31.7.06 Tutto il cuore bene trovatoGente, muito obrigada pelos votos, carinhos, simpatia: n�o h� nada no mundo como ter amigos, e eu, modestamente, tenho os melhores... ;-)Fazer anos assim n�o d�i nada! 30.7.06 O gato em detalhes![]() O novo gato veio de Berlim -- cada vez que eu viajo, trago um gatinho miniatura diferente para a casa. O autor do gato � o alem�o Thomas Hoffman, que cria bichos muito loucos e lindos; seu trabalho pode ser visto na p�gina da empresa que criou e que dirige, a Tom's Company. 29.7.06 Nossos classificadosChamando todos os geeks: oferta de emprego!If you are an expert in PHP, 28.7.06 Gente, hoje � anivers�rio da Heliana!!!Parab�ns, querida!!!Muita sa�de, muitas felicidades, muitos gatos e, claro, muitas ondas bacanas para continuar surfando na boa por muitos e muitos anos!O Rio � uma festaTa�, eu j� tinha me esquecido de como tem agito nessa cidade! S� esta semana fui ao show da Marisa Monte, ao sneak-preview para amigos do filme do Cac� e, ontem, � estr�ia de Porcelana Fina, a nova pe�a da Vera Fischer. E ainda teve o Pr�mio Tim, que coincidia com o filme e deixei pra l�. Resultado: em menos de uma semana, j� revi uma quantidade enorme de amigos -- e o melhor � que todos t�m notado que emagreci... :-) Isso � �timo, porque d� muita for�a pra continuar seguindo a dieta direitinho. Por outro lado, ver a Vera � sempre deprimente, e me d� uma baita vontade de jogar a toalha. Somos amigas h� quase 30 anos e, juro, mesmo com o pouco-quase-nada de exerc�cio que fa�o, ainda me mexo mais do que ela; pra n�o falar que dieta � palavra que n�o consta do seu vocabul�rio... ao passo que n�o sai do meu. E a danada sempre linda e esplendorosa. * suspiro * DNA � tudo... 27.7.06 Somos pobres, mas somos fresquinhos![]() Minha primeira compra, agora que voltei para casa, vai ser um quadro-negro. Preciso escrever cem vezes: "Nunca mais reclamo do calor do Rio". N�o me lembro mais se, em algum momento da vida, estive na Europa no ver�o; mas sei, com certeza, que nunca vou me esquecer de dois dias em Hamburgo e tr�s em Paris em que tive saudades daquele arzinho fresco de Manaus e da aragem de Cuiab� -- e em que compreendi, afinal, por que as ondas de calor europ�ias fazem tantas v�timas. Antes, devo dizer que sempre achei um disparate morrer de calor l� para aquelas bandas. Minha impress�o era a de que as v�timas sucumbiam de puro susto, para n�o dizer frescura, palavra pouco adequada sob todos os aspectos �s tr�gicas circunst�ncias; agora, que senti a can�cula na pele, literalmente, me penitencio. N�o s� � poss�vel morrer de calor na Europa, como � espantoso que mais gente n�o o fa�a. Chega a ser assustador verificar como, a esta altura dos desmandos ecol�gicos, o continente est� despreparado para o calor. Vi d�zias de lojas chiqu�rrimas em Saint-Germain onde as vendedoras, coitadas, trabalhavam com o escasso refresco de um ventilador mirrado voltado em sua dire��o; ar-refrigerado, e ainda assim fraco, s� nas grandes lojas e em alguns cinemas. Os outros desconhecem esta pe�a essencial � sobreviv�ncia humana. No metr�, nos �nibus e nos trens, o calor da hora do rush , em que milhares de pessoas se apertam nos vag�es, s� n�o � o que h� de pior porque, al�m dele, h� o cheiro das supracitadas pessoas. * * *Na casa das minhas amigas em Hamburgo, pude ver como tudo conspira contra o bem-estar de um europeu no ver�o, a come�ar pela decora��o, invariavelmente pensada para o frio. Carpetes, cortinas, estofados -- tudo � feito para ajudar aqueles pobres b�pedes a atravessarem os longos meses de inverno. As janelas podem ser abertas, claro, mas a id�ia n�o � essa. Todas s�o decoradas com rendas, vasos de flores e objetos lindos de se ver da rua, mas complicados de tirar do lugar no ocasional dia de calor. Para n�o falar no pavor que todo bom europeu tem de correntes de ar.No banheiro n�o h� chuveiro. H� banheira e uma ducha m�vel que, nos hot�is, pode ser presa � parede na altura de um chuveiro; mas a simples configura��o deste arranjo hidr�ulico � a prova de que os banhos refrescantes sem os quais n�o conseguimos sobreviver aqui n�o fazem parte da vida di�ria de l�. * * *Sob este aspecto, o Rio � uma cidade singularmente bem adaptada �s suas circunst�ncias. Quando eu era crian�a e ar-refrigerado ainda era um luxo, os cinemas j� tinham aparelhos t�o possantes que se davam ao luxo de deixar as portas abertas, para atrair os passantes. Uma das coisas de que eu mais gostava no ver�o era de passar em frente ao Metro ou ao Copacabana, s� para sentir a onda de ar frio que vinha l� de dentro. T�xi sem ar praticamente n�o existe mais, e nem se imagina uma loja com um m�nimo de sofistica��o sem refrigera��o.Pois s� agora, depois da onda de calor que, h� tr�s anos, deixou 15 mil mortos na Fran�a, alguns estabelecimentos mais espertos come�am a perceber o potencial de marketing de um bom ar-refrigerado. Para mim, acostumada � temperatura polar sub�rtica da refrigera��o m�dia carioca, parecia piada ver hot�is e restaurantes de certa categoria com imensas placas anunciando "Climatis�" -- como se todo o conceito do ar-refrigerado houvesse sido inventado ontem, e as mudan�as clim�ticas n�o fossem realidade j� h� d�cadas. � verdade que, se algum dia nevar no Rio, estamos fritos; mas a hip�tese parece remota, sobretudo nesta linda tarde invernal de ter�a-feira em que escrevo, vendo o term�metro marcar 30 graus l� fora. Acabo de chegar da Lagoa, onde fui dar uma volta de bicicleta e conferir a minha quer�ncia. Os filhotinhos de frango d'�gua que eram pequetitinhos quando viajei vingaram e est�o lindos: nunca vi tantos deles por aqui. Os bigu�s est�o �timos, as duas gar�as minhas amigas continuam onde sempre estiveram, e o teimoso casal de quero-queros, mais uma vez, d� voltas em torno do campo de beisebol. Burros! Como pretendem que seus filhotes sobrevivam l�?! Acho que vou adotar o mantra que Mam�e usa nesses casos: -- Darwin, Darwin... * * *Para que a vossa cronista possa tomar p�, e resolver a penca de problemas e pend�ncias que se acumularam durante sua aus�ncia, esta coluna sai do ar por duas semanas. Fiquem bem; a gente retoma a conversa no dia 17 de agosto. At� l�!(O Globo, Segundo Caderno, 27.7.2006) 26.7.06 25.7.06 Outono no meu quintal![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Algumas not�cias: 24.7.06 23.7.06 22.7.06 Volta ao larO avi�o da Air France estava lotado, atrasou quase duas horas mas, ainda assim, a viagem foi boa: eu estava voltando, e em viagem de volta a gente tem um bom humor que resiste a tudo. Ou quase tudo: ainda tenho que ligar pro Luis Fernando Verissimo e pra Lucinha, pra saber se humor deles resistiu ao cancelamento do v�o Varig SP-RS que os levaria at� Porto Alegre. Aqui em casa estava bem e lindo e gostoso; a come�ar pelos quadrupes, que fizeram fila na porta para me receber. Normalmente, quando volto de viagem, aparecem um ou dois, mas acho que desta vez acharam que eu tinha sumido no mundo e se esqueceram de fazer de conta que estavam me ignorando. Foi uma festa completa! Todas as diverg�ncias entre eles foram esquecidas. Me deitei no ch�o e fiquei um temp�o brincando com todo mundo. Depois, quando come�aram a cheirar as malas, achei melhor tir�-las de cena o mais rapidamente poss�vel, antes que algu�m tomasse satisfa��o com elas. Deixei a id�ia de dar uma pedalada na Lagoa pra l� e, pela �lyima vez na temporada, j� coma ajuda da S�nia, brinquei de Pack-Man: trois paquei (do original � p�quin, do Ribondi, transformado em deux p�quin pela M�nica L) tudo e guardei as malas no closet, antes que alguma vingan�a maligna as inutilizasse olfativamente. Por falar nisso, sabem a tal pilha de jornais t�o bem arrumadinhos pela S�nia descrita pelo meu amigo? Pois dan�ou, junto com boa parte da correspond�ncia e o Razr prateado que eu tinha emprestado pra Bia antes de ela trocar o preto comigo pelo W800. Este Razr andava dando problemas (desligava sozinho, a tela �s vezes s� acendia pela metade) de modo que n�o foi uma grande perda, mas agora estou sem o celular que os meus amigos conhecem: o chip que estava l� dentro era o meu telefone habitual. N�o sei quem foi o(a) culpado(a), mas, puxa, d� pra entender. Quase dois meses sem not�cias, tadinhos, era querer demais que se portassem feito lordes ingleses ou British Short Hairs. Tirando isso, tudo na mais perfeita ordem: antes que a �ltima mala fosse guardada, todos j� estavam dormindo pelos cantos. Tenho para mim que os gatos culpam as malas pelas nossas viagens. Afinal, quando sa�mos de casa sem elas, sempre voltamos logo; quando entra um daqueles quadrados pretos em cena, pronto, � aus�ncia longa. Desfazer as malas e tir�-las da vista deles os tranq�iliza, � sinal de que vamos ficar em casa. Quanto a mim, que achei que estava no maior pique, desmaiei antes da meia-noite cercada de gatos, na minha pr�rpia cama! e com o meu pr�prio travesseiro!, acordei morta de fome de madrugada, n�o consegui continuar na cama depois das oito, tomei caf� quando o corpo pedia almo�o j�!, fui para o sof� ler o jornal e... acordei ainda agora, sem no��o de que tinha adormecido. Ontem, enquanto desempacotava as coisas, fiz v�rias fotos da Fam�lia Gato. Mais tarde subo pra c�, para que voc�s possam conferir com seus pr�prios olhos como est�o lindos; agora vou dar uma volta pela Lagoa e conferir como anda o quintal. � t�o bom estar em casa... :-) Uma esperan�a pro TomDeu no Ancelmo de hoje:A 10 C�mara C�vel do TJ do Rio condenou a Churrascaria Ga�cha, em Laranjeiras, a indenizar em R$ 10 mil um vizinho, o advogado Marcelo Turra, por excesso de barulho.Quem sabe, hein, Tomzinho? Se Deus for justo -- e a justi�a tamb�m -- voc� ainda fatura uns trocados pela chatea��o rotineira... 21.7.06 20.7.06 Desligo, c�mbio.Povo, aqui encerro as transmiss�es do Velho Continente.Tenho que terminar de fazer a mala, guardar o notebook, tomar banho e correr com a vida, ou perco o avi�o. Muito obrigada a todos pela companhia maravilhosa que me fizeram, pelas dicas, pelo carinho; sem voc�s por aqui, a viagem n�o teria tido a metade da gra�a. E, como sempre, um agradecimento super especial aos queridos gerentes que cuidaram do blog quando eu n�o tinha conex�o: Tom Taborda, Lucas, Jussara, Eduardo Stuart e, sempre, o F�bio "The Man" Sampaio, nosso Caryorker. Se Deus quiser, o pr�ximo post ir� ao ar da Muy Leal e Her�ica Cidade de S�o Sebasti�o do Rio de Janeiro, onde, apesar de tudo, mora o meu cora��o. O dia em que fui presa em ParisQuis o Bom Deus que, em mar�o de 1977, o governo franc�s convidasse a editora do Segundo Caderno do "Correio Braziliense" para uma semana de comemora��o da inaugura��o do Centro Georges Pompidou; e que, salve Ele!, esta editora fosse eu. Assim � que, com 24 anos incompletos, mochila nas costas, sand�lia de pneu, poncho peruano e uma cabeleira que ia quase pela cintura, desembarquei na cidade, para horror dos diplomatas impec�veis que me esperavam na pista da aeronave num reluzente Mercedes preto �ltimo tipo. Algu�m estava com a roupa errada, e n�o eram eles. No trajeto at� o hotel, percebi que ficaram aliviados ao perceber que a selvagem rec�m-chegada n�o s� era capaz de se comunicar em palavras, como, ainda por cima, o fazia num franc�s bastante razo�vel; e que, incroyable !, sabia at� quem eram os nomes do sofisticado card�pio cultural preparado para a imprensa estrangeira. Ainda assim, como apresentar aquela coisa no front-desk do Lutetia, uma esp�cie de Copacabana Palace da Rive Gauche? Pobres diplomatas. Hoje me ponho no seu lugar e fico de cabelos em p� s� em pensar na saia justa em que os meti. Ser hippie em Bras�lia j� era meio esquisito, mas em Paris era definitivamente out, pelo menos nas altas rodas do Quai d?Orsay. Mochileiros como eu dormiam nos bancos da esta��o, e olhe l�. Diga-se a favor dos bravos empregados do Lutetia que nenhum fez cara de espanto. Fui regiamente acomodada numa su�te maior do que o apartamento em que morava na �poca -? e, imediatamente, telefonei para todos os amigos para virem me visitar. Eu nunca havia estado em Paris antes, mas, naqueles anos, o que n�o faltava na cidade eram brasileiros exilados. Na mochila, al�m de uma ou duas trocas de roupa (todas igualmente inapropriadas), eu trazia goiabada para um, livros para outro, um gravador para uma terceira; de modo que, em dois dias, eu j� tinha �tima turma local. Entre uma cerim�nia no Pompidou e um concerto na Sale Pleyel, nos encontr�vamos na Rue Mouffetard, com�amos lindamente a �timos pre�os e percorr�amos a cidade de gra�a. Para isso, bastava entrar no metr� pela porta da sa�da. As portas eram diferentes das de hoje, que mal d�o passagem para uma pessoa. Ouv�amos desaforos � be�a dos nativos, mas, naquela �poca e com aquela idade, eu apenas achava tudo muito divertido... at� o dia em que fomos pegos pelos flics, os tiras, sem d�vida alertados por algum cidad�o furioso com aquele bando de arruaceiros. Todos fizemos caras de anjos: como podiam pensar que jamais nos passaria pela cabe�a entrar no metr� sem pagar?! Cara e conversa n�o convenceram, por�m, e os flics pediram nossos documentos. Todos tinham identifica��o, menos eu, instru�da no Brasil a jamais sair na rua com o passaporte, que poderia ser roubado por algum perigoso subversivo. Eu nada tinha a temer dos perigosos subversivos meus amigos, mas se perdesse o raio do passaporte levaria meses at� conseguir outro no Itamaraty -- e precisava voltar ao Brasil em poucos dias. Os policiais ficaram t�o contentes em encontrar algu�m sans papiers que concentraram as aten��es em mim e deixaram os outros para l�. Apelei: -- Estou em Paris a convite do governo franc�s! -- Claro -- disse um dos flics. -- E eu sou a Rainha da Inglaterra. -- Mas � verdade! Posso provar. S� preciso ir at� o Hotel Lutetia pegar os meus papiers. -- Ao Hotel Lutetia?! Os flics perderam a compostura e tiveram um acesso de riso. Depois, ainda enxugando as l�grimas, me levaram para a delegacia. Pedi a um dos amigos que passasse no hotel para pegar o passaporte e a carta em papel timbrado, chique ao �ltimo, que estavam na gaveta da escrivaninha. No caminho para a delegacia, insisti tanto e t�o convincentemente na minha hist�ria, que me deixaram ligar para o Lutetia. Pedi para falar com o gerente e, mico dos micos, expliquei que estava chez les flics , e que um amigo passaria em breve por l� para pegar os papiers. Foi quase t�o dif�cil convencer o homem a deixar um desconhecido subir para o meu quarto quanto convencer os policiais de que eu n�o tinha tomado ch� de cogumelo, mas, finalmente, tudo acabou bem e, uma hora depois, o amigo chegava com o passaporte e a carta para me salvar. Ao ver a papelada, os flics ficaram perplexos. Onde � que o governo andava com a cabe�a para convidar criaturas desqualificadas como eu?! Ainda assim, me pediram desculpas ("A senhora parece muito mais nova", uma forma polida de dizer que eu j� devia ter aprendido a me vestir e a me portar direito), me ofereceram um caf� bem forte e me deram carona at� o hotel, cheios de dedos e galanteios. Nem preciso dizer que nunca mais andei num �nibus, trem, metr� ou vaporetto sem o bilhete devidamente carimbado, registrado, perfurado e o que mais exija a legisla��o local. Ontem voltei pela primeira vez ao Lutetia depois de quase 30 anos, para mostr�-lo � minha filha. Paris mudou muito, a globaliza��o acabou com qualquer vest�gio de eleg�ncia tur�stica, mas o Lutetia continua igual, com seus m�rmores, seus espelhos e seus bronzes reluzentes. O poncho peruano, os cabelos desgrenhados e a sand�lia de pneu sumiram na poeira dos tempos, mas, usando Birkenstocks, bermudas e uma camiseta berlinense, me senti t�o inadequada e fora de lugar quanto nos idos de 1977. Dei um bordejo r�pido pelo hall e fugi correndo, antes que algu�m daqueles tempos me reconhecesse. (O Globo, Segundo Caderno, 20.7.06) BolhaDesde que sa� do Rio, minha sensa��o tem sido a de estar vivendo dentro de uma bolha. Primeiro na Copa, onde a �nica coisa de que se falava era futebol; depois aqui, com a Bia, onde as �nicas coisas relevantes eram a temperatura l� fora, o que far�amos ao longo do dia, quem encontrar�amos e a quantas andavam os nossos ent�o ainda existentes euros.O Brasil e o mundo ficaram isolados, l� longe. Aqui passei a semana inteira sem jornal e, mesmo no Globo online, lia apenas as manchetes, e olhe l�. �s vezes uma not�cia mais s�ria conseguia furar a bolha, mas logo era varrida para baixo do tapete. Para quem passa o ano inteiro com uma baita sobrecarga de informa��es ("information overload", como se diz por a�), h� poucas coisas mais saud�veis do que passar um tempo como viviam as pessoas antigamente -- ligada apenas �s circunst�ncias imediatas. Ningu�m ag�enta saber das desgra�as e infort�nios do mundo inteiro 24 horas por dia, 365 dias por ano. Amanh�, assim que chegar ao Rio, ainda vou me dar uma folga: preciso botar em dia a rela��o com sete quadrupes saudosos e matar as saudades que estou sentindo deles, da minha casa, da minha fam�lia. Mas o fim de semana vai ser fogo. Pilhas de jornal me aguardam e a rotina da informa��o globalizada j� est� l�, rosnando atr�s da porta. �s vezes tenho muita inveja das pessoas que viveram antes da Era da Informa��o, para quem mesmo os jornais do dia s� traziam not�cias ali da esquina, e olhe l�. * * *Ontem � noite fui jantar com Lucinha, Ver�ssimo e o Dinho, um jornalista brasileiro que mora aqui. Voltei a p� para casa � meia-noite, sentindo um cheiro de chuva no ar.Assim que entrei, o c�u veio abaixo, com direito a raios e trovoada. Se n�o estivesse t�o cansada, teria sa�do para fotografar. Imagino que, com isso, hoje esteja um pouquinho mais fresco l� fora: o term�metro ontem chegou aos 40 graus no sol, 37 na sombra. * * *Bia viajou super bem, espichada em tr�s poltronas e dormindo a viagem inteira.Disse que encontrou a gataiada �tima, mas pra l� de carente. Agora vou pra rua atr�s do meu perfume, depois volto para fazer as malas e, se sobrar um espacinho (e uns quilinhos), rua de novo para comprar uns livros. Fui! 19.7.06 Vida selvagemA essa altura, se o v�o da Tap saiu no hor�rio, a Bia j� est� cruzando o Atl�ntico rumo ao Brasil. Sete quadrupes tristonhos nem sabem (ou ser� que sabem?) mas, logo logo, v�o ter uma grande surpresa.Para mim,Paris perdeu boa parte da gra�a; acho que amanh�, quando pegar o avi�o, pela primeira vez na vida n�o vou embora com aquele gostinho de "Quero mais!". Cobrir a Copa foi uma das grandes aventuras da minha vida, e esta temporada europ�ia se encerrou com chave de ouro com a companhia da minha bipinha; mas agora quero a minha casa, a minha cidade, o meu pa�s; quero ouvir o pessoal falar brasileiro na rua, esbarrar nos amigos pelas esquinas, sentir o gosto da nossa comida e o cheiro do mar. * * *Ontem fomos � Place des Vosges e ficamos batendo perna sem destino pelo Marais, que � um dos meus cantos favoritos em Paris. Descobri um perfume maravilhoso no Fragonard, fiz a besteira de n�o comprar na hora e agora vou ter que sair para ca��-lo: Fragonard a gente s� encontra nas poucas lojas Fragonard ou pela internet, mas parece que h� uma aqui em Saint Germain.Vou procurar. Comemos por l� mesmo, num �timo vietnamita com cadeirinhas na cal�ada. Depois andamos at� o Centro Pompidou, onde h� uma exposi��o que me interessa -- O Movimento das Imagens -- mas estava fechado, d���, era ter�a-feira, e assim nos atiramos �s liquida��es. Esta � uma experi�ncia que eu nunca tinha vivido, �poca de super liquida��es em Paris. E � uma experi�ncia que ou voc� ama ou voc� odeia: milhares de pessoas disputando roupas e sapatos atirados por todos os cantos, filas quilom�tricas no caixa e, nem preciso dizer, ar refrigerado deficiente na maioria das lojas. Curiosamente, eu, que odeio shopping center e detesto experimentar roupas, adorei. Acho que � o elemento de ca�a ao tesouro da coisa, ou quem sabe a sensa��o de estar participando, ao vivo, de um cartum secular -- mas o fato � que voltei triunfante para casa com: A Bia, naturalmente, descobriu muitas coisas lindas, chiques e barat�rrimas mas, ao contr�rio da m�e, ela � magrinha e arrumada, ao passo que eu fa�o aquele look de quem acabou de cair da �rvore. * * *� noite deixamos tudo em casa e fomos ao Champs-Elys�es comprar uma mala. A que ela trouxe j� estava inteiramente detonada antes mesmo de sair do Brasil e, depois dos carinhos da companhia a�rea, detonou-se de vez. Era uma Samsonite de casco duro que me acompanhava h� anos, e que se tivesse milhagem pr�pria bem que podia dar uma volta ao mundo. Fico meio triste de abandonar essa velha companheira, mas lev�-la ao Brasil vazia, para reparos, nos custaria 120 euros de bagagem extra... mais os reparos.Aproveitamos para jantar por l� mesmo, compramos um daqueles sac�es de rodinhas no Monoprix que fica aberto at� meia-noite e voltamos para casa, onde passamos umas duas horas brincando de Pack-man; �s cinco a Bia, que mal cochilou, j� estava de p� para esperar o taxi. Seu avi�o sa�a a� pelas 7h30. Dormi at� meio-dia, achei a casa totalmente vazia, e agora vou para a rua: ainda n�o desisti dos telefones e minha primeira parada ser� uma SFR. A palavra do dia � SAUDADE. 18.7.06 17.7.06 Coment�riosF�bio S. avisa: o sistema de coment�rios sai temporariamente do ar �s 22h (hor�rio do Rio) para troca de servidores. Volta ao ar assim que tudo estiver OK.Batendo pernaHoje sa�mos cedo para a rua mas, estando num dos bairros mais interessantes de Paris, em plena �poca de liquida��es, n�o conseguimos ir muito longe.Logo aqui ao lado fica o Bon March� onde, por sua vez, fica a Grande Epicerie -- uma ultra-super delicatessen + supermercado onde se acha de tudo mais alguma coisa. S� neste Templo Sagrado da Minha M�xima Devo��o passamos bem umas duas horas: a vida � curta demais para tantos queijos, frios, temperos e comidinhas do mundo inteiro! E as frutas? E os legumes? E os chocolates? * SUSPIRO * Foi um passeio bastante plat�nico; as minhas malas j� est�o no limite, para n�o falar na conta banc�ria. Mesmo assim compramos um almo�o dos deuses e um jantarzinho b�sico e voltamos para casa para comer. Depois sa�mos de novo, pulamos no primeiro �nibus que apareceu e fomos at� Montparnasse. Andamos um bocado por l�, mas o bairro n�o � dos meus favoritos. Ainda assim entramos e saimos de lojas, alimentamos uns pombos confiados, vimos coisa � be�a e, aos poucos, acabamos novamente em Saint-Germain. Chegamos em casa �s dez da noite, ainda dia claro; jantamos a sopa de cogumelos que hav�amos comprado mais cedo na Epicerie e nos dedicamos � brincar de Packman: temos que comprar uma mala nova pra Bia, mas era importante saber antes a quantas andamos em termos de espa�o e peso. Depois escrevi a coluna de quinta-feira e agora, exausta, vou dormir. Os telefones continuam mudos em termos de fotos. Amanh�, sobrando um tempinho, subo algumas via Flickr. Fiquem bem! :-) Resumo do domingoOntem n�o fizemos quase nada; a Bia n�o estava bem (por incr�vel que pare�a, acho que pegou uma insola��o!) e passou o dia fraquinha e febril. � noite tomou rem�dio, deu uma melhorada e fomos at� Pigalle -- eu queria que ela visse o Moulin Rouge.Pigalle nunca foi um convento, mas agora virou, muito agressivamente, o centro do com�rcio porn� de Paris. � uma sex-shop atr�s da outra, um bar de lap dance ao lado do outro, tudo bem decadente, comme il faut. No Moulin Rouge propriamente dito � imposs�vel entrar: a fila de turistas d� voltas no quarteir�o. E o show, convenhamos, deve ser a vers�o local daquele, de mulatas, que a Plataforma apresenta. Olhei para a fila de turistas com uma certa pena, todos achando que iam encontrar a Nicole Kidman l� dentro ou, no m�nimo, ver algo autenticamente parisiense. Mas tudo bem, viajar � isso mesmo e, tirando o fato de estar numa fila monstruosa debaixo de um calor de bode em pleno sol das dez da noite, todos pareciam bem felizes. Demos uma voltinhas, comemos num fast-food chamado Quick que tem pratos enormes de saladas e hoje a Bia j� est� t�o serelepe que, mal acordou, foi ali na esquina comprar uma baguette. A agenda de hoje prev� uma ida � loja da SFR para pegar a carteira de identidade que esqueci l�, e fazer uma �ltima tentativa de configura��o dos telefones. Depois vamos passear sem destino fixo, mas certamente parando nas liquida��es espetaculares e na Printemps, que a Bia ainda n�o conhece e que acho uma das lojas mais lindas do mundo. Vamos tamb�m ao Marais, outra regi�o que adoro. Finalmente, vamos ver se o tour noturno de bicicleta, adiado ontem mais uma vez, desta vez sai. Depois eu conto. E, se a visita � SFR adiantar de alguma coisa, at� mostro -- em real-time! (Tou dizendo: nada como uma viagem � Europa para fazer com que a gente d� valor ao que tem em casa! Tirando a It�lia, onde a Tim d� um show, e a Finl�ndia, onde a Nokia criou uma poderosa cultura de comunica��o m�vel, ainda n�o encontrei pa�s onde n�o tivesse problema para configurar os telefoninos. Falar � f�cil e todos falam � primeira troca de Simcard; mas mandar MMS e acessar a internet ainda s�o outros 500.) 16.7.06 Not�cias da Fam�lia GatoUm amigo esteve l� em casa para ver se estava tudo OK com os gatos, que, depois da viagem da Bia, ficaram por conta da S�nia, a empregada deles que �s vezes nos presta uns servi�os. Seu relato:"Depois de alguma hesita��o, resolvi passar na gatol�ndia. E foi importante. N�o sei a que horas a S�nia saiu na sexta, nem se a comida, afinal, dura ou n�o 30, 36 horas. Cheguei l� pouco antes das 22h e n�o havia uma comidinha sequer, em nenhum dos potes (inclusive os tr�s que voltaram a ser operados no fim do corredor, onde a Pipoquinha, ali�s, adora comer...). Ou seja, essa hist�ria de "croc�ncia" � uma tremenda frescura, porque quando a fome apertou, eles comeram tudo...Ah, gente, estou com tanta saudade dos peludos!!! 15.7.06 Mais fotos via Flickr...Ainda n�o consegui que a SFR tome conhecimento da minha exist�ncia;porisso, por enquanto, as fotos continuam sendo subidas aos magotes, quando volto para casa.Hoje fomos a Montmartre com a Maria e o Rafa, demos muitas voltas com o carro, chegamos atrasados ao Fat Neste momento, 2h25 em Paris, escrevo sozinha na sala, enquanto a galera dorme o sono dos justos -- e o pior � que todos eles s�o mais ou menos noturnos. Vou seguir o exemplo e me recolher. Bom domingo para todos! � rigorosamente proibido fotografar ou filmar dentro da igreja![]() Tudo o que eu tenho a dizer em rela��o a iso �: huahuahuahuahuahuahuahuahua!!! Capivara, Maria, Bia e Rafa![]() A Capivara ganhou duas roupas novas da Bia. Uma � este foulard, para ficar com um ar bem parisiense... 14.7.06 Sobre as fotosEstas fotos n�o foram subidas por telefone, mas sim atrav�s do Flickr. Agora vou para a rua, n�o volto t�o cedo, portanto este blog ficar� meio paradinho do lado de c�: a atividade agora � com voc�s.Beijos! Nas garras da FodafoneAcabo de passar duas horas tentando descobrir por que cargas d'�gua n�o consigo mandar MMS pelos telefones, sequer registr�-los no site da SFR, que � como se chama a Vodafone aqui. Detalhe: nos 0800 locais, n�o h� gente atendendo nem hoje (feriado), nem amanh� nem depois.Antes de ficar maluca, e de perder todo o meu tempo parisiense �s voltas com isso, liguei para a sucursal da SFR para estrangeiros... em Londres! E l�, finalmente, consegui descobrir que, para que uma conta seja plenamente registrada e possa funcionar a pleno vapor, h� um prazo de 24/48 horas. Depois a gente fala mal das nossas operadoras brasileiras... Tim, Claro, Oi e Vivo: est� TUDO perdoado! Eu AMO voc�s!!! 13.7.06 Amigos ursos Sempre achei terceiro lugar em Copa muito melhor do que segundo. Quem fica em segundo perde um jogo, quem fica em terceiro ganha; e ganhar, nem preciso dizer, � muito melhor do que perder. Isso me parece absolutamente �bvio mas, por incr�vel que pare�a, jamais consegui explicar esta teoria de forma convincente � minha M�e, aos meus amigos atletas ou a f�s de esporte em geral. Quando toco no assunto, todos me olham com muita pena e um indisfar��vel ar de "Sancta simplicitas!" - mas os dois �ltimos jogos da Copa foram, enfim, a demonstra��o pr�tica de que n�o estou de todo errada. Quem assistiu ao jogo entre Alemanha e Portugal viu um time vitorioso e alegre, aclamado por torcedores absolutamente euf�ricos. Nas ruas da Alemanha, a popula��o comemorava, com o maior orgulho, o desempenho dos seus jogadores. A festa entrou pelo domingo afora e ainda hoje, ter�a-feira, quando escrevo, carros e bicicletas circulam com bandeirinhas, as janelas seguem enfeitadas e quem n�o tem que ir trabalhar usa camisetas com as cores do pa�s. Suponho que, em termos germ�nicos, isso corresponda a bem um m�s de festa na Bahia. Quem assistiu � final, em contrapartida (trocadilhos, por favor), viu a ant�tese do esp�rito esportivo - n�o s� na cabe�ada do Zidane, mas, sobretudo, na atitude antip�tica de tantos franceses que, mal desceram do p�dio, arrancaram a medalha de segundo lugar do peito, como se ela n�o valesse nada. Nas ruas de Berlim, onde os italianos faziam festa junto com os alem�es, os franceses passavam cabisbaixos, com cara de enterro - embora tenham ficado � frente dos alem�es. Em esportes individuais, como nata��o, por exemplo, o segundo lugar � indiscutivelmente melhor do que o terceiro; mas em esportes coletivos, em que times se confrontam em jogos diferentes, cada vez mais me conven�o de que, pelo menos, h� margem para discuss�o. *** Como j� se falou, os jogadores e torcedores alem�es fizeram por merecer a festa. Nunca assisti a outras copas, mas esta foi um evento muito bem organizado e, ao contr�rio do que eu imaginava, muito pac�fico, pelo menos por onde andei. Os alem�es n�o poderiam ter sido anfitri�es mais gentis e hospitaleiros. Como os jornais locais j� comemoravam antes mesmo da semifinal, eles foram os campe�es do cora��o das torcidas, der Herz Weltmeister. *** Coisa bonita de se ver, tamb�m, foi a quantidade de brasileiros que, apesar do vexame da sele��o, continuaram vestindo a camisa do Brasil e agitando a nossa bandeira. Ali�s, achei linda a quantidade de cores e bandeiras pelas ruas de Berlim no dia da final. Havia centenas de poloneses, por exemplo - e o time deles nem se qualificou. Havia montes de croatas, com aquela camiseta medonha de quadradinhos, e japoneses, e coreanos e uma espantosa quantidade de mexicanos, todos orgulhosos das suas nacionalidades; � muito interessante ver uma multid�o em que se pode identificar de onde v�m as pessoas. Confesso que me senti envergonhada de ter guardado, t�o r�pido, a camiseta verde e amarela. Afinal, o pa�s est� muito acima do time chinfrim que veio disputar o mundial. Ontem ainda sa� com a camisa da It�lia, terra da minha M�e, por quem torci na final e que, pelo menos, me deu um certo gostinho de vit�ria; era agora ou nunca. Algo me diz que n�o vai pegar bem fazer isso em Paris, minha pr�xima parada. Depois, no entanto, volto �s nossas cores. Que se envergonhem os jogadores, sobretudo aqueles que n�o cumpriram o que deles se esperava; mas eu sou brasileira, caramba, e n�o desisto nunca. *** A melhor tradu��o do esp�rito de fraternidade que reinou entre a maioria dos turistas que vieram para a Copa estava na Bebelplatz, de triste mem�ria, onde, em maio de 1933, os nazistas queimaram milhares de livros que consideravam mals�os. A pra�a � um espa�o amplo onde, hoje, existe um monumento arrepiante relembrando os livros mortos: centenas de estantes vazias, debaixo da terra, que podem ser vistas atrav�s de uma abertura de vidro no ch�o. Nesta temporada, por�m, l� est� a "United Buddy Bears", exposi��o itinerante que se define como "a arte da toler�ncia". Aproveitando o mote dos ursos coloridos que pontuam Berlim, um c�rculo de 142 ursos que, cada qual representando um pa�s, parecem se dar as m�os. Cada um foi feito por um artista local, e � uma del�cia ver quantas id�ias podem dar certo a partir de uma mesma forma. Eventualmente os ursos v�o a leil�o, e o dinheiro arrecadado � utilizado para ajudar crian�as ao redor do mundo: de 2002 at� hoje, os simp�ticos bichinhos j� conseguiram mais de um milh�o de euros. Os recursos do pr�ximo leil�o, a ser realizado quando a exposi��o deixar a Bebelplatz, ser�o entregues ao projeto Escolas para a �frica, do Unicef. (O Globo, Segundo Caderno, 13.7.2006) 12.7.06 Sous le ciel de ParisDesculpem o sumi�o, mas acabaram-se os cr�ditos do telefone e, quando fui a uma loja da SFR comprar um SimCard local, descobri que tinha esquecido a identidade em casa. Resultado: esta ser� uma tarefa da qual tentarei me desincumbir amanh�.Bia, que estava � minha espera, j� esquadrinhou toda a �rea onde estamos; batemos muita perna durante a tarde e fomos jantar num restaurante que s� serve entrec�te com salada e batatas fritas; nem preciso dizer que tudo estava bom demais. Faz calor, mas � noite melhora. Tanto que estamos at� estudando um tour de bicicleta noturno, de cinco horas, que possivelmente faremos amanh� ou s�bado. O 14 Juillet passaremos com o Verissimo e a Lucinha, que est�o no maior estresse com a viagem -- vieram de Varig, e os v�os daqui pro Brasil foram suspensos. Encerro as transmiss�es por hoje; estou cansada demais. Prometo coisa melhor para amanh�, t�? Beijos para todos! 11.7.06 Sozinha em BerlimTodos est�o indo embora daqui a meia hora... menos eu!Como viemos de Air France, resolvi aproveitar a troca de avi�o em Paris para esticar l�, at� porque uma amiga me emprestou o apartamento. Mas quem diz que a ag�ncia de turismo entendeu? Eles simplesmente n�o leram at� o fim o email que enviei, ecandidamente confessaram este pequeno deslize: quando deram com a express�o "dia 20", acharam que eu queria ficar NA ALEMANHA at� l�. Agora, por mais que se goste de um pa�s, por mais que se curta uma cidade, convenhamos que j� estou h� tempo suficiente aqui!!! A Bia j� est� em Paris, Luis Fernando e Lucinha acabaram de embarcar para l�... e eu s� tenho passagem para amanh�. Eu quero ir emboooooooooooooooooooooooooooooora!!! Vou alugar uma bicicleta e sair por a�, pronto: ficar chorando no quarto � que n�o adianta. * grande, grande suspiro * 10.7.06 9.7.06 Domingo em BerlimPassei o primeiro tempo da final andando de bicicleta -- as ruas de Berlim estavam completamente vazias, o dia estava lindo, a bicicleta era �tima.Como � que eu podia perder essa chance?! No segundo tempo, fui me encontrar com a Lucinha. E, como pude constatar quando a turma se reuniu mais tarde no hotel, ficamos meio que na contram�o da Hist�ria -- todos os experts odiaram o jogo, mas n�s duas gostamos muito. S� aqueles italianos lindos correndo pra c� e pra l� j� eram uma alegria... :-D Apesar disso -- de ter gostado do jogo -- fiquei horrorizada com a cabe�ada maldosa que o Zidane deu no italiano. Ainda que o outro tenha provocado, � de se imaginar que, em futebol, ningu�m chegue ao topo da profiss�o se n�o souber ignorar provoca��es; mas ele agiu como um principiante bo�al, encerrando de forma pat�tica uma atua��o at� aqui impec�vel. Pior ainda foi a absoluta falta de esp�rito esportivo demonstrada por alguns atletas e pelo t�cnico (!) do time franc�s, que mal receberam a medalha de segundo lugar a arrancaram do peito, como se n�o valesse nada. Que atitude cretina e arrogante, francamente! Em contrapartida, deu gosto a alegria dos italianos, por quem eu estava torcendo, e ver, ainda hoje, os alem�es contentes da vida com o seu terceiro lugar, todos vestindo a camisa da sua sele��o, enrolados na bandeira e usando, cada qual, um adere�o de cabe�a mais estapaf�rdio que o outro. Acho que, se fossem baianos, o resultado da Copa era caso para uma semana de comemora��o, no barato. Outra coisa que gostei de ver: a quantidade de brasileiros que, apesar do vexame dado pela sele��o, continuou vestindo a camisa do Brasil e agitando a nossa bandeira. Confesso que fiquei com vergonha de ter guardado a minha camisa -- afinal, o pa�s est� acima do time chinfrim que veio disputar este mundial. Amanh� ainda � dia de sair com a camisa da It�lia, j� que algo me diz que n�o vai pegar bem fazer isso em Paris. Mas depois, voltam as nossas cores. Sou brasileira e n�o desisto nunca. Nova em folha!Depois de sei l� quantos dias de estrada e sei l� quantas mudan�as de hotel, mesmo os viajantes mais tinhosos come�am a esmorecer. Est� sendo assim comigo e com a Lucia Ver�ssimo, que temos mania de desfazer as malas assim que chegamos a um lugar, por menor que seja a estadia, e fazemos quest�o de manter o quarto arrumado como se fosse a nossa casa.Pois hoje, no caf� da manh�, descobrimos que estamos ambas tirando roupas das malas, cansadas demais para o arruma-desarruma habitual. Eu at� consegui fazer uma mala que, em tese, n�o precisarei mais abrir at� a minha chegada ao Brasil; mas continuo mantendo parte das coisas na outra. A �nica mala inteiramente desfeita foi mesmo a da tecnologia, a de bordo, em que transporto o notebook, as c�meras, os celulares e os conectores. Agora acabo de me dar a um luxo a que tamb�m n�o costumo me dar em viagens, porque acho um desperd�cio de tempo quando se tem tanta coisa nova para ver: tomei um banho de Cle�patra, de duas horas, daqueles de acabar com a �gua do pr�dio e causar separa��o entre casais. Antes do banho tirei o esmalte, cortei e lixei as unhas, fiz massagem de �leo no cabelo e usei uma m�scara anti-stress no rosto (YIKES!!!); depois, passei todos os cremes e perfume a que tinha direito. Pois valeu cada minuto: estou me sentindo um ser humano novo em folha! A programa��o do dia � ir ao Pergamon Museum e ao Museu Judaico e, mais tarde, me encontrar com a Lucinha, a Gra�a Magalh�es (correspondente do Globo aqui em Berlim) e duas outras jornalistas e irmos ao Clube da Imprensa, para assistir l� � final da Copa. � l�gico que, das entradas obtidas pelo jornal, nenhuma veio para mim, nem tinha porque vir, at� porque acho que j� vi tudo de futebol ao vivo que queria ver nesta Copa -- eu teria adorado assistir ao jogo de ontem, mas foi em Stuttgart. Acho que j� est�o confirmados na tribuna de imprensa o Rodolfo, o Tadeu, o Calazans, o Renato Maur�cio Prado e o Verissimo. Ainda h� colegas na lista de espera. Enquanto isso, a Bia j� deve ter chegado a Paris. N�o ficar� sozinha: a Fernanda, filha da Lucinha e do Luis Fernando, est� l�, e hoje tem at� piquenique programado na Vilette; eu continuo tentando conseguir passagem. * suspiro * E agora, rodas pra que te quero! Bom domingo para voc�s... :-D 8.7.06 Campe�es!Sempre achei terceiro lugar em Copa muito melhor do que segundo; quem fica em segundo lugar perde um jogo, quem fica em terceiro ganha. N�o consigo explicar as implica��es filos�ficas desta teoria para nenhum dos meus amigos atletas ou f�s de esporte em geral, mas hoje a Alemanha, finalmente, comprovou a minha tese.Se o pa�s tivesse levado a ta�a, a festa que o pessoal fez no est�dio, o buzina�o e a alegria nas ruas n�o seriam maiores: quem assistiu ao jogo hoje aqui em Berlim, ou em qualquer das cidades alem�s que a TV mostrou, viu um time vitorioso, aclamado por torcedores absolutamente euf�ricos. N�o sei se ficando em segundo lugar eles teriam esta felicidade. Os jogadores e os torcedores merecem a festa. Esta Copa foi um evento bem organizado, pac�fico, alegre; os alem�es n�o poderiam ter sido anfitri�es mais gentis e hospitaleiros. Como os jornais daqui comemoravam antes mesmo da partida de hoje, eles foram os campe�es do cora��o das torcidas, der Herz Weltmeister. 7.7.06 Quadro NegroNunca mais vou reclamar do calor do RioNunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio Nunca mais vou reclamar do calor do Rio 6.7.06 Quem parte leva saudadesJ� est� virando rotina: novamente escrevo de dentro do trem. Depois de dois dias deliciosos em Hamburgo, na companhia de amigos b�pedes e quadr�pedes, volto para Berlim -- constatando, pela en�sima vez, como � dif�cil deixar para tr�s gente e bichos queridos, cuja vida h� tanto tempo acompanho.De Hamburgo propriamente dita n�o cheguei a ver muito, al�m do centro e da ba�a do rio Alster. Fazia um calor pra amazonense nenhum botar defeito, e minhas amigas conclu�ram, mui sabiamente, que tudo o que eu precisava era de descanso e de um pouco de calma e tranq�ilidade. Assim, fomos para a casa da Antje, outra conhecida de Fotolog. Antje mora a 50 quil�metros de Hamburgo, numa �rea t�o pac�fica que as estradas ainda s�o de terra batida; � indescrit�vel a quantidade de p�ssaros que se podem ver e sobretudo ouvir no seu jardim. A casa da Antje � um cap�tulo � parte. � da primeira metade do S�culo XVIII, e desde ent�o conserva-se maravilhosamente de p� com suas vigas de madeira, seus tijolos aparentes e seu telhado de palha. Foi comprada por ela e pelo marido h� cerca de 15 anos, num leil�o meio blind-date -- os dois viram a casa por fora, mas n�o podiam ver por dentro. Sobrava pouqu�ssima coisa da estrutura original, mas aos poucos eles refizeram tudo a seu gosto. Ainda h� uns tijolos modernos postos pelo propriet�rio anterior que incomodam a Antje, mas o lugar � um perfeito para�so, pelo menos numa tarde de ver�o que vai at� �s dez da noite, com sol, cheiro de flores no ar e aquele passaredo incr�vel. Tanto Bine e Dani quanto Antje t�m lindos gatos, que sempre admirei pela internet. Bine � uma das melhores fot�grafas de bichos e insetos que conhe�o; Antje topa todas as brincadeiras fotogr�ficas, como n�meros em seq��ncia, alfabetos, cores, tampas de bueiros e por a� vai. Quando nos deixou na esta��o, por exemplo, trouxe a c�mera porque estava precisando muito de um n�mero 4. Todas cozinham incrivelmente bem, o que foi outra ben��o para quem vinha de tantos dias de comida de hotel e restaurante, e fizeram quest�o de me mimar a mais n�o poder. Dani fez uma salada com frango simplesmente deliciosa, Antje assou uma torta e trutas com am�ndoas, Bine preparou um magn�fico espaguete � bolonhesa para o meu bota-fora. A dieta, que eu vinha seguindo com certo cuidado, foi pro espa�o; mas voc�s h�o de convir que eu n�o podia fazer a desfeita com as minhas amigas de n�o comer os petiscos que elas prepararam com tanto carinho, n�? Agora s�o onze da noite em Berlim e chove fininho l� fora; amanh�, se o tempo melhorar um pouco, passo o dia de bicicleta para expiar o pecado... Novas diretrizes em tempo de derrotaFutebol �, como dizem por a�, "uma caixinha de surpresas". Pois garanto que cobrir uma Copa do Mundo, para quem nunca viveu antes esta experi�ncia, n�o fica atr�s. Os jogos, os bastidores, a torcida exaltada que vai de extremos de entusiasmo a extremos de f�ria no piscar de um chute, a facilidade com que esta torcida inventa refr�os e desanda a berr�-los a uma s� voz -- tudo foi novo e surpreendente para mim. De todas as experi�ncias que vivi, por�m, a mais estranha foi o abrupto dispersar do nosso grupo. No dia da derrota, todos est�vamos perplexos e ocupados demais para pensar no dia seguinte. No dia seguinte, contudo, as fichas foram caindo. Meio devagar, porque ningu�m vem para uma Copa imaginando o pior -- especialmente o pior de �ltima com que a sele��o se despachou. O que far�amos? Para onde ir�amos? Quem continuaria escrevendo? Quem voltaria para casa? Embora a Copa continue, ela passou a ser uma Copa sem gra�a, uma festa dos outros. Quais seriam as novas diretrizes em tempos de derrota? Como voc�s j� sabem, mas n�s ainda est�vamos pensando, o caderno diminuiu. Com o fim das colunas n�o esportivas e a redu��o da cobertura ao vivo, a equipe ficou dividida -- mesmo porque, at� para os que escrevem sobre futebol, passou a ser quase imposs�vel conseguir ingressos para os jogos, distribu�dos, preferencialmente, a jornalistas dos pa�ses que est�o em campo. Aos que ficaram soltos no ar, foi dada a op��o de continuar na Alemanha at� o fim da Copa. Uns, que t�m f�rias e j� tinham acerto com familiares para encontros depois do dia 10, toparam; outros, loucos para voltar para casa, entraram na batalha das passagens; � que, com a debandada da torcida, os v�os para o Brasil ficaram todos lotados. Xex�o, por exemplo, que nunca se deixou enganar por Frankfurt, foi direto para Berlim; eu ainda fiquei um dia na cidade, fazendo as malas e tomando coragem para abandonar o cotidiano com os colegas. At� isso foi novidade para mim, viajante habitualmente solit�ria. Nunca tirei f�rias em excurs�o e, mesmo a trabalho, quando fa�o parte de algum grupo de jornalistas, � sempre gente da �rea de tecnologia, e para eventos rel�mpago. Esses pequenos times costumam ser uma mistureba de nacionalidades, e viagens que duram mais de tr�s dias s�o consideradas quase ex�lio. Mal temos tempo para respirar, comer ou conversar uns com os outros. Pois aqui convivi durante um m�s com a turma mais legal, simp�tica e solid�ria de amigos. Todos mantendo o bom humor apesar dos hor�rios bizarros e das condi��es de trabalho nem sempre ideais, fazendo o poss�vel e o imposs�vel para superar dificuldades, na maior afina��o com o time de her�is do Toninho, o editor de esportes, que fechava no Rio, diariamente, o material que mand�vamos daqui. Se a sele��o foi uma decep��o geral, a nossa sele��o particular de jornalistas foi, para mim, motivo de constante admira��o e orgulho. Eu amo esta profiss�o, amo esses colegas que me fazem sentir parte de um time de craques. Sem falsa mod�stia: se a sele��o, aquela, jogasse com metade do brio e do entrosamento que todos demonstraram, dos garotos mais novos aos veteranos como o Antonio Maria, que j� cobriu nove Copas, ou o Verissimo, constantemente assediado pelos f�s, a ta�a teria sido nossa. Ainda assim, para o bem de todos e felicidade geral da na��o, � prefer�vel que eles continuem jogando bola, e n�s escrevendo e fotografando. * * *Neste momento trabalho, mais uma vez, em movimento. � ter�a-feira, e estou num trem rumo a Hamburgo, onde vou me encontrar com Bine e Antje, duas excelentes fot�grafas e empregadas de gatos que conheci h� alguns anos no Fotolog, e com quem continuo convivendo virtualmente atrav�s do Flickr. Conhe�o suas casas e seus gatos, assim como elas conhecem minha casa e minha Fam�lia Gato; trocamos informa��es sobre os quadr�pedes e sabemos das vidas umas das outras. Sempre nos amamos, mas nunca nos vimos.Hoje � noite (ter�a-feira), assistirei ao jogo It�lia x Alemanha na casa da Bine. Como os brasileiros, os alem�es tamb�m fazem festinhas e reuni�es para acompanhar os jogos. Ser� mais uma experi�ncia para acrescentar ao meu di�rio de bordo: assistir a um jogo inteiro pela televis�o e, ainda por cima, narrado em alem�o. Ainda bem que cinco lindos gatos estar�o a postos para me distrair. (O Globo, Segundo Caderno, 6.7.2006) 5.7.06 4.7.06 Nossos classificadosEscreve o meu amigo Mario Vianna: Estou contratando pessoal rec�m formado em Comunica��o e Desenho Industrial: - um(a) web designer com �timos conhecimentos em Flash MX, Dreamweaver MX e Photoshop. - um(a) estagi�rio(a) para a �rea de web design com interesse nos 3 softwares acima e muita vontade de aprender. Sal�rios: de mercado, variando de acordo com a experi�ncia e conhecimentos do(a) candidato(a). Se voc� conhecer pessoas atr�s deste tipo de trabalho, � s� pedir para entrar em contato comigo. :: mario :: UK Design - UK Assessoria e Projetos de Marketing Tel / Fax: (21) 2429-7163 / 2429-7157 Skype: mario.c.sampaio.vianna 3.7.06 Querido Di�rioOntem foi um longo dia. Havia muita coisa para assimilar, fazer, decidir; a principal de todas era saber o destino que o jornal daria ao caderno da Copa. Era certo que ele continuaria at� o fim dos jogos -- afinal, n�o � o caderno da sele��o -- mas quais seriam as novas diretrizes em tempos de derrota?Pois ficou assim: obviamente, o caderno ser� reduzido. Com isso, dan�aram as colunas "n�o-futebol", ou seja, a minha e a do Xex�o; e a cobertura ao vivo, daqui, cai pela metade. Aos que ficaram soltos, foi dada a op��o de continuar na Alemanha at� o fim da Copa. Faltam poucos dias para a final, e os hot�is est�o todos pagos at� l�. Uns, que j� tinham acerto com familiares para encontros depois do dia 10, toparam; outros, loucos para voltar para casa, est�o agora na batalha das passagens. Os v�os est�o lotados. Xex�o foi ontem mesmo para Berlim; eu continuei em Frankfurt com o grupo, inclusive porque uma das coisas mais tristes desta final � abandonar o cotidiano com os colegas. At� isso foi novidade para mim, viajante habitualmente solit�ria. Nunca viajei em excurs�o e, mesmo a trabalho, quando fa�o parte de algum grupo de jornalistas, � sempre gente da �rea de tecnologia, para eventos-rel�mpago. Os grupos s�o uma mistureba de nacionalidades, e viagens que duram mais de tr�s dias s�o consideradas quase ex�lio. Mal temos tempo para respirar, comer ou conversar uns com os outros. Pois aqui convivi durante um m�s com o grupo mais legal, simp�tico e solid�rio de amigos. Todo mundo mantendo o bom humor apesar dos hor�rios bizarros e das condi��es de trabalho nem sempre ideais, fazendo o poss�vel e o imposs�vel para superar dificuldades, na maior afina��o com o time de her�is do Toninho que, diariamente, fechava, no Rio, o material que a gente mandava daqui. Se a sele��o foi uma decep��o geral, a nossa sele��o particular de jornalistas foi, para mim, motivo de constante admira��o e orgulho. Eu amo esta profiss�o, amo esses colegas que me fazem sentir parte de um time de craques. Sem falsa mod�stia: se a sele��o, aquela, jogasse com metade do brio e do entrosamento que todos demonstraram, dos garotos mais novos aos veteranos como o Antonio Maria, que j� cobriu nove Copas, ou o Verissimo, constantemente assediado pelos f�s, a ta�a teria sido nossa. Ainda assim, para o bem de todos e felicidade geral da Na��o, � prefer�vel que eles continuem jogando bola e a gente escrevendo e fotografando... 2.7.06 1.7.06 E agora, Jos�?Respondendo ao Ribondi, � M�nica L e a quem mais perguntou no post abaixo: apesar de tudo, e por incr�vel que pare�a, a Copa n�o acabou. Como falta s� uma semana pro Gran Finale, � mais do que prov�vel que o jornal continue a publicar o caderno at� o fim, conforme estava planejado na hip�tese -- que ent�o nos parecia t�o prov�vel -- de chegarmos �s finais.Este � um dilema que atinge a todos os jornalistas que est�o aqui. Agora mesmo ouvi um colega do Lance perguntando pra outro quando ser� decidido o destino deles. Eu certamente continuo na Europa; a Bia vem me encontrar no dia 9 para passarmos dez dias em Paris, de modo que vou esticar. Xex�o, que tem planos de ir a Londres depois da Copa, tamb�m vai; e o Luis Fernando e a Lucinha, que tem apartamento em Paris, idem. N�o sei quais s�o os planos do Jo�o Ubaldo, que veio pelo Estad�o, e que n�o encontrei hoje aqui no est�dio. Se o jornal continuar com o caderno, continuaremos escrevendo, numa boa. N�o estou preparada para essas coisas...Estou na sala de imprensa, de novo pegando uma carona, desta vez no computador do Xex�o.O clima aqui � de enterro. Os franceses jogaram melhor, foram � luta e continuam na Copa; n�s come�amos bem, depois sei l� o que aconteceu e entregamos o jogo. Eu n�o estava preparada para isso; apesar dos jogos fracos, era muito bom assistir ao fim de cada partida vencida pelo Brasil -- e havia um tal clima de "j� ganhou" em casa, ainda antes de sairmos, que nem me passou pela cabe�a que o resultado pudesse ser esta partida p�fia e esta derrota mais do que merecida. Enfim. Agora � sacudir a poeira, dar a volta por cima e tocar a vida. * suspiro * Fala s�rio!Acho rid�culo jogo de Copa que � decidido no penalti.Se � pra ser assim, por que nao no palitinho? |