30.6.02


QUE DOMINGO!!!!!

Logo depois do jogo, a Bia e eu ficamos na maior d�vida: praia ou cal�ad�o? Apesar do dia perfeito, optamos pelo cal�ad�o. Afinal, a praia est� l� todo dia, mas cal�ad�o em ritmo de penta n�o � pra quem quer, � pra quem pode, n�? (em Buenos Aires, por exemplo, n�o tem...) e l� fomos n�s. �tima escolha! A cidade INTEIRA estava na rua, dois ter�os, pelo menos, de camisa verde e/ou amarela, no maior astral. Ha!

J� uma escolha n�o t�o boa foi passar pelo Clipper, onde a Bia queria encontrar uns amigos. Pode at� ser que eles estivessem por l�, mas se a cidade estava INTEIRA na rua, o Leblon se concentrou TODO no Clipper. Resultado: a gente l�, entalada, sem conseguir ir nem pra frente nem pra tr�s... Quando conseguimos escapar do sufoco, procuramos um orelh�o pra fazer uma transmiss�o ao vivo pra Mami, no s�tio, da festa carioca.

N�o conseguimos falar muito bem, com tantos decib�is pela cidade, mas o barulho deu o recado pela gente. Ali�s, sinceramente: que coisa insuport�vel essas cornetas que andam por a�! N�o h� penta que justifique um som t�o chato e, eventualmente, mal educado: at� no Bar Lagoa, onde almo�amos, havia dois palha�os que n�o par�vam com aquela praga, pra desespero do resto, que s� queria almo�ar e se divertir, v� l�, mas feito gente... Agora, quem � macho suficiente pra reclamar de comemora��o de penta?! ARGH!!!

Em compensa��o, n�o faltaram bons momentos na comemora��o no cal�ad�o -- e acho que nunca me arrependi tanto de ter deixado a c�mera em casa! De cara, encontramos um bloco de Hare Krishnas empolgad�ssimos, carregando uma bandeira do Brasil enorme, fazendo a maior batucada. Hare Krishna, Hare Krishna, Penta Penta, Penta Penta... Eu, hein?! Bizarro! E os "c�ope�os"?! Quase todos os cachorrinhos de Ipanema sa�ram de camiseta, bon�, saiote, bandana... Geralmente n�o gosto de bichos vestidos, mas desta vez achei fofos demais os quadrupinhos torcedores -- e adorei a criatividade dos b�pedes que estavam com eles.

Voltamos para casa no meio da tarde, mortas de cansadas. Desmaiamos junto com os gatos, todos muito estressados com o resultado do jogo; e agora, bem descansadas, vamos pra rua de novo, pra comemorar o penta sem pensar no regime. Vamos ca�ar um sorvete!

Chaika, Mil Frutas, Alex -- l� vamos n�s!




Bia, como a maioria dos jornalistas, detesta tirar foto ao lado de "fonte"; acha um mico completo. A �nica exce��o ta�... Consegui licen�a dela pra postar esta aqui, a duras penas, porque, afinal, pentacampe�o � pentacampe�o. Ela foi feita no camarote da Brahma, no �ltimo carnaval, e � a mais recente das que ela tem com o Ronaldinho.











27.6.02


T� explicado!




A querida Gata das Pantufas explica, l� de Portugal, um mist�rio ling��stico que sempre me atormentou:

� � Os telhados das casas n�o tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem; c�es, gatos e outros animais de pequeno porte como ratos e besouros. Quando chovia come�avam as goteiras e os animais pulavam para o ch�o. Assim, a nossa express�o "est� a chover canivetes" tem seu equivalente em ingl�s em "it's raining cats and dogs". Para n�o sujar as camas, inventaram uma esp�cie de cobertura, que se transformou no dossel.

Agora eu s� preciso descobrir por que, em portugu�s, n�s dizemos que est� chovendo canivete...







Gatiiiinho...

O Ismael Furtado deixou um coment�rio l� no �lbum de Visitas:

"Oi Cora, n�o entendi a presen�a do do Alf (ETeimoso) no blog. Voc� sabia que o prato favorito dele � gato?"

N�o � que � mesmo?! Eu j� tinha esquecido... Mas acho que no Alf eu perd�o at� isso, ele � um dos meus personagens favoritos. E, depois, � s� de mentirinha: a� pode. Eu mesma vivo dizendo pro Clarence, o hamster da Manoela, que um dia vou trazer ele aqui pra casa pra apresentar ele a certas pessoas que v�o gostar muito dele...






Defendendo o que � nosso

Uma grande dica que o M�rio Jorge me passou hoje: a Xiph.Org Foundation. Traduzo apenas a defini��o que eles fazem de si mesmos para voc�s verem do que se trata; alegrem-se! Eu acho maravilhoso sempre que descubro tanta gente alerta e bem intencionada na rede...

"Uma institui��o sem fins lucrativos, dedicada a evitar que a base multimidia da internet caia sob o controle de interesses privados. Nosso prop�sito � apoiar e desenvolver protocolos e programas livres e abertos, para servir aos mercados consumidor, desenvolvedor e de neg�cios."

Visitem a p�gina. � muito legal.





26.6.02


Leis da F�sica Felina

Este site aqui � mal comportado a mais n�o poder. Tem m�sica MIDI, um visual que deixa muito a desejar e, ainda por cima, sai largando pop-ups publicit�rios quando � fechado. Mas, em compensa��o, tem um texto MARAVILHOSO: Rules of Cat Physics, que nenhum ailur�filo angloparlante deve perder.






UFA !!!!

E agora, que a P�tria est� salva, vou dormir. Boa noite!

(Os gatos, coitados, est�o odiando o resultado do jogo: fogos, gritaria, buzinas, cornetas. Sobretudo fogos. Imposs�vel explicar futebol para eles.)






Considera��es da Nancy sobre o mundo blog: irretoc�veis.







Blog!

(Detalhe: n�o deixem de clicar em Info / Quem sou eu no cantinho, � direita)

Ali�s: � muito curioso este c�rculo virtuoso da rede. Uma pessoa vem aqui, deixa um recado, faz um link; eu vou l�, deixo um recado, fa�o um link; algu�m aparece de passagem, pega um link daqui e outro dali; no fim, n�o importa quantos sejam os blogs espalhados por a�, alguma coisa sempre teremos em comum.

Por exemplo: n�o tenho id�ia por qu�, mas um dia o J�rg Kantel, do Der Schockwellenreiter, veio dar com os costados aqui. Ele � alem�o e n�o fala portugu�s. Mas gostou de alguma coisa e fez um link. E eu fui l�. E eu sou brasileira e n�o falo alem�o, mas gosto muito do blog que ele faz e, volta e meia, linko ele aqui. E �s vezes ele me linka l�. E algu�m me linka a partir de l�, ou algu�m linka ele a partir daqui, e vamos todos nos conhecendo nessa imensa Babel.

Assim um dia, quem sabe, a gente acabe se entendendo...






Nuvens passageiras

O Hiro acaba de postar um artigo muito interessante que analisa se os blogs s�o apenas um modismo ou se vieram para ficar, chamado Is Blogging a Fad?. Gostei do artigo -- mas na minha cabe�a est� t�o clara a quest�o dos blogs que este tipo de discuss�o j� me parece at� sup�rfluo.

Para mim os blogs s�o, hoje, ao mesmo tempo modismo e tend�ncia -- como acontece, ali�s, com todas as tend�ncias. Estamos vivendo atualmente o momento fad dos blogs: s� se fala nisso e todo mundo quer ter um, assim como, h� alguns anos, todo mundo queria ter um website. Hoje, a maioria dos websites pessoais morreu; ficaram no ar os essenciais, aqueles que s�o, de uma forma ou de outra, informa��o que precisa ser compartilhada.

Com o tempo, � medida em que os blogs forem se incorporando ao ambiente (o que j� come�a a acontecer), eles v�o passar a ser vistos com naturalidade. A�, al�m dos usos �bvios e, digamos, corporativos dos blogs -- empresas jornal�sticas, comunica��o empresarial, essas coisas -- s� vai ter blog quem tiver mesmo algo para dizer, seja este algo o que for; enfim, s� ter�o blog aquelas pessoas que t�m uma necessidade vital de se comunicarem umas com as outras.

Acho que a publica��o de um blog pessoal n�o � inteiramente diferente, como impulso, de se praticar corrida ou nata��o, coisas que muita gente come�a a fazer ou porque se empolgou com uma reportagem interessant�ssima numa revista, ou porque quer entrar em forma, ou porque tem amigos que fazem, ou ainda porque o m�dico mandou.... O fato � que todo mundo come�a com muito g�s -- mas, passados uns meses, s� continuam correndo e nadando as pessoas que n�o podem viver sem correr e nadar. E pronto.





25.6.02


No clima




Foto descaradamente roubada do Dudi (Maia Rosa), que faz um dos blogs mais bonitos e originais que eu j� vi.












Hoje, quando acordei, encontrei 89 msgs no MailWasher (onde limpo os emails antes de baix�-los pro Eudora). 76 eram spam.






Queimando em p�blico

Quem chama a aten��o para esta not�cia � o Slashdot: ser�o inaugurados em setembro, na Austr�lia, quiosques para queimar CDs. O fato foi divulgado com tons sensacionalistas pelo Herald Sun (tipo "Pirataria legalizada!"), mas este �, obviamente, um caso a ser observado.

O funcionamento das m�quinas, que poder�o ser encontradas em locais p�blicos, como shoppings e cibercaf�s, foi autorizado pela Australian Mechanical Copyright Owners Society, a associa��o local de defesa de direitos autorais, atrav�s de um acordo que prev� o pagamento de uma percentagem n�o divulgada sobre o pre�o de cada CD queimado. N�o se sabe ainda, por�m, o que a ARIA (a correspondente australiana da infame RIAA) tem a dizer a respeito do assunto, j� que seu presidente est� viajando e n�o foi localizado pelo jornal.

Eu, pessoalmente, acho que os australianos est�o cobertos de raz�o. Para in�cio de conversa, a c�pia de CDs � uma atividade perfeitamente legal. Quem diz que todo CD � de m�sica? Quem diz que todo CD de m�sica deve, obrigatoriamente, direitos �s RIAs da vida? Finalmente, quem diz que, ainda que o CD seja de m�sica, e que uma das RIAs da vida detenha direitos sobre ele, eu n�o posso copi�-lo?

Quando eu ainda tinha CD player no carro (bons tempos aqueles, em que n�s, cariocas, pod�amos ter CD players nos carros!) n�o sei quantas vezes me levaram discos que nunca mais consegui repor; mas, naquele tempo, eu ainda n�o tinha queimador de CD em casa. Hoje, se eu ainda tivesse player, n�o ia um CD original pro carro.

A verdade � que os quiosques australianos s�o uma �tima id�ia, sob todos os aspectos, j� que v�o p�r ao alcance dos usu�rios recursos que, hoje, s� se encontram nas m�quinas mais modernas. Em outras palavras, eles s�o mais uma forma de populariza��o da tecnologia. E isso � bom.






Procura-se um gatinho amarelo (no Rio)

Recebi este email da N�jila; se algu�m tiver um gatinho que preencha as condi��es necess�rias...

"Sou uma das leitoras do seu blog e por saber que vc gosta de gato como eu, gostaria de saber se vc n�o sabe de algu�m que tenha um gatinho para doar? Procuro um gato amarelo tigrado, venho sonhado direto com esse gato por isso percebi que n�o d� mais para adiar isso: tenho que ter meu gato amarelo para amar e dar muito carinho.

Venho pensando em ir na Suipa, s� que fico com medo de ir l� pq sou muito apegada a gato e animal em geral, e sei que vou ficar mal em ver tanto bichinho largado l� sozinho.

Ha! J� ia me esquecendo: adoroooooooo o Mosca, esse seu gato � lindo lindo, procuro um gatinho como o Mosca. D� um beijo no gato mais lindo da net por mim... N�jila Ramires."

Bom, est� dado o recado (inclusive ao Mosca, que � mesmo um demolidor de cora��es). Mas n�o descarte a Suipa n�o, N�jila. L� eles t�m bichinhos de todos os tipos, cores, idades e temperamento, e precisam demais de gente que possa adot�-los para lhes dar o carinho que merecem. � verdade, � triste ver tantos animais abandonados; mas, em compensa��o, se voc� adotar um deles, estar� melhorando um pouquinho este quadro, n�o acha? Beijos, e me avise quando achar o gatinho.








Capturei aqui.





24.6.02


Gente, o que � este blog?!

Para quem ainda acha que o pecado original dos blogs � serem apenas "di�rios", e v� nisso um fator negativo, uma li��o de coisas: a vida � di�ria. E LINDA.







N�o s�o FOFOS? O Lucas ganhou da Meg... :-)






Blog!







Fil�sofos em f�ria

Este fim-de-semana, como voc�s podem facilmente constatar pelas datas dos posts do blog, andei dando um tempinho no computador. Nada s�rio -- nem com ele nem comigo, felizmente -- mas aconteceram muitas coisas interessantes. Sobretudo, ca� nas garras de um livro maravilhoso, Wittgenstein's Poker (Ecco, 340 p�ginas, US$ 24), de David Edmonds e John Eidinow, que comecei a ler e n�o consegui largar mais. Ele me chamou a aten��o porque, em princ�pios dos anos 80, tive a sorte de conhecer e de entrevistar um de seus protagonistas, Karl Popper, ent�o um dos Monstros Sagrados da filosofia -- e fiquei curiosa a respeito do que ele andara fazendo quando jovem.

A id�ia central do livro � inteiramente maluca, e s� podia mesmo ter sido levada a s�rio na Inglaterra. No dia 25 de outubro de 1946, numa sala em Cambridge onde se reunia um grupo de discuss�o de filosofia, Karl Popper e Ludwig Wittgenstein se encontraram pela primeira e �nica vez em suas vidas; Bertrand Russell tamb�m estava l� (!), mas n�o teve nada a ver com a hist�ria. O encontro durou dez minutos, o suficiente para, segundo a lenda, Wittgenstein subir pelas paredes, amea�ar Popper com um ti�oeiro e sair enfurecido, batendo a porta: para ele, que acreditava que a filosofia nada apresenta al�m de charadas e enigmas, a id�ia de Popper, de que ela oferece, sim, problemas reais, era de uma estultice simplesmente imposs�vel de engolir.

O entrevero causou como��o entre os presentes e, obviamente, uma semana depois, em todos os departamentos de filosofia de todas as universidades do mundo, o conto tinha ganho muitos e muitos pontos. Wittgenstein teria acertado Popper com o ti�oeiro; Popper teria se armado com outro ti�oeiro, e os dois se teriam atacado com os ferros em brasa; Bertrand Russell teria distribu�do bengaladas a torto e a direito. Voc�s conseguem imaginar uma cena melhor?!

Pois Edmonds e Eidinow, dois jornalistas da BBC, resolveram tirar a limpo o que de fato aconteceu naquela tarde. Leram os relatos publicados na �poca e a sua descri��o nas v�rias autobiografias publicadas ao longo dos anos por fil�sofos presentes ao encontro, e foram atr�s dos que ainda estavam vivos para saber o que houve. O resultado? Cerca de 300 p�ginas absolutamente deliciosas, em que se misturam jornalismo investigativo, filosofia, biografia, hist�ria e �tima literatura. Em suma: tudo o que a gente pode querer para atravessar um fim-de-semana chuvoso no Rio.

N�o sei se este livro j� est� traduzido, ou se sequer foi comprado por alguma editora brasileira. � poss�vel que sim, pois transformou-se num daqueles improv�veis sucessos editoriais que, volta e meia, fazem com que a gente volte a acreditar na intelig�ncia coletiva da humanidade. De qualquer forma, fica aqui a minha mais calorosa recomenda��o -- para as editoras, caso nenhuma tenha ainda se interessado pelo livro, e para os leitores angloparlantes.






LINKS DA COLUNA DO INFO ETC.

Para a turma que est� chegando l� do GLOBO, aqui est�o os links da semana:

Salon, uma das melhores revistas on-line
Pac-Man, o meu jogo favorito, em dica do F�bio
Paul Neave, que desenvolveu uma vers�o em Flash igualzinha � antiga, que a gente jogava primeiro nos arcades, e depois nos PCs movidos a DOS, em disquetes de 5"1/4; recomendo um passeio pelo site todo, que � �timo!
A grande aventura do Ramalho
Mosca, o canalha amarelo
Meg Guimar�es, a favorita de onze entre dez blogueiros

E os blogueiros que me ajudaram a fazer a coluna:

Aline Coelha
Rafael Cotta
Rep�rter Mosca
Ruth Mezeck
Claudio
Mary
Raulzito
Suely





21.6.02


Salta um no capricho!

A linha de sandu�ches tem�ticos do McDonalds, homenageando pa�ses da Copa, acaba de ganhar um acr�scimo: o McEliminado. � feito com p�o franc�s, carne argentina, molho italiano e azeite portugu�s. Acompanha batata inglesa.






Adeus, video-cassetes...

Segundo o Washington Post, a Circuit City, segunda maior rede de eletr�nicos dos Estados Unidos, est�, aos poucos, retirando as fitas de video-cassete das prateleiras. Embora 95% dos lares americanos tenham aparelhos de video-cassete, as vendas de fitas est�o caindo sem parar. Por ouyro lado, as de DVD, tecnologia que j� conquistou 30% do mercado (de l�), est�o subindo consistentemente, a tal ponto que algumas lojas da cadeia, como as de Richmond, Virginia, j� nem vendem mais fitas.






LEG-al!




Eu como Lego!
Achei l� no Boechat...
Muito divertido, voc� pode
se construir e se produzir
como bem entender.
Depois ainda tem gente
que reclama que
n�o h� nada de �til
na internet, pode?!







Novidades

H� um novo sistema de coment�rios na pra�a: o enetation. Parece bem legal. E, por falar em legal, chequem s� o novo visual do Mario AV: mudan�a totalmente radical!






Torcedor felino

L� no �lbum de Visitas, o Rocir e o Hiro, separadamente, me recomendaram este delicioso filminho. Muito obrigada, meninos! Eu passo a recomenda��o adiante: � uma propaganda da Bacardi estrelada por um gatinho de esp�rito esportivo. Fofo! Pena que o pobre felino seja brit�nico: a essa altura, deve estar escondido no fundo do arm�rio da cozinha, amargando a derrota dos seus compatriotas.






Emo��es conflitantes

Bia e Mark foram assistir ao jogo com amigos. Eu, que sou um ser que rala, fiquei aqui mesmo, trabalhando; mas Copa � Copa e, apesar de n�o gostar de futebol, liguei a TV do escrit�rio e acabei assistindo, melhor dizendo, ouvindo, o jogo em companhia dos gatos. Tudo o que tenho a dizer sobre a partida � que acho o Ronaldinho Ga�cho muito simp�tico, e n�o acredito que ele seja capaz de ter feito nada de t�o mau assim para ser expulso de campo -- mas � claro que esta opini�o n�o vale nada, j� que eu mal sei quem � a bola.

Estou feliz com a vit�ria brasileira (ainda por cima por ter sido sobre a Inglaterra, aquele pa�s de hooligans), mas trist�ssima com a not�cia que ouvi no intervalo: morreu, em Belo Horizonte, o Roberto Drummond, que eu n�o via h� tempos mas de quem sempre gostei muito, como escritor e como pessoa. Autor de Hilda Furac�o, que todo mundo conhece, Roberto era louco por futebol e cronista esportivo do Estado de Minas. Que esta vit�ria seja, em alguma esfera metaf�sica que desconhecemos, uma esp�cie de homenagem a ele.





20.6.02


Como viajar e falar ao telefone...
sem ir � fal�ncia

Quem viaja com razo�vel freq��ncia sabe que usar telefone de quarto de hotel � dos maiores riscos que se pode correr. Al�m de tomar por base as tarifas telef�nicas mais caras existentes, a ind�stria hoteleira vem se especializando na cria��o de taxas e sobretaxas simplesmente surrealistas. Antigamente, liga��es locais n�o ofereciam perigo, assim como as feitas para os 1-800; com isso, quem quisesse ligar para casa usando o seu cart�o ATT, Embratel ou Global Call ficava tranq�ilo, sabendo direitinho o quanto lhe custaria a brincadeira.

Bons tempos aqueles. Hoje j� n�o existe hotel nos Estados Unidos que n�o cobre acintosamente por liga��es de qualquer esp�cie. O simples ato de levantar o fone do gancho � um perigo, sobretudo em tempos de d�lar inst�vel. Durante minha �ltima viagem, por exemplo, encontrei dois belos exemplos de como depenar um pato comunicativo. O primeiro foi no Sheraton de San Diego, que cobra US$ 2 pela primeira hora de qualquer esp�cie de liga��o (local, 1-800 ou cart�o telef�nico); a partir dos primeiros 60 minutos, cada minuto subseq�ente passa a custar US$ 0.10.

Ora, ningu�m vai, em tese, passar mais de uma hora conversando com algu�m em San Diego. Mas duas ou tr�s horas de conex�o internet passam voando, sobretudo para quem est� a trabalho... A home-page do hotel menciona conex�o internet banda-larga em todos os quartos, mas o m�ximo que eu consegui foi um IP discado vagabundo, que mal ultrapassava os 33.6Kbps... e ca�a a toda hora. Cada reconex�o custava, � l�gico, mais US$ 2. O pior � que sequer havia sa�da para banda-larga � vista em qualquer lugar do quarto. Quando perguntei � ger�ncia onde estava a famosa rede, a resposta foi um c�nico: "Ah, este � um servi�o que teremos em breve..."

No Marriott de S�o Francisco, onde fiquei durante a MacWorld, e que fazia a mesma promessa em seu website, a resposta era, pelo menos, mais original: "A companhia que nos prestava este servi�o faliu". Mas l� tamb�m n�o havia sa�da para banda larga no quarto. Ainda que isso fosse verdade, num e noutro caso, custava atualizar a home-page?!

Mas foi no Radisson Miyako de S�o Francisco, onde passei uma noite ao me desencontrar do Lynn, que encontrei a matem�tica mais esdr�xula. A primeira meia hora de liga��o local, 1-800 ou cart�o, era gratuita. A partir da�, aplicava-se uma taxa imediata de US$ 1,50, mais US$ 0,26 (!) para cada minuto subseq�ente. Os cart�ezinhos que informavam isso tamb�m esclareciam aos h�spedes que havia, no lobby, telefones p�blicos � sua disposi��o. Pode?!

Pior: a �ltima moda dos business centers dos hot�is (e aeroportos) s�o umas m�quinas autom�ticas de conex�o que cobram pre�os ainda mais exorbitantes. Neste mesmo Miyako, para simplesmente ler os meus emails, gastei quase US$ 6; no Red Carpet Club, a sala Vip da United, gastei US$ 7 para nada, j� que a m�quina era t�o lenta, mas t�o lenta, que sequer consegui chegar ao meu webmail.

Nos velhos hot�is de antigamente, que tinham, cada qual, a sua ger�ncia e as suas regras, ainda se podia discutir. Mas o que fazer diante desses assaltos corporativos em que os gerentes repetem, mecanicamente, que esta � a pol�tica da empresa?



Para quem viaja aos Estados Unidos com freq��ncia, e faz muitas liga��es, uma sa�da razo�vel � comprar um celular pr�-pago da ATT. L� mesmo, em qualquer Radio Shack ou supermercado da vida. H� duas modalidades, o local e o nacional. O local � bom para quem fica numa �nica cidade, e pretende fazer liga��es locais; o nacional � recomend�vel para quem viaja pelo pa�s e nunca sabe para onde vai precisar ligar.

Esses kits prepaid, que se chamam Free2Go, v�m com um Nokia 5165, bateria, carregador e fone de ouvido para se poder usar o aparelho no carro, mais um cart�o de US$ 25. O pre�o das liga��es � caro, sobretudo o do sistema local (Local Calling Plan), que sai a US$ 0.35 o minuto; no plano nacional (National Calling Plan), cada minuto custa US$ 0.65, mas neste pre�o est�o inclu�dos custos de roaming e ele � o mesmo para qualquer lugar dos Estados Unidos que se queira chamar. Sai mais caro do que o hotel? Sim, se voc� resolver p�r a vida em dia com o amigo que mora ali ao lado. N�o, se voc� estiver fazendo um interurbano ou se ligar para a pessoa com quem precisa falar e pedir a ela para ligar para o seu quarto (mas n�o para o celular, em que voc� paga tamb�m pelas liga��es recebidas).

O pr�-pago comprado l� sai, sobretudo, muit�ssimo mais em conta do que habilitar os servi�os de roaming internacional das nossas operadoras. Voc� continua com a vantagem de ter um telefone sempre ao seu dispor, em que pode ser localizado a qualquer hora e em qualquer cidade (coisa que n�o acontece com o nosso roaming internacional), e escapa de um sistema em que uma liga��o local sai, no m�nimo, a US$ 0.80 por minuto -- e em que se paga, de cara, US$ 0.50, quer essa liga��o se complete, quer n�o. Se o seu caso � fazer interurbanos, ent�o, nem se fala, j� que cada liga��o feita pelo famigerado roaming internacional made in Brazil n�o sai por menos de US$ 2.50 por minuto. E olhem que nem estou falando de liga��es internacionais!

Alguns segredos b�sicos de sobreviv�ncia: � poss�vel que, ao comprar o seu kit pr�-pago nos Estados Unidos, o vendedor lhe pe�a o endere�o de casa, portanto tenha � m�o um endere�o local. Social Security? Deixe estar, eles d�o um jeitinho, sobretudo se o kit for comprado em lojas de brasileiros. Aproveite e compre tamb�m cart�es adicionais para o seu pr�-pago, pois, pelo telefone, a ATT s� aceitar� recarreg�-los com cart�es de cr�dito emitidos nos Estados Unidos.

Outros macetes: sempre que for se hospedar num hotel de grande cadeia como um Sheraton, um Hilton ou um Marriott, pergunte se eles t�m planos especiais que incluam liga��es locais e 1-800 gratuitas. Quase todos t�m, geralmente sob nomes bobos como "Club Level" ou "Executive Plan", em que por uns US$ 20 ou US$ 30 a mais na di�ria voc� ainda tem direito a caf� da manh� e uso do fitness center. � a combina��o t�pica. Parece mais caro, mas se voc� � um heavy-user de internet ou pretende telefonar do seu quarto, sai mais em conta no acerto final.

Finalmente, uma dica de cart�o telef�nico: o Global Call, imbat�vel. Este � um assunto que j� pesquisei exaustivamente, mas at� agora n�o encontrei tarifa mais baixa do que os US$ 0,20 que eles cobram por minuto entre Estados Unidos e S�o Paulo. N�s, cariocas, somos penalizados, talvez por morarmos numa cidade mais bonita, e acabamos morrendo em US$ 0,35 por minuto. Mas, mesmo assim, � quase de gra�a...

Voc� tem algum outro macete legal? Ent�o conte pra gente aqui nos coment�rios: a comunidade agradece!





19.6.02


Os filmes nas alturas

Depois que confessei aqui uma vez o meu gosto por comida de avi�o, e n�o fui apedrejada nem nada -- pelo contr�rio, para minha surpresa, descobri que h� muitos gourmets-a�reos enrustidos por a� -- me sinto mais � vontade para confessar uma outra coisa de que gosto em avi�es: filmes. A tela � nojenta, a imagem p�ssima, o ponto de vista o pior poss�vel... se voc� estiver na classe econ�mica. Mas na executiva, que � onde voc�s normalmente me encontram quando n�o estou em casa, as op��es s�o interessantes, e variam de companhia para companhia.

A Varig, por exemplo, tem uns aparelhinhos de video-cassete individuais, e uma quantidade de fitas � escolha do frgu�s, mais ou menos como um video-clube. A United (e alguns avi�es da Varig) tem aparelhos individuais embutidos nas poltronas. H� diferen�as entre esses aparelhos. Alguns funcionam � base de fitas. Os mais modernos oferecem uma programa��o variada, como uma TV, mas eu prefiro os antigos: neles, o filme come�a quando eu quero.

A American era a minha campe� na modalidade (talvez ainda seja; � que n�o v�o com eles h� algum tempo): o passageiro recebe um player de DVD da Panasonic e um estojo com dez diferentes filmes e programas de TV para se divertir. � o m�ximo, porque como eu quase nunca tenho tempo de ir ao cinema e os lan�amentos s�o sempre bastante recentes, acabo tirando o atraso.

Agora, na coluna de Scott McCartney, que escreve sobre aeroportos e avi�es no Wall Street Journal, fico sabendo que este � um aspecto que tanto as companhias a�reas quanto os est�dios levam tremendamente a s�rio. H� edi��es especiais de filmes para serem exibidos a bordo. J� nem falo de coisas como "Aeroporto", ou "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu", que jamais ser�o exibidos num Boing 777, mas de filmes bobos como "Speed", em que, nos cinemas, Sandra Bullock entra num terminal e bate um caminh�o tanque contra um avi�o, ao passo que, nos avi�es, bate... em outro caminh�o!

Entendo o esp�rito da coisa. Embora uma cena dessas n�o me abalasse em nada, reconhe�o que nem todo mundo se sente t�o bem dentro de um avi�o quanto eu me sinto. A prova cabal disso � que o filme mais assistido de todos os tempos nas telinhas voadoras � a com�dia rom�ntica "You've Got Mail", com Meg Ryan e Tom Hanks. Uma bobagem. E isso antes do fat�dico dia 11 de setembro de 2001.

Eu, hein...







Para a Meg, uma das pessoas mais especiais e queridas do mundo blog.






Correndo atr�s

Gente, perd�o, as postagens andam meio falhas, mas � que eu estava terminando uns frilas totalmente nece$$�rios � sobreviv�ncia da Fam�lia Gato. Eu j� disse, na pr�xima encarna��o eu venho gato e eles v�o escrever sobre tecnologia...






PAC-MAN

Dica do F�bio, que eu pesquei de um dos coment�rios a� embaixo. � PERFEITO! A gente joga com as setinhas, como antigamente, na velha vers�o para PC que vinha em disquete de 5"1/4.






Absolutamente verdadeiro: as pessoas n�o perdoam as sacanagens que te fazem.







17.6.02


A chicken crossing the road is poultry in motion.










H� um texto maravilhoso na edi��o de hoje da Salon sobre o Pac-man, um jogo que marcou �poca e foi respons�vel por trazer os arcades, at� ent�o restritos a ambientes mais ou menos duvidosos, para o mainstream da cultura popular. A verdade � que, apesar do desenvolvimento da tecnologia e a subseq�ente sofistica��o dos jogos, nunca houve um game como ele.






Resist�ncia

Um grupo de intelectuais e artistas americanos manifesta-se contra o governo Bush e sua insana "guerra ao terrorismo". � um belo documento, que merece ser lido. O Guardian, ingl�s, publicou-o na �ntegra, aqui.






LINKS DA COLUNA DO INFO ETC.

Quem l� O Globo �s segundas encontrou, hoje, a minha coluna completamente modificada. Depois de onze anos de p�gina 3, ela pulou para a �ltima p�gina, e �, agora, uma vers�o escrita deste blog. Tem trechos que publiquei aqui, fotos, coment�rios. A minha id�ia � fazer uma ponte entre o jornal e a rede, o real, de pegar e embrulhar peixe, e o virtual, solto por a�, no ciberespa�o. O que voc�s comentarem aqui pode acabar l�; o que sair l�, e as cartas que me mandarem para o jornal, podem vir parar aqui. A comunica��o � direta, de duas m�os, sem fonteiras. Conto com voc�s: vamos ver no que d�!

Aqui est�o os links referentes aos t�picos de hoje:

Cli�
Hasselblad
Lawrence Wilkinson
GBN
Kodak
Kodak DC 4800
Polaroid
Lucas
Chico Caruso
Zoo de San Diego






16.6.02


Open BBB

Recebi um spam com uma informa��o curiosa: se voc� quiser assistir ao Big Brother online, sem pop-ups ou banners, clique aqui. Com isso abre-se apenas uma janela do Media Player, em transmiss�o direta. E gr�tis...












O zoom dos zooms

Meu amigo Fernando Lincoln acaba de descobrir algo sensacional na rede, a respeito do qual escreve, com justa empolga��o:

"Olhem s� que incr�vel! Imaginem voc�s o zoom mais fant�stico poss�vel. Vejam a Terra (na Via L�ctea) a uma dist�ncia de um milh�o de anos-luz. Depois o zoom vai reduzindo a dist�ncia a cada pot�ncia de 10 at� captar os pr�tons de uma folha de �rvore no nosso planeta. Reparem que h� duas escolhas de zoom. Autom�tico ou manual.

Tenham paci�ncia que custa um pouco para come�ar a funcionar. Fica aqui". (Fernando Lincoln Mattos)









Assim caminha a humanidade

Fran�oise Bloch avisa: Neste domingo, dia 16 de junho, �s 10 horas, haver� caminhada na Avenida Delfim Moreira, partindo do final do Leblon, em protesto contra a morte de Tim Lopes. Camiseta preta � solicitada. Diz ela: "Sua participa��o � a forma de homenagear e protestar."

Eu concordo com a homenagem e farei todo o poss�vel para ir. Mas tenho minhas d�vidas em rela��o ao protesto ou, melhor dizendo, � efic�cia do protesto. De que adianta sairmos todos por a�, ora de camiseta branca, ora preta, pedindo paz? O problema n�o � querer, ou pedir. O problema � obter. E a� o buraco � bem mais embaixo. Ou, geograficamente, em cima. Enquanto o poder p�blico n�o retomar o espa�o que perdeu (espero que n�o definitivamente) para os traficantes, n�s vamos poder desfilar com qualquer cor de camiseta, com toda a esp�cie de cartaz, com a maior cobertura da m�dia e todos os discursos falastr�es dos secret�rios de (in)seguran�a, que nada vai mudar.

L� do alto, apoiados na sua artilharia pesada e na certeza absoluta da impunidade, os bandidos que hoje governam essa cidade v�o ver o notici�rio na TV e rir da cara da gente, pobres patos inocentes e desarmados, que s� estamos vivos porque eles ainda n�o nos mataram. Simples falta de oportunidade; n�o perdemos por esperar.





15.6.02


Arrumando a casa

Cada vez que volto de viagem, a sensa��o que tenho � que preciso de pelo menos uma semana para p�r a minha vida digital b�sica em ordem. Primeiro, s�o as pilhas de emails acumulados -- ali�s, desculpem, amigos que me escreveram nas duas �ltimas semanas e a quem ainda n�o respondi: n�o � falta de aten��o com voc�s n�o, apenas total falta de tempo; depois s�o as m�quinas, que aparentemente se revoltam e d�o problemas (dessa vez, at� o ThinkPad, em geral t�o bem comportado, andou fazendo das suas). Finalmente, o blog e seus petrechos -- ou � o Blogger Pro 2 que n�o funciona -- tudo bem, a gente quer dar uma for�a pro Ewan, mas �ta sisteminha furado! -- ou o YACCS ou, nova novidade, o Bloglet, que at� outro dia funcionava que era uma beleza, e agora est� sem g�s.

Em emails e nos coment�rios postados ao longo da semana passada, muita gente se queixou de n�o estar recebendo os avisos dele. Tenho feito verdadeiras peregrina��es at� l�, mudando isso, ajeitando aquilo (na maioria, problemas causados pelo Blogger Pro). Na sexta, o Monsour, autor do programa, postou um coment�rio no site em rela��o �s falhas nos emails; ele est� com medo de que o Bloglet tenha crescido mais do que seria desej�vel, um filme que os usu�rios de sistemas de coment�rios j� est�o cansados de ver. Agora, acabo de passar mais meia hora por l� arrumando os par�metros do internETC. e parece que, finalmente, est� tudo funcionando. Este post �, ali�s, um teste para o Bloglet: vamos ver se ele se toca. {SIGH}





13.6.02


Por falar em jornalismo...

Com a palavra, o Carlos Alberto Teixeira, vulgo Cat:

Gostaria de lhes apresentar uma vers�o livre que fiz para o portugu�s de um artigo publicado em 2002-05-26 no New York Times com o t�tulo "Fighting to Live as the Towers Died", escrito por Jim Dwyer, Eric Lipton, Kevin Flynn, James Glanz e Ford Fessenden. O original em ingl�s est� aqui. A tradu��o foi publicada em oito partes na Parab�lica do Globonews.com e pode ser encontrada numa �nica p�gina. Para quem preferir uma vers�o pronta para imprimir, aqui h� um arquivo RTF.

� um texto longo e forte. Mas vale a pena. - c.a.t.

Eu li o original quando foi publicado, e louvo a iniciativa do Cat de traduzi-lo: o texto � um primor de reportagem, um trabalho de garimpo competente, minucioso e comovente como poucas vezes vi.





12.6.02


O X do problema

Nos coment�rios abaixo da minha chamada para o Dapieve, o Tom Taborda, que entre outras coisas � m�dico, chama a aten��o para um artigo que escreveu h� tempos para Observat�rio da Imprensa sobre a total impossibilidade de se reprimir o narcotr�fico. Leiam, � da maior import�ncia. Eu assino embaixo: enquanto todas as drogas n�o forem liberadas, n�s n�o conseguiremos sair deste inferno protagonizado por traficantes, policiais, advogados e ju�zes corruptos. E, principalmente, v�timas inocentes.






Respondendo a um coment�rio

"Um jornalista foi assassinado. Isso � mau, mas n�o � motivo para tanta repercuss�o.

Muitas mais pessoas s�o assassinadas diariamente, seja durante o seu trabalho ou n�o.

Diferentemente deste jornalista, a maior parte dessas pessoas tenta levar uma vida pacata, n�o vai atr�s do perigo.

Mas como o jornalista era da Globo e amigo de muitos outros jornalistas, o seu assassinato tem um impacto muito maior na imprensa.

Isso n�o tem nada a ver com "liberdade de informa��o". N�o � o mesmo caso de uma ditadura impondo a censura. Basta um �nico marginal se sentir incomodado com o trabalho do jornalista e decidir se livrar dele.

A verdade � que h� pessoas assassinadas por muito menos.

N�o estou menosprezando o assassinato. Apenas acho este mais um caso entre tantos que fazem com que a situa��o seja terr�vel. Ronaldo"



Desculpa, Ronaldo, mas h�, sim, um motivo especial para a repercuss�o da morte do Tim, como houve para a repercuss�o da morte do Daniel Pearl, no Paquist�o -- e n�o � que um trabalhasse para a Globo e o outro para o WSJ, e que tivessem, ambos, muitos amigos jornalistas.

Nenhum deles estava onde estava ao ser capturado indo "atr�s do perigo". Eles iam atr�s de acontecimentos e de informa��es preciosas para que uma sociedade possa saber de si mesma, possa ter id�ia do que est� acontecendo em suas diversas camadas. Como � que voc� poderia saber do que est� acontecendo nos morros cariocas sem o trabalho de rep�rteres como o Tim? Como � que n�s poder�amos saber o que est� acontecendo nas muitas zonas de guerra do mundo sem o trabalho de rep�rteres como o Pearl?

Se eu tivesse sido assassinada no lugar do Tim, a� sim, seria "um caso entre tantos", j� que, apesar de jornalista, eu tento, como diz voc�, "levar uma vida pacata": o maior risco profissional que corro � pegar uma tendinite. Eu n�o estaria l� tentando obter informa��es, tentando descobrir uma verdade que a pol�cia evita, por omiss�o ou pura covardia; eu n�o estaria l� me arriscando para tentar sacudir a sociedade e o estado e dizer: OLHEM ISSO, VEJAM O HORROR QUE EST� � NOSSA VOLTA!

Como voc�, eu s� sei desse horror atrav�s das palavras de colegas como o Tim, que t�m consci�ncia social e coragem suficientes para ir at� l�, e nos contar, quando voltam, a que ponto chegamos.

Para a popula��o que "tenta levar uma vida pacata" mas � v�tima constante da brutalidade do tr�fico, de um lado, e da pol�cia, do outro, um rep�rter como o Tim � a �nica esperan�a de que algo aconte�a, algo mude para melhor.

A morte de um rep�rter numa zona conflagrada � -- como a morte de um m�dico ou de um enfermeiro, outros profissionais que t�m essa mania de "ir atr�s do perigo" -- a morte do �ltimo resqu�cio de esperan�a para quem j� n�o tem mais nada.






Dapieve, sobre Tim






11.6.02


N�o percam!

Acabam de me avisar aqui no jornal para n�o perder o Observat�rio da Imprensa que vai ao ar logo mais, �s 22h30, na TVE. Em pauta, o caso Tim Lopes. Se voc� n�o puder assistir, pelo menos leia o que o Dines escreveu. Ao que ele diz, eu acrescento: enquanto existirem jornalistas como Alberto Dines, o jornalismo continua vivo.






Volta ao lar

RIO -- Cheguei no come�o da tarde, resisti a todas as tenta��es do Duty Free e peguei luz verde na alf�ndega, verdadeiro milagre que muito agradeci aos meus Penates. N�o que estivesse trazendo qualquer coisa de especial; mas a minha mala, de casca dura e feita �s carreiras, sem o capricho da ida em que tudo vai dobradinho em saco pl�stico, estava naquele ponto em que, se abrisse, n�o fechava mais.

Os gatos me receberam com a curiosidade habitual: cheiraram cada cent�metro da minha roupa, e ficaram encarando duramente as malas que, imagino, consideram culpadas pelas minhas aus�ncias. Ou n�o? Pensem s�: sempre que esses ret�ngulos pretos entram em cena, eu desapare�o da vida deles...

Na mailbox, intocada desde sexta-feira, quando o modem do ThinkPad subiu no telhado e fiquei sem computador, havia quase 600 msgs. Pelo menos 500 eram spam. E isso no meu endere�o pessoal! Aqui no jornal, felizmente, a Luizinha anda dando limpas gerais -- quando eu chego, todos os an�ncios de Viagra, propostas de trabalho caseiro e receitas milagrosas para emagrecer j� foram pro espa�o.

Mas a reentrada na vida real � dura. Fiquei sabendo do brutal assassinato do Tim Lopes, li que milhares de soldados do Ex�rcito (!) est�o construindo um caminho alternativo (!!) para a Vila Militar (!!!) porque o atual fica na rota do tr�fico (!!!!) e � perigoso (!!!!!), recebi um email da Laura me chamando a aten��o para a coluna do Roberto Moura que, por acaso, tamb�m fala a respeito disso e, de quebra, observa que a situa��o da Cinemateca do MAM continua preta -- e, juro, fiquei com vontade de voltar correndo pro aeroporto pra ver se o avi�o ainda estava l� pra me levar de volta a S�o Francisco.

L� sou amiga do Lynn.





8.6.02


A vida sem computador

SAN FRANCISCO -- E, de repente, o bom e velho ThinkPad me deixou na mao: estou conseguindo sobreviver apesar de tudo, gracas a uns objetos retangulares de papel chamados livros... No momento estou escrevendo da maquina do Lynn, sem acentos, so pra dizer que estou viva, aparentemente bem e em San Francisco, voltando para o Rio no comeco da semana.





5.6.02


Parem as m�quinas! (e liguem os wireless...)

SAN DIEGO -- No keynote de hoje na Brew 2002, realizado para uma plat�ia composta basicamente por desenvolvedores de aplicativos para plataformas wireless, John Stratton, vice-presidente da Verizon, maior operadora de telefonia m�vel dos EUA, e respons�vel pela estrat�gia de marketing da companhia, anunciou que os testes iniciais com o Brew em San Diego superaram de tal forma as expectativas que, dentro de 12 dias, a empresa abre o leque e passa a disponibiliz�-lo para seus 30 milh�es de usu�rios.

Esta foi a melhor not�cia que ele podia ter dado tanto para a Qualcomm, "m�e" do Brew, quanto para a galera que assistia � sua palestra. A gigantesca base de usu�rios da Verizon traduz-se, para essa turma, numa frase pequena, simples e m�gica: o Brew "pegou".

Alguns detalhes: o teste piloto realizado aqui em San Diego superou em 70% as expectativas iniciais da Verizon que, segundo Stratton, j� eram "muito agressivas"; os usu�rios baixaram quatro vezes mais software do que se esperava; e os itens mais procurados foram toques de telefone (imaginem a cacofonia daqui para a frente!) e itens de entretenimento. Tamb�m � interessante observar que a sede dos usu�rios por aplicativos n�o diminuiu ao longo do teste -- pelo contr�rio.

Isso significa ainda uma outra coisa: at� o fim do ano, 75% dos telefones vendidos pela Verizon ter�o telas coloridas.

-- Na verdade, esta tecnologia j� estava dispon�vel para a Verizon h� um ano, -- explicou Stratton numa coletiva realizada logo depois do keynote. -- Mas para qu� algu�m ia querer um celular com tela colorida antes? E para que eu ia botar essas m�quinas nas lojas? N�s simplesmente n�o t�nhamos uso para isso. Com o Brew, a coisa muda de figura completamente.

Eu n�o disse? Os dias do Snake monocrom�tico est�o contados...






Acentua��o

Este blog andou meio troncho nas �ltimas horas, com pontos de interroga��o no lugar dos acentos: desculpem qualquer coisa...

O problema n�o � de configura��o do meu teclado ou do video de voc�s, mas sim um bug qualquer da vers�o 2.0 do Blogger Pro, que entra como default sempre que eu chamo o programa. Preciso me lembrar de mudar de vers�o se quiser que o texto saia direito mas, como estou correndo feito uma louca nessa confer�ncia, �s vezes me esque�o disso, j� que na �rea de edi��o que aparece pra mim fica tudo bonitinho...






No m�nimo: o m�ximo!


Quer ficar feliz? Clique j� AQUI!!!!
Ainda por cima come�a, de cara, com o Pedro Doria falando sobre blogs.

YES!!!

Parab�ns, meninos!!! Que bom que voc�s voltaram :-)))

(Obrigada pela dica, Stanley, ganhei o dia com essa not�cia! Agora v� se deixa o link pro teu blog a� nos coment�rios, n�?)






O mundo na palma da m�o






Paul Jacobs,
presidente da Qualcomm
para wireless e internet,
com um dos novos
telefoninhos coreanos
durante o keynote
da Brew 2002.

(Essa � uma foto
oficial do evento)




SAN DIEGO, Calif�rnia -- Para o dicion�rio, e para a maioria das pessoas que falam ingl�s, brew � sin�nimo para bebida fermentada, de prefer�ncia cerveja -- embora, usado como verbo, to brew seja uma a��o tamb�m relativa a ch�, caf� ou qualquer po��o estranha. Para a Qualcomm (principal respons�vel pelo desenvolvimento do padr�o CDMA de telefonia m�vel), e os 1200 participantes da Brew 2002, a palavra tem, ainda, um outro significado. � um acr�nimo para Binary Runtime Environment for Wireless, unindo, assim, tr�s das grandes paix�es do mundo hi-tech: nomes ligados a bebidas estimulantes, abreviaturas engra�adinhas e sistemas abertos.

Este caldo tecnol�gico �, trocando em mi�dos, um padr�o para qualquer objeto wireless que, aos poucos, est� modificando de forma sens�vel a maneira como se usam celulares e PDAS. Desenvolvido e apresentado ao mercado pela pr�pria Qualcomm h� cerca de um ano, ele j� ferve na Cor�ia, est� no fogo aqui em San Diego e, em breve, entra em banho-maria em S�o Paulo, onde a Telesp come�a tr�s meses de testes antes de introduzi-lo definitivamente no mercado brasileiro.

O que h� de t�o especial no Brew? Bom, voc� -- e eu, e todos n�s -- j� ouviu dizer que o mundo wireless s� n�o decola totalmente por falta de conte�do, n�o? Agora imagine o desenvolvedor de um aplicativo qualquer tendo que reescrever o seu programa para cada uma das mil marcas e modelos de celulares e PDAs existentes, e tendo, ainda por cima, que levar em considera��o as idiossincrasias das diversas operadoras de servi�os -- a� d� para entender, perfeitamente, esta misteriosa falta de conte�do num mundo t�o cheio de gente criativa.

� aqui que entra em cena o Brew que, mais ou menos como o Java, pode -- pelo menos em tese -- rodar em qualquer aparelho wireless existente -- e que, al�m disso, � um pacote de solu��es completo, que cuida do servi�o de uma ponta a outra, da operadora aos usu�rios, passando pelos fabricantes, pelos desenvolvedores e at� pelos bancos, j� que, como agregadora de servi�os, a Qualcomm recolhe os pagamentos pelas aplica��es, tira l� os seus centavos e os redistribui a quem de direito. Para as operadoras, � uma solu��o ca�da do c�u, que resolve uma s�rie de problemas, do pagamento pelos aplicativos baixados pelos usu�rios � compatibilidade entre seus sistemas e os servi�os que oferecem, para n�o falar na variedade de produtos de que passam a dispor.

Para os desenvolvedores, �, sem d�vida, um grande est�mulo, j� que, uma vez escrita, a aplica��o est� pronta para ser distribu�da pelo mundo -- e com uma forma de retorno financeiro simples e descomplicada. Para o usu�rio, que na verdade n�o est� nem a� para o que acontece nos bastidores do seu aparelho, desde que ele funcione e seja f�cil de usar, � uma tenta��o de lascar. Afinal, de um momento para outro, aquela engenhoca b�sica, que mal dava conta do recado, pode vir a se tornar um dos objetos mais divertidos do seu cotidiano. Basta ligar para a operadora e baixar programas, m�sicas, jogos, v�deos... as possibilidades (ao contr�rio do bolso!) s�o infinitas.

Eu pude ver aqui uma d�zia de diferentes telefones e PDAs coreanos e japoneses movidos a Brew e, confesso, fiquei morta de inveja dos nossos ant�podas. Esses telefoninhos turbinados t�m telinhas coloridas de alt�ssima resolu��o, c�meras fotogr�ficas embutidas, joguinhos emocionantes, som multim�dia, servi�os da maior utilidade, bobagens completas e coisas que a gente sequer sonharia ver em m�quinas t�o pequenas. Tudo em peso pluma e modelos fashion, uns mais lindos do que os outros.

O clima geral entre os desenvolvedores com quem conversei � de justificado entusiasmo. Afinal, para eles, uma plataforma como o Brew significa passar de alguns milhares de usu�rios para dezenas, ou centenas de milhares: haja horta para tanta chuva! Para muitos deles, que desenvolvem produtos de sucesso para as plataformas Palm e Pocket PC, o Brew �, positivamente, um belo atalho para o caixa.

J� para mim, que sou p�ssima usu�ria de celular -- nunca me dei sequer ao trabalho de usar SMS, os "torpedos" -- esses dias de conviv�ncia com o Brew est�o abrindo toda uma nova perspectiva. Vendo os aparelhinhos orientais e os aplicativos apresentados na confer�ncia, estou descobrindo que, na verdade, h� certas fun��es que nenhuma m�quina pode desempenhar t�o bem quanto um wireless que de fato as desempenhe: indicar o caminho certo para um endere�o, dar dicas de espet�culos, restaurantes ou servi�os nas vizinhan�as, conferir cota��es de moedas... Enfim, coisas que fazemos hoje nos computadores e, em alguns casos, at� nos nossos handhelds, mas tendo ainda que optar entre conectividade e mobilidade ou, nos casos em que ambas andam juntas (como nos Blackberries daqui), dispondo de uma gama reduzida de op��es.

Com o Brew o caldo est� de fato engrossando, e mais uma das converg�ncias digitais vai tomando corpo. Como todas as outras, ela tamb�m � movida a conte�do: salvo a meia d�zia de malucos que n�o resistem a um bom gadget (entre os quais me incluo), o p�blico em geral s� come�a a prestar aten��o a uma tecnologia quando ela deixa de ser um fim em si mesma, e passa a lhe oferecer algo essencial ou muito divertido. O computador pessoal s� transformou o mundo quando a IBM criou, em 1981, uma m�quina aberta, que podia ser copiada por qualquer um e para a qual, conseq�entemente, todo mundo podia desenvolver coisas interessantes. A internet s� transformou o computador desconectado numa m�quina aleijada quando cresceu em volume e passou a ser, de fato, a grande teia que cobre o mundo.

Acho que a mesma coisa vai acontecer com os nossos atuais celulares e palmtops: quando tudo o que a gente quiser estiver de fato ao alcance das nossas m�os, eles v�o transformar radicalmente a nossa rela��o com o mundo digital.

Essa transforma��o j� come�ou. Daqui a alguns anos, vamos olhar para tr�s, e pensar como foi que conseguimos sobreviver tanto tempo com celulares em que o m�ximo da divers�o era jogar Snake, solitariamente, em telinhas monocrom�ticas.





4.6.02


Ah, sim...

SAN DIEGO -- Antes que eu me esque�a: este pa�s � uma maravilha!!! �, possivelmente, o �nico lugar do mundo que ignora solenemente que, l� do outro lado, est� se realizando uma Copa do Mundo. Voc�s nem imaginam o al�vio que isso me d�...

Dois dias INTEIROS sem ouvir falar de futebol.

UFA.






ZOO!

SAN DIEGO -- O que faz um b�pede que sabe das coisas quando tem um domingo livre em San Diego? Esquece o jet-lag e a vontade de dormir e vai ao zool�gico, naturalmente, que � considerado um dos melhores -- se n�o o melhor -- do mundo! Quando a gente chega l�, descobre por qu�. O parque � deslumbrante, com plantas t�o variadas, bem cuidadas e explicadas quanto os animais; os espa�os s�o amplos, bem pensados, generosos sob todos os aspectos. E os bichos... bem, l� est�o todos os nossos personagens favoritos do Discovery. D� vontade de sair pedindo aut�grafo pra todo mundo!

Uma observa��o: na televis�o, os suricatos parecem muito maiores do que s�o. Na vida real s�o pequeninos, do tamanho de gatos, mais ou menos. Mas, grandes ou pequenos, continuam imbat�veis em termos de charme. S�o os animais mais engra�adinhos que j� vi, e poderia ter passado muitos e muitos dias s� olhando o que eles fazem.

O problema � que estou aqui a trabalho; tanto, ali�s, que s� agora, madrugada de ter�a-feira, caindo pelas tabelas, � que estou tendo tempo de cuidar do blog. Honra seja feita, o trabalho est� sendo t�o divertido, para mim, quanto o passeio no zoo; a diferen�a � que estou vendo bichinhos hi-tech.

Depois eu conto.

PS important�ssimo: essas fotos s�o todas pra minha Julia queridinha, que fez 15 anos exatamente no dia em que eu passeava no Zoo.

Ju, pensei MUITO em voc�! Seja muito, muito feliz, gatinha.























1.6.02


Para a Ruth




Eu tinha prometido pra Ruth Mezeck fazer um retrato do Mosca s� para ela; a� faltou tempo, a� faltaram oportunidades (gato a gente n�o fotografa quando quer, mas sim quando eles est�o dispostos a fazer gracinhas), at� que ontem, finalmente, eu estava aqui no computador, checando umas coisinhas de �ltima hora (viajo hoje � noite pra San Diego, para a Brew2002), e ele estava bem na estante de tr�s, cuidando da toalete. Pensei: Quem sabe? Peguei a c�mera, cliquei e o resultado foi esse...

Ali�s, gALLera, desculpem se este blog n�o tem tido a assiduidade necess�ria, mas � que as coisas, conforme se pode ver, est�o meio corridas pro meu lado. Prometo, por�m, posts de San Diego, que � uma linda cidade. O quanto de San Diego vou conseguir ver e fotografar dessa vez, por�m, s�o outros 500: agora as f�rias acabaram, e a confer�ncia vai ao ar dentro do pr�prio hotel, de modo que at� mesmo aquelas saidinhas b�sicas do hotel pro Centro de Conven��es e vice-versa dan�aram; mas n�o h� de ser por isso que voc�s ficar�o sem not�cias, n�?