O xis da quest�o

Excelente artigo do Carlos Affonso sobre o debate a respeito dos modelos de software livre versus propriet�rio: n�o deixem de ler, mesmo voc�s que acham que este � um assunto chato. At� porque n�o �, e porque � este tipo de atitude que permite que as piores barbaridades aconte�am na �rea sem que se diga "A".

Quando a sociedade enfim acorda, como felizmente come�a a acontecer em alguns lugares, j� � tarde.

Ali�s, meio de rasp�o, Carlos Affonso toca num outro ponto important�ssimo, a respeito do qual, sinceramente, eu ainda n�o tinha pensado a s�rio: a quest�o comercial por tr�s dos transg�nicos, ou OMGs. Vejam s�:

"Na discuss�o dos OGMs (organismos geneticamente modificados), por exemplo, que trata do mesmo assunto, ou seja, propriedade intelectual sobre c�digo � no caso, gen�tico �, briga-se a favor ou contra os OGMs e se deixa de lado o grave fato de que um pa�s como o Brasil, um dos l�deres mundiais na produ��o de gr�os (e que conquistou essa posi��o sem utilizar OGMs), possa vir a depender de sementes patenteadas pelo cartel norte-americano de OGMs. Mas s�o justamente os norte-americanos os grandes concorrentes do Brasil no mercado mundial de gr�os. N�o consigo imaginar erro estrat�gico maior do que defender essa depend�ncia.

Essa abordagem pouco aparece na discuss�o dos transg�nicos. Parece que tanto os contra quanto os a favor n�o se incomodam com Monsanto, Aventis, Syngenta etc., mas com o OGM mesmo, e se � para discutir isso, o papo requer um conhecimento que a maioria dos palpiteiros n�o tem. Eu posso ser a favor de pesquisar e desenvolver certos OGMs no meu pa�s (ali�s, quem dos ativistas ou acad�micos pr�-OGMs est� se lembrando de fazer a defesa da combalida Embrapa?), mas ser absolutamente contra (como sou) tornar a produ��o brasileira de gr�os dependente de patentes de multinacionais."

Eu nunca soube que lado tomar na quest�o dos transg�nicos, porque nenhum dos argumentos "cient�ficos" me convenceu at� hoje; mas o que o Carlos Affonso diz � muito claro. A partir do momento em que se passem a cultivar apenas transg�nicos, estaremos pagando royalties aos EUA at� o fim dos tempos, como estamos fazendo atualmente na �rea do software.


20:36    link    

Dov'� il bagno?

E, j� que a gente mostrou ali embaixo o banheiro dos sonhos de todo funcion�rio de gato, vale conferir o primeiro lugar do Toplinks: um site inteiramente dedicado aos banheiros do mundo.

Tem fotos e descri��es de privadas nos mais diferentes pa�ses, da Sui�a � Mong�lia, com a pergunta crucial -- "Onde ica o banheiro?" -- nas respectivas l�nguas. Muito interessante!

16:02    link    

DataCora

Pelo menos uma vez por mes recebo uma chamada no celular, me oferecendo planos e condi��es mirabolantes para mudar de operadora. Hoje, pela primeira vez, recebi uma chamada da pr�pria Vivo. Queriam saber se estou satisfeita.

Em rela��o aos custos, n�o estou n�o. Usar celular anda caro demais. Em rela��o resto -- que no meu caso significa basicamente falar e acessar a internet -- estou sim.

Depois perguntaram o que eu acho das demais operadoras.

Bom, por acaso tamb�m tenho um Oi (com o qual tamb�m estou bem satisfeita) mas... em tese, se estou usando o telefone de uma operadora, como diabos vou saber como est� servi�o das demais?! Eu, hein.

Voc�s t�m recebido esses telefonemas de outras operadoras tentando seduzi-los? E algu�m j� mudou de operadora por causa de um telefonema?

14:31    link    

Pit�ia

Ontem, na hora do almo�o, conheci uma fruta nova (para mim): pit�ia.

� esta lindeza das fotos que, infelizmente, n�o passa de uma carinha bonita -- o gosto � de... nada! A que eu provei, pelo menos, podia ser �gua com semente, que dava na mesma.

Ela � a fruta de um cacto, � origin�ria do M�xico mas o maior produtor, hoje, � o Vietn�; aqui, come�a a ser plantada para valer em S�o Paulo.

Em ingl�s, a pit�ia atende por Dragon Fruit.

04:04    link    

12:47    link    

Bloggers do B

A mat�ria do Info etc. sobre os pequenos condom�nios de blogs, escrita pela Elis Monteiro, est� aqui. N�o deixem de ler: mod�stia de editora � parte, acho que ficou muito legal...

04:18    link    

Crimes perfeitos

Ultimamente dei para trabalhar com a televis�o ligada no Discovery. Agora, por exemplo, acabam de anunciar uma s�rie a respeito de detetives dizendo o seguinte: "N�o existem crimes perfeitos".

Ser� que n�o existem mesmo?

Pois eu n�o consigo acreditar nisso. Afinal, crime perfeito � aquele que ningu�m jamais descobre, aquele do qual ningu�m sequer desconfia. Acho que o m�ximo que se pode dizer � que n�o h� crimes imperfeitos perfeitos; mas quantos crimes perfeitos n�o estar�o escondidos por a�?


04:14    link    

Conversas de fam�lia

Coment�rios �aut�nticos� de usu�rios a respeito de produtos sempre me deixam meio desconfiada: afinal, como a gente vai saber quem � aquele usu�rio, e qual o seu interesse em divulgar o produto em quest�o? Mas, por acaso, acabo de receber um depoimento em que confio 100%: um email do meu filho.

Ele � engenheiro de sistemas e mora em Austin, Texas, onde, depois de trabalhar para uma s�rie de mamutes do setor, toca com um amigo, agora, a sua pr�pria empresinha de consultoria e desenvolvimento de solu��es.

Pois entre novidades de fam�lia e gracinhas dos meus netos, Paulinho escreveu o seguinte:

�Acabo de instalar of Sun Java Desktop System e fiquei muito impressionado. Eles fizeram um trabalho excelente em cima do Linux e acho que esse vai dar o que falar. Para quem usa o �estou acostumado com o Windows� como desculpa, � perfeito: n�o existe qualquer diferen�a de interface entre os dois sistemas. O SJDS roda macio, est�vel e r�pido. A seguran�a do sistema � um dos pontos altos, claro.

�O que � ainda melhor: o pre�o! Por US$ 50, voc� instala tudo a que tem direito: sistema operacional, Star Office, browser (Mozilla), cliente para email, etc. Eu instalei a vers�o enterprise (US$ 100) e n�o preciso de mais nada. Todas as ferramentas necess�rias para desenvolver, administrar e gerenciar uma rede inteira est�o l�. Desenvolvimento em Java � mole, pois est� tudo instalado. Adorei! Recomendo o uso e garanto que o sistema � merecedor de uma avalia��o no Info etc. �

Pois �, a nossa correspond�ncia tem dessas coisas... E, para meu orgulho, devo acrescentar o seguinte: colegas dele j� me disseram que t�m inveja dele por ter uma m�e com quem se pode conversar a respeito dos fatos da vida.

Quanto � sugest�o foi, � claro, devidamente anotada... :-)

O trote dos gatinhos bonsai

As lendas urbanas n�o morrem jamais. �s vezes alguma delas sai do limbo e volta a atacar com tudo, invadindo nossas caixas postais com mensagens cheias de espanto e, no caso atual, horror. O trote dos gatinhos bonsai, que seriam cruelmente criados em garrafas, anda, novamente, assustando as pessoas.

S� na semana passada recebi mais de dez mensagens de amigos de animais indignados, perguntando que provid�ncias podemos tomar em rela��o ao assunto.

A resposta �: apagar qualquer email que se refira a gatinhos criados em garrafas, ou bonsai kittens, como ficaram conhecidos. O trote parte de um website muito bem feito, cheio de textos e fotos convincentes, mas fiquem tranq�ilos: � tudo rigorosamente falso.

(O Globo, Info etc., 29.3.2004)

03:20    link    

O que ela faz?
Nada!

Mam�e bateu ontem o recorde sul-americano e brasileiro dos 50m de nado peito para a faixa et�ria dela (80 anos).

� mole? :-)

Update: � claro que n�o � o caso da mam�e, caxias a mais n�o poder, mas vejam s� se este coment�rio do ric n�o est� o m�ximo...

"Cuidado, Cora! Ela pode estar tomando bomba, hoje qualquer loja de suplementos alimentares vende. E para se tornar uma pit-grand'ma � apenas um passo. As velhinhas depois que fecharam os bingos ficaram revoltadas e est�o descendo a bengala sem pena: � motorista de �nibus, guarda municipal, caixas da Casa e V�deo, feirante sem troco, etc."

Como dizem por a�:

Huahauhauhauhauhauhauha!!!!

19:26    link    

� amanh�!

"O CDI -- Comit� para Democratiza��o da Inform�tica -- mobilizar� 20 estados brasileiros, no �ltimo s�bado deste m�s, na quarta edi��o do Dia da Inclus�o Digital, que tem como objetivo ampliar o debate sobre o acesso �s novas tecnologias para as camadas de baixa renda e p�blicos especiais.

(....)

No Rio de Janeiro as atividades come�am neste s�bado, dia 27, �s 10h, com um debate reunindo o poder p�blico, universidades, empresariado e sociedade civil na Cinel�ndia, onde tamb�m acontecer�o apresenta��es e oficinas do grupo Afrolata, grupos de Hip-Hop e Jongo da Serrinha, atividades culturais nascidas nas comunidades onde atuamos. O evento termina �s 13h com o abra�o � Cinel�ndia."

21:36    link    

La Nave Va

Pode? Os violinistas da Orquestra Filarm�nica de Bonn querem aumento, alegando que tocam mais notas do que os demais instrumentistas. O pau est� comendo, porque, claro, os outros instrumentistas n�o est�o de acordo.

Acho que, por esses par�metros, quem devia ganhar mais era a percuss�o, por puro estresse: imagina entrar errado com o t�mpano ou o prato...!

01:28    link    

Capivaras atingem o (merecido) estrelato

Depois de ganhar as p�ginas dos principais jornais e revistas do pa�s, e de ser eleita a Musa do Ver�o-Que-N�o-Houve, a capivara da Lagoa chegou, finalmente, �s telas. Ou, mais precisamente, � tela : na sexta passada, �Capivara!�, o filme, foi apresentado � entusi�stica plat�ia do Cobal Drive-in e aguarda, agora, convites para novas exibi��es.

Sou suspeita para falar. N�o tenho nenhum envolvimento com a produ��o, at� o dia da estr�ia nem conhecia os diretores, mas minha admira��o confessa pela capivara pesa contra a imparcialidade de qualquer avalia��o que eu possa fazer. Ainda assim, ouso afirmar que o curta -� de Felipe Sussekind e Felipe Nepomuceno � � um filminho engra�ado, simp�tico, muito original.

Os dois Felipes, donos da pequena produtora ZR1, j� fizeram juntos, h� dois anos, �Brachtelles arachnoides�, um document�rio sobre esp�cies raras da Mata Atl�ntica. E dedicam-se, no momento, a pesquisas para um terceiro filme, sobre os famosos jacar�s urbanos da Zona Oeste.

Nepomuceno, de 29 anos, � o cineasta da dupla. Sua filmografia inclui, entre in�meros outros, os document�rios �Vila Mimoza�, sobre a tradicional zona de prostitui��o, a Zona propriamente dita, e �Mais um dia de calor no Rio�, montado a partir de recortes de jornais. J� Sussekind, de 30 anos, artista gr�fico e fot�grafo, documenta a curiosa fauna urbana carioca e os diversos ecossistemas da regi�o.

* * *

Com sete minutos de dura��o, �Capivara!� n�o tem, naturalmente, a inten��o de esgotar o assunto: como todos que as conhecem sabem, a vida das capivaras da Lagoa daria material para pelo menos duas horas no Discovery. A id�ia b�sica do filme � apenas investigar a exist�ncia dos bichinhos, que durante um bom tempo passou por lenda urbana, e levantar hist�rias a seu respeito. V�rios personagens interessantes d�o depoimentos, de pescadores e vendedores de coco a um dos bombeiros (epa!) que participaram da primeira tentativa de captura das capivaras, devida, explica ele, ao �verdadeiro clamor de algumas pessoas�.

O ponto alto do filme �, l�gico, a capivara em si. Os Felipes conseguiram filmar a f�mea num �timo dia. Ela n�o quis gravar entrevista, mas nadou, rolou na lama e posou para a c�mera, arrancando risos e aplausos do p�blico da Cobal. O macho aparece apenas de relance, num recorte do GLOBO. Me gusta pelo discretito.

* * *

Merece destaque especial a excelente trilha sonora de �Capivara!�, absolutamente perfeita para a protagonista, trilha descoberta por acaso por Felipe Sussekind. Durante uma visita a um amigo professor de piano, ele ouviu a grava��o da composi��o de um aluno, baseada nos movimentos do kung fu. A m�sica, ideal, deu ao autor, Jano Nascimento, a oportunidade de estrear como compositor e int�rprete. Detalhe: Jano tem 12 anos de idade.

* * *

A curiosidade por �Capivara!�, o filme, me levou a descobrir o Cobal Drive-in, de cuja exist�ncia eu sequer suspeitava. Promovido pela Cav�deo (leia-se Carlos Vinicius Borges, o Cav�) e inspirado nos velhos cinemas drive-in, ele exibe sele��es de curtas num tel�o de 8m x 5m montado no telhado entre o Galeto Mania e o Esp�rito do Chope, bem em frente ao estacionamento da Cobal do Humait�. Em tese, � poss�vel assistir aos filmes do carro, mas o fervo � mesmo nos restaurantes.

A festa � �tima e gratuita. Na primeira edi��o, que foi ao ar no �ltimo fim de semana de janeiro, os cineastas apresentaram curtas sobre futebol, m�sica e o cotidiano carioca em geral; a segunda, realizada no �ltimo fim de semana, foi mais ecl�tica, com 20 filmes nacionais e estrangeiros, do badalado �O jogo de Geri�, de Jan Pinkaya (Pixar), ao experimental �A��o da Interioridade�, de Roberto Berliner, de um minuto. Perto dele, �Capivara!� � uma superprodu��o.

Voc�s n�o v�o ver grandes an�ncios do Cobal Drive-in, que � um evento alternativo e independente, mas fiquem atentos. Este cineminha esperto � a cara do Rio -� quer dizer, a maior divers�o.

* * *

E, j� que falei nas capivaras: as duas est�o gordas e bem, obrigada. Ambas foram vistas no �ltimo fim de semana. Ainda que n�o as encontre regularmente, tenho not�cias freq�entes delas, dadas por amigos e leitores, que me mandam fotos e relatos de encontros felizes. Mas as duas continuam isoladas, coitadinhas, cada qual no seu canto, esperando que alguma alma caridosa as re�na ou lhes traga de presente outras capivaras que estejam sobrando por a�, em algum capivaral.

* * *

� comovente ler os depoimentos dos pais de pitboys, louvando as qualidades dos filhos estudiosos e bonzinhos. Mas, sinceramente, prefiro ler, hoje, o lamento de pais cujos filhos foram em cana por cenas de viol�ncia expl�cita do que, amanh�, ter que ler os depoimentos de pais de v�timas, chorando os filhos mutilados ou mortos. Chega de achar que bandido � s� quem vem do morro.


(O Globo, Segundo Caderno, 25.3.2004)

17:02    link    

Sampa

H� um �timo banco de imagens antigas de S�o Paulo aqui.

19:07    link    

Faz Diferen�a

Ontem foi o dia da entrega do Pr�mio "Faz Diferen�a", do Globo, a 15 personalidades que se destacaram no cen�rio nacional em 2003.

Todo ano, as editorias escolhem as personalidades de destaque nas suas respectivas �reas. Acho que isso acontece em todos os jornais e revistas do mundo. S� que l� no Globo, este ano, em vez de se deixarmos as pessoas soltas pelos v�rios cantos do jornal, fizemos um caderno especial com os destaques. Da� � id�ia da festa foi um pulo.

Achei muito legal a iniciativa, que valoriza tanto o jornal quanto os premiados. Gostei de encontrar colegas que mal vejo, como o Dapieve e o Moreno, e fiquei feliz da vida por entregar o pr�mio de teatro ao Aderbal Freire Filho, amigo a quem admiro de longa data.

Outra coisa de que gostei: a entrega dos pr�mios ter sido no Copacabana Palace. Para mim, o bom e velho hotel, com seus lustres, seus m�rmores e sua varanda com vista para o mar continua sendo o melhor lugar do Rio para se fazer uma bela festa.


04:55    link    

Perder, uma grande vit�ria

Acabo de ver a not�cia mais engra�adinha na BBC: o cavalo de corrida mais famoso do Jap�o � Haru-urara, uma �gua que j� participou de 106 corridas -- e nunca conseguiu vencer uma sequer! Os japoneses est�o apaixonados por ela, que est� levando multid�es ao hip�dromos e vai virar personagem de document�rio.

N�o entendo nada de corrida de cavalo, e n�o sei quais s�o as possibilidades de que um cavalinho perca tantas corridas em seguida, mas vou torcer para que ela continue perdendo. Pelo visto, esta � a sua maior vit�ria...

A not�cia est� tamb�m no site da BBC, em ingl�s, aqui.

04:39    link    

Emerg�ncia felina

Acabo de receber este pedido de ajuda:

Temos muitos gatos em casa. Atualmente s�o quinze. Eles foram chegando aos poucos nos �ltimos dois anos. A maioria foi de filhotes abandonados na rua. A gente acreditava que conseguiria achar um lar para todos eles, mas isso n�o ocorreu. S� conseguimos dar uns dois ou tr�s.

O nosso problema foi que fomos obrigados a nos mudar. No apartamento antigo, tinhamos um jardim de inverno bem grande onde eles gostavam de ficar. Agora, estamos morando numa casa. O problema � que somos obrigados a mante-los presos num banheiro pequeno pois nossos vizinhos costumam colocar veneno em seus quintais para acabar com os gatos.

Isso mesmo, com os gatos.

N�o temos condi��es de manter a casa toda fechada. Pusemos tela nas janelas, mas ainda existem as portas e muitas outras sa�das. Nossos bichanos est�o muito infelizes com este regime de clausura. Gostaria de encontrar um lar para eles. N�o um abrigo. Um lar. Voc� conhece muita gente e gosta de gatos. Por favor, nos ajude.

Que situa��o, coitados! Se algu�m estiver precisando de gatos, souber de algu�m que precise ou tenha alguma id�ia em rela��o ao caso, por favor mande um email pro Marco Ant�nio.


18:26    link    

Queimando o filme...
mais uma vez

A graciosa galera que j� queimou o filme do Brasil no Fotolog ataca novamente; agora o alvo � o Photoblog -- mas este est� em clima de Toler�ncia Zero, e simplesmente fechou as portas para os brasileiros. Tentei fazer login e recebi uma mensagem que dizia basicamente o seguinte:

Para continuar oferecendo um bom servi�o sem baixar o n�vel do Photoblog, cuja id�ia geral � apresentar narrativas visuais de alta qualidade, os registros do Brasil est�o temporariamente suspensos.

O pior � que nem d� para discordar deles. Sobretudo depois de acompanhar o perrengue cont�nuo por que passam os administradores do Fotolog com a indisciplina, a falta de educa��o e a bo�alidade pura e simples dos filhinhos de papai brasileiros, que acham que t�m direito a tudo sem compromisso com nada.

Peguei os dois fofinhos a� de cima a esmo, sem sequer precisar procurar: estavam enfeitando a p�gina de abertura do site. Essa � mais ou menos a imagem que est�o fazendo da gente nos sites de fotografia mundo afora.

� deprimente, ou o qu�?

04:58    link    

Eu j� disse isso algumas vezes, mas o diabo � que tem gente que custa a entender as coisas:

N�o me dou ao trabalho de manter um blog com o meu nome, email e espa�o para coment�rios para que pessoas que n�o t�m coragem de deixar sequer um email para resposta -- num blog!!! -- falem mal de gente a quem eu quero bem, expressem opini�es racistas e preconceituosas e, last but not least, me esculhambem gratuitamente.

Paci�ncia tem limite.

18:36    link    

Poderosas maquininhas

A CeBit �, hoje, o que era a Comdex h� alguns anos: aquele evento para o qual todos os olhares se voltam, cheios de curiosidade, para descobrir o que h� de novo. Da mesma forma, tenho a impress�o de que, hoje, os celulares ocupam o nicho que, naquela �poca era ocupado pelos micros. Neles � que se concentram atualmente as aten��es do p�blico e as principais -- ou, pelo menos, as mais atraentes -- novidades da tecnologia.

A julgar pelos lan�amentos apresentados, come�a a existir uma esp�cie de, digamos, divis�o de "especialidade secund�ria" dos aparelhinhos. Todos s�o, l�gico, telefones; mas alguns s�o games (como o nGage, da Nokia), outros (como os novos Motorolas) s�o m�quinas de m�sica; outros, ainda, s�o c�meras digitais. O topo de linha j� adotou a marca do megapixel, o que significa fotos bastante razo�veis.

Nem preciso dizer quais s�o os meus favoritos, n�? Mas, sem sectarismo, apesar do alt�ssimo coeficiente de divers�o dos celulares musicais, � nos que t�m c�mera que est� mesmo a grande revolu��o -- n�o s� da ind�stria, mas da forma como nos comunicamos. Cada vez mais a imagem � a mensagem, a informa��o; e, quanto melhor a imagem, tanto melhor poder� ser a qualidade da informa��o. Fiquem de olho!

* * *

Na semana passada, eu disse que ia me encontrar com um celular com televis�o. Pois me encontrei mesmo, e estou encantada! O celular � um Nokia 3650 normal: voc�s sabem, aquele arredondado na parte debaixo, com os n�meros dispostos em disco? Ent�o. O servi�o � que � especial: � da TIM, e ainda est� em fase de experi�ncia. Streaming v�deo de verdade, sem muita nitidez mas perfeitamente assist�vel, com um delay m�nimo e som perfeito. Domenico Puntillo, diretor da empresa, garantiu que em dois ou tr�s meses o brinquedinho chega �s lojas, a custos razo�veis.

Euclides da Cunha online

"Dizem os mais antigos habitantes da Bahia que nunca ela se revestiu da fei��o assumida nestes �ltimos dias. Velha cidade tradicional, conservando melhor do que qualquer outra os mais remotos costumes, a sua quietude imperturb�vel desapareceu de todo. Modificaram-se h�bitos arraigados, e, violentamente sacudida na onda guerreira que irrompe do sul, transfigurou-se".

Assim come�a um artigo publicado no "Estad�o" em 18 de agosto de 1897. Foi o primeiro de uma s�rie de 25, escritos por um jovem jornalista chamado Euclides da Cunha. Transformada em livro em 1902, com o t�tulo de "Os sert�es", a s�rie garantiu ao autor um lugar permanente na Hist�ria do Brasil -- e, de quebra, presen�a de destaque na internet.BR, onde dois sites magn�ficos celebram obra e autor.

O primeiro, criado pelo pr�prio "Estad�o" em www.estadao.com.br/sertoes, foi ao ar no ano passado, durante as comemora��es do centen�rio da primeira edi��o do �pico de Canudos; o mais novo acaba de ser inaugurado pela Academia Brasileira de Letras, em euclidesdacunha.org.br.

Ambos s�o ricos em bibliografias, textos de e sobre Euclides e material iconogr�fico. No site da ABL destaca-se, naturalmente, o lado acad�mico do autor, minuciosamente estudado e apresentado.

O site do "Estad�o" � pop, e mais gostoso de navegar; o da ABL � cl�ssico, mais denso e proveitoso para pesquisadores em geral. Os dois merecem demoradas visitas, ou seja: merecem visitas. A demora � simplesmente inevit�vel, diante da quantidade e da qualidade do material online.

Divers�o garantida, gr�tis, no conforto do pr�prio micro: d� para pedir mais?!

(O Globo, Info etc., 22.3.2004)


05:34    link    

Ah, coitado!

Passe o cursor do mouse pela cara do rapaz: � muito bem feito. Valeu a dica, FL!

02:46    link    

Beberam mal

Muitos de voc�s conhecem, com certeza, o �timo Amarula com sucrilhos. Pois aconteceu uma coisa surrealista com o dito blog: a empresa que fabrica o licor hom�nimo deu-se ao trabalho de se manifestar judicialmente -- l� da �frica do Sul! -- mandando a Al� tirar o nome da bebida do t�tulo.

Pode, isso?!

O causo est� aqui.

J� o novo blog da Al� -- que, para evitar confus�es, passou a se chamar Licor de Marula com Flocos de Milho A�ucarados -- mudou-se para c�.

Minha recomenda��o: leiam o blog e boicotem a bebida.

Um licor com mentalidade t�o tacanha n�o pode fazer bem a ningu�m...

04:53    link    

BB King e a capivara

Meu fim de semana est� sendo uma maravilha. Na sexta � noite assisti � estr�ia de Capivara!, o filme, num simpatic�ssimo evento chamado Cobal Drive-in l� no Humait�. O filme tem sete minutos de del�cia pura, com imagens da Musa do Ver�o que encantaram a plat�ia.

J� ontem � noite fui com a Bia assistir ao B.B. King l� na Marina da Gl�ria (olha s� a gente na fotinha a� ao lado, na barra!). J� ouvi muito B.B. King, mas nada se compara a ver a figura ao vivo. Ele � muito, muito simp�tico.

Com exce��o de um casal do mal que estava sentado uma fileira � nossa frente, e que armou o maior barraco (devidamente fotografado pelo Nelson Vasconcelos, que l� estava com a sua c�mera implac�vel), acho que todo mundo saiu da Marina da Gl�ria levinho e feliz, de bem com a vida.

B.B. King, do alto dos seus 78 anos, ainda toca o que a galera l� em cima define como a mean guitar. E mais aquela voz, aquela banda, aquele balan�o.

Show de show, ta�.

04:16    link    

Show de bola...

Continuando o nosso tric� b�sico, d�em uma olhada nos achados da Rosana: n�o � que ela foi atr�s do camarada que fez aquela anima��ozinha linda do link quebrado?!

Gente, a energia que a Rosana tem � inacredit�vel... e humilhante!

Sempre que acompanho o dia a dia dela me sinto como uma tartaruga indisposta.


03:44    link    

13:46    link    

O Fotolog voltou! Ufa...

04:45    link    

A luta continua!

Hoje o ataque ao Iraque completa um ano.

Ativistas est�o se mobilizando no mundo todo para que este seja um dia de protesto contra a guerra.

H� sites para download de posters e adesivos por todos os cantos. Alguns deles:

Posters ingleses

Peaceposter.org

Protest Posters

Design Action

La Loca

* sigh *

Est� certo.

� preciso protestar, sempre.

� preciso denunciar a viol�ncia, o arb�trio, a mentira institucionalizada.

Mas �s vezes me pego duvidando disso, me perguntando se adianta alguma coisa. Um pouco como as passeatas aqui no Rio contra a viol�ncia: o que adianta a gente sair de camiseta branca na rua? O que adianta o mundo inteiro protestar se Bush e sua gang n�o est�o nem a�?

O �nico protesto eficiente ser� a elei��o de Kerry; isso, claro, se ele for eleito. At� l�, por�m, quantas mentiras j� n�o ter�o sido ditas, quantas barbaridades mais j� n�o ter�o sido cometidas?

04:20    link    

!!!!!

Rosana Hermann, a verdadeira Mulher Maravilha, fez um post lindinho sobre a blogueira que vos tecla.

Fiquei encabulada. E feliz!

04:16    link    

Geneton

Ele j� entrevistou todo mundo, escreve que � uma del�cia e, agora, tem um crossover de site e blog muito legal. Confiram!

19:23    link    

A lista do Pel�

Voc�s sabem que n�o sou de futebol -- mas n�o resisto a um bom artigo. Pois hoje o meu colega e amigo Calazans deu um banho na coluna de volta das f�rias, falando da indigitada lista do Pel�:

"Querem saber de uma forma de sepultar o passado do futebol, atirar ao esquecimento craques que fizeram a gra�a e a popularidade do esporte em todo o universo? Fa�am listas. As listas modernas condenam � morte os craques imortais que n�o viveram a era fr�vola das celebridades de televis�o."

N�o deixem de ler a �ntegra, � sensacional.

17:37    link    

Olha�, gente!

O lan�amento mais esperado do ano estr�ia hoje, no Cobal Drive-in, �s 20h30. Na Cobal do Humait�.

Capivara! � um document�rio de dois Felipes, o Nepomuceno e o Sussekind, e tenta desvendar os mist�rios que cercam a Musa do Ver�o carioca.

N�o percam!

04:01    link    

e-Memoriais

Logo depois do dia 11 de setembro, o New York Times come�ou a fazer pequenas biografias das v�timas do atentado terrorista. O projeto, chamado Portraits of Grief (Retratos da Dor), foi sendo publicado aos poucos, � medida em que as biografiazinhas eram escritas. Hoje pode ser visto no website do jornal, aqui.

Agora o di�rio espanhol El Pa�s est� �s voltas com um trabalho semelhante, dando not�cia dos mortos no atentado de 11 de mar�o. Sob o t�tulo Vidas Rotas (Vidas Partidas) encontram-se 201 lacinhos pretos, aos quais corresponder�o, � medida em que ficarem prontas, as hist�rias das v�timas. J� podem ser lidas 66, entre elas a do brasileiro S�rgio dos Santos Silva.

03:29    link    

Pauta

O Cl�udio Luiz sugeriu num coment�rio, e achei excelente, uma reportagem sobre os pequenos hospedeiros e prestadores de servi�os para blogs.

J� vou come�ando por aqui: algu�m conhece e tem refer�ncias de outros pequenos, al�m do Blog Brasil, do Gardenal.org, do Via Link, do Vilago e do Pixelzine?

Tamb�m aceito (pequenos) depoimentos de blogueiros que tenham mudado de casa, seja de grande para pequeno ou vice-versa (existe?); assim, vamos fazendo a mat�ria juntos...

Agrade�o antecipadamente!

16:02    link    

Zeca Pagodinho, a Luma da semana

O que seria das conversas de botequim sem as
pequenas trai��es da vida cotidiana?

N�o sei se um atentado a uma marca de cerveja merece tanto au�, mas uma coisa � certa: ningu�m ag�entava mais falar na Luma! Com mais uma semana de papo sobre a gravidez da Luma, o casamento da Luma, a coleira da Luma, a calcinha da Luma, o div�rcio da Luma, os bilh�es da Luma, o bombeiro da Luma ou o lume da Luma, corr�amos todos o risco de ficarmos definitivamente sem assunto e, horror!, termos que discutir na mesa do boteco temas como a venda da Embratel, o caso Gtech, a CPI dos bingos, a pol�tica econ�mica ou a psiqu� do Palocci. O que seria de n�s sem a trai��o de Zeca Pagodinho?!

Gra�as � providencial guerra das cervejas, pudemos enfim virar o disco e continuar, felizes, a jogar conversa fora sobre assuntos aparentemente sem import�ncia. O que � � sem brincadeira � extremamente importante. � mais f�cil e menos prejudicial � sa�de e �s amizades discutir �tica, trai��o e valores morais de modo geral atrav�s da atitude de uma Luma ou de um Zeca Pagodinho do que, digamos, atrav�s de um governo do PT, eleito num dia para renovar a cena nacional e, no dia seguinte, j� entregue, sem traumas, a Sarneys, ACMs e outras figuras que, em tese, julg�vamos varridas pelas urnas.

Para mim, a �nica coisa triste nisso tudo foi o papel�o do Zeca Pagodinho que, at� ontem, me parecia um sujeito legal e confi�vel. Que o Nizan Guanaes tenha dado um golpe contra a Fischer, em particular, e contra a propaganda brasileira, como um todo, sem problema � exceto talvez para uns poucos publicit�rios do bem. A gente sempre intuiu que �propaganda enganosa� � praticamente um pleonasmo, e que bom na �rea � quem melhor engana, mente e trapaceia; agora a gente sabe. Mas o Zeca Pagodinho?! Logo ele?! Ainda se fosse um Belo ou um Alexandre Pires...

Se o Zeca Pagodinho s� bebia Brahma n�o devia ter aceitado fazer propaganda da Nova Schin; mas, uma vez que aceitou, que cumprisse o contrato. Se n�o aguentava beber Nova Schin, que rompesse o contrato; mas avisasse a quem o contratou, de prefer�ncia dando um tempinho nos comerciais de cerveja. Propaganda ou n�o propaganda (quer dizer, mentira ou n�o mentira, � assim?), era a cara dele que estava l� e a palavra dele que estava empenhada, ainda que n�o dissesse nada. N�o por quest�o de cerveja, n�o � mas por quest�o de atitude.

Que pena.

* * *

Um dos livros mais bonitos que li nos �ltimos tempos foi �O Deus das pequenas coisas�, de Arundhati Roy. � uma j�ia rara de observa��o, linguagem e sentimento, capaz de revelar a perversidade do sistema de castas indiano de forma infinitamente mais eloq�ente do que toda uma biblioteca de pol�tica e sociologia. Afinal, este � o g�nio da arte: traduzir a realidade, tornando vis�vel o que n�o se conhecia ou, eventualmente, se ignorava; e transformar este conhecimento numa emo��o que altera, para sempre, a percep��o de quem a sentiu. Virei f� da autora, que manifesta a mesma ang�stia pelas divis�es sociais em todas as �reas em que atua, seja como cineasta, arquiteta ou ativista pol�tica.

Pois na �ltima ter�a-feira assisti a uma entrevista com ela na Globo News. � exatamente como eu a imaginava: delicada, atenta e de uma ferocidade mansa interessante e verdadeira. Arundhati Roy esteve uma vez no Brasil, durante o F�rum Social, e visitou Porto Alegre e S�o Paulo. Quando a rep�rter Elizabeth Carvalho perguntou o que mais a impressionou por aqui, ela observou que n�o chegou a ver muito do pa�s � mas acertou na mosca da desigualdade social, que a chocou pela, palavras suas, �extrema brutalidade�. Acertou em cheio tamb�m na express�o, �extrema brutalidade�, como marca registrada n�o s� do nosso cotidiano, mas, tamb�m e sobretudo, da nossa elite de miliard�rios que se isola do mundo real, completamente insens�vel � mis�ria � sua volta.

E olhem que Arundhati Roy nem viu o programa do J� em que, dia desses, meia d�zia de colun�veis paulistas falavam, com indisfar��vel orgulho, da quantidade de seguran�as que haviam trazido ao est�dio. Que gente, sinceramente! Deviam ser condenados, todos, ao Castelo de Caras perp�tuo.

* * *

Outro livro que me causou uma sensa��o de encanto e de descoberta semelhante � de �O Deus das pequenas coisas� foi �Balzac e a costureirinha chinesa�, de Dai Sijie. Nele, a revolu��o cultural chinesa � ao mesmo tempo pano de fundo e fio condutor da hist�ria de dois meninos de classe m�dia em pleno processo de �reeduca��o revolucion�ria� nas m�os de camponeses analfabetos.

O que os salva da mis�ria intelectual mais profunda � o cinema, meia d�zia de livros proibidos e o amor pela linda filha do alfaiate da aldeia. O romance virou filme no ano passado, dirigido pelo autor, e chega ao Brasil em princ�pios de abril, junto com o pr�prio Dai Sijie. Estou muito curiosa.


(O Globo, Segundo Caderno, 18.3.2004)

02:21    link    

Mudan�a geral

Ali�s, depois do papel�o do Blogger.BR, est� todo mundo de casa nova: Matusca, Carta Aberta, Banana Etc., Drops da Fal... a lista � enorme! Quem � que eu estou esquecendo?

A turma a� de cima est� toda num condom�nio exclusiv�ssimo chamado Blog Brasil, que j� tem at� s�ndico (adivinhem!).

Estou achando a revoada/reviravolta o m�ximo: � o triunfo dos pequeninos, oferecendo servi�os com a qualidade, a cortesia e a educa��o que os grandes n�o t�m.

Muito "internet" essa hist�ria toda...

Update: Oops, falha nossa! O excelente Carta Aberta n�o �st� no Blog Brasil, mas num outro condom�nio muito simp�tico, o Gardenal.org.

19:21    link    

Blogs: uma �tima solu��o!

Luciana Misura, que n�o s� � um amor de pessoa como designer da pesada, criou, junto com o Gabe e o Evandro Maciel, o Pixelzine -- na defini��o da Marina W. (que j� est� l�), "um hotel cinco estrelas para blogs".

Na boa? � tudo de bom!

Por U$ 7 mensais voc� nunca mais precisa se preocupar com o bem-estar do blog, com fotos, sistemas de coment�rio, essas coisas.

Recomendo!



19:02    link    

CLIC!

16:07    link    

Precisar n�o precisa, mas...

Quando eu vi os telefonezinhos a� de cima pela primeira vez � sim, � um telefone, n�o uma c�mera digital � pensei imediatamente: �Caramba, que lindo! Quero um desses!� Um pouco antes, passando pela mesa do Tom Le�o, vi o novo brinquedinho dele: um Panasonic SV-AV30 AV, gadget miudinho que faz v�deo, foto, toca MP3, passa clipes, beija na boca e faz amor. Um sonho! Como sobrevivemos tanto tempo sem algo assim?

O Marcelo Balbio adora a sua c�mera/chaveirinho USB da Philips; j� o Xex�o est� muito impressionado com a converg�ncia, que est� dando a todos os gadgets mil e uma fun��es com que a gente sequer sonharia h� meia d�zia de anos. Gra�as a ela, ali�s, hoje mesmo vou me encontrar com um telefone celular em que d� para assistir � CNN.

Ser� que n�s precisamos mesmo dessas coisas? Meninas precisam mesmo de tantas Barbies? Meninos precisam mesmo de tantos games? As necessidades b�sicas do ser humano passam ao largo da maior parte do que consumimos; mas nem s� de necessidades b�sicas vive a privilegiada parcela da popula��o mundial para a qual a ind�stria sonha, noite e dia, novos brinquedinhos.

No m�s passado, ali�s, o Global Consumer Advisory Board divulgou os resultados de uma pesquisa chamada �Uma teoria da relev�ncia para a ado��o de produtos de tecnologia�. Ela define quais s�o os atributos que tornam um produto de tecnologia relevante o suficiente para convencer o consumidor a compr�-lo. Apoiado em seis atributos identificados em pesquisas anteriores, a pesquisa investiga como esses aspectos se complementam para motivar a ado��o do produto: eles s�o �familiaridade�, �import�ncia do benef�cio do produto�, �poder de compra�, �conhecimento de onde comprar�, �percep��o de facilidade de instala��o� e �percep��o de facilidade de uso�.

Ao contr�rio do que muita gente poderia pensar, mas ao encontro do que intui todo amante de gadgets, pre�o n�o � tudo...

� um celular? � uma c�mera? � um PDA?

Resposta: � tudo ao mesmo tempo! O fato � que t�m sa�do das pranchetas do designers da Sony-Ericsson alguns dos aparelhinhos mais cobi��veis dos �ltimos tempos. Dois bons exemplos: o K700 e o S700i (nas fotos acima). Eles s�o celulares que, n�o por acaso, t�m tudo a ver com o design das Cybershots da Sony, em que foram inspirados. Ambos s�o GSM, e atendem por �camera phones� na empresa.

O K700, mais simples, trabalha em VGA (640 x 480), grava videoclipes, tem Bluetooth e infravermelho, 32Mb de mem�ria interna (suficientes para armazenar mais de 400 fotos) e, coisa linda! r�dio FM. J� a c�mera do S700i, que � compat�vel com Memory Stick Duo de at� 128Mb, � recordista da modalidade, com 1,3 megapixel de resolu��o. Ela divide o seu �espa�o� com um perfeito PDA, que aparece quando se trabalha com o aparelho na vertical, e com o telefone, cujas teclas se escondem por baixo da tela deslizante.

Ent�o: a gente n�o precisa urgentemente deles? O K700 j� est� chegando ao mercado, embora ainda n�o tenha pre�o definido; o seu irm�o mais parrudo s� estar� dispon�vel l� para o fim do ano. Estou contando os dias...


(O Globo, Info etc., 15.3.2004)


15:21    link    

Lar, doce lar

Repete-se a cena da ter�a-feira passada.

S�o 2h13. Voltei h� pouco do jornal, com a sensa��o do dever cumprido -- como o Zuenir, eu n�o gosto de escrever a coluna, embora goste de ter escrito -- e agora estou com as patas em cima da escrivaninha, descansando, depois de ter tra�ado um velho favorito: cup noodles de camar�o.

Este cup noodles nada mais � do que um miojo metido a chique com camar�es e pedacinhos de milho e tomate secos. Desta vez, tinha cinco camar�ezinhos inteiros, e a sensa��o foi mais ou menos a de acertar numa loteria. O �nico problema � que a Keaton ama este sabor e, sempre que eu como isso, acabo ficando s� com meia por��o.

Um dia ainda fa�o um cup noodles inteirinho para ela.

A Bia est� viajando e os gatos estavam sozinhos em casa, todos me esperando na porta. Fico pensando no que eles fazem quando estamos fora. Provavelmente inspecionam a casa toda; dormem; apreciam o mundo pela janela; dormem; implicam uns com os outros; dormem... que mais?

Tadinhos dos meus queridos! Levam vidinhas t�o singelas, t�o pequenininhas.

02:28    link    

05:25    link    

Litigioso

O mais engra�ado foi o Extra, de ontem, constatando que, na separa��o, o Zeca Pagodinho ficou com os m�veis da ex: 30 mesas e 120 cadeiras com a marca da Schincariol ficaram no seu s�tio, em Xer�m. Tsk, tsk...

02:55    link    

Skol!

E o Zeca Pagodinho, hein?

21:08    link    

A Paix�o de Cristo: Nada no filme � relevante, a n�o ser a viol�ncia em estado bruto

Tortura expl�cita e muita f�... no marketing

Antes de assistir � �Paix�o de Cristo�, eu j� estava impressionada com a facilidade com que Mel Gibson montou a sua m�quina de marketing; como foi criando as armadilhas mais transparentes; e como os alvos para os quais essas armadilhas foram montadas (m�dia inclusive) nelas ca�ram obedientemente, sem pensar duas vezes. Aparentemente, ali�s, sem sequer pensar. Agora, tendo assistido ao magnum opus de Gibson, minha admira��o pelo marqueteiro n�o tem limites. N�o � qualquer um que consegue transformar em assunto de primeira p�gina um filme de quinta, sem vest�gios de roteiro ou qualquer carga dram�tica; n�o � qualquer um que consegue criar uma pol�mica religiosa a partir de um filme-pancadaria bizarro em que, contrariando todas as normas do g�nero, apenas um dos lados apanha.

�A Paix�o de Cristo� come�a com a �ltima noite de Jesus no Monte das Oliveiras. O clima � soturno e, sobretudo, muito, muito canastra. �Interpreta��o�, na cartilha de Mel Gibson, n�o � propriamente uma atividade sutil. Logo Judas vai receber os seus 30 dinheiros e, na seq��ncia, a guarda aparece para levar Cristo ao seu destino. � uma abertura tensa, que pressup�e que todos os espectadores conhecem, de cor e salteado, a sucess�o de eventos que levou a este ponto. Isso provavelmente � verdade � mas, ainda assim, falta ao filme uma raiz hist�rica ou um m�nimo de dial�tica que justifiquem o que acontece depois dos seus dez primeiros minutos: uma longa sess�o de tortura expl�cita e cont�nua, de um mau gosto inenarr�vel. Para dizer pouco. Resultado: duas horas macabras de viol�ncia gratuita, com sangue aos borbot�es, carne estra�alhada, peda�os de pele arrancados ou pendentes, costelas � vista. Enfim, como prova a bilheteria estratosf�rica, um program�o para o p�blico que cresceu apreciando Jason e Freddy Krueger.

Mais um vendilh�o no templo

Diante de viol�ncia t�o repulsiva, � imposs�vel entender o porqu� da celeuma religiosa � at� para a judia que vos tecla. Nada neste filme � relevante, a n�o ser essa viol�ncia em estado bruto, ampliada nos closes, esmiu�ada nos detalhes, nojenta em todos os sentidos. Que ningu�m se iluda: ela, e apenas ela, � o grande ponto de venda do filme.

O que incomoda al�m de qualquer medida n�o � como os judeus ou os romanos ou mesmo os disc�pulos s�o apresentados, mas sim a hipocrisia que transveste de f� a explora��o do que a Humanidade tem de pior, para n�o falar no descarado comercialismo que mal se disfar�a por tr�s da iniciativa supostamente �nobre�.

Se a motiva��o de Mel Gibson fosse de fato religiosa, a primeira coisa a fazer seria expulsar os vendilh�es do templo, e n�o se juntar a eles, colhendo os frutos do merchandising duvidoso de cravos e canecas, coroas de espinhos e camisetas; ou, ent�o, aceitar a palavra de Jesus, que falava em amor, e n�o em viol�ncia. J� se a id�ia b�sica fosse mostrar � Humanidade o verdadeiro sofrimento do Cristo, o filme seria exibido gratuitamente, como s�o gratuitamente distribu�dos tantos milh�es de b�blias pelo mundo afora; ou, no m�nimo, passaria a ser gratuito, ou quase isso, assim que Gibson, o Evangelista, tivesse recuperado o seu investimento inicial de US$ 30 milh�es. No momento, por�m, ele j� est� num lucro de US$ 70 milh�es � e, a�, n�o h� como n�o concordar com Mill�r Fernandes, que desconfia de todo idealista que lucra com o seu ideal. Ainda mais na primeira semana de lan�amento.

Ao sair do cinema, o Bonequinho cantarolava o samba da Viradouro: ��, Virgem Santa, rogai por n�s, rogai por n�s, � Virgem Santa, pois precisamos de Paz, � Virgem...�

Louco por uma dose de Zeffirelli.


(O Globo, Segundo Caderno, 14.3.2004)

18:22    link    

Explos�es matam:
n�o se pode esconder esta verdade

O dia em que o fotojornalismo
acabou sendo mais uma v�tima



Como tratar as fotos de uma trag�dia que abala o mundo? Escondem-se dos leitores os detalhes mais chocantes, como fizeram as emissoras americanas nos idos do 11 de Setembro, em que, apesar da l�gubre contabilidade de 2.976 mortos, praticamente n�o se viu uma gota de sangue no v�deo, ou divide-se com eles o horror que chega �s reda��es? Ontem, v�rios jornais, no Brasil e em outros pa�ses, responderam de diferentes maneiras a essa pergunta.

A foto de maior impacto do atentado, que mostrava v�timas sendo atendidas diante dos trens destru�dos, acabou na capa dos principais jornais do mundo � O GLOBO entre eles. Acontece que, do lado inferior esquerdo, podia-se ver um peda�o de corpo: um bra�o, talvez, ou uma perna. Uma vis�o terr�vel, mas n�o menos chocante do que a realidade que a cercava; um detalhe � horr�vel � do horror.

Este detalhe, por�m, mexeu tanto com a sensibilidade de alguns editores que eles acabaram atropelando uma regra b�sica do fotojornalismo: n�o se modifica, nunca, a realidade registrada pela fotografia. Pode-se cortar as fotos, pode-se public�-las em preto e branco, pode-se, at�, aplicar uma tarja por cima do que n�o se quer mostrar; mas n�o se pode suprimir ou acrescentar nada ao que foi capturado pela lente � sobretudo sem se informar isso.

Em v�rios jornais, no entanto, o membro ofensivo foi eliminado digitalmente. Um recurso f�cil, e at� compreens�vel como cuidado, mas com uma consequ�ncia funesta: perda de credibilidade. Num mundo de fotos digitais, em que qualquer principiante manipula imagens com razo�vel efici�ncia, a �nica forma de conservar a f� do leitor no que v� � garantindo que nenhuma foto de reportagem ser� jamais alterada sem que ele saiba disso. Este � o caso em que uma palavra � �modificado� � pode valer por mil imagens.


(O Globo, Mundo, 13.3.2004)

Update: Para ver capas de jornais ao redor do mundo, a melhor pedida � o Newseum: s�o 284 primeiras p�ginas de 37 pa�ses, constantemente atualizadas.

22:38    link    

Horror

Que droga de esp�cie � o ser humano, sinceramente. N�o consigo ver o notici�rio sobre o atentado na Espanha sem chorar.

Qual � o sentido disso?

Para que causar tanta dor a tantas pessoas inocentes, o que se pode lucrar com tanto mal?!


01:14    link    

Parab�ns, Bia!!!

A Fam�lia Gato est� em festa: hoje � anivers�rio da Bia!

Como m�e coruja, tudo o que eu tenho a dizer � que ela � o m�ximo.

A mod�stia me impede de entrar em detalhes... :-)

04:27    link    

Um dia, uma noite

Na segunda-feira passada, o Fotolog, que � uma esp�cie de gigantesco �lbum internacional de figurinhas on-line, estava uma festa. Havia homenagens a mulheres e � mulher por toda a parte; era praticamente imposs�vel navegar sem esbarrar num poema, numa foto especial, num recado inspirado.

Muitas pessoas escreveram coisas lindas para mim, e eu mesma, para n�o desapont�-las, cumprimentei as amigas que me pareceram mais empolgadas com a data. Mas a verdade � que passei o dia na encolha, morrendo de medo que algum conhecido viesse me parabenizar pessoalmente, ou que algum dos lugares que freq�ento me oferecesse a rosa protocolar. Acontece que abomino o Dia Internacional da Mulher.

Fica at� chato dizer isso depois de ter recebido tantas mensagens carinhosas, que agrade�o de cora��o aos amigos que n�o podiam adivinhar minha implic�ncia. O diabo � que acho extremamente cabotino, para n�o dizer constrangedor, receber os parab�ns por algo que n�o � m�rito meu. Nasci assim. Estou perfeitamente contente por ser mulher e, provavelmente, estaria igualmente contente em ser homem (ou gato, ou capivara), se a gen�tica, os fados, qualquer ocasionalidade, tivessem determinado assim. Tenho plena consci�ncia de que fa�o parte de uma classe privilegiada, a que boa parte das mulheres do mundo n�o pertence, que pode se dar ao luxo de gostar de ser o que �. Mas isso me parece ainda menos causa para comemora��o.

N�o consigo deixar de ver por tr�s dessa data um grande farisa�smo (talvez justificado depois de tantos s�culos de opress�o), um paternalismo condescendente, que se congratula pela boa a��o de um dia, liberando-se com isso de maiores obriga��es no resto do ano. Para n�o falar no consumismo dirigido que j� nos d� a obriga��o de comemorar comercialmente dias das crian�as, das m�es, dos pais, dos mestres e dos g�meos siameses.

Hoje a PM (!) e os postos de gasolina distribu�ram flores. Amanh� pais, maridos e irm�os que n�o voltarem para casa com os devidos presentes ser�o considerados machistas e at� criaturas desprovidas do sentido b�sico da fam�lia. Que �, naturalmente, gastar.

Desculpem, mas n�o me fa�am parte da presepada. Incluam-me fora dessa. Quero viver em paz com os meus semelhantes, todas e todos, 365 dias por ano, dentro do saud�vel princ�pio de que gentileza gera gentileza, assim como solidariedade traz solidariedade: sem hora marcada ou an�ncio institucional.

* * *

Esse mau humor todo bateu na segunda; domingo, por�m, foi outra hist�ria. Peguei minha c�mera e l� fomos, as duas, para o Nokia Trends, a megamuvuca que levou aquela multid�o ao Aterro. O som de Fatboy Slim n�o chega a ser meu g�nero musical favorito, mas o Rio em estado de gra�a � uma coisa linda de viver, sobretudo depois de semana t�o traum�tica. Acreditem: foi comovente ver aquelas 178.423 pessoas (contei!) dan�ando felizes, sem maiores confus�es, aproveitando o som, o ar, o momento e a lua cheia, muito cheia. No mar, dezenas de barcos iluminados; l� atr�s, o P�o de A��car de sempre. Bem...

* * *

Bem. A viol�ncia j� ultrapassou as previs�es mais pessimistas, o desgoverno � geral, a seguran�a no estado � uma piada de mau gosto; mas, quando menos se espera, a cidade de S�o Sebasti�o do Rio de Janeiro ainda consegue se erguer e se mostrar em toda a sua gl�ria. A despeito do inepto casal de governadores, que nunca entendeu este Rio; do prefeito, que continua achando que nos engana com os seus Jogos Pan-Americanos; e mesmo do governo federal, este ingrato, que n�o consegue esconder que nos detesta, n�o h�, no mundo, cidade onde se possa ver tanta beleza, embalada em t�o alto-astral.

Cidade t�o mulher.

* * *

H� muito tempo eu n�o me identificava tanto com um livro quanto com �O efeito sanfona � confiss�es de um dependente qu�mico de comida�, de Ricardo Freire. Um trechinho:

�A mensalidade da academia � o imposto indireto mais injusto que existe. Voc� � um dependente qu�mico de comida s�rio e pagador de impostos, que trabalha duro e movimenta a economia, sustentando um sem-n�mero de fabricantes de salgadinhos, guloseimas e alimentos diet�ticos � � obrigado a contribuir com uma parte significativa do seu sal�rio para uma entidade na qual voc� n�o acredita. Pior ainda: que lhe causa repulsa. Antigamente era o d�zimo da igreja; hoje � a mensalidade da academia.�

O cara � �timo, e passou por tudo. Informa a orelha (onde, ali�s, ele nem parece t�o gordinho assim) que �Ricardo j� fez incont�veis regimes, internou-se quatro vezes em spas e foi propriet�rio de tr�s esteiras el�tricas pouqu�ssimo usadas.�

Ele � um dos nossos! Se voc� tamb�m se reconheceu neste perfil, n�o deixe de ler o livro, melhor do que �A dieta de South Beach� e �A revolucion�ria dieta do Dr. Atkins� juntos. Voc� n�o vai emagrecer nada, mas pelo menos vai rir muito.


(O Globo, 11.3.2004)


03:47    link    

Os bichos do zoo

Volta e meia algu�m me pergunta nos coment�rios por que n�o escrevo sobre os crimes do zool�gico de S�o Paulo. A resposta � simples: n�o sei o que dizer diante disso.

N�o sei o que pensar, o que sugerir, por onde come�ar.

02:43    link    

Plant�o Capivara

Acabo de receber esta mensagem:

"A capivara da Lagoa foi parar na vitrine do Garcia & Rodrigues. � que uma vez por m�s, pelo menos, eles mudam o tema da vitrine. E j� que a capivara virou um verdadeiro personagem carioca, o Garcia resolveu prestar uma homenagem. A vitrine j� pode ser vista hoje. A id�ia � exaltar a alegria de viver no Rio. A vitrine � composta de um painel como se fosse a Lagoa. Os animais ter�o suas silhuetas em madeira. Duas capivaras estar�o comemorando a chegada � Lagoa, enquanto outros personagens como o martim-pescador e a gar�a observam a cena."

Eu j� tinha lido no Joaquim, mas fiquei na maior alegria. Todo poder �s capivaras!

22:11    link    

Ah, sim...

Por que estou vendo tanta televis�o? Porque estou gripad�ssima, sem �nimo para fazer qualquer outra coisa.

02:59    link    

Mais cobras!

Agora � no National Geographic, dois outros caras. Tiveram uma boa id�ia: mandaram uma c�mera-rob� para dentro do buraco das cobras para ver como era l� dentro; mas fiquei horrorizada com a cena de uma jib�ia comendo... uma capivara.

:-(

02:55    link    

Poderosa

Sabem a Marina W? Ent�o. Est� escrevendo um livro. De encomenda, � mole? Tou curios�ssima a respeito do assunto...

01:57    link    

Eles bem que avisaram...

O intr�pido site Rosinha N�o! voltou � carga, com uma edi��o especial para o Dia da Mulher. A nota � reprodu��o de um grande achado da coluna Gente Boa, do Joaquim Ferreira dos Santos.

17:31    link    

Plant�o Capivara

Olhem quem foi fotografada ontem...!!!

O autor dos cliques foi o RockRJ; esta capivara � o macho, que mora aqui em frente de casa.

Fico t�o feliz em saber que est� bem... :-)

04:30    link    

GRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!

Ent�o estou eu aqui empolgad�sima assistindo a Riverdance pelo Multishow quando uma das dan�as mais lindas, a dos russos, foi cortada ao meio, sem a menor cerim�nia, para... um Big Brother ao vivo!!!

Pode???!!!

Essa sujeira com o telespectador foi feita gra�as ao patroc�nio de diversas empresas. Vou ficar de olho e anotar o nome de cada uma para escrever um email para a diretoria reclamando.

Update: Calculei mal o tempo; quando voltei pro Multishow, o Riverdance j� tinha recome�ado. N�o h� de ser nada, a qualquer hora eles fazem isso de novo e a� anoto.

� incr�vel como � dif�cil achar alguma coisa boa para ver. No Discovery houve um programa interessante sobre a separa��o de g�meas siamesas; mas agora est�o discutindo quem matou Kennedy.

Algu�m ainda ag�enta discutir isso???

*sigh*

Update do update: Sabem a conclus�o a que chegaram? Se algum dos fot�grafos e cinegrafistas amadores que registraram o momento do assassinato estivessem usando boas m�quinas, filmes adequados e filtros apropriados, e tivessem feito enquadramentos melhores, seria poss�vel ter respostas �s nossas d�vidas.

Juro.

Agora imaginem s� a fant�stica s�rie que este "document�rio" n�o poderia gerar: Se as c�meras digitais houvessem sido inventadas no Antigo Egito, saber�amos detalhes do processo de mumifica��o que ainda n�o conhecemos! Se os aztecas usassem computador, saber�amos por que desapareceram! Se Abram Zapruder fosse � Inglaterra Medieval com sua filmadora Bell e Howell, saber�amos toda a verdade sobre o Rei Arthur...

Ah, sim: a locutora termina dizendo que as imagens dispon�veis "nos levam de volta no tempo, a uma �poca em que um presidente podia desfilar em carro aberto..."

Uh?

HELLO...



23:58    link    

Parab�ns, Magaly!

Hoje � anivers�rio da Magaly, do Eu pensando, que tantos de voc�s conhecem aqui dos coment�rios -- sempre ponderados, gentis e simp�ticos.

Procurei entre as minhas fotos alguma flor para ela, mas o problema � que quase n�o fotografo flores; assim, meu presente virtual fica sendo a lembran�a do caqui madurinho que vi ontem no p�, em Itaipava.

Tudo de bom, Magaly!

16:16    link    

A verdade, a mentira e outras coisas na internet

N�o resisti a este texto do Claudio R�bio, o meu querido Claudinho, do Circulando, e roubei pra c�.

Vejam que �timo!

"Chove. Entro no Google e procuro a verdade. O resultado: 1.660.000 p�ginas encontradas em 0,15 segundos. Em seguida, procuro a mentira. 412.000 p�ginas, em 0,26 segundos. Concluo que h� mais verdade que mentira na internet, embora cada mentira demore muito mais para se revelar que uma verdade.

Com essa certeza em mente, procuro a felicidade; 446.000 resultados demoram 0,25 segundos para aparecer. A tristeza, n�o s� � maior em volume, 538.000 ocorr�ncias, como vem mais depressa, 0,15 segundos.

Triste, mas ainda esperan�oso, continuo minha busca e descubro que a paz (5.530.000 resultados, em 0,12 segundos) perde feio para a guerra (7.680.000 p�ginas, em 0,15 segundos) e ainda dura menos... Talvez isso aconte�a porque o perd�o (110.000 p�ginas, 0,15 segundos) n�o signifique nem um d�cimo do ataque (1.420.000 vezes, em 0,24 segundos).

Embora o �dio, com 535.000 p�ginas em 0,19 segundos, se revele muito menos que o amor, com 8.900.000 p�ginas em 0,26 segundos, o bem (4.800.000 ocorr�ncias, 0,15 segundos) se manifesta muito menos que o mal (11.600.000 ocorr�ncias, 0,29 segundos).

Finalmente, procurei por solu��es, mas houve queda de energia, um raio, o estrondo de um trov�o e eu perdi a conex�o com o or�culo."

02:04    link    

Adote um focinho carente

Tutu e Keaton, essas duas maravilhas da leg�tima ra�a vira-lata, informam que hoje � dia de Adote um focinho carente!

Compare�a, nem que seja para uma visitinha: vale a pena conhecer o trabalho da SUIPA.

Vai ser no Clube Boqueir�o do Passeio, ao lado do MAM, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, das 11hs �s 16hs. V�rios bichinhos abandonados v�o estar l�, � espera de suas novas fam�lias.

Se voc� quiser adotar um deles, leve c�pia de identidade, CPF e comprovante de resid�ncia. N�o se esque�a de uma casa de transporte caso voc� queira um amigo felino e guia e coleira para um c�ozinho.



06:01    link    

"Bom dia!" (#$%@&*!)

Tenho horror quando saio do jornal muito tarde (ou muito cedo, dependendo do ponto de vista) e o pessoal da limpeza me deseja bom dia. Enquanto a gente n�o dorme e acorda novamente, n�o � dia! GRRRRRR.

O pior � que, daqui a pouco, n�s vamos todos a Itaipava para almo�ar com o Jaguar.

Tenho menos de quatro horas de sono...

Bom s�bado para voc�s! Eu vou fazer o poss�vel para ter o mesmo, ainda que dormindo em p�.

05:26    link    

Tem gosto para tudo...

Estou vendo um programa muito legal no Discovery: um sujeito meio maluco, mas muito simp�tico, procura a maior sucuri do mundo. Agora est� numa fazenda da Venezuela, feliz da vida, todo enlameado, se atracando com cobras gigantescas. Uma mo�a bonita chamada Maria � a especialista local em of�dios (uma sucuri � um of�dio, pois n�o?).

Ao fundo, capivaras. Muitas capivaras! :-)

04:25    link    

Entre Luma e o FMI,
voc� fica com quem?

Cronista � surpreendida por manchete ins�lita e
descobre iceberg filos�fico na primeira p�gina


Eu estava tomando caf� da manh� com os gatos quando vi a not�cia da n�o-gravidez da Luma no alto da primeira p�gina. Levei um susto.

� Gente, o jornal surtou... Teve um caso agudo de S�ndrome de Contigo!

Os gatos, que estavam ocupados com outras coisas, mal levantaram os olhos. Obviamente n�o estavam interessados em discutir nem os problemas da Luma, nem a primeira p�gina do Globo; e eu tive que me reconciliar com o fato sozinha.

Como, uma n�o-not�cia no alto da primeira p�gina?! O peda�o mais importante do jornal dedicado a uma fofoca?! Onde � que n�s estamos?! E onde � que isso vai parar?!

Mais tarde, na hora do jantar, encontrei amigos que estavam muito ouri�ados com o caso. Luma, o casamento de Luma, a gravidez de Luma, a mentira de Luma: todo mundo estava adorando a hist�ria, que se transformou num dos grandes temas da noite e � hoje a gente j� sabe � um dos principais assuntos dos jornais do dia seguinte.

Quando voltei para casa, peguei o jornal novamente e estudei as outras not�cias: �Presidente do Haiti renuncia e foge�, �Governo culpa Bangu III por ataque � PM�, �FMI acena com a flexibiliza��o de regras de acordo com o Brasil�, �Bom jogo, mesmo sem gols�, �Tubar�o mata um banhista no Recife�, �Caso Gtech: CEF acusa funcion�rios�. OK. Era um dia de n�o-not�cias. E era claro porque n�o sou eu quem faz a primeira p�gina.

* * *

Fiquei pensando no que me levou a estranhar tanto a Luma como manchete, e cheguei � conclus�o de que a quest�o, verdadeiro iceberg filos�fico, est� menos na Luma do que no papel da imprensa � e, por tabela, no inconsciente coletivo do pa�s. O que se quer de um jornal, informa��o ou divers�o? � poss�vel ter informa��o e divers�o ao mesmo tempo, ou a divers�o atrapalha a informa��o? A informa��o deve receber, sempre, um tratamento melhor do que a divers�o? Em suma: o jornal tem que estar sempre de terno e gravata, ou pode usar bermuda de vez em quando?

* * *

Eu estava brincando com essas perguntas, que d�o panos pras mangas, quando descobri o que havia me incomodado na manchete: confundir informa��o com divers�o. Luma de Oliveira, ainda que tenha nome, endere�o e telefone, n�o existe. Ela � uma figura de fic��o t�o inconsistente quanto, digamos, a Maria Clara Diniz, e o que diz ou deixa de dizer � t�o irrelevante como informa��o � ou t�o interessante como divers�o � quanto o que diz ou deixa de dizer a Maria Clara.

Se est� gr�vida ou n�o est�, se o casamento est� ou n�o amea�ado, tanto faz; para todos os efeitos, a vida de Luma � uma esp�cie de Big Brother que a gente acompanha em cap�tulos esparsos, uma capa da Playboy aqui, uma reportagem de Caras ali. H� cap�tulos sem gra�a e h� cap�tulos especiais, geralmente divulgados durante o carnaval, para manter aceso o interesse popular pela trama. O texto, naturalmente muito menos criativo do que o do Gilberto Braga, � ditado pelo advogado ou pelo assessor de imprensa da ocasi�o, e n�o tem, necessariamente, qualquer rela��o com a realidade.

O grande segredo do �produto�, digamos assim, � que, como a Luma � representada por si mesma, a gente �s vezes se distrai e leva a s�rio, confundindo epis�dios com fatos.

* * *

� impressionante como o Rio est� mal cuidado � e, pior, como a gente vai se acostumando com isso! Para qualquer lado que se olhe, a grama est� cheia de mato, o concreto est� todo quebrado, o asfalto � uma colcha de retalhos; onde h� pedras portuguesas as falhas s�o um risco permanente. Em Ipanema, as cores no ch�o dos cruzamentos, que seriam alegres se estivessem bem conservadas, viraram um ru�do no ambiente, um elemento a mais na polui��o geral; no Jardim de Allah, h� tanta sujeira no canal que as gar�as ficam em p� na �gua. E tome grade quebrada, jardins sujos e fradinhos horrendos, espalhados a torto e a direito, sem nenhum crit�rio.

A viol�ncia n�o se faz s� de arrast�es, de bandidos desinibidos e de pol�cia ineficaz, mas tamb�m de agress�es visuais e ambientais. O descaso das autoridades pela cidade, cada vez mais evidente, n�o � apenas uma agress�o cont�nua a todos n�s, mas tamb�m a garantia de que as coisas v�o ficar cada vez piores: as gera��es que est�o crescendo em meio a este caos n�o t�m como adivinhar a paz da beleza, aquele Rio de amor que se perdeu.

* * *

A delega��o brasileira junto � ONU vai propor uma resolu��o que estabelece a discrimina��o por orienta��o sexual como viola��o dos direitos humanos. N�o � nada, n�o � nada, j� � alguma coisa. E �, sobretudo, uma postura muito mais civilizada e esclarecida do que a pat�tica cartada de Bush, disposto a provar que � a vanguarda do atraso.

(O Globo, Segundo Caderno, 4.3.2004)

Update: O Rafael Barbastefano fez uma observa��o muito importante nos coment�rios:

"Cora, um coment�rio sobre a iniciativa brasileira na ONU. Seria louv�vel acabar com a discrimina��o contra homossexuais, entretanto falar em "discrimina��o por orienta��o sexual" � vago e perigoso. O Brasil, por exemplo, n�o s� realiza discrimina��o por orienta��o sexual com determinadas pessoas, as prende e a sociedade concorda com isso. Um exibicionista ou um ped�filo podem ser considerados indiv�duos com um "orienta��o sexual heterodoxa", entretanto n�o s� s�o discriminados mas presos, quando realizam atos de atentado ao pudor ou pedofilia. Dizer que seria uma viola��o dos direitos humanos a discrimina��o por orienta��o sexual � equivalente a concordar com pr�ticas como pedofilia e exibicionismo, que n�o seriam mais crimes." (Rafael Barbastefano)

02:56    link    

Bom programa!

Valsa, chorinho, marcha rancho, samba enredo, can��o, bossa nova... Tem de tudo na sinfonia popular que Edmundo Souto comp�s para a Lagoa, e que ser� apresentada em primeira m�o no s�bado, dia 6, no Parque do Cantagalo, �s 19hs.

S�o 17 m�sicas, e os int�rpretes s�o da pesada. Vejam s�: a Orquestra Filarm�nica do RJ sob a reg�ncia de Florentino Dias, a Banda Brasil, as Meninas Cantoras de Petr�polis e Beth Carvalho, Dudu Nobre, Em�lio Santiago, Luanda Cozetti, MPB 4, Luana Carvalho, Quarteto em Cy, Arranco de Vars�via, Carequinha e Z� Renato.

Tou l�: s� preciso atravessar a rua...

15:49    link    

Lar, doce lar

Cheguei do jornal, troquei de roupa, chequei a geladeira: sopa de legumes. Argh. Eu n�o ag�ento mais sopa de legumes! Ent�o fritei dois ovos muito bem fritinhos, com um pouco de p�prika por cima, e comi com duas fatias de p�o, enquanto os gatos me olhavam desconsolados -- eles detestam que a gente coma coisas de que n�o gostam. Agora estou no escrit�rio, com os p�s em cima da mesa, content�ssima por j� estar em casa.

Mas eu queria ter um hor�rio mais normal na minha vida.

*sigh*

01:37    link    

Sal�o de humor. �?

Pois �. Eu ia escrever sobre o XV Sal�o Carioca de Humor, mas acontece que n�o fui.

Ou por outra: fui mas n�o fui.

Quando chegamos � Laura Alvim, as portas estavam fechadas. Do lado de fora, uma quantidade enorme de pessoas inteiramente perplexas: n�o s� o convite era indispens�vel como, ainda por cima, precisava estar endere�ado. Se fosse um convite qualquer, sem o nome do portador, nada feito. Acontece que nunca jamais pediram convites para qualquer evento na Laura Alvim, casa tradicionalmente amig�vel e hospitaleira e, sobretudo, em nenhum lugar do convite isso estava escrito.

Mesmo que estivesse, quem vai se lembrar de levar convite para Sal�o Carioca de Humor?!

Ficamos um pouco por l�, na cal�ada, conversando com amigos que tamb�m ficaram de fora. A certa altura o Helinho Fernandes veio chamar o Mill�r, mas o Mill�r, naturalmente, n�o quis entrar sozinho. Ou se abriam as portas para todos, ou nada feito. Como estava tudo muito confuso e enrolado, fomos jantar no Gibo, ali perto.

O pior � que o sal�o foi organizado por amigos nossos.

Este tipo de exclus�o social em locais p�blicos j� � chato quando acontece por obra da burocracia an�nima; mas quando parte de amigos � um horror. Eu sei que a minha vis�o do mundo � meio panglossiana, mas, para mim, os meus amigos s�o perfeitos e nunca fazem nada errado. Constatar que nem sempre � assim � muito triste.

Bom.

Tamb�m n�o � o fim do mundo.

� s� uma tentativa de criar ordem no caos no momento errado, no lugar errado, com o p�blico errado.

Da pr�xima vez o pessoal acerta...


02:22    link    

Maravilha!

Voc�s sabiam que o Nei Lopes tem um blog?

18:39    link