31.8.06


Isso � que � vida...









Pa�s sem educa��o
� pa�s sem salva��o

O �bvio deixou de ser ululante nos nossos tristes tempos de cafajestagem expl�cita


Um amigo me liga e avisa para ligar a televis�o, onde est� indo ao ar um programa sobre educa��o. Pego o bonde andando ma non troppo: jovens de classe m�dia alta, majoritariamente brancos, visitam uma escola de jovens pobres, majoritariamente negros, que, por sua vez, visitam a escola dos outros. As duas ficam na mesma cidade. Ambas pertencem ao sistema p�blico de educa��o, mas a diferen�a entre elas � abissal. De um lado, piscina ol�mpica, equipamentos esportivos de academia de luxo, computadores estalando de novos, um departamento de m�sica com banda e orquestra, laborat�rios de v�rios tipos e toda a esp�cie de disciplinas alternativas. Do outro, carteiras quebradas, uma piscina que n�o v� �gua h� anos, paredes infiltradas. A garotada rica fica perplexa, sem saber como se pode aprender alguma coisa naquele pardieiro; a garotada pobre mal acredita no que v�. No audit�rio, a m�e de um dos meninos negros cai no choro, e � dif�cil n�o chorar com ela.

N�o fosse pela excel�ncia da escola rica, e pela presen�a de detectores de metais na entrada da escola pobre, a cena poderia se passar no Brasil; mas o sistema escolar em quest�o era o dos Estados Unidos, hoje mais segregado do que nunca, com �ndices de repet�ncia e evas�o jamais registrados. O programa era o da Oprah, que agradecia a Deus ter ido � escola h� trinta anos, quando o sistema de ensino p�blico ainda funcionava razoavelmente bem para todos.

A compara��o entre as escolas, al�m de cortar o cora��o, levava a uma conclus�o: d�em a uma crian�a boas condi��es de ensino, e ela estudar� com prazer, certo? N�o. No pr�ximo bloco se via uma escola caprichada numa cidade do interior, em Indiana, onde apenas uma parcela �nfima dos jovens, praticamente todos brancos e de classe m�dia, chega a se formar. A imensa maioria cai fora aos 16 anos. Por que? Porque � o que todos fazem; porque estudar � uma chatice; porque a vida espera l� fora. Brancos e negros, ricos e pobres, todos est�o mais ou menos igualados no t�dio -- e logo se igualam na desesperan�a e no desemprego.

Bill e Melinda Gates eram entrevistados. Sua funda��o est� empenhada em acordar a sociedade norte-americana para o fracasso do ensino e a calamidade que se pode antever para breve. Na sociedade industrial para a qual as escolas foram criadas havia espa�o para quem n�o estudava; na sociedade p�s-industrial em que vivemos, este espa�o acabou. Bill Gates acha que o sistema de ensino deveria ser reformulado para que todas as crian�as tenham as mesmas oportunidades educacionais; para se adequar � vida real; e para despertar o interesse dos jovens. Nunca pensei que um dia eu fosse dizer isso a seu respeito, mas ele est� coberto de raz�o.

* * *

Curiosamente, assisti a este programa no dia seguinte ao da sabatina do candidato Cristovam Buarque aqui no jornal. Al�m de gostar de Cristovam como pessoa, concordo inteiramente com a tecla em que vem batendo: ou o Brasil se salva pela educa��o, ou desiste de vez de ser um pa�s decente e relevante. Por coincid�ncia, a pergunta que lhe fiz tinha algo a ver com o ponto central do programa da Oprah: o que fazer para manter as crian�as na escola?

Cristovam acha que se deve melhorar o ensino, naturalmente, e dar uma forcinha �s fam�lias para que ajudem a manter os filhos na linha. Ele prop�e uma poupan�a-escola que depositaria R$ 100 na conta de cada crian�a que passa de ano. � uma id�ia; mas ando desiludida demais com os rumos do pa�s, qui�� do mundo, para acreditar que possa dar certo.

Cada vez mais as fam�lias abdicam do seu papel na educa��o dos filhos -- seja por falta de tempo, falta de paci�ncia ou pura falta de consci�ncia. Quando se fala das camadas mais pobres, ent�o, e de quem mais precisa de educa��o, sequer h� fam�lias na equa��o; h� m�es adolescentes, cujas m�es e av�s as tiveram adolescentes, numa triste sucess�o de vidas desperdi�adas.

A verdade � que h� mais for�as contra a escola, atualmente, do que a favor ? a come�ar pelo presidente, que ostenta a sua ignor�ncia na lapela, como motivo de orgulho. Estudar envolve uma cota de disciplina e de perseveran�a que antigamente se justificava pela perspectiva de um bom emprego e de um lugar respeit�vel na sociedade; mas tudo isso saiu de moda.

No mundo da gratifica��o instant�nea, disciplina e perseveran�a s�o para ot�rios. Os �dolos da garotada s�o traficantes, Big Brothers, jogadores de futebol, celebridades em geral; ningu�m precisa de diploma se tiver a manha, o corpo e os holofotes da m�dia. C�rebro � opcional.

* * *

Como sair dessa? Honestamente, nem desconfio. � preciso mais do que um candidato solit�rio batendo, quixotescamente, na tecla da educa��o; � preciso um banho de cidadania no pa�s inteiro, um banho de civilidade e, sobretudo, um banho de responsabilidade. Mas por onde se come�a, quando a t�nica dos tempos � a cafajestagem?


(O Globo, Segundo Caderno, 31.8.2006)





Help: emerg�ncia rid�cula!

Povo, socorro! Preciso da ajuda de algu�m versado em carrapatos.

Acontece que a minha barriga estava co�ando horrivelmente h� uns tr�s dias; eu procurava qualquer sinal de mordida, qualquer coisa que justificasse a coceira, e nada.

Da� que hoje de manh� vi l� no fundo do umbigo uma coisinha preta. Pensei, "Caramba, ser� que cocei tanto que fiz uma ferida?" Peguei um cotonete e limpei aquilo.

Pois aquilo tinha pernas e andava.

E era um carrapato.

YIKES!!!!!!!!!!!!!!!

Bom. Sei que tinha que ter tirado com �lcool ou ponta de cigarro aceso mas nem me passou pela cabe�a que pudesse ser carrapato. Logo no umbigo?!

E o pior � que continua co�ando demais.

Pergunto: ag�ento a coceira estoicamente ou preciso ir ao m�dico ver se o ferr�o ficou l�? Ou basta p�r uma pomada ou umas plantas ou l� o que seja at� passar a comich�o? E, neste caso, o qu� passar?

Encabulada e antecipadamente agrade�o conselhos, dicas, sugest�es, simpatias.





30.8.06


Corra Cora Corra!










A turma da Copa










Lucinha e Lu�s Fernando










Xex�o










Conferindo










O candidato










Tereza Cruvinel










Miriam










Clic clic










Olha o sapato da Miriam!










Clic clic clic








Eu adoro o Manolo!






29.8.06


CoraCast



(Essa vai pro Tom Taborda)

Voc�s j� ouviram o grande Paco De Lucia tocar bolero?

Pois ou�am, hijos: o homem � o que h�.






Telecomuting









28.8.06


Xex�o










Miriam e Moreno










Debate com Cristovam Buarque










Corra, Cora, Corra










Estou aqui desde as 9h...!










Renata e Diogo










D�bora e Ney










Ney e Diogo: maravilhosos!









27.8.06


Jo�o Nuno e Ol�via










Cauby: voc�s precisam ver!










Ainda a exposi��o: com Mam�e (foto VanOr)










Isso que � vida...










Na estrada










Hora de voltar









26.8.06


O Bob e eu










Mandou bem

Escreve o Mario Kossatz, amigo da Laura:
Amigos,

Deve-se tomar enorme cuidado com as informa��es que voam por aqui na Internet. Outro dia recebi um email do avi�o presidencial do Lula, mostrando um absurdo de luxo -- s� que qualquer olhada mais cuidadosa mostraria que o avi�o s� poderia ser de algum miliard�rio ou sheik �rabe.

Recebi tamb�m um email com um video de uma apresenta��o do Alexandre Garcia (muito boa por sinal, muito contundente, abordando a situa��o geral do pa�s atualmente) alegando que esta apresenta��o teria sido a causa do seu desligamento da Globo -- s� que o Alexandre Garcia n�o foi desligado da Globo.

Tenho s�rias d�vidas se realmente o Cirque du Soleil recebeu alguma isen��o de R$ 22 milh�es, mas se recebeu, acho at� que est� cert�ssimo e parab�ns para eles -- para fazer uma turn� pelo Brasil seria necess�rio pagar R$ 22 milh�es de impostos??!!! Is

Ao inv�s de reclamar do que algu�m deixou de pagar dev�amos estar reclamando dos impostos que n�s temos de pagar. O pa�s vai mal e vai t�o mal que fica dif�cil enxergar as ra�zes de tanta coisa errada.

O senador Marco Maciel escreveu um editorial muito bom nesta ter�a feira passada no JB. O Brasil precisa passar por uma reforma institucional.

Por onde come�ar? Eu acho que o grande vil�o da hist�ria est� no conjunto de nossas leis. As nossas leis s�o a grande fonte de tanta burocracia, de tantos �rg�os de governo desnecess�rios ou inflados, de tanto desperd�cio e, finalmente, de tanta corrup��o. O Brasil � movido a "criar dificuldade para vender facilidade", o que anda de m�os dadas com "aos amigos tudo, aos inimigos a lei".

Isto � que � o problema.

Enquanto n�o resolvermos isto, a temperatura s� vai aumentando. Lembram-se do Ministro da Desburocratiza��o, o H�lio Beltr�o? No fundo, tratava-se disto, numa escala menor. Precisamos de um mutir�o de desregulamenta��o, de desmonte (ou ao menos de neutraliza��o) do aparato burocr�tico, de limpeza das nossas leis, a come�ar pela nossa constitui��o.

Precisamos de menos leis e de leis melhores. Menos estado e melhor estado.

Abra�o a todos, conhecidos e desconhecidos,

Mario Kossatz

Quanto a mim, vou indo: estou tomando o rumo da ro�a, literalmente.

Bom fim-de-semana para todos!






Hoje � tarde

  Posted by Picasa





25.8.06


Espa�a para bixos-grilos





Mais m�sica folk: desta vez, do outro lado da po�a, na Espanha.

A cantora � Maria Salgado; a m�sica, Solo por miedo, � de um CD com um t�tulo que � uma del�cia, Siete Modos De Guisar Las Berenjenas.

Isso, apesar de eu detestar las berenjenas.





24.8.06


Ainda a exposi��o: foto Daniel De Pl�






(Nelson Vasconcelos, a vossa blogueira e o pequeno Lucas)






Happy Hour









Ecos da semana

Os leitores se manifestam: ningu�m ag�enta mais

Escrever cr�nica � manter um di�logo constante com os leitores. Ainda que n�o se encontre tempo para responder a todas as mensagens recebidas -- e por isso, ali�s, pe�o desculpas aos que t�o gentilmente entram em contato comigo -- a leitura da cr�nica, de um lado, e a dos emails, do outro, n�o deixa de ser uma esp�cie de conversa. Atrav�s dessa troca de impress�es, os leitores passam, com o tempo, a conhecer os cronistas e as suas maniass; ao passo que n�s, cronistas, temos a possibilidade de saber para quem estamos falando, e at� que ponto estamos correspondendo �s expectativas dos que nos l�em. � comum, nessa correspond�ncia, que as pessoas se refiram a n�s como "formadores de opini�o"; mas, a meu ver, a express�o se aplica apenas a uma pequena parcela do vasto universo que se encontra numa reda��o. No caso espec�fico das cr�nicas, acho que "amplificadores de opini�o" talvez seja uma defini��o mais acertada do of�cio.

Digo isso porque, depois do desabafo que fiz semana passada, recebi uma quantidade consideravelmente maior de emails do que de h�bito -- e a sua t�nica era a coincid�ncia de sentimentos entre o que foi publicado aqui e o que estava entalado no cora��o dos que me escreveram. Estamos todos igualmente amargurados, desiludidos, atordoados com a fal�ncia das institui��es e a cara de pau dos pol�ticos, que, a se acreditar no hor�rio eleitoral, s�o santos que vivem em outro planeta. Estamos todos igualmente envergonhados do lama�al �tico no qual o pa�s parece afundar cada vez mais, irreversivelmente:

"Sinto o mesmo que voc�", escreveu Francesca Santos. "N�o consigo fazer de conta que nada est� acontecendo... mas n�o encontro eco. Agora, que se tem liberdade para falar o que se quer, est�o todos anestesiados. Sa� irritad�ssima do "Zuzu Angel". Tanto sacrif�cio em v�o! A liberdade chegou, mas a sociedade est� totalmente ap�tica. Naquela �poca, tive que me amorda�ar para n�o acabar sendo presa e, agora, estou vendo que vou ter que me desligar disso tudo para n�o adoecer. Sinto-me completamente impotente! Quem sofreu com a falta da liberdade de express�o devia saber o que � isso; no entanto, as pessoas "n�o est�o nem a�". Tenho medo de um segundo governo Lula. No in�cio deste mandato, ele tentou censurar a imprensa, lembra? Com a for�a da reelei��o e a amizade com Chavez, Morales... n�o sei o que pode acontecer. Socorro! Tamb�m quero uma p�lula azul."

"Lendo a sua coluna despertei para a minha maior car�ncia, que acredito seja tamb�m do povo brasileiro: ter um verdadeiro l�der!" observou Patr�cia Algranti. "Algu�m a quem respeitar e em quem acreditar. Ciente de que s� podemos mudar o pa�s elegendo bons candidatos, estou muito triste pois n�o tenho candidato. N�o acredito mais em nenhum pol�tico. Existem milhares de livros escritos sobre lideran�a, cursos car�ssimos a respeito e, no entanto, s� conseguimos l�deres pol�ticos despreparados, desonestos, arrogantes e sem nenhum preparo psicol�gico para enfrentar um cargo p�blico. Se para conseguirmos um bom emprego temos que passar por din�micas de grupo, testes de conhecimento t�cnico e psicot�cnicos, diversas entrevistas, exames de sa�de e an�lise da nossa "ficha cidad�" (SPC, SERASA, criminal, etc.), por que n�o exigir o mesmo do candidato, que tem muito mais responsabilidades?"

Esta � uma �tima pergunta, Patr�cia, que com certeza muitos cidad�os honestos j� se fizeram -- mas que, pelo visto, passa ao largo das "id�ias geniais" dos poderosos. Fiquei particularmente sentida, por�m, com cartas que recebi de leitores petistas. Ao contr�rio da maioria dos partidos, o PT sempre teve eleitores fi�is e uma milit�ncia aguerrida. Nisso estavam, simultaneamente, o que sempre achei sua principal qualidade (a fisionomia bem definida) e o seu principal defeito (a f� perigosamente pr�xima do fanatismo religioso):


"Desta vez, seu artigo me tocou fundo pois sinto exatamente o mesmo", escreveu Eduardo Horcades. "H� d�cadas, pois sou militante, desde 1965. Entrei para a faculdade em 66 (PUC-RIO) justamente no "esquentar" das coisas, sou filho de um militar assassinado pela ditadura, s�cio atleta do PT -- n�o deste que est� a�, mas daquele que fundamos, amamentamos, moldamos e admir�vamos. N�o deste que faz acordos com "niut�es" e crivellas da vida. N�o deste que s� tem como objetivo o poder pelo poder e, muitas vezes, por algo mais. Isto posto, acredito que voc� pode avaliar como me sinto. Escrevo somente para dizer que seu artigo (cr�nica?) foi de primeira linha e expressou exatamente o que sinto. Exceto, quando diz que "quer uma p�lula azul". N�o, n�o quero perder a vontade de gritar n�o s� "n�o venham aqui" mas muito, muito, muito mais. Quero e vou continuar gritando o mais alto que minha voz permitir."

* * *

Vale, ali�s, um esclarecimento. Houve gente achando que a p�lula azul � qual me referi fosse Viagra; mas j� passei, h� tempos, da idade em que sexo � solu��o para todos os problemas. A p�lula azul e seu oposto, a p�lula vermelha, s�o �cones de "Matrix". Quando come�a a perceber coisas estranhas acontecendo a seu redor, Neo, o hacker, pode escolher entre a p�lula azul, para voltar � paz da ignor�ncia, ou a p�lula vermelha, para encarar o tranco da realidade. N�o vou contar qual ele escolhe; aluguem o filme, que � �timo.


(Globo, Segundo Caderno, 24.8.2006)






Pipoca










Tutu










Do ponto de vista do Lucas... *suspiro*










Ol�via Hime e Ruy Guerra









23.8.06


As R�nai






(Foto Lucas)






Com Frederico Mendes






(Foto Lucas)






Com Mam�e






(Foto Lucas)






Tom






(Foto Lucas)






Dedicat�ria






(Foto Lucas)






Vista a�rea






(Foto Lucas)






Lindo!






(Foto Lucas)






Fala Foto by Lucas










Sil�ncio, gravando!










Mercedes, pro RJ TV










Lagoa










Entrevista pra Globonews









22.8.06


T� bacana... :-)










Na galeria










� a s�rio...!










Que frio!









21.8.06




Mercedes Viegas Arte Contempor�nea
Rua Jo�o Borges 86, G�vea
2294-4305



Bom, nem preciso dizer que todos est�o convidados, n�?

Como n�o � lan�amento de livro -- ainda que ele esteja dispon�vel -- e s� exposi��o, n�o vou ficar presa a uma mesa e vamos poder bater papo e tomar um vinho; acho que vai ser bem divertido, at� porque quem acompanha este blog viu a maioria das fotos no exato instante em que nasceram.

Apare�am! Vou adorar ver voc�s por l�, de verdade.





20.8.06


Os macaquinhos da Bia!







Minha alma latina





Adoro grupos folcl�ricos latino-americanos.

� um desvio de comportamento como outro qualquer, e talvez seja coisa de hippie velha, mas agora � tarde pra me curar disso.

Por esses dias ando escutando direto "Guitarra Transnochada", de Arsenio Aguirre -- acima com Los Fronterizos (o conjunto que fez, a meu ver, a melhor grava��o da Missa Criolla, de Ariel Ramirez) e, abaixo, com Los Quilla Huasi.

Os dois grupos s�o argentinos e fazem "leituras" sutilmente distintas da can��o.





Guitarra Transnochada
Zamba de Arsenio Aguirre

La noche me est� envolviendo
con su lunita color de plata.
De lejos me trae el r�o
un rumor suave de ag�ita clara.

�Qu� noche, vieras qu� noche!
La cordillera, toda nevada.
La luna se hace pedazos
sobre las cumbres de la monta�a.

�Ay!, guitarra trasnochada,
canta conmigo mis a�oranzas.
Contale cu�nto la quiero,
a la que espera, mi enamorada.

Semilla, te has hecho �rbol;
flores y nidos fueron tus ramas.
El tiempo quiso traerte
hasta mis manos hecha guitarra.

Amiga, mi leal amiga,
que con mi alma lloras o cantas.
La noche se est� volviendo
puro recuerdo, pura nostalgia.

�Ay!, guitarra trasnochada,
canta conmigo mis a�oranzas.
Contale cu�nto la quiero,
a la que espera, mi enamorada.





19.8.06


Almo�o de s�bado










Ziraldo, Chico e C�lia










Tin-tin!










Anivers�rio do Mill�rzinho!










Parganismo










Com Maria Adelaide Amaral










B�rbara adorou... (parece)










Outra pose cl�ssica










Rudi e Isabelita









18.8.06


Oops! Mlle.










Plat�ia










Bibi










Mme Chanel










No Centro










Na sa�da da TV E










Est�dio










Um novo grafite na Lagoa










Elas s�o lindas!










Sem Censura

Para voc�s n�o reclamarem depois que n�o aviso essas coisas: hoje, logo mais, �s 16hs, apare�o no Sem Censura, t�?

Vou falar sobre o "Fala Foto" e sobre a exposi��o das fotinhas, que vai ao ar dia 23.





17.8.06

Socorro!!! Como � que se pode viver assim?!

Cronista pede, urgentemente, uma p�lula azul, para fazer
de conta que nada est� acontecendo



H� um momento em "Zuzu Angel" em que a protagonista explode:

-- � t�o f�cil andar por a� fazendo de conta que nada est� acontecendo!

�, acho que era, sim. N�o para quem tinha 20 anos e o sentimento do mundo, claro; mas sim, havia sim uma quantidade de pessoas que tocava a vida, pegava condu��o, ia ao cinema e bebia chope sem outra preocupa��o que n�o a vida imediata, real, palp�vel: o sal�rio no fim do m�s, a comida na mesa, a mulher, os filhos. Uma massa consider�vel de brasileiros n�o estava nem a� para a desconstru��o do ensino b�sico, a falta de liberdade de express�o, a corrup��o, as pris�es, a tortura, o misterioso desaparecimento dos seus semelhantes.

Suponho que fosse f�cil andar por a� fazendo de conta que nada estava acontecendo at� porque, entre outras coisas, a imprensa, que tudo poderia denunciar, estava sob censura. Ing�nuos, ach�vamos que, quando a liberdade enfim chegasse ao pa�s, traria consigo uma sociedade mais consciente, mais indignada, mais disposta a lutar por sua cidadania. Uma sociedade mais justa. Naqueles tempos bin�rios do "n�s" e "eles", do "bem" e do "mal", da "esquerda" e da "direita", tudo era simples e �bvio.

Pod�amos nos dar ao luxo de ter ilus�es, e de achar que o pa�s tinha jeito -- apenas estava, temporariamente, em m�os erradas.

* * *

A ditadura acabou, os militares recolheram-se aos quart�is, a imprensa n�o est� mais sob censura. E o que descobrimos? Que n�o existe fundo no po�o. Quando achamos que chegamos l�, abre-se um al�ap�o antes escondido e continuamos caindo. As den�ncias cotidianas estampadas nos jornais n�o escandalizam mais ningu�m; j� sabemos que o Brasil sempre esteve, est� e estar� em m�os erradas, haja o que houver, eleja-se quem se eleger.

A essa altura, desfeitos os sonhos de juventude, bem que eu gostaria de andar por a� fazendo de conta que nada est� acontecendo, mesmo porque ningu�m ag�enta tanta not�cia desalentadora e vejo, na cr�nica, o espa�o onde, �s vezes, se pode refazer uma vaga sensa��o da normalidade perdida.

Mas, ao contr�rio do que diz Zuzu no filme, como � dif�cil andar por a� fazendo de conta que nada est� acontecendo! Como � dif�cil ignorar a degrada��o do pa�s e da cidade, como � dif�cil ignorar a degrada��o das pessoas!

Como � poss�vel andar por a� fazendo de conta que nada est� acontecendo?!

Pois a julgar pelos resultados das pesquisas eleitorais, que apontam uma ampla possibilidade de vit�ria de Lula, uma nova massa consider�vel de brasileiros desencavou, em algum lugar, a f�rmula do anest�sico usado na �poca da ditadura.

Como � poss�vel andar por a� fazendo de conta que nada est� acontecendo quando, em meio ao caos mais completo, o presidente fala que o Brasil est� "todo ajeitadinho"? Quando o presidente prop�e uma constituinte sem justa causa (e ainda encontra respaldo entre formadores de opini�o para a sua "id�ia genial")? Quando o presidente mente sem qualquer pudor sempre que abre a boca -- e fica tudo por isso mesmo, porque, afinal, todos j� se conformaram com a farsa da trai��o sem traidores?

* * *

Como � poss�vel fazer de conta que nada est� acontecendo quando o supremo mandat�rio da Na��o, o nosso principal funcion�rio, encontra apoio moral em Jos� Sarney e Jader Barbalho, faz campanha para Newton Cardoso e para Marcelo Crivella -- e continua contando com o apoio de gente que antigamente era (ou se acreditava) de "esquerda"?!

* * *

Acho que estou sofrendo da mesma s�ndrome depressiva p�s-Copa do Jo�o Ubaldo. N�o consigo achar mais nada "normal", nem na rua nem no notici�rio. Tudo fede, tudo est� podre, tudo agride a quem ainda tem um m�nimo de sensibilidade e de no��o daquilo que, antigamente, cham�vamos de "valores". Cal�adas esburacadas e "gatos" em todos os postes da Zona Sul, em tese uma �rea "nobre"; indulto para presos numa data comercial sem qualquer relev�ncia moral ou religiosa; S�o Paulo transformada em pra�a de guerra; o Rio na mesma situa��o lastim�vel a que j� nos habituamos.

* * *

J� nos habituamos?

N�o, sinto muito, eu n�o consigo me habituar. Eu tamb�m quero uma p�lula azul para andar por a� fazendo de conta que nada est� acontecendo, para esquecer a corja a que estamos entregues, para parar de chorar de raiva e de impot�ncia pelo assassinato daquele pobre rapaz portugu�s que viajava t�o contente com os pais.

Quero uma p�lula azul para perder a vontade de escrever para todo mundo, AOS GRITOS: "Fujam daqui, n�o venham para c�, n�o ponham os p�s neste pa�s sem lei, sem justi�a, sem vergonha na cara!"


(O Globo, Segundo Caderno, 17.08.2006)






Chegamos






(Deu a doida nesta foto e ela viajou sozinha, de madrugada. Agora est� no seu devido lugar.)






A bordo










Pronto, j� tou indo










Totalmente adiantada!










Cheguei... adiantada!!!










Hoje vou na asa...










A foto de sempre










Esperando o trem de asa










L� vou eu










Estou torta de sono...









16.8.06


Outra raridade



Mais Jeanne Moreau, em di�logo com Marguerite Duras.

A m�sica faz parte da trilha sonora do mesmo filme do castpost anterior, India Song, e se chama "Rumba des Iles".






Boa id�ia

Ta�, tou gostando da planilha online do Google...






Lembra, Ribondi?








Desabafo de um amigo querido

No s�bado Fred d'Orey, dono da Totem, uma criativa e bem-sucedida empresa de roupas jovens e esportivas, passou pelo que j� est� se tornando rotina na cidade. No domingo mandou esta circular para os amigos:
"Ontem � noite meu carro foi interceptado na Linha Vermelha por outro ve�culo, com dois caras armados com fuzis. Sem resistir, enquanto os motoristas atr�s de mim davam r�, apavorados, entreguei o carro com tudo dentro -- pranchas de surf no rack, bagagem, $, c�meras, documentos e muitos etcs.

� que eu acabava de chegar de uma viagem de duas semanas na Lib�ria, �frica. Vinha do Gale�o. 20h30. O moleque n�o tinha mais do que 15 anos e parecia ligado, tremendo. Minha vida podia ter terminado ali. Muitas terminam, a gente l� isso todo dia nos jornais e acha que nunca vai acontecer conosco. S� que o cerco t� se fechando.

Quando cheguei na patrulha, na verdade um Gol caindo aos peda�os, estacionada a uns 300 metros do incidente, os dois policiais foram da maior educa��o. E educadamente me explicaram que viram o carro descendo o viaduto mas que n�o poderiam sair do local.

Disseram que n�o passam de fantoches (foi essa a palavra que usaram). Explicaram que os equipamentos n�o funcionam. E que suas armas s�o infinitamente inferiores �s dos bandidos. Enquanto esperava uma patrulha que deveria me levar � delegacia pra dar queixa, e que nunca chegou, ouvi pelo r�dio o an�ncio de mais tr�s outros roubos de carros na mesma Linha Vermelha. Os dois acabaram confessando que s�o mais de 80 ve�culos roubados todos os dias naquela �rea.

Oitenta. Todos os dias.

N�o tenho raiva daquele adolescente. Nem fico indignado com os policiais. S�o todos v�timas dessa grande trag�dia chamada Brasil. Um pa�s rico e que poderia ser tudo, mas que caminha a passos largos pro abismo. Tenho � muito nojo desses pol�ticos safados que h� d�cadas saqueiam o meu Brasil. Que roubam merenda, que roubam ambul�ncia, que roubam sangue, que roubam educa��o, que roubam sa�de, e que roubam seguran�a. Esses caras est�o acabando com o Brasil. Canalhas!

E n�s, que trabalhamos e produzimos riqueza e pagamos impostos, estamos condenados a sustentar esses cretinos nas suas cont�nuas e rid�culas reelei��es para que continuem a nos roubar ainda mais. Como fazer pra acabar com esse ciclo vicioso de destrui��o de uma na��o? Eu n�o sei, s� sei que tem que acabar.

O Brasil n�o precisa de fome zero, essa campanha populista de um presidente ignorante e mal intencionado como Lula. O Brasil precisa � de CORRUP��O ZERO. Essa � a �nica sa�da. Se os americanos tinham na guerra do Vietn� algo porque lutar, os brasileiros t�m a luta contra a corrup��o. N�s brasileiros t�nhamos que deixar de ser frouxos e partir pra cima desses canalhas ladr�es -- todos eles, do munic�pio, do estado, de Bras�lia -- e exigir que trabalhem, que sejam competentes e transparentes. A sociedade tinha que se unir. Os empres�rios tinham que se unir. E se n�o funcionar a press�o, iniciar uma outra campanha, IMPOSTO ZERO.

Chega de pagar suados tributos pro dinheiro sumir no ralo da corrup��o e da incompet�ncia! Chega de pagar suados tributos pra pagar sal�rio de funcion�rio p�blico incompetente e parasita!

Mas eu n�o sei como organizar nada disso. Enquanto batalho 12 horas por dia pra pagar as contas e fazer meu neg�cio crescer honestamente, esses vermes montam esquemas pra me roubar sem parar. Eles s�o um c�ncer.

Tenho medo do que vem por a�. Voc�s n�o?" Fred d'Orey






Jantar de confraterniza��o da Copa









15.8.06


Continua...










Na reda��o










No t�xi









14.8.06

Excel�ncias

O site, da Transpar�ncia Brasil, pede que n�o se vote em corruptos, mensaleiros e sanguessugas. Traz nome e biografia de todos os pol�ticos envolvidos em roubo do dinheiro p�blico e � de enorme utilidade para o eleitor.

Mas � bom correr logo l� e dar um print ba lista dos malfeitores do seu estado que concorrem � reelei��o, antes que o governo o tire do ar.

O site n�o cita partidos (exceto ao dar os prontu�rios das Excel�ncias), n�o traz coment�rios outros a n�o ser a constata��o de que reeleger esta corja � coisa de lemingues mas,ciente do tamanho do seu rabo preso, o PT entrou com uma queixa-crime contra a Transpar�ncia Brasil.

Nem vou comentar.






Adeus, Coruja

Escreve o Lucas:
"Amigos,

Como disse uma amiga, esse texto n�o vai ser escrito do jeito que eu queria, mas � o que eu consigo fazer.

Minha gata de seis anos, Coruja, de repente emagreceu e bebia e comia muito pouco. Com a ajuda da Heliana, liguei para o veterin�rio e marcamos uma visita na sexta passada.

Ao examinar a Corujinha, o veterin�rio disse que ela estava com infec��o urin�ria e em seguida foi tirar sangue. Foi dif�cil achar a veia pois estava desidratada e quando pegava a veia o sangue n�o vinha por estar grosso, sem l�quido. Mas coletou o sangue.

O veterin�rio levou o sangue para o laborat�rio e na sexta de noite mesmo ele me ligou para dar o resultado. Corujinha estava com PIF (peritonite infecciosa felina), uma doen�a sem cura nem tratamento que se passa de gato pra gato pela saliva. Segundo o veterin�rio, o rim da Corujinha estava parando de funcionar e os outros �rg�os tamb�m parariam, ocasionando a fal�ncia m�ltipla dos �rg�os. E al�m disso a Corujinha, que j� estava magra, ia continuar ficando magrinha at� ficar pele e osso.

Foi um susto e naquele momento todo um filminho veio � minha cabe�a. N�o que eu j� tivesse visto aquela cena, mas por come�ar a imaginar o que seria da minha gata/companheira a partir daquele dia.

N�o contei a ningu�m. Fui dormir com aquilo na cabe�a, tentando digerir um pouco dessa hist�ria toda. Existiam duas solu��es para o caso da Corujinha, a primeira seria deixar ela como est� e morrer sofrendo e a outra solu��o seria a eutan�sia.

N�o queria ver minha gata sofrendo na minha frente, pedir carinho com as perinhas bambas de t�o fracas. Al�m do sofrimento dela, eu tamb�m ia sofrer muito - j� est�vamos sofrendo. Ent�o decidi pela eutan�sia. Alguns s�o contras, acham que eu deveria ficar com ela at� o fim, outros acham que eu sou assassino por resolver pela eutan�sia. Mas para mim foi muito claro. A eutan�sia seria a melhor solu��o para a quest�o.

Eu j� tinha tomado essa decis�o no s�bado. Tenho chorado muito desde sexta. Meus amigos est�o sendo essenciais nesse momento. Cada um com seu jeito de me confortar, cada um com belas palavras e belas a��es.

Marquei com o veterin�rio para ele vir aqui em casa hoje, segunda feira dia 14 de agosto, �s 16h "aplicar" a eutan�sia. Acho que isso me fez sofrer mais, por saber o dia a hora e como minha gata ia morrer. Eu pensava, que essa seria a �ltima vez em que ela se esfregava em mim, a �ltima fez que ela me pedia carinho e o �ltimo ronron que eu ouvia dela.

O veterin�rio veio aqui em casa e duas amigas, Heliana e Ju, tamb�m vieram para dar for�a. Foi r�pido. Anestesia para ela dormir e um rem�dio para o cora��o parar de funcionar na veia. Na hora n�o consegui pensar em nada, n�o acreditei no que via era tudo um pesadelo e eu queria acordar e ver minha gata do meu lado.

Corujinha dormiu um sono profundo. Esse sono n�o teve dor nem sofrimento. Mas para quem fica � do�do demais. Uma amiga disse que o cora��o fica cheio cicatrizes que �s vezes d�o fisgadas, e a minha cicatriz est� aberta dando fisgadas cont�nuas.

Agora a ficha est� come�ando a cair e eu estou percebendo a realidade da hist�ria. N�o vou ver minha gata pela casa, n�o vou mais olhar pro ch�o pra n�o machuc�-la ao mexer com a cadeira, n�o vou mais acordar e ver aquela bolinha de p�los no sof�, n�o vou mais fazer carinho nela dormindo na cama e n�o vou mais fazer um bando de coisas, que me davam tanto prazer, ao lado dela.

Eu tenho a consci�ncia que esse �ltimo ano (que se completaria no dia 2 de setembro) que a Corujinha passou comigo foi o melhor ano da vida dela. O papel que ela tinha que cumprir comigo ela cumpriu e o meu com ela eu cumpri. Dei um ano de muito amor, carinho, comida e seguran�a, coisa que a Corujinha nunca teve.

Coruja est�, agora, no c�u dos gatinhos numa nuvem branquinha me aben�oando. E eu estou aqui escrevendo e chorando ao mesmo tempo, com uma dor que parece ser infinita.

Agrade�o aos e-mail com palavras confort�veis e a preocupa��o permanente. Sem amigos, mesmo aqueles que eu nem conhe�o pessoalmente, eu n�o estaria aqui t�o forte."

Lucas Landau






Descalabro

Estou t�o triste com o assassinato do rapaz portugu�s que viajava com os pais! D� vontade de escrever para todo mundo dizendo N�o venham para c�, n�o ponham os p�s neste pa�s sem lei, sem justi�a, sem vergonha na cara!






Net II










Net










Algu�m passou por aqui...









13.8.06


Z� e Pipoca










Outra foto do Daniel










Foto Daniel De Pl�






A� estamos, a Mercedes e eu, decidindo as molduras. A escolha das fotos foi dela, e a amplia��o, surpreendente, do Daniel De Pl�: at� eu me espantei como as figurinhas ficaram boas em tamanho grande.






Preparando a exposi��o






Ainda � meio cedo pra fazer o convite, mas quem j� quiser anotar na agenda, pode marcar: dia 23 � o vernissage da minha exposi��o de fotos de celular.

A exposi��o vai ao ar na Mercedes Viegas Arte Contempor�nea, o que estou achando um luxo supremo: a Mercedes s� trabalha com pesos pesados das artes, e nem em sonhos eu podia imaginar que as minhas fotinhas iriam um dia desfilar por l�...

Dizer que estou toda prosa � um understatement.






Emerg�ncia felina!



Essas quatro gracinhas est�o precisando urgentemente de lares amorosos. A Ju conta a hist�ria deles aqui.





12.8.06


Pe�o votos!

Aos coleguinhas que l�em este blog e leitores cadastrados no Comunique-se: tanto a Elis Monteiro quanto eu fomos indicadas para a categoria de jornalista de inform�tica do Pr�mio Comunique-se.

Este � o pr�mio que eu tive a honra e o prazer de ganhar h� dois anos.

Por isso, pe�o aos que est�o habilitados a votar que corram l� e, por favor, votem na Elis, que, al�m de ser aquela gracinha, �, na minha opini�o, uma das maiores especialistas em telecomunica��es, uma �rea delicada e dif�cil de cobrir.

Ela merece, acreditem.

Valeu!






Cut & Paste




O novo formato do Globo online foi adotado para evitar o cut&paste que vinha acontecendo direto n�o por blogueiros e demais "paisanos" da rede, porque isso naturalmente at� favorece o jornal, mas por parte de jornais do interior.

Claro que quem quer copiar sempre d� um jeito de copiar, mas parece que entregando de bandeja, como vinha acontecendo, as vendas da Ag�ncia Globo estavam sendo muito prejudicadas; e essas vendas ajudam a sustentar o jornal e seus empregados, entre os quais esta blogueira modesta mas orgulhosamente se inclui.

Assim a n�vel de pessoa, enquanto gente, gostei e n�o gostei do novo formato. Gostei porque � poss�vel ver as p�ginas exatamente como sa�ram, e todas as fotos e ilustra��es; mas n�o gostei porque odeio popups (embora no Firefox se possam abrir exce��es para cada caso) e porque, �bvio, acho fundamental poder dar um cut&paste no que me chama a aten��o.

A melhor solu��o que descobri at� agora para contornar este problema � a que voc�s est�o vendo a�: capturar a p�gina, recortar o que se quer, subir para o Flickr e blogar para c�. Est� longe do ideal, mas quebra um galho.

Esta captura, por sinal, saiu um pouco pequena; da pr�xima vez, vou tentar fazer em tamanho maior para facilitar a leitura.





11.8.06


Os vizinhos da Bia na casa nova







N�s tamb�m vamos dormir










Durmam bem!









10.8.06


Ponto para o terrorismo

Estava assistindo na CNN � confus�o armada nos aeroportos de Londres com a suposta descoberta de um plano terrorista para mandar pelos ares (no mau sentido) alguns avi�es . E cheguei � conclus�o de que, nessa guerra, se � que guerra � a palavra certa, os terroristas sempre ganham.

A quest�o � que o ato terrista levado a cabo � sempre mais "espetacular" e indiscut�vel do que a sua preven��o. A Scotland Yard realizou mais de 20 pris�es, est� tornando a vida dos passageiros dos v�os londrinos um inferno e � poss�vel que, com isso, tenha evitado um mal maior.

Mas, sobretudo depois do assassinato do inocente Jean-Charles -- que ali�s j� completa um ano -- a credibilidade dos �rg�os de seguran�a sempre pode (e deve) ser posta em quest�o.

Quando a pol�cia acerta -- supondo que a Scotland Yard tenha de fato frustrado um atentado de propor��es �picas -- toda a evid�ncia vem acompanhada de subjuntivos e pontos de interroga��o.

Ao mesmo tempo, o pr�prio transtorno causado pela preven��o do atentado e a sua repercuss�o na m�dia n�o deixam de ser uma vit�ria do terror: imaginem o sentimento de poder de um Osama Bin Laden assistindo pela televis�o �quele caos!

Que tempos, os nossos.






Bom dia!









N�o deixem de ver "Zuzu": � grande cinema

Eu sei, eu sei -- ainda outro dia eu disse que voltava no dia 17, e eis-me aqui em pleno dia 10, interrompendo o descanso de voc�s e deixando a Nani Rubin, que fecha este caderno, doidinha da silva. Mas acontece que fui ao cinema assistir a "Zuzu Angel" -- e gostei tanto, mas tanto, que n�o dava para esperar at� a semana que vem.

Sabem quando a gente sai do cinema e precisa falar sobre o filme? Pois �.

* * *

O ideal seria que todos sempre f�ssemos ao cinema completamente desarmados, despidos de julgamentos, id�ias formadas, preconceitos. "Zuzu", por�m, fala de uma hist�ria que, para a minha gera��o, aconteceu ainda ontem -- e que, de modo geral, tem sido muito mal contada, assim como toda e qualquer hist�ria recente.

� quase imposs�vel lidar com a Hist�ria, de forma objetiva, enquanto as pessoas que a fizeram, ou pelas quais passou, ainda est�o vivas. H� paix�es demais, dores demais, feridas que nunca cicatrizaram; h� tamb�m uma cacofonia impenetr�vel de opini�es dissonantes e de interpreta��es diametralmente opostas dos mesmos fatos -- e nem falo das diverg�ncias naturais entre opressores e oprimidos, militares e civis, "eles" e "n�s". Falo apenas da verdade de cada um, sem me subtrair da quest�o.

� que ando ressabiada com muita coisa que leio e assisto sobre o que vi, sobre o que acontecia enquanto eu crescia no meio da confus�o. �s vezes tenho a impress�o de que, nos �ltimos anos, houve uma prolifera��o de her�is, uma infla��o de defensores da liberdade. Sobretudo tenho a impress�o de que, bem debaixo do nosso nariz, construiu-se uma gigantesca tinturaria de biografias.

* * *

Isso n�o tem nada a ver com Zuzu Angel em si, naturalmente, mas com o estado de esp�rito com que venho recebendo a maioria dos livros e filmes que tratam de tempos que vivi. Assim, n�o digo que tenha ido ao cinema com um p� atr�s, mas confesso que fui, sim, com uma boa dose de apreens�o.

Pois n�o precisava. "Zuzu Angel" �, disparado, o melhor dos filmes que vi sobre os anos da ditadura. At� porque evita, na medida do poss�vel, a quest�o ideol�gica, atendo-se a um sentimento mais profundo, universal e inquestion�vel: o desejo de justi�a. Paradoxalmente, isso faz dele o mais pol�tico dos filmes pol�ticos. A revolta de Zuzu, como a de Ant�gona, pode ser compreendida por qualquer pessoa, em qualquer quadrante e em qualquer �poca; a sua a��o � pol�tica em estado puro, limpa da contamina��o nojenta que hoje nos agride por todos os lados.

� surpreendente como a hist�ria, que todos conhecemos t�o bem, ganha tons de suspense nas m�os do diretor Sergio Rezende, tamb�m roteirista (com Marcos Bernstein); sabemos, bem ou mal, como os fatos aconteceram, e sabemos como tudo acabou -- mas, ainda assim, a tens�o � aflitiva, constante.

A Zuzu que vemos n�o � uma guerrilheira, n�o tem ilus�es ideol�gicas nem acredita que o filho e seus companheiros possam mudar o pa�s. Como t�pica personagem das grandes trag�dias, � uma inocente, arrastada para o torvelinho da Hist�ria contra a vontade.

A forma como o desenrolar desta trag�dia acontece diante dos nossos olhos � perturbadora, especialmente pelo que tem de plaus�vel e de inevit�vel. Poucas pessoas agiram com a tenacidade e a bravura de Zuzu, mas � m�rito do filme, e sobretudo de Patr�cia Pillar, fazer crer que para aquela mulher, que sequer se sentia particularmente corajosa, aquela era a �nica atitude poss�vel.

* * *

Patr�cia Pillar, diga-se, est� simplesmente extraordin�ria. J� esperava um bom desempenho dela, que est� entre as melhores atrizes de sua gera��o, mas o tour de force que vi vai muito al�m do que poderia imaginar. Ela consegue fazer com que o espectador se esque�a completamente da sua presen�a, ou seja, em nenhum momento se pensa "Ah, l� est� a Patr�cia Pillar fazendo a Zuzu Angel". A personagem est� t�o solidamente constru�da que a atriz desaparece � sua sombra, como deve ser -- mas raramente �.

H� in�meras cenas memor�veis no filme. Numa, Zuzu procura o pai de Lamarca. Em seu �ltimo papel, Nelson Dantas transmite toda a perplexidade do sapateiro humilde sem pronunciar uma �nica palavra. Infelizmente, ele n�o viveu para ver o comovente resultado do seu trabalho.

Noutra, encerrando um desfile em Nova York, Zuzu apresenta-se de luto, com o retrato do filho nas m�os, a quintess�ncia da trag�dia. Imaginem o impacto daquele desfile, subitamente transformado em manifesta��o pol�tica!

* * *

Luana Piovani como Elke Maravilha � um achado, assim como a cena em que a pr�pria Elke, em pessoa, canta numa boate na presen�a da Elke-personagem. O elenco todo, por sinal, est� muito bem e, sobretudo, muito bem escolhido, de Leandra Leal, como S�nia, mulher de Stuart Angel, a Othon Bastos, como um dos generais.

A trilha sonora de Crist�v�o Bastos �, previsivelmente, da melhor qualidade. Vale, por�m, destacar um detalhe importante: "Ang�lica", a can��o de Chico Buarque que h� 30 anos lembra Zuzu, entra apenas no fim, quando rolam os cr�ditos. Com isso, o que seria abertura �bvia vira final lancinante -- e como d�i.


(O Globo, Segundo Caderno, 10.8.2006)






Keaton n�o pode ver isso...

O Tom (quem mais?) encontrou um filme de gato sensacional!





9.8.06


Esta tamb�m










Esta ficou entalada no Flickr










Miss�o cumprida










Mudan�a radical de paisagem










...










Para compara��o: SE W800










Samsung 915










...










Um bom lugar pra passear










Sampa










Sampa









8.8.06


Photo Magazine










Sonhos de consumo










* suspiro *










PhotoBrazil










Chegando a S�o Paulo










Uma das suas fotos










John Isaac, fot�grafo










(Essa ficou melhor)










Olha a minha casa l�!










:-)










No ar










Um lindo dia para voar










Pr�ximas fotos de Sampa. Fui!










A caminho










C�u azul, leste oeste norte sul...









7.8.06


De volta � rotina










A caminho do trabalho








Mais um mist�rio...






6.8.06


Bia veio buscar umas coisas










Anoitece










Mosaico










Domingo em Ipanema









5.8.06


Daqui a pouco come�a o segundo turno...










Outro almo�o










Hoje sim...










Amigos










Amigos










Isso que � vida...










Bom dia!










Boa noite!









4.8.06


Salve, lindo pend�o










O tempo ainda n�o est� como eu gosto










Tem coisa mais linda?










J� de Tutu n�o se espera outra coisa










Keaton �s vezes se porta como um gato...










Eta calorzinho bom!










N�o sobrou nada para mim nessa mesa?










Bom dia!










Auto-retrato com Tati









3.8.06


N�o se pode nem tomar banho em paz?!










Cena de inverno 2










Cena de inverno










Keaton e Tutu ajudando no trabalho










Mundo Animal

A Secretaria Especial de Promo��o e Defesa dos Animais (SEPDA) promove hoje, dia 3 de agosto, a VI Campanha Educativa de Ado��o de Animais. A a��o ser� realizada de 10hs �s 16hs, na Pra�a Nossa Senhora da Paz, em Ipanema.

Cerca de 30 animais, entre gatos e cachorros, foram selecionados pelos veterin�rios da SEPDA. Eles est�o em perfeito estado de sa�de, sendo os adultos j� castrados. Pessoas que vierem adotar filhotes ter�o de firmar um compromisso para, posteriormente, marcarem os procedimentos de esteriliza��o.

Os interessados dever�o responder a um question�rio visando o acompanhamento das ado��es e a cria��o de um banco de dados por parte da Secretaria, que permitir� a avalia��o dos resultados destes trabalhos. Para a ado��o ser�o exigidos comprovante de resid�ncia e carteira de identidade.



Enquanto isso, este simp�tico filhotinho espera, aqui na Zona Sul, algu�m que possa adot�-lo com urg�ncia: est� temporariamente alojado na casa de uma fam�lia gato onde n�o foi bem recebido pelos titulares.

� muito mansinho, est� castrado, vermifugado e sem pulgas, pronto para ir para um lar onde seja bem acolhido. Quem se habilita? A b�pede que lhe deu guarida, e que est� aflt�ssima com a situa��o, foi a Claudia: 2299-2657, no trabalho, e 9401-2326, celular.





2.8.06

Eu sei que fiquei mais velha anteontem, mas...

...a mem�ria j� foi brejo h� tempos!

N�o � que me esqueci do anivers�rio da Alicia, a bipinha mais nova e temperamental da fam�lia?!

Minha ruivinha faz tr�s anos hoje.

Agora olhem para esta foto, e digam se existe av� mais desnaturada...

Tsk, tsk, tsk.




PARAB�NS, ALICIA LINDA!



Aqui v�o outras fotinhas dos meninos:
basta clicar para v�-las ampliadas no Flickr.











Trilha sonora do dia

Estou gozando o privil�gio absoluto de ficar em casa, sem obriga��es, lendo (O livreiro de Cabul, O inc�ndio, B92 e, quando canso de tanta desgra�a, The Big Book of Cats, presente de anivers�rio da Heliana que, por aut�ntico milagre de Bastet, eu ainda n�o tinha), embrulhada em cobertores e gatos.

A trilha sonora � m�sica das Ilhas Can�rias, que descobri h� coisa de uns 20 anos, quando o Paulinho, depois de ganhar um concurso de reda��o, participou, com outros 200 garotos e garotas de 14/17 anos, da reconstitui��o de uma das viagens de Crist�v�o Colombo.

Na �poca, ele voltou da ep�peia com diversas fitas cassetes de dois grupos maravilhosos, Los Gofiones e Los Sabande�os. Ouvimos muito essas fitas juntos. Depois os cassetes ca�ram em desuso e, at� o Napster aparecer em cena, nunca mais ouvi "Palmero sube a la palma".

Pois por esses dias apareceu no entreposto que freq�ento um tipo can�rio, ou pelo menos muito aficcionado pela m�sica local. Gra�as a ele, estou me deliciando com a discografia completa dos dois excelentes conjuntos, que recomendo a todos que curtem um passodoble suave, um bolero ensolarado, uma salsa com sotaque.

Vale!






Zuzu Angel

Notinha r�pida, que tenho que ir dormir: n�o deixem de ir assistir a Zuzu Angel, filme de Sergio Rezende com Patr�cia Pillar no papel t�tulo.

�, disparado, o melhor filme que vi at� agora sobre os anos da ditadura -- at� porque evita a quest�o ideol�gica, para se prender a um sentimento mais profundo e universal: o desejo de justi�a.

� incr�vel como a hist�ria, que todos conhecemos t�o bem, ganha tons de suspense nas m�os de Sergio, tamb�m roteirista (com Marcos Bernstein); sabemos como os fatos aconteceram, sabemos como tudo acabou e, ainda assim, a tens�o � constante.

O elenco � �timo -- Luana Piovani como Elke Maravilha � um achado, assim como � a cena em que a pr�pria Elke canta numa boate na sua presen�a.

Patr�cia, por�m, est� simplesmente espetacular. Eu j� esperava um bom desempenho dela, que � das minhas atrizes favoritas, mas o tour de force que vi na tela vai al�m do que se poderia imaginar. Ela consegue fazer com que a gente se esque�a completamente da sua presen�a, ou seja, em nenhum momento se pensa, "Ah, l� est� a Patr�cia Pillar fazendo a Zuzu Angel". A personagem est� t�o s�lida e bem constru�da que a atriz desaparece na sua sombra, como deve ser -- mas raramente �.

O filme estr�ia nesta sexta. Ainda vou escrever mais a respeito, mas por enquanto fica a recomenda��o: n�o percam. � grande cinema.





1.8.06


Ipanema










A melhor churrascaria do mundo










Na Barra










O presente de que o Mosca mais gostou...










As maracaias