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29.2.04
 29.02.2004Hoje � anivers�rio da mam�e! Ela est� com 80 anos mas, como teve o bom senso de nascer em ano bissexto, s� fez 20... :-)12:30
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 Aos amigos, tudo: o jeito Chico de serNo tempo em que ele ainda era t�mido, ou melhor: no tempo em que a gente ainda acreditava que ele era t�mido, foi a� que conheci Chico Caruso. Sa�amos para almo�ar � nossa turma almo�a junta desde princ�pios dos anos 80 � e ele l�, quietinho, mais calado do que o Ver�ssimo. A diferen�a � que o Chico n�o parava de desenhar. At� hoje, mais de 1187 almo�os depois (e sabe-se l� quantos jantares e festejos diversos), ainda encontra suficiente interesse nos velhos companheiros para pedir o bloquinho de comandas do gar�om e registrar o que v� � com tal precis�o que, espantosamente, acabamos todos muito mais parecidos com esses pequenos desenhos do que com nossas fotografias. Tenho a impress�o de que, para o Chico, fazer caricatura � uma etapa fundamental no conhecimento dos outros. � engra�ado observar como fica contente quando chega a algum lugar novo, com pessoas desconhecidas. J� n�o � t�o calado como antigamente, e n�o h� como ver nele o antigo t�mido � mas o impulso irresist�vel de desenhar continua o mesmo. Logo est� com papel e l�pis na m�o, imortalizando, para as paredes dos amigos, a ess�ncia visual e psicol�gica do ambiente. Chico adora gente. N�o daquela maneira abstrata e hip�crita que tantas vezes se v� em quem diz que ama a humanidade, mas de maneira intensa e sincera, pessoa a pessoa, corpo a corpo. Tenho a maior admira��o pela sua capacidade de se aproximar e de manter di�logos genuinamente interessados com qualquer forma de vida humana, de flanelinhas e b�bados desconexos a luminares da rep�blica � e de, tantas e tantas vezes, conseguir preservar esses la�os pela vida afora, cultivando as amizades com carinho e empenho. O mais curioso � que, quando ele gosta de algu�m, n�o existem barreiras para a comunica��o. Volta e meia aparece com algum desenhista estrangeiro a tiracolo; ainda que o sujeito n�o fale uma s� palavra de portugu�s ou de qualquer idioma remotamente conhecido, l� est� o Chico levando-o a festas, shows e botequins, na maior camaradagem, muito satisfeito por ter encontrado mais um b�pede que, pelo caminho, consegue transformar num ser divertido. Para sua sorte, encontrou tamb�m a Eliana, que tem a mesma generosa � e en�rgica � dedica��o aos amigos, o mesmo pique. No fim da noite, quando todo mundo j� est� desabando, os dois partem, intr�pidos, para mais uma esticada, como se ainda houvesse onde esticar. Chico n�o seria menos genial sem a Eliana, mas provavelmente n�o seria t�o carioca. Morena do Iraj�, com 1m76 de exuber�ncia, ela �, para mim, o exemplo mais perfeito de que, por tr�s de todo grande homem, h� uma grande mulher. At� literalmente. (O Globo, Especial Chico Caruso, 29.2.2004)10:59
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28.2.04
Mundo pequenoDescobri essa semana uma fotologueira em Sofia, na Bulg�ria. O mais interessante � que ela estudou l�nguas e fala portugu�s! � uma mo�a muito simp�tica, chamada Svetla. 04:44
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Bl� bl� bl�Estava ouvindo o Palocci explicar a queda do PIB. Falou, falou e n�o explicou nada. Enquanto isso, o setor banc�rio comemora mais um ano de lucros extraordin�rios. O grau de inefici�ncia do governo come�a a ficar assustador, sinceramente... 03:43
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27.2.04
Fala, Claudio!Pesquei esse texto do Claudio Lara dos coment�rios; vai que voc�s passaram batido... � muito bom, vejam se ele n�o matou a pau: Uma coisa que eu n�o entendo nesta �poca...
S�o aquelas pessoas que nunca brincaram carnaval, que n�o gostam de carnaval e que ficam repetindo que o carnaval acabou, que o bom era antigamente, que os desfiles n�o s�o mais para o pov�o, que s� tem gringo , bl� bl� bl�...
P�! D� um tempo, n�?
T� cheio de bandas pra quem gosta de carnaval de rua se divertir. O Cord�o do Bola Preta daqui a pouco completa um s�culo e o fogo n�o acaba nunca. Isso na Zona Sul e no Centro, porque nos bairros de sub�rbios, Engenho de Dentro, M�ier, Madureira , Marechal Hermes e na baixada, o carnaval de rua ainda sobrevive. Grupos de Cl�vis e tudo. Ah! N�o tem mais blocos de sujo? Fa�a o seu, ora bolas!
Desfile de Escola de Samba antigo � que era bom? Faz o seguinte: vai ver o desfile do Quarto Grupo na Rio Branco, � de gra�a. Viu s�? Matei dois coelhos com um tiro s�. Voc� mata a saudade dos carnavais sem tanto luxo, carros aleg�ricos gigantes, desfile de "p� no ch�o", sem mulher peladas e ainda � "digratis". Isso mesmo. G-R-�-T-I-S.
Ah! t� bom. Voc� agora gosta de conforto, n�? Ent�o faz o seguinte: em 2005 v� ver o desfile do grupo A. Esse mesmo do Acesso para o desfile Especial. Este ano foi um sucesso. O samb�dromo lotou e tava cheio de grandes Escolas de Samba: Uni�o da Ilha da Governador, Est�cio de S�, Vila Isabel , Acad�micos de Santa Cruz, Lins Imperial, etc.
Todas melhores que as "Escolas de Samba" de S�o Paulo.
E sabe quanto � o ingresso do grupo A? 10 REAU. Isso mesmo, R$ 10. Arquibancada setor tur�stico? 20 REAU. Todos os servi�os e a mesma estrutura do grupo especial pra voc� se esbaldar.
Nem adianta chorar de querer ver o desfile do Grupo Especial do Rio. Ser� que esse pessoal nunca ouviu falar da lei da oferta e da procura?
Imagine s�. Os ingressos para as arquibancadas do setor 7 custavam R$ 250, e mesmo assim todos os ingressos (e pra todos os setores) acabaram em 43 minutos. Na m�o dos cambistas custavam o dobro.
Agora imagine o pobre dormindo na fila s� pra comprar ingresso pra depois revender como cambista por R$ 500. Ou ser� que ele prefere deixar de comer e ir pular o carnaval? Se voc� afirmar que o pobre prefere pular carnaval, � porque voc� nunca passou fome.
Se a pessoa for rica, o melhor � comprar um camarote no setor 11 de 12 lugares por R$ 42 mil e parar de reclamar.
Ah! J� sei. Voc� � aquele que realmente n�o gosta de carnaval, mas n�o aproveita pra pegar uma praia vazia, prefere ir pra casa do seu cunhado em Piracema do Norte, com um banheiro para 25 pessoas. Adora aqueles engarrafamentos de quil�metros para a regi�o dos Lagos?
Sim? Ent�o, outra op��o seria S�o Paulo. (Claudio Lara) 21:10
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� fogo... Ontem � noite, vendo o inc�ndio pela televis�o, fiquei impressionada com a falta de recursos dos bombeiros. Havia uma �nica plataforma que conseguia ir al�m da altura do inc�ndio, e l� ficava aquela mangueira solit�ria, combatendo o mundar�u de chamas. Pelo que vejo na televis�o, a tecnologia contra inc�ndios no mundo civilizado j� evoluiu muito em rela��o ao que temos aqui. Por outro lado, ao contr�rio do que acontece por a� afora, nenhuma autoridade precisou vir a p�blico para dizer que estava afastada a hip�tese de ato terrorista... 02:01
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26.2.04
 Ufa... Recebi hoje este bilhete do M�rcio Braga, presidente do Flamengo. Mais incisivo do que isso, imposs�vel... Ainda bem! :-)17:36
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25.2.04
 Not�cias do carnavalTudo continua como sempre, ou seja: tudo muda o tempo todoMinha irm� acordou cedo no domingo para tocar piccolo no Boitat�, um bloco de m�sicos que, sabe-se l� por qu�, resolveu sair �s nove (!) da manh�. Mais tarde, meus amigos Alexandre e Gabriela, ainda com parte das fantasias de Flintstones que usaram no bloco, separaram dois sapatos velhos que pintaram de dourado para o desfile da Imp�rio Serrano, no dia seguinte. � noite, no camarote da Brahma, a Teca, que � da percuss�o do Monobloco, me disse que uma das maiores emo��es da sua vida foi atravessar a avenida, na noite anterior, na bateria da Rocinha. Para n�o falar na Tereza, da velha guarda da Mangueira, que, aos 73 anos, sai em duas outras escolas pequenas e uma quantidade ignorada de blocos mas p�ra o tr�nsito � literalmente - como porta-estandarte do modesto Vai ni mim que sou facinha, que fica pulando ali na esquina mesmo. O carnaval est� em toda a parte, dos horrendos galhardetes dos postes ao triunfo das escolas de samba, mas � nos pequenos detalhes que consegue chegar mais perto e revelar, afinal, o que de fato � e que nunca deixou de ser: uma grande divers�o, que cada um curte � sua maneira. N�o � mais o que era? N�o, claro que n�o: o carnaval n�o poderia permanecer imut�vel num mundo em constante transforma��o. Est� comercializado? � l�gico que sim. Com todo o respeito, se at� Aparecida do Norte est� comercializada, como � que o carnaval poderia n�o estar? Tamb�m � moda dizer que o desfile das escolas de samba est� pasteurizado mas, sinceramente, n�o vejo nada de pasteurizado na fisionomia das pessoas que desfilam, nem na das que assistem � com exce��o de uns tantos gringos, mas esses est�o de passagem, e de uma ou outra celebridade instant�nea, mas a� o problema n�o � do carnaval. O importante � que a ess�ncia da festa, que � a brincadeira, continua a mesma. H� tantos carnavais quantos foli�es, tanto prazer em pintar um sapato de dourado quanto em fotografar este sapato, tanto prazer em sair num bloco quanto em ver o bloco passar, tanto encanto em desfilar quanto em assistir ao desfile. Apesar de todos os clich�s, h� sempre muita alegria no carnaval, da confus�o das bandas ao luxo dos camarotes. O resto � irrelevante. A folia individual, essa pequena felicidade de realizar fantasias, ser� sempre maior do que a politicagem, as jogadas de interesse e a roubalheira que cercam a grande festa de todos. Se calhar, o carnaval resiste at� � nostalgia dos que acham que ele est� acabado. Afinal, um parente pr�ximo seu, o teatro, est� em crise h� tr�s mil anos e vai muito bem, obrigado. * * * N�o h� folheto tur�stico que n�o diga isso, mas de fato n�o h� nada no mundo que se compare �s escolas cariocas como espet�culo. Assisto ao desfile todo ano, e a cada ano tenho a impress�o de ter assistido a um novo milagre. Para mim, � incr�vel ver tantos talentos juntos, tanta criatividade, tanto trabalho; � maravilhoso constatar como tantas pessoas podem se mobilizar de forma t�o organizada, mantendo um astral t�o bom. * * * Consigo entender perfeitamente quem n�o gosta de carnaval, mas n�o compreendo quem diz que os desfiles s�o sempre iguais. Uma coisa � n�o querer assistir ao espet�culo, n�o gostar do g�nero, achar tudo muito cafona ou simplesmente n�o ter paci�ncia ou vontade para apreciar o conjunto e observar os detalhes; outra � sequer olhar para o que est� sendo mostrado. Mesmo as imagens recorrentes, como os bichos ou �ndios que enfeitam tantos carros, ou as alas de baianas e as baterias, s�o t�o diferentes entre si que parte da gra�a acaba sendo, justamente, ver como existem infind�veis varia��es para os mesmos temas. O que j� foi igual �quele maravilhoso tigre do Porto da Pedra, por exemplo, que rugia quando passava pela gente? O que pode ser igual � m�gica da comiss�o de frente do Salgueiro, que transformou um elefante num grupo de remadores singrando o Pac�fico? Quando vamos ver outra multid�o de carteiros com cachorros agarrados � canela, ou as est�tuas do Aleijadinho em plena avenida, ou uma interpreta��o t�o peculiar do DNA, ou... n�o, n�o d� para enumerar as maravilhas, nem para descrever a curiosa rela��o entre o p�blico e as escolas, sempre surpreendente. Para achar tudo igual, s� mesmo estando de olhos escancaradamente fechados. Eyes wide shut. * * * Ah, sim: Feliz Ano Novo! (O Globo, Segundo Caderno, 26.02.2004)PS: Tem muitas fotinhas l� no Fotolog... 18:53
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22.2.04
 Bom carnaval para todos!Se este blog andar meio sumido, n�o levem a mal... :-)14:55
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20.2.04
23:00
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Mundo c�oT� na internet: "Viajando com meu cocker spaniel, escrevi antecipadamente ao Hotel Amador Las Cruces, no Estado do Novo M�xico, para saber se podiam acomodar um h�spede de quatro patas. Eis a resposta:
"Trabalho na ind�stria hoteleira h� mais de 30 anos. At� agora nunca precisei chamar a pol�cia para expulsar um c�o que estivesse promovendo dist�rbios at� altas horas. At� agora, nunca vi um c�o p�r fogo na roupa da cama por adormecer com cigarro na m�o. Tamb�m nunca encontrei uma toalha ou um cobertor do hotel na mala de um c�o, nem manchas deixadas nos m�veis pelo fundo da garrafa de um c�o.
� claro que aceitamos o seu c�o.
PS: Se ele se responsabilizar pelo senhor, venha tamb�m." 22:36
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19.2.04
"Por que perdi o emprego"Chegou pela internet (�bvio!):    18:46
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Em defesa do �manto sagrado�A camisa do Flamengo, um dos s�mbolos mais fortes da cultura brasileira, deveria ser tombada Nunca pensei que, um dia, eu fosse escrever sobre futebol. N�o acompanho campeonatos, nunca sei de qual Ronaldinho est�o falando e, at� hoje, s� fui ao Maracan� uma vez. Para ver o show do Paul McCartney. Mas sou brasileira e, no Brasil, mesmo quem n�o gosta de futebol vive futebol; a cultura dos times est� no nosso sangue, faz parte de quem somos. N�o posso dizer que �sou Flamengo�, porque imagino que �ser Flamengo� seja acompanhar o time ou, pelo menos, saber quando ele est� jogando, e contra quem � e nunca sei nada disso. Mas eu amo o Flamengo. Meus filhos s�o rubro-negros, o clube fica praticamente na esquina de casa e, quando penso no que melhor representa o Rio para mim, uma das primeiras imagens que me v�m � mente � a do carioca cheio de marra vestindo a cl�ssica camisa de listas pretas e vermelhas. * * *Pois agora v�o mudar esta camisa. Ora, na minha cabe�a e no meu cora��o, mexer com a camisa do Flamengo � mais ou menos como mexer com a bandeira nacional. N�o tanto pelo clube, mas pelo que representa esta camisa, um �cone t�o forte da cultura popular que atende por �manto sagrado�. At� ter�a-feira passada, eu achava que isso era maluquice de carioca nost�lgica que n�o entende nada de futebol, e ficava na minha; mas ent�o descobri que j� rola, na internet, um lindo texto do Maur�cio Neves (que mant�m o site www.mantosagrado.kit.net) e do Arthur Muhlenberg a respeito do assunto. Como rubro-negros da gema, os dois tamb�m se manifestam preocupados: �A camisa mudou ao longo dos anos, � verdade. Precisou render-se ao patroc�nio, n�o � mais de pano pesado, os n�meros n�o s�o mais costurados e o CRF foi trocado pelo escudo, formando uma absurda composi��o de escudo sobre escudo. Sobrevive no nosso imagin�rio, por�m, sempre do mesmo modo: listras rubro-negras e CRF no lado esquerdo do peito. A verdade � que a n�s, flamenguistas, apavora a possibilidade de que o nosso fornecedor de material esportivo, a Nike, fa�a com o Manto Sagrado o mesmo que fez com a camisa da sele��o brasileira, transformada em um artigo fashion como outro qualquer.� Pois este � o ponto. Refer�ncias culturais s�o, ou deveriam ser, sagradas � ainda que sejam camisas de futebol. Nelas nos reconhecemos n�o s� como torcedores, mas, sobretudo, como brasileiros. P�r os interesses econ�micos de uma f�brica de material esportivo acima de s�mbolos t�o poderosos da nossa identidade me parece um tremendo gol contra. * * *Por falar em gol contra, e a �decora��o� carnavalesca da Vivo, patrocinada pela prefeitura? O que � aquilo?! Ainda bem que o Minist�rio P�blico j� tomou provid�ncias. Com a publicidade a gente at� convive. O que n�o d� para encarar � aquela fei�ra abjeta. * * *Eu vinha voltando para casa no s�bado � tarde quando a Eliana Caruso me avisou, pelo celular, que o Redi havia morrido. Eu estava na Visconde de Piraj�, indo em dire��o � Vinicius, atravessando um bloco qualquer, e tudo me pareceu, de repente, extremamente irreal: receber uma chamada no meio da rua, passar por aquele monte de gente alegre fazendo barulho e, sobretudo, saber daquela morte, daquele jeito. * * *Tenho pensado no Redi desde ent�o. A sua pr�pria figura era meio irreal. N�s nos conhec�amos h� mais de 20 anos, nos v�amos relativamente pouco (ele morava em Nova York) mas, do pouco que eu via, gostava muito � embora nunca tenha ficado claro para mim quem, de fato, era S�lvio Redinger, o Redi. * * *Havia toda uma mitologia a seu respeito entre os amigos. Ele era o personagem desajeitado e perpetuamente desligado em torno do qual circulavam mil hist�rias � algumas rigorosamente verdadeiras � sobre a inaptid�o e a perplexidade do ser humano diante do mundo, uma esp�cie de M. Hulot com toques de Zelig e Mr. Magoo. Redi cultivava essa imagem e essas hist�rias. Era o primeiro a cont�-las, aparentemente resignado, se n�o contente, com sua incapacidade de adapta��o ao planeta. Mas � �bvio que devia haver nele, tamb�m, um fio terra bastante bem conectado, ou n�o teria sido capaz de perceber, com tanta gra�a e clareza, as incongru�ncias da vida e da arte. Qualquer arte: al�m de cartunista, Redi era um m�sico excepcional, � vontade com praticamente qualquer instrumento. Mas, n�o fosse quem era, tocava cu�ca. Como um virtuose. Tudo podia acontecer � e em geral acontecia � com o personagem Redi; menos morrer. Isso n�o estava no script, n�o combina, n�o faz sentido. Afinal, a gra�a � que ele sempre sobrevivia a si mesmo. (O Globo, Segundo Caderno, 19.02.2004)P.S. Se a coluna de hoje parecer muito familiar, � porque � mesmo: voc�s leram aqui antes... ;-)04:35
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18.2.04
17.2.04
Com a palavra, o Blogger.BRPessoal, a Mariana Navarro, respons�vel pelo Blogger.com.br, me mandou um email com a posi��o oficial da equipe a respeito dos problemas de acesso dos �ltimos dias: "O bloqueio de acesso de IPs de fora de Brasil a blogs hospedados no Blogger.com.br foi uma manobra pontual, adotada para proteger o Portal Blogger Brasil e o conte�do dos pr�prios usu�rios da a��o de hackers.
A Globo.com sofreu severos ataques de hackers durante o final de semana (essa � uma situa��o enfrentada constantemente por portais de grande exposi��o) e para evitar que problemas de maiores propor��es viessem a ocorrer, bloqueou a "porta de entrada" desses ataques, que eram os blogs acessados de fora do Brasil.
O acesso do usu�rio internacional � visto como de grande import�ncia para a Globo.com e vem crescendo comprovadamente. Para se ter uma id�ia, no segundo semestre de 2003 o n�mero de usu�rios que utiliza o servi�o de fora do Brasil dobrou.
A equipe de Tecnologia da Globo.com, com a a��o preventiva de bloqueio, pode estudar o comportamento do hacker para tentar evitar futuras investidas.
Vale ressaltar que o bloqueio se restringiu apenas aos blogs visitados e n�o ao portal Blogger Brasil que � utilizado pelos usu�rios para administrar seus blogs.
O acesso j� est� liberado." Menos mal! Conversei com um dos diretores, e ele me garantiu que n�o h� nenhuma inten��o da Globo.com de fechar o acesso internacional aos blogs.BR, pelo contr�rio. Ele reconheceu que, de fato, faltou uma comunica��o pr�via, mas ressaltou que a equipe estava trabalhando no grito para impedir maiores estragos. Se algo no g�nero voltar a ocorrer, me disse ele, a primeira provid�ncia ser� postar um comunicado na p�gina de abertura do Blogger.BR e, por precau��o, tamb�m na da Globo.com. Aproveitando o papo, sugeri que criem na p�gina um link para comunica��o com o pessoal do Blogger.BR, e ele me disse que isso ser� feito. 20:53
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 Em leg�tima defesa do que � sagradoTa�. Eu nunca pensei que, um dia, pudesse fazer um post a respeito de futebol; mas recebi este texto e ele mexeu muito comigo. Toca num ponto que sempre me incomodou, a mudan�a das camisas dos times. No Brasil, mesmo quem n�o gosta de futebol vive futebol; a cultura dos times faz parte de quem somos. Eu n�o posso dizer que "sou Flamengo", porque imagino que "ser Flamengo" seja acompanhar o time ou, pelo menos, saber quando ele est� jogando, de prefer�ncia at� contra quem, e nada disso eu sei. Mas eu amo o Flamengo. A Bia e os amigos dela s�o Flamengo, o clube � logo ali na esquina e, quando eu penso no que � o Rio para mim, uma das primeiras imagens que me v�m � mente � a do carioca de camisa do Flamengo. Na minha cabe�a e no meu cora��o, mexer com a camisa do Flamengo � mais ou menos como mexer com a bandeira nacional. Eu achava que isso era maluquice de quem n�o entende de futebol, e fiquei feliz em descobrir que, pelo visto, n�o �. Dou a palavra, ent�o, a quem entende do assunto: "Pense no Clube de Regatas do Flamengo por alguns segundos antes de continuar a leitura deste texto. Pensou? Pronto. Bastam alguns segundos para ligar o nome Flamengo ao Maracan� lotado, aos gols de Zico, � paix�o de uma torcida t�o grande que � chamada de Na��o. Mas poder�amos apostar sem medo de errar que todas essas lembran�as foram precedidas de uma �nica, primordial e insubstitu�vel, a partir da qual nasceram todas outras.
Falamos da camisa do Flamengo. A veste que abrigou Domingos da Guia, Valido, �ndio, Dida, Fio, Doval, Zico, J�nior, Leandro, Rondinelli e Petkovic. A camisa que vestiu nossos av�s, nossos pais, que veste a n�s e aos nossos filhos, e que vestir� os filhos de nossos filhos. O Manto Sagrado.
A camisa de listras horizontais rubro-negras � um s�mbolo maior do que Zico porque foi fundamental para que o menino Arthur Antunes Coimbra se apaixonasse pelo time que tamb�m era o time de seu pai. Arthurzico nasceu em lar flamengo respirando vermelho e preto por todos os lados. A camisa do Flamengo � um s�mbolo mais significativo do que J�nior porque sem ela J�nior seria Leovegildo, um nome dif�cil perdido na multid�o. Por isso J�nior diz: - Esta camisa � a minha segunda pele.
Fa�amos um acordo: se h�, na hist�ria do Flamengo, um s�mbolo mais importante do que Zico e J�nior juntos, este h� de ser o s�mbolo maior do clube. Nelson Rodrigues disse que para os clubes a camisa vale tanto quanto uma gravata, mas ressalvou: menos para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa � tudo. Tudo.
E quando qualquer um pensa na camisa do Flamengo, mesmo aquele que n�o tem a ventura de torcer pelo rubro-negro, a imagem que lhes v�m � cabe�a � de uma camisa simples, de listras horizontais alternadas em vermelho e preto e bordadas sobre o cora��o, em letras brancas, as iniciais CRF.
E assim s�o as nossas camisas, panos rubro-negros com iniciais em branco, como se fossem dez escudos se espalhando pelo gramado em permanente defesa territorial.
A camisa mudou ao longo dos anos, � verdade. Precisou render-se ao patroc�nio, n�o � mais de pano pesado, os n�meros n�o s�o mais costurados e o CRF foi trocado pelo escudo, formando uma absurda composi��o de escudo sobre escudo. Sobrevive no nosso imagin�rio, por�m, sempre do mesmo modo: listras rubro-negras e CRF no lado esquerdo do peito.
A verdade � que a n�s, flamenguistas, apavora a possibilidade de que o nosso fornecedor de material esportivo, a Nike, fa�a com o Manto Sagrado o mesmo que fez com a camisa da sele��o brasileira, transformada em um artigo fashion como outro qualquer, pois teve seu conceito original distorcido com o deslocamento do escudo da CBF da sua posi��o original, sobre o cora��o, para o meio da camisa. N�o nos parece que o atual modelo possua a apar�ncia e a dignidade que merece uma camisa cinco vezes campe� do mundo. Mas deixemos a sele��o de lado e vamos agir enquanto � tempo.
Presidente M�rcio Braga, todos os poderes para preservar essa institui��o mundial que � o nosso Manto Sagrado repousam em suas m�os. Que seu bom senso, equil�brio e respeito �s nossas mais caras tradi��es se manifeste, ainda que, inexplicavelmente, em sua gest�o tenha sido extinta uma de suas mais tradicionais vice-presid�ncias, a do Patrim�nio Hist�rico.
Como comandante dos poderes constitu�dos de uma Na��o, o Presidente sabe melhor que ningu�m que a apar�ncia da nossa camisa n�o pode ser decidida pela vis�o inconstante e desapaixonada dos movimentos da moda. A camisa do Flamengo � um monumento. Um patrim�nio pertencente � Na��o e que deve ser preservado por cada um de n�s.
As listras rubro-negras horizontais e as letras brancas foram tombadas pela nossa paix�o.
S�o sagradas. E pedem socorro.
Antes que seja tarde demais." (Mauricio Neves e Arthur Muhlenberg) 14:53
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S.O.S. AnimalA C�ssia Schittini fez este coment�rio no post que roubei da Marina W. Achei importante: "Na semana passada, fizemos uma manifesta��o em S�o Paulo contra o veto da Marta "Cruella". Foram 1.500 pessoas �s ruas, convocadas pelo nosso F�rum de Prote��o e Defesa Animal, que re�ne as v�rias ONGs de prote��o animal. Fizemos passeata no centro e um pedido de quebra de veto em frente � C�mara dos Vereadores. Por favor, pe�a para seus leitores escreverem para os vereadores de S�o Paulo pedindo que QUEBREM O VETO da prefeita Marta Suplicy ao PL 428/03, de autoria de Roberto Tripoli. Agora, � mais produtivo escrever para os vereadores, que t�m o poder de derrubar o veto da prefeita.
www.camara.sp.gov.br
clique em Fale com a C�mara
No formul�rio, opte pela resposta "Todos os Vereadores" na pergunta "Gostaria de falar com:" Recado dado, gente. Eu estou indo l� agora... 01:00
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16.2.04
 Outra dos meus amigos l� do Norte: adorei essa �guia contrariada, enfrentando ventania! A foto � do Garnite, ou Jim Dubois para os �ntimos. 14:32
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S.O.S. Post descaradamente roubado da Marina W.: "O projeto de lei 428/03, de autoria do vereador Roberto Tripoli, que impede a entrega de animais recolhidos nas ruas pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para serem usados em pesquisas foi aprovado pela C�mara Municipal de S�o Paulo. Mas, para transformar-se em lei, dependia da san��o da prefeita Marta Suplicy, que vetou o projeto de lei.
Tripoli deixou claro que n�o se trata de impedir a realiza��o de pesquisas e sim tratar de forma mais humanit�ria e �tica animais que j� sofreram tantas dores f�sicas e psicol�gicas nas ruas. De mais a mais, esses c�es e gatos recolhidos em geral t�m sua sa�de extremamente comprometida, o que pode at� invalidar o resultado das pesquisas.
MANIFESTE � PREFEITA MARTA SUPLICY SEU DESAGRADO AO VETO � LEI QUE PROTEGE OS ANIMAIS!
Marta Suplicy deve ser uma daquelas pessoas que adoram cachorros. De ra�a. N�o conta com o meu voto nem para s�ndica de pr�dio." 13:16
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RediEu vinha voltando para casa no s�bado � tarde quando a Eliana Caruso me avisou, pelo celular, que o Redi havia morrido. Eu estava na Visconde de Piraj�, indo em dire��o � Vin�cius, atravessando um bloco qualquer, e tudo me pareceu, de repente, extremamente irreal: receber uma chamada no meio da rua, passar por aquele monte de gente fazendo barulho e, sobretudo, saber daquela morte, daquele jeito. Tenho pensado no Redi desde ent�o. A sua pr�pria figura era meio irreal. N�s nos conhec�amos h� mais de vinte anos, nos v�amos relativamente pouco (ele morava em Nova York) mas, do pouco que eu via, gostava muito -- embora nunca tenha ficado claro para mim quem, de fato, era S�lvio Redinger, o Redi. Havia toda uma mitologia a seu respeito entre os amigos. Ele era o personagem desajeitado e perpetuamente desligado em torno do qual circulavam mil hist�rias -- algumas rigorosamente verdadeiras -- sobre a inaptid�o e a perplexidade do ser humano diante do mundo. Redi cultivava essa imagem e essas hist�rias. Era o primeiro a cont�-las, aparentemente resignado, se n�o contente, com sua incapacidade de adapta��o ao planeta. Mas � �bvio que devia haver nele, tamb�m, um fio terra bastante bem conectado, ou n�o teria sido capaz de perceber, com tanta gra�a e clareza, as incongru�ncias da vida e as sutilezas da cu�ca, que tocava como ningu�m. Tudo podia acontecer -- e em geral acontecia -- com o personagem Redi; menos morrer. Isso n�o estava no script, n�o combina, n�o faz sentido. Afinal, a gra�a � que ele sempre sobrevivia a si mesmo. 02:53
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Cuidado: olhe por onde clica!Vejam os riscos que se escondem sob a��es aparentemente inocentes! Quem d� o alerta � o leitor Cl�udio Ornellas: �Macaco velho, me vi entrando em um conto do vig�rio desta vasta internet e resolvi divulg�-lo para que outros n�o caiam tamb�m. Queria fazer o download de um programa gr�tis para rodar meu DVD (tem alguma indica��o, a prop�sito?) e o primeiro link do Google apontava para o site 1000downloa ds.co.uk. Distra�do, cliquei o connect (em corpo 30) sem ver que abaixo havia um aviso (em corpo 9) de que haveria uma cobran�a de 1,50 euros por minuto. Estava em banda larga, jamais imaginaria que o software seria capaz de discar meu modem (sem barulho), me tirar do Velox e acessar o tal download �gr�tis�. Mas foi exatamente o que aconteceu. Sete minutos depois, o anjo da guarda mandou usar o telefone e me desconectei. Vou brigar para n�o morrer nesse dinheiro, � claro. Se aconteceu com um homem grande e distra�do, com uma crian�a o problema pode ser bem mais s�rio.� Pois �: este tipo de golpe � mais comum do que se imagina. Fui ao website que �fisgou� o Cl�udio, e que oferece programas que, normalmente, se encontram em qualquer site honesto de downloads, como o CNet ou o Tucows; mas, ao se clicar em download, abre-se uma janela com um daqueles t�picos contratos de uso de software que ningu�m l�, esclarecendo que aquela � uma opera��o paga. A empresa fica no Uruguai (!) e, sinto informar, Cl�udio, n�o cobra em euros, mas em libras. O minuto da distra��o sai, portanto, a nada menos de R$ 8,22 (mais 20% de taxa). Em suma, os seus sete minutos fat�dicos v�o custar quase R$ 70! Portanto, pessoal, cuidado: nunca deixem de ler as letrinhas mi�das... Quanto ao tocador de DVDs, causa deste preju�zo, h� uma vers�o com publicidade do DivX em www.divx.com/divx que pode ser baixada de gra�a. De verdade! Blogger.com.br. S� BR.Muita gente que mora no exterior queixa-se de que n�o consegue mais ter acesso aos blogs criados e hospedados no Blogger.com.br, que confirma: seus servidores est�o mesmo fechados para acesso internacional, por tempo indeterminado, por causa de sucessivos ataques de v�rus. Eu, hein! Imagina se a internet inteira resolve adotar essa forma de fazer frente aos ataques... Os nerds tamb�m se divertem. E como!Quem acha que a galera de inform�tica s� pensa em computador est� redondamente enganado. Em Recife, os 1500 profissionais do Porto Digital t�m um bloco organizad�ssimo, o Ancorados, que sai na pr�xima sexta pelas ruas da cidade, em busca de outros blocos de geeks & nerds. O Ancorados tem hino, CD e kit completo, com camiseta, sacola e porta-cerveja, que se compra, naturalmente, pela internet, e cujos rendimentos v�o, � claro, para a��es de inclus�o social. Confiram, em www. novva com.com.br/ portodigital/ancorados2.htm. UERJ: LISHEP 2004A turma da f�sica anda em polvorosa: vai ao ar na UERJ, de hoje a sexta-feira, a 13� edi��o do LISHEP, realizado pela International School on High Energy Physics, dessa vez com o objetivo de debater a democratiza��o da inform�tica e o combate � exclus�o digital. Mas o que est� deixando o pessoal animado n�o � s� a, digamos, �contrapartida social�; � que, na programa��o de palestras por teleconfer�ncia, est�o dois f�sicos premiados com o Nobel, Burton Richter e Leon Lederman. Burton Richter, que trabalha no Stanford Linear Acceleration Center (um dos mais importantes laborat�rios de pesquisa do mundo) ganhou o pr�mio, em 1976, por liderar o grupo de pesquisadores que criou o SPEAR (Stanford Positron Electron Asymmetric Ring) e descobriu uma part�cula do quark chamada charm. J� Leon Lederman, da Universidade de Chicago, levou o seu Nobel, em 1988, pela cria��o de um m�todo de feixe de neutrino e pela demonstra��o da estrutura dupla de leptons. Outro tema em debate ser� a nova tecnologia de computa��o GRID � associada a experimentos de f�sica de altas energias � que promete mudar radicalmente a internet nos pr�ximos anos. A confer�ncia, composta de mesas-redondas, pain�is e palestras, � organizada pelo departamento de F�sica Nuclear e Altas Energias da UERJ, e pretende atrair, al�m de f�sicos, profissionais da ci�ncia da computa��o e estudantes da �rea de modo geral. Ela acontece no Audit�rio 11 do Pavilh�o Jo�o Lyra Filho; a UERJ fica na Rua S�o Francisco Xavier, 524, no Maracan�. Inscri��es e maiores informa��es no website do encontro, em www.uerj.br/lishep2004 ou pelo telefone (021) 2587-7919. (O Globo, Info etc., 16.02.2004)01:52
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15.2.04
Blogger BR Ainda n�o conversei pessoalmente com ningu�m do Blogger.com.br, de modo que n�o tenho maiores informa��es a respeito do que est� acontecendo, salvo a desculpa esfarrapada que deram para a Elis ("ataques de v�rus"). Al�m da imperdo�vel falta de aten��o e de cuidado com os usu�rios, o que me parece ocorrer por l� � a velha hist�ria: nocaute por custo de banda. Na �poca da bolha, todo mundo -- n�o s� no Brasil, e n�o s� na Globo.com -- achava que a internet se transformaria numa esp�cie de televis�o por computador, ou seja, numa m�quina de fazer dinheiro. Contrataram-se t�cnicos e executivos a peso de ouro e constru�ram-se estruturas gigantescas, partindo-se do question�vel princ�pio do "quanto maior, melhor". Criou-se tamb�m o perigos�ssimo mito de que em internet tudo � gr�tis. Mas n�o � n�o. Manter a rede no ar � car�ssimo, e a publicidade, que seria a grande fonte geradora de renda, at� hoje n�o se entendeu com a web. No entanto, no fim do m�s, algu�m tem -- sempre! -- que pagar a conta. A minha impress�o em rela��o ao Blogger.com.br � que, de repente, a conta ficou alta demais. Isso � puro "achismo" da minha parte; como eu disse, n�o conversei com ningu�m de l�, e ainda n�o tenho informa��es concretas, a n�o ser em rela��o ao limite de armazenagem. O que me foi dito, na �poca em que o servi�o foi fechado para quem n�o fosse assinante Globo.com, � que o Blogger.com.br tinha se transformado num ninho de sites porn�, e que o espa�o para armazenagem de imagens seria reduzido para desestimular esses sites. O limite agora criado �, por sinal, o mesmo do Blogspot Plus, que eu uso. Amanh� o Info etc. traz, por acaso, uma reportagem com novas ferramentas para blogs. Ainda n�o sab�amos que o Blogger.com.br estava invis�vel do outro lado do mundo -- medida a meu ver inteiramente incoerente com o esp�rito da internet. Mas, sinceramente? Acho que, em breve, a �nica forma de se ter um blog que n�o d� problemas e que n�o apronte surpresas desagrad�veis ser� partir para uma produ��o independente, ou seja: hospedando-se o blog por conta pr�pria. Por enquanto, para os amigos de fora que n�o conseguem ver os blogs.BR, a solu��o est� aqui, no querido Caryorker. Para quem tem blog no Blogger.com.br, e ainda n�o fez backup, receitinha de bolo do Ivan aqui. 17:42
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14.2.04
Conte�do BrasilH� pequeno registro do encontro l� no Fotolog; mas aviso de cara que as fotos n�o est�o grande coisa, j� que eu precisava me concentrar mais na conversa do que na c�mera. Al�m disso, �s oito da manh�, se h� uma coisa que eu n�o sou � um b�pede multi-tasking... 17:06
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 Parab�ns, Paulinho! Hoje faz anos o meu filhote que mora t�o longe... J� nem lembro mais h� quanto tempo n�o posso dar um beijo de anivers�rio nele ou cantar parab�ns; quer dizer, cantar parab�ns at� posso, mas fica muito esquisito fazer isso sem o aniversariante por perto, n�? No m�nimo, os gatos iam achar que estou ficando maluca. Ou melhor: iam ter certeza. Beijos, meu queridinho!
Muitas felicidades, e que voc� passe um lindo dia ao lado da Kelyndra, das crian�as e dos seus amigos!05:29
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13.2.04
Blogger.com.br: s� BR!Pedi para a Elis consultar o pessoal do Blogger.com.br para saber o que est� acontecendo por l�. Os t�cnicos confirmam que os servidores est�o fechados para acesso internacional, por tempo indeterminado, por causa de sucessivos ataques de v�rus. Eu, hein. Ataques de v�rus?! N�o faz muito sentido; se fossem hackers, ainda daria para entender. De qualquer forma, na segunda feira vou levar um papo com eles para esclarecer isso melhor. Que medida mais sem gra�a... :-(21:17
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Mist�riosPor que frigobar de hotel nunca tem nada sequer remotamente saud�vel para se comer? Ou, pelo menos, algo que realmente mate a fome?
Por que o chocolate de todos os frigobares de todos os hot�is � sempre o Suflair -- que nem � l� aquelas maravilhas?!
21:00
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12.2.04
Minha fam�lia e outros bichosNem s� de gatos e capivaras faz-se a cr�nicaUma das grandes alegrias do meu pai era acompanhar o ir e vir dos lagartos que moravam no s�tio. Ele passava boa parte do dia trabalhando na biblioteca (ou "Brilhoteca", como dizia a Bia quando era pequena, e assim ficou) mas fazia quest�o de ser avisado sempre que algum deles aparecia. Nossos dias em Friburgo eram marcados pelos gritos do Dirceu e da Jandira: -- Doutor Paulo, lagaaaaaaaaaarto! Papai deixava de lado o que quer que estivesse fazendo para ir apreciar os tejus, que gozavam de todas as regalias. Podiam invadir o galinheiro � vontade e, mesmo que as galinhas n�o tivessem posto ovos, n�o deixavam a �rea desapontados: nos seus cantinhos favoritos havia sempre um ovo � espera, nem que fosse de supermercado, comprado especialmente para agrad�-los. Que eu saiba, nenhum jamais percebeu qualquer diferen�a entre os caipiras aut�nticos e saborosos l� de casa e os ovos ralos das granjas. * * *O maior dos lagartos tinha um senso de humor muito peculiar: gostava de ir para o galinheiro dar corrida nas galinhas, mesmo j� bem alimentado. Depois que elas fugiam espavoridas, virava as tr�s tartarugas de costas, uma por uma, contemplava por alguns minutos aquele espernear impotente, ficava ouvindo o caos cacarejante, e ia embora tranq�ilo, com a consci�ncia do dever cumprido. * * *As tartarugas eram minhas, resgatadas de vendedores de rua. A primeira era t�o pequena quando a comprei que cabia na minha m�o fechada. Chamei-a de Quelonious Monk e levei-a para morar comigo no Bairro Peixoto. � noite, quando eu chegava em casa, Quelonious sa�a debaixo da geladeira para me cumprimentar; durante muito tempo, s� comeu na m�o, basicamente alface e tomate, embora tivesse um fraco por morangos, cerejas e frutas importadas de modo geral. Mas s� vim a descobrir que tartarugas tamb�m comem carne quando, mais crescidinho, passou a morder o meu p� com uma determina��o imposs�vel de confundir com manifesta��o de afeto. * * *Entre os v�rios bichos que freq�entavam o s�tio, os meus favoritos eram os inquilinos, andorinhas, que uma vez fizeram ninho na lareira, passaram d�cadas - quantas gera��es? - regressando pontualmente � casa e sumiram, misteriosamente, no ano da morte de meu pai. Apesar disso, seu b�pede de estima��o era mam�e: conversavam com ela, gostavam de observar o que fazia e, �s vezes, at� pousavam nos seus ombros. Mam�e, por sua vez, se encarregava de encontrar as solu��es poss�veis para os diversos problemas estrat�gicos criados pelas andorinhas, que teimavam em fazer ninho nos lugares mais inconvenientes - a come�ar, justamente, pela lareira. Em pleno inverno! Quase congelamos naquelas f�rias mas, por outro lado, nos divertimos muito vendo os filhotes aprenderem a voar. Na temporada seguinte, encontrando a chamin� fechada com uma grade, os inquilinos optaram por se instalar na parte mais alta do arm�rio dos meus pais. Um arranjo mais conveniente para a fam�lia, como um todo, mas meio complicado para papai e mam�e que, volta e meia, acordavam com um filhote estatelado entre eles, na cama. Madrugada sim madrugada n�o, l� ia mam�e, na noite polar sub-�rtica de Nova Friburgo, buscar a escada para devolver passarinhos ao ninho. Depois de alguns anos de alpinismo noturno involunt�rio, ela resolveu convencer as andorinhas de que o banheiro, sim, era o lugar perfeito para um lar de p�ssaros. Para isso instalou, em cima da porta e na mesma altura do arm�rio, uma caixinha com sobras do ninho anterior, fechando-a com cortinas iguais �s do arm�rio. A mensagem, por�m, n�o foi imediatamente captada pelos inquilinos que, dando com a janela do quarto fechada, de fato aprovaram o banheiro - mas preferiram a pia, que prontamente come�aram a encher de palha. Mam�e a recolheu e p�s na caixa de cortinas, sob o olhar atento das andorinhas que, ato cont�nuo, trouxeram mais palha para a pia. De onde mam�e a retirou ainda algumas vezes, at� que, afinal, os inquilinos se instalaram na caixinha, � qual retornaram, ano ap�s ano, por tanto tempo. * * *Tivemos, b�pedes com e sem plumas, uma �tima conviv�ncia. As andorinhas sentiam-se perfeitamente � vontade, e s� reclamavam quando faz�amos barulho ou acend�amos a luz � noite. Para n�o contrari�-las, passamos a tomar banho com o dia claro; quando escurecia fal�vamos baixinho no corredor e, na medida do poss�vel, evit�vamos acender a luz do banheiro. O privil�gio de conviver com os inquilinos mais do que compensava esses pequenos inconvenientes. Fomos todos muito felizes. * * *O t�tulo da coluna de hoje foi emprestado de um dos meus livros favoritos, "My family and other animals", de Gerald Durrell. Menos conhecido, mas para mim mais importante do que seu irm�o, Lawrence, o do famoso "Quarteto de Alexandria". (O Globo, Segundo Caderno, 12.2.2004)01:25
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 Essas lindas gatinhas foram abandonadas num parque, no Rio. As condi��es de vida no local s�o prec�rias; se algu�m estiver precisando de gato, ou souber de algu�m que queira a companhia dessas duas meninas mansinhas e gentis, por favor visite este fotolog. Valeu! 01:02
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11.2.04
 Tou dando um pulinho em S�o Paulo mas volto amanh�. Dessa vez, como estou indo tarde e, possivelmente, voltando tarde tamb�m, n�o vai dar para fazer fotos da Ponte A�rea -- um dos meus passatempos favoritos a bordo... 19:38
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 Adorei isso! Me mandaram por email, sem identifica��o de autor; algu�m sabe de quem �? 06:16
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10.2.04
 Enquanto isso, l� em cima... H� uma turma de amigos do frio da pesada no Fotolog. S�o engra�ados, simp�ticos, fotografam bem e, sobretudo, t�m grande amor � natureza: todos se envolvem em causas ambientais, prestam a maior aten��o aos animais e trocam boas informa��es entre si. Andy, que fez essa foto, explica o drama: os peixes est�o morrendo de falta de ar porque, num lago de 76 cent�metros de profundidade, o gelo est� chegando a ter 46 cent�metros. Garnite, que sabe tudo sobre peixes, disse, nos coment�rios, que este a� parece ser de um tipo que precisa de mais oxig�nio do que os outros. N�o posso traduzir o coment�rio porque estou tentando terminar a coluna em tempo h�bil, mas a� vai para que pelos menos os angloparlantes vejam que interessante: "With 18 inches of ice in a 36 inch deep pond, you`re going to have an oxygen shortage at some point. Also, that fish appears to be a bass or crappie, and they have a higher oxygen requirement than many other fish. Bass start to die at about 6ppm O2, whereas carp and suckers are fine at 1ppm. A bubbler probably wouldn`t keep the ice off the whole pond, but could keep a few holes open. It would also help with the oxygen levels. Cold water absorbs oxygen much more readily than warm, and will hold more oxygen in suspension." O tipo de coisa que as pessoas sabem sempre me espanta... 22:52
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9.2.04
Pe�o mil desculpas... ...aos amigos que enviaram emails nas tr�s �ltimas semanas, e aos quais n�o dei resposta e/ou satisfa��o; entre os transtornos do upgrade, a reposi��o do HD e o sumi�o do Eudora, fiquei sem acesso � minha mailbox de casa. A bem dizer, desde o come�o do ano estou fora do ar no meu endere�o well.com. Acabo de restaurar o Eudora e, aos poucos, o resto do disco. Parece que n�o perdi nada ou, se perdi, foi pouquinha coisa. No �nterim, descobri que 546 novas msgs esperam por mim, j� descontados os 867 spams que apaguei. Se eu demorar a responder um pouco mais do que de h�bito, voc�s j� sabem porque �... ;-)19:20
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Fotolog: uma semana turbulentaA crise comeu solta no Fotolog ao longo da semana. O sistema est� devagar, quase parando. Postar fotos � tarefa que requer disciplina, paci�ncia e nervos de a�o; j� abrir p�ginas e navegar pelas fotos dos amigos tem sido pura e simplesmente imposs�vel. Nos v�rios grupos de discuss�o do sistema, a temperatura subiu a n�veis explosivos, com usu�rios geralmente calmos e bem comportados dando vaz�o � frustra��o e discutindo uns com os outros. Grande barraco! Na ter�a-feira, finalmente, quando o Fotolog ultrapassou a marca dos 300 mil usu�rios, Cypher � um dos fundadores e porta-voz habitual do Fotolog � postou um comunicado com v�rias not�cias importantes. A primeira, pela qual todos ansiavam, � que, afinal, foi poss�vel levantar dinheiro junto a investidores. A quantia em quest�o n�o foi revelada, mas sabe-se que Cypher, Heif e Spike, os s�cios fundadores, abriram m�o de parte de sua propriedade no sistema para poder concretizar o neg�cio, e que viabilizar� a nova etapa do Fotolog, que nasceu como um pequeno sistema para troca de fotos entre amigos e � hoje a ferramenta de maior sucesso da internet. Nos pr�ximos dias, o Fotolog ter� um escrit�rio de verdade em Nova York. Gra�as ao investimento recebido, Cypher pode pedir demiss�o do emprego, e agora passar� a se dedicar, full time, �s quest�es do Fotolog � entre elas, a contrata��o de uma pequena mas mais do que necess�ria equipe t�cnica. Um dos investidores � que pode ser encontrado em www.fotolog.net/mjlato � passou a ser, tamb�m, o primeiro funcion�rio do Fotolog. Sua tarefa inicial � cuidar das negocia��es com eventuais parceiros brasileiros. Como todo mundo sabe, o Brasil � recordista mundial em usu�rios, com quase 167 mil fotologs. Todos, praticamente, gratuitos. Encontrar um representante local, que possa receber pagamentos em reais, � crucial para a sobreviv�ncia do site. Acontece que mesmo brasileiros que gostariam de contribuir acabam esbarrando no Pay Pal, m�todo de pagamento razoavelmente eficiente para quem mora nos EUA e/ou tem cart�o de cr�dito internacional, mas invi�vel fora de l�. * * *Outra boa not�cia � que o site foi temporariamente fechado a inscri��es gratuitas. Essa era uma medida �bvia para todo mundo que vinha sofrendo com os bugs e com os n�s da rede; ningu�m conseguia entender como, apesar do funcionamento prec�rio, o Fotolog ainda permanecia aberto � cria��o de novos fotologs. Mas isso, parece, era necess�rio para mostrar aos investidores a sua vertiginosa capacidade de crescimento. H� todo um upgrade sendo preparado para entrar em cartaz dentro de alguns dias. Segundo Cypher, uma das principais novidades � um novo sistema de Friends/Favorites, aquela lista em que os usu�rios podem acompanhar o movimento dos seus amigos e favoritos. Este � um ponto delicad�ssimo, j� que, sob muitos aspectos, � a chave do extraordin�rio sucesso do site. Outras novidades anunciadas por Cypher incluem melhor capacidade geogr�fica, ou seja, a t�o desejada possibilidade de se encontrar fotologgers n�o-americanos por seus estados (e n�o s� pa�ses) de origem, e uma �rea de fotologs de grupos totalmente redesenhada. No momento, os grupos sofrem com postagens inadequadas, e t�m poucas ferramentas de controle. A medida mais pol�mica foi a restri��o tempor�ria de hor�rios de upload para os fotologs gratuitos. At� segunda ordem, usu�rios n�o-pagantes s� podem postar entre uma e dez da manh�, hor�rio do Brasil. Cypher explicou a raz�o: � Os uploads em si mesmos n�o t�m causado engarrafamentos, mas n�s observamos que o grosso das atividades dos usu�rios se concentra no momento em que fazem o update dos seus fotologs, � disse. � � a� que eles v�o conferir os F/F, ler os coment�rios, responder, e assim por diante. Ao mesmo tempo, as fotos tendem a receber a maioria dos coment�rios assim que s�o postadas. N�o achamos que essa medida causar� um al�vio gigantesco e imediato ao site, mas esperamos que, pelo menos, desvie parte do movimento para as horas mais sossegadas. Nem preciso dizer que este an�ncio deflagrou a habitual saraivada de baixarias por parte dos adolescentes brasileiros. Deprimente. At� o nariz do irm�o ficou pra tr�s...O famigerado peito exposto por Janet Jackson durante o Superbowl foi, pasmem, o assunto mais procurado na internet num �nico dia em todos os tempos, ganhando at� do 11 de setembro! Segundo a coluna Lycos Report, observat�rio di�rio das m�quinas de busca, o indigitado peito foi cinco vezes mais procurado do que o �nibus espacial Columbia no dia em que explodiu. Ah, o que a falta de um bom carnaval n�o faz com a pessoas...! (O Globo, Info etc., 9.2.2004)03:46
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8.2.04
Snack a.C.Que coisa: estou viciada num produto que n�o tem website! No outro dia, comi uma simples p�ra e ela veio com etiqueta e URL; agora, revirei a rede para achar pelo menos algumas informa��es sobre um snack de fruta chamado Andros, e nada! Este snack, que descobri no outro dia no Zona Sul, � uma del�cia, um pur� de ma�� eventualmente misturado com outras frutas. N�o gostei muito nem do de morango nem do de banana, doces demais, mas o de p�ra e o de goiaba s�o o que h� de bom. Ah, sim: cada potinho tem menos de 80 calorias. 02:33
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7.2.04
Not�cias do caos e uma consulta aos geeks de plant�oBom: voc�s n�o t�m id�ia de como � aflitivo ter que ir trabalhar, resolver problemas e cuidar da vida social (sim, eu tenho uma vida longe da m�quina) sabendo que o Eudora sumiu! Consegui fazer tudo direitinho, quase matei os amigos de t�dio -- imaginem algu�m que s� fala em arquivos perdidos! -- e essa madrugada, finalmente, pude me dedicar ao drama. Dei v�rias buscas diferentes que ou resultaram infrut�feras ou trouxeram muito lixo � tona, sem saber ou indicar o que fazer com ele. Finalmente encontrei uma ferramenta na internet que, aleluia!, mostrou que os arquivos est�o todos l� e, o que � melhor, em estado leg�vel. A quest�o � que este utilit�rio, o VirtuaLab Data Recovery, � caro �s pampas: U$ 99 por Gigabyte, sendo que eu devo ter muitos Gb a restaurar... H� outros programas parecidos (j� estou, inclusive, com um demo do File Scavenger, que custa U$ 40), mas agora que estou sabendo que os dados s�o recuper�veis e que j� estou respirando de novo, pergunto: Algum de voc�s j� teve experi�ncia com algum programa de recupera��o de dados?
Se deu bem?
Qual foi o programa?
Finalmente: vou num utilit�rio desses ou entrego logo o disco a uma oficina especializada em recupera��o de dados?
23:54
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Sic itur ad astra, ou Acessoria efissienteO pior � que, mais dia menos dia, esse Laglott ser� uma celebridade de peso, podem anotar... Xex�o n�o resistiu ao press release e fala dele na coluna de amanh�; voc�s leram aqui; e, a essa altura, outras pessoas est�o tomando conhecimento desta p�rola da comunica��o de v�rias outras maneiras. J� j�, na pr�xima festa de telef�nica que reunir o elenco de Malha��o, meia d�zia de Big Brothers e o Murilo Rosa, o Bernardo Langlott estar� entre os convidados, sem que ningu�m estranhe. Afinal, para ser famoso basta ser famoso, n�? Ou algu�m tem id�ia do que lan�ou ao estrelato o casal Bruno Chateaubriand e Andr� Ramos? 23:16
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6.2.04
Celebridade pouca � bobagemGente, este press release � aut�ntico. Juro. Eu nem teria imagina��o para tanto... � acessoria de imprensa de BERNARDO LANGLOTT, 20 anos, Empres�rio do Ramo Joalheiro, modelo, ator e padrinho da cadelinha Perepep�, da socialite Vera Loyola, destaque de in�meras revistas de celebridades e colunas sociais, informa aos prezados jornalistas que, BERNARDO LANGLOTT est� namorando a musa do carnaval QUIT�RIA CHAGAS, 23 anos; Rainha da Imp�rio Serrano. Quit�ria j� roubou a cena nas vinhetas de carnaval da Globo, nos humor�sticos "Zorra Total" e "Turma do Didi" e na novela "O Clone".
BERNARDO LANGLOTT como um homem apaixonado est� presenteando sua amada com a fantasia que a musa desfilar� no carnaval de 2004.
Seguindo o estilo irreverente de BERNARDO LANGLOTT a fantasia ter� um grande detalhe, ser� toda em ouro 18k. Um mimo, coisas de LANGLOTT!!!! Desde j� agradecemos aos prezados jornalistas e para maiores informa��es, BERNARDO LANGLOTT estar� a inteira disposi��o dos senhores.
SARA MANCEBO. ACESSORA DE IMPRENSA 20:03
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5.2.04
-  Da viol�ncia � mas sem perder a ternura jamaisH� algo de errado numa cidade quando qualquer m�e de fam�lia sabe o que � uma AR-15Eram duas da manh� de quarta-feira e eu estava dando o dia por terminado na reda��o, quando um dos �ltimos colegas a ir embora veio me avisar para evitar o Rebou�as: � T� rolando o maior tiroteio por l�. Trocamos as palavras usuais a respeito do caso, agradeci a gentileza do alerta e nos despedimos, tranq�ilos, apenas o fim de mais um dia de trabalho. Peguei o Santa B�rbara, vi a blitz de sempre em frente ao Pal�cio Guanabara e n�o pensei mais no assunto. No dia seguinte, a not�cia estava no jornal, mas passei por ela como venho, h� tempos, passando pelas not�cias do g�nero: sem qualquer espanto ou maior interesse. Tr�s dias depois, �s duas e meia da madrugada de s�bado, voltando para casa com outros colegas num carro do jornal, o motorista apontou: � Acabaram de matar um cara a�. Est�vamos na Rua Mem de S�, a poucos quarteir�es do Globo. O corpo estendido no ch�o, coberto por uma manta axadrezada; ao redor, um pequeno grupo de pessoas. � Eu vi esse cara cair, � disse o motorista, como se estivesse falando sobre um fato corriqueiro. Estava; e continuou. � Eu vinha com o carro quando vi quatro caras correndo, um com uma pistola na m�o. O cara a� ainda deu um passo e p�, caiu. Um dos meus colegas ficou ali perto, na Lapa; o outro em Laranjeiras. Durante todo o trajeto, at� a Lagoa, s� vimos pol�cia na blitz do Humait�, e ainda assim em clima de fim de festa: uns tr�s ou quatro guardinhas encostados no cambur�o, conversando, totalmente alheios a quem passava. A cidade n�o � uma entidade �nica, uniforme. Ela varia de pessoa para pessoa, moldada por uma s�rie de fatores, dos quais os mais �bvios s�o, naturalmente, endere�o e condi��es de vida do cidad�o. H�, no entanto, variantes mais sutis, determinadas pelo DNA de cada um. Fui feliz na loteria da vida, e vim ao mundo otimista, com uma predisposi��o natural para gostar do que encontro. O meu Rio de Janeiro �, em geral, amistoso e divertido, cheio de alegria, bons momentos e, at�, encontros especiais com capivaras. Mas, convenhamos, n�o h� otimismo que resista a um tiroteio na quarta e a um assassinato no s�bado � ainda por cima quando, entre um e outro, a gente l� jornal, v� televis�o e ouve trechos das conversas alheias. � Como � que eu chego at� l�? � perguntou um rapaz a outro num elevador em Ipanema, na quinta-feira. � Pela Brasil tem tiroteio, pela Linha Amarela tem tiroteio tamb�m... Fiquei sem saber se havia um caminho seguro at� �l� porque eles desceram no terceiro andar e eu fui at� o sexto. � O cara estava com um rev�lver na m�o, o que � que ele podia fazer? � disse algu�m na mesa ao lado, no restaurante, ontem mesmo. Parecia persegui��o, mas n�o era. Era s� a normalidade me invadindo. N�o houve, em nenhum dos casos, qualquer sinal de choque ou de indigna��o nas vozes; nem havia por qu�. A conversa carioca de hoje � assim mesmo, um assalto aqui, um tiroteio ali. A viol�ncia deixou de ser um assunto especial. Ela � a realidade, a mat�ria do dia-a-dia, o ar que se respira. * * *A cidade est� debaixo de um manto difuso de viol�ncia, como um mundo perdido debaixo de um nevoeiro. As nossas vidas v�o se encolhendo, se fechando em �reas cada vez menores e mais restritas. Caminhar meia d�zia de quarteir�es at� o cinema ou o restaurante deixou, h� muito, de ser um passeio agrad�vel. A qualquer hora do dia ou da noite, andar por uma cal�ada carioca � ter a perfeita consci�ncia de que se est� correndo um risco; � desconfiar de qualquer barulho, qualquer movimento e, sobretudo, qualquer outro ser humano. Isso, claro, supondo-se que a gente consiga andar pelas cal�adas, tomadas pelos autom�veis � outra forma de agress�o ao cidad�o. * * * H� tempos decidi que n�o ia me deixar envenenar por tudo isso, mas h� um momento em que o bom senso manda reconhecer a derrota. N�o deixei de sair com a minha c�mera nem de passear � noite, mas o simples fato de saber que essas atividades inocentes s�o, hoje, um comportamento de risco, j� me faz v�tima da viol�ncia que tento, mas n�o consigo, ignorar. At� porque, em cada esquina, em cada cent�metro quadrado de parede, est�o as picha��es que mostram ao cidad�o temente � lei e ao fisco quem est� mandando no Rio. Para mim, a parede pichada � uma das formas mais insidiosas de viol�ncia, um dos sintomas mais claros da aus�ncia de qualquer esp�cie de ordem ou de autoridade na cidade. Nessa anti-est�tica do desrespeito, do descaso e do desamor, est� a proclama��o de vit�ria da bandidagem. T� tudo dominado. Mas eu, otimista que sou, sigo em frente, achando que ainda tem jeito, que um dia conserta. No meu cora��o, contra todas as evid�ncias, o Rio de Janeiro continua. Lindo. (O Globo, Segundo Caderno, 5.2.2003) 17:40
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12:34
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Existirmos, a que ser� que se destina? 04:27
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AAAAARRRRRRGGGGGHHHH!!!!!! Estou refazendo aquele famigerado disco de 120GB que dan�ou e... o b a c k u p d o E
U
D
O
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As u m i u . . . Por favor, por favor, algu�m me diga que isso n�o � verdade. Pleeeeeease??? 03:02
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4.2.04
Fotolog: o comunicadoCypher finalmente postou o comunicado t�o esperado no Fotolog. As not�cias s�o basicamente as mesmas que j� haviam sido dadas no grupo de discuss�o. A vers�o em portugu�s est� aqui. N�o est� l� aquelas maravilhas em termos de reg�ncia e de ortografia, mas acho que at� o Fotolog ter condi��es de contratar um tradutor de verdade ainda demora um pouquinho... De qualquer forma, o importante � que, finalmente, o site est� fechado para novas inscri��es e que provid�ncias est�o sendo tomadas para recoloc�-lo nos trilhos. Ufa! 19:49
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Al�... Meninos, desculpem o sumi�o, mas estou terminando um trabalho urgent�ssimo que era para ontem e que, naturalmente, acabei deixando para amanh�; agora est�o querendo o meu escalpo... e estou correndo contra o tempo 18:16
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3.2.04
Fotolog: Cypher tem novidades!Respondendo a um minucioso e bem elaborado manifesto do Jef, Cypher disse algumas coisas interessantes. A mais importante � que o Fotolog recebe essa semana um angel investment, isto �, uma bela bolada de algu�m que tem grana de sobra e que acredita na id�ia. Com isso, ele vai largar o atual emprego para se dedicar �nica e exclusivamente ao Fotolog; ao mesmo tempo, ser� poss�vel a contrata��o de um equipe de tecnologia para ajudar a tocar o site. Eu gostei muito do que li. Para quem l� ingl�s, a �ntegra est� aqui; infelizmente estou terminando um trabalho urgente e n�o tenho tempo para traduzir, mas acredito que amanh� teremos a vers�o em portugu�s de algum texto semelhante no site, j� que o Cypher promete postar um comunicado bomb�stico. Agora � torcer para tudo dar certo, e para o Fotolog voltar a ser o brinquedo divertido que era. Update: A Cris Carriconde me diz que fecharam o Fotolog para novas inscri��es. J� n�o era sem tempo! Eu ainda n�o consegui sequer abrir a p�gina principal hoje... :-( 01:14
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1.2.04
 They shoot horses, don't they?Para que n�o se diga que este blog s� fala em gatos e capivaras, hoje tem zebra, para fazer par com o cavalinho de focinho gelado da Diane. Esta � do Andr� Arruda: craque � craque, n�? Ali�s, o Andr� mant�m um excelente blog sobre (principalmente) fotografia, que recomendo calorosamente: On Camera. 04:39
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