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31.1.03
Cut&Paste Dept.TomZ� tem raz�o: s� pode ser mandinga...Mas o que ser� que est� acontecendo com os servidores de blog brasileiros? Ser� ataque terrorista isto? Teremos que chamar o salvador do mundo para intervir aqui tamb�m? Cad� o Weblogger? Cad� o TheBlog? S� sobraram o Blogger.com.br e o Blig? Cad� o Daniel? Cad� a Gi? Cad� a Alessandra? Cad� a Luna? Por favor, o �ltimo a sair apague o PC!!! E por falar nisso, o Autocr�tica lan�ou mais uma novidade dedicada a todos esses blogs a�: EU TENHO AUTOCR�TICA

(Post integral e descaradamente roubado do TomZ�)
15:52
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D�vida cruelN�o sei se a piadinha � velha ou n�o, mas eu n�o conhecia -- e adorei...� nas situa��es extremas que a gente conhece as pr�prias fraquezas. Uma pergunta para voc�: responda com sinceridade e ent�o poder� se auto-avaliar moralmente. Trata-se de uma situa��o imagin�ria, claro, mas... Voc� est� no Rio de Janeiro, em meio ao caos das �ltimas enchentes. Um verdadeiro dil�vio, as ruas transformadas em rios, gente pedindo socorro, o mundo vindo abaixo. Voc� � fot�grafa(o) e est� fazendo um frila para o The New York Times. Sabe que este � um trabalho decisivo para a sua carreira: uma foto publicada l� pode mudar a sua vida. De repente, voc� v� Rosinha e Garotinho num carro, lutando desesperadamente para n�o serem arrastados pela correnteza, entre o lodo e as pedras. Voc� tem a oportunidade de salv�-los ou de tirar a foto que daria a volta ao mundo, receberia elogios do Sebasti�o Salgado e, provavelmente, ganharia um Pr�mio Pulitzer -- para n�o falar numa nota preta. Baseado em seus princ�pios �ticos e morais e na fraternidade e solidariedade humanas, responda sinceramente: Voc� faria a foto a cores ou em P&B? 15:49
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Enquanto isso, na China o pessoal se prepara para comemorar o Ano Novo. � curioso como certas viagens continuam na cabe�a da gente. Vida e-pistolarA Luciana Barrichelo me escreveu: A� assim, a gente t� conversando sobre preparar as malas e voltar para o Brasil. Sim, terminado o curso de 2 anos nada mais pra se fazer aqui certo? -- "Como assim", mandou um chin�s. -- "Voc�s deixar�o os EUA e voltar�o para o pa�s de voc�s?", completou s� pra ter certeza. Ent�o, Nando e eu tentamos explicar que, por maior que sejam os nossos problemas (n�s n�o temos o Bush!!! ah, ah, ah, ah, brincadeirinha) o Brasil �, ainda, o melhor lugar pra se viver. Compramos meia d�zia de cerveja (Miller Light) e chamamos alguns amigos chineses pra ver e ouvir um pouco de Brasil. E eles: -- "�ooooooooooooooo!!!!" (coro e caras!) -- "�ooooooooooooooooooooo!!!" (idem) -- "�oooooooooooooooooooooo!!" (traveis!)
tradu��o: NOSSA, � ASSIM??? PUTA, QUE M�XIMO!!! Ent�o combinamos um caldo quente pra que contassem um pouco da China. At� hoje n�o rolou o tal caldo. Uma triste realidade: -- "N�o queremos voltar para o nosso pa�s. Preferimos passar fome mas ficar aqui, na Am�rica do Norte." Cada um com o seu cada qual como diria uma grande amiga.
Em tempo: � bom ir a Shangai quando se tem o ticket de volta, n�o? Sem d�vida, Lu, sem d�vida alguma. 04:16
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 Gente, olhem que liiiindo... :-) Ganhei de presente do Kibe Loco. Valeu, Kibe, adorei! 03:39
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S�o NuncaTa� uma �tima id�ia -- vejam a miss�o a que este bondoso santo rec�m-nascido pretende se dedicar: "Existe um mundo de blogs super legais que n�o s�o vistos por falta de divulga��o. Este ser� o meu objetivo: procurar blogs para voc� visitar. Se algu�m pensava que s� teria esta opurtunidade no dia de S�o Nunca, este dia chegou." N�o � simp�tico? 03:26
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30.1.03
23:59
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 Pra n�o perder o h�bito... N�o � porque a nossa cam querida est� fora do ar que a gente vai deixar de ver esta maravilha, n�, Raphael? Agora, sem brincadeira: hoje a foto n�o est� a� � toa. Clicando nela, voc�s podem ver o deslumbrante presente que o Florio Cimieri me mandou: a �ltima manh� registrada, em AVI, minuto a minuto. S�o 2.2Mb, que valem a espera. 22:24
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 Que sistema operacional voc� �?Fa�a o teste aqui! � claro que eu n�o levo esses testes a s�rio, mas, puxa, se eu fosse o Win Me, eu ia ficar bem deprimida... Ao contr�rio do Mahna Mahna, eu achei este link em outro blog... 15:18
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 O Waldir Leite, que est� na boa vida com a Marina W. l� em B�zios (� inveja!!! peguem uma corzinha por mim, crian�as...) descobriu, na Inglaterra, uma galeria que tem uma se��o inteira dedicada a gatos! 14:25
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Ah, sim... Antes que eu me esque�a: 02:15
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   Achei na Carminha, que achou na Angela: � panelinha boa... Update: Esqueci o link... para fazer a sua plaquinha, clique aqui. 01:40
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ShangaiPara quem est� perguntando do post sobre a internet na China que ficou preso aqui na Idade do Gelo: tudo o que escrevi sobre a China est� em shangai.tk -- inclusive um �lbum de fotos com legendas! 01:20
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   O Dudi botou esses carinhas l� no Baile Blogue comemorando o descongelamento do internETC. Muito engra�ado! Valeu, Dudi; e valeu, gente -- realmente, a for�a que todos me deram aqui foi a coisa mais simp�tica e carinhosa. 01:04
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 Meu lado fashionNa segunda-feira passada estive em S�o Paulo, para trabalhar na Fashion Week. Dizendo assim, e l� no Segundo Caderno, parece at� a coisa mais normal do mundo -- mas, acreditem, n�o �, n�o. Pelo menos n�o para quem, como eu, � jornalista de inform�tica desde o come�o dos tempos. Acontece que ser jornalista de inform�tica n�o � apenas saber se uma m�quina � sexy ou n�o, ou subir parede de costas quando algu�m diz CD-ROOM perto da gente. Na verdade, ser jornalista de inform�tica da vers�o 1.0 da esp�cie � todo um estilo de vida, um jeito de ser que os de fora definem como nerd, mas que a gente chama de geek, porque, como diz o Mario AV, "a gente sabe a diferen�a"; e �, tamb�m, ter um guarda-roupa que definitivamente n�o combina com o mundo l� fora, muito menos com uma Fashion Week. No planeta geek, usar sand�lia Birkenstock dia e noite, chova ou fa�a sol, � mais do que aceit�vel: h� at� retratos oficiais de Linus Torvalds, o criador do Linux, de sand�lia com meia -- t�o bonitinho, ele! Na falta de Birkenstocks, ou em feiras onde se andam quil�metros por dia, t�nis s�o aceitos, desde que bem gastos; a id�ia b�sica sendo conforto, e n�o eleg�ncia. � l�gico que quem se desliga de forma t�o acintosa da moda est�, implicitamente, reconhecendo a sua exist�ncia, se n�o import�ncia. E � l�gico, tamb�m, que h� uma s�rie de recados que os geeks transmitem atrav�s das roupas, como qualquer outra tribo. Numa feira de inform�tica, ganha quem estiver com a camiseta mais velha, de prefer�ncia de um produto assassinado pela Microsoft. H� pouco tempo, numa confer�ncia, me virei, realmente emocionada, quando um camarada passou por mim com uma camiseta do Wang Freestyle. Lan�ado em 1988, ele continua sendo um dos sistemas mais incr�veis de que me lembro, ainda que esteja t�o morto que mal se encontrem refer�ncias a seu respeito na web. Algo me diz que esta camiseta -- ainda que muito bem conservada para um modelito late 80s -- n�o faria o menor sucesso na Fashion Week. -- V� toda de preto, -- me recomendou Monique Duvernois (mulher do Fernando Pedreira), que n�o s� � das pessoas mais bonitas que conhe�o como, ainda por cima, entende tudo de moda, quero dizer, de eleg�ncia. Tentei obedecer, mas descobri que h� um arco-�ris em tons de preto no meu arm�rio -- onde nenhuma das camisetas pretas combina com nenhuma das cal�as idem. No fim fui de jornalista de inform�tica, mesmo, at� porque a pauta era conhecer o Dream e o Luminix Fashion, os novos telefones da Samsung. Ah, sim, esqueci de explicar -- n�o h� nada mais ultrapassado, hoje, do que lan�ar celular como se fazia antigamente, juntando numa sala de confer�ncias comum os jornalistas, a diretoria da empresa e os telefones; novidade nessa �rea s� se apresenta, atualmente, em desfile de moda, show em Xangai, Fashion Week. � �bvio que vou ter que repensar certos aspectos do meu guarda-roupa se quiser me manter em dia com o que est� acontecendo. No lounge (que � como, me parece, o povo fashion tende a chamar as salas) da Samsung havia quase tantos jornalistas de moda quanto de tecnologia e de economia. � primeira vista, parecia imposs�vel distingui-los uns dos outros: estavam todos de preto. Na hora da coletiva, por�m, tudo se esclareceu: -- Qual � o sistema, CDMA ou GSM? -- Qual � a fatia de mercado da Samsung na �rea de celulares? -- Qual � o material em que foi confecionada aquela bolsinha vermelha? Achei muito interessante ir � Fashion Week, mas confesso a voc�s que me senti como um peixe fora d'�gua. Tentei desesperadamente pensar numa pergunta para fazer aos tr�s estilistas que estavam mostrando os acess�rios que fizeram para os celulares, mas a �nica coisa que me ocorreu foi perguntar como eles se chamavam. Acho que n�o pegou bem. Sa� do lounge da Samsung me sentindo terrivelmente inadequada. Logo ali em frente, havia um outro lounge, lindo, em tons de azul, com �gua corrente fazendo barulhinho e tudo. Era da N�vea. A assessora de imprensa, que j� trabalhou na �rea de tecnologia, me conhecia -- mas, infelizmente, eu n�o conhecia o suficiente sobre a N�vea: -- Ah, a N�vea tamb�m faz maquiagem? Ela me olhou com espanto e pena. -- Mas h� muito tempo... Agora tenho um CD com explica��es e fotos de toda a linha de maquiagem da N�vea e estou impressionada. No primeiro andar, onde todo mundo fazia fila para saber detalhes do hor�scopo e ganhar uma garrafa de Coca-Cola na cor do seu signo, montada numa caixinha com grafismos � la Mondrian nas cores do seu ascendente e da sua lua (Le�o, Le�o e �ries, respectivamente, ou laranja, laranja e um laranja mais forte -- ficou bonito) encontrei a Heloisa Marra, l� do Ela. -- Escuta, me diz uma coisa, � horr�vel eu n�o saber que a N�vea faz cosm�ticos? -- U�, mas voc� n�o sabe? -- N�o, n�o sabia. -- Nossa! Como � que pode?! Resposta completa. Mas tamb�m, agora, j� sei o que fazer antes do pr�ximo lan�amento de telefonia m�vel. Vou deixar todos os white papers sobre GSM, CDMA e TDMA em casa e vou ter uma longa aula com a Mara Caballero sobre as tend�ncias e os personagens da moda. E vou comprar umas roupas novas. (O GLOBO, 30.01.2003) 00:35
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29.1.03
 Foto (e c�o) de Mario AV E, com voc�s, o novo lei�ute do blog: by Mario AV, como sempre... 20:26
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istorimineiraPra quem perdeu durante a fase Blog by YACCS, a� vai a historinha mineira que o Rems mandou; ele achou aqui.Sapassado, era s�ssetembro, taveu na cuzinha tomano uma pincumel e cuzinhano um kidicarne com mastumate pra faz� uma macarronada com galinhassada. Quasca� di susto, quando uvi um barui vino di denduforno, pareceno um tidiguerra. A receita mandop� midipipoca dento da galinha prass�. O forno isquent�, o mistor� e a galinha ispludiu! Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidim, uai! Quasca� dendapia! Fiquei sensab� doncovim, proncov�, oncot�. Oiprocev� quelucura!GrazaDeus ningu�m simaxuc�! 15:53
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 Meu amigo Jim Alfaro mandou este cart�o para o Mosca... vale o clique, � muito bonito! 15:48
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 YESSSSS!!!DE NOVO NO AR!!!Uau!!! Iupiii!!! Viva!!! Yahoo!!! Google!!!O blog funciona novamente, que b�rbaro... Eu estava morrendo de saudades desse papo, puxa vida. Cheguei em casa agora, baixei meu email e l� estava uma msg do Jason, explicando tudo. Parece que h� um limite para o n�mero de arquivos que a gente pode ter; eu n�o sabia disso. Acho que nem o Jason. Tamb�m n�o sei que esp�cie de arquivos, porque posts, s� depois que instalei o YACCS, j� s�o quase mil (ele conta os coment�rios por threads, ou seja, pelos assuntos; atualmente h� 942 threads, e v�rios posts n�o tiveram coment�rios). Em suma, este limite, seja l� pro que for, � de 300. Ele subiu para 800, ent�o suponho que n�o teremos problemas t�o cedo. Ou, pelo menos, este tipo de problema... Amanh� vou escrever para ele para saber a que esp�cie de files refere-se este limite. E como v�o voc�s? Est� tudo bem? A vida segue direitinho? Por aqui tudo j�ia. A Fam�lia Gato vai bem e manda lembran�as. Logo logo vou postar umas fotos deles. A primeira, ali�s, especialmente dedicada ao Cesar Valente, que me deixou encabulada e comovida com o que escreveu no Carta Aberta. WebcamA camerazinha, coitada, que naufragou no mesmo dia em que o blog congelou, parece que morreu mesmo... Por enquanto n�o vou tirar ela da� n�o, quem sabe volta? O internETC. n�o voltou? Update: Botei no ar uma webcam provis�ria, que o Florio achou, at� a nossa queridinha voltar ao ar. 04:01
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Adi�s, HilaryNa quinta-feira passada, Hilary Rosen, CEO da RIAA (Recording Industry Association of America, a poderosa associa��o das gravadoras americanas), anunciou que vai deixar o posto no segundo semestre do ano. Sinceramente? J� vai tarde. Nos cinco anos em que esteve � frente da RIAA, ela promoveu o maior estrago jamais visto pela ind�stria do disco. N�o estou falando do ponto de vista do p�blico, mas sim das gravadoras; pode at� ser que um dia n�s, usu�rios, com o benef�cio do distanciamento hist�rico, possamos agradecer-lhe o bem que nos fez. Na sua luta insensata contra qualquer avan�o tecnol�gico, ela nos abriu as cortinas do passado � e o que estava (e ainda est�) escondido l� � um horror. * * *Ao trazer as gravadoras para a luz da ribalta com o famoso processo que matou o Napster, Hilary Rosen acordou o p�blico. Todo mundo achava que os artistas mudam de gravadora porque uma lhes oferece mais dinheiro, ou o executivo da outra � mais simp�tico; subitamente, descobrimos que eles mudam porque, sugados at� o baga�o, almejam um tratamento mais decente, e o pagamento justo do que lhes � devido em direitos autorais. Gra�as a Hilary Rosen, vozes como as de Courtney Love e do nosso Lob�o foram amplificadas, revelando um mar de lama de tais propor��es que p�e o Congresso Nacional e os fiscais do Garotinho no chinelo. A garotada tamb�m p�de ouvir os acordes dissonantes do Metallica, ensinando que �s vezes uma apar�ncia moderninha e contestadora esconde o pior pensamento reacion�rio; e nunca se discutiu tanto o indecoroso pre�o dos CDs. Se n�o h� atualmente um s� consumidor sobre a face do planeta que n�o tenha plena consci�ncia de estar sendo assaltado quando compra um CD n�o-pirata, isso deve-se, �nica e exclusivamente, aos esfor�os de Hilary Rosen e da associa��o que t�o equivocadamente dirige. * * *O assassinato do Napster � sentido, at� hoje, como uma das maiores feridas abertas da internet. N�o h� quem tenha participado daquela extraordin�ria comunidade que n�o sinta saudades da adrenalina e das descobertas, do ritmo de crescimento do sistema e dos ritmos descobertos nas salas de chats, dos flertes musicais transoce�nicos e dos encontros bizarros. Como � que vou me esquecer, por exemplo, da madrugada em que estava baixando �Giovinezza� da m�quina de um usu�rio que tinha uma preciosa cole��o de hinos? No meio do download, abriu-se a janelinha de papo: � Bella scelta! Dux nobis! T�, eu n�o sei bem qual � a vantagem de se encontrar um aut�ntico fascista na internet, mas, honra seja feita, de que outra forma eu poderia ter um encontro engra�ado com um fascista?! Hist�rias pitorescas � parte, o Napster abriu mundos muito distantes para todos n�s, mundos que, se dependessem das gravadoras, permaneceriam ocultos at� o fim dos tempos. Mas n�o somos n�s, usu�rios, que devemos chorar pelo Napster. S�o as gravadoras. Sem a batalha cega da RIAA, nunca tantos teriam descoberto tanto em t�o pouco tempo. Hoje a m�sica rola na rede para quem quiser, livre, leve e solta como deve ser, espalhada em milhares de servidores inating�veis. Nos tempos do Napster, eu s� encontrei �Giovinezza� depois de meses de procura, naquele �nico servidor do fascista hi-tech. Agora, por curiosidade, dei uma busca no eMule � que nem � o melhor P2P para audio � e encontrei sete diferentes fontes. * * *Sim, � verdade que na semana passada mesmo a RIAA conseguiu na justi�a que a Verizon lhe entregasse o nome de um usu�rio que hospedava um belo ninho de m�sicas. Um. Repito: UM. Depois de quantos milhares de d�lares em custos legais? Tamb�m � verdade que est� indo atr�s dos provedores de servi�o, mais uma vez andando na contram�o da Hist�ria. A longo prazo, por�m, essas s�o a��es f�teis, que est�o fazendo a festa dos advogados no mundo inteiro � e s�. O fato � que o usu�rio que quiser m�sica gr�tis sempre vai encontrar m�sica gr�tis, mas as gravadoras nunca mais v�o encontrar uma ferramenta como o Napster: um �nico ponto da rede em que se reuniam todos os amantes de m�sica, oferecendo uma oportunidade sem igual para quem quisesse estudar seus h�bitos, prefer�ncias, sexo, faixa et�ria, estado civil, classe social... * * *Em suma, com um m�nimo de vis�o e de intelig�ncia, a RIAA poderia ter usado esta formid�vel oportunidade para mapear musicalmente toda a humanidade conectada, a custo quase zero. Com isso poderia atender melhor � sua clientela � mas sabemos que esta � a �ltima de suas preocupa��es. No entanto, poderia tamb�m ter feito espetaculares campanhas de marketing dirigido por uma fra��o do que gastou na justi�a, ganhado baldes de dinheiro e sa�do da hist�ria com uma imagem limpa e am�vel. Que Hilary Rosen e seus asceclas n�o tenham visto isso � algo que, at� hoje, escapa � minha compreens�o. * * *Diz Ms. Rosen que vai se aposentar para dedicar mais tempo � fam�lia. Pobre fam�lia. (O GLOBO, 27.01.2003)04:00
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22.1.03
Assim falou John Le Carr�:America has entered one of its periods of historical madness, but this is the worst I can remember: worse than McCarthyism, worse than the Bay of Pigs and in the long term potentially more disastrous than the Vietnam War. (O resto aqui)Valeu, Tom! Update:J� h� uma vers�o em portugu�s do texto, que o Andr� Kenji postou no Forum. Estou pondo este link, mas n�o sei se vai funcionar; se n�o funcionar, � s� clicar a� ao lado, no link pro Forum, e pronto. 01:50
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21.1.03
Demorou... O Forum Social Mundial deus as m�os ao software livre. Faz sentido: quem quer uma socidade livre precisa, antes de mais nada, de software livre. Leiam todos os detalhes aqui, no CIPSGA. Ao meu querido Luis Alberto Garcia Cipriano, obrigada pela dica. 01:34
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Aldeia globalMarina, l� da Su�cia, me chamou a aten��o pro texto do Joaquim -- que, para variar, est� o m�ximo. Ela quer saber onde foi parar o romantismo dos homens, e me pediu que comentasse o texto, mas, Marina, em texto do Joaquim, comigo, s� h� uma coisa a fazer: assinar embaixo... E, ah, sim: recomendar a todos que n�o deixem de ler. 01:27
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� um peixe? � um submarino?
N����oooo!!!
� o Capit�o Chopp!!!
 Iuhuuuuuuuuuuuuuuu!!! Pronto, gente! Gra�as ao Matusca, temos um final feliz pro bonequinho!!! Grande Matusca!!! Que belo gesto!!! Que nobre a��o!!! Que gif genial!!! 00:00
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20.1.03
06:05
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Uma experi�ncia: Kelly Key, Gretchen, Luana Piovani, nuas, peladas. OK. Agora vamos ver quanta gente vem atr�s disso...01:11
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19.1.03
Li��o de vidaEsta express�o, "Li��o de vida", � um dos clich�s mais batidos que conhe�o. Qualquer coisa um pouco melhor, mais... edificante, digamos... pronto, l� vem algu�m com a frase indefect�vel: -- Que li��o de vida! E l� fico eu pensando com os meus bot�es, "Putz, n�o podia ser um pouco mais original, n�o?" Mas querem saber de uma coisa? Acabei de ler um post autobiogr�fico do meu amigo Rodrigo Belchior, e acho que, agora, � a minha vez de dizer: -- Caraca, que li��o de vida... Podem me esculhambar, mas n�o deixem de ler. 21:02
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 Roubei da Carminha: n�o � �timo?! Pobre bonequinho! 08:54
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 Olhem que pr�mio simp�tico o blog ganhou! Muito obrigada, meninos, valeu... 07:59
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18.1.03
� cada um que aparece...! Recebi uma mensagem de um amigo atrav�s do email de um sujeito chamado David Still, do qual nunca ouvi falar. Aparentemente, este David existe de verdade, mora na Holanda e se diverte emprestando a sua (dele) personalidade para quem quiser usar. Ou ent�o n�o existe, mas criou um personagem completinho, com fotos e mem�rias de inf�ncia, sei l�. O "conceito" todo �, pelo que entendi, uma forma de arte online. Ent�o t�. 07:07
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 Trabalhadores do MarImagine a cena: est� voc� posto em sossego a bordo do seu iate, participando feliz de uma regata, quando, subitamente, aparece na escotilha um tent�culo gigante -- e o bicho ao qual pertence aquele tent�culo come�a a puxar o barco para as profundezas. N�o, n�o � fic��o. Ou, pelo menos, a BBC acha que n�o �, e d� como verdadeira a hist�ria de um iatista franc�s atacado por uma lula gigante. Como a essa altura bem sabem todos os que assistem ao Discovery, a lula gigante � o mais misterioso habitante do fundo do mar, e qui�� o maior. H� pouqu�ssimos casos de encontros entre humanos e lulas gigantes documentados. Durante muito tempo, ali�s, quem levou a culpa do horror foi o polvo, possivelmente gra�as a Victor Hugo que, em Os Trabalhadores do Mar, relata o arrepiante encontro entre seu her�i Gilliat e a medonha criatura, "macia como couro, s�lida como a�o, fria como a noite..." Li este romance quando era crian�a e, por causa dessa passagem, tive pesadelos com polvos durante um temp�o. Mais tarde, quando aprendi a mergulhar, passei a me divertir muito com eles. � fac�limo descobrir a toca de um polvo: s�o t�o inocentes, coitados, que nem varrem o lixo da porta de casa. Voc� v� uma pilha de fragmentos de concha, cascas de caranguejo e carac�is perto de uma pedra e pronto, pode apostar: l� mora um polvo. Ainda por cima, eles t�m um jeito t�o pensativo e gozado de olhar pra gente... Detalhe curioso: a regata da qual participava Olivier de Kersauson, o iatista atacado, chama-se Trof�u J�lio Verne. Outro escritor que andou trocando as bolas e pondo o seu Capit�o Nemo �s voltas com o oct�pode errado. Dica: Os Trabalhadores do Mar pode ser baixado de gra�a na Virtual Books Online, em tradu��o de -- ningu�m menos! -- Machado de Assis. E Vinte Mil L�guas Submarinas tamb�m. N�o h� de qu�. 04:31
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17.1.03
 Ta�: este o Nelito fez sob medida pra mim...! 21:14
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 Eu n�o resisto a essa cam... Existe lugar mais lindo?! 06:51
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 Ai ai ai...O meu Cli� NR70V quase cometeu harakiri quando viu a foto do NZ90, seu irm�o mais novo e muuuuuuito mais esperto, apresentado ao mundo pela Sony na semana passada, durante a CES (Consumer Electronics Show, a feira que est� tomando o lugar da Comdex em termos de atra��es e popularidade). Como o meu Cliezinho jur�ssico (sim: j� tem quase um ano!), este tamb�m faz fotos -- mas a 1600 x 1200, isto �, quase dois megapixel, com flash e auto-foco, contra os humildes 320 x 280 do antepassado. O modelito, que vem com software de edi��o de imagens, tem tamb�m um slot Wi-Fi (802.11b) e Bluetooth integrado; funciona como player de MP3, gravador e videocam, e pode usar baterias extra. Cada uma dura cerca de uma semana. Ah, sim: nas horas vagas, ele funciona como qualquer Palm da sua gera��o. O novo Cli� chega �s lojas nos Estados Unidos em fins de fevereiro a cerca de US$ 800; o cart�o Wi-Fi sai por US$ 150. 06:23
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Al� al�, Brigada Anti-Spam!Gente, ou este cara � muito burro, ou acaba de inventar um jeito sensacional de se vingar de um desafeto! Vejam: n�o s� ele manda spam, como o qu� anuncia? Venda de um CD-ROM com mais de 14 milh�es de endere�os, para o que eufemisticamente define como "mala direta por email"...!!! E a�, tolinho, acrescenta o seguinte: Meu nome � Claudio. Ligue agora mesmo:
Telfax: (21) 3274-3276, Nextel:(21) 7814-5523, Nextel ID: 55*4*27038
e-mail: c_lettieri@bol.com.brEst� pedindo, ou o qu�?! 05:59
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 Este � o (pi)Stache; roubei daqui... 03:52
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16.1.03
PiadinhaChegou pela internet, �bvio... Voc�s j� conhecem?O presidente Bush, querendo aumentar sua popularidade, visita uma escola. As crian�as s�o reunidas, ele explica a sua plataforma de governo e pede �s crian�as que fa�am perguntas. O pequeno Bob toma, ent�o, a palavra: -- Senhor presidente, tenho tr�s perguntas: 1) Por que o senhor mesmo perdendo nas urnas ganhou a elei��o? 2) Por que o senhor quer atacar o Iraque sem motivos? 3) O senhor n�o acha que a bomba de Hiroshima foi o maior ataque terrorista da hist�ria? Neste momento, soa a campainha do recreio, e todos os alunos saem da sala. Na volta, Bush mais uma vez convida as crian�as a fazerem perguntas, e Joe levanta a m�o: -- Senhor presidente, tenho cinco perguntas: 1) Por que o senhor mesmo perdendo nas urnas ganhou a elei��o? 2) Por que o senhor quer atacar o Iraque sem motivos? 3) O senhor n�o acha que a bomba de Hiroshima foi o maior ataque terrorista da hist�ria? 4) Por que o sinal do recreio tocou 20 minutos mais cedo? 5) Cad� o Bob? 07:05
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 Caindo na realPara me provar que j� estou mesmo de volta � realidade, o Abel Alves trouxe minha m�quina de volta. Ela, que estava funcionando perfeitamente na oficina dele, quando chegou aqui resolveu -- � claro! -- dar um ataque. N�o ligava. O Abel revirou tudo, desmontou pe�a por pe�a e, no fim, foi � oficina buscar outra fonte. Enquanto isso, o Ramalho, nosso aventureiro-m�r, de passagem pela cidade, parou para tomar um cafezinho, bater um papo e mostrar umas fotos. Acho que a m�quina ficou t�o irritada quando percebeu como est�vamos nos divertindo, sem lhe dar a m�nima aten��o, que voltou a funcionar, sem problemas... Valeu, Abel! 05:20
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 Expresso de Xangai: aventuras na ChinaNa quinta passada, enquanto esta coluna circulava por aqui, eu circulava por Xangai, enfrentando um frio danado, um tr�nsito ensandecido, a barreira da l�ngua e alguns choques culturais de alta voltagem, dos quais n�o me recuperei de todo, ainda que parte deles fosse esperada. Em Hong Kong j� me haviam dito, por exemplo, que os chineses, acreditando que certos fluidos n�o devem ser retidos no organismo, acham normal, e at� saud�vel, cuspir na rua; s� que, h� dois anos, quando fui a Hong Kong, era primavera, e ningu�m tinha muito o que escarrar. J� em Xangai, com o term�metro abaixo de zero, as cal�adas estavam cheias de, digamos, �maus fluidos�. Para n�o falar em guimbas de cigarros, coisas quebradas, restos de comida e porcarias de toda a esp�cie. A imund�cie � geral e indescrit�vel. Por outro lado, sendo poss�vel erguer os olhos do ch�o � o que nem sempre se recomenda, j� que, estando constantemente em obras, Xangai tem algumas das ruas mais esburacadas do planeta � o que se v� � de tirar o f�lego: uma cidade em crescimento vertiginoso, cheia de edif�cios extraordin�rios em que brilham luzes e cores, sem qualquer compromisso com este ou aquele estilo arquitet�nico. Projetados em sua maioria por escrit�rios ocidentais, eles devem mais � est�tica futurista das hist�rias em quadrinhos do que aos velhos edif�cios coloniais do Bund (pronuncia-se b�-ned ), o passeio �s margens do Huangpu (um dos tribut�rios do Yangtz�), que foi, at� a vit�ria do comunismo em 1949, a avenida mais famosa da �sia. A impress�o que se tem � que, livres da caretice dos conselhos municipais, da gritaria das ONGs e das restri��es das associa��es de moradores, os arquitetos est�o se esbaldando, fazendo em Xangai tudo o que n�o podem fazer em casa. Est�o se divertindo como s� podem se divertir em sistemas totalit�rios, sem questi�nculas irrelevantes como o povo ou o or�amento para atrapalhar seus del�rios de concreto, vidro e a�o. E, como �s vezes acontece com este tipo de paradoxo, est�o criando uma paisagem sensacional. Em v�rios pontos da cidade, a demoli��o das constru��es antigas se d� ao mesmo tempo em que surgem os novos edif�cios, obrigados durante algum tempo a dividir espa�o com as �ltimas ru�nas de velhos quarteir�es prolet�rios. Nelas, fam�lias inteiras continuam levando a vida de sempre, usando a cal�ada como extens�o natural das casas pequenas demais para cont�-las. O resultado � t�o incongruente como se, em frente ao Rio Branco 1, houvesse meia d�zia de m�quinas de lavar e fog�es a lenha em funcionamento, cercados de varais de roupa. Mas que ningu�m se iluda com este rid�culo passageiro: Xangai, que come�ou a ser reconstru�da para valer pelo governo chin�s h� meros dez anos, j� � uma das cidades mais interessantes do mundo. Na semana passada havia um certo desapontamento no ar porque a Disney escolheu Hong Kong como local para seu pr�ximo parque tem�tico, mas o meu palpite � que Xangai, uma cidade que dispensa atra��es artificiais, n�o est� perdendo nada.  � claro que nem s� de considera��es s�cio-arquitet�nicas se faz uma visita � China. Entre outras dezenas de sustos e estranhezas, h� os restaurantes, onde � gra�as a Deus! � n�o reconhecemos 90% da comida que nos � servida e, nos 10% restantes, reconhecemos apenas a pimenta; e h� os mercados. Fui a um deles. L�, a sujeira onipresente era real�ada por uma camada de gosma derrapante e fedorenta no ch�o dos corredores estreitos, onde pedestres disputavam espa�o com bicicletas e motos. Tudo muito pitoresco... at� chegarmos � peixaria. Eu tinha ficado um pouco para tr�s fotografando, quando ouvi o grito de uma amiga. Corri em tempo de ver, num balc�o, um peixe grande que acabara de ser cortado em dois, ainda vivo, sangrando e se debatendo. Fiquei paralisada olhando para a cara daquele bicho que saltava sem a parte de baixo do corpo, e que levou uma eternidade para morrer. Mas n�o havia sido essa a causa do grito da Luciana. Quando ela me encontrou, depois de ouvir o meu grito (claro, nem percebi, mas gritei tamb�m), o peixe j� estava quase morto. O que ela vira havia sido igualmente horripilante: uma vendedora esmigalhando uma enguia tamb�m viva no ch�o, e depois cortando a sua cabe�a fora com uma tesoura. Os chineses acharam o nosso pavor muito engra�ado. Todos os animais (sapos, cobras, enguias, peixes, caranguejos, tartarugas) s�o mantidos vivos em pequenas bacias, cuja �gua se renova com tubos de oxig�nio iguais aos que se usam em aqu�rios. As tartarugas, empilhadas umas em cima das outras, tentavam escapar, desesperadas. Logo adiante, uma mo�a limpava uma batelada de cobras. Cortava-lhes as cabe�as, depois as abria ao comprido para tirar espinha e entranhas. Fazia isso de forma t�o autom�tica que nem as olhava mais. Fugimos da peixaria, mas ca�mos num lugar pior: o avi�rio. Vi um cisne com as asas quebradas para tr�s, �amarradas� num tipo de n�, sendo pesado num gancho que o suspendia por este n�. Vi centenas de patos uns em cima dos outros, alguns com as patas partidas, todos com as asas quebradas dessa mesma forma, e nunca mais vou conseguir me esquecer do olhar dessas aves, eu que achava que aves n�o t�m express�o. Nunca na vida vi um descaso t�o generalizado com o sofrimento, uma tal banaliza��o da crueldade. Pode-se argumentar que a forma como criamos os frangos nas nossas granjas n�o � mais �humana� (que palavra inapropriada!), ou que um matadouro n�o � muito diferente disso; n�o sei. No quesito comida chinesa, a �nica coisa que posso fazer � parafrasear aquele ex-not�vel da Rep�blica: � Mata, mas n�o estupra. (O GLOBO, Segundo Caderno, 16.01.2003). 03:51
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14.1.03
 ' Estranho: este post entrou vazio no ar ontem, quando marquei a dica do C@T para um hor�rio futuro. 16:21
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Dica do C@T"Que tal receber gratuitamente via email diariamente pela manh� uma colet�nea das mais importantes colunas publicadas em jornais brasileiros online? Quem faz esta compila��o � o artista pl�stico Silva Costa , aproveitando que costuma acordar bem cedo. � um h�bito que pegou h� tempos, mandar para os amigos uma sele��o matinal de colunistas. E a turma que recebe gosta. Silva Costa, por�m, n�o garante as remessas: no dia que estiver sem saco, n�o manda -- simples assim.
Os envios s�o feitos atrav�s da lista "colunasrio" do Yahoogroupos. Voc� pode se inscrever via web ou, se preferir, assinar a lista por email, enviando mensagem em branco para colunasrio-subscribe@yahoogrupos.com.br
Comece bem seu dia, bem informado." (Carlos Alberto Teixeira)12:14
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11:40
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LAR, DOCE LARDepois de uma viagem tranq�ila e sem incidentes al�m do atraso de duas horas, cheguei ao aeroporto ao meio-dia, e aqui em casa quase junto com a Bia -- que come�ou a trabalhar hoje no novo emprego. O almo�o foi frango assado de padaria, arroz, feij�o, farofa e salada. � del�cia! Bebi muuuuuuito guaran�. Dei um al� rapidinho pra mam�e e pra Laura pelo telefone, e resolvi me espichar no sof� da sala por uma meia horinha antes de ligar pro resto dos amigos, arrumar as coisas, tomar umas provid�ncias. Dormi feito uma pedra e s� acordei inda agora, nove horas depois. Brinquei com a Fam�lia Gato, senti falta dos filhotinhos que j� est�o com a Monique e com o Fernando desde a semana passada, li alguns jornais atrasados, a correspond�ncia e uns emails, vi o blog -- � t�o bom conseguir ver o blog novamente! -- mas, acreditem, continuo morrendo de sono. A sensa��o que tenho � de que voltei mas ainda n�o cheguei completamente. A diferen�a de fuso, mais o tamanho dessa viagem gigantesca, fazem mis�ria com o organismo da gente. Enfim, viajar � �timo, mas bom mesmo � voltar pra casa, com as aventuras na mem�ria... 04:22
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13.1.03
Celular vers�o top modelXANGAI, China -- Para que serve um telefone celular? Se voc� respondeu o que ainda parece �bvio, ou seja, falar, saiba que est� � como eu estou, e estamos quase todos � na contram�o da hist�ria. A resposta certa �, ou ser� em breve se tudo correr de acordo com os planos de fabricantes e operadoras, mandar torpedos, fazer barulho, se comunicar visualmente, dizer a que veio e a que tribo pertence, conferir o extrato do banco e o hor�scopo do dia, saber das novidades, checar o email, matar os amigos de inveja. E, �s vezes, at� falar. A ind�stria n�o tem poupado esfor�os (nem recursos) para transformar este ideal em realidade. Uma ap�s a outra, em reiterados congressos, showcases e encontros de todos os tipos, empresas, operadoras e associa��es tecno-ideol�gicas (CDMA, GSM, Edge, GPRS, Bluetooth, Symbian, UMTS...) v�m batendo na mesma tecla: o celular � a extens�o ideal do ser humano, que s� n�o veio de f�brica com um porque o Todo-Poderoso n�o conseguiu resolver imediatamente algumas quest�es b�sicas de protocolo. � Os celulares n�o s�o mais vendidos por suas fun��es b�sicas � reconhece Jean Pierre Le Cannellier, diretor de estrat�gia e marketing da Motorola para a Am�rica Latina. � Eles deixaram de ser uma quest�o tecnol�gica, e passaram a ser produtos de consumo, muito diferenciados entre si. A Motorola � que reuniu aqui em Xangai cerca de 800 pessoas, entre imprensa especializada, desenvolvedores de aplicativos e analistas de mercado para uma jornada de atualiza��o, lan�amento de produtos e apresenta��o de um novo sistema, o Moto Coder � n�o quer perder essa onda. Aos 75 anos de idade, uma eternidade no setor, ela se deu conta de que a faixa mais voraz da sua clientela nem tinha nascido quando, h� exatos 20 anos, lan�ou no mercado o primeiro telefone m�vel comercial. Hoje, quem est� correndo atr�s dessa galera � um not�vel especialista em �p�blico jovem�, Geoffrey Frost, que at� 1999 era diretor de publicidade da Nike. Ele percebeu que n�o era com o bom e velho StarTac que seduziria a garotada, e deu uma sacudida geral nos setores de design e consumo da empresa. Os telefones que falavam em preto e cinza se transformaram em m�quinas radicais prateadas, cheias de cores e sons interessantes, anunciadas na MTV, flagradas nas m�os dos personagens de �Friends� e fazendo figura��o no Oscar. O grito de guerra �Hello Moto� est� em todas as paradas: � �Moto� n�o deixa de ser uma volta �s origens da companhia � diz Frost. � A empresa recebeu o nome de Motorola porque o primeiro produto que lan�ou foi o r�dio para autom�veis. Veja: �motor�, que � �bvio, e o final de �vitrola�, que era a m�quina de som da �poca. A id�ia de som, movimento e liberdade j� estava impl�cita ent�o. �Moto� virou, sem trocadilho, o moto da Motorola. Que pode um dia, quem sabe, virar apenas �Moto�. Frost n�o descarta a possibilidade: � Vamos ver como as coisas andam... � diz. Se depender dos chineses, v�o andar bem. A Motorola tem 30% do mercado de celulares local, ao qual pretende vender uns 70 milh�es de aparelhos este ano. N�o s� este � um dos maiores mercados do mundo, como � um dos que mais crescem. Ele precisa ser cortejado, e isso explica por que viemos todos a Xangai, em vez de ir aos Estados Unidos, como seria de se esperar. Mais do que chamar a aten��o do mundo para o que est� acontecendo na China, a id�ia foi, imagino, chamar a aten��o da China para o que est� acontecendo na Motorola. Durante toda a semana, virtualmente todos os espa�os publicit�rios do Pudong, o modern�ssimo aeroporto internacional da cidade, diziam �Hello Moto�; outdoors em todas as ruas faziam eco, assim como banners em �nibus e t�xis. At� as portas dos elevadores dos hot�is que hospedam os participantes do encontro viraram displays coloridos para os novos aparelhinhos. Todos GSM, os oito se destacam, justamente, pelo que fazem al�m de falar: eles podem acessar a internet, t�m sons de chamada que s�o verdadeiras trilhas sonoras, s�o inteiramente personaliz�veis, da cor das cascas ao papel de parede e, nem preciso dizer, t�m telas colorid�ssimas. S�o muuuuuito cobi��veis, e n�o � dif�cil imaginar zilh�es de adolescentes chineses chateando os pais para comprar um modelo novo. Pensando bem, n�o � dif�cil nem imaginar alguns adultos brasileiros olhando para o cart�o de cr�dito com segundas inten��es. Pelo menos os tr�s que vieram a Xangai teriam facilmente ca�do em tenta��o se eles funcionassem no Brasil. Curiosamente, a parte tecnol�gica da festa foi realizada quase �s escondidas. Entendo, porque, convenhamos, h� poucas coisas menos glamourosas do que papo de nerd. A gente gosta, mas... hmmm... bom, quer dizer... bem, um pouco de autocr�tica nunca fez mal a ningu�m, fez? O fato � que a Motorola quis dar a todos, inclusive aos desenvolvedores, uma turma da pesada, o recado de que o lan�amento de novos celulares � uma aventura fashion, digna de um megashow com produ��o caprichad�ssima. No Centro de Exposi��es de Xangai foi montada uma exibi��o hist�rica singular, reunindo todos os modelos da empresa, dos telefones de campanha da Segunda Guerra at� o mini StarTac, passando pelos port�teis que os yuppies carregavam nos anos 80 com uma bateria a tiracolo. Tudo com muita ambienta��o, luzes, cenografia, antigos cartazes e material publicit�rio do paleoz�ico. Os novos Motorolas, perd�o, Motos, entraram em cena num desfile aut�ntico, nas m�os de modelos que poderiam ter sa�do diretamente de uma dessas semanas de moda de que a Mara Caballero tanto gosta. Ta�, quem diria: a Motorola, que sempre foi o patinho feio dos celulares, levando ao extremo a tend�ncia lan�ada pela Nokia, h� quatro anos, quando o 8210 estreou numa passarela do Kenzo... E, por falar em 8210: este � o �ltimo Grande Desafio, o problema que g�nio algum, da tecnologia ou do marketing, conseguiu resolver � o do nome dos celulares. S� aqui na China circulam, neste momento, 457 diferentes tipos de aparelhos; e, com tantos modelos novos saindo o tempo todo, esgotaram-se as palavras planet�rias. De modo que estes lindos objetos de desejo, estes supra-sumos da alma cool do novo s�culo est�o, at� segunda ordem, condenados aos n�meros perp�tuos. Em outras palavras: condenados ao anonimato. Deve haver nisso uma ironia qualquer, mas �s quatro da manh� de sexta-feira, 9 de janeiro de 2003, batucando no meu 560Z velh�ssimo de guerra, no quarto 1001 do The Westin Shanghai, ela me escapa completamente. (O GLOBO, Info etc., 13.01.2003) P.S. Shangai aqui entrou com X, Xangai, porque esta � a grafia usada pelo jornal. Eu acho mais bonito com SH, como nos filmes antigos. 07:09
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11.1.03
Expresso de ShangaiQuase duas da manh� e, no quarto 1001 do The Westin Shanghai reina a mais completa desordem: estou tentando fazer tudo caber numa mala s�. N�o � nem que tenha comprado tanta coisa, � que estou sem paci�ncia de dobrar direitinho todos os casacos, capotes, gorros e luvas que usei aqui. A quest�o das compras, ali�s, merece considera��o. O pre�o de tudo que n�o seja eletr�nico ou importado � muito barato aqui, mas � imposs�vel comprar uma caixinha de incenso de alguns centavos sem discutir meia hora com o vendedor a respeito do pre�o final. N�o h� um pre�o "certo" para nada, h� simples hip�teses de trabalho: eles geralmente pedem tr�s vezes mais do que est�o dispostos a aceitar, e cabe ao fregu�s ter disposi��o e talento para reduzir o custo do que deseja comprar. Sob este aspecto, veio � China a R�nai mais errada poss�vel. Mam�e teria resistido valentemente a todas as tenta��es; a Laura teria feito eles sa�rem no preju�zo; e a Bia teria comprado o estritamente essencial e justific�vel, pelo pre�o correto. J� eu... Ainda assim, n�o posso me queixar: esta pechincha obrigat�ria � que me salvou da ru�na, porque deixei de comprar muita coisa por falta de saco para ficar fazendo cabo-de-guerra na calculadora com os vendedores. Temos, orientais e ocidentais, vis�es radicalmente diferentes do que deve ser uma opera��o comercial bem sucedida. Para n�s, quanto mais r�pido se resolva a quest�o, melhor; para eles, o importante � discutir pre�o e mercadoria nos m�nimos detalhes, nem que isso leve o dia inteiro. O sistema � o mesmo na China e em todo o Oriente, e acredito que parte do pressuposto de que uma venda �, antes de mais nada, uma intera��o social. Isso devia fazer muito sentido h� algumas d�cadas, num mundo sem pressa e sem cinema ou televis�o, em que comprar e vender era possivelmente uma das maiores distra��es, e talvez fa�a sentido at� hoje entre pessoas que moram na mesma cidade e falam a mesma l�ngua... mas como � enervante numa loja de lembrancinhas, onde ningu�m se entende e todos est�o de passagem! Quando eu chegar em casa volto a falar nisso; o lance todo � muito interessante. At� l�! 16:26
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10.1.03
   Expresso de ShangaiDesculpem o sumi�o! Quinta-feira foi um dia puxad�ssimo, com apresenta��es, palestras e entrevistas -- e uma fugida r�pida prum mercad�o aqui perto do hotel, onde fomos comprar as tradicionais lembrancinhas de viagem, que ningu�m � de ferro. Para poder passar a sexta na rua, sem preocupa��es, resolvi escrever logo a mat�ria de segunda do Info etc., que s� terminei �s cinco da manh�; sendo que a gente sa�a quase em seguida, �s 8h30 para um tour pela cidade. N�o � s� para o blog que est� faltando tempo... Enfim, tudo isso se resume em duas palavras b�sicas: tou morta! A vers�o integral, por�m, � bem mais complexa do que este resumo. Ainda preciso arrumar as id�ias e os sentimentos, ontem vi coisas demais, mas para come�ar aqui v�o alguns pontos: 1) Continuo sem acesso ao blog, e descobri por qu�. � que o governo da China bloqueia o acesso a sites inc�modos, e o Blogspot � um deles. Em resumo, internauta chin�s pode at� ter blog (o acesso ao Blogger est� livre) mas n�o pode ler blogs, pelo menos n�o aqueles pendurados nos hospedeiros �bvios; 2) Estou tendo acesso aos coment�rios atrav�s do Yaccs, que acesso diretamente, portanto estamos em contato. Meio arrevezado, j� que nem sempre sei qual coment�rio se refere a qu�, mas mesmo assim gostoso e -- sim, a palavra � essa -- gratificante para mim: fiquei muito contente em saber que voc�s gostaram da coluna do Segundo Caderno! Eu estava (e ainda estou) meio apreensiva, o equil�brio � sempre delicado at� a gente descobrir o rumo certo num espa�o novo. Tamb�m fiquei muito feliz em saber que as fotos agradaram. Acabo de chegar da sala de imprensa, onde passei a noite subindo um outro lote. 3) Acho que posso dizer, sem exagero, que ontem passei por um dos dias mais perturbadores da minha vida -- um dia que n�o acabou � meia-noite, e com o qual vou ficar me debatendo ainda por um bom tempo. A day in the lifeNosso tour foi vendido pela ag�ncia como um mergulho na vida cotidiana chinesa. Ir�amos a um bairro residencial, visitar�amos uma escola, um centro comunit�rio e um hospital, dar�amos um passeio pelas redondezas e terminar�amos a manh� em casas de volunt�rios que faturam um extra abrindo seus lares a visitantes e oferecendo-lhes refei��es semelhantes �s que, em tese, fazem todos os dias. Nossa guia, uma mo�a simp�tica de uns 25, 30 anos, falava um ingl�s excepcionalmente bom, e tudo, com exce��o do frio desgra�ado, parecia perfeito. Sa�mos do centro de Shangai e fomos para uma regi�o descrita pela guia como um t�pico bairro de trabalhadores. Primeira parada: o jardim de inf�ncia, onde as crian�as que nos esperavam na porta nos pegaram pela m�o e nos levaram para uma sala de aula, onde apresentaram numeritos de canto e dan�a. A escola � ampla, limpa, bem-equipada e alegre, e as criancinhas, lindas como todas as crian�as chinesas, estavam bem cuidadas, bem alimentadas e bem vestidas. Uma perfei��o. E t�pica, segundo a guia: -- Todas as crian�as chinesas freq�entam escolas assim. Voc�s viram como elas est�o alegres! N�s brasileiros e os colegas indianos ficamos indignados. Escola t�pica, aquela?! Quem eles acham que est�o enganando?! � poss�vel que um americano, um sueco ou um noruegu�s acreditem nesse papo, mas n�s sabemos o que � uma escola t�pica nos nossos pa�ses, que, apesar das �bvias diferen�as culturais, t�m l� a sua semelhan�a econ�mica. N�s lemos jornais e n�s fizemos o dever de casa antes de vir para c�; n�s j� vimos fotos de meninas chinesas abandonadas em orfanatos miser�veis, atiradas nas ruas, entregues para ado��o. Eu at� conhe�o uma dessas meninas, Rose, filha do meu colega John Lippman, do Wall Street Journal. Al�m disso, tanto os indianos quanto eu j� hav�amos chegado sozinhos ao outro lado do rio, �quele bairro que fotografei no primeiro dia, em que vivem pessoas privilegiadas por terem casa, calefa��o e comida bem aqui na cidade -- mas que, voc�s viram, est� longe de ser um lugar id�lico onde existiriam escolas assim para todas as crian�as. Nos sentimos tra�dos pela guia, que nos tinha parecido t�o sincera e simp�tica, e ficamos imaginando que esp�cie de pistol�o um chin�s n�o precisa ter para conseguir matricular o filho l�. Ficamos imaginando tamb�m que opini�o ter�o dos estrangeiros que os visitam, para achar que podem mentir com essa desfa�atez. N�s sempre ouvimos falar em propaganda oficial e em guias conduzindo visitantes para lugares maquiados, mas nunca pensamos que a coisa fosse t�o primitiva. Na pr�xima parada, o tal centro comunit�rio, fomos levados para um pr�dio estalando de novo, com academia de gin�stica, enfermaria, sala de lazer... enfim, todos os confortos da civiliza��o, desta vez ao alcance dos velhinhos, que nos contaram como complementam a sua aposentadoria ( integral, fizeram quest�o de frisar) vendendo os seus trabalhos manuais, por acaso ali expostos: leques, pinturas, esculturinhas de jade. Rigorosamente iguais aos que vimos no mercad�o, s� que tr�s vezes mais caros. Alguns incautos compraram. Eu s� n�o estava subindo de costas pelas paredes porque o cheiro da tinta estava me matando de alergia, mas a Luciana Vedovato, da Motorola, o Renato Cruz, do Estad�o, e os indianos todos estavam prestes a come�ar um motim, levado a efeito na pr�xima parada, o hospital. A� nos recusamos a continuar ouvindo aquela xaropada, e preferimos bater perna pra c� e pra l�, enquanto os outros colegas se submetiam a essa estranha forma de tortura chinesa. Antes de rumar para os t�picos lares chineses e desfrutarmos as t�picas refei��es com os t�picos trabalhadores de Shangai, fizemos uma parada de dez minutos no mercado local. Nessa quem rodou a baiana fui eu. Como, dez minutos no mercado?! Com tantas fotos para fazer?! No way! De l� eu ia embora por conta pr�pria, nem que fosse a p�, mas � num mercado que a gente v�, de fato, como o povo vive, o que come, do que gosta. Eu n�o ia passar correndo pela vida real para depois perder outra hora do meu precioso tempo numa fic��o qualquer. Luciana e Renato, �timos companheiros de viagem, ficaram tamb�m, n�o sei at� que ponto por receio de me deixar sozinha naquele canto perdido do mundo. De qualquer forma, fiquei muito grata a eles; um pesadelo dividido por tr�s � mais f�cil de encarar. Acontece que ontem n�s descobrimos que num mercado tamb�m se pode ver a alma de um povo -- e o que n�s vimos foi, para dizer pouco, aterrorizante. Imaginem a cena: um mercado cheio das coisas que habitualmente se vendem nos mercados, frutas, legumes, cereais. Uma imund�cie inacredit�vel por todos os lados, uma camada de sujeira derrapante e fedorenta no ch�o, bicicletas e motos passando entre as pessoas por corredores estreitos at� para as pessoas -- e, de repente, a peixaria. Eu, que fiquei um pouco para tr�s fotografando, ouvi um grito da Luciana. Corri em tempo de ver, num balc�o, um peixe grande que acabara de ser cortado em dois, vivo, sangrando e se debatendo. Fiquei paralisada olhando para a cara daquele bicho que saltava sem a parte de baixo do corpo, e que levou uma eternidade para morrer. Mas n�o havia sido essa a causa do grito da Lu. Quando ela me encontrou, depois de ouvir o meu grito (claro, eu nem percebi, mas gritei tamb�m), o peixe j� estava quase morto. O que ela tinha visto havia sido igualmente horripilante: uma vendedora batendo uma enguia tamb�m viva no ch�o, para possivelmente esmigalh�-la por dentro, e depois cortando a sua cabe�a fora com uma tesoura. As pessoas -- digo, os chineses -- que estavam em volta acharam o nosso pavor muito engra�ado. Seguimos em frente. Todos os animais -- sapos, cobras, enguias, peixes, caranguejos, tartarugas -- s�o mantidos vivos em pequenas bacias. A �gua dos peixes e enguias tem tubos de oxig�nio, como aqueles que se usam nos aqu�rios, para que eles n�o morram. As tartarugas, empilhadas umas em cima das outras, tentam escapar. N�o consegui deixar de dar outro grito quando vi uma que estava quase caindo da bacia. O vendedor, mais um que se divertiu com a minha rea��o, a pegou pelo pesco�o. N�o tive coragem de ver o que fez ou deixou de fazer. Logo adiante, uma mo�a estava limpando uma batelada de cobras. Cortava-lhes as cabe�as, depois as abria ao comprido e tirava a espinha e as entranhas. Fazia isso de forma t�o autom�tica que nem olhava para elas. Fiquei pensando quantos milhares j� n�o teria matado para atingir tal n�vel de perfei��o. Fugimos da peixaria, mas ca�mos num lugar pior. Do outro lado estavam as aves. Vi um cisne com as asas quebradas para tr�s, "amarradas" num n� atr�s do pesco�o, sendo pesado num gancho que o suspendia por este n� das asas. Vi centenas de patos uns em cima dos outros, alguns com as patas partidas, todos com as asas quebradas da mesma forma, e nunca mais vou conseguir me esquecer do olhar dessas aves, eu que achava que aves n�o t�m express�o. Nunca mais vou conseguir me esquecer, tamb�m, do olhar dos chineses, que riam para n�s tentando, acho, ser simp�ticos, e que se mostravam encantados com a c�mera digital. Nunca na vida vi um descaso t�o generalizado com o sofrimento, uma tal banaliza��o da crueldade. Pode-se argumentar que a forma como criamos os frangos nas nossas granjas n�o � mais "humana" (que palavra mais inapropriada!), ou que um matadouro n�o � muito diferente disso; n�o sei. Ainda n�o assimilei a experi�ncia inteiramente, mas j� estive em mercados em todos os cantos do mundo, de Seattle a Istambul, passando por Bel�m, Santiago e meia Europa e, repito, nunca vi nada sequer remotamente parecido. Mais tarde, passando por umas lojas, vimos uma gatinha tricolor fechada numa jaula min�scula. Era o animal de "estima��o" da casa. Fui fazer um carinho e ela miou desesperadamente para mim, como se eu pudesse representar uma forma qualquer de salva��o. Fiquei no auge da depress�o. O Renato disse: -- O que � que voc� queria? Ela est� sendo tratada como um membro da fam�lia. P.S. Mais uma vez, as fotos est�o sem legenda, e n�o foram selecionadas ou tratadas, com exce��o de um ou outro corte aqui e ali. O que est� nos �lbuns corresponde, mais ou menos, a uma c�pia contato. D�em um desconto. Quem quiser ver as fotos em alta resolu��o, MUITO grandes (leia-se leeentas) pode ir por esses links aqui para o tour oficial, o mercado e o passeio dos brasileiros insurrectos. 17:21
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9.1.03
Hoje, no GLOBO......a minha coluna nova! S� n�o reparem a foto, pelamordedeus, que est� horr�vel. Quando eu voltar vou pedir pro pessoal trocar por uma melhorzinha. Trai��o a 2.400kbps, ou O triunfo das livrariasNem sempre o que parece ser um processo de extin��o acaba com uma esp�cie. Ainda bem!N�o me lembro mais quando comprei o primeiro livro on-line, mas lembro, at� hoje, da mistura de sentimentos com que teclei o enter daquela compra. Isso foi, naturalmente, antes da web e do mouse (sim, meninos, houve esse tempo!) e a gente chegava � falecida books.com atrav�s de um sistema de acesso chamado telnet; mas n�o, n�o se preocupem, n�o vou explicar como isso funcionava. Esta coluna que estr�ia hoje � a minha coluna sem tomada, uma esp�cie de Cora R�nai unplugged; a tecnologia continua onde sempre esteve, no Inform�tica etc. Voc�s sabem, n�? �s segundas-feiras, neste mesmo jornal? Aquele caderninho lindo? Ent�o. Como eu ia dizendo, as impress�es daquela primeira compra foram t�o marcantes que at� hoje vivem em mim, ainda que eu tenha esquecido quantos e quais livros comprei na ocasi�o. De um lado, o assombro com a internet e com a vastid�o do mundo de livros (e de d�vidas em moeda forte) que se abria diante de mim; de outro, mais pungente, a sensa��o de estar traindo dona Vanna Piraccini, a minha querida livreira da Leonardo Da Vinci, onde, at� aquele momento, sempre comprara os livros importados. Eu pressentia que estava entrando por um caminho sem volta, e n�o conseguia deixar de pensar na horr�vel ingratid�o que cometia, em parte por comodismo, em parte por economia, mas muito pelo frisson daquele ato ainda m�gico de conjurar um livro do al�m atrav�s de meia d�zia de comandos e um simples cart�o de cr�dito. A minha rela��o com a Leonardo Da Vinci era, claro, uma rela��o especial. Dona Vanna era amiga de meus pais e, quando eu era adolescente, muitas vezes aceitou encomendas minhas que sabia que eu jamais poderia pagar - livros que eu levava para casa, um de cada vez, com o compromisso solene de ler sem quebrar a lombada. Assim, por exemplo, li toda a correspond�ncia entre Vincent van Gogh e seu irm�o Theo, nos quatro volumes de uma edi��o francesa que custava o equivalente a uns dois meses do que eu ganhava. Se algu�m quis comprar aquela cole��o enquanto eu estava com um dos volumes, n�o sei; mas sei que n�o fui a �nica protegida da dona Vanna. Tempos depois, quando j� ganhava o suficiente para poder gastar tudo em livros, andei atr�s de uma colet�nea de discursos de Churchill, que havia visto por ali. - Esquece este livro - disse dona Vanna. - Ele est� sendo lido. Ah, que bom, ent�o outras pessoas que conseguiam ler sem quebrar a lombada continuavam a tradi��o? - Imagina, voc� acha que eu sou uma biblioteca?! N�o, este menino vem aqui toda tarde, senta num canto, l� horas a fio e, antes de ir embora, esconde o livro numa estante diferente. S� p�e de volta no lugar certo quando acaba - e este ele come�ou a ler agora. Tem quase mil p�ginas. Volta daqui a dois meses. Que esp�cie de ser sem entranhas seria capaz de comprar livros on-line tendo uma livreira como a dona Vanna? Ou como a Dalva Gasparian, da Argumento, que me avisava quando chegavam as caixas da Penguin, para que eu pudesse escolher antes dos outros? Se todos se deixassem seduzir pelas facilidades do com�rcio eletr�nico, o que seria das livrarias? E - horror dos horrores - o que seria do mundo sem as livrarias?! Para mim, essa n�o era uma quest�o meramente ret�rica. Era um problema familiar, pessoal, �ntimo. Meu av�, que n�o cheguei a conhecer, tinha uma livraria em Budapeste. Cresci � sombra desta casa desaparecida, t�o viva na mem�ria de meu pai que at� hoje existe na minha imagina��o, com suas altas estantes envidra�adas, suas pequenas edi��es t�o bem cuidadas, sua papelaria com uma esp�cie diferente de maravilha escondida em cada gaveta: cromos ingleses, carn�s de baile, pap�is de carta, mata-borr�es. Uma loja como a Amazon (ou como as suas equivalentes de pedra e cal, as onipresentes megastores) �, sejamos francos, um simples dep�sito de livros, um entreposto cultural que, por eficiente que seja, n�o merece o nome de livraria. Uma livraria � mais do que um monte de livros juntos: � um cardume de id�ias, um ponto de encontro, um ser vivo como outro qualquer, com suas idiossincrasias, seu charme, seu cheiro. Uma livraria �, sobretudo, um discreto monumento � civiliza��o, um local onde podemos nos certificar, permanentemente, de que, apesar dos pesares, temos feito algum progresso como esp�cie. Coisa que, olhando assim pela televis�o, ningu�m diz. Isso talvez explique as nossas surpreendentes livrarias, e a n�tida mudan�a da vida intelectual carioca dos botecos para os caf�s com livros que v�m, ultimamente, brotando feito cogumelos. � poss�vel que, na cidade cada vez mais violenta e insegura, precisemos do conforto dessas ilhas de conviv�ncia c�mplice e gentil entre estranhos. � bom para a alma passear entre as estantes, devagar, observando outras pessoas que fazem a mesma coisa: b�pedes calmos flutuando numa bolha de cordial e educada civilidade, felizes por constatarem que ainda h� espa�o para uma certa �rea cinzenta da anatomia humana que n�o se retoca com lipo ou com silicone. 02:05
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8.1.03
Estranho...Desde ontem, n�o consigo acessar o blog daqui. O Blogger sim, e os coment�rios (vou direto aos YACCS), mas nada de blog. Da�, pelo visto, tudo OK, n�? Beijinhos, fui -- cuidem direitinho do nosso fuso hor�rio, que � muito melhor do que o daqui! 22:25
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Expresso de ShangaiOntem � noite -- depois da abertura oficial do Hello Moto!, evento gigantesco que a Motorola est� realizando aqui, com muitos lan�amentos, o an�ncio de um programa para desenvolvedores chamado Moto Coder (que trabalha basicamente em Java, e �, essencialmente, bem parecido com o Brew, da Qualcomm) e um aut�ntico desfile de celulares, com modelos super-fashion carregando os telefoninhos de c� pra l�, muito legal! -- nos ofereceram um jantar 100% chin�s. N�o conseguimos identificar 90% da comida, e os 10% que identificamos... bom, era melhor continuar na ignor�ncia, mesmo. Tudo muito chique e bem servido, lindo demais, mas quase morremos de rir diante das caras dos colegas mais afoitos que comiam de tudo. Isso porque 90% daqueles 10% identificados eram pimenta... Filhotes de polvo cru com pimenta, barbatana de tubar�o com pimenta, carne (n�o se sabe de qu�) com pimenta, pimenta com pimenta... N�o sei se havia r�pteis presentes, tudo � poss�vel. A pior coisa, que nem um argentino especialmente dotado de esp�rito de aventura que estava � nossa mesa conseguiu comer, parecia l�ngua de alguma coisa pequena, mas tinha um osso dentro, de modo que devia ser outra coisa. Podia ser um bico de pato tamb�m, n�o sei. Nem sei se fa�o quest�o de saber. A �nica coisa que me pareceu comest�vel, e n�o de todo m�-- umas algas verdinhas, sem pimenta -- era puramente ornamental. Al�m dessas algas, um rabanete vermelho, cuidadosamente esculpido em forma de flor, foi disputado por todos. E, para n�o ser totalmente injusta, havia uns camar�es fritos com alguma coisa muito estranha em cima, mas camar�o nem o cozinheiro chin�s mais radical consegue estragar. Isso, do meu ponto de vista ocidental primitivo, que n�o est� � altura de uma civiliza��o antiq��ssima que vem depurando o paladar h� mil�nios. Eu, que estou bem baixo na escala alimentar (do que a gente come!) ainda vou ter que comer muito feij�o pra chegar a esse grau de sofistica��o. De prefer�ncia preto, com uns peda�os de porco, uma couvezinha do lado, uns torresmos, umas rodelas de laranja.... bu����!!! Bom, agora chega: s�o oito da matina e j� estou atrasada, a primeira palestra do dia come�a em 30 minutos e ainda n�o tomei caf�. Sem pimenta, please. 22:05
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 Expresso de Shangai (fotos!)Meninos, sem exagero, passei a manha inteira por conta dessas fotos... ufa! Agora tenho que ir trabalhar, mas fiz um album para quem quiser ir dando uma olhadinha. Mais tarde vou selecionar algumas fotos especiais pro blogue e legendar, mas por enquanto, os que tiverem conexoes rapidinhas podem clicar aqui... e boa viagem! Um detalhe: eles podem ate comer cachorro, mas vi varios gatinhos " trabalhando" em lojas. 06:24
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7.1.03
Enquanto isso, na Noruega... ...o Jack Valenti e a MPAA perderam o caso do DeCSS!!! Para os que n�o sabem o que � isso, n�o se preocupem com as letrinhas e abram uma Cerpa do mesmo jeito, porque � uma grande vit�ria para TODOS! Deu no AftenPosten e a essa altura, imagino, j� est� em toda a parte, mas aqui deste lado do mundo, de cabe�a pra baixo, s� fiquei sabendo agora, gra�as ao Mahna Mahna: valeu, meu amigo, ta� um bom jeito de come�ar o dia! Resumindo: o rapaz que quebrou o CSS, aquele c�digo de quinta que a igualmente de quinta MPAA instala nos DVDs pra que s� toquem assim ou assado, foi absolvido em grande estilo. A Corte decidiu que o consumidor, ao contr�rio do que querem os tubar�es da ind�stria de entretenimento, � dono da sua leg�tima propriedade, e tamos conversados. Como jurisprud�ncia, ainda que tenha acontecido na Noruega, � de grande valor. Angloparlantes, leiam a manchete e a abertura, e vejam se isso n�o soa como m�sica para os seus ouvidos: 'DVD Jon' scores huge legal victoryA Norwegian teenager who helped crack a code meant to protect the content of DVDs won full backing from an Oslo court on Tuesday. The court acquitted him on all charges, a ruling that comes as a crushing blow to public prosecutors and entertainment giants.Em outras palavras: YESSSSSSSSSSSSS!!!Ah, sim: Mais tarde, not�cias de Shangai. Vou tomar caf� da manh�, depois de ter passado a noite acordando nos hor�rios mais esquisitos com todos os tipos de fome. A viagem � cansativa, mas esta cidade � realmente extraordin�ria e vale cada minuto no avi�o. 23:36
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6.1.03
Shangai ExpressSHANGAI, China Est� MUITO FRIO, o pior inverno em Shangai nos �ltimos cinco anos; a janela do meu hotel, no famoso Bund (que se pronuncia "b�ned"), d� para uma esquina onde passam alguns carros e muitas, mas muitas bicicletas. Me disseram que todos os dias s�o roubadas umas 130 bicicletas em Shangai. Est� nublado, mas uma nesguinha de sol est� me chamando. Tenho que aproveitar, porque logo mais j� vou estar trabalhando. Estou resfriad�ssima, l�gico, depois de mais de 30 horas de viagem, mas vou descolar umas ervas por a� pra cuidar disso; s� espero conseguir me entender com o cara da farm�cia e levar as ervas certas... caso contr�rio, n�o me responsabilizo pelo conte�do do pr�ximo post, logo mais � noite (minha; manh� no Brasil)! 23:45
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16:30
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4.1.03
 Rapidinho...PessoALL, devo ficar fora do ar durante os pr�ximos dois dias. Estou viajando: vou l� na esquina, mas volto j�. At� logo! 19:09
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Depois do Rosinha N�o!... o Rosinh�metro!!!19:00
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Bia & BillUma das coisas que n�o entendo no mundo blogue � por qu� a Bia Badaud n�o tem um. Dentre as pessoas que conhe�o, ela �, sem favor, uma das que melhor pensam o mundo � sua volta, uma rara idealista que -- como o Claudinho, do Circulando -- n�o fica s� no papo, mas age em fun��o desse idealismo, de fato ajudando o Brasil a se tornar um pa�s menos injusto.
N�o conhe�o a Bia pessoalmente, mas tenho grande orgulho de ser sua amiga.
Hoje ela me mandou um email que d� uma boa medida de quem ela �:" N�o sei se � verdade. Mas fiquei muit�ssimo irritada com este emeio que recebi... Deu vontade de te mostrar. O emeio e o que respondi. Meio longo, mas... a� vai: Para qualquer pessoa com filhos de qualquer idade ou qualquer pessoa que j� foi crian�a, aqui est�o alguns conselhos de Bill Gates em uma confer�ncia de uma escola secund�ria sobre 11 coisas que estudantes n�o aprenderiam na escola. Ele fala sobre como a pol�tica do "sentir-se bem" tem criado uma gera��o de crian�as sem conceito da realidade e como esta pol�tica tem levado as pessoas a falharem em suas vidas posteriores � escola. (N�o � �-toa que ele � um dos homens mais bem sucedidos e ricos do mundo). Regra 1: A vida n�o � f�cil - acostume-se com isso. Regra 2: O mundo n�o est� preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que voc� fa�a alguma coisa �til por ele ANTES de sentir-se bem com voc� mesmo. Regra 3: Voc� n�o ganhar� US$ 40,000 por ano assim que sair da escola. Voc� n�o ser� vice-presidente de uma empresa com carro e telefone � disposi��o antes que voc� tenha conseguido comprar seu pr�prio carro e telefone. Regra 4: Se voc� acha seu professor rude, espere at� ter um chefe. Ele n�o ter� pena de voc�. Regra 5: Fritar hamb�rgueres n�o est� abaixo da sua posi��o social. Seus av�s t�m uma palavra diferente para isso - eles chamam de oportunidade. Regra 6: Se voc� fracassar, n�o � culpa de seus pais, ent�o n�o lamente seus erros, aprenda com eles. Regra 7: Antes de voc� nascer seus pais n�o eram t�o chatos como agora. Eles s� ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir voc� falar o quanto voc� mesmo era legal. Ent�o antes de salvar o planeta para a pr�xima gera��o querendo consertar os erros da gera��o dos seus pais, tente limpar seu pr�prio quarto. Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distin��o entre vencedores e perdedores, mas a vida n�o � assim. Em algumas escolas voc� n�o repete mais de ano e tem quantas chances precisar at� acertar. Isto n�o se parece com absolutamente NADA na vida real. Regra 9: A vida n�o � dividida em semestres. Voc� n�o ter� sempre os ver�es livres e � pouco prov�vel que outros empregados o ajudar�o a cumprir suas tarefas no fim de cada per�odo. Regra 10: Televis�o N�O � vida real. Na vida real, as pessoas t�m que deixar o barzinho ou a cafeteria e ir trabalhar. Regra 11: Seja legal com os "Nerds". Existe uma grande probabilidade de voc� vir a trabalhar para um deles. E respondi isso: Ele fala sobre como a pol�tica do "sentir-se bem" tem criado uma gera��o de crian�as sem conceito da realidade e como esta pol�tica tem levado as pessoas a falharem em suas vidas posteriores � escola. 'Pol�tica do sentir-se bem' ??? Sentir-se bem � errado? Crian�as sem conceito de realidade? Realidade do ponto de vista de quem? Os traficantes de drogas tamb�m est�o entre as pessoas mais ricas do mundo.Regra 1: A vida n�o � f�cil - acostume-se com isso. A vida do ambicioso e principalmente do inescrupuloso n�o deve ser f�cil, mesmo. A vida pode ser f�cil quando uma pessoa reconhece e aceita seus limites e sabe ser feliz com o que necessita para o seu sustento. Pode ser f�cil quando uma pessoa escolhe seu companheiro (a) por amor, e sua carreira pela voca��o.Regra 2: O mundo n�o est� preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que voc� fa�a alguma coisa �til por ele ANTES de sentir-se bem com voc� mesmo. O mundo n�o tem que se preocupar com a auto estima de ningu�m, isso n�o � errado ou cruel. � fun��o e dever de cada um de n�s ensinar e cultivar nos filhos a auto estima. Porque pessoas com auto estima baixa acham que precisam enriquecer pra poder angariar a estima das pessoas. E passam a correr atr�s de dinheiro e posi��o social a qualquer custo. Inclusive � custa da �tica. �tica � respeitar o direito do pr�ximo. Uma pessoa que n�o se respeita n�o vai respeitar os demais.Regra 3: Voc� n�o ganhar� US$ 40,000 por ano assim que sair da escola. Voc� n�o ser� vice-presidente de uma empresa com carro e telefone � disposi��o antes que voc� tenha conseguido comprar seu pr�prio carro e telefone. Voc� n�o precisa ganhar 40.000 por ano nem quando sair da escola nem nunca. Precisa ganhar o suficiente para sustentar-se com dignidade. Pagar as contas e divertir-se. Se trabalhar no que gosta tem imensas possibilidades de conseguir, e voltar pra casa satisfeito no fim do dia.Regra 4: Se voc� acha seu professor rude, espere at� ter um chefe. Ele n�o ter� pena de voc�. Se voc� acha seu professor rude, avise aos seus pais, para que fa�am queixa ao diretor da escola. E exija que ele se desculpe. Depois, tendo feito uma boa forma��o profissional, poder� exigir respeito profissional do seu chefe. N�o vai precisar da pena dele.Regra 5: Fritar hamb�rgueres n�o est� abaixo da sua posi��o social. Seus av�s t�m uma palavra diferente para isso - eles chamam de oportunidade. Nenhum trabalho � indigno.Seus av�s chamariam isso de dinheiro ganho dignamente.Regra 6: Se voc� fracassar, n�o � culpa de seus pais, ent�o n�o lamente seus erros, aprenda com eles. Concordo.Regra 7: Antes de voc� nascer seus pais n�o eram t�o chatos como agora. Eles > s� ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir voc� falar o quanto voc� mesmo era legal. Ent�o antes de salvar o planeta para a pr�xima gera��o querendo consertar os erros da gera��o dos seus pais, tente limpar seu pr�prio quarto. Seus pais n�o eram e n�o s�o chatos. Pagar contas e lavar roupas s�o tarefas feitas com o maior prazer por quem teve filhos consciente.Tenha apenas a certeza de que eles te amam, e os respeite. S�o humanos e erram, normal, mas erram tentando sempre acertar. Um dia, quando for maior, vai compreend�-los. Mas, enquanto isso, pode limpar o seu quarto.Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distin��o entre vencedores e perdedores, mas a vida n�o � assim. Em algumas escolas voc� n�o repete mais de ano e tem quantas chances precisar at� acertar. Isto n�o se parece com absolutamente NADA na vida real. Errar � humano e tentar at� acertar � real. Perdedor � quem desiste de ser feliz e acha que precisa acumular dinheiro pra poder comprar amor.Regra 9: A vida n�o � dividida em semestres. Voc� n�o ter� sempre os ver�es livres e � pouco prov�vel que outros empregados o ajudar�o a cumprir suas tarefas no fim de cada per�odo. Ver�es livres s�o pras crian�as. Adultos que trabalham t�m direito a 30 dias de f�rias anuais. Por lei. Empregados freq�entemente se ajudam nas tarefas. Os ego�stas normalmente s�o identificados pelo grupo e isolados dele.Regra 10: Televis�o N�O � vida real. Na vida real, as pessoas t�m que deixar o barzinho ou a cafeteria e ir trabalhar. �bvio. Se voc� n�o consegue perceber isso, tem um s�rio dist�rbio psiqui�trico e precisa de tratamento.Regra 11: Seja legal com os "Nerds". Existe uma grande probabilidade de voc� vir a trabalhar para um deles. Seja legal com todas as pessoas, meu filho. Desde a faxineira at� o seu chefe. Respeite aos outros e se fa�a respeitar. N�o seja nunca subserviente por ambi��o. E, pracabar, uns conselhos dum indiano famoso chamado Gandhi:
Raz�es para a decad�ncia social:
1 - Riqueza sem trabalho; 2 - Prazer sem sacrif�cio; 3 - Conhecimento sem sabedoria; 4 - Com�rcio sem moral; 5 - Pol�tica sem idealismo; 6 - Religi�o sem �tica; 7 - Ci�ncia sem humanismo. Ora bolas.04:10
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3.1.03
Ah, sim -- antes que eu me esque�a: volta, Matusca!!!05:52
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 05:07
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Manuel e MargaridaDesculpem, queridos, ando meio em falta com o blog, mas a vida aqui ficou ligeiramente tumultuada com os festejos de fim de ano, o trabalho, as m�quinas doentes e, last but not least, os gatinhos pequenos, que estou curtindo enquanto posso: na pr�xima segunda eles se mudam definitivamente para a casa da Monique e do Fernando Pedreira. V�o virar dois intelectuais da pesada convivendo com o Fernando e, se seguirem o exemplo da Monique, acabam sendo tamb�m os gatos mais elegantes do Alto Leblon: ela � a pessoa mais chique que eu conhe�o, aquela mulher que p�e uma cal�a, uma camiseta e uma sand�lia havaiana e parece que saiu de uma revista de alta costura. Incr�vel. O pior � que ela ainda se d� ao luxo de ser uma companhia maravilhosa, com um senso de humor genial. Enfim: os meus queridinhos v�o ficar na melhor companhia poss�vel, mas eu j� estou morrendo de saudades. S�o t�o maluquinhos... Hoje o Z� Man� atacou a minha canja e comeu um peda�o enorme de cebola. Acho que continua sem saber que � um gato. 04:28
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Depois eles estranham...Deu no Di�rio de Pernambuco que uma bi�loga brasileira que viajou aos EUA a convite de uma institui��o de pesquisa de l� foi presa e expulsa do pa�s acusada de fazer tr�fico de mulheres. � mais uma daquelas hist�rias que fazem com que a gente fique com vontade de nunca mais p�r os p�s naquele pa�s. 03:59
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2.1.03
 S� vi agora... bonitinho, n�? 20:55
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Gostaram das fotos?Ent�o leiam o post! Marina W. descreve o nosso R�veillon, em La Barca: est� uma del�cia! 04:24
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1.1.03
Primeira not�cia do Ano LivreEsta o Luis Alberto mandou como �ltima do Ano mas, por causa dos problemas com as m�quinas, s� li agora. Portanto...Novo endere�o da Peti��o pelo Software Livre ao PresidenteA peti��o original no petitiononline.com, iniciativa de Renato Siqueira, teve problemas ainda n�o explicados durante cinco dias, o que levou o autor a publicar a peti��o em outro site. Apesar da original ter voltado a funcionar normalmente, assine e divulgue a nova peti��o, corrigida e mais completa: "O Objetivo desta peti��o � fazer com que o governo pare de gastar centenas de milh�es de reais por ano dos cofres p�blicos com licen�as de software propriet�rio, que sustentam um monop�lio estrangeiro e passe a utilizar softwares livres (quando o software livre substituir com funcionalidade m�nima de 100% o software propriet�rio) na administra��o e nos �rg�os p�blicos onde o dinheiro do povo paga as contas.." Aten��o! Apesar da antiga peti��o ter voltado a funcionar normalmente, o recomendado � concentrar as assinaturas na nova, ent�o se voc� divulgou o endere�o anterior, n�o deixe de divulgar o novo endere�o. Leia, assine e divulgue a nova peti��o em: http://www.ipetitions.com/campaigns/gnulinux/O texto da peti��o foi razoavelmente criticado em rela��o � argumenta��o e estilo de escrita. Mas lembro que ele n�o � um documento de uma entidade jur�dica a ser entregue a uma comiss�o t�cnica. A id�ia � exatamente ser uma peti��o civil, iniciativa de um cidad�o brasileiro, apoiada por assinaturas de todos n�s :-) Na verdade, esta peti��o formar�, junto com outros documentos que ser�o enviados aos nossos representantes, um grande quadro da for�a da comunidade brasileira do Software Livre. Parab�ns para o Renato Siqueira, pela iniciativa e persist�ncia frente aos problemas enfrentados. 17:45
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Aula de Hist�riaA BBC est� transmitindo a posse de Lula, ao vivo. A CNN tamb�m est� transmitindo ao vivo... do M�xico, onde uma f�brica de fogos explodiu, matando 28 pessoas. Faz sentido. 17:11
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Rio, ontem e hojeRaphael Perret e eu temos uma paix�o em comum: a webcam do P�o de A��car. A toda hora mandamos cliques de l� um pro outro. Ontem, eu cliquei o �ltimo dia do ano:  Hoje, ele clicou o primeiro, e mandou junto esta mensagem: "A primeira tarde de 2003, com esse c�u azul e um tempo limpo e lindo, nos d� ind�cios de que a esperan�a se materializar� em felicidade muito em breve".17:02
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