Estou tão apaixonada por esta lista que a Luciana fez, que não resisti e roubei para cá. Acho bom demais ver o mundo através desses blogs brasileiros...!
Aline - Washington, USA Camilla - Illinois, USA Carlos - Boston, USA Chico - Tennessee, USA Colombina - Houston, USA Cristiane - New York, USA Deisy - Boston, USA Diego - Washington DC, USA Fábio - New Jersey, USA Fernanda - Califórnia, USA Fernando - Baltimore, USA Grazi - Flórida, USA Heloísa - Washington DC, USA Jean - New York, USA Leo - Arkansas, USA Lila - Flórida, USA Lux - Flórida, USA Nemo - Washington DC, USA Paula - Colorado, USA Sandra - Flórida, USA Sandra - Washington DC, USA Tati - USA
Acabo de ver a Odete Roitman no programa do Serra. Vem cá -- vocês têm certeza de que o Nizan não está trabalhando pro Lula, não?!
Update, depois de ler alguns comentários: Gente, vcs não estão entendendo o meu ponto, desculpem. O meu motivo de susto não tem nada a ver com política, tem a ver com comunicação. Todos os candidatos usam atores (alguns até demais); não é isso que vai fazer a minha cabeça, nem é isso que deveria fazer a cabeça de tantos milhões de eleitores -- embora, lamentavelmente, eleição neste país (e suponho que em outros, também) tenha virado um imenso e biliardário show business. Mas isso já é outra discussão.
Enfim. Eu sei que ator é uma coisa e personagem é outra, mas também sei o quanto atores e personagens se confundem na cabeça das pessoas. Quando Jardel Filho morreu, eu estava por acaso em Caruaru (of all places!) com Walmor Chagas -- a quem, aliás, ninguém chamava de Walmor, mas só de Wagner, seu personagem na novela. No dia seguinte, apareceram na feira milhares de camisetas com a cara do Jardel... pranteando "Heitor". Fiquei tão impressionada que nunca mais esqueci esses nomes, Wagner e Heitor, embora não me lembre nem da data nem da novela.
Acontece que Beatriz Segall vai ser sempre Odete Roitman na imaginação popular. Isso, aliás, é um mérito que não lhe pode ser negado: é preciso muito talento para fazer uma personagem tão marcante. O povão pode nem saber que ela se chama Beatriz Segall, mas se lembra que ela foi Odete Roitman. Uma arqui-vilã, a encarnação do mal. E, ao que eu saiba, ator que faz sucesso como vilão dificilmente é chamado para fazer propaganda, a não ser em casos especiais. Isso não é discriminação, apenas elementar psicologia de massa (e de botequim).
Em outras palavras: ainda que ela fosse a Miss Simpatia da televisão brasileira não serviria como cabo eleitoral. Simples assim.
Olhem com quem vou estar fazendo uma palestra na semana que vem, às... YIKES!!!... dez da manhã!!!!...
Vai ser muito, muito duro estar lá a essa hora -- e, sobretudo, dizer alguma coisa inteligente! O meu cérebro só pega (quando pega) depois das três da tarde... :-(
O papo de hoje foi, como não podia deixar de ser, o tiroteio das madrugadas. E a conclusão foi, como também não podia deixar de ser, óbvia: a Bené está acertando na repressão ao tráfico, ou os caras não estariam tão revoltados.
É muito interessante ver o mundo através dos olhos desses blogueiros nossos irmãos, que estão vivendo experiências tão diferentes. Nunca vou me esquecer de como foi divertido acompanhar a viagem que a Ca Mam Wong (que anda meio sumida) fez à China: uma das minhas melhores blog-experiências.
Um homem desmaiado (Matt Damon) é resgatado do mar por um pesqueiro italiano. Tem dois buracos de balas nas costas, o número de uma conta suiça numa cápsula implantada sob a pele e nenhuma idéia de quem é, de onde veio, para onde vai ou qual é o sentido da vida.
Sua primeira parada é, óbviamente, o banco suiço. Lá, depois de descobrir que fala alemão fluentemente, vai ao cofre e encontra as pistas que podem levá-lo a algumas respostas: armas, dinheiro e uma meia dúzia de passaportes, entre os quais um brasileiro, que causou grande alvoroço no cinema. Amnésia, porém, tem limite: nosso homem sabe que filme falado em português não dá tanta bilheteria quanto filme em inglês, e assim escolhe o que lhe diz que é Jason Bourne, um americano em Paris.
Ainda no banco, ficamos sabendo que suas habilidades não se restringem ao domínio de línguas estrangeiras e à correta avaliação do mercado cinematográfico. Bourne é uma máquina de matar avariada, conectada à CIA, que deve ser retirada de circulação. Ele, porém, não fica sabendo disso.
O que sabe é que tem que fugir e recobrar a memória. Para isso, conta com a providencial ajuda de Marie (Franka Potente, de “Corra, Lola, corra”), com quem vai percorrer paisagens maravilhosas, executar fugas mirabolantes, diversos inimigos e alguns truques dignos dos melhores filmes de espionagem.
Como os velhos 007 da época de ouro, que não se levavam inteiramente a sério, “A identidade Bourne” (The Bourne Identity) é cheio de chutes maravilhosos. Bourne escala paredes, o Austin Mini de quinta que dirige deixa os carrões da polícia na poeira, a CIA sempre sabe de tudo e todos os computadores que aparecem em cena funcionam perfeitamente.
Algo me diz que este é o primeiro filme de uma longa série. Se os demais forem igualmente bons, que venham logo.
A discussão continua... agora em site próprio! Clique AQUI, e dê a sua opinião.
Ah, sim: antes que alguém comece a atirar pedras sem ao menos saber do que se trata -- ninguém está propondo a desfusão via internet, OK? O que está sendo proposto é discutir o assunto: vamos expor argumentos contra, a favor, muito antes pelo contrário.
Vamos mostrar que a internet pode ser o veículo ideal para um amplo debate cívico, com espaço democraticamente aberto a todas as correntes de pensamento.
Acho que a votação maciça do Enéas não é só um problema do sistema eleitoral. É também uma conseqüência imprevista do uso das urnas eletrônicas, que não permitem o voto de protesto em candidatos não existentes, como o Cacareco ou o Macaco Tião. Ou alguém duvida que, se ainda estivéssemos no velho sistema dos papeizinhos, o Seu Creysson não levaria de goleada? A diferença é que o Seu Creysson não iria para o Congresso, nem arrastaria consigo aquela fila de nulidades.
Como resolver a questão do voto de protesto com a urna eletrônica? O voto em branco não é nada. O nulo é, eventualmente, um sinal de revolta contra o sistema como um todo, mas não especificamente contra os candidatos. Deveria haver uma saída para quem, não desejando votar em candidato algum em certas categorias, pudesse, ainda assim, lavrar o seu protesto de forma inequívoca, sem precisar recorrer à figura mais grotesca do páreo.
O Tom Taborda encontrou (para variar!) uma sugestão curiosa em relação a isso. Vejam o que ele me escreveu:
Considerando que a maciça eleição do Eneias seja uma forma de voto protesto-cacareco, pego carona numa sugestão que li faz tempos, publicada no People's Almanac #2 (1978), no interessante capítulo final. O leitor Ian McNett escreveu para a Harper's Weekly (Dec 15, 1975) sugerindo a instituição do voto 'Nenhum dos Anteriores-NDA':
"Se os eleitores não gostassem dos candidatos oferecidos pelos partidos, votariam 'NDA'; se nenhum candidato ultrapassasse os votos 'NDA', haveria nova eleição e os candidatos derrotados não poderiam concorrer novamente. Os partidos teriam que apresentar aos eleitores novas escolhas... Eleições são caras. Os partidos não desperdiçariam dinheiro submetendo candidatos duas vezes aos eleitores."
Transcrevi a idéia que, é claro, teria que ser aperfeiçoada.
Supondo-se que, digamos, um milhão de eleitores do Enéias optassem pelo voto 'NDA', todos, literalmente TODOS os candidatos a Deputado Federal de São Paulo estariam impugnados e os partidos teriam que encontrar novos candidatos.
Na nossa máquina de votar fica ainda mais fácil a implementação, bastaria acrescentar o botão 'NDA', ao lado do botão 'Branco'.
Considerando que os que votam no 'Branco' pouco se importam com o resultado das eleições (prerrogativa deles), os votos 'NDA' teriam força política, fosse a votação obrigatória (como é agora), ou facultativa.
Isso me lembrou uma outra idéia, que o Millôr defende há tempos, que seria dar a cada eleitor o direito a dois votos por categoria: um a favor, o outro contra. Os votos contra seriam contabilizados e descontados dos votos a favor recebidos pelos candidatos, fazendo pesar nas eleições não só o índice de aprovação do eleitorado, mas também o índice de rejeição. Se um sistema assim estivesse funcionando no Rio, por exemplo, a garotinha Rosinha jamais teria sido eleita no primeiro turno.
É, eu sei que essas são idéias que jamais irão em frente. Estou apenas pensando em voz alta.
A cada ano, desde 1976, Diego e Suzy Goldberg, um casal argentino, fazem, no dia 17 de junho, uma fotografia da família. Primeiro eram só os dois; em 1978, entrou em cena Nicolás; em 1979, Matías; finalmente, em 1983, Sebastián.
Os 102 3 x 4 que mostram a evolução da família ao longo desses 24 anos formam um ensaio fotográfico simplesmente fascinante, publicado pela Zone Zero. Já há links para essas imagens interessantíssimas numa quantidade enorme de blogs. O Hiro, do Terceira Base, faz a típica observação masculina:
"Atente para o fato do cara quase não mudar e a esposa ter tido pelo menos uns vinte cortes de cabelo diferentes."
Já eu notei mais o vaivém de óculos e, sobretudo, o fato de que ela é daquelas sortudas que não engordam nunca... Se calhar, o vestido de noiva ainda cabe, oh céus...
Porque estou onde estou (em vez de estar onde deveria)
Este post deveria estar sendo feito de Nova York, onde, a princípio, eu deveria estar me preparando para ir a Rochester, logo mais. Lá vai acontecer, na quinta-feira, um tech day da Xerox, ou seja, um dia em que a empresa abre seu centro de pesquisas para mostrar, para um pequeno grupo de jornalistas, o que tem no forno. É uma chance muito rara de conhecer laboratórios, ver tecnologias que só estarão em uso dentro de meses (às vezes anos) e de conversar com os cientistas que as estão desenvolvendo.
Um tech day desses é a minha idéia de parque de diversões, de dia feliz, de ter acertado na loteria da vida. Escrevendo sobre tecnologia desde 1987, tive a sorte extraordinária de ter conhecido alguns dos principais laboratórios do mundo, entre eles o PARC, da própria Xerox, o Thomas Watson, da IBM, ou o Bell Labs, então da ATT -- para ficar apenas nos mais conhecidos.
Estive uma vez também, há muitos anos, neste mesmo Wilson Center for Research and Technology onde deveria estar hoje, e vi, então, uma tecnologia que me deixou de queixo caído: um sistema de correção de cores para scanners que equilibrava, automaticamente, as cores perdidas daquelas fotos antigas que vão ficando avermelhadas com o tempo. Hoje qualquer scanner doméstico faz isso, mas o impacto de se ver uma coisa dessas em primeira mão, conversando com quem a fez, é imbatível.
Então, o que é que eu estou fazendo aqui?!
Estou pagando meu tributo à vitória da burocracia sobre o bom-senso, ao triunfo da paranóia sobre a felicidade e à constatação de que, às vezes, realmente, certas coisas não são para ser. Dá-se que os passaportes brasileiros são válidos por cinco anos, ao passo que os vistos para os Estados Unidos são válidos por dez. O meu visto, válido até 2006, está num passaporte que venceu em 1997, ao qual juntei, então, o passaporte que venceu este mês.
Ora, este singular documento cut-and-paste, tendo embora despertado, às vezes, certa curiosidade na comunidade aduaneira, nunca me impediu de viajar para canto algum, nem de obter vistos para locais notoriamente difíceis, como China ou Rússia. Há, espalhados em suas folhas, mais de vinte carimbos de entrada e saída dos Estados Unidos, muitos feitos dos atentados para cá. Mas, desta vez, pela primeira vez desde o fatídico dia 11 de setembro, eu estava viajando também com um passaporte estalando de novo.
Na segunda-feira, devidamente munida de passagem e dos passaportes vencidos e novo, toquei para o Galeão, um pouco atrasada, como sempre, mas feliz da vida. Na Linha Vermelha, engarrafamento monstro; mas o motorista, craque, cortou e costurou o que pôde e, ufa, consegui chegar a tempo ao aeroporto.
Porém...
Sabem aquela moça que fica no começo da fila, conferindo passagens e passaportes? Pois é. Desta vez era uma moça em câmara lenta. Tirou o meu passaporte velho de guerra da capa, olhou, tornou a olhar, abriu todas as folhas. Reconheço que ele fica horrível, assim despetalado.
-- Um minutinho.
E sumiu, com passaporte e passagem. Voltou depois de váááááááários minutinhos.
-- A senhora não vai poder embarcar. Este passaporte está mutilado.
-- Mas viajo com este passaporte, assim como está, há cinco anos!
-- Sinto muito. É o regulamento.
Vocês acham que adianta argumentar com alguém que põe o regulamento antes do bom-senso? Percam as esperanças! Gastei muito latim (e não pouco tempo) até aparecer um funcionário que, depois de olhar para mim e para os passaportes, e de concluir que não representávamos grande perigo para a humanidade, liberou meu embarque. Mas aí já se haviam passado mais de trinta minutos, e o check in estava fechado.
Fiquei com vontade de:
1) Estrangular a moça em câmara lenta, que com tanto zelo cumpria o regulamento; e
2) Sentar no chão e começar a chorar.
Como nenhuma das alternativas resolveria o problema, fui, com a ajuda do pessoal da Varig, para o Terminal 1, tentar embarcar via Delta por Atlanta. Nada feito. Vôo fechado, sem comida embarcada para um passageiro a mais (exigência ridícula da IATA) -- e, além disso, com um passaporte sem visto e o visto num passaporte todo rabiscado... Ah, sim, é verdade, faço anotações na página final: telefones de emergência, números dos programas de milhagem, essas coisas -- nada que jamais tenha sido considerado pecado por quem quer que seja.
Não era o meu dia.
Joguei a toalha, voltei para casa e, ontem de manhã, fui à luta da transferência do visto para o passaporte novo, que em circunstâncias normais a assessoria de imprensa do consulado americano resolveria. A transferência é relativa; na verdade, trata-se de um visto novo, apenas menos complicado de se obter em função da existência de um visto válido.
Começou, aí, a corrida contra o tempo. Agora não são mais aceitas fotos com óculos, e nas que eu tinha estou de óculos. A taxa para o visto só pode ser paga no Citibank da Rua da Assembléia, que ignora solenemente a lei que obriga os bancos a não deixarem os clientes mais de 30 minutos na fila. Finalmente, quando cheguei ao consulado, suada e esfalfada, surprise!: o sistema estava caído.
Tá.
Há um momento em que tudo conspira contra a gente; ou a favor, sabe-se lá. Ignorar tantos sinais do destino é temerário.
De modo que, em vez de tentar embarcar novamente (evitando a moça em câmara lenta), deixei no consulado os passaportes, o comprovante da taxa e as fotos da máquina de fazer mosntrinho. Preenchi os dois formulários mais ridículos de todos os tempos -- planeja executar ações terroristas em território americano? pretende levar drogas na bagagem? está planejando algum seqüestro? -- e agora aguardo um visto válido num passaporte válido. Que prometo à Varig não mutilar e à Delta não usar como bloquinho de anotações.
Tristíssima de não ter ido ao meu tech day e irritadíssima com o trânsito, as filas, a burocracia e os sistemas, fiz a única coisa que podia fazer.
Muito engraçado! Acabo de esbarrar totalmente por acaso com duas velhinhas americanas que criaram um blog de conselhos sentimentais. Quer dizer: duas pessoas que dizem ser velhinhas, etc. etc. e definem o seu blog como "A coluna de conselhos de Agnes e Amelia, duas avós que passaram a vida dando conselhos a seus filhos e netos e agora se propõem a fazê-lo para vocês."
É óbvio que as duas são figuras de ficção, mas achei os conselhos que dão sensatos e divertidos. O blog já teve 195 visitantes. Acho que vai ser um sucesso.
Volta e meia a gente se pega dizendo que a arte imita a vida. Ou o contrário. Ou qualquer coisa assim: uma figura de retórica à qual se recorre na falta de melhores idéias. Agora estou eu aqui embatucada há horas, sem saber como definir a sensação que tive ao assistir a Novas Diretrizes em Tempos de Paz, porque o que vi no palco não foi bem uma imitação da vida, mas antes a vida recontada -- e, para isso, não achei nenhum clichê que funcione.
Explico. Um imigrante europeu chega ao Brasil em 1946. A guerra acabou na Europa, mas a burocracia ainda não transmitiu ao inspetor da imigração as novas diretrizes em tempos de paz. Para aquela repartição pública, o imigrante vem de um país inimigo, e depende única e exclusivamente do inspetor se poderá ou não ficar no país. O inspetor faz uma proposta a Clausewitz, o imigrante: se ele conseguir levá-lo às lágrimas com suas lembranças da guerra, pode ficar.
O detalhe é que, para criar Clausewitz, Bosco Brasil inspirou-se principalmente em duas pessoas: Ziembinski e meu pai. Como Ziembinski, Clausewitz é ator e vem da Polônia; como papai, aprendeu português antes de chegar aqui. Quando explica ao inspetor Segismundo (Tony Ramos, show) porque fala português, e o que pensa da língua, Clausewitz usa as palavras que meu pai escreveu em Como Aprendi o Português e Outras Aventuras -- e que tantas vezes ouvi ao longo da vida, quando ele contava como veio parar no Brasil.
Tem mais. Dan Stulbach, o fantástico ator que representa o imigrante, fez o dever de casa tão bem que, volta e meia, Bia e eu nos surpreendíamos com as semelhanças entre os dois. Que nem existem, a não ser pelas mãos expressivas, por um certo jeito de bondade e delicadeza e, diz a Bia, por algumas inflexões no sotaque. Eu não sei dizer: nunca reparei que meu pai tivesse sotaque. Nisso, aliás, tenho a mesma experiência do Dan, filho de imigrantes poloneses, que só se deu conta de que os pais não falam um português 100% castiço quando começou a ensaiar.
Assistir a este espetáculo foi uma experiência estranha, comovente e empolgante. Novas Diretrizes em Tempos de Paz é a melhor peça que vejo em muito, muito tempo. Que tenha soado tão familiar à Bia e a mim é um pequeno milagre que só nós podemos avaliar, mas a qualidade impecável do texto, da montagem e dos atores é tão evidente para todo mundo que, ontem, Tony e Dan foram aplaudidos de pé por uns dez minutos.
Tem sido assim sempre, todas as noites.
Em São Paulo, a peça concorre ao Prêmio Shell em três categorias: autor (Bosco Brasil), ator (Dan Stulbach) e iluminação (lindíssima, do Gianni Ratto). A lotação do teatro está praticamente esgotada até o fim da temporada, mas se vocês correrem talvez ainda consigam lugar: eles têm feito sessões extra sempre que podem.
Novas Diretrizes em Tempos de Paz, direção de Ariela Goldmann -- Quinta, sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 25. Até 3 de novembro. Casa de Cultura Laura Alvim: Av. Vieira Souto 176, Ipanema, tel. 2247-6946.
Esta carta foi enviada por uma amiga portuguesa ao Claudinho, do Circulando. Todos aos Correios, amigos! Afinal, quantas chances a gente já teve de fazer a felicidade da Felicidade?
De: Filomena (Lisboa)
Venho assim de mansinho fazer-vos um pedido muito especial! Como todos sabem estive durante o mês de Agosto em Timor. Estive a trabalhar em conjunto com os professores de uma escola técnica de Dili e tudo o que vos possa dizer não vai conseguir dar-vos uma idéia (nem sequer aproximada) do que por lá vivi nesses 30 dias!
... Mas o que vos venho pedir hoje tem a ver com uma nova amiga que fiz em Timor, a Felicidade!
Felicidade Xavier fala bem o português mas tem alguma dificuldade na escrita e na leitura porque tem pouco acesso a livros, revistas... e também porque até agora nunca teve oportunidade de escrever em português (fala e escreve a língua indonésia e o tétum timorense e percebe alguma coisa de inglês).
Este ano vai iniciar uma etapa importante da sua vida, porque entrou na universidade. Vai fazer o curso de Relações Internacionais e, um dia, há-de ir trabalhar para a embaixada de Timor em Portugal.
A Felicidade tem o sonho de vir conhecer Portugal [e, quem sabe, como os portugueses, descobrir o mundo sem fronteiras]; mas, dadas as circunstâncias, esse sonho não se irá concretizar nos tempos mais próximos.
Vai daí lembrei-me de que podíamos dar-lhe a conhecer o nosso País através de imagens, postais ilustrados!
Logo a seguir entraram vocês em cena... porque assim, além de imagens, vai ter oportunidade de "conhecer" novos amigos. Boa idéia, não acham?
Já que estão todos de acordo só falta mesmo dar-vos o endereço da Felicidade:
Felicidade Xavier "Casa Filomena de Assis" Estrada das Madres FATU-HADA DILI TIMOR-LESTE
Agora é só escolherem uma imagem bonita da vossa região, rabiscarem umas palavrinhas (em letra de imprensa, de preferência) mencionarem o meu nome (Filomena, estão lembrados?) e podem ter a certeza que vão fazer muito feliz uma pessoa que apesar de se chamar Felicidade não teve ainda muitas oportunidades de a sentir.
A minha amiga Felicidade perdeu muitos amigos, perdeu muitos familiares e, quando regressamos, chorou porque nos ia perder também... Eu tentei explicar que não era verdade, que apenas ia deixar de nos ver e que, pelo contrário, tinha ganhado vários amigos; mas acho que isso não a deixou muito conformada. Por isso, tenho a certeza que vai ficar imensamente feliz quando receber os vossos postais.
PS: claro que podem falar desta idéia aos vossos amigos de outras regiões do País, de outras partes do mundo... Vamos inundar o posto de correios de Dili de postais enviados pelos amigos da Felicidade!
OpenCourseWare: uma iniciativa sensacional do MIT, disponibilizando na web o piloto de um projeto de educação open source. Quer dizer -- em breve, todo o material de pesquisa e ensino do instituto estará na internet, à disposição de quem queira utilizá-lo. Gratuitamente.
-- Esperamos que a idéia de compartilhar material didático se propague através de várias instituições e crie uma rede global de conhecimento que melhore a qualidade do aprendizado e, conseqüentemente, a qualidade de vida no mundo inteiro, -- escreveu o presidente Charles M. Vest na página de apresentação. -- Estamos abrindo este piloto ao público para comentários e feedback. Ele contém uma amostra dos cursos do MIT, e oferece uma primeira prova do conteúdo e do design do OCW. À medida em que formos trabalhando para chegar ao meio mais eficaz de fazer do OCW uma fonte de recursos valiosa para os que o utilizam, iremos acrescentando novos cursos, até que virtualmente tudo o que temos no MIT fique disponível.
Freddy Bilyk, do 168 Horas, escreve para Duda Mendonça e Nizan Guanaes. Imperdível -- sobretudo para os dois que, provavelmente, nem vão tomar conhecimento das cartas. Pena.
Peguei este questionário no Mostly Music; o Tom pegou ele da Elis.
1 - Que horas são? R: 1:16 2 - Nome e apelido. R: Cora. 3 - Quantidade de velas no teu último bolo de aniversário? R: Uma, daquelas bem birutas... (he he he) 4 - Furos nas orelhas? R: Sim. 5 - Tatuagens? R: Nope. 6- Já foi à África ? R: Não. 7 - Já se embebedou? R: Não bebo... 8 - Amou tanto alguém que chorou muito por ela/ele? R: Uia...! 9 - Já esteve envolvido em algum acidente de carro? R : Há tantos anos que nem lembro mais. 10 - Prefere pregos ou cachorros quentes? R: Pregos; de preferência em Lisboa, ó pá. 11 - Peixe ou carne? R: Camarão é peixe? 12 - Sprite ou Seven UP? R: Guaraná Diet. 13 - Cerveja ou Champanhe? R : Champagne (bom, eu não disse que nunca bebo...) 14 - Café ou chá? R: Café! 15 - O copo é metade cheio ou metade vazio? R: Metade vazio. 16 - Lençóis de cama lisos ou estampados? R: Lisos. Ou com estampas bem delicadas. 17 - Cor das meias? R: Discretas. 18 - Lugar onde te beijem? R: Depende de quem beija... 19 - Feriado favorito? R: Odeio feriados. 20 - Canção que estás a escutar neste momento? R: Why Can't the English?, de My Fair Lady. 21 - Flor(es)? R: Todas. 24 - Tom ou Jerry? R: Garfield. 25 - Disney ou Warner Bros? R: Pixar. 26 - Restaurante de comida rápida? R: Lamas. 27 - Quando foi a tua última visita ao hospital? R: No começo do ano. 28 - De que cor é o carpete do teu quarto? R: O piso é de cerâmica. 29 - Como chamava o teu ursinho de pelúcia? R: Hmmm... será que eu tive ursinho? Não lembro. 30 - Quantas vezes foi reprovado no exame de condução? R: Uma. No psico-teste. (Sério!) 31 - Como se vê daqui a 10 anos? R: Dez anos mais velha, na melhor das hipóteses. 32 - De que pessoa recebeste este questionário? R: Do Tom, que pegou na Elis. 33 - Quem dos teus amigos vive mais longe? R: Lynn. 34 - O melhor amigo? R: Bia. 35 - Hora de Dormir? R: O que é dormir? 36 - Quantas vezes deixas tocar o telefone antes de atenderes? R: O tempo necessário pra secretária eletrônica atender. 37 - O que tens debaixo do mouse do computador? R: Quase sempre um gato que subiu na escrivaninha. 38 - CD? R: MP3. 39 - Pior Sentimento do mundo? R: Indiferença. 40 - Melhor sentimento do mundo? R: Amor. 41 - O primeiro pensamento que tens ao acordar? R: Mas já...?! 42 - Se pudesse ser outra pessoa quem seria? R: Katherine Hepburn, há 50 anos. Ou um gato, sempre. 43 - O que é que tens debaixo da cama? R : Gatos, claro. E em cima também. 44 - Que horas são? R: 1:30.