29.9.03


Amarar no Blog n Roll!

Agorinha, �s 20hs. Clica AQUI!






Retrato de Fam�lia

Ganhei de presente o retrato da Fam�lia Zipper: F�bio, Jaq, Lula e Prue. Bonitinhos!











Micro$oft: os riscos do monop�lio

Depois de amanh� a CCIA (Computer and Communications Industry Association) apresenta ao governo americano um relat�rio em que o monop�lio da Microsoft � descrito como uma clara amea�a � seguran�a nacional. Parte dos motivos n�o � novidade: ningu�m ignora a legi�o de bugs, worms e v�rus que inferniza a vida dos usu�rios e, sobretudo, dos gerentes de TI. Mas o relat�rio da CCIA, escrito por sete especialistas em seguran�a, faz um alerta: a t�tulo de refor�ar a seguran�a dos seus produtos, a M$ est� criando mecanismos que ampliam cada vez mais o seu monop�lio... que �, no fundo, a causa de tantas invas�es mals�s! Em suma: os computadores e seus usu�rios est�o sendo v�timas de um c�rculo extremamente vicioso.

* * *


�A presen�a deste sistema operacional �nico e dominante nas m�os de praticamente todos os usu�rios representa um risco fundamental�, afirma a CCIA na apresenta��o do relat�rio. �A migra��o cada vez mais ampla do mesmo sistema para o mundo dos servidores aumenta o perigo ainda mais.�

�A maioria dos computadores do mundo roda os sistemas operacionais da Microsoft; assim, a maioria dos computadores do mundo est� sujeita aos mesmos v�rus e worms, ao mesmo tempo�, explica o relat�rio.

�A �nica forma de acabar com isso � evitando a monocultura de sistemas operacionais, e por raz�es t�o �bvias e justas quanto as que nos levam a evitar a monocultura na agricultura. A Microsoft amplia o problema atrav�s de uma s�rie de pr�ticas que trancam os usu�rios nas suas plataformas. O impacto sobre a seguran�a representado por este lock-in � real, e � um perigo para a sociedade. (....) As amea�as � seguran�a internacional apresentadas pelo Windows s�o significativas, e devem ser afastadas sem demora.�

* * *


Para mim, a quest�o � t�o evidente que, em tese, nem deveria mais merecer discuss�o. As nossas vidas hoje dependem, de forma crucial, da rede de computadores que usamos, direta ou indiretamente. Que essa necessidade vital esteja nas m�os de uma �nica empresa �, mais do que absurdo, apavorante. Pensem: estamos todos � usu�rios, escolas, hospitais, empresas de tecnologia e por a� vai � entregues, de m�os atadas, � Microsoft.

Isso significa que basta um elemento mal intencionado descobrir uma falha de seguran�a para que todos percamos horas tentando livrar as m�quinas de mais uma praga eletr�nica; significa que n�o temos id�ia do que a M$ sabe ou deixa de saber sobre n�s e os programas que usamos; e significa, ainda, que sempre pagaremos pre�os absurdos pelo software que usamos (ou correremos os riscos de enfrentar a lei) porque um monop�lio, conforme se sabe (e se v�) cobra o que bem entende pelo que vende.

* * *


J� � bastante mau que isso aconte�a com a sociedade em geral; mas quando se entra na �rea governamental a coisa � deixar os cabelos de p�. Se at� os EUA j� come�am a se convencer que a M$ � um risco � seguran�a nacional, o que dizer do resto do mundo?

Nenhum governo consciente e zeloso da sua soberania, em parte alguma do planeta, deveria rodar o que quer que fosse em plataformas de software propriet�rio. Simples assim.

Isso n�o � implic�ncia minha com a Microsoft; � apenas a constata��o do �bvio. A situa��o seria igualmente preocupante se o monop�lio fosse da Apple ou da Sun.

* * *


A CCIA, que luta por �mercados abertos, sistemas abertos, redes abertas e concorr�ncia aberta�, � uma organiza��o sem fins lucrativos que re�ne executivos de algumas das principais empresas do setor de inform�tica e telecomunica��es, entre elas Sun, Fujitsu, Nokia, Nortel Networks, AT&T, Verizon, Oracle, Yahoo! e AOL.

Fotolog da semana: Zipper

Jaq Joner e F�bio Nagel s�o um simp�tico casal ga�cho de produtores de v�deo e cinema. Transplantados para o Rio h� alguns anos, eles retratam seu cotidiano em �Zipper�: da pizza � meia-noite na ilha de edi��o ao passeio na praia, com direito a muitas fotos das cadelinhas Lula e Prue.


(O Globo, Info etc., 29.9.2003)





28.9.03


Cold turkey

Os servidores do provedor do Fotolog est�o todos fora do ar. Dessa vez, nada a ver com problemas do Fotolog em si, mas frustrante do mesmo jeito para os viciados...

No grupo de discuss�o onde o povo bate cabe�a, Polaroid Billy, um fotologger conhecido de todos, resume a situa��o:

"fotolog's down! dang...guess i'll have to have sex tonight. it's the only thing i know of that's as good as fotolog. good luck adam, i hope things turn out alright. i'll check in in the morning. good night folks...
Tsk, tsk.





27.9.03




� c�us, � vida...

Meninos, desculpem a aus�ncia de ontem, mas sexta � dia de fechamento, o Mark e a Bia foram pra Salvador, os gatos ficaram hist�ricos e, ponto culminante, a assistente dom�stica esqueceu a porta do freezer entreaberta. Quando cheguei do jornal, a casa estava cheia de marcas de patinhas molhadas, e a cozinha... bom, a cozinha...

*sigh*

Em compensa��o, tem umas fotinhas l� no Fotolog: uma s�rie de praia, v�rios gatos em diferentes poses, alguns livros.

Bom fim de semana para todos, e Shan� Tov�!

Que este seja um ano de mais ju�zo e paz pelo mundo do que o que passou.





25.9.03




Vida carioca

Recebi este email h� uns 20 dias, acompanhado das lindas fotos acima. Adorei. Escrevi para autora perguntando se podia public�-lo aqui, mas a resposta sumiu na minha caixa de entrada, que est� -- para variar -- um caos.

Hoje, finalmente, resolvi pegar a mailbox � unha. Estou h� horas capinando as msgs. E, no meio do spam e dos press releases -- muitas vezes imposs�veis de distinguir uns dos outros -- encontrei a resposta. Valeu, J�lia!
"N�o sei se voc� gosta de passear no aterro. Eu e meu marido costumamos de vez em quando dar uma chegadinha l�. No �ltimo domingo o dia estava lindo e a chamada era: "Vamos para o aterro tirar algumas fotos das �rvores!"

Ali�s, na nossa opini�o, o aterro � o lugar mais democr�tico da cidade e l� voc� v� o real carioca. � o militar, o aposentado, o porteiro de pr�dio, as empregadas dom�sticas,os cachorros (sem roupinhas), os gatos que j� vivem l�, o ambulante que vem a p� da Central trazendo um enorme isopor, o pipoqueiro que fica perto do MAM, o contraste das lanchas car�ssimas e outros.

A divers�o � simples, com os homens jogando o seu futebol, uma turma fazendo suas caminhadas, o pessoal que adora andar de bicicleta, outros lendo jornal na grama, as mulheres mais velhas tomando sol sem grandes preocupa��es com a celulite e os homens barrigudos que n�o est�o cal�ando um Adidas. Enfim, a simplicidade! L� ningu�m est� preocupado se o biquini � "muderno".

Nessa nossa �ltima caminhada fotografamos dois gatinhos, ariscos, mas umas gra�as. Estou te mandando pois sei que voc� gosta de gatos assim como n�s." (J�lia)






E, para que n�o restem d�vidas...

"Foi com prazer que li a sua coluna sobre a mat�ria rec�m-veiculada pela BBC quanto a uma �poss�vel� rela��o da toxoplasmose com altera��es cognitivas e comportamentais. Na qualidade de m�dica respons�vel pelo ambulat�rio de Toxoplasmose do Instituto de Pesquisa Cl�nica Evandro Chagas/FIOCRUZ recebo h� anos pacientes encaminhados dos mais diferentes servi�os com as mais diferentes manifesta��es da infec��o, mas de modo geral, a t�nica � a desinforma��o tanto da popula��o quanto da classe m�dica. Toxoplasmose � uma infec��o causada por um protozo�rio (parasita composto por uma s� c�lula) que tem um ciclo evolutivo complexo onde o gato tem papel de perpetuador no meio ambiente.

Como foi claramente exposto na sua mat�ria, o contacto direto com o gato dom�stico n�o � fator de transmiss�o da infec��o uma vez que o gato dom�stico se alimenta de ra��o industrial. O Brasil � um pa�s de elevada endemicidade desta infec��o que em sua maioria n�o � acompanhada de manifesta��es cl�nicas severas. Costuma ser uma infec��o auto-limitada em geral n�o necessitando de tratamento espec�fico uma vez que as drogas dispon�veis podem ter efeitos colaterais consider�veis.

Por outro lado, quando adquirida durante a gravidez pode levar a les�es fetais graves e ocasionalmente irrevers�veis. Infelizmente apesar de estarmos no s�culo XXI e apesar de haver medidas profil�ticas que podem ser tomadas para evitar esta e outras infec��es de transmiss�o materno-fetal, ainda nascem crian�as com toxoplasmose cong�nita, que neste caso, pode levar a altera��es visuais e cognitivas no futuro uma vez que o parasito tem uma predile��o por afetar o tecido cerebral do feto.

N�o li ainda o artigo cient�fico citado na mat�ria, mas estudos epidemiol�gicos devem ser interpretados � luz de condi��es geogr�ficas, ambientais, sociais e acima de tudo metodol�gicas especiais. Para que uma conclus�o de um trabalho seja considerada uma �verdade� deve ser pass�vel de reprodu��o em outros estudos que o referendem.

De qualquer modo, gostaria de lembrar que o que causa altera��o de personalidade � viol�ncia, ignor�ncia, fome e desinforma��o.

Por favor, consultem os profissionais especializados e deixem os pobres gatos em paz." (Elizabeth de Souza Neves, Crm 52-34588/9)
I rest my case.






Fala, Tom!

"Acho que merece tradu��o (em todos os sentidos, do ingl�s e para a linguagem leiga), dos pontos mais importantes do verbete do Manual Merck:

TOXOPLASMOSE

Infec��o causada pelo Toxoplasma gondii causando diversas manifesta��es, desde �nguas (incha�o dos g�nglios) benignas a doen�as cerebrais mortais, cegueira e retardo mental.

Levantamentos feitos com exames de sangue revelam que a exposi��o humana � doen�a � comum no mundo todo; 20 a 40% dos adultos saud�veis nos EUA d�o positivo para a doen�a. Os mais vulner�veis ao risco de maior gravidade da doen�a s�o o feto na gesta��o e aqueles com imunodefici�ncias.

Origem da Doen�a e Manifesta��es:

O Toxoplasma � um parasita protozo�rio (como a ameba, a giardia e a mal�ria) de p�ssaros e mam�feros, onde se aloja em cistos nos m�sculos e c�rebro. Eles somente se repoduzem no aparelho digestivo dos gatos; com os ovos passando para as fezes onde permanecem infecciosos por cerca de um ano.

A ingest�o dos ovos provenientes das fezes dos gatos � o mais comum modo de infec��o oral nos EUA. A infec��o tamb�m ocorre comendo carne (que contenha os tais cistos) crua ou sub-cozida, sobretudo: carneiro, porco ou boi. A toxoplasmose tamb�m pode ser transmitida pela placenta, da m�e infectada para o feto. A infec��o tamb�m pode ocorrer em transfus�es sanguineas ou doa��o de �rg�os.

Preven��o:

A infec��o pode ser evitada n�o ingerindo carne crua ou mal-passada. Lavar rigorosamente as m�os ap�s a manipula��o de carne crua � tamb�m essencial. Deve-se evitar o contato com o solo ou alimento possivelmente contaminado com fezes de gatos.

* * *


Estes s�o os fatos. A tal 'pesquisa' publicada pela BBC me parece uma rematada bobagem.

Fica o ensinamento: LAVAR BEM AS M�OS. Sempre.

Beijos ailur�filos,

BTW: periquitos transmitem psitacose. Existe uma extensa e conhecida lista de Zoonoses, doen�as transmitidas por animais DOENTES (e alguns chamados 'portadores s�os'). N�o � por isso que devemos condenar os animais.

Como em tudo em sa�de, HIGIENE � sempre a regra de ouro. Basta lavar bem as m�os e outros cuidadinhos b�sicos. " (Tom Taborda)







Hoje!

Andr� Machado no Vida Digital

Hoje o Vida Digital, nosso costumeiro papo das quintas-feiras, vai ao ar com o Andr� Machado. Ele e o engenheiro Marcos Tadeu Vidal, professor de engenharia de telecomunica��es e diretor da consultoria de seguran�a em TI V2R, v�o falar sobre software livre e seguran�a, dois temas muito legais a respeito dos quais ele manda incrivelmente bem.

N�o percam!

Voc�s sabem, n�? No lounge do Rio Design Barra, �s 20hs.






Gugu viu o gato

Nem a BBC escapa da epidemia de falsifica��o da not�cia


Na segunda-feira, o assunto do dia ainda era o programa do Gugu. Que se discuta a suspens�o, eu entendo; mas que algu�m tenha se surpreendido com a reportagem falsificada, sinceramente, escapa � minha compreens�o. Houve, em algum momento, alguma coisa que n�o fosse falsa naquele programa � a come�ar pelo falsificador? Al�m dos telejornais (e, ainda assim, com ressalvas) h� alguma coisa verdadeira na televis�o brasileira?

Se h�, ainda n�o vi � n�o tive essa sorte. S� vejo uma programa��o cada vez mais apelativa, sem qualquer compromisso com a realidade. A falsifica��o n�o � uma exce��o. � a sua linguagem preferencial, o idioma natural dos seus personagens grotescos.

* * *


Mas n�o � s� na televis�o, e n�o � s� aqui.

Na pr�pria segunda-feira, o site da BBC Brasil trazia not�cia veiculada como s�ria. Um amigo me mandou, apreensivo: �Parasita de gato altera personalidade de humanos, diz pesquisa�. N�o tenho a menor confian�a em manchetes que terminam com as palavras �diz pesquisa� � pois, em geral, n�o tenho a menor confian�a em 99% das pesquisas. Para ficar apenas num fato da mem�ria recente, basta lembrar aquela que o Tony Blair apresentou � ONU, para provar que o Iraque estava at� os dentes com armas de destrui��o em massa.

Guardei o e-mail dos gatos para ler depois. Mas, em menos de duas horas, 19 pessoas me enviaram links para a BBC. A coisa assumia propor��es alarmantes. Fui checar:

�Cientistas est�o responsabilizando os gatos por infectar metade da popula��o da Gr�-Bretanha com um parasita que pode alterar a personalidade das pessoas. Os dados emergem de pesquisas de universidades brit�nicas, tchecas e americanas, feitas em torno do Toxoplasma gondii, um protozo�rio que existe em quase toda a popula��o de felinos.�

Depois dessas 50 palavras, s� me ocorreu uma 51�, inglesa, para casos assim: Bullshit ! Como sabe qualquer pessoa com um m�nimo de interesse por gatos, s� carregam este protozo�rio gatos que se alimentam de ratos. N�o h� hip�tese de um gato de apartamento transmitir toxoplasmose. Ent�o, �quase toda a popula��o de felinos� onde, cara-p�lida? Pode ir tirando a minha Fam�lia Gato da�.

�Os homens infectados, segundo o estudo, tendem a ser mais agressivos, anti-sociais e menos atraentes. As mulheres, por outro lado, se tornam mais desej�veis e divertidas, mas menos confi�veis e possivelmente mais prom�scuas.�

O �achado� est� levando os cientistas a associar a contamina��o end�mica da popula��o de gatos com a cultura de um pa�s � cientistas n�o perdem uma oportunidade de cientificar. A Fran�a, por exemplo, tem mais gatos infectados do que a Gr�-Bretanha, �o que explicaria as mulheres francesas serem consideradas mais sensuais do que as brit�nicas.�

Quer dizer: a atra��o irresist�vel da Camila Parker-Bowles, de quem o pr�ncipe Charles queria ser o Tampax, e por quem jogou tudo para o alto, inclusive a princesa Diana, provavelmente vem de um casal de siameses clandestinos que ela mant�m em cativeiro.

* * *


Mas, olha a�, o estudo n�o foi feito por �universidades brit�nicas, tchecas e americanas�, mas apenas por pesquisadores da universidade Charles, de Praga, que aplicaram question�rios a 857 recrutas tchecos.

Qualquer pesquisa de comportamento geral que se baseie num grupo t�o espec�ficamente... uh, question�vel... nem deve ser questionada. Mas os �cientistas� pesquisadores conseguiram descobrir que, entre esses recrutas, os que eram sorologicamente-positivos � toxoplasmose eram menos criativos e impulsivos, e tinham um QI mais baixo, ora vejam s�.

* * *


O �estudo� n�o passa de uma pensata cheia de termos cient�ficos, n�o chega a conclus�o alguma e � palmas para os pesquisadores tchecos � tem mais pontos de interroga��o do que refer�ncias bibliogr�ficas.

Abrindo a possibilidade para que, amanh�, com os mesmos dados, outro grupo de cientistas prove exatamente o contr�rio. Como, por exemplo, que a falsa ci�ncia, amparada pelo mau jornalismo, � capar de fazer com que uma jornalista sensata do outro lado do mundo (eu, who else ?) se sinta obrigada a defender de p�blico a Tati, o Lucas, a Netcat, a Pipoca, a Tutu, o Mosca e a Keaton (na foto).

* * *


Ah, sim � como se pega toxoplasmose? A dra. Heloisa Justen, uma das maiores autoridades brasileiras em gatos, diz que a principal causa da doen�a na Europa, de onde vieram o �estudo� e a reportagem sensacionalista, � comer carne crua. Gatos n�o passam nem perto.

Aqui, sim � � comer hortali�as mal lavadas e ter contato direto com fezes de gatos portadores do toxoplasma gondii. Mas por contato direto leia-se ingerir essas fezes � que, ali�s, devem estar por ali h� pelo menos cinco dias, tempo necess�rio para que a forma infectante dos protozo�rios se manifeste.

Enfim. � s� para n�o continuarmos comendo gato por lebre, o que estamos fazendo desde que a imprensa propriamente dita decaiu, a televis�o assumiu e BBC e Gugu passaram a ser farinha do mesmo saco.

(O Globo, Segundo Caderno, 25.9.2003)






"Viv�ncia cultural te faz melhor jornalista"

O Comunique-se p�s no ar a transcri��o do chat de que eu participei ontem � tarde. Esta � a abertura que eles fizeram:
Blogs, fotologs e o Caso Gugu foram alguns dos temas abordados durante o "Papo na Reda��o" desta quarta-feira (24/09) com Cora R�nai, editora do caderno de Inform�tica e colunista do jornal O Globo. "Acho o blog uma caixa de resson�ncia genial pra gente ouvir os leitores. E os blogs modificam o jornalismo na medida em que os leitores que t�m blogs passam a ser, de certa forma, 'colegas'. As pessoas come�am a buscar as informa��es por nomes de outras pessoas, e n�o por griffes", disse ela, ao responder uma das perguntas dos usu�rios que participaram do chat.

"O papo foi muito bom. O pessoal � simp�tico e encontrei v�rios amigos", comentou Cora.

Para ler o resto, clique aqui.






24.9.03


Chat

Daqui a pouco, �s 15, vou estar no chat do Comunique-se.






Enquanto isso, na Austr�lia...

(Valeu, Z�: � verdade, nem s� de gatos vive a humanidade!)








H� muito tempo eu n�o lia nada t�o estapaf�rdio quanto a mat�ria da BBC BR sobre gatos: Parasita de gato altera personalidade de humanos, diz pesquisa. Uma luz vermelha acendeu na minha cabe�a assim que algu�m me mandou o link; como o Cesar, eu tamb�m pensei: "L� vem boimate!"

O boimate, voc�s lembram? foi uma pegadinha de Primeiro de Abril em que a Veja caiu legal: um cruzamento de boi com tomate, excelente para molho � bolonhesa.

Mas, estranhamente, a BBC BR d� a not�cia como coisa s�ria. Fui clicando em marcha-r� para ver se a hist�ria estava mesmo na p�gina da BBC, ou se seria um hoax plantado num lugar diferente; o pior � que est� l� sim, com chamadas em todas as outras p�ginas.

Seria uma tradu��o equivocada? Fui ao site da BBC UK, na Inglaterra, em busca do original. L�, por�m, n�o consegui encontrar nada a respeito do assunto. Pode ser que eu n�o tenha procurado direito, mas juro que revirei tudo com gosto e... neca! Bom, como costuma dizer o Marcito, o que s� existe no Brasil e n�o � jabuticaba, � besteira.

E, dessa vez, besteira da grossa. Vejam o primeiro par�grafo:
"Os dados emergem de pesquisas de universidades brit�nicas, tchecas e americanas feitas em torno do Toxoplasma gondii, um protozo�rio que existe em quase toda a popula��o de felinos."

Numa �nica frase, duas falhas grav�ssimas. Para come�o de conversa, s� carregam o toxoplasma gondii gatos que se alimentam de ratos e que tenham, por acaso, comido um rato infectado. Gatos de apartamento est�o totalmente fora dessa. Ent�o, "quase toda a popula��o de felinos" onde, cara p�lida?!

Depois, as tais pesquisas n�o foram feitas em "universidades brit�nicas, tchecas e americanas", mas apenas na Universidade Charles, de Praga. E t�m muito pouco a ver com o que est� na "reportagem". O estudo tenta retomar uma velh�ssima -- e j� descartada -- teoria que liga a esquizofrenia � toxoplasmose.

(Acho que toda vez que algum "cientista" est� sem assunto, desencava uma teoria aposentada, d�-lhe uma espanada b�sica e um banho de loja, e liga para um "jornalista" sem desconfi�metro.)

Acontece que a esquizofrenia � das doen�as mais regulares do planeta. Ela afeta 1% da popula��o em qualquer popula��o, em qualquer parte do mundo. �, ali�s, uma doen�a fascinante, do ponto de vista de estudos sociais. Poucas se prestam a tantas conclus�es erradas e tantas demonstra��es de preconceito; mas isso � outra hist�ria.

Conversem com um especialista em doen�as infecciosas, e voc�s ver�o que essa regularidade, esse 1% afetado, em qualquer hemisf�rio ou quadrante, est� muito longe de ser o padr�o de uma doen�a infecciosa. Portanto, algu�m que ainda esteja batendo nessa tecla est�, pelo menos, desatualizado.

O estudo, pelo que eu pude ver -- e ao contr�rio do que d� a entender a BBC -- n�o tem nenhuma pretens�o de revolucionar o mundo. � s� uma pensata. E ruim. O fato de algu�m ser "cientista" ou "pesquisador" n�o faz desse algu�m, automaticamente, uma pessoa inteligente e s�ria. Ou bem intencionada.

Al�m disso, um "pesquisador" ou "cientista" pode escrever sobre o que bem entender. O que n�o pode � um jornalista, numa rede supostamente s�ria como a BBC, "comprar" a primeira teoria idiota que encontra pela frente, transformar perguntas em afirma��es e, de quebra, usar "quase toda a popula��o de felinos" como bode expiat�rio.

Os gatos j� s�o v�timas de preconceitos demais para que se fa�a isso com eles! Quem acompanha este blog j� leu, aqui, uma s�rie de hist�rias de horror; elas s�o a ponta do iceberg da desumanidade para com esses bichinhos.

Para mim, essa cretinice da BBC n�o � apenas uma mat�ria sensacionalista e mal apurada; � um verdadeiro crime.

Eu volto ao assunto na quinta-feira, l� no jornal.








23.9.03








N�o deixem de clicar sobre as fotos: elas levam ao trabalho do Fernando Lopes, um carioca que eu "descobri" l� no Fotolog e que est� fazendo um trabalho sensacional na Holanda.

Webcam no celular!

Um dos grandes desafios das operadoras de telefonia m�vel � convencer os usu�rios a fazerem mais do que apenas falar. Afinal, hoje h� aparelhos que s�o verdadeiros computadores � e uma mina de ouro em potencial a ser explorada em servi�os como mensagens multim�dia, games e chats. Na semana passada, a Vivo apresentou algo in�dito: v�deos, j� dispon�veis para quem tenha os telefones LG Life, Motorola T720, Samsung Twist e Toshiba Audiovox. S�o trailers de longa-metragens, video clips, filminhos sobre carros e os er�ticos de sempre.

� divertido rodar um v�deo no celular, e muita gente vai experimentar � nem que seja para descobrir que as telinhas pequenas n�o chegam a dar uma dimens�o empolgante �s imagens em movimento. Mas h� um trunfo sensacional entre as cartas da Vivo: a possibilidade de se conectar webcams a partir dos celulares. Qualquer webcam, daquelas que nos mostram a quantas anda (ou n�o) o tr�nsito �s que tanta gente j� tem em casa, em cima do micro. Imaginem: conferir, pelo telefone, se as crian�as est�o dormindo, se os gatos est�o aprontando, se est� tudo direitinho na loja...

Os novos servi�os s�o pagos por assinatura mensal (R$ 9,90) mais Kilobytes �consumidos� (a partir de R$ 0,04 por Kb em regi�es 1XRTT � por enquanto, Rio e SP � e custo de uma liga��o normal nas demais).

* * *


Para quem n�o ag�enta mais celular, um consolo: j� existe um concurso de arremesso de telefone. Ele se realiza na Finl�ndia (terra da Nokia, onde todo mundo tem celular) e aumenta em popularidade a cada ano.

Vida Digital


Essa semana, � a vez do Andr� Machado: nosso intr�pido rep�rter e o engenheiro Marcos Tadeu Vidal, professor de engenharia de telecomunica��es e diretor da consultoria de seguran�a em TI V2R, v�o falar sobre software livre e seguran�a no pr�ximo encontro no Rio Design Barra. Quinta-feira, dia 25, �s 20hs.

Fotolog: Gato Zeca


Zeca, gatinho de Fernando Lopes � um extraordin�rio artista gr�fico brasileiro que vive em Maastricht, Holanda � quase nunca aparece no fotolog que leva seu nome. Em www.fotolog.net/gato_ zeca.


(O Globo, Info etc., 21.9.2003)





22.9.03




(Valeu, S�nia!)






Budapeste by Bia







N�o comerei da alface a verde p�tala

Vin�cius de Moraes


N�o comerei da alface a verde p�tala
Nem da cenoura as h�stias desbotadas
Deixarei as pastagens �s manadas
E a quem mais aprouver fazer dieta.

Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas p�ras e ma��s, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.

N�o nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omn�voro; d�em-me feij�o com arroz

E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei, feliz, do cora��o
De ter vivido sem comer em v�o.

(Los Angeles, 1947)

:::::

Eu adoro esse soneto!!! Tenho total identifica��o com ele -- embora, verdade se diga, melhor seria me desidentificar, e come�ar logo o regime.

Peguei na p�gina do poetinha, que cont�m tudo o que ele escreveu: todos os livros, textos esparsos, cr�ticas, letras de m�sica... enfim, tudo! A libera��o da obra de Vin�cius de Moraes na internet � uma linda iniciativa da fam�lia, que caprichou na homenagem.

Ali�s, ta� fam�lia pioneira em termos digitais!

Lembro que, h� alguns anos, quando fazer p�gina na internet ainda n�o era coisa comum, uns f�s mantinham um saite bem bonito, cheio de poemas e letras de m�sica. Pois n�o � que a fam�lia foi l� e mandou tirar do ar, criando o primeiro grande caso de direitos autorais online?!

Daquela vez, fiquei totalmente contra a decis�o. P�gina de f� � o que h� de carinhoso e bonito; e, como a gente sabe, n�o � por estar na internet que um texto vai vender ou deixar de vender.

Agora, �bvio, estou encantada, at� porque o saite est� muito, muito bem feito. � bonito, a navega��o � f�cil e, maravilha das maravilhas, o e-leitor ainda pode criar a sua pr�pria antologia pessoal do poeta mais querido do Brasil -- e mandar o link para os amigos!

Present�o esse, hein?!

Corram l�...

Update: N�o deixem de ler o que o Mahna Mahna (DBTH) escreveu sobre o assunto! Ele fala daquela primeira p�gina sobre o V�nicius, que foi tirada do ar, e se lembra do nome da autora, que eu -- confesso -- j� tinha esquecido: Micheline Barroso.

Obrigada pela indica��o, Z� Carlos!





21.9.03


Drops

Quem n�o l� a Fal n�o sabe o que est� perdendo.








A Bia est� de volta da viagem! :-)





20.9.03


Dois anos de Sub-Rosa!

Parab�ns, querida Meg!

Que venham ainda muitos 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + ... e assim por diante.

Como eu j� escrevi uma vez, a Meg � uma esp�cie de fada-madrinha da blogosfera BR. Est� sempre atenta a todos os blogs, comenta aqui e ali, apresenta um ao outro, avisa anivers�rios e datas especiais, d� uns toques.

Se n�o fosse por ela, a gente n�o estava se divertindo tanto por aqui: afinal, para que uma festa v� bem � preciso que algu�m esteja prestando aten��o nos convidados e vendo se est� todo mundo sendo atendido.

Pois ela tem sido essa pessoa. Gra�as a ela, nos �ltimos dois anos n�o faltou cerveja na nossa geladeira metaf�rica.

Valeu, Meg!








� lindo o amor...

Como um ou dois de voc�s j� devem ter reparado, a vossa escriba anda meio enrolada ultimamente. Tenho a impress�o de que 24 horas n�o bastam mais para tudo o que eu preciso (ou quero) fazer. Nisso algumas atividades t�m sido muito prejudicadas, especialmente cuidar da mailbox, ler e curtir os blogs amigos. De modo que me passou despercebido um fato importante: o casamento dos blogs do Mario AV e da Adriana.

Os dois agora atendem no mesmo endere�o; os posts entram por ordem de chegada, ora de um, ora de outro. Conhe�o alguns casais que mant�m blogs juntos, mas eles (os blogs) nasceram assim. Que eu saiba, esta � a primeira vez que dois blogs se juntam, de mala, cuia e escova de dente.

Felicidades, meninos! Parab�ns pros blogs!

Detalhe: N�o deixem de espiar ali pelos quadradinhos brancos. H� coisas interessantes escondidas por l�.






Cuidado: mais um worm!

A Well, meu anciente provedor l� em S�o Francisco, mandou email para todo mundo avisando que h� uma nova praga entupindo os sistemas de correio eletr�nico: um worm disfar�ado em patch de seguran�a da Microsoft.

Dizem eles:
"Este worm se disfar�a em patch de seguran�a da Microsoft e parece bastante aut�ntico. Se voc� usa PC e receber um email da Microft instruindo-o a instalar o "September, 2003, Cumulative Patch", N�O ABRA O ANEXO. Este � o worm mais recente a atacar os sistemas Microsoft."

A Symantec tem um bom link para o caso; e AQUI h� uma reprodu��o da falsa mensagem.





19.9.03


Not�cia triste

Nossa amiga Magaly, que tantos de voc�s conhecem dos coment�rios, est� passando por um momento muito dif�cil: perdeu o filho mais velho, Est�v�o, num acidente rodovi�rio.

A not�cia est� no Eu pensando.

Eu sei que nada pode amenizar o que ela est� sentindo, mas acho que abra�os virtuais certamente n�o lhe far�o mal.








Ufa!

Demorou, mas at� que enfim a Time Warner tirou aquele rid�culo AOL do nome. Acho que o que aconteceu com a companhia foi a mesma coisa que acontece com mulheres que fazem maus casamentos e mudam de nome: passam anos carregando a lembran�a do mau passo na carteira de identidade.

N�o que a Time Warner seja uma flor de empresa, pelo contr�rio. Ela se porta t�o mal quanto outra qualquer e, na minha opini�o, a Time, sua principal publica��o, h� tempos deixou de ser leg�vel e/ou confi�vel. Mas devemos � Warner Bros. lindos filmes que encantaram algumas horas das nossas vidas.

Ela n�o merecia ser sequer mencionada num mesmo par�grafo junto com a AOL, um dos frutos mais azedos da bolha.





18.9.03


Das alegrias de viver com gatos

Patr�cia Eloy, minha colega no Globo e nora do G.G. (Grande Guru) Julio Botelho, mandou um email para os amigos contando uma das melhores hist�rias de gato dos �ltimos tempos. Vejam s�:
"Povo, esque�am todas as hist�rias que voc�s j� ouviram sobre loucuras que gatos fazem. Essa, provavelmente vai bater todas. Pena que eu fui a v�tima.

S�bado passado eu estava de plant�o. Sa� do jornal para jantar com dois casais de amigos e s� chegamos em casa �s duas da manh�. Mal pod�amos esperar para jogar o corpo - ou o resto dele - na cama. Viramos uma papaiz, a outra, viramos a chave da porta, mas ela n�o abria de jeito nenhum. Tentamos v�rias vezes at� percebermos que est�vamos, em plena madrugada, trancados do lado de fora.

O Julinho at� pensou em arrombar a porta, mas isso parece ser bem mais f�cil em filme que na vida real. Continuamos tentando, mas a porta n�o cedia por nada. Num certo momento, percebemos que, na verdade, ela estava presa s� na parte de cima, onde fica um dos dois ferrolhos que o apartamento j� tinha quando o compramos. Mas isso era muito esquisito, afinal, ferrolhos s� podem fechar por dentro e como n�o tinha ningu�m em casa...

Desisitimos de entender a situa��o e resolvemos ir para a casa da minha sogra para dormir. No caminho, por�m, topamos com um carro da pol�cia. Bateu a d�vida: ser� que um ladr�o tinha entrado e trancado a porta por dentro enquanto fazia a limpa?

Resolvemos trazer os policiais at� aqui. Eles tentaram abrir a porta mas n�o conseguiram, e disseram que o caminho era arrombar. �s quase tr�s da manh�, por�m, essa � dificilmente uma hip�tese, porque acordaria o pr�dio inteiro.

Ent�o, quando j� est�vamos indo embora, ouvimos um barulho no ferrolho, meio como se algu�m o estivesse abrindo ou fechando. Mexemos na porta e nada. O ferrolho mexeu de novo. O policial perguntou se n�o tinha mesmo ningu�m em casa. Falei que s� os gatos, mas eram gatos, n�? E gatos n�o fecham portas...

A� lembramos que o m�vel novo que compramos fica na altura desse ferrolho, mas a Nikita (minha gata siamesa) - que � levinha e, ao contr�rio do Felix (um gatinho de rua que adotamos) consegue subir nos m�veis - nunca havia subido ali. At� a� tudo bem. Porque n�o basta subir. Ela teria que girar o ferrolho para nos trancar do lado de fora e que gato ia girar um ferrolho?

Bom, desistimos da porta e das especula��es e fomos para a casa dos meus sogros, mais intrigados que nunca. No dia seguinte, parti para meu segundo plant�o - era domingo - e o Julinho ficou com a ingrata tarefa de dar um jeito da gente entrar em casa. Ele chamou um chaveiro e o marceneiro tamb�m, para tentar arrombar a porta - caso o chaveiro n�o desse jeito - da melhor (se � que h�) maneira poss�vel.

L� pelas tantas ele me liga. Estava em casa. O chaveiro havia feito um buraco na porta e conseguido abrir o ferrolho pelo lado de fora. Ao entrar em casa, l� estava a Nikita, no alto do m�vel, na dire��o do ferrolho, miando para ele.

Ainda assim, era dif�cil acreditar que tinha sido ela a trancar a porta.

Ontem, quando voltei para casa, ela estava em cima do m�vel mais uma vez, de novo miando para quem chegava. Fui trocar de roupa no quarto e quando voltei, l� estava a gata... MEXENDO NO FERROLHO!!!!!!!!!

Algu�m j� ouviu falar em coisa mais absurda que essa??!?!?!?! T� certo que ela abre portas. V�rios gatos fazem isso. J� a flagrei diversas vezes. Mas fechar?! A� j� � demais!!! Ainda bem que a m�quina fotogr�fica estava por perto e consegui registrar para a hist�ria que a louca � ela, n�o eu..." (Patr�cia Eloy)
N�o � o m�ximo, a Nikita? Cats realmente rule!






Hoje!

Elis & Blogs no Vida Digital

Hoje o Vida Digital, nosso costumeiro papo das quintas-feiras, vai ao ar com a Elis Monteiro, contando tudo sobre blogs.

N�o percam! Voc�s sabem, n�? No lounge do Rio Design Barra, �s 20hs.








Desculpem, dei uma sumidinha ontem porque tive que ir a S�o Paulo: foi um dia interessante, mas muuuuuito comprido. Postei algumas fotos no Fotolog.

Em tempo -- a foto acima foi feita com uma Kodak Easy Share LS 633, que est� passando um tempinho comigo.














Falando em imagens

Nas pequenas fotos feitas em celulares e palms,
pode estar o come�o de uma nova est�tica



Quando mandei as fotos dessa p�gina para o tratamento � que � o setor da fotografia respons�vel por transferir imagens para o sistema do jornal � fui informada de que elas n�o tinham resolu��o suficiente para publica��o. Pedi aos colegas que as aceitassem assim mesmo. Mas � por causa dessa falta de defini��o que, em vez de uma �nica foto, como de costume, voc�s est�o vendo quatro.

Acontece que elas n�o foram feitas para publica��o. Na verdade, sequer foram feitas por m�quinas fotogr�ficas, na acep��o tradicional do termo e do objeto: foram capturadas por c�meras embutidas em celulares e micrinhos de m�o, e destinam-se, basicamente, � exibi��o em computadores.

Em suma, n�o s�o �fotografias� como hoje entendemos as fotografias, mas imagens de cunho informativo. Uma esp�cie de �al�!� visual, em que o importante n�o � tanto acertar o foco � at� porque, nelas, isso � uma aut�ntica loteria � mas sim transmitir um clima, um jeito, um sorriso.

* * *


Convivo com essas pequenas imagens prec�rias h� dois anos, desde que passei a usar um palm com c�mera. Na �poca, por�m, a tecnologia ainda estava muito crua. As figurinhas tinham distor��es demais e tamanho de menos, de modo que, passado um primeiro momento de entusiasmo, a c�mera ficou relegada a eventuais �anota��es� de trabalho e a um papel paradoxalmente ir�nico: fazer demonstra��es dos prod�gios do mundo digital.

De uns meses para c�, por�m, t�m chegado ao mercado palms e telefones capazes de produzir imagens bastante razo�veis. O deslumbramento tecnol�gico deu lugar a um conv�vio mais intenso que trouxe, consigo, uma s�rie de sentimentos conflitantes.

Quando consegui a imagem do saleiro, por exemplo (l� em cima, � direita), fiquei exultante � e, logo em seguida, muito frustrada, por n�o ter tido a id�ia de faz�-la com uma m�quina fotogr�fica �de verdade�.

Tremenda injusti�a: se n�o fosse o Palm ao alcance da m�o, eu n�o teria conseguido era imagem alguma! Naquele momento, a c�mera �de verdade� estava em seguran�a, a quil�metros de dist�ncia, no quarto do hotel.

* * *


Minha primeira rea��o a essas imagenzinhas foi � como, acho, a de todo mundo que leva fotografia a s�rio � desprezo. Elas est�o longe de impressionar. N�o podem ser ampliadas, s� funcionam bem em condi��es �timas de luminosidade, desandam � menor contrariedade.

O dia mal clareando na minha janela, que a maioria das m�quinas fotogr�ficas, digitais ou n�o, teria interpretado sem dificuldade, foi um desafio enorme para o telefone. Mas gra�as a essa imagem, que ficou at� bonita com sua falta de defini��o, suas cores estranhas e seu foco para l� de question�vel, fiz as pazes definitivas com essas c�meras.

O fato � que estamos diante de uma nova est�tica. N�o podemos comparar o que elas fazem com o que fazem Leicas e Nikons; nem, ao menos, com o que faziam as xeretas da nossa inf�ncia, at� porque as usamos em circunst�ncias muito diferentes. N�o � por a�.

Estamos assistindo ao nascimento de uma nova linguagem visual, que vai se desenvolver como forma e conte�do ao correr das milhares de fotos que ser�o enviadas de celular para celular, de PDA para computador, de computador para celular, numa ciranda limitada apenas pela capacidade de armazenagem e pelo tamanho da conta.

A resist�ncia � natural. � dif�cil adotar, sem reservas, um novo paradigma; � dif�cil deixar de comparar. E � dif�cil, tamb�m, reconhecer valor est�tico em algo t�o simples, que n�o requer qualquer esfor�o ou estudo. Quanto tempo a Alta Fotografia levou para aceitar as polaroids como algo mais do que subproduto das manifesta��es afetivas da classe m�dia?

* * *


H� pouco tempo, quando as c�meras digitais se popularizaram, assistimos a um fen�meno semelhante: v�rios �defeitos� das fotos digitais acabaram incorporados �s nossas refer�ncias est�ticas.

O registro do movimento, por exemplo, dif�cil de evitar em situa��es de pouca luz, passou a ser n�o s� universalmente aceito, como, at�, desej�vel em certas circunst�ncias. J� vi fotos de moda, feitas com todo o rigor da t�cnica tradicional, retomando essa velocidade do gesto em filme. E fotos que h� pouqu�ssimo tempo seriam rejeitadas em jornais e revistas hoje s�o n�o s� aceitas, como alta e devidamente apreciadas.

* * *


Preparem-se, pois. Vem a� uma enxurrada de pequenas fotos, brotando de aparelhos que, entre outras coisas, servem at� de telefone. N�o as desprezem. A forma pela qual nos comunicamos n�o est� mudando, apenas sendo ampliada.

O olho � naturalmente inteligente; com o tempo, pode tornar-se generoso e criativo. Depois de passear por algumas centenas de imagenzinhas dessas, ele vai descobrir, para al�m do recado, seu eventual humor e sua beleza.


(O Globo, Segundo Caderno, 18.9.2003)





16.9.03


Golpe ultra baixo!!!

A Verisign seq�estrou todos os endere�os n�o-registrados da internet!!! Teclem qualquer bobagem .com ou .net (tipo dafgsjd.com ou hfjgkhl.net, por exemplo, ou simples erros de digita��o, como crronaiii.com) e vejam onde vai dar.

Fui ao slashdot, mas ainda n�o h� nada sobre isso l�. injusti�a, h� sim: AQUI.

Como diz um amigo meu, t� bege.

Pronto: o M�rio Jorge j� me mandou uma not�cia sobre o caso! Leiam aqui.

O pior � que nem posso me indignar suficientemente agora; estou atolad�ssima, escrevendo a coluna de quinta-feira.

� mundo.

Ah, sim: As minhas configura��es continuam sumidas aqui no jornal. Entre outras coisas estou sem Javascript, portanto sem acesso �s caixas de coment�rios. Se parecer que eu estou surda, n�o reparem: estou mesmo.






Ele voltou! :-D

E est� comemorando o anivers�rio: s�o dois anos de divers�o, surpresas, dicas e, sobretudo, talento e compet�ncia.

Parab�ns, PULSO �NICO!







A gatinha do Galessa!

H� coisa de duas semanas escrevi sobre a cole��o maravilhosa de pl�sticos antigos do Gerson Lessa, o Galessa. Eu falava especialmente a respeito de uma gatinha de celul�ide italiana, dos anos 40.

Pois acabo de receber de presente da Helena (aka Helenbar) essa foto da ocasi�o, com este arzinho retr� impec�vel, perfeito para combinar com aquele lindo museu particular.

Adorei tudo. O dia, os objetos velhos, os novos amigos. E agora, a foto.

Helena, querida: valeu!






Mais estranho ainda!

Veio por email, e � muito louco...

Fique onde est�, isto �: sentado na cadeira. Levante o p� direito e comece a fazer movimentos circulares no sentido hor�rio.

Enquanto fica fazendo o movimento com o p�, tente escrever o n�mero 6 no ar com a m�o direita.

Seu p� automaticamente mudar� o sentido do movimento.






Mutio estharno...

"De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, n�o ipomtra em qaul
odrem as lrteas de uma plravaa et�so, a �ncia csioa iprotmatne � que a
piremria e �tmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol
b�guana que vco� pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso � poqrue n�s n�o lmeos
cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Vdaerde!" (Recebi do Pulao Anofso)


Update: Tou vindo com o milho, mas o Raphael j� est� voltando com o fub�! Acabo de ver que ele postou isso no s�bado... :-)








Huahauahuahaua! ou:

Dos coment�rios

"Os coment�rios deste post est�o uma babel�nia, uma torre de babette: sou a favor de "cats=_blank" para que a gente n�o coce a barriga do targetinho que nos adotou. Em todo caso, a nova janela felina vai cobrar por hora e n�o mais por quilometragem. Um absurdo, catzo." (Cesar Valente)





15.9.03


Gatos e gente

Minha amiga Danuza �, agora, a feliz funcion�ria de dois gatos, Haroldo e Dinorah. Est� -- claro -- apixonada pelos quadrupinhos. Vejam que interessante o que escreveu ontem na Folha:
"Nunca pensei que os gateiros fossem t�o unidos; recebi muitos, muitos, mas muitos e-mails, e como n�o d� para responder, tantos eles s�o, vai daqui um beijo meu, de Haroldo e de Dinorah.

Fiquei surpresa, sobretudo, com um pensamento comum aos que amam os gatos: s�o todos a favor da ado��o de um gatinho desamparado, e segundo os entendidos, a escolha deve ser determinada n�o pela apar�ncia f�sica, mas pela compatibilidade; afinal, estamos falando de um parceiro afetuoso com quem se pretende partilhar o resto da vida.

A partir da�, comecei a conversar com pessoas n�o necessariamente gateiras, para entender esse amor desmesurado, e fui aprendendo muitas coisas.

N�s -humanos ou n�o- precisamos de carinho, n�o s� de receber, como tamb�m de dar. Mas aquela liberdade de poder abra�ar, beijar cada dedinho do p�, o cangote, olhar nos olhos e dizer "eu te adoro, voc� � minha paix�o", sacudindo as duas m�ozinhas, s� se pode fazer com os beb�s. As crian�as crescem, v�o ficando mais arredias, e por mais que um filho adolescente nos ame, dificilmente vai se aconchegar nos nossos bra�os para ver um filme na TV, ou ficar quietinho enquanto a gente l� um livro ou fala bobagens fazendo um cafun� ou brincando com os pelinhos do seu bra�o. E quanto mais eles crescem, pior �.

Dizem os conhecedores da esp�cie humana que isso tem a ver com o in�cio da sexualidade, mas penso que tem a ver tamb�m com nossa cultura, que � tirana: adultos s� podem se derreter com crian�as muito pequenas. A partir do momento em que come�am a crescer, os pais, pensando na disciplina e no respeito, perdem a espontaneidade e a liberdade de botar a crian�a no colo e dizer, despudoradamente, o quanto a ama; e alguma crian�a j� crescidinha vai deixar? Um certo distanciamento f�sico come�a a permear as rela��es, e quando a gente quer segur�-la, na maioria das vezes, elas fogem.

N�o existe maior comunica��o entre as pessoas do que por meio do contato da pele. S� assim podemos sentir ou passar, de verdade, a dor, a amizade, a paix�o. H� quem diga que n�s, seres humanos, precisar�amos dar (e receber) quatro abra�os por dia; aquele abra�o bom, apertado, caloroso, verdadeiro, n�o obrigatoriamente de amor. Quantos voc� deu hoje? Pior: h� quanto tempo voc� n�o d� e n�o recebe nenhum?

Os adultos apaixonados tamb�m n�o se sentem livres para ficar tocando o ser amado, passando a m�o na perna ou brincando com a pontinha da orelha. Talvez por medo de demonstrar demais seu afeto, talvez porque o outro n�o goste, o fato � que a aproxima��o f�sica s� come�a, praticamente, na pr�-cama (e depois muitos dormem ou se comportam como se estivessem num escrit�rio, o que deveria ser punido com fuzilamento sum�rio). Quem voc� conhece que fica passando os dedos durante horas, de leve, na m�o da namorada? E o medo de parecer rid�culo, de ela pensar que a parada est� ganha, do pavor do que os outros possam achar? E o pior: de se mostrar apaixonado, que a maioria prefere evitar?

� por essa necessidade de dar e receber carinho que muitas pessoas elegem um gatinho para poderem co�ar a cabe�a e a barriguinha durante horas e dizer v�rias vezes seguidas "eu te amo de paix�o", sem se achar rid�culo (de prefer�ncia, sem ningu�m por perto). Eles s�o tudo que se pode querer, mas vamos reconhecer que s�o abusados: costumam usar nossa m�o como travesseiro e ficam dormindo de pernas para o ar, enquanto n�s, babacas apaixonados, n�o nos movemos para n�o perturbar o sono deles. E folgados: se estiverem brincando e a gente chamar, n�o est�o nem a� (mas a gente os ama assim mesmo).

O escultor Giacometti disse uma vez que, entre salvar a vida de um s� gato ou todas as obras de arte do mundo inteiro, ele salvaria a vida do gato.

Eu espero nunca ter que fazer essa escolha. (Danuza Le�o)







Dan�ando com golfinhos: imperd�vel!








Sempre uma surpresa...

Acabo de descobrir que o Lucas adora damasco.

Update: Pronto, ta� uma foto dele...






Jorma Olilla: o poder da imagem

Jorma Olilla, o legend�rio CEO da Nokia, passou pelo Brasil na semana passada. Falou com pol�ticos e empres�rios, naturalmente, mas reservou espa�o na agenda para uma coletiva em que anunciou a nova estrat�gia da empresa para a America Latina, que pode ser resumida em duas palavras: Vamos nessa!

A regi�o � fundamental para a Nokia - e para a concorr�ncia tamb�m. Afinal, � um dos maiores mercados potenciais do mundo, com apenas 20% de usu�rios de telefonia m�vel. Imagina-se que, em cinco anos, ele possa aumentar 50%, passando para 170 milh�es de assinantes - n�meros inimagin�veis em mercados consolidados como Europa e Estados Unidos, por exemplo.

-- A Nokia estima que mais de 80% do crescimento da base global de usu�rios de telefonia m�vel vir�, ao longo dos
pr�ximos cinco anos, dos mercados emergentes - diz Olilla.

Para que isso aconte�a, por�m, algumas coisas devem acontecer. A principal delas � (preciso dizer?) a diminui��o do custo das telecomunica��es, ainda car�ssima para a maioria da popula��o -- e, ali�s, para a minoria tamb�m. A minha impress�o � que a base da estrat�gia da Nokia � a catequiza��o de operadoras e governos para a cria��o de condi��es mais "amig�veis", digamos assim, para o uso de telefones que transmitem apenas voz - ao contr�rio das
gracinhas t�o cobi�adas que tocam m�sica, tiram fotos e mandam recadinhos. Em suma: aqueles aparelhos b�sicos, t�o importantes para os consumidores sem bala na agulha.

No outro extremo, est� a oferta de unidades cada vez mais irresist�veis. Jorma Olilla -- que carrega no bolso um 3650 -- acha que a imagem j� est� plenamente integrada � comunica��o m�vel. Tanto que -- � exce��o dos modelos b�sicos de voz e dos TDMAs, que n�o suportam mensagens multim�dia -- todos os novos modelos da Nokia v�m com c�meras embutidas. O caminho � esse, sem d�vida: no celular, uma imagem vale mesmo por mil palavras.

Tudo sobre blogs!

Na pr�xima quinta-feira, dia 18, �s 20hs, Elis Monteiro vai estar no "Vida Digital", no Rio Design Barra, explicando como criar e manter um blog. Vale lembrar: a Elis, para quem a conhece apenas daqui, est� por tr�s do excelente "Par Elis", um dos grandes points da blogosfera BR.


Fotolog da semana: Eirasi

H� um grupo de islandeses �timos no Fotolog. S�o todos simp�ticos e �timos fot�grafos: vai ver, � alguma coisa na �gua que bebem. Na semana passada, um deles, o engenheiro e alpinista Einar Ragnar Sigurdsson (Eirasi, para os fotologueiros) capturou um dos mais lindos arco-�ris de todos os tempos, conforme voc�s podem ver a� em cima. Mas vejam mais, indo visit�-lo em <www.fotolog.net/eirasi>.

(O Globo, Info etc., 15.9.2003)






Tchau, Michigan!

Paulinho, Kelyndra e as crian�as est�o se mudando para Austin, Texas. N�o ag�entam passar mais um inverno em Michigan, coisa que, ali�s, � facilmente compreens�vel, considerando-se que s�o uns seis meses de frio e dias cinzas.

A casa est� � venda. Achei legal o an�ncio da imobili�ria, porque permite fazer um tour quase geral, vejam s�. Ali�s, se algu�m estiver pensando em se mudar para l�...





14.9.03


Menores carentes

Gente, por favor, n�o esquentem com as crian�as que t�m aparecido por aqui escrevendo desaforos e palavr�es na �rea de coment�rios! S�o adolescentes com tempo demais e vida de menos: vivem de mesada, n�o l�em, n�o v�o ao cinema, n�o saem, namorada ou namorado, ent�o, nem pensar -- puxa, coitados, � compreens�vel que sejam toscos e "revoltados", n�o? Basta ver que sua m�xima id�ia de divers�o �... pichar blogs!

Ignorem as bobagens deles. Quando eu estiver no computador, passo uma geral nos coment�rios e limpo o que ainda estiver l� -- afinal, agora, este blog tem um CommentOp de primeira! -- e pronto.

No mais, bom domingo... se for poss�vel com este tempinho horroroso:







Johnny Cash

Por causa de toda a turbul�ncia tecnol�gica da semana, acabei sem falar na morte de Johnny Cash, que senti muito. N�o sou particularmente f� de m�sica country mas, para mim, Johnny Cash era mais do que um cantor country; era uma personalidade que n�o sei definir bem, uma esp�cie de Leonard Cohen de Nashville, um rar�ssimo original num mundo de c�pias.

Quem entendeu tudo foi, para variar, o Dapieve: "Os Estados Unidos perderam outra de suas torres, dois anos e um dia depois das g�meas de Nova York".








Tempo, tempo, tempo

Desculpem o sumi�o, mas essa foi uma semana de lascar! Fiquei sem conex�o em casa, em S�o Paulo tive que trabalhar numa daquelas m�quinas que a gente usa na base de cart�es de 30 ou 60 minutos -- que eu ODEIO! -- e, no jornal, um upgrade b�sico da tecnologia detonou todas as minhas configura��es. Passei boa parte do meu tempo livre resolvendo problemas de linha e de m�quina; h� quase tr�s dias n�o abro a mailbox, e estou pensando seriamente em deixar isso pra logo mais, agora que consegui resolver tudo.

S� de pensar d� des�nimo...

Enquanto isso, no front dom�stico, a coisa n�o est� l� muito mais f�cil. Os gatos ainda n�o se conformaram com a aus�ncia da Bia, que viajou pra Budapest no mesmo dia em que eu fui pra S�o Paulo, e est�o completamente neurast�nicos. Gritam uns com os outros, derrubam coisas e se vingam da sorte madrasta de todas as formas poss�veis.

O Lucas, de quem a Bia � funcion�ria, � o que est� reagindo pior. Ontem estava t�o atacado que me mordeu.

* sigh *


Tudo o que eu queria na vida, agora, era o seguinte: um m�s sem fazer nada, nada, nada.

Pra p�r a leitura em dia, ver muito v�deo, ficar espichada na rede. Computador, s� em doses homeop�ticas -- e sem problemas, sem v�rus, sem spam.

Vou ficar querendo, n�; mas sonhar � t�o bom...





13.9.03




Que tal? � uma foto de telefone, feita com um Nokia 7650.





12.9.03


Dos coment�rios

Escreve o Paulo Eduardo Neves, "pai" da fundamental Agenda do Samba & Choro:
"Um s�tio important�ssimo que est� passando por dificuldades com a hospedagem � o Jangada Brasil, a principal refer�ncia sobre folclore brasileiro na Internet. Eles tiveram que substituir todas suas p�ginas por uma "carta aos leitores" onde explicam a situa��o.

Este neg�cio de hospedagem levanta at� uma quest�o mais s�ria: como manter publica��es independentes na Internet sem que o sucesso (e.g., custos de hospedagem) n�o as inviabilizem?

J� passei pelos mesmos problemas l� no Samba-Choro e se n�o fosse um de meus leitores trabalhar na Unisys e me descolar que eles apoiassem o trabalho cedendo a hospedagem, n�o sei o que faria." (Paulo Eduardo Neves)
Helooo-ooo: tem algu�m da Unisys na casa? Do Ig? Do Terra? Do Uol? Da Globo.com? Do iBest? De algum ISP de bom cora��o?

Amigos, vamos ajudar a manter a Jangada flutuando!





11.9.03


Dos coment�rios

Minha querida Cora,
E hoje � dia de comentar coisas da Nokia?
Garanto que voce teria muito mais a dizer e nos fazer pensar muito mais sobre que mundo vamos deixar, se comentasse por exemplo o artigo do Z� Serra de hoje falando sobre os 30 anos daquele golpe rid�culo que colheu a primavera de tanta gente.
Acho que at� a capivara Lindaura hoje vai dormir sem poder curtir um pouco da alma da Cora.
Lhe encontro amanh�, com alma...
Caco

Caco, hoje � -- entre outras coisas -- dia de trabalhar. A parte que me coube nisso foi acordar em S�o Paulo, correr para uma coletiva com o CEO da Nokia, de l� sair disparada pro aeroporto, pegar uma Ponte A�rea, ligar para o jornal para me situar em rela��o ao andamento da edi��o de segunda, fazer uma paradinha r�pida em casa para trocar de roupa e conferir o blog, o fotolog e a mailbox, come�ar a alinhavar a coluna do Info etc. e, dentro em pouco, sair para uma palestra/bate-papo na Barra, a uns 30 quil�metros (e uma hora) da minha casa.

Para escrever sobre acontecimentos como o 11 de setembro (1973 ou 2001) a gente precisa de uma certa paz de esp�rito e, sobretudo, de um tempo que, hoje, voc� h� de convir que eu n�o tive.

A minha alma, por�m, estava no Globo -- pois �, n�o tive como atualizar o blog de ontem para hoje, apesar de ter ficado no business center do hotel at� �s 2 da manh�.

E, ainda que voc� n�o perceba, est� aqui tamb�m.

Falando da Nokia, sim, e brincando com o Partnerzinho que me emprestaram: eu amo tecnologia, e vejo nesses pequenos objetos, al�m de muita divers�o, armas poderosas para que a gente possa se comunicar, possa se fazer ouvir e um dia, quem sabe, viver com mais fraternidade. E compreens�o.








Dois anos depois, os resqu�cios do dia

O 11 de setembro que nos marcou para sempre - e
que, cada vez mais, nos afasta dos Estados Unidos


Onde voc� estava na manh� do dia 11 de setembro? Todos sabemos responder a essa pergunta, como sabemos a qual 11 de setembro ela se refere. Acho que mesmo para os chilenos que ainda sofrem com 1973, 11 de setembro � o de 2001, um dia gravado a ferro e fogo na mem�ria coletiva do mundo ocidental.

Todos n�s nos lembramos exatamente de quando ligamos a televis�o, ou de quando ela fisgou o nosso olhar; todos nos lembramos do choque e da incredulidade, dos telefonemas que demos e que recebemos para nos avisarmos, uns aos outros, do que estava acontecendo, ansiosos por cooptar outras testemunhas, incapazes de assimilar o que v�amos.

Geralmente, as imagens que nos chegam das grandes trag�dias s�o ou os v�deos mal enquadrados e sem resolu��o dos cinegrafistas amadores, ou aquilo que as equipes de reportagem encontram no rescaldo � como os escombros fumegantes do Pent�gono, por exemplo, ou as ru�nas da representa��o da ONU no Iraque: registros perturbadores, mas de algo que j� foi.

Na manh� de Nova York que todos vimos, por�m, estavam as torres recortadas contra o c�u clar�ssimo, o avi�o, a bola de fogo, as nuvens de fuma�a, o colapso: Hist�ria em tempo real. Nunca antes ningu�m assistira ao vivo, pela TV, a um ataque de tal dramaticidade; nunca antes as emissoras precisaram avisar aos espectadores, a intervalos regulares, de que o que estava sendo transmitido n�o era um filme.

Apesar da aud�cia do plano terrorista e da dimens�o das perdas, n�o sei se, sem essas imagens terr�veis, repetidas milhares de vezes, ter�amos ficado, todos, t�o marcados pelo 11 de setembro.

* * *


Houve um tempo em que eu n�o gostava das torres. Sempre que via a silhueta dos pr�dios de Manhattan, fazia um grande esfor�o de imagina��o para elimin�-las da paisagem, reduzindo-a ao que me parecia, ent�o, uma dimens�o mais harmoniosa.

Essa percep��o come�ou a mudar em meados dos anos 90, quando a happy hour do Windows on the World, restaurante no topo de uma das torres, virou point do pessoal de tecnologia. A�, sempre que ia a Nova York � coisa que fazia com freq��ncia naqueles tempos de efervesc�ncia da �bolha� � acabava l�, batendo papo com amigos, de prefer�ncia sentada numa das poltronas viradas para a janela e a vista extraordin�ria, vendo a noite cair sobre a cidade e as luzinhas se acendendo uma a uma, l� embaixo.

Tirei essa foto na �ltima happy hour a que fui, em julho de 2001. Quando o atentado aconteceu, a sensa��o que tive foi a de que havia acabado de sair de l�, t�o frescas as lembran�as.

* * *


Como todo mundo naquele 11 de setembro, eu tamb�m n�o consegui me afastar da televis�o � mas me dividi entre o notici�rio e a internet, onde os blogs (conforme se saberia depois) chegavam � maioridade. Enquanto os servidores dos jornais e dos grandes portais desabavam com a intensidade do tr�fego, os blogs (p�ginas individuais, em geral criadas e mantidas por uma �nica pessoa) transmitiam fatos, algumas fotos e muitos rumores, ecoando a perplexidade geral.

Rel�-los agora, passados dois anos, � uma experi�ncia estranha � se n�o uma viagem no tempo, pelo menos uma viagem �s emo��es extremas daquele instante, preservadas em pontos vagos do ciberespa�o.

A leitura, sobretudo dos que conservaram as �reas de discuss�o e coment�rios, � muito desconcertante. No primeiro momento, o que mais se viu, al�m de choque e pavor, foi �dio, impot�ncia, xenofobia. E, em n�o poucos casos, regozijo. Uma esp�cie de flagrante, nu e cru, das rela��es emocionais entre os Estados Unidos e o resto do mundo.

Com o passar dos dias � e com a humaniza��o da trag�dia, revelada nos pequenos cartazes, nos depoimentos de parentes e, horror!, nas vozes dos mortos nas secret�rias eletr�nicas � o mundo sentiu, se n�o pena, algo bem pr�ximo a isso pelos EUA.

Falando objetivamente � coisa que talvez se possa fazer hoje, ou que talvez n�o se possa fazer nunca � houve um raro momento hist�rico em que o sentimento predominante em rela��o ao pa�s foi de simpatia; um momento ideal para se restaurar a imagem do imp�rio, desgastada pelos motivos habituais, desmoralizada pelo fiasco eleitoral da Fl�rida e ridicularizada a cada apari��o p�blica de George W. Bush.

* * *


N�o seria preciso muito para capitalizar essa onda de solidariedade. Com um m�nimo de sensibilidade diplom�tica, ela teria ido longe, reconfirmada, de forma quase autom�tica, a cada 11 de setembro.

Ao contr�rio, o que se viu � e ainda est� se vendo � foi um dos maiores desastres pol�ticos de todos os tempos. Em menos de dois anos, o pa�s que, at� outro dia, era conhecido como sin�nimo de democracia revelou-se um estado totalit�rio cada vez menos dissimulado, terreno minado para dissidentes e zona de alto risco para os estrangeiros. O destino tur�stico que tanto am�vamos hoje nos repele e causa desconforto e indigna��o.

Ningu�m esperava nada do governo Bush; mas, paradoxalmente, ningu�m esperava tanto.

(O Globo, Segundo Caderno, 11.9.2003)






teste







Postando do Partner, novamente...

S�o Paulo, 11h45. Estou numa coletiva da Nokia, que est� anunciando novos modelos de celulares e estrat�gias operacionais para a Am�rica Latina.

Quem responde �s perguntas � ningu�m menos que Jorma Ollila, o legend�rio CEO da empresa. Esta � a segunda visita dele ao Brasil em 2003 (esteve aqui em fevereiro), o que mostra o interesse da Nokia n�o apenas no Brasil mas, naturalmente, em toda a regi�o da AL, onde celulares s�o usados por apenas pouco mais de 20% da popula��o.

Depois eu conto mais; agora vou pro aeroporto.

(Isso � o m�ximo!!!)





10.9.03




Com uma atra��o especial: os representantes da Nikon v�o levar as novas c�meras digitais pra gente ver e brincar...








Lembram? Pois dizem que est�o voltando a qualquer hora com um novo servi�o musical....

Por enquanto, anima��ezinhas aqui.






A capivara da Lagoa existe!

N�o sei se voc�s sabem, mas rola h� algum tempo, aqui no Rio, o papo de que haveria uma capivara vivendo �s margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Ningu�m tem id�ia de onde ela veio, para onde vai e quais s�o seus planos de vida.

Bom. Eu vivo andando pela Lagoa, e nunca me encontrei com essa capivara. Na verdade, nunca me encontrei com ningu�m que a tivesse visto ao vivo, e j� estava achando que ela era apenas uma lenda urbana quando, ontem, presa num engarrafamento ali em frente ao Vasco, quem � que eu vejo? A capivara!

Ela � linda! Grandona, marrom, do tamanho de um porco e, aparentemente, mansinha: havia v�rias pessoas na �rea, muito curiosas, e ela nem a�, pastando contente.

Claro que esse foi o dia em que eu sa� de casa sem m�quina fotogr�fica...






9.9.03


Djou

Olha s� quem t� voltando!








Outra foto de telefone: essa � uma das flores do canteiro l� em frente de casa. Feita ainda agora.






Em obras

Bom: troquei tirei recoloquei o contador de visitantes. O acesso aos coment�rios parece que est� OK. E descobri porque eu n�o via nada de esquisito acontecendo: porque barro todos os popups, com exce��o de um ou outro caso incontorn�vel -- como a conex�o com o Velox, por exemplo.

� �bvio, n�? mas a gente s� se d� conta de um popup se ele popupar.

Update: O contador que eu achei n�o era de quanta gente est� no site, mas de quantas visitas s�o feitas. E o Edney est� com problemas, os custos de hospedagem est�o na estratosfera.

Eu, sinceramente, acho que o Edney devia ser "adotado" por algum portal, como aconteceu com a Daniela e com o Nelito. N�o s� o blog, ali�s: o pr�prio, que � uma fera e sabe tudo de blog.

�, Terra! Al�, UOL! Globo.com, cad� voc�?!








Tudo bem, eu sei que n�o � a melhor resolu��o do mundo... mas esta foto foi feita, e enviada por email, por um telefone! Mais precisamente, um Nokia 7650.






Houston, we have a problem!

Muitas pessoas se queixaram ontem de coisas estranhas acontecendo aqui no blog. V�rias n�o est�o conseguindo abrir os coment�rios: clicam e recebem um erro de javascript. Outras -- imaginem! -- caem numa p�gina... porn�!

YIKES!

J� pedi socorro ao F�bio S. em rela��o problema de Javascript; por enquanto, tirei uma linha do template, que abria novas janelas para os links. N�o sei se vai resolver, mas como essa foi uma pista que ele me deu assim que instalei o sistema e n�o conseguia resultados de jeito nenhum, � poss�vel que ajude.

Quanto ao site porn�, n�o tenho id�ia do que possa ser o problema! Isso j� aconteceu antes com algum de voc�s? Algu�m tem alguma sugest�o? Se n�o conseguir postar aqui, deixe mensagem no Fotolog, ou por favor me envie um email.

TIA, ou seja: thanks in advance, como dizem na Fran�a...





8.9.03


Um arco-�ris na Isl�ndia

H� um grupo de islandeses �timos no Fotolog. S�o todos simp�ticos e �timos fot�grafos: vai ver que � alguma coisa na �gua que bebem.

Pois ontem um deles, o Eirasi, apareceu com uma foto deslumbrante. T�o bonita, que ficou com pena de deixar pelos 500 pixels do fotolog, e postou em resolu��o maior AQUI -- no que fez muito bem.

N�o deixem de ver, � uma coisa linda!








Fiz uma covardia: subi uma s�rie de fotos da Tatiana Quintella para o Fotolog! O problema � que, assim a n�vel de pessoa, enquanto ser humano, eu tamb�m preciso tirar uns domingos sem fazer nada; a solu��o foi partir para o arquivo.

Por falar em n�o fazer nada: para variar, estou devendo emails a meio mundo.

Desculpe, meio mundo! Prometo que uma hora eu p�ro quieta e respondo tudo.








Mais uma falha de seguran�a by M$

Est� virando rotina: na quarta-feira semana passada, a Microsoft anunciou um enxame de falhas de seguran�a, afetando diversos de seus produtos. A mais grave est� no Visual Basic for Applications, ou VBA, que a maioria dos usu�rios sequer conhece, mas que pode afetar as vers�es 2002, 2000 e 97 do Access, Excel, PowerPoint e Word, e da Works Suite 2002, 2001 e 2000, entre outros. Atrav�s dela, uma pessoa do mal pode fazer mis�ria nas m�quinas atingidas. Se voc� usa Office ou Works v� imediatamente ao site da Microsoft e baixe o remendo (patch) correspondente ao seu caso. Se voc� n�o usa nem Office nem Works, mas tem outros programas M$ instalados, v� ao site tamb�m e d� uma olhada geral: nunca se sabe.

* * *


Ironicamente, a p�gina de abertura da Microsoft no Brasil traz, no alto, uma grande chamada: �Proteja seu PC: tr�s passos para melhorar a seguran�a do seu PC�. A meu ver, o primeiro deles, considerando-se o desempenho da empresa nessa �rea, deveria ser: �N�o use produtos M$�; o segundo, �Use Linux�; e o terceiro, �Mude para Mac�.

* * *


Agora, s�rio: al�m de ter falhas de seguran�a inadmiss�veis em produtos t�o caros, e h� tanto tempo no mercado, a M$ tem feito um p�ssimo servi�o tamb�m na hora de alertar os usu�rios para os riscos que correm.

Assim como n�o hesita em comprar p�ginas de revista e outdoors para fazer propaganda das suas novidades, deveria, tamb�m, comprar espa�os de comunica��o igualmente importantes para fazer com que os alertas chegassem ao m�ximo n�mero de usu�rios poss�vel � em vez de deixar a cargo das publica��es especializadas (que a maioria, ali�s, nem l�) a divulga��o das m�s not�cias. Falha grave no Office, levando-se em conta a quantidade de usu�rios do produto, era para ser anunciada em intervalo do Jornal Nacional. Como fazem os fabricantes de autom�veis com seus recalls.

* * *


Para causar preju�zos ao usu�rio, as falhas anunciadas dependem, em sua maioria, da abertura de documentos mal intencionados. A essa altura, espera-se que ningu�m esteja mais abrindo arquivos anexados de quem n�o conhece � mas usu�rios de Outlook que configuraram o Word como editor de HTML, podem ser afetados ao responder ou passar adiante as mensagens bichadas.

Portanto, mais uma vez: barbas de molho, cautela e download imediato de remendos, OK?

Quer um PC mais seguro? Use Eudora



A Qualcomm acaba de lan�ar a vers�o 6.0 do Eudora, para mim o melhor programa de email de todos os tempos. Ainda n�o fiz o download, mas usar Eudora, em vez de Outlook, �, al�m de tudo, uma garantia de seguran�a: 99% das pragas que chegam via mailbox s�o escritas com o Outlook em mira.

Tenho certeza de que escapei de v�rias infec��es n�o por estar com o antiv�rus em dia, mas por n�o usar Outlook em casa. No jornal a decis�o n�o � minha; todos usamos Outlook. E voc�s n�o imaginam como consigo me entender melhor com a mailbox de casa.

O Eudora pode ser encontrado em www.eudora.com, e � oferecido em tr�s vers�es: light (sem an�ncios e gratuita), patrocinada (com an�ncios, para quem quiser us�-lo gratuitamente com todos os features) e full, sem an�ncios, a U$ 50. Vale!



Fotolog da semana



Agora, toda semana, essa coluna vai apresentar um fotolog diferente. Na estr�ia, um lobinho simp�tico, estrela do projeto Wolf � um dos meus grandes favoritos. Wolf vive na Alemanha, aparece a cada dia numa situa��o diferente e tem admiradores no mundo todo. Em www.fotolog.net/wolf.

(O Globo, Info etc., 8.9.2003)






Emerg�ncia felina! (Rio)






7.9.03


Santo Batman! GATOS!!! =^..^=

Geeeeeeente.... vim pra m�quina agora, e vi mais uma do F�bio S. --- os coment�rios agora t�m n�o apenas smilies, mas... gatinhos!!!

IH�������!!!!



Valeu, F�bio!

ADOREI!







Coment�rios: Falou & Disse!

Irm�os, irm�os, as nossas preces foram atendidas!

J� temos coment�rios!

Pessoas influentes junto aos Deuses rogaram por n�s e trouxeram a interatividade de volta para este blog.

Aleluia!

Aleluia!



(Em outras palavras, o Matusca mandou um email pro F�bio S., a fera que desenvolveu o Falou & Disse, que por sua vez abriu um espacinho legal l� pro internETC. -- e, de quebra, fez um template com logo e tudo pro blog! -- e pronto...)

S� para voc�s terem id�ia do poder do nosso novo sistema de coment�rios: � o Falou & Disse que est� segurando as pontas do Flash Blog, aquele movimento maluco inventado pelo Matusca para derrubar todos os servidores da rede.

Ent�o aproveitem, e soltem o verbo!

Bom domingo para todos, mas em especial para o F�bio S. e para o Matusca, her�is deste epis�dio.





6.9.03


Coment�rios

Hoje � noite, assim que eu tiver um break, o caso estar� resolvido. Aguardem... ;-)

Update: Ainda n�o est� OK, mas em breve estar�. Oremos, irm�os!






Hot�is

Estou fazendo uma s�rie de quartos e banheiros de hotel no Fotolog. Assino embaixo do coment�rio que a Olivinha escreveu nma das fotos:
"Adoro hotel, adoro cama de hotel, adoro cheiro de cama de hotel bom, adoro viajar, adoro avi�o, adoro aeroporto, adoro mala, adoro passaporte carimbado, adoro ouvir outras linguas, adoro taxi para o hotel, adoro hotel..."





5.9.03




Coisa incr�vel: o Paulo Affonso conseguiu tirar essa foto l� no Rio Design Barra no momento exato em que o Abel Alves me fotografava! A foto da foto, pode?!

Ali�s: n�o deixem de ir ao Fotolog. L� -- quando o servidor coopera -- h� espa�o para coment�rios, e rola um papo legal.





4.9.03


Mais um flashblog !

O Matusca, que est� aqui ao meu lado -- ah�! eu conhe�o A M�mia! -- avisa que, logo mais come�a o Terceiro Flashblog BR! � no http://www.anomia.blogspot.com.

Todo mundo l�!

Se esse post n�o estiver bem formatado, liguem n�o: n�s estamos nos conectando da Fiametta, uma pizzaria legal aqui na Barra. Pelo Partner... :-)






Ah, sim...

No Fotolog h� umas fotinhas novas e espa�o para coment�rios funcionando!






Aten��o, galera de Curitiba!

Hoje � noite, lan�amento de Geena, do F�bio Marchioro. F�bio � marido da Nancy, do Taperouge -- "blog m�e" deste aqui. O Taperouge, ali�s, est� fazendo falta.

Mais informa��es na MEG... as usual.










As revela��es do pl�stico


Ele � b�sico, descart�vel e, �s vezes, lindo:
mais ou menos como todos n�s



Quando eu era crian�a, o pl�stico era o �ltimo dos materiais. Ningu�m negava a sua utilidade industrial, mas dentro de casa, tirando meia d�zia de usos aceit�veis (como brinquedos ou cortinas de chuveiro) era - talvez por ser barato - o que havia de mais desprez�vel. Qualquer objeto que existisse em qualquer outro material, de pegadores de roupa em madeira a bot�es em osso ou madrep�rola, era automaticamente melhor.

Este conceito n�o mudou tanto assim de l� para c�. O pl�stico continua sendo sin�nimo de f�til e descart�vel, embora tenha conquistado o seu "espa�o" e n�o seja mais t�o complexado quanto antigamente, quando s� sa�a para a rua disfar�ado de m�rmore ou cer�mica. O que mudou de verdade foi a nossa rela��o com os objetos, atropelada por uma vida cada vez mais utilit�ria e transit�ria. Se nem a fam�lia ou o emprego s�o para sempre, por que logo a cafeteira havia de ser?!

Mudou, todos notam, o pr�prio tempo, que passa mais r�pido at� paras as "novidades". E por causa delas. Mas, de repente, descubro o paradoxo: j� existem objetos de pl�stico suficientemente antigos para despertar a nossa curiosidade, quando n�o admira��o. J� existe uma nostalgia feita de materiais sint�ticos.

* * *


No domingo passado, fui visitar Gerson de Azevedo Lessa, um amigo de Internet que me seduziu com fotos irresist�veis de bijuterias, jarras e bonecas (www.fotolog.net/galessa). Gerson mora numa casa modesta e simp�tica em Niter�i, onde guarda uma comovente cole��o de pl�sticos antigos.

H� de tudo nela, de r�dios dos anos 40 a um pequeno missal de goma-laca, que me ensinou que, no S�culo XIX, j� se faziam pl�sticos, passando por soldadinhos de borracha e netsukes em celul�ide, hoje ecologicamente corretos, mas feitos no Jap�o nos anos 30 para quem n�o podia comprar os de marfim.

O que mais me cativou foram as pulseiras, alegres, despretensiosas e, justamente por isso, deslumbrantes. S�o feitas dos mais diversos materiais, algumas com t�cnicas t�o sofisticadas que, pela m�o de obra, podiam ser (e de certa forma s�o) aut�nticas j�ias. Pensando melhor; muito mais que j�ias. Brinquedos.

O que mais me comoveu, por�m, foi uma boneca gatinha (no sentido quadr�pede da palavra) feita nos anos 40, na It�lia. � de celul�ide, e est� perfeita, com os bigodes cuidadosamente espetados no focinho, um a um, e com o vestidinho em que o enfeite de maior destaque � um camundongo de feltro cinza.

Ela n�o � sequer bonita essa gatinha, na acep��o cl�ssica que se usaria para definir as antigas bonecas de porcelana; � um pouco primitiva como est�tica, e um tanto tosca como execu��o. Esse o seu maior encanto. Ao v�-la, � imposs�vel deixar de pensar na It�lia em guerra, nas atribula��es da popula��o e, no meio disso tudo, ela sendo feita com cuidado, depois manuseada e guardada com carinho, para que o tempo a envelhecesse como um vinho.

Vem a estranheza: do ponto de vista puramente material, o esfor�o, o afeto e o tempo consumidos valem mais do que ela. Mas, aqui, na minha frente, ela (me) vale muito mais do que isso tudo.

Essa �, exatamente, a moral da hist�ria.

* * *


Enquanto cole��es de j�ias ou de obras de arte causam admira��o e fazem pensar em quem criou aquilo tudo, uma cole��o de objetos corriqueiros e singelos toca o cora��o, e faz pensar em quem guardou as coisas, cuidando para que n�o se perdessem. Gente comum, como eu ou voc�, com uma ternura por algo que, para o resto da humanidade, n�o tinha, e n�o tem, a menor import�ncia.

Olhe um objeto antigo de grande valor - � normal que esteja bem preservado. Em todos os tempos as obras de arte sempre foram investimentos, e tratadas como tal. Mas essa pulseirinha de bakelite? Esse conjunto de bot�es e fivelas? A jarra da Goyana?

Uma diferen�a que a gente s� descobre quando v� uma cole��o assim, e se emociona com as quinquilharias que j� foram a vida pr�tica. E que, neste instante, s�o toda a nossa mem�ria.

* * *


Por falar em pequenas j�ias do cotidiano: �Sete Vidas�, de Helo�sa Seixas, � um dos livrinhos mais lindos da temporada! S�o sete contos m�nimos em que todos n�s, que convivemos com gatos, nos reconhecemos. Quem n�o tem essa sorte ter�, pelo menos, o prazer do conv�vio por tabela, atrav�s do olhar de Helo�sa: terno e amoroso, como deve ser o olhar de um b�pede para os animais que lhe d�o a honra da sua companhia.

Nem s� de texto, por�m, se faz este livro. As 63 p�ginas de �Sete Vidas�, ilustradas por Iran do Esp�rito Santo, vem embaladas no projeto gr�fico de Rodrigo Cervi�o Lopez. Fazendo uma analogia com as cole��es, reparem: n�o � t�o dif�cil fazer um livro grande que impressione. Livros que p�ram de p� sozinhos s�o, por defini��o, obras de peso, em todos os sentidos. Dif�cil � chamar a aten��o com um livrinho assim, com sete contos gentis que n�o querem mudar o mundo.

Sorte de �Sete Vidas�, que nasceu na Cosac & Naify. Nenhuma editora faz livros mais bonitos ou mais bem cuidados, mais gostosos de ver e pegar, mais cobi��veis.


(O Globo, Segundo Caderno, 4.09.2003)





3.9.03


*SIGH*

J� deu pra perceber, n�? Este blog est� em cold turkey por aus�ncia de coment�rios.

Esta nota foi escrita no, e est� sendo enviada do Partner. �ta bichinho b�o!





2.9.03





1.9.03


Vaidade pouca � bobagem

Deu na Reuters: as brasileiras s�o as mulheres mais vaidosas do mundo. Apenas um dos dados: 90% delas (quer dizer, de n�s) consideram produtos de beleza essenciais, e n�o sup�rfluos. A m�dia mundial � 77%.

Sinceramente? Acho que essa not�cia me deprime. N�o sei bem por qu�: estou entre os tais 90%, tenho toneladas de produtos de beleza -- em geral n�o resisto nem �s vendedoras nem �s embalagens -- mas fico com a sensa��o de que h� algo mals�o a�.

Provavelmente porque sei que, do lado avesso dessa busca pela beleza, est� um mercado alucinado, que massacra, sem d� nem piedade, a sa�de e a auto-estima das pessoas.








Snifff...

T� um sil�ncio isso aqui, n�?! :-(








Pixelman, um dos bambas interativos do Fotolog, que sempre trabalha em cima de imagens postadas em outros flogs, acabou de fazer isso. Achei lindo!






No comments

Este blog lamenta informar que os coment�rios continuam fora do ar.

Os servidores do YACCS foram consertados, mas como � feriado nos Estados Unidos, provavelmente o servi�o n�o ser� reinstalado antes de amanh� ou, eventualmente, quarta-feira (!).

*sigh*



Como alternativa, os coment�rios do Fotolog est�o abertos, OK?






N�o leu o JB de ontem?

Leia... ;-)








Fiz essa foto com o Palm Zire 71






Caramba!

H� uma atleta entre n�s...!







Sinistra e Helenbar

Singoalla de Oliveira e Helena de Barros, as brasileirinhas que brilham no Fotolog s�o a capa do Info etc. de hoje: duas cariocas engra�adas, bonitas e criativas.

N�o deixem de ler, est� muito bom!






Do engarrafamento para o mundo (e vice-versa)

Noite de quinta-feira: clima brit�nico, chuva torrencial e a colunista que vos tecla presa dentro de um t�xi, num engarrafamento monstro, rumo ao Rio Design Barra. O que teria tudo para ser um momento de completa exaspera��o e profunda infelicidade acabou sendo uma aventura curiosa e reveladora, gra�as a um brinquedinho que me fazia companhia � um Partner, aquele PDA elegante da Gradiente que todos j� vimos em an�ncios de jornais e revistas mas que eu, pelo menos, ainda n�o havia encontrado em pessoa.

Dois dias antes, eu recebera um para teste. Mal e mal o desembrulhara; ele estava na minha bolsa justamente para isso, para que no caminho entre um ponto e outro da minha vida, eu o estudasse, e tentasse descobrir como � viver com um deles.

* * *


Abro um par�nteses aqui para o �bvio: os meus testes, como j� devem ter percebido as pessoas que acompanham este caderno, em geral, e esta coluna, em particular, n�o t�m nada a ver com o approach cient�fico que se encontra nas revistas e sites especializados, que t�m laborat�rios e compara��es rigorosas de desempenho.

O que fa�o � conviver com c�meras, gadgets e o que mais apare�a como um b�pede comum, que s� recorre ao manual em �ltima inst�ncia. Os resultados s�o tendenciosos e parciais, j� que refletem a minha opini�o pessoal � baseada, entre outras coisas, em fatores altamente subjetivos, como a sensa��o do objeto na m�o ou o seu design.

� l�gico, por�m, que o desempenho vem antes de mais nada; se alguma coisa n�o funciona como deve, sequer escrevo a seu respeito. Fecha o par�nteses.

* * *


Ent�o, como ia dizendo, l� est�vamos n�s no t�xi, ele e eu. Confesso que minha primeira rea��o � m�quina, que achei realmente muito bonita e bem acabada, n�o foi de completo agrado, e por um motivo simples: o Partner � um Pocket PC, e eu sou usu�ria de Palm OS. Diversas raz�es me levam a preferir o Palm, da longevidade das baterias sob seu comando � quantidade de programas dispon�veis, passando pelo fato nada irrelevante que, enquanto o Palm OS � um sistema desenvolvido especificamente para m�quinas de m�o, o Pocket PC � uma releitura do Windows.

Acontece, por�m, que o Partner � um misto de PDA e telefone, usando GPRS (uma variante de GSM). Gra�as a isso, pode se conectar � internet. O que est� comigo usa um chip da Oi. Eu j� o havia usado como telefone, no trajeto de casa para o jornal, e ele se portou excepcionalmente bem. Pois no engarrafamento resolvi apelar para a internet.

* * *

Tudo o que eu posso dizer �... YESSSSS!!!

A maquininha e a conex�o da Oi deram um show de bola. Acessei O Globo e o Fotolog, e aproveitei para fazer um post no meu blog avisando ao pessoal que me esperava que estava a caminho.

J� vi prot�tipos fant�sticos de internet m�vel em banda larga em carros adaptados pela Qualcomm (em San Diego) e pela Siemens (em Monte Carlo), mas essas foram demonstra��es em ambientes controlados. Usei umas poucas vezes o wap do meu celular, apenas para comprovar a sua total inutilidade, pelo menos para mim.

O acesso � web pelo Partner, por�m, � web de verdade, conforme a gente conhece. A tela � grandinha, brilhante e leg�vel; a conex�o � r�pida. As p�ginas entram logo e, importante, bastante bem adaptadas pelo browser.

Esta foi a minha primeira experi�ncia pessoal satisfat�ria de internet m�vel. Maravilhosa e viciante.

Vou escrever mais detalhadamente sobre o Partner em breve. Por enquanto, mal nos conhecemos; mas eu fiquei t�o empolgada com essa conex�o m�vel que quis contar logo a voc�s.

O inferno astral das caixas de correio

Esta foi uma das semanas mais infernais de todos os tempos para as caixas de correio eletr�nico. Depois do MSBlast, veio o Sobig e, na seq��ncia, a onda desastrada das boas inten��es. Em casa escapei de quase tudo, mas o jornal foi atingido em cheio pelo Sobig. Resultado: s� na minha mailbox foram mais de tr�s mil mensagens dizendo �Thank you�, �Your details�, �I like this!� e assim por diante.

Na sexta, quando achei que o pior tinha passado, come�ou a tempestade de solidariedade: alertas de gente me avisando que o meu computador estava contaminado, junto com mensagens de gente pedindo desculpas por ter enviado mensagens contaminadas e avisos de gente explicando e/ou perguntando como fazer para se livrar das mensagens contaminadas...

ARGHHHHHHHHHHH!!!

Vamos combinar assim: pe�o desculpas pela minha m�quina e perd�o as m�quinas alheias. E agora, pelamordedeus, vamos esquecer esse assunto, OK?


(O Globo, Info etc., 1.9.2003)