30.11.05


O valente leão da savana confere seus domínios II










O valente leão da savana confere seus domínios I










O temível leão da savana espreita o mundo










Estamos cansadas!










E aí, não vamos dormir?









29.11.05


Esta não é uma foto de celular










Mosca recomenda vivamente...

...a leitura do Jabor, que transcrevo para os que não têm registro no Globo On:
Vamos continuar de braços cruzados?

Estamos vivendo a maravilhosa contribuição da merda para enxergar o país. Como dizia Oswald, "a contribuição milionária de todos os erros!". É uma oportunidade única. E diante disso, temos a debandada dos intelectuais. Como explicá-la? O Brasil está entregue à ditadura da mentira, manipulada pelo governo com a conivência dos poderes, num jogo de barata-voa com as denúncias, provas cabais, evidências solares, tudo diante dos olhos impotentes da opinião pública, e os intelectuais e homens notáveis do país estão calados. Quando se manifestam isoladamente, como suspiros esparsos, folhas de outono, emitem um mal-estar "superior", um lamento dolorido.

No entanto, estamos diante da crise mais suja de nossa História, um momento gravíssimo e preciosíssimo em que aparecem dois tumores gêmeos de nossa doença: a direita do atraso e a esquerda do atraso. Esta crise é tão sintomática, tão exemplar para a mudança do país, que não podia ser desperdiçada. Esta crise é uma tomografia que mostra todas as glândulas, interstícios do corpo do Brasil -- um diagnóstico completo. Homens decentes buscam uma solução que não vem, porque nossa estrutura institucional é um rio sem foz, com poderes podres desarticulando qualquer solução. Este imenso espasmo de verdade, esta brutal explosão de nossas vísceras nunca vistas antes, graças a Jefferson, talvez seja perdida porque as manobras do atraso de direita e do atraso de esquerda trabalham unidas para que a mentira vença. A verdade tem de ser tapada de qualquer jeito, para que a sólida sordidez brasileira continue como sempre foi. Quando haverá manifestações da sociedade para confrontar a ópera bufa que rola à nossa frente? As denúncias foram todas provadas e o Executivo de Lula continua negando tudo, o STF desconstrói evidências, as malandragens dos partidos esvaziam os fatos? A muralha dos poderes resiste diante das palavras. E os canalhas se sentem protegidos pelo labirinto do Judiciário.

Por que os intelectuais estão calados? Será que não vêem que o país que conquistou a democracia pode ser jogado para trás, para a velha farsa da velha política?

Os marxistas paulistas que sempre idealizaram o Lula e o PT estão quietinhos com vergonha, por terem imaginado que um operário alegórico salvaria o país. Os jornalistas que não deram um dia de sossego ao governo de FH escrevem sobre "nouvelle cuisine" francesa. Restam os angustiados. Restam os que olham em pânico o que está acontecendo e não sabem como reagir? Por quê? Tenho algumas teses. A mais ampla é que a situação atual mexe com dogmas. Isso. É como se tocasse na virgindade de Nossa Senhora.

A covardia intelectual é grande. Há o medo de ser chamado de reacionário ou careta.

Há também os "latifúndios intelectuais". Muitos acadêmicos e pensadores se agarram em seus feudos e não ousam mudá-lo. Uns são benjaminianos, outros marxistas, outros hegelianos, mestres que justificam seus salários e status acadêmico e, por isso, não podem mudar, não podem "esquecer um pouco o que escreveram" para agir. Mudar é trair para ortodoxos. Também não há coragem de admitir o óbvio: o socialismo real fracassou. Até a China já sacou. Seria uma heresia, seriam chamados de revisionistas. A força do mito da revolução sagrada é muito grande entre nós, junto com o voluntarismo e o populismo não democrático. Como escreveu Bobbio, se há uma coisa que une esquerda e direita é o ódio à democracia. Ninguém tem coragem de admitir a invencibilidade do capitalismo global. E também não abrem mão de utopias -- o presente é chato, preferem o futuro imaginário. Diante de Lula, o símbolo do "povo que subiu na vida", eles capitulam. Fácil era esculhambar FH. Como espinafrar um ex-operário? É tabu. Não admitem que a categoria "povo" como coisa sagrada não existe. Tragicamente, nossos pobres são fracos, doentes, ignorantes e não são a força da natureza. Precisam de ajuda. Quem tem peito de admitir isso? Não admitem que a administração micropolítica e microeconômica de uma realidade seria muito mais progressista que velhas idéias generalistas, sobre o "todo, o uno, o futuro, o ser, a História". Mas eles não abrem mão dessa elegância ridícula e antiga. Não conseguem substituir um discurso épico por um realista. Só pensam no que deveria ser e não enfrentam o que inexoravelmente é. Preferem a paz de suas apostilas encardidas.

O mito do paraíso e do messianismo é muito forte, com sua origem religiosa. Não conseguem pensar em Weber em vez de Marx, em Sergio Buarque em vez de Florestan Fernandes, em Tocqueville em vez de Gramsci. Não entendem que o homem de "esquerda" hoje em dia tem que perder fé e esperança, que o verdadeiro progressista tem de agir sem saber o final da estrada, tem de partir do não sabido e inventar caminhos. Não entendem que não foi o PT que desmoralizou a esquerda -- foi o velho pensamento de "esquerda" que destruiu o PT. Muitos caem numa nostalgia deprimida e satisfeita, pois a depressão é nobre, o charme da desilusão é chique.

Há também uma grande indigência teórica sobre o Brasil contemporâneo no mundo de hoje. Ignoram a estrutura colonial e preferem continuar com teses antigas, dizendo que o governo fracassou porque "não assumiu o conflito de classes" e não levou à frente o sarapatel do getulismo-leninismo-desenvolvimentista-chavista em que crêem. E agora é quase certo que vão acabar com o Palocci e dar um tiro no pé. Não sossegam enquanto não voltar a inflação.

Por isso, a sociedade tinha de conseguir fazer uma reforma política radical na paisagem suja. E não pode contar com as falsas promessas de partidos. Só uma uma força plebiscitária poderá mover a grande pizza maior, de modo a reformar instituições e estamentos.

Por isso, pergunto, como os antigos: quando haverá uma manifestação séria da opinião pública? Uma ação continuada de notáveis da República para impedir este jogo de carniça entre os três poderes, esta vergonha que humilha o Brasil? Vamos continuar de braços cruzados? Arnaldo Jabor






Mosca me ajuda a ler o jornal









28.11.05


Fome Gero










Em resumo: tem lugar mais lindo no mundo?










Um belo dia, que belo dia...










...










...










Eu amo a minha cidade










Hmmm... Quem é você?










Eu amo a minha cidade










Que tal minhas sandalias novas?










Um belo dia...








Parabéns, Monica querida!

Viva! Mais um aniversário!

Este blog está pra lá de social: depois do aniversário da Jussara, o da Monica L.

Parabéns, querida Monica! Muitas felicidades e tudo de bom, hoje e sempre!

Em tempo: tanto o bolo da Ju quanto o grafite da Monica eu fiz no mesmo lugar: no Letter James, um site alemão onde a gente pode bolar mensagenzinhas bem divertidas.





27.11.05


Beth, Jacob e Bia: hoje é dia de rock!








Bando de safados!!!

Mais R$ 780 mil para o sr. secretário

Mais uma vez, o sr. Victor Faisano é destaque no Globo. Não por promover e defender os animais de rua, que é a função para a qual o remuneramos, mas porque o seu empreendimento comercial teve contrato renovado com a prefeitura para receber mais R$ 780 mil.

O sr. Fasano cria e vende aves que, segundo diz, estão em extinção. É um negócio como outro qualquer, com uma diferença: sob o disfarce da "proteção ambiental" negociam-se vidas, algumas talvez ilegalmente.

O secretário foi alvo de denúncias sobre tráfico de animais silvestres e citado por uma CPI que, como todas neste país, acabou em pizza.

No caso, em alpiste.

O prefeito Cesar Maia, contudo, acha que promoção e defesa de animais não pode ficar só em "cachorrinhos e gatinhos": uma declaração tão safada e debochada quanto a que fez ao dizer que prefere um prédio de onze andares na Rocinha do que um na Vieira Souto, porque pelo menos não faz sombra na praia.

Acontece que é exatamente para defender e proteger "cachorrinhos e gatinhos" que a secretaria ocupada pelo "ator" que está nos tungando foi criada.

Quem acha que animais domésticos urbanos não precisam de proteção e defesa leia isso aqui. Ou não leia, se não quiser estragar o dia, a semana e muitos outros dias. Aconteceu em Porto Alegre, mas podia ter acontecido aqui.

Acontece aqui: quem tiver dúvidas, converse com as protetoras para saber o infinito elenco de crueldades praticadas diariamente contra animais.

Para a prefeitura do Rio, porém, chique mesmo é desviar dinheiro para um comerciante de aves engaioladas.

Ah, sim: por uma dessas coincidências da política brasileira, a filha do secretário de meio-ambiente, sr. Ayrton Xerez, que garantiu ao comércio do sr. Victor Fasano todo este dinheiro, trabalha... claro, como não, com o sr. Victor Fasano.

Não é meigo?

Enquanto isso, o prefeito Cesar Maia, em quem me arrependo profundamente de ter votado, continua se achando o ó do borogodó da administração pública.

No ano que vem, deposito o meu IPTU em juízo.

Não é para sustentar este tipo de falcatrua que eu ralo tanto.






Gatos que ralam: Pipoca










Gatos que ralam: Osiris










A árvore e seu engarrafamento










Gatos que ralam: Ísis










Mosca sonha com a savana africana












Até que o celular fez um bonito, né?









26.11.05


Curtindo










Tentativa de mandar foto na vertical



A tentativa não deu certo; consertei depois

Não deu certo. No telefone até ficava direitinho, mas digamos que fotos na vertical não viajam bem...

Apesar do Tom ter dado uma sugestão super prática de visualização aí nos comentários, preferi endireitar a foto.






A vizinhança, toda acessa










Fogos!










Viva! Não choveu!










Iuhuuu!










O show da árvore










Começou o show!










Vista do quarto: floresta particular










Cão e gatas

Bia, depois do trabalho

Bia, um amigo quadrúpede e Fernanda Lima, que além de ser essa boniteza, é uma gracinha de pessoa.






Cresce a movimentação em torno da arvore










Vida de gato










Hmmm... O que estão fazendo na cozinha?










O aguaceiro visto do alto










Chove copiosamente









25.11.05


Vida de gato








O secretário começa a mostrar a que veio

Dinheiro para os bichos, que é bom, neca.
Já para o secretário...

Os bichos abandonados do Rio estão mais abandonados do que nunca: postos de castração foram fechados, não há ração para distribuir para os animais de comunidades carentes, as verbas para a Suipa nunca saíram do papel.

Para o secretário Victor Fasano, porém, não falta dinheiro. Segundo reportagem do coleguinha Luiz Ernesto Magalhães, seu criadouro de aves exóticas vai receber um total de R$ 260 mil saídos do meu, do seu, dos nossos bolsos -- através da própria prefeitura.

Ele, desnecessário dizer, acha tudo perfeitamente ético e natural.

E eu aqui, ingênua, achando que "Matheus, primeiro os teus!" era lema dos governadores...






A marca da maldade

Aviso aos navegantes: "Harry Potter e o enigma do princípe" não é apenas mais um episódio da série. É, talvez, o melhor de todos; e é, com certeza, o mais sombrio, aquele em que não só Harry e seus amigos deixam a infância para trás, como, provavelmente, também o fazem os seus leitores. Quem sabe por isso, as reações que despertou tenham sido tão controversas.

Curiosamente, o principal pecado de que o acusam é, a meu ver, uma das suas grandes virtudes: o ritmo. "O enigma do príncipe" tem cenas de ação suficientes para deixar qualquer montanha russa no chinelo, mas elas vêm a seu tempo, e não na sucessão habitual de sustos necessária para prender a atenção da garotada.

A dinâmica deste livro supostamente infantil é absolutamente madura, e muito pouco condescendente com a eventual impaciência das ex-crianças que, em 1997, descobriram o universo paralelo de Hogwarts. Nos oito anos que levaram os primeiros leitores de Harry Potter da infância à adolescência, o mundo passou por traumas de todos os tipos, de ataques terroristas a catástrofes de proporções nunca vistas.

O reflexo desta sucessão de desastres, que já vinha se insinuando sutilmente nos dois volumes anteriores, chega ao auge no sexto (e penúltimo) da série, que nos mergulha, já nas primeiras páginas, num cenário abertamente conflagrado.

Mais ou menos como na vida real, também na fantasia de J. K. Rowling as forças do mal estão descontroladas. Como na vida real, também, parte deste descontrole nasce da arrogância da burocracia e da miopia da administração pública. Parece familiar, e é para ser mesmo: a inteligência e a vontade de fazer o bem não são as tônicas dominantes da vida.

Pior que isso: nem sempre a sabedoria e a bondade são armas eficientes, pelo contrário. De todos os livros da série, o "Enigma do príncipe" é o menos maniqueísta, e o mais angustiante ao expor a fragilidade da nossa existência sem bulas ou rótulos. Ninguém é absolutamente confiável, ninguém é sempre sábio, nem sempre a experiência nos salva.

Por outro lado, quantas tragédias e desgraças poderiam ser evitadas se apenas as pessoas confiassem mais umas nas outras... Mas como confiar, se ninguém é absolutamente confiável?

J. K. Rowling é a prova viva de que mágica existe. Quando se pensaria que já esgotou todos os truques e que não tem mais de onde tirar novidades, ela se supera de forma espetacular. Dá uma sofrida rasteira emocional nos leitores e, de quebra, deixa tudo pronto para o Grand Finale, a ser revelado no próximo e último livro -- que, fica claro no último capítulo, será completamente diferente de todos os outros.

É inegável que há uma onda de marketing intragável em torno de Harry Potter, mas que ninguém se engane: por trás do hype e dos quaquilhões em jogo, há uma escritora extraordinária, responsável por uma das séries mais interessantes de todos os tempos.

Para felicidade dos leitores brasileiros, ela encontrou, em Lia Wyler, uma tradutora à sua altura.

(O Globo, Segundo Caderno, 24.11.2005)





24.11.05


Palestra + blog

Hoje fiz uma coisa diferente: experimentei fazer um blog especial para a palestra.

Se vocês quiserem ver como ficou, está aqui.






Lar é onde o gato está










Quase chegando










No caminho de volta










Que tal?










On the road again










Estou saindo...










Não é qualquer gato não...

Do meu gatinho :-)








A casa nova é um sucesso!









23.11.05


Keaton e a casa nova










Greve online

Ao longo da minha vida profissional, vi umas três ou quatro greves gerais de jornalistas.

Todas foram um fracasso retumbante.

Para começo de conversa, eram decididas nos sindicatos, em reuniões formadas basicamente por sindicalistas, colegas desempregados e estudantes de comunicação, às quais os jornalistas militantes, isto é, aqueles devidamente empregados em orgãos de comunicação, ou não se interessavam em ir, ou não iam porque estavam trabalhando.

Boa parte deles, aliás, que já tinha visto o filme antes, era contra as greves.

Mas, sobretudo, greves de jornalistas não dão certo porque quem de fato pára as máquinas não somos nós, e sim os gráficos. Um jornal até consegue funcionar durante algum tempo sem a redação, porque a meia dúzia de editores que não pode aderir às greves tem, à sua disposição, material de agência suficiente para fazer não um, mas vários jornais.

Desde que as máquinas continuem rodando...

No Brasil há uma outra questão perversa, que é a seguinte: os dissídios dos jornalistas do Rio e de São Paulo não coincidem -- e, concorrência ou não, os patrões sempre se entendem. Assim, quando os jornalistas de São Paulo fazem greve, os jornais do Rio fornecem o material das suas reportagens; e vice-versa.

E, nem preciso dizer, greve de jornalista não chega a ser noticiada em manchete, de modo que, tirando outros jornalistas, pouquíssima gente fica sabendo.

Mas agora está acontecendo uma coisa curiosa na França. O Libération está em greve; e os jornalistas que fazem o site do jornal aderiram. Ora, websites não precisam de gráficos nem de rotativas; e, hoje, o conteúdo das agências está online, para o leitor que quiser ler e comparar.

Que efeitos terá uma greve de jornal online sobre um jornal de papel?

Taí um caso interessante para acompanhar.

Em tempo: a turma do Libération, que atravessa uma tremenda crise, está fazendo greve para impedir a demissão de mais de 50 colegas.

Bonne chance, camarades!






Hoje a árvore está praticamente aqui dentro.. .










Keaton, dando uma força ao seu bípede que trabalha










Certinho!










Teve mais gente ganhando presente na casa...









22.11.05


Com Millôr - e as sandálias da amizade - no Prêmio Shell










Olha só quem já está lá, Heliana!










Keaton pensa sobre o sentido da vida










Espécie em extinção

Os cartões proibidos por dona Rosinha

O Rio está prestes a se tornar a única cidade litorânea do mundo ocidental onde cartões com mulheres de biquini serão vendidos no mercado negro.

Assalto pode, tiroteio não tem problema, corrupção é cultura local, arrastão é só um monte de gente correndo junta ao mesmo tempo, mas cartão postal de mulher na praia -- ah, isso, nem pensar!

Afinal, o que dirão os estrangeiros que nos visitam?!

* suspiro *





21.11.05


Eu amo a minha cidade V










Eu amo a minha cidade IV










Eu amo a minha cidade III










Eu amo a minha cidade II










Eu amo minha cidade










Feirinha de livros










Rumo ao MAM










O sol só bate deste lado do morro bem cedo. Fui!










Bom dia!









20.11.05


A placa!










Mami e a placa de top ten da Fina










Serviço de Utilidade Pública II

O livro inestimável que a querida e sábia Van Or me deu chama-se "Organize-se: soluções simples e fáceis para vencer o desafio diário da bagunça". Foi escrito por Donna Smallin, editado pela Editora Gente e é uma mão na roda para criaturas desorganizadas de nascença, feito a vossa blogueira.






Serviço de Utilidade Pública

O telefone do Piu Grill, aquele serviço de entrega de frango assado de que eu falei num post lá embaixo: 2267-1727. Fui pegar o cardápio agora para ver o número e descobri que eles têm até website, aqui. E, sobretudo, eles têm um brigadeiro de colher de sobremesa que é um escândalo...






Larry Rohter bebeu...

Acho que o povo faz mais onda com Larry Rohter, o correspondente do New York Times, do que ele merece. Em geral, seu trabalho é razoável, e só cria polêmica quando diz coisas que todos nós sabemos, mas fazemos que não.

Como quando falou dos porres do presidente, e o presidente, provavelmente de porre, mandou cassar o seu visto.

Agora ele acaba de escrever um panegírico sobre Cesar Maia, pintando o prefeito apenas como um excêntrico e, o que é pior, um excêntrico que dá conta do recado.

Nem uma palavra sobre as secretarias municipais, onde impera, na melhor das hipóteses, a mais absoluta incompetência; nenhuma palavra sobre as esquisitíssimas PPPs onde rolam rios de dinheiro que não precisam ser explicados a ninguém; nenhuma palavra sobre o abandono geral da cidade (ande pelas ruas, Larry! dê uma circulada pelo Centro, por exemplo!); nenhuma palavra sobre a irmã do prefeito ou a mulher do prefeito e o seu (delas) papel na história toda.

Vocês vão dizer que é implicância minha, mas não é não. A gente conhece os homens públicos pelas pessoas que chamam para assessorá-los. César Maia chamou, entre outros, Victor Fasano.

Precisa dizer mais alguma coisa?!

Ah, em tempo: para meu desgosto, a matéria termina com um elogio do Gabeira, um dos poucos políticos de quem eu gosto, dizendo que Cesar Maia é um parceiro confiável porque "cumpre as suas promessas".

Desculpe, Gabeira, mas pode cumprir as que fez a você. As que fez às milhares de pessoas que, como eu, votaram nele porque disse que ia cuidar do meio-ambiente e dos animais abandonados não cumpriu MESMO.

Mentiu deslavadamente, e foi além -- hoje compactua com as piores pessoas da área, aquelas para as quais um quarto de ambiente já está de bom tamanho e para quem animal bom é animal morto.

Como representante do PV, você, mais que ninguém, deveria saber o quanto valem o já mencionado Fasano e o ainda não Ayrton Xerez.






Leseira aguda

Ninguém pode se queixar de falta de assunto no mundo. Em geral, assunto ruim, claro -- dos gatinhos do Jockey à inacreditável estupidez da Sony que, no afã de proteger CDs contra cópia, acabou criando falhas de segurança tremendas nos PCs dos consumidores que, justamente, compraram os CDs na legalidade.

Mas não sei o que me deu hoje que eu simplesmente não quis saber de nada, não tomei conhecimento de coisa alguma, fiquei monga, lesa e chapada, sem interesse por nada que não fosse o meu povinho aqui em casa, a Família Gato, o tempo lá fora.

Não botei o pé fora de casa, não mandei vir comida, não vi DVD, praticamente não usei nem os computadores nem os celulares, não fiz nada, nada, nada, nada.

Não sei o que deu em mim.

De noite eu estava tão à toa que resolvi consultar um site esotérico -- www.facade.com, sugestão do Tom -- para saber... o que jantar.

Bota falta de assunto nisso!

O pior é que descobri que o mundo místico não está preparado para respostas de cunho prático. Eu estava dividida entre o meu clássico arroz com feijão e ovo frito (tinha umas almôndegas muito boas também), um franguinho do Piu Grill (uma grande descoberta da Bia, entregam em casa rapidinho) ou o trash total de um Cup Noodles de camarão, que a Keaton adora e, em geral, divide comigo.

Consultei o I-Ching, o Tarot e as Runas.

Todos me falaram de coisas complicadíssimas, de como eu sou e de como me vêem, de como está a balança emocional e profissional da minha vida; runas do mal e cartas viradas de cabeça para baixo deixaram entrever desapontamentos e desgraças, o I-Ching foi mais vago e enrolado do que os livros do Dalai Lama, mas a resposta simplinha que eu queria, neca.

Tive, pois, que tomar sozinha a decisão. Optei pelo feijão-e-arroz-com-ovo-frito; eu podia viver de feijão-e-arroz-com-ovo-frito, de tanto que gosto. De sobremesa, umas mangas gloriosas que a Bia trouxe. E pronto.

Depois joguei fora três caixas de tralhas inúteis que estavam atravancando o escritório (ainda faltam umas 30 para que fique minimamente arrumado) e mais não fiz o dia inteiro.

Agora vou dormir, cheia de culpa por ter bestado um sábado inteiro.

Tsk.





19.11.05


Ninguém trabalha nessa casa?!






Ah, sim: este foi o post de número 5.100 do blog. O 5.000 passou sem que eu percebesse, foi uma das fotinhas que mandei lá de São Paulo. De qualquer forma, é um bom número, né?






Mosca me ajudando a ler o jornal












Como é, não se dorme nessa casa?










Lucas e Tom no computador









18.11.05


Dois pés muito contentes










Help! Estou com writer's block e fugi do trabalho!










Esta foto há de ter um simbolismo, mas ele me escapa










Duas gatas carinhosas










Novo membro da família

A Bia trocou de operadora; passou para a Claro e para um W800. Coisa de quem até parece que não sabe a mãe que tem, ou melhor: sabe, e faz o agrado, gracinha que ela é.

Pois eu prontamente seqüestrei o novo telefone, em troca do Razr, que uso em ocasiões especiais, mas pelo qual ela é apaixonada.

De modo que teremos, volta e meia, novas fotos deste aparelho maravilhoso.

O problema com esses bichinhos é que, quando a gente acha que é impossível que se faça algo melhor, alguém faz. Eu achava impossível um telefone multimídia melhor do que o K750i; pois na esteira veio o W800.

Acho impossível um telefone mais gostosinho de usar e mais sexy do que o Samsung D500. Este, por enquanto, continua invicto: o D600 é um show, mas mudou um feature perfeito do D500, que era a cobertura da lente pelo slide.

Lentes de fonecams não precisam necessariamente ser cobertas quando os usuários são homens e carregam os telefones no bolso, mas com mulheres a coisa muda de figura: não há lente que resista ao mix de objetos potencialmente arranhantes que carregamos na bolsa.

No quesito design, continuo achando o Razr V3 imbatível. É o celular mais radicalmente elegante que já se fez; e continuo achando o prata a versão mais chique, porque a cor é a mesma na casca e no painel, ao passo que o preto e o pink (yikes!) são prateados por dentro.

Dos smartphones todos que já chegaram ao mercado, o Nokia 6681 é o que há. Não é particularmente sexy, nem particularmente pequeno ou leve -- mas nada se compara com ele para quem precisa de um telefone sério, quase um Palm, para manter agenda em dia, receber email, surfar na web.

Para mim, ele é um dos melhores telefones que a Nokia já fez, o que não é dizer pouco; uma bela máquina da poderosa série 60, para a qual existe uma rica família de aplicativos.

* * *

Às vezes encontro amigos que continuam muito felizes com os celulares que têm há anos, e que são apenas telefones.

-- Não preciso de mais do que isso, -- dizem eles. -- Para mim está ótimo, não sinto falta de nada nele.

A gente realmente não sente falta do que não conhece. Não sinto falta dos features dos celulares que serão lançados dentro de três ou quatro anos porque, embora faça uma vaga idéia do que possam vir a ser, ainda não os vi nem usei.

Mas o dardo venenoso do consumo mora em cada aparelhinho novo.

Uma vez que se experimenta um celular com uma boa câmera e bom acesso à web, com uma tela clara e um som poderoso, é impossível voltar atrás.

Ou impossível deixar de cobiçá-los.

Eu soube que lá fora já existem clínicas de desintoxição para viciados em gadgets. Só não me interno numa porque, espanto dos espantos, ganho um salário lá no jornal exatamente para gostar dessas coisas.

Deus é dez!






Copacabana vista do Copa

Copa, do Copa

A pedidos do Tom, fiz este panorama do terraço do Copacabana hoje à tarde. O telefone não ajuda, não tem marcas de referência; tive que ir no olhômetro. Não ficou lá aquelas maravilhas, mas a maravilha desta cidade é que, mesmo quando um panorama não fica lá aquelas maravilhas, a paisagem fica. Maravilha, digo.

Clicando na foto, vocês vão direto ao seu tamanho original.





17.11.05


A vista do terraço (para o José Antonio)






Beijos, gatinho! Feliz aniversário para você... :-)))






Tudibom!










Hoje só estou trabalhando em lugares cruéis...










Olha a frente fria que vem aí...










Mais inveja...










Inveja, inveja, inveja. Grrrrr...










Pipoca, dormitando na portaria










Esta janela é pequena demais para nós todas ...










Manaus

Lembranças de Macondo

Uma viagem ao Amazonas traz recordações antigas e observações novas

Quando a porta se abriu, o avião foi invadido por uma onda de ar indizivelmente quente; a maquiagem das senhoras derreteu-se de imediato e todos os óculos a bordo ficaram embaçados. Assim que chegamos aos pés da escada, não havia mais roupa que não estivesse encharcada de suor. Meia dúzia de turistas estrangeiros, vestidos como se fossem para um safári, pararam na pista, atarantados. O ar quente subia do asfalto criando visões distorcidas; a umidade grudava no corpo.

Tudo parecia acontecer em câmara lenta enquanto o Sol fritava nossos neurônios.

Os táxis eram fuscas, sem exceção -- e sem ar-refrigerado. Durante meia hora andamos pelo mato, mato mesmo, até chegar ao hotel; quando entrei no lobby gloriosamente refrigerado, é que me dei conta de que os meus jeans pingavam de suor. Isso nunca me aconteceu, antes ou depois: suar nas pernas. Fui para o quarto, larguei a mochila no chão, tirei a roupa, liguei o ventilador do teto e me atirei na cama, tentando arrumar as idéias no cérebro semicozido.

Eu estava no novíssimo Tropical de Manaus; corria o ano de 1977, e a minha missão era fazer uma reportagem sobre os dez anos da Zona Franca. Tinha uma lista de telefones, um calhamaço de informações, mas simplesmente não conseguia pensar. Na verdade, não conseguia fazer nada a não ser me deixar ficar lá, imóvel, tonta de calor e sufocada pela umidade. Liguei para a recepção pedindo gelo, muito gelo; recebi um balde com água e umas poucas pedrinhas flutuando, junto com as desculpas da camareira e a informação de que eu chegara à Amazônia no dia mais quente dos últimos dez anos.

O resto das minhas lembranças desta viagem é confuso e impressionista. Lembro-me de que havia diversos animais soltos pelos jardins do hotel, um dos quais, um mutum, fez amizade comigo e passou a me seguir por toda a parte; lembro-me de duas ou três repartições públicas kafkianas com ventiladores inúteis; lembro-me das ruas caóticas da Zona Franca, entupidas de gente comprando as maravilhas importadas às quais não tínhamos acesso no resto do país.

Descobri sabores genuinamente novos para mim e me decepcionei com os chips de banana que eram vendidos em cada esquina como se fossem batatas fritas, mas nos quais eu esperava açúcar e canela em vez de sal; fiquei fascinada com a confusão, o canto dos pássaros, os papagaios soltos voando para cá e para lá. Tomei banho no Rio Negro de madrugada, incapaz de dormir com o calor; tomei o único porre da minha vida na piscina, porque, na época, algum gênio da hotelaria decidiu que o bar só podia servir bebidas alcoólicas, e os litros d?água que o meu corpo exigia foram substituídos por caipirinhas de frutas exóticas.

No dia seguinte tive uma dor de cabeça que só posso descrever como amazônica, e passei o dia de cama, debaixo do ventilador inútil, convencida de que iria morrer.

Para minha surpresa, sobrevivi. E, apesar de ter achado Manaus uma cidade muito feia, voltei para casa completamente apaixonada pela região. Antes de ir para o Amazonas eu havia passado por Belém, com suas casas antigas e suas mangueiras carregadas de frutas. A cidade cheirava a manga, e mesmo no mercado, onde misturavam-se odores pouco salutares, o cheiro onipresente das frutas prevalecia. O Teatro, menos famoso do que o seu colega de Manaus, estava bem conservado, com seus pisos de madeira e cadeiras de palhinha; em Manaus, o pobre sobrevivente dos áureos tempos da borracha estava tão descaracterizado que tinha até portas de blindex. O que restava das casas antigas estava vindo abaixo, mesma sorte das antigas árvores, abatidas por um prefeito com mania de grandeza e modernidade, mas ignorante do sentido das duas palavras.

Ao longo dos anos, voltei algumas vezes a Manaus, que apesar de tudo me fascina com a sensação surrealista de ter caído dentro de um livro de Gabriel García Márquez. Estive lá no último fim de semana. Ao contrário da minha primeira visita, encontrei um calor perfeitamente suportável; e o passar do tempo está fazendo bem à cidade. As árvores plantadas para substituir aquelas assassinadas há tantos anos estão crescendo e fazendo um bonito: as mangueiras, todas de manguinhas de fora, estão lindas. O Teatro, amorosamente restaurado, é um primor; à sua volta, o que há de antigo vai sendo recuperado, e é possível entrever, aqui e ali, entre os horrendos caixotes da "arquitetura" moderna, um frontão trabalhado, uns azulejos, umas datas que remetem ao passado.

Por outro lado, a velha viagem de táxi alucinógena pelo meio do mato até o hotel acabou. Hoje o Tropical está praticamente dentro da cidade, que foi se espichando. A Ponta Negra, onde reinava absoluto, hoje cheia de edifícios modernosos, poderia estar em qualquer lugar: na Barra, no Panamá, em Florianópolis ou Hong-Kong. O próprio hotel se encarregou de erguer uma extensão de 16 andares, o Tropical Business (!).

Os bichos que tanto me cativaram continuam lá -- mas agora, coitados, presos em jaulas aflitivas. O encanto do convívio já era. Vi uma família de capivaras cheia de capivarinhas por trás das grades, uns caititus enjaulados, umas araras contidas por telas. Até entendo que um ou outro turista tenham reclamado de uma bicada ou mordida, mas, com exceção das onças e dos jacarés, não vejo que mal podem fazer aqueles pobrezinhos.

Uma das boas lembranças da minha vida é ter passado uma semana na companhia de um mutum apaixonado, que abaixava a cabeça para ganhar carinho assim que me via.

(Durante as próximas duas semanas vou tirar férias da coluna; enquanto isso, vocês tiram férias de mim. Até a vista!)


(O Globo, Segundo Caderno, 17.11.2005)





16.11.05


Coisas do Rio










Eu não enjôo desta paisagem!










Ipanema










Praia patriótica










Os dois siameses









15.11.05


Baga Chal

Dica da Laura

A Laura estava passeando hoje à tarde quando viu uma barraquinha vendendo objetos curiosos e joguinhos artesanais.

Achou tudo simpático, pequeno, simples e baratinho: ótimos presentes de Natal, que fogem do eterno dilema livro x cd.

Por acaso, o pessoal que vendia os artigos tem um website: fica aqui.

Aconselho clicar nos thumbnails, que são muito pequenos, e revelam tesourinhos curiosos como este jogo aí em cima, chamado Bhaga Chal, em que as figurinhas são cabras e tigres.






Mas que lua, né?










A lua na Lagoa










A árvore já está pronta. Só falta testa r a luz...










Jussara clicando a tarde



Dei um trato no Photoshop. Não ficou bom, mas pelo menos já se vê a Jussara com seu implacável telefonino...






Eu sei, é repetitivo - mas dá para resistir ?










Repeteco de por-do-sol










Feriadão!









14.11.05


Obras cariocas










O fim de um dia lindo










Boa tarde a todos!










No mundo fascinante dos vídeos

Fãs de câmeras digitais, e já acostumados a brincar com suas fotos em programas de edição como o Photo Painter ou o Photoshop, os consumidores brasileiros são igualmente entusiasmandos com as possibilidades de modificação das figurinhas em movimento. Principal produtora de software de manipulação de vídeos domésticos, a Pinnacle acaba de fazer uma pesquisa que comprova isso: dos quase três mil usuários de filmadoras entrevistados, 80% já editam, 16% pretendem começar em breve e quase 60% sonham com novas placas. Explica-se: quando se fala em manipulação de vídeo, placas gráficas podem ser mais importantes do que o próprio computador em que estão instaladas. Caso contrário, o processo se torna tão lento e enervante que acaba com a disposição até do mais empolgado dos videomakers.

De acordo com a pesquisa da Pinnacle, o que mais falta faz aos usuários é, justamente, velocidade de execução e de renderização. Já o que eles mais esperam das novas placas é facilidade de instalação e uso e compatibilidade com os diferentes formatos de vídeo existentes. No quesito software, nenhuma surpresa: tudo o que os usuários querem é facilidade de uso, boas interfaces e, lógico, compatibilidade entre os formatos dos vídeos capturados por suas câmeras e os programas utilizados para manipulá-los.

* * *

A Pinnacle apresentou os resultados da pesquisa na esteira do lançamento do Studio 10, nova versão do seu popularíssimo software de edição. O Studio 10 passou por turbulências no lançamento americano: no mesmo dia em que era anunciado, era anunciado também um patch para corrigir vários bugs. Isso, porém, foi há mais de um mês. A leva que chega ao Brasil já vem estabilizada de fábrica, digamos assim.

A nova versão do Studio, esperada com ansiedade há algum tempo, tem muitas novidades, sobretudo na área de som e de efeitos especiais, além de já trabalhar em HD (High Definition). Uma das ferramentas, por exemplo, acrescenta trilhas sonoras automaticamente aos filmes, casando o tempo de execução da música com o das imagens.

Outra é velha conhecida de profissionais, o Chroma Key, aquele fundo monocromático, em geral azul, que permite que se sobreponham diferentes cenas.

Em qualquer programa de telejornalismo, por exemplo, as imagens inseridas por trás dos apresentadores entram no ar graças a essa técnica.

* * *

Mas nem só de imagens nascidas em movimento vive o Studio 10. Na verdade, ele permite que o usuário use praticamente qualquer imagem ou som para a criação do seu filme, de imagens capturadas por câmeras de vídeo analógicas a fotos JPG. Uma vez separados os elementos a serem utilizados, podem ser aplicados a eles efeitos de diversos tipos. A operação é fácil e muito intuitiva, mas haja máquina: para aproveitar todos os recursos do Studio 10, os requisitos mínimos são Win XP, processador de 2GHz (ideal 2.8GHz HT), no mínimo 512Mb de RAM, placa de vídeo AGP de 64Mb e um espaço de uns 80Gb em disco.

* * *

Com tudo isso, o processo ainda está longe de ser instantâneo. Renderizar continua sendo uma tarefa exasperante, sobretudo agora, que estamos acostumados a resultados imediatos do que fazemos no computador.

Os progressos da área, no entanto, são absolutamente incríveis. Há poucos anos, fazer uma edição digital das mais simples em casa já era uma vitória; hoje, com um mínimo de dedicação -- e de bom gosto -- pode-se chegar a resultados dignos de MTV.

Em suma: o limite passou a ser a imaginação (e a paciência) do usuário, e não mais a limitação das máquinas.

(O Globo, Info etc., 14.11.2005)






Copacabana










Keaton e Netcat descobrem o conforto da cama de casal









13.11.05


O Nome da Cousa

Assim nasce um livro

Recadinho da insuperável Fal:
Turma:

Eu podia estar roubando, eu podia estar me candidatando ao senado, eu podia até estar depondo em CPI, mas eu estou só orçando gráficas, pra bancar o livro novo. Só que para saber se essa empreitada vai funcionar ou não, preciso conhecer os interessados.

Então, é assim:

O livro novo, "O Nome da Cousa", custará 25 reais na pré-venda. Você quer? Então, escreve pra livronovodafal@gmail.com e me conta se vai querer e quantos vai querer.

Quem puder/quiser fazer propaganda em seu blog, vai me ajudar demais, demais.

Muito obrigada e beijocas.

Fal Vitiello Azevedo
Eu sou suspeita para falar, porque amo a Fal de paixão e quero ser como ela quando crescer, mas honesta, verdadeira e sinceramente: recomendo!

Este livro pertence à mais rara categoria literária, a dos "não li e já gostei".








Bom dia!

Aqui vos fala um ser que passou o dia inteiro na rede: aquela, de pano, que fica na sala. Lendo um livro formidável, de Bill Bryson, chamado "A Short History of Nearly Everything".

Acho que não tenho mais energia para ir a Manaus num pé e voltar no outro, não... tsk.

Para compensar, aqui vai uma crônica do colega Paulo Sant'ana, da Zero Hora, Alegre, que o Ilton Dellandrea gentilmente me mandou:
O pastor alemão

Enquanto a manicure Loreni me faz as unhas, conta-me uma história comovente. Ela mora em Viamão e tem uma cadela pastor alemão.Um belo dia do mês passado, caiu de uma árvore um papagaio quase adulto, no canto do pátio.

A cadela pastor alemão, de nome Zimba, que percebe tudo que acontece no pátio, viu o papagaio tombar da árvore e cair na grama do chão.

A cadela avançou sobre o papagaio e o abocanhou, parecendo tê-lo engolido.

Todas as pessoas que estavam no pátio espantaram-se com a aparente fúria gastronômica da cadela, mas seguiram com os olhos o animal, que se dirigiu à sua casinha.

Lá, a cadela abriu a boca e saltou de dentro dela, vivo, íntegro e sadio, o papagaio, que assim foi depositado pela cadela na sua casinha.

As pessoas correram para lá e puderam notar que o papagaio tinha sobre suas penugens a baba da cadela.

* * *

Durante 15 dias o papagaio viveu sob a guarda da cadela, dormindo com ela dentro da casinha, na maior parte do dia passeando no pátio.

Até que o segundo fato impactante veio a ter o pátio como cenário.

Alguém jogou da rua uma trouxa em que estavam enrolados oito gatinhos recém-nascidos.

Não há animal que seja mais rejeitado pelos seus donos quando nasce do que o gato.

Mais uma vez alguém quis se desfazer de uma ninhada de gatos e atirou-os vivos, enrolados em um pano no quintal da cadela Zimba e do papagaio.

* * *

Para pasmo dos residentes humanos da casa, a cadela se arremessou sobre a ninhada de gatos e segurou com as presas um dos filhotinhos pelo cangote.

Fez a viagem até sua casinha e lá depositou, vivo e salvo, o gatinho.

Cumpriu com extraordinária precisão as outras sete viagens, sempre transportando com a boca, pelo cangote, os outros sete gatinhos até sua casinha.

E lá deixou os oito gatinhos abrigados na casinha, junto com o papagaio.

Estão lá vivendo até hoje os gatinhos, crescidos, alimentados por leite servido pela dona do sítio, em convívio estreito com o papagaio e a cadela.

* * *

Esta é apenas uma das milhares de histórias de meiguice animal, que sai do anonimato apenas porque uma manicure resolveu contá-la para um colunista de jornal.

Surpreende a rapidez de raciocínio da cadela. Tão pronto caíram no pátio o papagaio e os oito gatinhos, ela decidiu protegê-los, dando-lhes guarida em sua casa, numa atitude admirável de solidariedade animal, que passou por cima da diferença entre as espécies.

* * *

Tenho defendido aqui que os animais têm inteligência. E a par da inteligência os animais têm caráter.

Esta cadela pastor alemão de Viamão tem um caráter dirigido para o bem.

Fosse ela um pitbull ou um rottweiler, sem dúvida que estraçalharia os oito gatinhos e o papagaio logo que eles tivessem aparecido nos domínios do seu pátio.

Calculo eu, leigo no assunto, a julgar pelos atos beneméritos desta cadela de Viamão, que a raça pastor alemão traz intrínseca em sua gênese e ancestralidade a bondade e a solidariedade, traços que haverá de demonstrar até mesmo quando for educada para tarefas mais enérgicas ou agressivas.

Leio na Internet que o pastor alemão pertence a uma raça das mais inteligentes, sensíveis, equilibradas, amigas e protetoras entre os cães de todas as raças caninas.

Mas que também pode ser feroz quando ataca os agressores de seu dono.

Então o lema característico da raça pastor alemão deve ser aquele slogan criado por Che Guevara: "Hay que endurecer, sin perder la ternura jamás". (Paulo Sant'ana)
Infelizmente, os pastores lá do sítio, a Mala e o Xarope, não têm esta afável disposição de espírito.

Há uma sabiá meio muito burrinha que, vira e mexe, teima em fazer ninho sobre a área em que vivem. Os filhotes nascem, começam a crescer e, quando tentam voar pela primeira vez, caem no pátio, onde são rápida e prontamente devorados pelos cachorros.

Mamãe já tentou mudar o ninho de lugar, já tentou explicar à sabiá que aquele canto não tem futuro, mas qual...

Mamãe, que adora bichos, sem exceção, mas é essencialmente pragmática, só diz uma coisa:

-- Darwin.




Grandão I

Grandão II


Emergência canina!

Subi o post porque andei postando tantas fotinhas que ele nem teve os seus 15 minutos de fama. E, ainda por cima, eu errei o telefone do Ovidio...

Este grandalhão simpático e boa gente materializou-se há coisa de dois meses em frente à casa do Artur Xexéo, em Vargem Grande.

Plantou-se lá e não quis mais ir embora.

Xexéo passou a alimentá-lo e fazer-lhe uns carinhos e, finalmente, num dia em que o cãozãozinho apareceu com o rabo todo estropiado, acabou deixando que entrasse.

O problema é que Xexéo já tem uma família de labradores -- e o Sultão, alpha dog da turma, e o Grandão, recém-chegado, não foram com o focinho um do outro. A situação chegou a tal ponto que, neste momento, o Xexéo está pagando canil para ele, que já está castrado, vermifugado e bem tratado.

O Grandão é de boa paz, muito gentil com bípedes e, talvez, até com outros cachorros. Está à procura de um lar onde seja paparicado como merece, mas também pode ser útil como cão de guarda: vejam só o tamanhão dele!

Os interessados podem ligar para o Ovidio, em (21) 9755-6654, ou mandar um email pro próprio Xexéo.





12.11.05


Teste!

Geeks ou serial killers?

Tente adivinhar pelos retratos...






Lar é onde os gatos estão










Saudades, já...










Saíram os alemães, entram os chineses (ou coreanos?)





Os aviões com destino a Manaus vão e vêm cheios de turistas. Muitos turistas! Na volta, de Manaus a Brasília, vinha um grupo de alemães que já tinha estado no Rio, passaria um dia em Brasília e seguiria para Salvador; quando eles saíram, entrou uma leva de chineses ou coreanos -- que provavelmente já fez Salvador, vai ao Rio e assim por diante.






Fazendo hora durante a escala










Parece que agora vamos










O comandante informa: 30 minutos de espera pro conserto. *sigh*










Estamos voltando pro portão de embarque: há uma pane a ser verificada...










Mais um vôo lotado...










Voltando










O encontro das águas










Resolvi passear no Rio Negro









11.11.05


Hora do jantar (para a Maura)










Ola, tchau!

Meus planos de passar o dia aqui amanha, por conta propria, foram pro brejo: a diferenca de preco na passagem e' de 800 reais. Junte-se a isso uma diaria e... nao bom! Portanto, e' aproveitar o finzinho da tarde e me preparar psicologicamente para sair do hotel as sete da matina - unico jeito de dar um passeio de barco antes de voltar para casa, ao meio-dia.

* suspiro *







De volta ao hotel










Lá vão elas. E nós vamos pro bandejão.










A Grand Wega de 50"










Os caminhões são carregados










Aqui empacotam...










Arte contemporânea










Embalagem










Nesta placa há 1300 componentes










Onde estamos










Coletiva










Bom dia

Ontem foi dia de recreio; hoje se trabalha. Somos um grupo de oito jornalistas, convidados pela Sony para conhecer a fábrica onde nascem alguns eletrodomesticos e - por isso eu vim - as câmeras digitais. Voltaremos ao hotel às cinco. Nos breaks eu dou mando umas fotos.






10.11.05


Cai a noite na Amazônia










Estão servidos?










Acho que vi um gatinho...










Estão se divertindo?










Arco-íris










Brasileirinho










O lobby do hotel










A vista também é bem diferente...










Não, não é o Ibis!










Lotado!










Escala










Bom dia!










Tô fraco, tô fraco...

Papo, papo, papo

O presidente fala, fala e não diz nada; enquanto
isso, o mundo gira, mas o PT não sai do lugar



Como quase todo mundo que tem TV a cabo em casa e estava acordado àquela hora, eu também assisti à entrevista do presidente Lula ao "Roda Viva". Afinal, o homem, ao menos em tese, governa o país; há uma crise sem tamanho e sem precedentes comendo solta no seu quintal; há duas mortes de prefeitos do PT muito "naturais" para a Justiça, mas suspeitíssimas para qualquer leitor de romances policiais; há um contrato no mínimo duvidoso na família -- para não falar em toda uma galeria de tipos sinistros, fazendo revelações cada vez mais comprometedoras sobre os bastidores do Poder.

Por melhor que pudesse estar a programação do Discovery, o presidente está devendo duas ou três respostas à Nação e, se as desse, eu queria estar a postos para assistir ao Momento Histórico.

Lula não inventou, mas elevou à categoria de arte a forma clássica de comunicação dos políticos que fogem da raia, o silêncio estrepitoso. Como ele mesmo observou, às vezes faz até oito discursos por dia -- e, inacreditavelmente, nada se aproveita desse caudaloso rio de palavras, exceto algum material para anedotas. Seria interessante ver se, cutucado sobre assuntos dos quais prefere distância, ele chegaria, enfim, a algo mais consistente, e quiçá mais elegante, do que jogar o otimismo na privada e dar a descarga.

Sou brasileira, nunca desisto, mas confesso que, quando o presidente disse que nunca foi "tão irritado, tão nervoso como oposição", desisti de ver qualquer coisa que se aproximasse, sequer remotamente, da realidade. Pois se até as pedras da rua sabem que o notório Duda Mendonça foi contratado justamente para apagar a sua real imagem raivosa e, num ato explícito de propaganda enganosa, substituí-la pelo falso "Lulinha Paz e Amor"!

Ao longo da noite, quem foi ficando raivosa fui eu. Entendo que, entre nós, a política se transformou na prática de mentir deslavadamente e preservar a própria pele a todo custo, mas, ainda assim, conservo certos valores arcaicos. Por causa deles, me sinto insultada sempre que um funcionário do povo tenta fazer de tolo o próprio povo que o sustenta.

Pois Lula não fez outra coisa durante a entrevista, da negação da existência do mensalão à afirmação de que o negócio do filho com a Telemar foi feito de forma "absolutamente transparente" -- quando, na verdade, tudo foi feito para encobrir a nebulosa transação. Ora, a tal ponto ele sabe que cinco milhões não caem de mão beijada na conta de ninguém que revelou, provavelmente sem se dar conta do que dizia, que sonha com um Brasil em que seus netos possam viver sem corrupção. Apesar de usar a enervante metáfora das ?práticas equivocadas?, ele há de saber o que a sua geração está fazendo, e do exemplo que está dando aos filhos.

Eu não sei o que são cinco milhões. Números assim não passam de abstrações para mim, mais ou menos como a distância da Terra à Lua ou as teorias da física quântica. Por isso, resolvi fazer as contas de quanto tempo uma pessoa que ganha R$ 2.326,00 por mês levaria para amealhar os R$ 5 milhões que a Telemar achou por bem investir na até então inexistente empresa de Lula Jr. Escolhi esta quantia não por capricho ou numerologia, mas porque R$ 2.326,00 correspondem, para o governo, a um salário de rico, do qual se pode subtrair uma das mais altas alíquotas de imposto do mundo, 27,5%. Apenas 5% dos brasileiros estão nesta faixa de renda.

Pois bem: se não gastasse um único centavo do seu salário, e se dele não fossem descontados imposto, previdência e eventuais taxas, em menos de 180 anos -- mais precisamente, 179 anos e dois meses -- o feliz assalariado poderia chegar aos píncaros financeiros atingidos pelo talentoso herdeiro do presidente. Que continua achando que não há nada demais com tal montanha de dinheiro, e que se mostra indignado quando a sociedade, através da imprensa, insiste em se meter na vida do filho, rapaz de tanto sucesso.

Mais irritante do que a entrevista de Lula, só mesmo a reação xiita que encontrei na internet diante da indignação de brasileiros e brasileiras que se sentem traídos e pilhados por este governo sujo.

No blog do Noblat, alguém sugeriu que Lula tem fixação obsessiva com FhC: só fala nele, só se refere a ele, só se pauta pelo que ele fez ou deixou de fazer. Mas, nisso, Lula é apenas o Grão-Petista, refletindo os costumes da sua tribo. É impossível apontar a "conduta equivocada" de algum companheiro ou os "recursos não contabilizados" do PT sem que todos saiam disparando, furiosos, sobre o PSDB e FhC. Ninguém pode dizer um ai sobre Lula sem ser imediatamente taxado de tucano, a pior das ofensas.

Alguns são tão arrogantes e sectários, e estão de tal modo acostumados a pensar de acordo com as diretrizes do partido, que não concebem que haja quem pense pela própria cabeça, deteste igualmente todos os partidos e abomine Luiz Inácio e sua turma pelo incalculável mal que estão fazendo ao país.

O fato de Lula estar na Presidência e ser, portanto, o alvo óbvio da indignação do momento não lhes passa pela cachola; para eles, não se pode criticar Lula em pleno ano de 2005 porque, nos idos de 1998, FhC fez pior.

Haja paciência!

(O Globo, Segundo Caderno, 10.11.2005)





9.11.05


Quentinho da máquina...










Justiça?!

Sim, há uma coisa mais nojenta sob o sol do que a política brasileira: o judiciário brasileiro.

A sociedade ainda está com a soltura dos malufes entalada na garganta; agora soltam os assassinos confessos do casal Richthofen.

Enquanto isso, o juiz que matou o coitado do segurança de supermercado ganha uma aposentadoria de R$ 15 mil... e uma das desculpas é que ele tem que ter recursos para pagar a indenização de R$ 1.500 à família.

Isso já não é impunidade; é obscenidade, mesmo.

O que se pode fazer contra essa canalha?!






As maracaias










Uma nova dupla?










Keaton e Netcat trabalharam muito hoje








HD 2,5Gb da Seagate; pó compacto Météorites e batom Divinora, da Guerlain. O pó custa mais caro que o HD, pode?!


O acessório indispensável da bolsa da mulher moderna

Já escrevi algumas vezes que, para mim, o grande milagre da tecnologia não foi a evolução do chip, mas o da expansão e barateamento da memória.

Sem memória em grandes volumes e bons preços, nada do que estamos vendo por aí estaria acontecendo -- nem o boom da fotografia digital, nem o iPod e seus semelhantes, nem os celulares que fazem tudo e mais alguma coisa.

Aquelas chavinhas USB que há, um ou dois anos, eram sonho de consumo, hoje são distribuídas como brindes em eventos de informática: afinal, no atacado, acabam custando mais barato do que as velhas e tradicionais agendas de papel.

Além disso, nenhuma árvore precisa ser derrubada para a sua fabricação...

Mas até essas chavinhas tão inteligentes começam a enfrentar concorrência. Para espaço de verdade e velocidade de acesso, os campeões continuam sendo os dicos rígidos -- e há toda uma nova geração de HDs extremamente portáteis e baratos chegando ao mercado.

Semana passada, descobri esse aí: um Seagate de 2,5Gb, levinho, do tamanho e do peso de um pó compacto: o design é lindo, e esconde o cabo USB2. Com acesso a 3600RPM e buffer de 2Mb, ele funciona exatamente como o disco rígido que é, ou seja: dá para assistir aos episódios de ALF, o ETeimoso (lembram?) que guardei para me divertir nos engarrafamentos, sem precisar passá-los para o notebook (há uma versão de 5Gb nos EUA, mas ainda não fomos apresentadas).

2.5Gb é um bom espaço para quem precisa transportar arquivos de uma máquina para outra; só para dar uma idéia, nele cabem 40 horas de música e mais de seis horas de video digital.

O custo, lá, anda na casa dos US$ 100.

(O Globo, Info etc., 7.11.2005)






Bem, quase vazia...










A Marquês de Pombal, vazia










Fim de um longo dia









8.11.05


Putz! Parei um táxi... e três carros engavet aram!










Mosca e Pipoca










Tutu - para variar...










O mundo gira, a Lusitana roda, mas o PT continua no mesmo lugar

Estava lendo os posts e comentários lá do Blog do Noblat. Alguém sugeriu que Lula tem fixação obsessiva com FhC: só fala nele, só se refere a ele, só se pauta pelo que ele fez ou deixou de fazer.

Mais do que ao Lula, acho que isso se aplica aos petistas de modo geral.

É impossível apontar a "conduta equivocada" de algum companheiro ou os "recursos não contabilizados" do partido sem que todos saiam disparando sobre o PSDB e FhC.

Pior: ninguém pode criticar Lula sem ser imediatamente taxado de PSDB.

Essa turma é tão arrogante e sectária, e está de tal modo acostumada a pensar de acordo com as diretrizes do PT, que não concebe que há no mundo quem deteste Lula & sua gang por antipatia, por implicância ou, pura e simplesmente, pelo óbvio mal que estão fazendo ao país.

O fato de Lula estar hoje na presidência e ser, portanto, o alvo da indignação do momento, não lhes passa pela cabeça; não podemos criticar Lula hoje, em pleno ano de 2005, porque FhC, em 1998, fez pior.

Haja paciência!!!

O que me dizem, então, de Deodoro da Fonseca?!






Mais um gatinho para a Sue: Keaton










Tutu, para a Sue










Verdade Zero

Luis Inácio diz que já foram tomadas providências para cuidar do meio-ambiente e dos parques nacionais. Enquanto isso, a doutora Niéde Guidon está quase cortando os pulsos na Serra da Capivara, já demitiu todos os funcionários, aquilo corre sério risco porque o governo não manda as verbas de manutenção do Parque... mas ele acha que está tudo lindo no seu governo, e que nunca se cuidou tão bem do meio-ambiente, quiçá, até, do ambiente inteiro.

* * *

Lula diz também que o negócio do filho com a Telemar foi feito de forma transparente, quando na verdade TUDO foi feito para encobri-lo.

Mas em que mundo ele vive?!

Será que cinco milhões já são migalhas para o ex-operário? Será que ele acha que é normal uma operadora dar cinco milhões de mão-beijada para uns garotos que nunca fizeram nada na vida?!

* * *

O presidente, que começou a entrevista louvando a Democracia, acredita na auto-determinação dos cubanos e, portanto, não se mete nos assuntos internos de Cuba.

Como se sabe, aos cubanos falta tudo, menos auto-determinação, e esta auto-determinação manda que não se contrarie o camarada Fidel.

Então tá.

* * *

Arre, é preciso ter muita paciência com este homem! Quer dizer que só agora ele está se dando conta de que talvez tivesse que ter dado mais
entrevistas à imprensa?!

Não peço o impossível; não quero que ele leia jornais ou revistas, imagina.

Mas será que nenhum assessor jamais transmitiu a ele a idéia, quem sabe, de que talvez, possivelmente, o Supremo Mandatário tenha que prestar contas de vez em quando do que acontece no seu reinado?





7.11.05


Um viva à Imprensa!

Sabe o quê? Estou começando a achar que a imprensa brasileira é uma perfeição em termos de lisura e apuração. Há quantos anos aconteceu o caso da Escola Base, que Lula e todos os corruptos acuados tanto gostam de citar?!

Dez?

Quinze?

Será que nunca fizemos nada de errado desde então?!

Caramba.

É um feito e tanto...






Se é por suspeição...

Diz lula que Duda Mendonça foi afastado porque "não era possível manter na Secom alguém que estava sob suspeição".

Ora, se suspeição agora é critério para afastamento, o mínimo que ele podia fazer era aproveitar a ocasião e renunciar ao cargo; a Presidência da República é muito mais importante do que a Secom.

Ou será que ele ainda acredita que não está sob suspeição?!






A quem é que Lula acha que ainda engana?!

"Nunca fui tão irritado, tão nervoso como oposição".

Quando?! Onde?! Ele era uma figura tão raivosa, aliás, que precisou contratar Duda Mendonça para criar o falso "Lulinha Paz e Amor" que estamos vendo. A oposição raivosa e sem fundamento de Lula e do PT ao governo FhC, por sinal, atrasou a vida deste país mais do que jamais se poderá calcular.

Por outro lado, Lula diz que quer que seus netos vivam num país sem corrupção. Se já desistiu dos filhos é sinal de que pelo menos não está de todo cego, e já percebeu que há algo de podre na própria casa.






Lá no blog do Noblat...

...a entrevista está sendo comentada ao vivo.






Lula na Cultura

Lula finalmente se digna a dar uma entrevista à imprensa. É agora mesmo, na TV Cultura, no Roda Viva.

Há jornalistas fazendo perguntas.






Home is the sailor










Prontinho!










Trilha sonora

Trouxe comigo um playerzinho de 512 que carreguei há meses e que quase não uso. Até que a trilha está legalzinha: Jamaica Farewell, Bella Ciao, Funny Valentine (com Ella), Knockin' on Heaven's Door (com Guns'n Roses), Those Were the Days, Alma, Corazon y Vida (com Paco de Lucia), a Internacional (em russo - acho lindo), Bella Figlia del'Amore, Daniel, não necessariamente nessa ordem. :-)







O tempo está fechando...










"Uai, já acordada?!"










Final feliz: mudei de quarto. Não é o Ritz, mas é só meu...









6.11.05


Marketing no planetário










O lugar é lindo: gosto dessas paisagens










Adios, amigos!

Estão nos levando para fazer rafting... e eu vou! A alternativa seria ficar no alojamento - cheio de crianças.

Brrrrr.

Foi muito bom conhecer voces todos.

Deixo o meu D500 pro Lucas.



Update: Deu a louca no telefone; esta mensagem foi enviada por volta das três, antes das fotos subseqüentes.

Sobrevivemos todos; na verdade, foi até muito divertido.

Sorry, Lucas: o D500 fica para outro dia... ;-)






Ave Cesar...










...










Este bípede não quis papo comigo










E não tem tomada pro computador!!! Manhêêêêê!!!










YIKES! É um... dormitório!!!










Na estrada










Em algum lugar do planeta










Bom di... zzzzzzzzz











Um trio muito querido

Na inauguração da exposição "A Imagem do Som", o Lucas tirou esta foto de dois freqüentadores assíduos dos comentários: Van Or e Tom Taborda.

O clique foi feito com o valente Palm da Van,que me mandou o arquivo por email; os bluetooths das nossas máquinas se recusaram a trocar idéias.

Aí resolvi brincar -- o que é que se faz num quarto do Íbis, por Toutatis?! -- e joguei o fundo, que achei muito tumultuado, em P&B. E não é que gostei do resultado?

Adoro todos os envolvidos nessa foto. :-)






Coisas da vida

E aqui está a vossa blogueira, teclando de uma célula do famigerado Ibis, sentadinha na cama medianamente confortável, olhando para as paredes de chapisco pintadas de beige (now there's a real commitment to color!).

Não, este não é o lugar ideal para passar uma noite de sábado; eu poderia ter vindo mais cedo para São Paulo, e caído na gandaia com algum dos maravilhosos amigos que tenho na cidade. Mas os gatos teriam ficado sentidos. Além disso, a Bia chegou ontem à noite de Fortaleza e eu queria saber como foram as coisas por lá (sim, ela viaja mais do que eu); e amanhã cedo, mas cedo mesmo (8h30!) vem um povo me arrancar deste antro de segurança e mediocridade para me levar a um outro lugar a três horas de carro daqui, para que eu aprenda um pouco sobre video digital.

* * *

Acabo de ler os comentários sobre a entrevista da "Isto é" com o tal Roberto Shinyashiki. Para vocês verem como são as coisas: se eu soubesse quem ele é, soubesse que está ligado ao mercado de auto-ajuda, provavelmente jamais teria lido o texto e, muito menos, o postado aqui.

De modo geral, acho a indústria da auto-ajuda um embuste sem tamanho.

Mas o fato é que ele bate numa tecla em que eu mesma venho batendo há anos. Acho que nunca se criou máquina de infelicidade coletiva mais perniciosa do que a sociedade de consumo. Como todo mundo, sou vítima dela e, ao mesmo tempo, dela tiro o meu sustento, rodando uma das suas pequenas engrenagens: sei bem que, cada vez que falo de um novo celular ou de uma câmera que acaba de sair, ajudo a criar numa multidão de leitores a sensação de que estão defasados em relação aos novos tempos.

Este, porém, não é o aspecto mais daninho desta sociedade malsã. Os seus maiores problemas, a meu ver, são a obscena cobrança de uma aparência física irreal, e a acentuação de diferenças entre quem tem dinheiro (ou seja, quem se deu bem) e quem não tem (ou seja, em tese, quem não se deu).

A coisa chega a um tal ponto que pessoas perfeitamente normais e magrinhas se acham gordas e fora do padrão; quem é baixo, então, dançou mesmo, porque o mundo, em tese, exige que todos sejam Giselle Bundchen ou Paulo Zulu.

Do alto do meu 1m54 sei que isso não é verdade.

Não deixei de viver o grande amor da minha vida ou de ter meus filhos lindos e queridos por causa da minha altura, nem de ser bem sucedida na profissão que adoro, e que não trocaria por nenhuma outra, por não usar tailleurzinho e salto alto.

Mas como convencer uma menina ou um menino que estão crescendo hoje, mergulhados em mensagens publicitárias 24/7, de que a vida é perfeitamente possível sem uma calça Diesel ou um tênis Puma?

Como é possível convencer alguém, hoje, de que ninguém precisa ter uma casa na Barra com churrasqueira e piscina para ser feliz e realizado?

* suspiro *

Ah, desculpem, eu só estava pensando em voz alta.





5.11.05


A Morte do Caixeiro Viajante ou: Ma chi me lo fa fare?!










Cow Parade num aeroporto vazio










Sã e salva - agora adivinhem só em que hotel me puseram?










Se eu perder este trem, que sai agora às 9h45...








Para surfar no domingo

Angloparlantes, rejoice: os 50 sites mais espertos de 2005 da revista Time.

A conferir.






Bom dia!










Boa noite!










Heróis de verdade

A Isto É da semana que está acabando publicou esta excelente entrevista de Camilo Vannuchi que o Beto me mandou.

O entrevistado é Roberto Shinyashiki -- de quem eu confesso que nunca tinha ouvido falar -- que diz coisas corretas e sensatas a respeito dos nossos tempos. Perdoem o texto enorme, mas como é fim-de-semana, dá pra ler aos bocadinhos.

Vale a pena...
"Observador contumaz das manias humanas, Roberto Shinyashiki está cansado dos jogos de aparência que tomaram conta das corporações e das famílias. Nas entrevistas de emprego, por exemplo, os candidatos repetem o que imaginam que deve ser dito. Num teatro constante, são todos felizes, motivados, corretos, embora muitas vezes pequem na competência. Dizem-se perfeccionistas: ninguém comete falhas, ninguém erra. Como Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa) em Poema em linha reta, o psiquiatra não compartilha da síndrome de super-heróis. "Nunca conheci quem tivesse levado porrada na vida (...) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, nunca foi senão príncipe", dizem os versos que o inspiraram a escrever "Heróis de verdade" (Editora Gente, 168 págs., R$ 25). Farto de semideuses, Roberto Shinyashiki faz soar seu alerta por uma mudança de atitude. "O mundo precisa de pessoas mais simples e verdadeiras".

ISTOÉ -- Quem são os heróis de verdade?

Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

ISTOÉ -- O sr. citaria exemplos?

Shinyashiki -- Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido,mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTOÉ -- Qual o resultado disso?

Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança.Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

ISTOÉ - Por quê?

Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTOÉ -- Há um script estabelecido?

Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar". É exatamente o que o chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir". Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

ISTOÉ -- Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?

Shinyashiki -- Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados.Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

ISTOÉ -- Está sobrando auto-estima?

Shinyashiki -- Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTOÉ -- Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?

Shinyashiki -- Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do Ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham". Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTOÉ -- O conceito muda quando a expectativa não se comprova?

Shinyashiki -- Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTOÉ -- Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Shinyashiki -- Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?

Shinyashiki -- O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

ISTOÉ -- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki -- A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis."






Jantando com amigos









4.11.05


Tutu III










Tutu II










Tutu I










É hoax e é antigo, mas é fofo

Me mandaram novamente aquela velha história do sujeito que quer viajar com seu cão e escreve para o hotel para saber se pode levá-lo consigo. A suposta resposta:
"Trabalhamos na indústria hoteleira há mais de 30 anos. Até agora, nunca precisamos chamar a polícia para expulsar um cão que promovesse distúrbios até altas horas da noite. Até hoje, nunca vimos um cão pôr fogo na roupa de cama por adormecer com o cigarro na mão. Nunca encontramos uma toalha ou um cobertor do hotel na mala de um cão, nem manchas deixadas nos móveis pelo fundo da garrafa de bebida de um cão.

É claro que aceitamos o seu cão com o maior prazer. Se ele se responsabilizar pelo senhor, venha também."






Tutu e Mosca










Quadros de uma exposição V









3.11.05


Quadros de uma exposição IV










Quadros de uma exposição III










Quadros de uma exposição II










Quadros de uma exposição










O táxi em que eu estava começou a pegar fogo: que susto!










Até logo, Pipoca!










Emergência felina grave!

Escreve a Susana Barbagelata:
"Uma moça de Niterói me pediu um gatinho filhote, e como eu não tinha nenhum, ofereci passar no Horto para ver se encontrava um filhote.
Encontrei uma ninhada de uns 45 dias: quatro pretinhos, um branquinho e um petibanco. Parecem ter sido abandonados hoje: não vi pulgas, o pelinho e os olhos estão brilhantes.

Optei por pegar um dos pretinhos, porque são mais difíceis de doar e a adotante não fazia questão de cor. No que peguei um, que estava sentadinho, constatei que não tem as duas pernas traseiras. Parece congênito, e não crueldade: ele tem dois cotocos e parece muito esperto e bem de saúde. :-(((

Não tenho onde colocar nem o gatinho sem as patas, nem os outros quatro que sobraram. Vou batalhar numa pet shop conhecida local para exposição de pelo menos um, para doação. Mas eles não vão aceitar o gato sem as pernas.

O Horto não é um lugar legal, há muitos gatos, pouco abrigo, muitos malucos, doenças... O futuro, principalmente para o gatinho deficiente, é nenhum.

Por favor, repassem esta mensagem! Se alguém puder ficar com o gatinho deficiente, eu dou um jeito de entregar. Se for em outro Estado, tento mandar de avião. Meu telefone de contato é (21) 9204-0062."






Zurubu

Uma cidade entregue à própria sorte

O faroeste está aqui ao lado, a guerra está logo ali;
as "autoridades", porém, não estão nem aí


Sábado à tarde. Almoço com um grupo de amigos queridos, jornalistas em sua maioria, numa das residências mais simpáticas e hospitaleiras do Leblon. Antes da sobremesa, a filha da dona da casa informa, em tom casual:

-- Pessoal, o túnel está fechado, se alguém de São Conrado ou Barra quiser dormir aqui não tem problema, a gente se ajeita.
-- Fechado, é? Por quê?
-- Tiroteio.
-- Ah, para variar...
Comunicado e convite foram aceitos com absoluta naturalidade, felizmente ninguém era de São Conrado ou da Barra e a conversa voltou ao tópico anterior.

Na segunda à noite fui jantar com uma amiga que mora na Gávea, numa casa projetada por Lúcio Costa, cercada de árvores, pássaros e miquinhos, e com uma das vistas mais espetaculares do Rio. Um pequeno paraíso de alvenaria e natureza, em proporções perfeitas; mas minha linda amiga estava exausta.

-- O problema é que não consegui pregar o olho a noite inteira. O barulho do tiroteio estava insuportável. Tinha uma metralhadora que parecia estar dentro do meu quarto.

Há algum tempo, um amigo que mora na Barão da Torre me ligou de tarde. Tínhamos combinado cinema no Estação Ipanema.

-- Olha, acho que não vai dar para chegarmos a tempo.
-- Ué, por que?
-- Você não está ouvindo o tiroteio da tua casa?

Ele levou o telefone para a janela. Parecia queima de fogos de Ano Novo. Mas, como moro atrás do Cantagalo, o paredão de pedra que dá para a Lagoa isola o barulho. Desistimos: quando tem tiroteio engarrafa tudo. Assim que ele desligou, aliás, um segundo amigo que estava passando pela área me ligou do carro:

-- Olha, se você tiver que sair de casa e pegar a Barão da Torre esquece, porque está tendo um tiroteio e ficou tudo engarrafado.

Na cobertura do Gravatá, na Praça General Osório, que realmente fica pertíssimo do Cantagalo, os tiroteios são, freqüentemente, a trilha sonora da conversa. Quem nunca foi lá estranha e chega a se assustar um pouco:

-- Não tem perigo das balas baterem aqui?
-- Não, nenhum -- explica ele. -- Um especialista em balística já garantiu que é impossível qualquer projétil chegar até aqui. Pelo menos, com o tipo armamento de que os traficantes dispõem atualmente...

Isso, claro, é dito em tom jocoso, e todos acabamos rindo e brincando com os riscos que o desenvolvimento da indústria bélica representam para o Gravatá.

Mamãe mora num apartamentinho antigo e aconchegante na Barão de Macaúbas. Esta é uma pequena rua de Botafogo, muito arborizada, cheia de prédios baixos e amáveis, e que sai de uma praça na São Clemente. A rua vive fechada pelas balizas que os meninos da vizinhança improvisam com pedras ou tocos para jogar futebol. Seria um oásis urbano se não fosse, por acaso, um dos acessos para o Dona Marta. Às vezes, a coisa fica feia. Mas o apartamento da Mamãe está, felizmente, fora da linha de tiro, de modo que a gente não chega a se preocupar muito.

* * *

Assim se vive numa guerra, sem espanto, aceitando os inconvenientes táticos causados pelas batalhas; assim se vive num mundo conflagrado, porque a nossa alma cria carapaças que a defendem da barbárie cotidiana -- ou morreríamos todos de puro horror antes mesmo de sermos atingidos pela bala, perdida ou não, que, mais dia, menos dia, vai nos encontrar numa esquina qualquer.

Assim vivemos na nossa cidade, achando "normal" o que em qualquer lugar civilizado é impensável; e temos sorte, somos privilegiados por não precisarmos conviver com policiais e traficantes trocando tiros na laje de casa, como acontece com quem vive o terror nos morros.

Mas não há carapaça freudiana que consiga diminuir o desespero que, dia a dia, toma conta da alma carioca; não há negação que consiga esconder que estamos à deriva, em total desgoverno, navegando numa cidade que o presidente detesta, os governadores acasalados ignoram, o prefeito espezinha.

Tomara que sejam todos varridos pelas urnas para o lixo da História, de onde nunca deveriam ter saído.

(O Globo, Segundo Caderno, 3.11.2005)





2.11.05


Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva










Gatos em dia de chuva










Feriado... hmpf.










Efeito negativo










Programa de feriado: ficar na rede com Tati










Bom dia!









1.11.05


Tipos de amigos e seus e-mails

Está rolando por aí:

· Amigo Terrorista: Só manda e-mail sobre vírus, alerta, não abra, cuidado, enfim... só espalha o pânico na Internet.

· Amigo Inbox: Encaminha o texto dentro de um anexo, que está dentro de um anexo, que está dentro de um anexo, que está...

· Amigo Tarado: Só manda sacanagem. Quase te mata de vergonha quando você abre o e-mail dele perto de alguém no trabalho.

· Amigo Alegre: Pra dizer que está rindo, escreve: risos, rsrsrs, hahaha, hehehe, hihihi, rárárá!!!

· Amigo ADSL: Aquele que pensa que todo mundo tem banda larga. Só manda e-mails enormes com animações em flash, vídeos, MP3, mpeg, etc...

· Amigo Vale a Pena Ver de Novo: Aquele que te manda aqueles e-mails que circulam na Internet há mais de 50 anos como se fosse a primeira vez. E depois de seis meses, manda de novo.

· Amigo Solidário: Manda um monte de mensagens de auto-ajuda cheias daqueles anjinhos, florzinhas, como se isso fosse mudar a sua vida definitivamente.

· Amigo Madre Tereza de Calcutá: Vive mandando e-mails de pessoas com doenças, crianças desaparecidas, creches necessitadas etc.

· Amigo Lá Vem Ele...: Aquele que lembra de te mandar e-mail só para pedir alguma coisa.

· Amigo Ping-Pong: Aquele que recebe um e-mail de alguém e repassa para toda a sua lista inclusive para a pessoa que o mandou.

· Amigo On Line: Mal mandamos e a resposta já está de volta.

· Amigo Off Line: Depois de um ano e oito meses a resposta vem... E sem referência.

· Amigo Tô Nem Aí: Você manda dez e-mails e ele não te retribui nem com meio.

· Amigo Chato: Manda sempre os piores e-mails do mundo. Manda no mínimo 118 e-mails por dia. Pensa que você tem todo tempo para lê-los.

· Amigo Hora do Rush: A caixa postal dele tá sempre lotada. Nunca tem tempo para abrir os e-mails.

· Amigo Anos 60: Vivem mandando totens, correntes, esoterismo, numerologia, horóscopo, mantra, reiki etc...

· Amigo Arquivo X: Acredita em todas as teorias conspiratórias e reenvia pra todo mundo. Ainda faz o comentário pra todos lerem com atenção.

· Amigo Mesmo: Ao invés de te mandar resposta via e-mail, te telefona.

E se alguém não se enquadrar num desses tipos, é porque não tem computador. Nem telefone.







Fiquei devendo...

Para a turma que tem medo de manequins de loja; pensando bem, deve até existir uma comunidade no Orkut sobre isso.

Essas são as manequins chinesas.

Achei que fossem peculiaridade de Shangai, mas minha amiga Karin, que mora na China há seis anos, me disse que estão espalhadas pelo país inteiro.

Como lá, salvo raras exceções, eles definitivamente não dominam a arte de arrumar vitrinas, a gente as vê sempre assim, amontoadas.

Creepy!

Aliás, se vocês quiserem ver mais fotos da China e ler o meu diário de Shangai, é só ir a shangai.tk.






Leblon










O lado humilde da Garcia










Melcado Livle

Mandei vir um cartão de memória via Mercado Livre. O vendedor é um rapaz chinês lá do Sul, que me explicou que o cartão viria via Taiwan.

Há uma semana fiz o depósito e hoje chegou um envelope de Taiwan, com lindos selos e o meu cartão tão esperado.

Nas costas do envelope, um impresso com ideogramas e, embaixo, a tradução:
"Must myself invite not to open and read"
Estou quebrando a cabeça desde que recebi o envelope mas, por mais que faça, não atino com o significado disso.







Urubu ao quase sol

Eu achava que só os biguás ficassem assim, de asas abertas ao sol; mas hoje à tarde, quando quentou um fiapinho de sol, este lindo urubu, tranqüilamente pousado sobre um poste, deu uma de biguá e ficou parado, estendido, durante um tempão.

Na verdade eram dois, cada qual na sua lãmpada, e ambos fizeram o numerito, admiravelmente sincronizado.






Os cãezinhos do CCZ

O Luiz fez um mural com fotos dos bichinhos que lá estão abandonados. Por favor, gente, vamos ajudar! Mesmo quem não puder adotar, se puder contribuir com ração, remédios, grana... enfim, qualquer ação é bem-vinda para diminuir o sofrimento desses pobrezinhos.

Entrem em contato por email com drs. George e Rosana, ou com os drs. Regis (diretor do CCZ), George ou Veronica pelos telefones 3395-2142 ou 3395-1595 se vocês puderem fazer alguma coisa.