


    Minha primeira impressão da Olympus C-8080 Zoom foi excelente: a câmera é bonita, sólida, bem construída, boa de pegar. Minha segunda impressão foi triste: as fotos saíram super-expostas, sem definição, com cores pálidas. Muito frustrante! Não era o desempenho que eu esperava de câmera tão promissora.

    Tínhamos pouco tempo para nos entendermos, apenas quatro dias, e em condições particularmente difíceis de trabalho. É que peguei a máquina do Nelson, que a estava oficialmente testando, e a levei comigo para Rondônia, quando fui ver as filmagens de "Mad Maria".

    Nunca viajo de sapato ou máquina fotográfica novos, mas esta chance era tão especial que resolvi mandar a prudência às favas. Como leitura de bordo levei o manual, porque de "user-friendly" a C-8080 não tem nada: ela definitivamente não é a câmera para quem quer apontar, disparar e se deliciar com as fotos, sem se preocupar com nada.

    * * *

    O primeiro dia no set foi um desastre. As condições de luz eram complicadíssimas, com contrastes muito acentuados entre o que o sol iluminava e o que as árvores encobriam. Apanhei até mesmo com as fiéis Sony P-10 e Kodak DX6490, mas com a C-8080, sinceramente, não tive um só momento de alegria.

    Por outro lado, a experiência foi muito importante para me orientar em relação ao que precisava conhecer melhor na câmera. Resultado: à noite, em vez de me deliciar com "Mad Maria", do Márcio Souza, que estava relendo para entrar no clima das gravações, continuei às voltas com o manual ? desta vez lado a lado com a máquina.

    No dia seguinte, mais familiarizada com a C-8080, pude começar a me divertir com ela. Para ficarmos realmente íntimas, imagino que precisaríamos de pelo menos mais duas semanas de convívio; mas o breve tempo que passamos juntas foi suficiente para que eu percebesse as infinitas possibilidades que ela oferece a quem se dispõe a conhecê-la.

    Gostei particularmente de algumas características desta esplêndida câmera. A velocidade de resposta é sensacional, praticamente tão rápida quanto a de uma câmera tradicional; tanto o visor quanto o display são claros e bons, mas, curiosamente, usei mais o visor do que o display ? talvez por causa do próprio design da câmera, talvez por causa do peso, talvez por causa da luz complicada em que trabalhava.

    O display, basculante, ajuda a quem quer fotografar muito de cima ou muito de baixo, mas poderia nos fazer o favor de virar também para o lado; a flexibilidade oferecida entre a grande angular e o zoom óptico 5X -- equivalente a 28-140mm -- é um luxo.

    Afinal acabei gostando muito da qualidade das imagens, ainda que, às vezes, a máquina não conseguisse acertar o foco de primeira; mas também pudera, coitada! Na floresta amazônica nem os olhos da gente acertam o foco de primeira...

    A reprodução das cores, uma vez que se ganhe alguma intimidade com a câmera, também é boa; para o meu gosto é pouco saturada, mas como este é um dos comandos que se pode modificar, não chega a ser um problema. Na verdade -- e isto é uma raridade no ramo -- nada é um problema na C-8080, exceto o que os americanos gostam de chamar de "curva de aprendizado", e o preço, sobretudo no Brasil.

    Nos Estados Unidos, já é possível comprá-la por cerca de US$ 700; aqui, os preços, muito desiguais, andam em torno dos R$ 3.800.

    Em termos absolutos, levando-se em consideração as muitas qualidades da Olympus C-8080, nem é tanto assim; mas em termos relativos, num país de salários capengas como o nosso, ainda é demais.

    Só nos resta desejar que 2005 seja um ano tão bom, mas tão bom, que a gente possa olhar uma etiqueta com um valor desses sem se assustar.


    (O Globo, Info etc., 3.1.2004)





    2.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Bia e Carlota







    Dos comentários

    Plínio Senna, que sabe tudo sobre aves, fez observações preciosas sobre bebedouros para beija-flores no post em que subi a foto de um dos inquilinos da Laura.

    Deu uma verdadeira aula sobre o tema, vejam só:
  • Proporção açúcar/água - A alimentação artificial complementar de beija-flores é feita com uma mistura de quatro partes de água filtrada para uma parte de açúcar, medidas em volume. Por exemplo: em 100 mililitros da mistura, teremos 80 mililitros de água e 20 mililitros de açúcar. O excesso de açúcar é desperdício, mas não chega a causar problema aos animais. O açúcar fornece energia, mas as aves continuam a precisar de buscar insetos e pequenas aranhas para sua dieta em proteínas.

  • Limpeza - A falta de higiene nos bebedouros faz mal e até mesmo mata os beija-flores. Os bebedouros devem ser muito bem limpos e a água açucarada trocada diariamente. Assim, se evita o crescimento de um fungo que se instala na garganta da ave e pode causar sua morte por sufocação.

    Devemos ter dois bebedouros para usar em cada ponto de alimentação. Remove-se para limpeza o que foi usado e se coloca com mistura nova, o bebedouro já limpo no dia anterior.

    Limpeza: tira-se o bebedouro sujo, lava-se com água corrente, escovando-se onde haja depósito de sujeira e pontos pretos de fungo. Coloca-se de molho por 20 minutos, em vasilhame com água misturada em um pouco de água sanitária. Enxagua-se bem e deixa-se secar para reutilização no dia seguinte. Procedendo-se assim não chegamos a observar a formação de fungo nos bebedouros.

  • Morcegos - Ao anoitecer, se não gostarmos da presença dos inofensivos morcegos-beija-flor (nectarívoros), podemos retirar os bebedouros. Se não houver problema de vizinhança, podemos deixar que eles acabem com a solução energética no bebedouro, e vão embora, cumprir sua função de polinizar nossas plantas.

  • Formigas - No caso de formigas visitarem o bebedouro, é só passar vaselina no gancho e arame que o penduram, para que elas não passem.

  • Abelhas - Quando abelhas começarem a visitar o bebedouro a proporção de açúcar pode ser diminuída. É que o beija-flor aceita água com menos açúcar, mas ela passa a ser desinteressante para as abelhas. Se as abelhas persistirem, pode-se passar um repelente para abelhas em torno do furo de alimentação no bebedouro.
    As abelhas só aparecem em algumas épocas do ano, quando faltam flores no mato para sua alimentação. Após algumas semanas, as flores voltam à região, as abelhas não precisam mais do açúcar e desaparecem novamente, permitindo que se suspenda o uso do repelente natural.

    Temos que ficar atentos para o fato de que as abelhas européias e africanizadas (amareladas, com 1 cm e pouco) picam. Não devemos agredí-las para que não haja reação delas. Já as abelhas nativas pretinhas (cachorro, etc.) e as amarelinhas (jataí) são sem ferrão, não havendo o perigo de picarem alguém da casa.

  • Repelente de abelhas - É composto por 1 colher de sopa de vinagre + 1 colher de sopa de azeite + ¼ de dente de alho. Amassa-se o alho com um garfo, homogeneizando a mistura.

    Utilização do repelente: Enche-se o bebedouro limpo com a solução de açúcar, antes de pendurá-lo no ponto de alimentação, passa-se o repelente com pincel onde pousam as abelhas (flores de plástico e em torno do furo). Não se deixa misturar com a solução de açúcar (néctar).

    A sobra do repelente é guardada para reutilização, por alguns dias, em geladeira. Antes do reuso, deixar à temperatura ambiente por alguns minutos, misturar bem seus componentes (homogeneizar) e então pincelar no bebedouro.

  • Aves - O beija-flor-tesourão Eupetomena macroura (com 19cm, escuro, de rabo comprido) às vezes se apossa do bebedouro e não deixa mais nenhuma ave ali beber. É o dono do local! Neste caso, pode-se colocar outro ponto de alimentação um pouco mais afastado, para permitir que as outras aves também tenham oportunidade.

    No bebedouro para beija-flores, também podemos receber a visita de muitos sebinhos (cambacicas) Coereba flaveola, de sanhaço-de-coqueiro Thraupis palmarum, de saí-azul Dacnis cayana, e de outras aves que se alimentam de néctar.

  • Poleiro - Devemos anexar um poleiro ao bebedouro, para facilitar o acesso a estas outras aves. Ele pode ser um palito de churrasco, ou pauzinho japonês, atravessado na base oca do bebedouro.

  • Valeu, Plínio, muitíssimo obrigada!





    1.1.05


    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia







    Oi Multimidia

    Oi Multimidia

    Ipanema em 2005